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O que é medir?
O objectivo final da medição determina o modo como a medição deve ser alcançada
Medição...
Instrumentação Electrónica e Medidas: Metrologia e Caracterização da Cadeia de Medida 4
∆x = x − xv
- O seu valor absoluto é determinado por:
δx =| x − xv |
- Em termos relativos:
ε x = δx / xv ≈ δx / x
Instrumentação Electrónica e Medidas: Metrologia e Caracterização da Cadeia de Medida 8
Qualidade da Medição
- Apresentação dos resultados da medida com o número correcto de algarismos
significativos
- A expressão numérica de um resultado deve considerar a incerteza na medição
indicando um intervalo de valores.
Ex.
3.50V ± 2% ou 3.21A ± 0.02A
1º caso : 3.43 V ≤ Vm ≤ 3.57 V
2º caso : 3.19 A ≤ Im ≤ 3.23 A
(note o número de algarismos significativos)
Estatística da Medida
- A análise estatística de um conjunto de medidas permite caracterizar analíticamente
a incerteza
Instrumentação Electrónica e Medidas: Metrologia e Caracterização da Cadeia de Medida 10
MÉDIA
n n→∞
µ = ∑ xi / n
i =1
µ → xv
DESVIO PADRÃO
n
σ= ∑ ( x − µ)
i =1
i
2
/n
n
σ= ∑ i
( x −
i =1
µ ) 2
/(n − 1)
Instrumentação Electrónica e Medidas: Metrologia e Caracterização da Cadeia de Medida 11
Leitura 10.1 10.2 10.3 10.4 10.5 10.6 10.7 10.8 10.9
Freqência 2 4 7 13 6 5 2 0 1
14 Analíticamente:
12
x = 10,415V
10 s = 0.16725537053966V
8 δ = 0.1245V
6 ε = 1.19539126%
4 Com três algarismos significativos
2
x = 10,4V
0
10 10.1 10.2 10.3 10.4 10.5 10.6 10.7 10.8 10.9 11
s = 0.167V
δ = 0.125V
Erro avaliado estatisticamente...
ε = 1.20%
Instrumentação Electrónica e Medidas: Metrologia e Caracterização da Cadeia de Medida 12
Importante...
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
- Aparelho Indicador
obtém-se uma indicação directa e temporária (ex. Voltímetro)
- Aparelho Registador
é fornecido um registo permanente do valor da grandeza medida
- Aparelho Totalizador
soma dos valores parciais da grandeza (ex. Wattímetro totalizador)
- Aparelho Integrador
o valor da grandeza é obtido por integração de uma grandeza em função de
outra. (ex. Contador de energia eléctrica)
- Medidas Analógicas
monitorização contínua de grandezas (ex. posição de um ponteiro)
- Medidas Digitais:
apresentação de forma discreta normalmente através de visualizadores
numéricos
vantagens:
- melhor exactidão, menos susceptibilidades de erros de leitura
- facilidade de armazenamento e processamento
Instrumentação Electrónica e Medidas: Metrologia e Caracterização da Cadeia de Medida 14
AB
LINT = × 100 (%)
FI
CD
LIND = × 100 (%)
FI
Instrumentação Electrónica e Medidas: Metrologia e Caracterização da Cadeia de Medida 16
Características Estáticas (cont.)
Gama de Medida
Intervalo de valores da mensurada que o dispositivo consegue medir com o erro
especificado
Deriva
Variação lenta de uma característica metrológica de um instrumento de medição
Hísterese
Propriedade em que a saída depende não só do valor da entrada mas também da
direcção em que essa entrada é aplicada.
Definida, em percentagem do valor de fim de
escala,pela máxima diferença entre leituras
idênticas obtidas em sentidos opostos.
Resolução
Menor diferença entre indicações capaz de ser
distinguida pelo dispositivo.
Instrumentação Electrónica e Medidas: Metrologia e Caracterização da Cadeia de Medida 17
Características Dinâmicas
Para este tipo de dispositivos, a saída está relacionada com a entrada através de
Para este tipo de sensores, a saída está relacionada com a entrada através de
ds (t )
a + b ⋅ s (t ) = e(t )
dt S ( s) k
=
Recorrendo à TL E ( s ) τs + 1
Onde a sensibilidade estática (K) é igual a 1/b e Tau = a/b
Instrumentação Electrónica e Medidas: Metrologia e Caracterização da Cadeia de Medida 19
⎝f ⎠ c
k⎜ ⎜ ⎟⎟
⎝ ⎝ ⎠⎠
Instrumentação Electrónica e Medidas: Metrologia e Caracterização da Cadeia de Medida 20
d 2 s (t ) ds (t )
a 2
+ b ⋅ + c ⋅ s (t ) = e(t )
dt dt
Função de Transferência em s
S (s) kωn2
= 2
E ( s ) s + 2ζω n ⋅ s + ωn2
V FE
δ max = ic ⋅ = 0.05V
100
V FE
O erro relativo (á leitura) é: ε max = ic ⋅ (%)
leitura
100
δ max = 0.04 + 3 × 0.01 = 0.07 mV
100
NOTA:
-O erro de medida aumenta com a distância da leitura ao fim de escala.
- Recomenda-se a selecção apropriada de escalas
Instrumentação Electrónica e Medidas: Metrologia e Caracterização da Cadeia de Medida 25
Exemplos de Aplicação
111 4
112 20
113 41
114 28
115 6
116 1
2h
g=
t2
Incertezas associadas as medições:
- Altura 0.0005
δ h = 0.0005 ⇒ ε h = × 100 = 0, 05%
1
-Tempo 0, 004
δ t = 0, 004s ⇒ ε t = × 100 = 0, 4%
1, 02
∂g h ∂g t 2 t 2h 4ht t ⋅ t 2
εg ≤ ⋅ εh + ⋅ εt ⇒ ε g ≤ 2 ⋅ εh + − 4 ⋅ εt
∂h g ∂t g t 2h t 2h
ε g ≤ ε h + 2ε t ⇒ ε g ≤ 0, 05 + 0,8 ⇒ ε g ≤ 0,85
ε g ≤ 0,9% com apenas um algarismo significativo...
Instrumentação Electrónica e Medidas: Metrologia e Caracterização da Cadeia de Medida 27
- Caracterização Estatística
LPT Frequência Absoluta
Leitura Tempo/ms
111 4 Determinação do tempo 111 0,444
112 20 por software 112 0,448
113 41 113 0,452
114 28 114 0,456
115 0,46
115 6
Tempo = Leitura * 4ms 116 0,464
116 1
NOTA O número de algarismos significativos usados para representar a incerteza deve ser baixo
(tipicamente 1 ou 2). Assim não seria boa prática dizer que a incerteza é 0,00432s
Instrumentação Electrónica e Medidas: Metrologia e Caracterização da Cadeia de Medida 28
Note o nº de algarismos
ε x /%
-2 -2
x /ms s /ms δ x /ms -2 significativos
9,77 0,174 0,132 1,35%
Campo Magnético
K K K
- Força imprimida num portador: F = qv × B
K K K
- Força imprimida em n portadores: F = n⋅q⋅v × B
K G K
K K K n ⋅ q ⋅ vt K
= × B = i ⋅l × B
F = il × B t
O vector l aponta no sentido da corrente eléctrica
K K K
- Sobre um segmento elementar do fio dl actua uma força... dF = i ⋅ dl × B
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 5
Exemplo de Aplicação...
K
F =?
tendem a deformar os
condutores...
Em módulo,
F2 = iCB sin ( 90 − θ ) = iCB cos(θ )
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 7
Em módulo...
F3 = iLB sin ( 90 ) = iLB Note-se que a força é CONSTANTE e
De onde também se tira que, independente do ângulo...
Em módulo...
⎛C ⎞
τ = 2⋅ F ⋅⎜ ⎟ sin(θ ) = iLCB sin(θ )
⎝2⎠
= iAB sin(θ )
Direcção perpendicular ao plano r.F
Quadro Móvel:
Bobina rectangular
de fio condutor de
cobre
Entreferro: Peça
Circuito Magnético: cilíndrica de Aço
Íman permanente Macio
MOLA:
- Constituída por duas espiras em aço
envolvendo o eixo em sentidos opostos
- Responsável por fornecer o binário de
Restituição
- Lei de Hooke: Binário de Restituição Resultante
ATRITO:
- Proporcional à velocidade angular, i.e.
τ A = k Aθ ( kA - constante de amortecimento)
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 12
τ = NiAB sin(θ )
Da concepção do aparelho B é radial e logo o
ângulo entre B e dl = 90º. Assim
τ = NiAB
Da 2ª Lei de Newton para o movimento angular:
∑τ
i
i = Iα
Caracterização Estática
NAB
k Rθ = NiAB θ= i
kR
Caracterização Dinâmica
d 2θ dθ
I 2 + kA + k Rθ = NiAB
dt dt
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 14
Aplicando a transformada de Laplace vêm que,
Θ( s ) NAB
= 2
I ( s ) Is + k A s + k R
- Comportamento de um sistema de segunda ordem.
- Em sistemas de medida comerciais os parâmetros são determinados de modo a que
a resposta seja criticamente amortecida.
- A frequência natural do sistema é: kR
ωn =
I
I
- De onde se tira que, T = 2π (período das oscilações não amortecidas)
kR
- Nos aparelhos comerciais T ~ 1s
- O aparelho não consegue acompanhar variações com períodos inferiores a 1s
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 15
i (t ) = I p sin(ω0t ) onde ω0 = 2π f e f = 50 Hz
Fourier
Ip
I ( jω ) = π
j
( δ (ω − ω ) − δ (ω + ω ) )
0 0
Aparelho de Medida:
- Criticamente Amortecido (zeta=1)
- Frequência natural de 2*pi rad/s (T=1s)
- Ganho Estático de K=110/Ip (º/ampere)
Θ( s ) 4π 2 4π 2
=K 2 Θ( jω ) = K 2 I ( jω )
I (s) s + 4π s + 4π 2 4π − ω + j 4πω
2
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 16
4π 2 Ip
Θ( jω ) = K 2 ⋅ π ( δ ( ω − ω 0 ) − δ ( ω + ω0 ) )
4π − ω + j 4πω
2
j
π 4π 2
Θ( jω ) = 110
j 4π − ω + j 4πω
2 2 ( δ ( ω − ω0 ) − δ ( ω + ω0 ) )
Considerando,
4π 2
= a + jb
4π − ω0 + j 4πω ω =ω
2 2
0
π
Θ( jω ) = 110
j
( ( a + jb ) δ (ω − ω ) − (a − jb)δ (ω + ω ) )
0 0
π
Θ( jω ) = 110
j
( a (δ (ω − ω ) − δ (ω + ω ) ) + jb (δ (ω − ω ) − δ (ω + ω ) ) )
0 0 0 0
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 17
⎛ π
Θ( jω ) = 110 ⎜ a (δ (ω − ω0 ) − δ (ω + ω0 ) )
⎝ j
+bπ (δ (ω − ω0 ) + δ (ω + ω0 ) ) )
Transformada Inversa...
⎛b⎞
θ (t ) = 110a ( sin(ω0t + ϕ ) , onde ϕ = tan ⎜ ⎟ −1
⎝a⎠
Conclusão...
θ (t ) ≈ 0.04 ⋅ sin(ω0t − 178º ) - Ponteiro sem deflexão
- θ (t ) ≈ 0
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 18
Bode Diagrams
From: U(1)
50
0
~ -40dB
Phase (deg); Magnitude (dB)
-50
-100
-50
-100
To: Y(1)
-150
-200
101 102 103
Frequency (rad/sec)
Amperímetros e Voltímetros DC
- Apresenta-se o princípio de detecção, em CC, de amperímetros e voltímetros
analógicos.
- Elemento motor do tipo electromagnético de quadro móvel.
- Relação linear entre a corrente e a deflexão do quadro.
- Correntes de fim-de-escala da ordem das dezenas de microampére:
microamperímetro
- Características a considerar no projecto de instrumentos DC de medida:
- Corrente de fim-de-escala (IAF)
- Resistência Interna (Ra)
- Com base nessas características deduz-se a relação entre a corrente no uA e a
grandeza a medir.
- É com base nessa relação que a escala é graduada.
- Um aparelho que integre diferentes funções de medida é denominado por
MULTÍMETRO
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 22
Amperímetro DC
- Valores de fim-de-escala típicos de um motor EM (~40uA e 100 uA)
- Mesmo os circuitos electrónicos de baixa potência excedem esses valores.
COMO AMPLIAR A GAMA DE MEDIDA????
- Divisor de Corrente... coeficiente de ampliação da escala
RS
IA = ⋅ I in
RS + RA RS RS + RA
I AF = ⋅ ITF ⇒ m =
- Quando I_in=ITF -> IA=IAF RS + RA RS
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 23
RA RS
Rin = RA // RS =
RA + RS
- Na prática os instrumentos de medida possuem mais do que uma gama de medida
Solução:
ITF 1 ITF 2 ITF 3
m1 = m1 = m1 =
I AF I AF I AF
Exemplo de Aplicação:
Dimensione um Amperímetro DC, para
ambas as configurações, com três
escalas de medida:
- 100 mA,1A,10 A
Considerando, como base, um elemento
R: motor com IAF=40 uA e Ra=2450 R.
R1=0,98;R2=0,098;R3=0,01
(Ayrton) R1=0,88;R2=0,088;R3=0,01
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 25
Voltímetro DC
- Com a associação de uma resistência em série com o uA obtemos, após própria
graduação da escala, um voltímetro.
- A lei de graduação resulta directamente da Lei de Ohm
V = ( R + RA ) ⋅ I
Resistência Interna RIN = R + RA
RIN = S ⋅ VFE
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 26
-Sensibilidade S
1
S=
I AF
- Expressa em ohm/volt
- Indica o valor da resistência por cada volt de tensão de fim-de-escala.
Qual a resistência interna para as escalas 10, 20 e 50 V de um voltímetro com sensibilidade
10KΩ/V?
Exemplo de Aplicação
Dimensione o voltímetro com três
escalas sabendo que IAF=40uA,
Ra=2450R, V=10, 20 e 50V
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 27
Ohmímetro
- Como o nome indica permite obter, directamente, o valor de uma resistência
eléctrica.
- Duas estratégias de implementação distintas:
- Ohmímetro Série
- Ohmímetro Paralelo
Ohmímetro Série
D= 90
Rin + RX 80
70
Se Rx=0 D=100%
Deflexão/%
60
Se Rx=Rin D=50% 50
40
D=0% sse Rx for infinita!
30
RELAÇÃO LINEAR?? 20
10
- A escala apresenta-se mais
0
espaçada para baixos valores de 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
resistência. Rx/ohm
A reter...
-O erro depende da sensibilidade
da resistência interna ao valor da
resistência de ajuste.
- Uma forma de minimizar o
problema....
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 31
Exemplo de Aplicação
- Sabendo que V=3V, IAF=1mA e Ra=50 R, determine P e R (do circuito do acetato
anterior) de modo que a Resistência de Meia Escala seja 2Kohm
O Ohmímetro Paralelo
-Usado na medição de resistências de baixo valor
- O interruptor S destina-se a interromper o circuito quando o aparelho não está a ser
utilizado.
- O ajuste de fim de escala neste caso é o “ajuste de infinito”
V
I AF =
RA + P
Medição de Rx...
RX
IA = I
R A + RX
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 32
V Factor de IA RX RX
I= D= ⇒D= =
RA // P + RX Deflexão>>> I AF RX + P // RA RX + Rin
Conclusão:
- A escala deste ohmímetro é contrária à do anterior
- A meia escala consegue-se quando Rx=Rin
- Sensibilidade positiva
- Como normalmente Ra baixo Rin é ainda menor logo o dispositivo é apenas
usado para a medição de baixos valores de resistência.
Amperímetros e Voltímetros AC
Grande parte dos instrumentos de medida AC medem o valor máximo ou médio e
indicam o seu valor eficaz
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 33
-Técnica sem erros de medição apreciáveis se a forma de onda for sinusoidal pura.
- A detecção do verdadeiro valor eficaz é independente da forma de onda de entrada.
Detecção do Valor Médio
- Modelo elementar de um voltímetro AC
- Lembre que o elemento motor funciona como integrador (fpb)
- Indica o valor médio da corrente que o atravessa.
- Se o sinal tiver valor médio nulo o motor não apresenta deflexão: solução alterar o
sinal de modo a que o seu valor médio seja não nulo.
- Uma possibilidade: Rectificação de Meia-Onda
v(t ) = VP sin(ωt )
Se o díodo é ideal...
VP para a alternância
i (t ) = sin(ωt ) positiva...
R + RA
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 34
O valor médio da corrente é:
T 2
1 IP VP
Io =
T ∫ i(t )dt = π
0
onde IP =
R + RA
VP = ( R + RA ) I P = π ( R + RA ) I 0
O valor eficaz de um sinal sinusoidal está relacionado com o valor de pico por...
VP π
Vef = o que leva a:
Vef = ( R + RA ) I 0
2 2
- Esta relação permite graduar a escala do voltímetro!
- Esta relação é apenas aproximada dada a não linearidade do díodo
Outras desvantagens:
Instrumentação Electrónica e Medidas: Instrumentação Analógica 35
Rin ≈ R + ( RA // RS )
Rin ≈ R
Exemplo de Aplicação
Normalmente Ra//Rs<<R logo Rin~Ra
- Determinar a lei de graduação
A resistência interna pode ser expressa
a partir da Sensibilidade AC - Determinar a sensibilidade
Rin = S AC ⋅ Vef
Onde
0.45
S AC = = 0.45 ⋅ S DC
I D1
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 1
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
SENSORES E TRANSDUTORES
• Modelo matemático
• Curva de calibração
• Tabela de calibração
A curva permite associar a cada valor medido (s) um valor de (e): interpolação
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 3
Modelo Matemático:
- Equações físicas
- Equações paramétricas
n
J = ∑ [ si − f ( ei )]
2
Método dos Mínimos Quadrados:
i =1
CLASSIFICAÇÂO DE SENSORES
A classificação pode ser levada a cabo atendendo:
• Propriedade a Mensurar (ex.)
• Ao tipo de Saída (ex.)
• Á relação entrada/saída (ex.)
Exemplo: Servo-Motor Motor DC
di (t )
vi (t ) − em (t ) = Ri (t ) + L
dt
d ω(t )
b (t ) = J + B ω(t )
dt
em ( t ) = K e ω ( t ) d θ (t )
ω(t ) =
b (t ) = K i (t )
b
dt
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 5
Θ(s) Kb
=
Vi ( s ) s ( ( sJ + B )( sL + R ) + K e K b )
1.4
0.8
0.6
0.4
0.2
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 6
INTERFERÊNCIA E PERTURBAÇÕES
• Temperatura.
• Pressões e vibrações.
• Humidade.
• Campos magnéticos variáveis.
• Campos magnéticos estáticos.
• Estabilidade da tensão de alimentação.
EXEMPLO:
Entrada Modificadora?
Interferência?
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 9
SENSORES PASSIVOS
• RESISTIVOS
• CAPACITIVOS
• INDUTIVOS
SENSORES RESISTIVOS
l
A resistência eléctrica de um material é dada por: R=ρ
φ
ρ depende das características do material e da temperatura
POTENCIÓMETROS
eo
.
E
eo
• Bobinados E
• Pista condutora
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 12
.
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 15
4
dφ dλ dl
= 2⋅ = −2υ ⋅
φ λ l
dR d ρ dl dl dR R dρ ρ
= + (1 + 2υ ) = G onde G= = 1 + 2υ +
R ρ l l dl l dl l
dρ dV
Para os metais =B
ρ V
dV dl d φ
= +
V l φ
E finalmente !!!
dR dl dl
= (1 + 2υ + B (1 − 2υ ) ) = G
R l l
,
A partir do diferencial da resistência medida, é possível quantificar o valor da força
a que o extensómetro está sujeito...Lei de Hooke
dl 1 F
=
l Y φ
Y φ dR
F=
G R
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 18
Extensómetros Semicondutores
Desvantagens:
•Não-Linearidade
•Elevado Coeficiente Térmico
Vantagens:
•Tamanho
•Elevada Sensibilidade (>200)
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 19
PT100
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 22
n
R (T ) = Ro ∑ α i ⋅ ∆T i
i =0
Como a resistência da maior parte dos metais aumenta, numa gama limitada de
temperatura, de uma forma aproximadamente linear a relação anterior pode ser
aproximada por:
TERMÍSTORES
Vantagens:
.
•Elevada sensibilidade
•Baixos Tempos de Resposta
Desvantagens:
•Baixa Precisão (+/- 0.1%)
•Falta de Repetibilidade
•Elevada Não-Linearidade
•Baixa Estabilidade
Termístor Isolado a PVC
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 24
β
α =−
T2
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 25
R p Rt (T )
Req (T ) =
R p + Rt (T )
Ro
Req (T ) = ⎛1 1 ⎞
− β ⎜⎜ − ⎟⎟
e ⎝T T
o ⎠
+ γ −1
Vantagens Desvantagens:
• Não-linearidade
• Sensibilidade
• Sensibilidade térmica
• Elevado tempo de resposta
• Largura de banda reduzida
.
Fotocondução:
Ro ⋅ R (Φ )
RLDR (Φ ) = Onde, R (Φ) = α ⋅ Φ −γ 0.5 ≤ γ ≤ 1
Ro + R(Φ )
V V
I (Φ ) = = Φγ
RLDR (Φ ) α
Sensibilidade:
dI (Φ ) V
S= = ⋅ γ ⋅ Φ γ −1
dΦ α
SENSORES PASSIVOS
• RESISTIVOS
• CAPACITIVOS
• INDUTIVOS
SENSORES CAPACITIVOS
C =Q V
ε
dC = dA
d
Verifica-se uma relação linear entre a variação da capacidade e a variação da área!
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 33
αr 2
ε
Capacidade função do deslocamento das placas: C (α ) = ⋅α r 2
2d
Então: 2d
Z (α ) =
C
ωεα r 2
C = ⋅ (α − α )
2d α =α 2
1 o
onde o T
εr 2
C = ⋅ (α + α )
2d
2 o
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 36
Z C1 1⎛ α ⎞
V (t ) = ⋅ V (t ) =
C2
⋅ V (t ) = ⎜1 − ⎟ ⋅ V (t )
Z +Z C1 + C 2 2⎝ α ⎠
o i i i
C2 C1 o
O sensor é baseado numa variação da distância entre placas sendo uma fixa e a
outra solidária com o processo a medir.
Linear???
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 38
d+x
Z ( x) =
C
ωε A
A A
Numa situação de desequilíbrio: C ( x) = ε C ( x) = ε
d+x d−x
1 2
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 39
⎛ C2 C1 ⎞ x
Vo (t ) = V1 (t ) − V2 (t ) = Vi (t ) ⎜ − =
⎟ i V ( t )
⎝ C1 + C 2 C1 + C 2 ⎠ d
SENSORES PASSIVOS
• RESISTIVOS
• CAPACITIVOS
• INDUTIVOS
SENSORES INDUTIVOS
• Num indutor com forma helicoidal composta por n espiras o coeficiente de auto-
indução L está relacionado com a relutância R da seguinte forma:
n2
L=
R
Para uma bobina cuja hélice possui secção transversal φ e comprimento l a
relutância é dada por:
1 l
R= µ - permeabilidade magnética do núcleo
µφ
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 43
n2
L = µφ
l
Pode dizer-se que uma determinada grandeza física capaz de modificar qualquer
uma das variáveis independentes pode ser mensurada recorrendo a sensores
indutivos.
• Tanto para uns como para outros, o seu campo de aplicação está praticamente
circunscrito à medida de deslocamentos.
n2
L = µoφ
lo
• Um deslocamento infinitesimal da armadura implica uma variação do entreferro
igual a dlo=2dx. Desta forma, o incremento relativo na auto-indutância devido ao
deslocamento da armadura toma a seguinte forma:
dL dx lo 2dx dL dx
= −2 = −2
L lo + 2dx L lo
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 48
dii (t )
V1 (t ) = M 1 M1 − M 2
dt Vo (t ) = V1 (t ) − V2 (t ) = ⋅ Vi (t )
LP
dii (t )
V2 (t ) = M 2
dt
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 51
M1 − M 2 = α x
αx
Vo (t ) = ⋅ Vi (t )
LP
SENSORES ACTIVOS
• ELECTROMAGNÉTICOS
• PIEZOELÉCTRICOS
• TERMOELÉCTRICOS
• PIROELÉCTRICOS
SENSORES ACTIVOS
SENSORES ELECTROMAGNÉTICOS
• Variações de uma determinada quantidade física reflectem-se numa variação de
campo magnético sem que seja implicada, de uma forma directa, qualquer
variação de indutância do sensor.
• A maior parte dos sensores electromagnéticos existentes assenta sobre a lei de
Faraday.
dΦ
e = −n
dt
• O fluxo magnético pode ser intrinsecamente variável como aquele que é
produzido, por exemplo, devido a uma corrente variável no tempo.
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 55
Resolvers e Synchros
Vo (t ) = V sin(ωt + θ )
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 57
Vantagens:
•Robustez
•Precisão
•Resolução
•Pequena Dimensão
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 58
Sensores de Caudal
• Para o caso de um condutor rectilíneo de comprimento l deslocando-se a uma
velocidade v transversalmente a um campo magnético B, a tensão induzida nesse
condutor pode ser calculada como:
e = B ⋅v ⋅l
•Esta expressão mantém-se independentemente do tipo de material que compõe o
condutor.
• O sensor de caudal electromagnético resulta da aplicação directa da expressão
anterior
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 59
•Um fluido desloca-se ao longo de um tubo não metálico e não magnético com
uma velocidade v no interior de um campo magnético B criado por duas bobinas
externas.
•Do movimento do líquido perpendicularmente ao campo magnético gerado resulta
uma força electromotriz induzida detectada por dois eléctrodos colocados
transversalmente em relação ao campo magnético e à direcção do movimento do
líquido.
•O campo magnético deve ser constante podendo ser gerado por uma corrente
contínua ou alternada
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 60
• Este tipo de dispositivos pode ser aplicado para medir, por exemplo
líquidos corrosivos ou com matéria sólida em suspensão .
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 61
Tacómetros Geradores
• Um tacómetro gerador é similar, no seu princípio de funcionamento, a um gerador
de energia eléctrica.
SENSORES TERMOELÉCTRICOS
O efeito Seebeck diz respeito ao fenómeno eléctrico (f.e.m) que se verifica quando
se mantém as duas junções de um circuito fechado, formado por dois condutores
de diferentes metais, a temperaturas diferentes.
Termopares
• Estes dispositivos têm por base o efeito Seebeck sendo constituídos por dois
metais distintos ligados por uma união de soldadura.
• Deve ser aplicado um factor de correcção com base na lei das temperaturas
intermédias para se obter o valor da temperatura efectivamente medido.
eT = e1 + e2 + e3
Este efeito pode ser facilmente eliminado se for garantido que a temperatura das
duas junções adicionais se mantém a temperaturas idênticas.
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 72
A soma algébrica de todas as f.e.m. num circuito composto por metais diferentes é
nula desde que o circuito esteja a uma temperatura uniforme
Vantagens:
• Elevada estabilidade,
• Robustez,
• Pequenas dimensões,
• Elevada gama de medida disponíveis.
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 73
Uma estimativa desse tempo pode ser obtido através da seguinte expressão:
mc
tr =
kA
m – Massa do sensor
c – Capacidade Calorífica
k – Coeficiente de transferência de calor
A – Área de Contacto
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 74
SENSORES PIEZOELÉCTRICOS
Aplicações:
• Sensores de força
• Pressão
• Aceleração
• Humidade
• Ultra-sons , etc.
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 76
• Por acção de uma força no cristal cria-se, proporcionalmente, uma carga efectiva
à sua superfície que pode ser avaliada por:
Q = F ⋅ S xtal
Q = CP ⋅ VP
CP F ⋅ S xtal
VP = = −1
= Sv ⋅ d ⋅ P
Q εAd
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 78
Considerando RL>>RP
Vo( s ) sRLC P
=
Vp ( s ) 1 + sRL (C L + CP )
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 80
S xtal
Como VP = F
CP
sRL
Vo( s ) = S xtal F ( s )
1 + sRL (CL + C P )
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 81
S xtal F ( s )
Vo( s ) =
CL + CP
SENSORES PIROELÉCTRICOS
• Tal como o efeito piezoeléctrico, o efeito piroeléctrico verifica-se em materiais
cristalinos que geram cargas quando sujeitas a uma determinada grandeza física.
dP
ρ=
dT
dQ = A ⋅ dP
Atendendo a que:
C =ε ⋅
A e Q = C ⋅ Vc
d
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 84
A ρd
Q =ε ⋅ Vc => dVc = ⋅ dT
d ε
• Tal como o sensor piezoeléctrico, o sensor piroeléctrico comporta-se como um
gerador de cargas.
• Estas cargas são originadas por uma modificação na sua temperatura resultante
de radiação infravermelha incidente.
• A corrente gerado por este dispositivo por efeito da temperatura pode ser medida
recorrendo, por exemplo, a um conversor corrente-tensão.
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 85
A um nível doméstico, este tipo de sensores têm vindo a ser cada vez mais
utilizado sob a forma de um interruptor piroeléctrico.
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 86
SENSORES FOTOVOLTAICOS
•Fotodíodos
•Fototransístores
•Optoacopladores
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 90
FOTODÍODOS
kT
⎜ ⎟
⎝ ⎠
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 91
Modo Fotocondutor
⎛ qV
⎞ • Para este modo de funcionamento a relação entre
I r = I o ⎜1 − e kT ⎟ + Id
d
Modo Fotovoltaico
FOTOTRANSÍSTORES
⎛ qVkTd ⎞
I C = I B (1 + hFE ) onde I B = I R = − I o ⎜ e − 1⎟ + I p
⎝ ⎠
•Em regime linear não é muito utilizado pois a sua característica possui uma
elevada não-linearidade.
OPTOACOPLADORES
• Na sua forma mais simples, um isolador óptico é composto por um díodo emissor
de infravermelhos opticamente ligado a um fotodíodo ou fototransístor.
• Oferecem isolamento galvânico entre a entrada e a saída que pode atingir 5KV.
• São elementos ideais para aplicações de interface sempre que seja necessário
isolar electricamente dois circuitos.
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 100
SENSORES DIGITAIS
Φ(ω) = Φ + Φ cos ( N ωt )
0 a
dΦ
eo = − n => eo = N Φ a nω ⋅ sin( N ωt )
dt
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 104
• Este tipo de dispositivo consiste num disco com uma escala composta por
segmentos alternadamente transparentes e opacos.
SOLUÇÃO:
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 108
• A pista mais interior é opcional sendo composta por apenas uma abertura.
Vantagens:
• Relativamente a outros sensores de posição possui a vantagem de ser menos
sensível a grandezas de influência.
• Simplicidade
Desvantagens:
• Resolução Finita
• Robustez do processo de medida
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 109
• O número de dispositivos de leitura tem que ser tantos quanto o número de pistas
do disco.
Instrumentação Electrónica e Medidas: Tipos de Sensores e sua Aplicação 111
• Contudo este tipo de codificação requer a sua transposição para binário natural
de forma a ser usado por computadores.
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 1
Conversão Impedância/Tensão
• Montagem Potenciométrica
• Pontes
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 4
RS RS
Vo = Vi R1 Rs Vo = Vi
RS + R1 R1
Relação Não-Linear!!!!!
0.09
3
0.08
2.5 0.07
0.06
2
Vo
Vo
0.05
1.5
0.04
1 0.03
0.02
0.5
0.01
0 0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Rs Rs
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 6
∆Rm
Vo = VA − VB = Vi
2 Ro + 2∆Ri + ∆Rm
Ro ∆Ri + ∆Rm
∆Rm ∆Rm
Vo = VA − VB = Vi Ro ∆Ri Vo = Vi
Ro + ∆Ri Ro
• Aumento da Sensibilidade
• Linearização
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 10
Exemplo de Aplicação
• Z1 é puramente ohmica
R1 ⋅ ∆Z c
∆Vo (t ) = Vi (t )
( R1 + Z o + ∆Z c )( R1 + Z o )
∆Z c
R1 Z o ∆Vo (t ) = Vi (t )
R1
Solução: Pontes
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 14
PONTES
• Uma ponte consiste num circuito eléctrico composto por uma montagem
potenciométrica dupla.
• Essa montagem pode ser efectuada com apenas elementos resistivos e uma
fonte de tensão contínua.
Ponte de Wheatstone
Vo = VA − VB
R 2 R3 − R1 R4
Vo = Vi
( R1 + R2 )( R3 + R4 )
A saída será nula se o numerador for nulo!
Condição de Equilíbrio…
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 16
∂Vo − R2 ∂Vo R4
= Vi = Vi
∂R3 ( R3 + R4 )
2
∂R1 ( R1 + R2 )2
∂Vo R1 ∂Vo − R3
= Vi = Vi
∂R2 ( R1 + R2 ) ∂R4 ( R3 + R4 )
2 2
R1 = R2 = R3 = R4 = Ro
a variação de apenas uma das resistências de um dado ramo conduz a:
⎛ ⎞
V⎜ ∆R ⎟
Vo = i ⎜
4 R + 1 ∆R ⎟
claramente não linear!!!
⎜ o ⎟
⎝ 2 ⎠
Vi ⎛ ∆R ⎞
Vo = ⎜
4 ⎝ Ro ⎟⎠
1º Caso Vi ⎛ ∆Rm ⎞
Vo =
4 ⎜⎝ Ro + 0.5∆Rm ⎟⎠
Sem Compensação
Baixa Sensibilidade
Baixa Linearidade
Simplicidade
2º Caso
Vi ⎛ ∆Rm ⎞
Vo =
2 ⎜⎝ Ro + 0.5∆Rm ⎟⎠
Sem Compensação
Maior Sensibilidade
Baixa Linearidade
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 19
Baixa Linearidade
Baixa Sensibilidade
Compensação
4º Caso Vi ⎛ ∆Rm ⎞
Vo =
2 ⎜⎝ Ro + ∆Ri ⎟⎠
Maior Sensibilidade
Melhor Linearidade
Compensação
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 20
5º Caso
⎛ ∆Rm ⎞
Vo = Vi ⎜ ⎟
⎝ Ro + ∆Ri ⎠
Linearidade
Sensibilidade
Compensação
Complexidade
-Ponte de Sauty
-Ponte de Maxwell
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 23
Ponte de Sauty
Vi (t ) CV − CS
Vo (t ) = ⋅
2 CV + CS
Ponte de Maxwell
Condição de equilíbrio ZsZv=KR2
K = 1 e R = Zo
Vi (t ) R + ∆Z s
Vo (t ) = ⋅
2 ( R + Z o )2
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 24
Conversão Impedância/Frequência
• O oscilador de relaxação têm por base um multivibrador astável que não é mais
do que um gerador de sinais rectangulares.
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 26
Alguns exemplos:
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 27
Pré-Amplificadores
Qualquer sensor pode ser visto, a partir dos seus terminais de saída, como sendo
equivalente a um circuito composto por uma fonte e uma impedância interna.
AMPOP’s
Características Ideais:
• Ganho de tensão em malha aberta infinito.
• Impedância de entrada infinita.
• Impedância de saída nula.
• Largura de banda infinita.
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 30
Linearização
Vi ⎛ ∆R ⎞
Vo = − ⎜ ⎟
2⎝ R ⎠
Fontes de Erro
- Tensões de Offset
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 31
- Correntes de Polarização
- Deriva
- Erros de Ganho
(D.)
Instrumentação Electrónica e Medidas: Técnicas de Condicionamento de Sinal 32
Amplificador de Instrumentação
⎛ Rf ⎞⎛ R1 ⎞
Vo (t ) = (V2 (t ) − V1 (t ) ) ⎜ ⎟ ⎜1 + 2 R ⎟
⎝ R2 ⎠⎝ g ⎠
Amplificador Chopper
- Problema de Deriva
Amplificador de Carga
Um amplificador sensível à carga é um amplificador operacional inversor com uma
capacidade como impedância de realimentação
V (t ) =
∫ i (t )dt q
=
o
C C
Aplicação
• Medição de temperaturas em pontos diversos de uma máquina;
• Medição de vibrações mecânicas numa estrutura complexa (estudos
sísmicos, estrutura metálica ou de betão);
• Medição de grandezas envolvidas em processos físico-químicos (indústria
ou laboratório);
• Medição de grandezas que permitam caracterizar a qualidade ambiental;
• Caracterização de grandezas bioeléctricas;
• Sistemas de controlo de diversa natureza;
Exemplo:
Um D/A aceita números binários de 10 bit. Qual o número de saídas diferentes
possíveis para este dispositivo?
No exemplo anterior a resolução é de 0.098%. Este valor indica que o menor valor
que pode ser colocado à entrada de modo a que a saída comute é de quase 0.1%
do VALOR DE FIM-DE-ESCALA.
A gama dinâmica numa DAC real é sempre inferior à ideal, i.e. a sua saída nunca
atinge o valor de fim-de-escala.
EXEMPLO
Determine a tensão de saída de uma DAC de 4-bit com uma Vfs=10.00V dada as
entradas:
i) 00012 ii) 01002 iii) 11112
• Erro de Ganho: Também denominado por Erro de Factor de Escala. É visto como
sendo a diferença entre a curva de transferência ideal (nominal) e a real (média),
expressa em percentagem do valor fim-de-escala.
Circuitos
Circuitos de
de Conversão
Conversão D/A
D/A
Conversor de Resistências Ponderadas
- Utiliza uma rede resistiva cujos valores das resistências são ponderadas em
função do bit que representam.
- O resultado é a soma ponderada de cada uma das linhas e está dependente do
código binário de entrada.
VREF
R 2R 4R 8R 2(N-1)R
conversores de 6 bit’s. S1 S2 S3 S4 SN
2
Conversor R-2R
- Utiliza uma rede resistiva com apenas dois valores de resistência (R
ou 2R).
- Permite uma escolha de R que minimiza o problema de fugas e da
resistência ON do interruptor.
- O seu principio de funcionamento é semelhante ao anterior.
“Quad“
“Quad“
O circuito anterior coloca à sua saída uma corrente que é o resultado da ponderação
de cada um dos ramos. No entanto quando se pretende o aumento do número de
bit’s devem--se usar circuitos específicos que efectuem a ponderação de cada Quad
em função da posição que ocupam. A figura seguinte mostra a associação de 3
Quad’s por forma a constituir um conversor D/A de 12 bit’s.
O circuito anterior utiliza BJT’s para gerar correntes pesadas constantes que são
alternadas entre a massa e a massa virtual de um AMPOP (Somador).
Supondo os transístores como sendo “matched”, as tensões VBE serão iguais em
todos eles e ainda as correntes serão do tipo I1=2I2=4I3=...=2N-1IN, com I1=IREF.
Assim a saída é uma soma pesada das contribuições de cada um dos ramos, os
quais se relacionam com a corrente IREF.
Na figura:
RON – Resistência de Condução; IOFF – Corrente de Fugas; Pelo facto de não ser ideal (ZON≠0,
ROFF – Resistência de Bloqueio; Ls – Indutância Série; ZOFF≠∞, VOS≠0 e IOFF≠0) um
VOS – Desvio de Tensão; Cp – Capacidade Paralelo;
interruptor introduz erros estáticos e
dinâmicos.
- No estado ON ao erro de
ganho K1 e ao erro de offset
serão acrescidos erros de 2ª
ordem resultantes da
variação de RON em função
de VIN.
- Quando a tensão é negativa a gate fica negativa e o interruptor está OFF. Nesta situação o valor da
resistência RDS (ROFF) é elevado;
- O díodo impede que a tensão de controlo faça com que a gate seja seja positiva em relação à source;
O circuito de S&H não é mais que uma associação de um interruptor analógico com
um circuito adicional de manutenção do valor de tensão amostrado.
Os circuitos de S&H podem ser utilizados em:
• Retenção do sinal de entrada de um A/D;
• Permitir a amostragem simultânea de sinais;
• Remoção de glitches da saída de um D/A;
• Desmultiplexagem da saída de D/A;
• Retém o sinal na entrada do A/D durante A representação da amplitude de um
o processo de comutação de um Mux; sinal num dado instante específico
requer que a magnitude do sinal não
varie mais do que 1 LSB
3. Amplificador de saída;
4. Circuito de comutação;
Tensão no
Condensador
de Hold
Sinal de
Controlo
tde
Interruptor
Effective Aperture Delay Time – É visto como o intervalo de tempo visto entre o
instante em que é dada a ordem de HOLD e o instante em que o sinal de entrada
atinge o valor guardado no condensador. Inclui os efeitos dos atrasos de propagação
e o tempo de abertura.
Acquisition Time – O tempo de aquisição é visto como o intervalo necessário para
que o S&H deve permanecer no modo SAMPLE por forma a que o condensador
adquira um degrau de entrada em full-scale.
• Simplicidade;
• Precisão compatível elevada;
• Lentidão;
• Tempo de conversão depende da amplitude de vI;
• Simplicidade;
• Precisão compatível elevada;
• Pode ser mais rápido que o anterior;
• Tempo de conversão depende da amplitude de vI; Conversor A/D contador (UP/DOWN, Tracking).
Se a entrada apresenta um valor superior então o MSB é mantido a 1 e é também colocado a 1 o bit
seguinte (1/4 do valor fim-de-escala) sendo feito um novo teste com este bit. Se a entrada é inferior então o
MSB é colocado a 0 e o bit seguinte é testado. Este processo é repetido até terem sido encontrados todos
os bit’s.
Características principais:
- Usados para interface a computadores;
- Elevada resolução (cerca dos 16 bit’s);
- Alta velocidade (1 MHz, não depende da amplitude do sinal de entrada);
Este conversor executa uma conversão de aproximação sucessiva usando um conversor D/A baseado numa
escada capacitiva ponderada. A conversão envolve três fases distintas: Sample (Amostragem), Hold
(Retenção) e Redistribution (Redistribuição de Carga).
Na fase de Sample os interruptores são combinados por forma a colocar todos os condensadores com a
tensão vI (SO massa, S1,...,ST ligados à linha e SA a vI).
τ1 τ2
∫
0
∫
τ1
Resulta de pequenas alterações ao de dupla rampa por forma a reduzir os erros introduzidos pelos atrasos do
comparador e absorção do dieléctrico.
A fase de integração é igual ao de dupla rampa e dura τ1. A fase de “desintegração” é dividida em duas
partes:
1- A tensão VREF1 é aplicada. Esta é geralmente maior do que a usada pelo conversor de dupla
rampa por forma a garantir que a carga é retirada do condensador tão rapidamente quanto possível. Esta
fase dura o tempo τ2, até que v1 atinja VREF/k;
2- Quando este nível for detectado a tensão de referência é reduzida de VREF1 para VREF2=VREF1/k e a
frequência do clock aplicado ao contador é reduzida na mesma razão (num conversor de 12 bit’s a mudança
pode ocorrer após 6 bit’s o que faria k=64 ou no caso de 8 bit’s k=256). Quando o comparador detectar uma
passagem por zero, v1 está a ser alterado lentamente e o tempo de passagem por zero pode ser determinado
com precisão. O tempo necessário para esta tarefa é τ3.
A técnica Triple Slope (rampa tripla) não é frequentemente usada em conversores A/D. Contudo o seu
princípio de funcionamento é usado pelos conversores MULTISLOPE, com a finalidade de se obterem
medidas de elevada precisão (no entanto lentos). O exemplo que se segue é designado por “Quad Slope”
(rampa quadrúpla).
1
t=
fCLK
S2 VREF1
START VREF2 = >0
2
VREF1
S1 VFS =
2.125
C
VIN
R CLOCK
VREF1 - LÓGICA
v1
DE
AGND
- C
CONTROLO O
+ CMP
N
+ T
A
VREF2 D
O
R
v1 Reset
S1 VREF1 Integra Integra Integra Integra
AGND-VREF2 VREF1-VREF2 VIN-VREF2 VREF1-VREF2 Totalização
S1 Massa S1 VREF1 S1 VIN S1 VREF1
VIN=-FS
VIN=0
VIN=FS
t
k1t k3t
k2t=4k1t
VIN k3 2VREF2-VREF1
N =
( VREF1
- 1 ) 2k1 +
2
+ ( VIN
VREF1
- 1 )[ AGND
VREF1
(1+2 )- 2
] 2k1 =
VREF1
Contagem sem Erros Termo de Erros (AGND≠0, VREF2≠VREF1/2 “offset”...)
q kf s 2
• O conversor consiste num digitalizador de 1 bit que converte o sinal vI numa sequência de
bit´s de alta frequência (modulador).
• O filtro digital e decimador tem por função converter esta sequência de bit’s numa
sequência de n-words de valor binário fraccionário, DO, a uma taxa de fs word’s por
segundo.
• O modulador é constituído por um integrador que integra (S) a diferença (D) entre o sinal vI
e o sinal de saída da DAC, um comparador (ADC de 1 bit) que fornece a sequência de bit´s
e que é controlado (com latch) a uma frequência kfs sps, onde k é uma potência de 2.
SAÍDA DIGITAL
Integrador
Comparador
Clock
• O próximo pulso de clock faz com que o interruptor S1 fique ON. Esta corrente é superior a
VINmax/R, pelo que o condensador inicia a descarga.
• O próximo pulso de clock desliga S1.