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PRÁTICA 01 - MULTÍMETRO, FUNDO DE ESCALA, ERRO RELATIVO

INTRODUÇÃO:
A valorização de uma quantidade pode ser realizada ou por comparação
direta ou com um padrão , ou por efeitos que esta quantidade possa produzir. Fica
explícito então os dois métodos de medidas que comumente denominamos de
métodos diretos e indireto. Um exemplo de uma medida direta é a determinação do
comprimento de uma barra por comparação com uma escala calibrada no sistema
métrico, ou mesmo a medida de uma certa diferença de potencial por comparação
com uma pilha padrão.
Em eletricidade, medidas assim diretas nem sempre são possíveis, tornando-
se então necessário medir quantidades por outros meios.
Quando uma corrente passa através de um fio, dois efeitos são facilmente
notados. O fio fica aquecido, e um campo magnético é estabelecido através

Sinais DC

Uma das funções básicas de circuitos elétricos é o processamento


(tratamento) de sinais. Estes sinais podem representar informação de áudio, dados
de computador, sinais de televisão, etc.
Os sinais elétricos podem ser classificados segundo sua mudança com o
passar do tempo: DC (direct current), constante no tempo ou AC (alternate current),
que varia no tempo, geralmente de forma senoidal. Nesse primeiro experimento,
trataremos somente de sinais que não mudam com o tempo, sendo chamados de
sinais de contínuos (no sentido de que o seu valor não muda), constantes ou DC.
Esses sinais podem ser tanto de tensão quando de corrente.

Multímetro

Entre os medidores usados em medidas elétricas tem-se o multímetro. O


multímetro é um instrumento de medição que combina várias funções em um único
dispositivo. As funções mais básicas são as funções de: voltímetro, amperímetro e
ohmímetro (ou seja, medições de tensão, corrente e resistência). Outras funções
comumente encontradas em multímetros são as medidas de capacitância,
indutância, parâmetros de diodos e transistores, temperatura e freqüência. Os
multímetros fornecem informação numérica (medição) de um sinal aplicado.
Para realizar essas medidas, é necessário saber em que situações e como o
equipamento deve ser ligado. No caso em que o multímetro é utilizado como um
ohmímetro, ele sempre se liga aos dois terminais do resistor. Essa medida deve ser
realizada com o circuito desligado e o componente desconectado dos outros, já que
outros componentes em paralelo com o resistor sendo medido podem alterar a
medida. Já para o caso do voltímetro, ele deve sempre ser ligado em paralelo com
o componente sobre o qual se deseja medir a diferença de potencial (tensão). Para

1
o caso do amperímetro, ele deve estar sempre em série com o componente, no
ramo do circuito que se deseja medir a corrente.
É importante estar sempre atento a forma de interligação e a escala
escolhida, já que a conexão de um amperímetro em paralelo ou a utilização do
ohmímetro com o circuito ligado podem causar danos ao multímetro ou aos
componentes do circuito.

Fontes
Nos circuitos elétricos os elementos ativos são usados de uma forma geral
para fornecer energia ao resto do circuito. Exemplos de elementos ativos são a fonte
DC e o gerador de sinais. Uma fonte de alimentação DC fornece uma tensão
constante e pode ser usada não só como fonte de tensão, mas também como fonte
de corrente, quando dispõe de circuito limitador de máxima corrente de saída.
Uma fonte de alimentação ideal deve manter a tensão especificada
independentemente da corrente fornecida pela fonte. Entretanto, em uma fonte de
alimentação real, em geral, esta condição só pode ser aproximada dentro de
determinadas condições. Esta experiência vai mostrar o efeito da resistência de
saída da fonte de alimentação sobre um circuito resistivo.
A representação de uma fonte em um circuito é dada por

Resistor

Um resistor é um elemento elétrico cuja equação constitutiva é dada pela lei


de Ohm:
V = Ri
Sua representação em um circuito é dada por

Onde R é o valor da resistência do elemento. Geralmente, podemos encontrar


resistores comerciais sob a forma de resistores de fio e de resistores de carbono.
O valor de resistência dos resistores de carbono é especificado por um
conjunto de código de cores que aparecem como faixas no corpo do resistor. Cada
cor representa um dígito de acordo com a tabela 1.1. As faixas de cores são lidas a
partir da faixa mais próxima da extremidade do resistor. A primeira e a segunda faixa
indicam o primeiro e o segundo dígito, respectivamente. A terceira faixa indica o
número de zeros que segue os dois primeiros dígitos, exceto quando as faixas ouro
e prata são usadas, que representam os fatores multiplicativos de 0.1 e 0.01,
respectivamente. A quarta faixa indica a tolerância. A ausência desta quarta faixa
significa que a tolerância é de ±20%. A quinta faixa indica que o resistor possui um

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dígito a mais na representação de seu valor ôhmico; neste caso a primeira, a
segunda e a terceira faixas indicam os dígitos do valor ôhmico.

Tabela 1: Apresenta o código de cores para determi-


nação da resistência em um resistor
Cor Dígito ou número de
Preto 0
Marrom 1
Vermelho 2
Laranja 3
Amarelo 4
Verde 5
Azul 6
Violeta 7
Cinza 8
Branco 9
Ouro ±5%
prata ±10%

Erros de Medida

O valor real é a magnitude da grandeza na entrada do equipamento de


medida. A medição fornece apenas uma aproximação do valor real, porque o próprio
processo da medição altera a grandeza medida. O valor medido é a magnitude da
grandeza indicada, ou visualizada, na saída do equipamento. A diferença entre o
valor medido e o valor real é chamada de erro. O erro percentual é expresso como
uma porcentagem do valor real ou padrão:

Alternativamente, a diferença entre o valor real e o medido é chamada de precisão


do equipamento. A precisão é geralmente expressa como uma porcentagem do
valor de fundo de escala, isto é, o valor máximo da escala particular do equipamento
que estiver sendo utilizado.
Os erros não se limitam apenas àqueles inerentes ao próprio equipamento,
mas são sempre um resultado da qualidade do procedimento e da medida. Por
exemplo, a falha do operador no ajuste da leitura de um equipamento de medida no
valor zero inicial leva à leitura de um valor superior ou inferior ao que deveria ser
normalmente medido. Além disso, erros pessoais de interpolações são sempre
possíveis com equipamentos analógicos de medida.

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OBJETIVO:

Determinar escalas apropriadas para leitura co base no fundo de escala e


erro relativo

MATERIAL / EQUIPAMENTO UTILIZADO:

• Resistores;
• Multímetro analógico;
• Prontoboard ou placa de ligação;
• Fios;
• Fonte de alimentação.

PROCEDIMENTO:

ETAPA 1:
Ajuste a fonte de alimentação DC para os seguintes valores de tensão de 3V;
5V; 10V; 15V, registre os valores na folha de dados, bem como a escala
utilizada.

ETAPA 2 :
Anote o valor nominal dos resistores disponíveis em cima da bancada
utilizando o código de cores. Registre os valores na folha de dados. Ajuste
também o multímetro como ohmímetro e realize a leitura do valor da resistência
dos resistores. Registre os valores na folha de dados

ETAPA 3:
Monte o circuito abaixo utilizando o resistor R 1, R2 e R3 igual a 1 KΩ. Ajuste a
fonte de alimentação em 3 V. Ajuste o multímetro na escala DCV 10 e meça a
tensão. Utilizando o amperímetro, meça a corrente em cada resistor. Registre os
valores na folha de dados

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ETAPA 4:
Monte o circuito acima utilizando o resistor R 1, R2 e R3 igual a 1 KΩ. Ajuste a
fonte de alimentação em 10 V. Ajuste o multímetro na escala DCV 50 e meça a
tensão. Utilizando o amperímetro, meça a corrente em cada resistor. E registre
todos os valores na folha de dados

TRATAMENTO DE DADOS

• Calcule os valores para os erros relativos de todas as medidas em todas as etapas


• Compare as medidas realizadas em fundo de escala e fora de fundo de escala. Qual
dos dois procedimentos é mais conveniente para realizar medidas?

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FOLHA DE DADOS
PRÁTICA 01 - MULTÍMETRO, FUNDO DE ESCALA, ERRO RELATIVO

Prof.:_____________________________Assinatura:_______________

Data:____/____/_______

Desvios dos instrumentos:


Instrumento Amperímetro Voltímetro Fonte Multímetro
Desvio( ∆ )

ETAPA 1:
Voltagem Leitura do Multímetro
3V
5V
10V
15V

ETAPA 2 :
Resistores Valor nominal Leitura do Multímetro

ETAPA 3:
MEDIDA R1 R2 R3
V ± ∆V
I ± ∆I

ETAPA 4:
MEDIDA R1 R2 R3
V ± ∆V
I ± ∆I

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PRÁTICA 02 - AMPERÍMETRO, VOLTÍMETRO E SHUNT

INTRODUÇÃO:
Denominamos voltímetro o instrumento construído para realizar medidas de
tensão ou DDP; amperímetro é o instrumento construído para realizar medidas de
corrente elétrica. Ambos são construídos a partir de um galvanômetro, instrumento
utilizado para detectar a passagem de corrente em um circuito. Para que os
instrumentos sejam de boa qualidade eles devem possuir características bastante
particulares.
Para a construção de um amperímetro, o ideal seria que este não
apresentasse resistência interna, isto é experimentalmente impossível, contudo
podemos fazê-lo com uma resistência suficientemente pequena de modo a interagir
de maneira desprezível com o circuito.
Um artifício de aplicação prática interessante é a associação de um resistor
em paralelo com o circuito, chamado de resistência shunt. Esta resistência possui
duas finalidades: desviar parte da corrente para não danificar o galvanômetro;
diminuir a resistência elétrica do conjunto.

Como tanto a resistência shunt como o galvanômetro estão submetidos à


mesma DDP, assim
V g = Vs
R g I g = Rs I s
Rg
Is = Ig .
Rs
Vemos da figura que
I = Ig + Is
Assim
 Rg 
I = I g  1 +  (1)
 Rs 
Onde o termo entre parênteses é chamado de multiplicador
Já para a construção de um voltímetro, devemos ter uma resistência interna
elevadíssima, de modo a não permitir a passagem de corrente. Assim, devemos
associar uma resistência em série com o galvanômetro com as funções de aumentar
a resistência interna do instrumento e permitir a leitura em uma escala maior.

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Sendo Ug a resistência máxima que o galvanômetro possa suportar e UM a
tensão no multiplicador. Como o sistema é percorrido pela mesma corrente, temos:
U Ug R
Ig = M = ⇒ UM = Ug. M
RM Rg Rg
Vemos da figura que
 R 
U = U g + UM ⇒ U = U g  1+ M 
 R g 

logo
 R 
U = U g  1+ M  (2)
 R g 

Onde o termo entre parênteses é chamado de multiplicador.

OBJETIVO:

Determinar uma resistência shunt apropriada para um voltímetro e um


amperímetro qualquer

MATERIAL / EQUIPAMENTO UTILIZADO:

• Resistores;
• Multímetro analógico e digital
• Prontoboard ou placa de ligação;
• Fios;
• Fonte de alimentação.

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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

1. DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA INTERNA DO AMPERÍMETRO E


VOLTÍMETRO
Com o auxílio de uma multímetro digital, determine a resistência interna do
amperímetro e do voltímetro. Anote os resultados na folha de dados.

2. FUNDO DE ESCALA DO INSTRUMENTO:


Monte o circuito da figura abaixo e ajuste a fonte de tensão de acordo com os
valores da tabela abaixo, e registre seus respectivos valores de corrente na folha
de dados

3. RESISTÊNCIA SHUNT PARA O AMPERÍMETRO


Com o auxílio das eq(1). Calcule a resistência shunt necessária para
aumentarmos o fundo de escala do instrumento em 1,5; 2; 3 vezes o valor de
leitura direta e registre seus valores na folha de dados

4. RESISTÊNCIA SHUNT PARA O VOLTÍMETRO


Com o auxílio das eq(2). Calcule a resistência shunt necessária para
aumentarmos o fundo de escala do instrumento em 1,5; 2; 3 vezes o valor de
leitura direta e registre seu valor na folha de dados

5. LEITURAS NO NOVO FUNDO DE ESCALA


Monte agora o circuito experimental da figura abaixo, com R = 220Ω.

ETAPA1:
Utilizando a lei de ohm, calcule a nova corrente do circuito experimental
acima utilizando as tensões de 0,5 V; 1,5 V e 2,5 V registre os valores
calculados na folha de dados.
Ajuste agora a fonte de tensão para os valores indicados acima e
realize a leitura no amperímetro com o multiplicador de 1,5 registrando os
dados na folha de dados

ETAPA2:
Utilizando a lei de ohm, calcule a nova corrente do circuito experimental
acima utilizando as tensões de 1,0 V; 2,0 V e 3,0 V. Registre todos os valores
na folha de dados

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Ajuste agora a fonte de tensão para os valores indicados acima e
realize a leitura no amperímetro com o multiplicador de 2, registrando sempre
os valores na folha de dados

ETAPA 3:
Utilizando a lei de ohm, calcule a nova corrente do circuito experimental
acima utilizando as tensões de 1,5 V; 3,0 V e 4,5 V e preencha a folha de
dados com os valores obtidos.
Ajuste agora a fonte de tensão para os valores indicados acima,
realize a leitura no amperímetro com o multiplicador de 3 e preencha a folha
de dados com os valores obtidos.

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FOLHA DE DADOS
PRÁTICA 02 - AMPERÍMETRO, VOLTÍMETRO E SHUNT
Prof.:_____________________________Assinatura:_______________

Data:____/____/_______
Desvios dos instrumentos:
Instrumento
Desvio( ∆ )

1. DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA INTERNA DO AMPERÍMETRO E


VOLTÍMETRO
APARELHO RESISTÊNCIA INTERNA

Voltímetro
Amperímetro

2. FUNDO DE ESCALA DO INSTRUMENTO:


V(volts) I(miliamper)
1,5
1,0
0,5

3. RESISTÊNCIA SHUNT PARA O AMPERÍMETRO


MULTIPLICADOR SHUNT(Ω)
1,5
2
4,5

4. RESISTÊNCIA SHUNT PARA O VOLTÍMETRO


MULTIPLICADOR SHUNT(Ω)
1,5
2
3

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5. LEITURAS NO NOVO FUNDO DE ESCALA
ETAPA1:
V(volts) I (miliamper)
V(volts) Icalc(miliamper)
2,5
2,5
1,5
1,5
0,5
0,5

ETAPA2:
V(volts) Icalc(miliamper) V(volts) I (miliamper)
1,0 1,0
2,0 2,0
3,0 3,0

ETAPA 3:
V(volts) Icalc(miliamper)
1,5
3,0
4,5
V(volts) I (miliamper)
2,5
4,5
6,5

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PRÁTICA 03 - LEI DE OHM

1. OBJETIVO
Determinar experimentalmente a relação entre diferença de potencial e corrente em um
resistor num circuito de corrente contínua

2. INTRODUÇÃO
CORRENTE ELÉTRICA
Uma corrente elétrica é estabelecida quando existe um fluxo de cargas elétricas de um local
a outro e definimos corrente elétrica como a taxa de variação de carga em relação ao
tempo, isto é

dq
i=
dt
Este fluxo ocorre quando a força elétrica realiza um trabalho sobre as cargas de forma que
seja possível o seu movimento. Chamamos a esta energia fornecida à carga pra levá-la de
um ponto a outro, de POTENCIAL ELÉTRICO. Então, para que exista uma corrente elétrica
é necessário que exista uma DIFERENÇA DE POTENCIAL entre dois pontos. Quando a
corrente elétrica não varia com o passar do tempo dizemos que temos uma CORRENTE
CONTÍNUA, quando a intensidade da corrente assim como o seu sentido varia com o tempo
temos uma CORRENTE ALTERNADA.
CONDUTORES E ISOLANTES
Existem certos materiais que, devido à sua natureza constitutiva, permitem que a corrente
elétrica flua com grande facilidade, tais materiais são chamados CONDUTORES. Estes
materiais têm estas características pois eles possuem elétrons livres que se movem com
relativa facilidade na presença de um campo elétrico.Por outro lado, outros materiais têm os
elétrons fortemente atraídos pelos núcleos, o que dificulta a condução de cargas elétricas e
consequentemente o estabelecimento de corrente elétrica. Tais materiais são chamados
ISOLANTES.
RESISTÊNCIA ELÉTRICA
Quando o movimento de cargas ocorre em algum meio material (fluido ou sólido) este meio
oferece uma certa dificuldade à passagem das cargas, devido às colisões que ocorrem entre
as cargas e a rede cristalina (no caso dos sólidos) e as moléculas (no caso dos fluidos). A
esta característica de opor-se ao fluxo de uma corrente elétrica chamamos RESISTÊNCIA
ELÉTRICA.

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Se temos um material qualquer, por exemplo um condutor cilíndrico, a resistência elétrica
será influenciada por três fatores: o comprimento L deste condutor , a área A da seção
transversal deste condutor e o material de que ele é feito, representado por . Podemos
então calcular a resistência elétrica R por

L
R= ρ
A
Onde p é a resistividade do material.

LEI DE OHM
Notamos dessa forma que a corrente elétrica em um condutor é tanto maior quanto menor
for a resistência elétrica do condutor. A corrente cresce também com a diferença de
potencial nos terminais deste condutor. Este comportamento é representado pela Lei de
Ohm, expressa a seguir:

V
I=
R
Podemos interpretar de outra forma (na realidade a mesma coisa dita de forma diferente), se
a diferença de potencial cresce assim o faz proporcionalmente a corrente e a corrente de
proporcionalidade é a resistência elétrica.
SÍMBOLOS E INSTRUMENTOS
A resistência elétrica é representada pelo símbolo abaixo

As grandezas físicas são medidas por instrumentos específicos. A diferença de potencial é


medida pelo VOLTÍMETRO e a corrente elétrica é medida pelo AMPERÍMETRO e seus
símbolos são mostrados abaixo.

A V
Quando queremos medir a corrente que passa pelo elemento inserimos o amperímetro em
série com o elemento. Quando queremos medir a diferença de potencial a que está
submetido um elemento do circuito, inserimos o voltímetro em paralelo com o elemento.
Vejamos isto no diagrama do circuito abaixo:

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A

+ V
-

Os traços com sinais positivo e negativo representam o gerador que provoca a diferença de
potencial, isto é, que alimenta o circuito, e a seta indica o sentido da corrente que percorre o
circuito.

3. MATERIAL NECESSÁRIO
 Resistores;
 Amperímetro;
 Prontoboard;
 Fios;
 Fonte de alimentação.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
• Identifique os elementos (resistor, amperímetro, voltímetro, placa de ligação, fonte) na
bancada e anote os desvios dos instrumentos que serão utilizados assim como seus
fundos de escala.
• Monte o circuito conforme o diagrama da seção I.5.
• Ligue a fonte somente depois que o professor verificar a sua montagem.
• Execute dez medidas de tensão e dez medidas de corrente com seus respectivos
desvios, dentro do limite do fundo de escala dos instrumentos e anote-as na folha de
dados.

5. TRATAMENTO DOS DADOS


Faça uma tabela onde constem as tensões e respectivas correntes medidas
Utilizando os dados da tabela, faça o gráfico de V versus I, ajustando-o a mão livre.
Utilizando o gráfico acima, encontre o valor da resistência elétrica utilizada no circuito.
Utilizando o MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS, encontre a relação entre V e I e
determine o valor da resistência.

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Calcule os desvios dos coeficientes linear e angular do seu gráfico.
5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
• Aponte fontes de erros nas medidas executadas
• Compare os valores da resistência elétrica obtidos pelo método dos mínimos quadrados
e pelo ajuste livre. Qual o resultado que você utilizaria? Justifique a sua resposta.
• O que significa uma reta mais ou menos inclinada?
• Existe diferença entre realizar as medidas no início da escala e no fundo da escala?
DICA: analise o desvio relativo em cada situação.
• A montagem do circuito da maneira que foi realizada, insere algum tipo de erro nas
medidas de corrente e tensão? Sugira um novo arranjo para alcançar os objetivos deste
experimento.

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LABORATÓRIO DE FÍSICA III - FOLHA DE DADOS
LEI DE OHM

Prof.:_____________________________Assinatura:_______________

Data:____/____/_______

Desvios dos instrumentos:


Instrumento Amperímetro Voltímetro Fonte Multímetro
Desvio( ∆ )

Material Utilizado:

Medidas de tensão e Corrente


Tensão (V ± ∆ V )V Corrente ( I ± ∆ I ) A

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PRÁTICA 04 – LINHAS EQUIPOTENCIAIS

1. OBJETIVO
O objetivo deste experimento é fazer o mapeamento de algumas linhas equipotenciais em
um meio líquido condutor, com ajuda de um “circuito detector de zero”.

2. INTRODUÇÃO
A interação F entre duas cargas elétricas Q e Q’é dada pela lei de Coulomb, de acordo com
a expressão abaixo
1 Q.Q'
F= .
k d2
Vemos que a interação depende dão módulo das cargas envolvidas e é inversamente
proporcional ao quadrado da distância entre elas.

A noção de potencial elétrico provém do conceito de trabalho. O potencial absoluto V em um


ponto a uma distância d de uma carga pontual isolada é dada pela relação:
1Q
V =
k d
E é por definição igual ao trabalho W necessário para trazer uma carga de prova q do infinito
até uma distância d da carga Q, dividido pela carga q:
W
V =
q
Podemos escolher superfícies em todo o espaço de modo que todos os pontos tenham o
mesmo potencial, tal superfície é chamada de superfície equipotencial. Uma das linha da
superfície é chamada de linha equipotencial. Se em um sistema eletrostático as linhas
equipotencial podem ser desenhadas, as linhas de força podem ser construídas, já que
estas são perpendiculares às linhas equipotenciais.

3. MATERIAL NECESSÁRIO
 Cuba de madeira e vidro com papel milimetrado na superfície inferior;
 Fonte de tensão;
 Eletrodos;
 Haste ou placa de metal;
 Sonda móvel;
 Sonda fixa com resistência de proteção para o galvanômetro;
 Líquido condutor (CuSO4);

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 Galvanômetro de zero central;
 Placa de ligação;
 Duas chaves liga-desliga;
 Folha de papel milimetrado;
 Fios.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Monte o circuito da figura abaixo lembrando que o galvanômetro é um instrumento de
grande sensibilidade e não deve ser deslocado e seus terminais devem permanecer curto-
circuitados. A resistência de proteção nunca deve ser retirada nem curto-circuitada.

Figura 4

Ajuste a tensão da fonte para valores ente 2 e 4 V.


As figuras seguintes mostram a montagem experimental para as duas configurações

Figura 5 figura 6

Para a configuração escolhida, nivele a cuba e coloque o líquido conduto.


Nos pontos indicados pelo professor coloque os eletrodos.
Estabeleça então a DDP indicada.

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Abra a chave de ligação e procure os pontos onde a DDP é nula. Para isto, a sonda fixa é
colocada num ponto P arbitrário e com a outra sonda procuramos pontos nos quais o
galvanômetro não detecta corrente. O ponto encontrado e o ponto da sonda devem ser
transferidos para uma folha de papel milimetrado idêntica à do fundo da cuba.
Procure outros pontos em número suficiente para traçar a linha equipotencial
Ao terminar o mapeamento de uma linha desloque a sonda fixa para outra posição
Repita todo o procedimento anterior.
Anote a polaridade dos eletrodos.
Acrescente uma placa retangular metálica no local indicado pelo professor
Repita o levantamento das linhas equipotenciais.

5. TRATAMENTO DE DADOS
O que é medido ao se mergulhar a ponta de prova na solução?
Trace as linhas equipotenciais e algumas linhas de corrente não esquecendo o sentido
Identifique a polaridade dos eletrodos
Explique porque se duas linhas se interceptam elas pertencem à mesma equipotencial
Por que os eletrodos são considerados como equipotenciais?
Por que a equipotencial deve passar obrigatoriamente pela sonda fixa?

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PRÁTICA 5 – ESTUDO DO OSCILOSCÓPIO

1. OBJETIVO
• Familiarização com o equipamento do osciloscópio.

2. INTRODUÇÃO
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DO OSCILOSCÓPIO
O osciloscópio é basicamente um dispositivo de visualização gráfico que mostra
sinais elétricos no tempo. O osciloscópio pode ser utilizado entre outras funções para :
· Determinar diretamente o período e a tensão de um sinal;
· Determinar indiretamente a freqüência de um sinal;
· Localizar avarias em um circuito;
· Medir a diferença de fase entre dois sinais periódicos;
O osciloscópio é um instrumento que permite observar numa tela plana uma
diferença de potencial (ddp) em função do tempo, ou em função de uma outra ddp. O
elemento sensor é um feixe de elétrons que, devido ao baixo valor da sua massa e por
serem partículas carregadas, podem ser facilmente aceleradas e defletidas pela ação de um
campo elétrico ou magnético. A diferença de potencial é lida a partir da posição de uma
mancha luminosa numa tela retangular graduada. A mancha resulta do impacto do feixe de
elétrons num alvo revestido de um material fosforescente.
Como muitas grandezas físicas são medidas através de um sinal elétrico, o
osciloscópio é um instrumento indispensável em qualquer tipo de laboratório e em situações
tão diversas como o diagnóstico médico, mecânica de automóveis, prospecção mineral, etc.
O osciloscópio permite obter os valores instantâneos de sinais elétricos rápidos, a medição
de tensões e correntes elétricas, e ainda freqüências e diferenças de fase de oscilações.
Fig. 1 – Painel Frontal do Osciloscópio.

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O monitor de um osciloscópio, é normalmente, um retângulo de 10 cm x 8 cm,
subdividido em quadrículos que permitem a leitura dos sinais visualizados. No modo X-Y os
eixos vertical e horizontal representam só tensões, enquanto que no modo Y-t a direção
vertical representa tensões e a direção horizontal representa o tempo. As escalas de tensão
e tempo são variáveis e controladas pelos seletores de amplificação e base de tempo,
mostrados na Fig. 2.

AFS 2
ms/div m s/div
V/div mV/div V/div mV/div
Fig. 2 – Detalhe dos Controles do Osciloscópio.
A relação entre o desvio espacial, X, e a correspondente tensão, V, é dada por:
V = S.X
onde S representa a sensibilidade em Volt/divisão ou, seja, a escala.

O osciloscópio é basicamente constituído por duas partes :


· Tubo de raios catódicos com tela fosforescente.
· Circuitos eletrônicos de controle.

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B – Tubo de Raios Catódicos com Tela Fosforescente
O tubo de raios catódicos é o elemento essencial do osciloscópio. Este consiste numa
ampola de vidro fechada no interior da qual se encontram, sob vácuo (cerca de 10-3 mbar),
os seguintes componentes:
· Canhão eletrônico
· Sistema de desvio magnético ou eletrostático
· Anteparo fosforescente em sulfureto de zinco.

A Fig. 3 mostra o diagrama simplificado do tubo de raios catódicos.

Fig. 3 – Diagrama simplificado do tubo de raios catódicos.


AFS 3
2.1 - Canhão Eletrônico
O canhão eletrônico é o dispositivo que produz e controla o feixe de elétrons que, mostrado
na Fig. 4, pode ser subdividido em três partes principais:

Fig. 4 – Diagrama do canhão de elétrons.


a) - Cátodo emissor de elétrons

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Este é constituído pelo filamento F que quando aquecido, pela passagem de corrente
elétrica, promove a emissão de elétrons do cátodo C por efeito termiônico.
Os raios catódicos são obtidos em vasos fechados a pressões inferiores a cerca de 10-3
mbar, encerrando dois eletrodos, aos quais se aplica um potencial suficientemente elevado.
Estes raios são formados por elétrons e, por isso, podem ser manipulados por intermédio de
campos elétricos e magnéticos. Os elétrons, por terem uma pequena massa (9,11 x 10-31
kg), são muito sensíveis a pequenas ddp, justificando assim o seu uso na construção de
osciloscópios.
A eficiência de produção de elétrons pode ser substancialmente aumentada quando é
aplicado o fenômeno da emissão termiônica ao cátodo. Sabe-se que os metais
incandescentes emitem espontaneamente elétrons, mesmos na ausência de um campo
elétrico, os quais formam uma nuvem eletrônica em torno do corpo incandescente. Assim,
quando se aquece o cátodo forma-se em torno deste uma nuvem eletrônica. Se ao cátodo
for aplicada uma diferença de potencial, relativamente ao ânodo, o campo elétrico resultante
arrastará os elétrons no sentido do ânodo, formando-se assim um feixe eletrônico (ou feixe
de raios catódicos).

b) Grelha de Comando (cilindro de Wehnelt):


A grelha W quando é polarizada negativamente em relação ao eletrodo A2 (ânodo) forma e
acelera o feixe de elétrons. A intensidade do feixe, brilho, é controlada através da ddp entre
a grelha e o ânodo: quanto maior for a ddp maior é o número de elétrons no feixe, ou seja,
mais brilhante é o feixe.

c) Sistema de aceleração e focagem:


Constituído pelos eletrodos G e A1, posicionados entre a grelha W e o ânodo, limitam a
seção do feixe, ou seja, a focagem, por um ou mais diafragmas e imprimem-lhe ainda uma
certa aceleração. O eletrodo G permite eliminar a interação entre os comandos de brilho e
de focagem.

2.2 - Sistema de Deflexão

Como mostra a Fig. 3, o sistema de deflexão é constituído pelos eletrodos X1 e X2,


dispostos segundo a horizontal, e pelos eletrodos Y1 e Y2, dispostos segundo a vertical. Se
os eletrodos estiverem todos ao mesmo potencial, o feixe de elétrons atravessa a região do
espaço compreendida entre os dois pares de eletrodos e incide no centro do alvo

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fosforescente, onde se verá uma mancha luminosa. Quando se aplica uma ddp aos
eletrodos, o feixe eletrônico é defletido. Como resultado, a mancha luminosa apresenta um
deslocamento da sua posição sobre o alvo diretamente proporcional à ddp entre os dois
pares de eletrodos:
x = Kx .Vx
y = Ky .Vy
Vx e Vy são as ddp's aplicadas às placas. Kx e Ky são constantes de proporcionalidade que
dependem da montagem.

AFS 4
Se o osciloscópio for usado para observar a variação de uma ddp em função do tempo, esta
tensão será aplicada às placas horizontais Y1Y2, provocando o deslocamento vertical do
feixe. O deslocamento vertical será proporcional à ddp Vy aplicada. Às placas verticais
X1X2, aplica-se uma ddp Vx, fornecida por um circuito eletrônico designado por BASE DE
TEMPO. A ddp aplicada pelo circuito da base de tempo atuará sobre o feixe deslocando-o
na horizontal, da esquerda para a direita, com uma velocidade constante designada por
velocidade de varrimento. Na tela obter-se-á a imagem da função y(x)=Vy(t). Neste modo de
funcionamento diz-se que osciloscópio funciona em MODO Y-T. Se em vez de aplicarmos a
tensão de varrimento às placas verticais, aplicarmos uma outra ddp Vy, obteremos na tela a
imagem da função Vy=Vy(Vx). Neste último caso diz-se que o osciloscópio funciona no
modo X-Y.

2.3 - Anteparo fosforescente


O anteparo fosforescente converte a energia do feixe de elétrons em luz visível, permitindo
assim a observação do ponto de incidência do feixe no alvo. Além da emissão de luz, o alvo
emite também elétrons secundários que são atraídos pelo revestimento condutor do tubo,
fechando assim o circuito elétrico. Os elétrons secundários ao acumularem-se sobre a
superfície da tela dão origem ao fenômeno bem conhecido de eletricidade estática.
A eficiência da luminosidade do alvo depende essencialmente de três fatores: a
concentração do dopante fosforescente do alvo, da energia cinética e da intensidade do
feixe eletrônico. A concentração de dopante é estabelecida pelo fabricante do aparelho. A
energia do feixe de elétrons depende da geometria e potenciais do canhão eletrônico e do
dispositivo de pós-aceleração. A intensidade do feixe pode ser ajustada através do comando
de brilho que permite controlar o número de elétrons emitidos pelo cátodo.
A persistência da fosforescência do alvo é muito pequena de modo a ser possível observar
sinais muito rápidos. Mas como nem o olho nem o cérebro humano têm capacidade de

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analisar acontecimentos tão rápidos, a visualização dos traços na tela é conseguida através
de passagens sucessivas do feixe eletrônico pelos mesmos pontos, cujo sincronismo é
controlado pelo circuito da base de tempo.
A sobreposição sucessiva do varrimento do feixe eletrônico sobre o alvo fosforescente
origina um traço estável no monitor, como mostra a Fig. 5.

Fig. 5 – Persistência do sinal na tela do osciloscópio.

3.1 - Circuito de Entrada


Os sinais são aplicados ao osciloscópio através das entradas Y e TRIGGER EXT
que apresentam uma resistência interna de entrada de 1 MW. Normalmente, os
osciloscópios dispõem de duas entradas, mas também se encontram aparelhos com quatro
entradas. Junto de cada entrada Y encontra-se o seletor do tipo de acoplamento ao módulo
de amplificação com o qual se seleciona a escala do monitor. A Fig. 7 apresenta o esquema
do circuito de entrada onde se pode ver o seletor de comutação entre os vários tipos de
acoplamento. O comutador permite selecionar o tipo de acoplamento: AC, DC, ou GND. O
amplificador de ganho variável controla a escala de monitorização dos sinais.

3 – Base de Tempo
A análise de sinais desconhecidos com o osciloscópio é sempre dada em função de outra
tensão de características conhecidas. Normalmente aplica-se a tensão conhecida às placas
de deflexão horizontal que geralmente é uma função linear no tempo. Essa função tem a
forma de um dente de serra, como se pode ver na figura que se segue, e origina um
movimento horizontal do feixe eletrônico que proporciona uma base de tempo.

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Fig. 11 - Tensão em dente de serra aplicada às placas verticais do tubo de raios catódicos e
impulsos de sincronismo.

O movimento do feixe inicia-se quando o circuito de trigger aplica um impulso de


sincronização à entrada do circuito da base de tempo. O feixe desloca-se da esquerda para
a direita, sendo o período de varrimento, Tvar, dado pelo tempo de subida do dente de
serra. Atingido o extremo direito da tela a grelha de Wehnelt é sujeita a uma tensão mais
negativa que o cátodo, impedindo os elétrons de atingirem o alvo fosforescente.
Simultaneamente, a tensão de varrimento desce rapidamente a zero, desviando assim o
feixe para o extremo esquerdo da tela. O varrimento seguinte inicia-se quando o circuito da
base de tempo receber outro impulso de sincronismo.
O tempo de varrimento, e portanto a escala da base de tempo, é determinada pelo tempo
Tvar. Este valor pode ser ajustado através de um seletor, chamado TIME BASE, que
permite a seleção de valores entre 200 ms e 0,5 mseg, dependendo da qualidade dos
aparelhos.

Varrimento e Trigger (Disparo)


O passeio horizontal da mancha luminosa à velocidade constante, no MODO X-Y, designa-
se por varrimento e inicia-se no lado esquerdo da tela e termina no lado direito. Mas quando
e como se deve iniciar o varrimento? Se o varrimento se repetir sem interrupção, só por
mero acaso se obteria a sincronização das freqüências de varrimento e do sinal.
Consequentemente os ciclos consecutivos de varrimento não se sobreporiam
coerentemente, surgindo na tela uma imagem desordenada e incompreensível, como se
pode ver no exemplo da Fig. 12.

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Fig. 12 – Varrimento.

• MEDIDAS COM O OSCILOSCÓPIO


Pode-se realizar uma série de medidas com o osciloscópio. Algumas delas serão exploradas
nesta seção.
Período e Freqüência
Se um sinal se repete no tempo, ele possui uma freqüência f, medida em Hz. Um sinal
repetitivo também possui outro parâmetro, o período. O período (T) é o tempo que um
determinado sinal repetitivo demora para completar um ciclo. Assim, freqüência e período
são recíprocos.
T
1
f=
T=1/3 seg
f = 3 Hz
Fig. 13 – Medição de Período

Tensão (Diferença de Potencial)


A tensão é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos de um circuito. Normalmente,
um desses pontos pode ser a massa (terra, 0V) do circuito, mas nem sempre. Por exemplo,

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pode-se medir a tensão de pico a pico de um sinal (Vpp), que é a diferença entre o valor
máximo e mínimo deste sinal.

REFERÊNCIAS
[1] STOUT , MELVILLE – Curso Básico de Medidas Elétricas , Vol. 1 e Vol. 2,
Editora da USP.
[2] ZBAN, P. – Instrumentos e Medidas em Eletrônica, Mc Graw Hill do Brasil.
[3] Bertulini, O. – Princípio de Funcionamento do Osciloscópio, dez. 1996.

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