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QUÍMICA ANALÍTICA

1.Introdução

Definições ->

Matriz: meio que contém o analito de interesse, ou seja, onde o analito está presente.

Analito: elemento que se deseja qualificar ou quantificar.

A química analítica está dividida em 2 grupos ->

Qualitativa: Mostra a presença ou ausência de componentes de uma amostra, podendo


também ser utilizados como semiquantitativos, mostrando se há muito ou pouco analito.

“presente ou ausente?” “sim ou não?”

Quantitativa: utilizada para determinar a quantidade de um componente na amostra

“quanto?” “??? Mg”

Aplicações da química analítica ->

 Determinação de metabólitos para diagnóstico de patologias;


 Determinação de drogas ilícitas para exercício de atividades profissionais;
 Determinação de teores de metais pesados para avaliação de exposição e intoxicação.

Definições ->

Técnica: é um princípio químico ou físico que pode ser usado para analisar uma amostra.
Exemplo: Titulometria, espectrofotometria, cromatografia.

Método: é a aplicação de uma técnica para a determinação de um analito específico em uma


matriz específica.
Exemplo: Determinação do teor de vitamina C em suplementos vitamínicos por titulometria de
oxi-redução.

Procedimento: é um conjunto de diretivas escritas, que detalham como aplicar um método


numa amostra, incluindo informações sobre amostragem, eliminação de interferências e
validação de resultados.
Exemplo: determinação de vitamina C segundo procedimento do Instituto Adolfo Lutz.

Protocolo: é um conjunto de procedimentos, que devem ser seguidos para a aceitação da


análise pelo organismo oficial que estabeleceu o protocolo.
Exemplo: Determinação de um medicamento segundo procedimento da farmacopéia
brasileira.
2. Confiabilidade analítica

Definição ->

É a avaliação para se determinar se os resultados analíticos obtidos, a partir do uso de


determina técnica, método ou procedimento, são aceitáveis ou não.

Erros experimentais ->

Fonte de erro – origem


Classificação de erro – tipo

Pode-se classificar os erros em três grupos:

• Sistemáticos ou Definidos: Passíveis de correção. Provocam tendenciosidade da média


para maior ou para menor que o valor verdadeiro. DIMINUEM A EXATIDÃO.

• Aleatórios ou Indefinidos: Podem ser apenas minimizados (não se sabe exatamente


de onde vem o erro). Não mexem na exatidão e sim na precisão. Provocam dispersão
dos valores de replicatas em torno da média. DIMINUEM A PRECISÃO.

• Crassos: São erros aparentemente evidentes. Se confirmados por testes estatísticos


INVALIDAM O RESULTADO E O EXCLUEM DOS CÁLCULOS.

O analista como fonte de erros ->

• Erro grosseiro:
Ex. defeito no dígito
• Erro de inserção ou posicionamento:
Ex. colocar sempre do mesmo jeito

• Erro de paralaxe:
Ex. posição/forma de olhar

• Erro de zeragem:
Ex. todo equipamento precisa ser zerado

Algarismos significativos e resultados de análises ->

Em química analítica os resultados numéricos de leituras de vidrarias e equipamentos devem


incluir todos os dígitos conhecidos com certeza e mais um dígito estimado.

Ex.
• A leitura de uma bureta, por exemplo, é registrada como 34,73 ml. O valor 34,7 pode ser
tomado diretamente da graduação da bureta; o digito referente à segunda decimal “,_3” é
estimado pela visão.
• Neste exemplo, a leitura da bureta é apresentada com quatro algarismos significativos.
• Isto muda a posição da incerteza e torna a técnica mais exata.

Meniscos: a superfície não fica plana e sim côncava


Isso deve ser ignorado

Medidas replicadas duplicata, triplicata...

Da amostra bruta, tiramos amostras analíticas.

Essa prática realiza a análise mais de


uma vez, aumentando a confiabilidade
dos resultados.
Precisão e exatidão ->

• Precisão: Concordância entre os resultados medidos na avaliação de replicatas de uma


amostra.
Avaliada pelo desvio padrão, Desvio padrão relativo e Variância.

• Exatidão: Concordância entre um resultado ou a média de várias replicatas e um valor aceito


como verdadeiro.
Avaliada pelo Erro absoluto e Erro relativo.
Se me der 1% de erro minha
exatidão será de 99%.
A diferença é aceitável ou não?
A diferença é maior ou menor?

Medidas tendência e dispersão ->

Média: A média aritmética de n medidas de uma grandeza física X i, é expressa por:

𝑛
1
𝑥̅ = ∑ 𝑥𝑖
𝑛
𝑖=1

Portanto:

𝑥1 +𝑥2 +⋯𝑥𝑛
X=
𝑛

Desvio padrão: parâmetro empregado para avaliar a precisão de uma medida é o desvio
padrão s, definido pela expressão matemática:

𝑠 = √∑(𝑥𝑖 − 𝑥̅ )2 / 𝑛 − 1
𝑖=1

Desvio padrão relativo: Sr(%) = (s /𝑥̅ ) x 100 (%, em partes por cem).

𝑥̅ = média;
n = número de medidas;
𝑥𝑖 = valor de cada medida;
s = desvio padrão amostral (pequeno no de medidas);
𝜎 = desvio padrão dos valores medidos (grande no de medidas);
XV = valor verdadeiro (ou valor aceito).
➔ Desvio Padrão Amostral – s
Somente este
➔ Desvio Padrão Relativo – DPR será utilizado
É calculado dividindo-se o desvio padrão, s ou σ, pela média 𝑥̅ dos dados e
multiplicando-se por 100:
𝑠
𝐷𝑃𝑅 = × 100
𝑥̅

➔ Coeficiente De Variância – CV
A variância é o quadrado do desvio-padrão:

CV = s2

Exatidão: avaliada pelos erros absoluto e relativo->

Erro absoluto: O erro absoluto (E) de um sistema é igual à diferença entre o valor obtido ou a
média de replicatas e o valor aceito como verdadeiro.

𝐸 = 𝑥𝑜𝑏 − 𝑥𝑣𝑑
Erro relativo: O erro relativo (Er) descreve o erro em relação à magnitude do valor verdadeiro

𝑥𝑜𝑏 − 𝑥𝑣𝑑
𝐸𝑟% = × 100
𝑥𝑣𝑑
Utilizado

Er= Erro Relativo;

Ob= Valor Obtido;

Vd= Valor aceito como Verdadeiro.

Erros crassos – teste Q ->

Se há suspeita de um valor discrepante, o teste-Q permite calcular um quociente “Q” para


compará-lo a uma tabela para decidir se o valor deve ser rejeitado ou mantido.

Q pode ser calculado com a Equação:


𝑥𝑠 − 𝑥𝑝
𝑄=
𝑥ℎ − 𝑥𝑙

𝑥𝑠 = ponto de dados suspeito;

𝑥𝑝 = valor mais próximo;

𝑥ℎ = maior valor obtido;

𝑥𝑙 = menor valor obtido.


Tabela teste “Q”

Erros crassos – teste T ->

Outro teste para avaliar se um valor discrepante deve ou não ser rejeitado é o teste de
student, onde se calcula um parâmetro Tc:

𝑇𝑐= (𝑥𝑠 − 𝑥̅ )/s


𝑇𝑐 = T calculado;

𝑥𝑠 = dado Suspeito;

𝑥̅ = média dos valores;

S= desvio-padrão da amostra.

Tabela teste “T”


Intervalo ou limites de confiança->

O limite de confiança para um conjunto de dados é descrito pela Equação:


𝑡. 𝑠
𝐶𝐿 = 𝑥̅ ±
√𝑛
𝑥̅ = média;

S= desvio-padrão da amostra

N= tamanho da amostra

T= distribuição t.

Tabela para “CL”

*precisão-> oposto do DPR (mede a dispersão dos dados)

Ex. dispersão de 10%, precisão de 90%

*exatidão-> é medida pelo erro relativo

Ex. erro relativo 0,5%, exatidão de 99,5%


Exercícios:

𝑠 𝑉𝑚𝑒𝑑. − 𝑉𝑣𝑒𝑟𝑑. 𝑡 ×𝑠
𝐷𝑃𝑅 = × 100 𝐸𝑟 = × 100 𝐶𝐿 = 𝑥̅ ∓
𝑥̅ 𝑉𝑣𝑒𝑟𝑑. √𝑁
𝑥𝑠 − 𝑥𝑝 𝑡𝑐𝑎𝑙𝑐 = (𝑥𝑠 − 𝑥̅ )/𝑠
𝑄𝑐𝑎𝑙𝑐 =
𝑥ℎ − 𝑥𝑙
Tabela para teste Q Tabela para teste t Tabela para CL

MEDIDAS MEDIDAS
1ª 9,95 1ª 9,7
2ª 9,88 2ª 9,7
3ª 9,91 3ª 10,2
4ª 9,93 4ª 9,8
5ª 9,80 5ª 10,3
6ª 9,92 6ª 9,5
7ª 10,01 7ª 10,1
8ª 9,98 8ª 9,3
9ª 9,95 9ª 9,4
10ª 10,06 10ª 10,6
Média = 9,93 Média = 9,9
Desvio Padrão = 0,07 Desvio Padrão = 0,4
DPR = 0,70% DPR = 4,0%
Precisão = 0,30% Precisão = 96,0%
ER = -0,7% ER = -0,1%
Exatidão = 99,3% Exatidão = 99,0%

Maior ou Menor Tc = -1,85 Maior ou Menor Tc = -0,15


valor Tt = 1,85 valor Tt = 0,2
CL= 9,9 ∓ 2,9
IC = CL= 9,93 ∓ 0,05 IC =
Limite inferior = 9,86 Limite inferior = 9,5
Limite superior = 10 Limite superior = 10,3

TABELA 1 TABELA 2
TABELA 1
Como calcular na calculadora (MÉDIA E DESVIO PADRÃO)
➢ Na calculadora, aperte o botão “MODE”. No display irá aparecer três opções, “
COMP 1” “SD 2” e “REG 3”, o módulo estatístico que iremos utilizar é o “SD 2”.
Logo iremos digitar os valores das medidas da seguinte forma, digitamos um
primeiro valor depois apertamos a tecla “m+”, o display vai mostrar “n=1” o
quer dizer que o valor está armazenado na memória. Logo digitaremos o
restante dos valores da medida.
Depois chamamos as funções estatísticas da seguinte forma, apertamos o
botão “SHIFT” e depois o número “2”, o display vai mostrar 3 opções,” 𝑥̅ 1”, “𝜎x
2” desvio padrão populacional e “sx 3” que é o desvio padrão amostral. Para o
cálculo da média: apertamos o número “1” e a tecla “=” que nos dará o
resultado da média, após o cálculo da média (sem apagar nada do display)
apertamos “SHIFT” e depois o número “2”, o display irá mostrar novamente as
opções, apertamos o “3” desvio padrão amostral e damos “=”, que nos dará o
resultado do DP.

Passo a passo:
 MODE;
 SD 2;
 “digita o valor da medida, apertar “M+”, assim por diante;
 SHIFT;
 2;
 Para a média: 1 e =;
 SHIFT;
 2
 Para desvio padrão: 3 E =
Média: 9,93 desvio padrão:0,07

• Cálculo do DPR:

É calculado dividindo-se o desvio padrão, s ou σ, pela média 𝑥̅ dos dados e multiplicando-se


por 100:
𝑠
𝐷𝑃𝑅 = × 100
𝑥̅
DPR= 0,07/ 9,93x100

DPR=0,70%

• Precisão:

oposto do DPR

precisão= 0,30%
• Erro relativo (ER):
𝑥𝑜𝑏 − 𝑥𝑣𝑑
𝐸𝑟% = × 100
𝑥𝑣𝑑

Er= 9,93 – 10= -0,07

Er=0,07/10= -0,007

Er= -0,007x100= -0,7

Er= -0,7%

• Exatidão:

é medida pelo erro relativo

100% - (-0,7%)

100 – 0,7= 99,3%

Exatidão= 99,3%

• Tc: menor valor

𝑡𝑐𝑎𝑙𝑐 = (𝑥𝑠 − 𝑥̅ )/𝑠


Tc= 9,80 - 9,93 = -0,13

Tc= -0,13/0,07= - 1,85

Tc= -1,85

• Tt: maior valor

𝑡𝑐𝑎𝑙𝑐 = (𝑥𝑠 − 𝑥̅ )/𝑠


Tt= 10,06- 9,93= 0,13

Tt= 0,13/0,07= 1,85

Tt= 1,85
• IC:
𝑡 ×𝑠
𝐶𝐿 = 𝑥̅ ∓
√𝑁
CL= 9,93 ∓ 2,26 X 0,07/ √10

CL= 9,93 ∓ 0,15/ 3,16

CL= 9,93 ∓ 0,05

• Limite inferior:

IC= 𝑥̅ – DP

IC= 9,93 – 0,07

IC= 9,86

• Limite superior

IC= 𝑥̅ + 𝐷𝑃

IC= 9,93 + 0,07

IC= 10

TABELA 2

Média: 9,9 desvio padrão: 0,4

• Cálculo do DPR:
𝑠
𝐷𝑃𝑅 = × 100
𝑥̅
DPR= 0,4/ 9,9 = 0,04

DPR= 0,04 X 100= 4

DPR= 4,0

• Precisão:

oposto do DPR
precisão= 96%

• Erro relativo (ER):


𝑥𝑜𝑏 − 𝑥𝑣𝑑
𝐸𝑟% = × 100
𝑥𝑣𝑑
ER= 9,9 – 10 = -0,1

ER= -0,1 / 10 = -0,01

ER= -0,01 X 100 = -1

ER= -1%

• Exatidão:

é medida pelo erro relativo

Exatidão= 99,0%

• Tc: menor valor

𝑡𝑐𝑎𝑙𝑐 = (𝑥𝑠 − 𝑥̅ )/𝑠


T= 9,3 – 9.9= -0,6

T= -0,6 /4,0= -0,15

Tc= -0,15

• Tt: maior valor

𝑡𝑐𝑎𝑙𝑐 = (𝑥𝑠 − 𝑥̅ )/𝑠


T= 10,6 – 9,9 = 0,7

T= 0,7/ 4,0= 0,2

Tt= 0,2

• IC:
𝑡 ×𝑠
𝐶𝐿 = 𝑥̅ ∓
√𝑁
CL= 9,9 ∓ 2,26 X 4,0 / √10

CL= 9,9 ∓ 9,04 /3,16

CL= 9,9 ∓ 2,9


• Limite inferior:

IC= 𝑥̅ – DP

IC= 9.9 – 0,4= 9,5

IC= 9,5

• Limite superior

IC= 𝑥̅ + 𝐷𝑃

IC= 9.9 + 0,4= 10.3

IC= 10.3

Exercício: Média e desvio padrão

A determinação de alumínio em alimentos foi feita em heptaplicata (sete vezes).


Calcule a média e o desvio padrão dos dados.

a) 20,1 ppm

b) 19,5 ppm 𝑥̅ = 19, 8 𝑝𝑝𝑚 𝐴𝑙+3


c) 20,3 ppm

d) 19,7 ppm S= 0,336650164 = 0,337 = 0,3 ppm 𝐴𝑙+3

e) 20,0 ppm

f) 19,4 ppm

g) 19,6 ppm

Exercício: exatidão

Calcule o erro relativo em termos de porcentagem para uma análise de ferro em


alimentos que dá um valor de 115 ppm de conteúdo em Fe, quando o valor verdadeiro
é, de fato, 110 ppm.
𝑥𝑜𝑏 − 𝑥𝑣𝑑
𝐸𝑟% = × 100
𝑥𝑣𝑑
Er%= 115-110 / 110 x 100

Er%= 5/ 110 x 100

Er%= 0,04545 x 100

Er%= 4,5% exatidão: 95,5%


2. Soluções e diluições

Misturas homogêneas e heterogêneas->

A mistura de duas ou mais substâncias pode resultar:

 Suspensão: Mistura heterogênea instável

Ex: se assenta no fundo como água e areia;

 Colóide: Mistura heterogênea estável

Ex: se centrifugada a de se separar-se como leite – soro e sangue – células - plasma

 Soluções: Mistura homogênea

Ex: estão misturados a nível atômico e molecular (dissolvidos), como água e açúcar, água e
sal.

Definição de soluções->

 Mistura homogênea, portanto, unifásica, que pode ser sólida, líquida ou gasosa. Quem
define o estado físico da solução é o solvente.

Quanto ao seu estado as soluções podem ser classificadas em:

Soluções = soluto + solvente

➢ Soluto: componente presente na mistura em menor quantidade; também chamado


disperso.
➢ Solvente: componente presente na mistura em maior quantidade; também chamado
dispersante ou dispersor.

Estudo quantitativo das soluções: Modos usuais de se expressar a relação soluto/solução.


1. Concentração Comum (c)

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑐=
𝑣𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜

2. Molaridade (M)
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
M=
𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 x 𝑣𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜

3. Título (T)
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 𝑣𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑇= 𝑜𝑢 𝑜𝑢
𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑣𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑣𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜

1 por 100 1 por 1.000 1 por 1.000.000 1 por 1.000.000.000


% %o ppm ppb

m: massa do soluto;

V: volume;

M: mol (soma das massas dos átomos que


compõe a matéria).

Exercício :

Qual a massa de cloreto de sódio contida em 500 ml de soro fisiológico (0,9%)?


𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑇=
𝑣𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜

0,9 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
= (regra de três)
100 500

0,9 . 500
= 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
100

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 4,5𝑔
Qual a massa de glicose (C6 H12 O6) que deverá ser dissolvida em 500 ml de água para
produzir uma solução 0,15 mol/l?

Primeiro determina-se o mol da glicose:

C6 H12 O6

6C + 12H + 6O

6.12 + 12.1 + 6.16

72 + 12 + 96 = 180g/mol

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑀=
𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 x 𝑣𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜

𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
0,15 = -> 0,15 . 180. 0,5 = 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 13,5g
180 x 0,5

Diluição de soluções->

Diluir significa adicionar mais solvente à uma solução que já está pronta.

Equação da diluição: C inicial x V inicial = C final x V final

Onde: Ci = concentração inicial, ou concentração da solução mãe.

Vi = volume inicial, normalmente o que se deseja calcular

Cf = concentração final ou desejada

Vf = volume inicial ou quanto será preparado

Ex de aplicação:

Deseja-se preparar 250 ml de uma solução 0,0025 mol/l de sulfato de cobre. Determine a massa
do composto a ser dissolvida em água desmineralizada.

Dado: CuSO4 - 5 H2O = 249,7 g/mol

CONSIDERAÇÕES: A pesagem de uma massa tão pequena poderá gerar um erro inaceitável.
Assim, deve-se preparar inicialmente uma solução mãe 10 a 20 vezes mais concentrada e depois
fazer a diluição desejada.

Neste caso, faça os cálculos para preparar 100 ml de uma solução mãe 20 vezes mais
concentrada ou seja 0,05 mol/l (concentração suficiente para gerar uma massa de
aproximadamente 1 g) e depois faça os cálculos para a diluição.

Solução mãe: 100 ml de CuSO4 • 5 H2O (249,7 g/mol) a 0,05 mol/l


𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜
𝑀= 0,05 =
𝑀𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 x 𝑣𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 249,7x 0,1

0,05 x 249,7 x 0,1 = 𝑚𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 = 1, 2485 𝑔


C inicial x V inicial = C final x V final

0,05mol/l x V inicial = 0,0025 mol/l x 250ml


0,0025 𝑚𝑜𝑙/l x 250ml
V inicial =
0,05𝑚𝑜𝑙/𝑙

V inicial= 12,5
Resposta: Para preparar a solução mãe serão
dissolvidos 1,2485 g do composto em água desmi
na qsp 100 ml de solução.

Para preparar a solução desejada serão tomados


12,5 ml da solução mãe e diluídos com água
desmi para formar 250 ml de solução.

Volumetria->

- Também chamada de titrimetria ou titulometria.

Esta técnica vale-se de uma solução padrão para determinar a concentração do analito em uma
amostra.

➔ Padrão primário
 Devem ter alta pureza ou serem fáceis de purificar;
 Devem ser de fácil obtenção no mercado a preço razoável;
 Inerte no ambiente, ou seja, não devem reagir com substância presentes no ar, como
O2 , CO2 ou H2O;
 Não devem ser higroscópicas (absorver água do ambiente);
 Devem ser o mais solúvel possível em condições ambiente;

➔ Padrão secundário
 São considerados padrões secundários aquelas substâncias ou suas soluções cujo
conteúdo ativo foi estabelecido por comparação com uma substância padrão primário.
 Podem ser usadas para padronização de soluções ou para análises.

➔ Solução padrão
 Solução padrão são aquelas cuja concentração é exatamente conhecida, usada para fins
analíticos.
 Soluções não padronizadas são aquelas que sua concentração apresenta valores
próximos, e não é necessário sua exatidão por não possuir fins analíticos.

Padronização de soluções->

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