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MEDIÇÃO

EM QUÍMICA

® O alcance (valor máximo medido por um aparelho).

® Sensibilidade (valor da menor divisão da escala do aparelho: pode-se ver diretamente ou


dividindo o alcance pelo nº de divisões da escala).

® Incerteza absoluta de leitura ou tolerância


§ aparelhos analógicos - metade do valor da menor divisão da escala;
§ aparelhos digitais - valor da menor divisão da escala.
Nota: Há aparelhos (pipetas, balões volumétricos, buretas, etc) em que a incerteza (ou
tolerância) já está indicada pelo fabricante.

Exemplo: leitura de um comprimento de 10 cm numa régua:

Características da régua
Alcance (A) Nº de divisões da escala (n) Sensibilidade ou menor Tolerância
divisão da escala (A/n)
10,00 cm 100 0,10 cm ± 0,05 cm

Nota: O alcance, a sensibilidade e a tolerância devem ter sempre o mesmo número de casas
decimais.
Leitura do comprimento: (10,00 ± 0,05) cm

Erros e incertezas
® Incertezas:

§ Quando se realiza apenas 1 medição, o erro máximo que se pode cometer é a tolerância do
aparelho (incerteza absoluta de leitura).
Resultado de uma medição = valor da grandeza ± incerteza na leitura e unidade (atender ao
facto de o aparelho ser analógico ou digital como foi dito anteriormente)
Exemplo: massa (m) de 52 g numa balança digital de sensibilidade (menor divisão da escala) 0,5 g:
m = (52,0 ± 0,5) g

§ Quando se efetuam várias medições pode-se calcular a incerteza absoluta do valor mais
provável (I.A.) e a incerteza relativa (𝑰𝑹 ). A incerteza absoluta do valor mais provável
calcula-se a partir do desvio de cada medida, face ao valor mais provável. O desvio (𝒅𝒊 ) é
calculado por: 𝒅𝒊 = 𝒙𝒊 − 𝒙 ', sendo 𝒙𝒊 o valor de cada medida e 𝒙 ' o valor mais provável
(v.m.p). A incerteza absoluta do valor mais provável é o maior desvio (em valor absoluto).
A incerteza relativa será a incerteza absoluta a dividir pelo valor mais provável:
|𝒙𝒊 $𝒙
%|
𝑰𝑹 = %
𝒙
Se for em percentagem, chama-se desvio percentual e multiplica-se por 100.

Quanto menor a incerteza relativa, mais precisa é a medição.


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Exemplo: Os resultados da medição de uma massa numa atividade experimental são:

Ensaio 1º 2º 3º 4º 5º
Valor /g 0,2362 0,2394 0,2450 0,2413 0,2366

Pede-se para apresentar o resultado da medição em função do v.m.p. e da incerteza absoluta e


da incerteza relativa em percentagem (desvio percentual).

#,%&'%(#,%&)*(#,%*+#(#,%*,&(#,%&''
Cálculo do v.m.p.: '
𝒙= +
'
𝒙 = 0,2397

Cálculo do desvio de cada medição relativamente ao v.m.p. : 𝒅𝒊 = 𝒙𝒊 − '


𝒙
di = 0,2362 -0,2397 = - 0,0035
di = 0,2394 -0,2397 = - 0,0003
di = 0,2450 -0,2397 = + 0,0053
di = 0,2413 -0,2397 = + 0,0016
di = 0,2366 -0,2397 = - 0,0031
A incerteza absoluta do valor mais provável (maior desvio em valor absoluto) é : 0,0053

O resultado da medição em função da incerteza absoluta é:


m = (0,2397 ± 0,0053) g

0|
|𝒙𝒊 /𝒙 |𝟎,𝟎𝟎𝟓𝟑|
Cálculo da incerteza relativa em percentagem: 𝑰𝑹 = 0
𝒙
x 100 = 𝟎,𝟐𝟑𝟗𝟕
x 100 = 2,2 %

O resultado da medição em função do desvio percentual (incerteza relativa em %) é:


m = 0,2397 g ± 2,2 %

® Erros:
Quando existe um valor de referência (valor tabelado) para determinar a exatidão da medição
pode-se calcular o erro relativo (ER). Em percentagem chama-se erro percentual e calcula-se:

|𝒙𝒊 /𝒙𝒂 |
ER = 𝒙𝒂
x 100 %

sendo 𝒙𝒊 o valor da medida e 𝒙𝒂 o valor exato, ou seja, o valor tomado como referência.

Quanto menor o erro relativo, maior a exatidão.

Exemplo: se numa medida de uma temperatura xi = 98,2 ºC e xa = 100 º C


|𝟗𝟖,𝟐/𝟏𝟎𝟎|
ER = 𝟏𝟎𝟎
x 100 % = 1,8 %

O resultado da medição será:


𝛉 = 98,2 ºC ± 1,8 %
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