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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CÂMPUS PALMAS
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

HUGO NAPOLEÃO
RAFAEL FONTENELE MORAES CUTRIM
VINICIUS GOIS DOS SANTOS

MEDIDAS ELÉTRICAS
AULA PRÁTICA Nº 2
AMPLIAÇÃO DO CALIBRE DE UM GALVANÔMETRO COMO AMPERÍMETRO

Palmas
2019
HUGO NAPOLEÃO
RAFAEL FONTENELE MORAES CUTRIM
VINICIUS GOIS DOS SANTOS

MEDIDAS ELÉTRICAS
AULA PRÁTICA Nº 2
AMPLIAÇÃO DO CALIBRE DE UM GALVANÔMETRO COMO AMPERÍMETRO

Trabalho apresentado à disciplina de Medidas


Elétricas. Curso de Engenharia Elétrica da
Universidade Federal do Tocantins, Centro de
Engenharia Elétrica.
Prof.ª Gisele S. Parmezzani Marinho.

Palmas
2019
1. INTRODUÇÃO

Galvanômetro é um dispositivo utilizado para aferir correntes elétricas de baixa


intensidade ou tensão, através do efeito magnético. O torque no instrumento é resultado da
interação entre a corrente elétrica que atravessa o condutor imerso em um campo magnético.
Assim, corrente que passa pela bobina, produz um campo magnético que interage com
o campo magnético gerado pelo imã permanente (presente no interior do componente)
provocando uma deflexão angular proporcional ao valor da corrente atravessando o condutor,
tal ação é limitada pela característica conservativa de uma mola, então quando o torque
provocado por essa interação se equipara ao torque restaurador da mola temos obtém-se o valor
máximo da deflexão, a leitura da intensidade dessa corrente é mostrada em uma escala graduada,
através de um ponteiro fixo à bobina móvel, quando essa leitura é máxima atinge-se o fundo de
escala do aparelho.
A fim de aferir valores para correntes mais altas, deve-se ampliar a escala do dispositivo,
através do emprego de resistências de derivação (resistências shunts) associadas em paralelo
com a resistência interna do mesmo.
Dessa forma o conjunto galvanômetro e resistências de derivação constitui um
amperímetro, que nada mais é do que um galvanômetro aplicado para medições de correntes
elétricas, com escala ampliada.
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2. OBJETIVOS

Verificar o mecanismo de ampliação do calibre de um galvanômetro para a


medição de corrente, através do acréscimo de resistores shunt em paralelo.
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3. MATERIAIS E METODOS
3.1 MATERIAIS
01 Multímetro digital;
01 Módulo da Minipa SD-1102;
01 Multímetro analógico;
01 Fonte de Tensão CC (maleta);
Cabos de conexão diversos;

3.2 MÉTODOS
Primeiramente antes de começar os procedimentos verificamos o ajuste
de Zero do multímetro analógico, para evitar erros de leitura devido a posição
do ponteiro, também fizemos o cálculo da corrente teórica para nos situarmos
melhor durante o experimento.
Feito o ajuste e o cálculo começamos a montagem do primeiro circuito
em questão, no caso circuito de um amperímetro onde o multímetro digital será
o nosso galvanômetro para alimentar o circuito utilizamos uma fonte de 20 V, o
amperímetro nada mais é que um galvanômetro com resistências shunt
associados para fim de ampliar a escala de leitura do mesmo. Para obter tal
variedade de escalas utilizamos as resistências da placa da maleta, para obter
os seguintes valores de escala, 2,5mA, 25mA, 50mA, 250mA e 500mA, para a
primeira escala apenas o amperímetro na escala de 2,5mA é utilizado de forma
que essa seria a escala inicial, para adquirir o restante das escalas associamos
resistências da placa.
Conforme alteramos as resistências os valores das leituras obtidos
foram registrados em nosso roteiro.
Figura 2 – Esquema do Experimento

Fonte: Material Teórico Fornecid


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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para o experimento 1 do laboratório foi feito testes de escala usando um


galvanômetro para medir a corrente que flui em um circuito com apenas uma
fonte ajustada em 20 [V] e uma resistência de 10 [kΩ]. Teoricamente, a corrente
que deve flui neste circuito, aplicando a lei de ohm, deve ser de 2 [mA], entretanto
para medições em laboratórios não é possível medir essa corrente com precisão
de 100%, pois há barreiras que impedem de isto acontecer, como por exemplo
as resistência internas, precisão do ponteiro, precisão da fonte, que no caso foi
possível regula-la com precisão em 19,98 [V], mas para efeitos práticos essa é
uma diferença desprezível, qualidade do resistor, etc... Mas como o objeto de
estudo em si é o aparelho medidor, será comparado os erros medidos devido a
alterações no aparelho.
Com o amperímetro na escala de 2,5 foram feitas as seguintes medições:

Placa Escala [mA] Ponteiro Medida [mA] R [ohm]

Teste 1: 2c 2,5 205 2,05 0

Teste 2: 2d 25 18 1,8 10

Teste 3: 2f 50 9 1,95 5
Tabela 1. Medições feitas com o amperímetro.

As especificações colocadas na coluna da placa estão ligadas com o


esquema montado na figura 1 anteriormente.
Visto os valores medidos nos laboratórios é possível calcular o erro
percentual obtido em cada teste feito, e assim escolher uma melhor escala do
dispositivo que mais se adequa ao valor a ser encontrado de corrente no circuito.
Para o cálculo do erro percentual foi usado a seguinte fórmula:
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜 𝑥 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜
𝐸(%) = 𝑥100
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐶𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜
Expressão 1. Fórmula para calcular o erro percentual.

Para cada teste correspondente com os citados na tabela 1 fora


encontrado os seguintes erros percentuais.

Teste E (%)
1 2,50%
2 10%
3 2,50%
Tabela 2. Tabela com os erros percentuais.
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Com base na tabela 2, é possível inferir que as escalas escolhidas no


teste 1 e no teste 2, obtiveram mais êxito durante o teste. A escolha entre uma
e outra dependerá dos objetivos do trabalho a ser executado. No teste 1 foi um
erro para mais e no teste 2 foi um erro para menos.
As diferenças observadas se devem as resistências escolhidas para
definir a escala, como na primeira medição a resistência foi apenas a interna o
erro foi menor, entretanto não deixa de existir por barreiras internas e devido a
escala ser usada com um ponteiro maior. A diferença entre o 3 e 2, se deve a
diferença de resistência como no teste 3 o resistor escolhido foi menor, era de
se esperar que o valor medido fosse mais próximo do real, pois quanto maior a
resistência em um circuito menor a corrente.
Em seguida, para finalizar, foi colocado a fonte de 20 [V] ligada a uma
resistência de 1[kΩ]. Ficou na escala de 25 [mA], com ponteiro na marcação 175,
correspondendo a uma medida de 17,5 [mA]. Foi ligado com uma resistência de
10 [Ω] junto. Neste caso é perceptível que a medição teve um erro de 12,5% uma
vez que o esperado seria de 20 [mA].
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5. Conclusão
De posse dos resultados obtidos e todas as análises feitas foi possível
chegar ao melhor entendimento de como funciona o amperímetro em sua
construção básica, utilizando ferramentas simples como um multímetro
analógico e resistências em paralelo, verificamos como funciona e como é
constituído a estrutura interna de um amperímetro multi-escalas, o grupo não
encontrou nenhuma dificuldade durante a execução do experimento todas as
dúvidas que surgiram foram sanadas ao decorrer da aula.

Através dos resultados obtidos das análises feitas foi possível chegar a
melhor compreensão do funcionamento do voltímetro em sua constituição
básica, utilizando um multímetro analógico e resistências em serie verificamos
como funciona e como é constituído a estrutura interna de um voltímetro multi-
escalas, o grupo não encontrou nenhuma dificuldade durante a execução do
experimento, todas as dúvidas que surgiram foram sanadas ao decorrer da aula
e todas as questões propostas sobre o experimento foram executadas com êxito.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MEDEIROS FILHO, S. Fundamentos de Medidas Elétricas. LTC, 1998

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