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Porto
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Os prejudicados somos todos nós.
M Editora
ISBN 978-97 2-0-9 698 5-9
Apresentação

Caro aluno

O estudo da Matemática desenvolve capacidades de organiza­


ção do pensamento, de raciocínio, de resolução de problemas e
a criatividade.

Porque para aprender Matemática é necessário um estudo


autónomo e sistemático, o Máximo - Matemática Aplicada às
Ciências Sociais, 10.° ano - foi organizado para lhe proporcio­
nar um trabalho adequado nesse sentido.

Em prim eiro lugar, deve resolver a Atividade inicial, que lhe vai
p e rm itir rever o essencial e introduzir novos conhecimentos.
No decorrer da apresentação da m atéria é-lhe solicitado, per­
m anentemente, que resolva questões, de modo a assegurar
que cada nova definição, conceito ou processo bem como as
respetivas propriedades foram adquiridos.

A Matemática aprende-se passo a passo e, para que o processo


de aprendizagem seja bem-sucedido, cada domínio foi dividido
em subdomínios onde encontra uma Síntese, um conjunto
numeroso e diversificado de Atividades complementares e uma
Avaliação global, para que de uma form a autónoma possa ava­
lia r a aquisição do conhecimento e estabelecer conexões entre
as m atérias estudadas.

No final de cada domínio, o Máximo MACS 10 apresenta-lhe um


conjunto de Exercícios tipo exame para preparar desde já o seu
exame no final do 11.° ano.

Com a nossa experiência e permanente investigação em todo o


processo de elaboração deste manual, preocupamo-nos em
tra n sfo rm a r o difícil em fácil, de modo que possa afirm ar:

“Com o Máximo estudar MACS é o máximo!"

Os autores
Índice

Módulo inicial Domínio 2


Razões e percentagens Estatística

Razões e percentagens 10 2-1- introdução ao estudo da Estatística 132


1. Razões 11
1. Fases do e stu d o e s ta tís tic o 134
2. P e rce n ta g e n s 13
2. E s ta tís tic a d e s c ritiv a e e s ta tís tic a
Síntese 21 in d u tiv a 135
Atividades complementares 22
3. C e n s o e s o n d a g e m 137
Avaliação global 24
4. C o n sid e ra çõ e s g e ra is s o b re té c n ic a s
de a m o s tra g e m 138

5. O btenção de a m o s tra s 142


Domínio 1
Métodos de apoio à decisão 2-2- interp retação de tabelas
e gráficos 144
1-1- Teoria m atem ática das eleições 28
1. V ariáve is e s ta tís tic a s 145
1. E leições e m P o rtu g a l 29
2. In te rp re ta ç ã o de ta b e la s 147
2. In tro d u ç ã o aos s is te m a s de vota ção 33
3. S is te m a s m a io ritá rio s 35
Síntese 152

4. S is te m a s p re fe re n c ia is 39 Atividades complementares 153


5. S is te m a s de ap rova ção 50 Avaliação global 154
6. S is te m a s de re p re s e n ta ç ã o p ro p o rc io n a l 52
7. T e o re m a s de im p o s s ib ilid a d e e
o u tra s co n sid e ra ç õ e s 76 2-3- Construção e interpretação
Síntese 79 de tabelas de frequência
Atividades complementares 83 e gráficos 156

Avaliação global 87 1- Tabela de fre q u ê n c ia para


da do s q u a lita tiv o s ou
1.2. Teoria da partilha equilibrada 92 q u a n tita tiv o s d is c re to s 157

1. In tro d u ç ã o e p rin c íp io s bá sico s 93 2- T abe la de fre q u ê n c ia s p a ra d a do s


c o n tín u o s 159
2. M étod o do d iv is o r-s e le c io n a d o r 95
3. M étod o do d iv is o r ú n ico 97 3- G ráficos de b a rra s 161

4. M étod o do s e le c io n a d o r ún ico 99 4- G ráficos c irc u la re s 162


5. M étod o do ú ltim o a d im in u ir 101 5- P ic to g ra m a s 164
6. M étod o da faca d e s liz a n te 103
6- H is to g ra m a s 166
7. D ivisão liv re de inveja: a lg u m a s
co n sid e ra ç õ e s 105 7- P olíg o n o s de fre q u ê n c ia s para
da do s a g ru p a d o s e m cla s s e s 168
8. M étod o do a ju ste na p a rtilh a 106
9. M étod o das lic ita ç õ e s s e c re ta s 109 8- D ia g ra m a s de c a u le -e -fo lh a s 170

10. M étod o dos m a rc a d o re s 113 9- C o n sid e ra çõ e s g e ra is so b re


re p re s e n ta ç õ e s g rá fic a s 172
Síntese 115

Atividades complementares 118 Síntese 174

Avaliação global 120 Atividades complementares 177

Exercícios tipo exame 122 Avaliação global 180


Estatística Estatística

2 -4 - P e r c e n t is . M e d ia n a . Q u a r t is .
4. In te rp re ta ç ã o g e o m é tric a do
c o e fic ie n te de c o rre la ç ã o lin e a r 250
D ia g r a m a d e e x t r e m o s e q u a r t i s 182
5. R e ta de re g re ssã o . U tiliza çã o da
1. P e rc e n tis 183 c a lc u la d o ra g rá fic a 251
2. M ediana 189 6. A reta de regressão para fazer estim ativas 254
3. Q u a rtis 191 7. T abe la s de c o n tin g ê n c ia 256
4. D ia g ra m a de e x tre m o s e q u a rtis 193 8. Representação gráfica de dados bivariados 258
5. In te rp re ta ç ã o do d ia g ra m a de Síntese 260
e x tre m o s eq u a rtis 196
Atividades complementares 261
Síntese 197
Avaliação global 264
Atividades complementares 198
Exercícios tipo exame 266
Avaliação global 202

2 .5 . M é d ia e m o d a . M e d id a s d e lo c a liz a ç ã o 204
Domínio 3
1. M édia 205
Modelos financeiros
2. M oda 212

3. M ed id as de lo ca liza çã o 216
3 .1 . I m p o s t o s e in f l a ç ã o 274
Síntese 219
1. Im p o s to s 275
Atividades complementares 220
2. In fla ç ã o 281
Avaliação global 223 Síntese 283

Atividades complementares 284

2 .6. V a r iâ n c ia e d e s v io - p a d r ã o . Avaliação global 287

M e d id a s d e d i s p e r s ã o 226
3 .2 . A p lic a ç õ e s f in a n c e ir a s 288
1. Desvio e m re la çã o à m é d ia 227
1. J u ro s 289
2. S o m a dos q u a d ra d o s dos d e svio s 227
2. C ré d ito s e c a rtõ e s b a n c á rio s 298
3. V a riâ n cia e d e s v io -p a d rã o 228
3. O u tro s in v e s tim e n to s fin a n c e iro s 303
4. U tiliza çã o da c a lc u la d o ra g rá fic a
Síntese 305
para d e te rm in a r o d e s v io -p a d rã o 232
Atividades complementares 306
5. M ed id as de d is p e rs ã o 234
Avaliação global 309
Síntese 237

Atividades complementares 238 3 .3 . T a r if á r i o s 310

Avaliação global 242 Síntese 315

Atividades complementares 316

2 .7. D a d o s b i v a r ia d o s 244 Avaliação global 319

Exercícios tipo exame 320


1. Dados bidim e nsiona is. G ráfico de pontos 245

2. A nálise grá fica de dados b id im e n sio n a is 247

3. C o e fic ie n te de c o rre la ç ã o lin e a r 249 Soluções 324


À descoberta do Máximo

Os a u to re s deste m a n u a l de ra m p a rtic u la r atenção à aprendiza gem ativa e autóno m a , através


da resolução de n u m e ro so s exercícios e p ro b le m a s organizados p o r grau de d ificu ld a d e e em
contextos diversifica d o s.

Este manual é composto por um módulo inicial, Razões e percentagens e pelos domínios: Métodos de apoio à
decisão, Estatística e Modelos financeiros.

Domínio
ESTATÍSTICA
Introdução ESTATÍSTICA
histórica

nroducãoaoestudo da Estatística
-iterpretacão detabelas egráficos
Cada domínio está dividido
onstrucãoe interpret açãode
em subdomínios.
'ercentis. Medianae quartis.

tédia emoda.

ariância e desvio-padrão.

90 Dados bivariados

Referência a um matemático
relevante relacionado
com o domínio.

Subdomínio Abertura do subdomínio e desenvolvimento de novas matérias


| 2|
Introdução •••
Destaques para
do subdomínio.
o que é preciso reter

Para introduzir
novos
conhecimentos.

Exemplos resolvidos
para aplicar a teoria
e indicar modelos
de resolução.

■“

Para avaliar passo a


passo a aprendizagem.

Indicação de questões das Atividades


complementares e das fichas do Caderno de Fichas.
Síntese Atividades complementares

í jijijjjjjjjjjljj; “
54

d«.
0 Tt&emprsiij«de(iW»I. « C. p». | ^ iienByiaopeie»

.0* ,í, empeei »„„„„o,,,,, lTO

Exemplos
sim ples Atividades para praticar, consolidar e m obilizar
para clarificar. conteúdos anteriores.

Avaliação global

5 Naleaol,S»»di,,d,TOoedeCim,o,.I».*»!,
^«fe. 0?Jí4?;íS!
peç,sd;f'ut

Para uma avaliação formativa e ajudar


a preparar os testes.

No fim do domínio
Exercícios tipo exame

Exercícios tipo exame Exercícios tipo exame Questões que


mobilizam toda
a m atéria dada
e com objetivos
idênticos aos dos
exames nacionais.
MÓDULO INICIAL
Um olhar sobre a História

As percentagens são usadas desde o século XV em problemas


relacionados com impostos, negócios, lucros e prejuízos. No en­
tanto, a ideia de percentagem tem a sua origem muito mais cedo.

No início do século I, o im perador romano César Augusto esta-


1
beleceu uma taxa de ----- sobre algum as transações com er-
100 a '
ciais, ou seja, um centésim o de tudo o que era vendido.

Gaius lulius Caesar Octavianus Augustus


(23 de setembro de 63 a. C.-19 de agosto de 14 d. C.)

Assim, sem reconhecer as percentagens como tal, os romanos


cobravam uma taxa de 1% num im posto sem elhante ao nosso
atual IVA.

Atualmente, da política à culinária, do desporto à publicidade, das


finanças às ciências, as percentagens fazem parte do dia a dia.

Em manuscritos italianos do século XV encontram-se expressões


o o
como 20p 100 , x p cento , vi p c e v p e r c para designar 20% ,
10% , 6% e 5% , respetivamente.

Em meados do século XVII, a simbologia habitualmente usada,


o o
p er c , originou p e r ^ .

Posteriormente, a expressão "per" desapareceu e o símbolo O


evoluiu para o atual % .

Manuscrito italiano (1490)


MODULO
INICIAL

Razões e percentagens

Material
• Papel, lápis e borracha
• Calculadora
Módulo inicial

Razões e percentagens

No nosso quotidiano, as percentagens apare­

MMACS10 © Porto Editora


cem das formas mais diversas: na im­
prensa escrita ou falada, nos supermer­

Desconft cados, nos rótulos dos alimentos, nos


€Tn bodos bancos, nas lojas, na informação m e­
teorológica, na publicidade, etc.
MOT a « - ■
ii^erri
Humidade relativa:
fí 32%i Saber interpretar corretamente a in­
e 27%t
C 70% i formação que nos é transmitida na
forma de percentagem é fundamental
INC W F FySy para tomarmos as melhores deci­
populaçi yàIX / 23,OX '
itmprei* sões.

Atividade inicial
r Analise o seguinte excerto de uma notícia do dia 17 de janeiro
de 2014 e responda às perguntas.

“A Assembleia da República deu esta sexta-feira luz verde ao refe­


rendo à adoção e coadoção por casais do mesmo sexo [...].
No total, o projeto de resolução passou com 103 votos favoráveis,
92 contra e 30 abstenções, numa sessão plenária em que 5 dos
230 deputados estiveram ausentes"
Fonte: D iário d e N otícias on lin e

4
Podemos afirmar que mais de — dos deputados presentes votou a favor do projeto de resolução?

Qual a razão do:

2.1. “número de votos contra” para o “número de votos a favor”?

2.2. “número de votos contra” para o “número total de votos”?

2.3. “número de abstenções” para o “número total de votos”?

Qual foi a percentagem de votos favoráveis relativamente ao número total de votos?


Apresente o resultado com aproximação às centésimas.

Determine a percentagem de votos contra relativamente ao número de votos a favor.


Apresente a resposta com aproximação às décimas.

Um dos jornalistas presentes referiu que 3% dos deputados estiveram ausentes da votação.
Considera que o jornalista foi rigoroso ao proferir tal afirmação? Justifique a sua resposta.

10
Razões e percentagens

1. Razões
O Duarte observou os seus colegas de turma e construiu o diagrama de Carroll
representado a seguir.

Usam óculos Não usam óculos


Rapazes 3 10
Raparigas 5 12

* Observação
Com base no diagrama escreveu:
antecedente 13
a ^ A razão do número de rapazes da turma para o número total de alunos é — .
b A razão do número de alunos que usam óculos para o número de alunos que
consequente
, . , 8 4
não usam óculos é = ■.
22 11

Uma razão é o quociente de dois números ou o quociente de duas


quantidades comparáveis.

a
A razão de a para b escreve-se a : b ou ■, b 0 0 .
b
Uma razão simplifica-se do mesmo modo que uma fração.

Exemplo 1 Razões

1.1. Escreva, na forma simplificada, cada uma das razões seguintes:

a) — b) 5 : 10 c) 10 : 15
' 12 '

1.2. Escreva uma razão compreendida entre 1 e 2 .

Resolução
3 :3 _ 1 _5_ 5:5 _ 1 10 _ 10 : 5 2
1.1. a )\ —
3 b) 5 : 10 c) 10 : 15
' 12 12 : 3 4 10 10 : 5 _ 2 15 _ 15 : 5 3

1.2. 1.° processo


Escrever as duas razões com o mesmo consequente
1 1X 5 5 ; 2 2 X 3 6
3 3 X 5 _ 15 ' 5 _ 5 X 3 _ 15

Por exemplo, a razão 5 5 é uma razão entre 1 e —.


15 3 5
2.° processo
Escrever as razões na forma decimal
1 2
1 = 0,3333... = 0,(3); —= 0,4
3 5
MMACS10 © Porto Editora

Um número entre 1 e — é, por exemplo, 0,35 = -3 5 = — .


3 5 100 20

Logo, por exemplo, — é uma razão entre 1 e —.


20 3 5

11
Módulo inicial

Exercício 1

1.1. Escreva na forma simplificada cada uma das razões seguintes:


30 0,35
a) — b) 2 : 18 c) 2,5 : 100 d)
100 5

1.2. Escreva uma razão compreendida entre: Atividades


complementares

a) 1 e - b) - e 7 : 8 c) 2,5 : 10 e — Pág. 22
5 7 3 18 9 10 11

Exemplo 2 Produção de rolhas

Uma máquina produz rolhas numa razão de 102 rolhas por minuto.
Quantas rolhas produz a máquina numa hora e meia?

Resolução
Uma hora e meia são (60 + 30) min = 90 m in .
Um processo simples de resolução do problema consiste na utilização da regra de três simples.

Minutos Número de rolhas


1 ------ 102
x = 90 * 102 = 9180
90 ---------- x 1

Logo, numa hora e meia a máquina produz 9180 rolhas.

Exercício 2

Utilize a regra de três simples para resolver cada um dos problemas seguintes.

2.1. O João digita, em média, 45 palavras por minuto.


Nesta razão, em quanto tempo o João digita um texto com 270 palavras?

2.2. O carro da Inês gastou 8 litros de gasolina para percorrer 96 km .

a) Copie e complete. Atividades


complementares

A razão do consumo de gasolina é ... km por litro. Pág. 22

12 13 14
b) Nesta razão, quantos quilómetros pode percorrer com 15 litros de gasolina? 15 16 17

12
Razões e percentagens

2. Percentagens
Nas três situações seguintes é utilizado o termo percentagem.

Situação 1
15 estudantes de MACS, ou seja, 12% dos
alunos desta escola, pretendem ser advo­
gados.

Situação 2
Dedução de 10%
Agora custa 19,99 € .

Situação 3
Testes em laboratório provaram que a nova
fórmula do lava-loiça X o torna mais eficaz
que o anterior, mas o produto custará mais
60% .

As três informações usam a palavra percen tagem de forma diferente:


Na primeira, a palavra percentagem surge como parte de um todo: 15 estu­
dantes correspondem a 12% dos alunos de MACS da escola.
Na segunda informação, a palavra percentagem é utilizada para indicar uma
alteração do preço do produto.
Na terceira informação, a percentagem é usada para estabelecer uma compa­
ração.

Interpretar e resolver problemas usando percentagens é essencial para a vida


quotidiana e para estudar os capítulos do programa de MACS que se seguem.

Uma percentagem é uma razão em que o consequente é 100 .

Por exemplo:
* Observação 1 3 115
1 = 0,5 = 50% ; = 0,03 = 3% = 1,15 = 115%
Em 1812 foi criado o 2 100 100
Sistema Métrico Decimal.
Na resolução de um problema de percentagens temos sempre envolvidos, pelo
Como consequência, em
1845, apareceu a expressão menos, três valores.
“por cento" que está na
origem da palavra Valor inicial Percentagem Valor final
percentagem. Esta palavra
começou a ser utilizada a Deste três valores, normalmente, dois são conhecidos, sendo necessário calcu­
partir de 1847.
lar o terceiro.

13
Módulo inicial

Exemplo 3 Cálculo do valor final

A Ana comprou um casaco que custava 130 euros com 30% de desconto.
3.1. Qual foi, em euros, o desconto?
3.2. Quanto pagou, em euros, pelo casaco?
3.3. Quanto pagaria pelo casaco se o desconto fosse de apenas 5% ?

Resolução
3.1. 130 — — valor inicial
30% — — percentagem
O desconto foi de 130 x 0,3 = 39 euros.

3.2. A Ana pagou:


130 - 39 = 91
A Ana pagou 91 euros.

Outra forma de calcular quanto pagou a Ana consiste em calcular primeiro a percentagem que vai
pagar.
Assim, se o desconto é de 30% , a Ana paga apenas 70% (100 - 30).
E 70% de 130 euros é igual a 91 euros, pois 130 x 0,7 = 91 .
Esta forma de cálculo é a mais utilizada na prática.
Em primeiro lugar, porque o cálculo da percentagem a pagar é feito mentalmente (se o desconto é 30% ,
o valor a pagar é 70% ) ; por outro, envolve apenas uma operação de multiplicação
(130 x 0,7 = 91)

3.3. 130 x 0,95 = 123,5


Pagaria 123,50 euros.

Exercício 3

3.1. Calcule:
a) 15% de 100 kg ;
b) 1,2% de 12 litros;
c) 0,3% de 1000 km ;
d) 123% de 10 000 euros;
e) 12,5% de 5000 euros;

3.2. Uma bicicleta custava 1000 euros.


No Natal foi anunciado um desconto de 25% .
Como não foi vendida, o preço da bicicleta foi
ainda reduzido em mais 5% (sobre o valor já
com desconto).
Quanto custa, agora, a bicicleta?

14
Razões e percentagens

Exemplo 4 Determinação do valor inicial

Nas eleições autárquicas de 2011, o partido B obteve 9490 votos, menos 5,1% dos votos obtidos nas
eleições de 2009.

Quantos votos obteve o partido B nas eleições de 2009?

Resolução
1.° processo
Seja x o número de votos que o partido B obteve nas eleições de 2009 .

Então:
X - 0,051x = 9490 § 0,949 x = 9490 §
9490
§ X §
0,949
§ X = 10 000

Em 2009, o partido B obteve 10 000 votos.

2.° processo

Número de votos Forma decimal


9490 co rre sp o n d e
1 - 0,051 9490
X= 9490 . § X = 10 000
X @ " 1 1 - 0,051

ou
Número de votos Forma decimal
9490 94,9% 9490X 100
X= § X = 10 000
X 100% 94,9

Exercício 4

4.1. Nas últimas eleições, o partido A obteve 10 520 votos, mais 5,2% dos votos que obteve nas eleições
anteriores.
Quantos votos obteve o partido A nas eleições anteriores?

4.2. A Ana fez muitas chamadas de telemóvel.


Como a mãe lhe cortou na mesada, este mês reduziu-as em 15% , mas mesmo assim fez 102 chamadas.
Quantas chamadas tinha efetuado no mês passado?

4.3. Este ano, o António leu mais 20 % dos livros que tinha lido no ano
anterior.
Sabendo que este ano leu 18 livros, quantos livros leu no ano an­
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terior?
Atividades
complementares

A população de uma cidade decresceu 5% no último ano. Pág. 23

24
Se este ano tem 14 250 habitantes, determine quantos habitantes tinha a cidade no ano passado.

15
Módulo inicial

Exemplo 5 Determinação de uma percentagem

Observe a figura e calcule a percentagem de desconto.

Resolução
1. ° processo
Seja x o valor da percentagem escrita na forma decimal. Então:
35 - 35 X x = 29,75 §- 35 X x = - 5,25 §
5,25
x= ■ x = 0,15 Custava: 35,00 €
35
A percentagem é 15% . Custa: 29,75 €

2. ° processo
Tem-se que 29,75 - 35 = - 5,25 (variação absoluta)
- 5,25 0 15 avariação absoluta b
35 Vvalor de referência/
O facto de o valor ser negativo significa que o custo do sm artphon e baixou e a percentagem de desconto é
igual a 15% .

3.° processo
100% ---------- 35,00 euros 100% x 5,25 _
x= ■§ x= 15,
x ---------- 5,25 euros (desconto) 35

Exercício 5

5.1. No primeiro período frequentavam um certo colégio 100 alunos. No fim do ano, o colégio já tinha
200 alunos.
Qual foi a percentagem de aumento?

5.2. Nas eleições autárquicas de 2011, o partido A obteve 1200 votos. Em 2007 tinha obtido 400 votos.
Qual foi a percentagem de aumento?

5.3. Um computador custou 1200 euros. Très anos depois valia menos 900 euros.
Qual foi a percentagem de desvalorização?

5.4. O ordenado do Paulo subiu de 1000 euros para 1050 euros.


Qual foi a percentagem de aumento?

5.5. O valor de um apartamento desceu de 18 000 para 17 280 euros.


Qual foi a percentagem de desvalorização?

5.6. Calcule, para cada artigo, a percentagem de desconto.


Apresente o resultado usando uma casa decimal.
a) b)

Atividades
complementares
Custava: 19,23 €
Pág. 23
Custa: 18,21 € 21 22

16
Razões e percentagens

Percentagens para estabelecer comparações


Considere-se a seguinte situação:

* Observação
A situação apresentada ao 50,0 €
lado mostra uma forma de
utilizar percentagens para 50 - 40 40 - 50 - 10
0,25 = -0 ,2
estabelecer comparação de 40 50 50
custos.

+ 25%

- 20%

Em term os relativos diz-se que:

O relógio custa mais 25% do que o colar.

O colar custa menos 20% que o relógio.

Para comparar percentagens, calcula-se a diferença relativa.

valor de comparação - valor de referência


Diferença relativa =
valor de referência

Exemplo 6 Comparar os vencimentos por hora

O António e a Ana trabalham algumas horas num centro comercial.


O António ganha 5 euros por hora e a Ana 5,2 euros por hora.
Compare, em termos de percentagens, os vencimentos por hora do António e da Ana.

Resolução
Vamos comparar o que ganham, por hora, o António e a Ana (de acordo com o enunciado do problema).

valor de comparação valor de referência


%
5 - 5,2 - 0,2
= - 0,03846 (5 c. d.)
5,2 5,2
valor de referência ___ 'T '

ü
O António ganha, por hora, aproximadamente, menos 3,85% do que a Ana.

MMACS10-02 17
Módulo inicial

Exercício 6

6.1. No mês passado, a Ana enviou 360 SMS e o Luís 560 .

Compare, em termos relativos, o número de mensagens enviadas pelo Luís com o número de m en­
sagens enviadas pela Ana.

6.2. Um pão custava 40 cêntimos e passou a custar 50 cêntimos.


Um anel custava 500 euros e passou a custar 625 euros.

a) Calcule, em termos absolutos, os aumentos do pão e do anel.


b) Calcule, em termos relativos, os aumentos do pão e do anel.
c) Comente os resultados obtidos nas alíneas anteriores.

6.3. Considere a tabela seguinte:

Partido Número de votos nas eleições de 2011


A 2 159 742
B 1 568 168
C 653 987
Total 4 381 897

a) Compare, em termos relativos, a percentagem do número de votos:


a 1) do partido A com os do partido B ;
a2) do partido B com os do partido C ;
a3) do partido C com os do partido B .
b) Calcule o número de votos do partido A , nas eleições de 2009, sabendo que obteve menos
504 965 votos que em 2011. Calcule a percentagem de descida.
Apresente o resultado aproximado às unidades.
c) Calcule o número de votos do partido B , nas eleições de 2009, sabendo que obteve mais
509 527 votos do que em 2011. Calcule a percentagem de subida.
Apresente o resultado aproximado às unidades.
d) Calcule o número de votos do partido C , nas eleições de 2009, sabendo que obteve menos Atividades
complementares
60 990 votos que em 2011. Calcule a percentagem de descida. Pág. 23
Apresente o resultado aproximado às unidades. 22 27

18
Razões e percentagens

Percentagens de percentagens
Como se mostra no exemplo seguinte, em muitas situações do quotidiano
calculam -se percentagens de percentagens.

Exemplo 7 Percentagem de habitantes

Considere-se a informação seguinte:

Em 25 de abril de 1974, a população de uma freguesia era constituída por 48,5% de habitantes do sexo
masculino.

De acordo com o arquivo do presidente da junta de freguesia, a população estava distribuída, de acordo com
o sexo e a idade, conforme os dados do quadro seguinte:

Sexo Menos de 18 anos 18 anos ou mais


Masculino 10,2% 89,8%
Feminino 15,3% 84,7%

Qual é a percentagem de habitantes do sexo feminino com menos de 18 anos, relativamente ao total da
população?

Resolução
Percentagem de habitantes do sexo feminino: 100 - 48,5 = 51,5

Pretendemos calcular 15,3% de 51,5% , ou seja:


15,3 x 51,5
7,8795
100

A percentagem de habitantes do sexo feminino com menos de 18 anos, relativamente ao total da população,
é cerca de 7,88% .

Exercício 7

7.1. A Ana tem uma certa quantia em dinheiro.


O António tem mais 15% do que a Ana.
Quanto terá o António se a Ana tiver:

a) 1000 euros?
C C + 0,15C
b) C euros?

c) 5% de 2000 euros?

7.2. A Ana tem uma certa quantia em dinheiro.


O António tem menos 5 % do que a Ana.
MMACS10 © Porto Editora

Quanto terá o António se a Ana tiver:


a) 1000 euros? Atividades
complementares

b) C euros? Pág. 23

28
c) 5% de 1000 euros?

19
Módulo inicial

Exemplo 8 Aumento e diminuição da mesma percentagem

8.1. O Sr. António tinha, em janeiro, 10 000 € numa aplicação financeira.


Com uma subida excecional da Bolsa em fevereiro ficou com mais 20% .
De fevereiro para março, a Bolsa desceu 20% .
Quanto dinheiro tinha, em março, o Sr. António?

8.2. O Sr. Joaquim tem uma loja onde vende fruta com um aumento de 100% sobre
o preço de custo, isto é, se compra por 100 € vende por 200 € .
Para a própria família, vende a fruta sempre ao preço de custo.
A irmã do Sr. Joaquim, a D. Joaquina, foi comprar maçãs e foi atendida pelo João,
empregado do Sr. Joaquim.
As maçãs custavam 2 € o quilograma. O empregado resolveu fazer-lhe um
desconto de 100% . A que conclusão chegou?

Resolução
8.1. A primeira resposta que nos ocorre é que ficou na mesma com
10 000 € .
Tal não é verdade, pois:
10 000 + 0,2 X 10 000 = 12 000
12 000 - 0,2 X 12 000 = 9600
O Sr. António ficou com 9600 € em março.

8.2. 2 - 100% X 2 = 2 - 1 X 2 = 0 + 20 % - 20%


A D. Joaquina não pagaria nada.
O empregado deveria fazer 50% de desconto.

Exercício 8

8.1. No aniversário do stan d do Sr. Nunes, todos os carros usados


tinham um desconto de 15% .
O António comprou um carro que, sem desconto, custava
15 000 € .
Quando foi pagar o carro, o António fez mais uma tentativa
para obter um desconto suplementar, que foi bem -suce­
dida.
O Sr. Nunes retirou mais 3 % ao valor que o António teria de
pagar. Quanto pagou o António pelo carro?

8.2. Nos últimos anos, uma empresa tem sempre um acréscimo 2012 3000
de vendas na ordem de 1500 unidades, como se pode ob­ 2013 4500
servar na tabela ao lado. 2014 6000
A percentagem de subida nas vendas é sempre a mesma? Justifique.
Atividades
complementares
8.3. Numa escola com 1500 alunos, 65% eram rapazes e destes 8% jogavam futebol federado. Pág. 23

26
Quantos rapazes jogavam futebol federado?

20
Razões e percentagens

Síntese

Razão Na figura estão representados bonés de duas cores.


Uma razão é o quociente entre dois
números ou o quociente entre duas
quantidades comparáveis.
A razão de a para b representa-se
por:
a : b ou a , onde a é o antecedente
b
e b o consequente.

A razão dos bonés vermelhos para os bonés azuis é de


7 : 5 ou - .
5
A razão dos bonés azuis para o número total de bonés é
de 5 :1 2 ou — .
12
Pág. 11

Comparação de duas razões O João recebeu — de uma herança e o Duarte 3 da


Para comparar duas razões, pode-se mesma herança.
escrever cada uma delas na forma 2 3
Como —= 0,4 e —» 0,42857 , pode-se concluir que a
decimal ou escrever as duas razões
com o mesmo consequente. parte da herança que o Duarte recebeu é maior do que a
parte da herança que o João recebeu.
Pág. 11

Percentagens 1. Numa eleição entre dois candidatos, o candidato A


Na resolução de problemas sobre obteve mais 18 738 votos do que o candidato B .
percentagens devemos ler bem o Em percentagem, um obteve 43,75% e o outro 56,25%
enunciado, interpretar os dados que dos votos.
nos são fornecidos e delinear uma 2. Com esta informação pode-se determinar o número
estratégia para a resolução. de votos que obteve cada um dos candidatos.
No final pode-se sempre verificar a A diferença entre as percentagens obtidas corres­
resposta encontrada. ponde à diferença de votos.

3 56,25- 43,75 = 12,5


12,5% corresponde a 18 738 votos.
18 738 : 0,125 = 149 904 (Número total de votos)
43,75% X 149 904 = 0,4375 X 149 904 =
= 65 583 (Número de votos do candidato B)

56,25% X 149 904 = 0,5625 X 149 904 =


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= 84 321 (Número de votos do candidato A )


Pág. 13

21
Módulo inicial

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Atividades complementares

O Manuel e o António investiram dinheiro numa 13 Numa determinada turma, a razão entre o nú­
empresa na razão de 2 : 3 . mero de alunos que praticam desporto e o nú­
mero de alunos que não praticam desporto é de
9.1. Que parte do capital tem o Manuel?
2 :3 .
9.2. Se o António investiu 15 000 € , de quanto
Sabendo que 15 alunos não praticam desporto:
foi o investimento total?
9.3. A empresa teve um lucro de 1000 € que 13.1. quantos alunos o praticam?
vai ser dividido na razão equivalente à do 13.2. quantos alunos tem a turma?
investimento.
Quanto irá receber cada um?
Para obter tinta com uma determinada tonali­
dade de verde, juntaram-se 3 litros de tinta
O Filipe e o Bruno investiram 6 € para jogar no amarela com 2 litros de tinta azul.
Euromilhões. Sabendo que o Filipe investiu 2 € ,
como será efetuada, na razão equivalente à do
investimento, a distribuição de um hipotético
prémio de 2,7 milhões de euros?

Considere o
tabuleiro de
xadrez Quantos litros de tinta amarela se devem juntar
epresentado a 5 litros de tinta azul para obter uma mistura
na figura. com a mesma tonalidade?

Determine a razão entre o número de quadra­ O consumo médio de um automóvel aos 100 km
dos ocupados por peças pretas e o número de é de 6 litros de gasóleo.
quadrados vazios.
Quantos litros gastará, em média, numa viagem
de 250 km ?

A Joana está empe­ Uma receita diz para misturar 250 g de man­
nhada na preservação teiga com 500 g de farinha.
do meio ambiente.
Para isso, costuma se­ Qual é a quantidade de manteiga necessária
parar as embalagens para misturar com 1,5 kg de farinha, nessa
de iogurtes e as garra­ mesma receita?
fas de plástico numa
razão de 9 para 2 .
Um determinado mapa está feito à escala
Se no fim do mês se­
1 : 500 000 . Nesse mapa, a distância entre Braga
parou 45 embalagens
e Porto é de 12 cm .
de iogurtes, quantas
garrafas de plástico Na realidade, quantos quilómetros separam as
separou? duas cidades?

22
Razões e percentagens

Atividades complementares

Duas grandes superfícies comerciais, A e B ,


especializadas em eletrodomésticos e equipa­
mentos eletrónicos, promovem os seus produ­
tos de diferentes formas.
1
18.1. 18.2. 0,45 Num determinado fim de semana, a superfície
3
comercial A optou por colocar todos os seus
2
18.3. 18.4. 0,05 produtos com 20% de desconto.
5
Já a superfície comercial B decidiu, nesse mesmo
fim de semana, vender os seus produtos sem o
9 Na véspera do teste de Matemática, o Vasco pas­ valor do IVA (23% ).
sou 15% do seu dia a estudar.
O Diogo pretende
Quanto tempo esteve a estudar? comprar um computa­
Apresente o resultado em horas e minutos. dor portátil que custa
790 euros em ambas
as superfícies comer­
0 Num clube com 4200 sócios votaram, nas últi­ ciais.
mas eleições, apenas 2730 . Calcule a percenta­
Por qual delas deve optar para efetuar a compra?
gem de votantes nas últimas eleições.

Em janeiro de 2014, a Margarida viu o seu salá­


rio de 1150 € aumentado 8% . Em janeiro de
Umas sapatilhas em saldo
2015, a empresa onde ela trabalha decidiu cor­
custaram 105 € , mas o
tar 8% no vencimento de todos os funcioná­
preço marcado era de
rios.
140 € .
Podemos afirmar que a Margarida voltou a au­
Qual foi a percentagem do desconto? ferir o salário de 1150 € ?

Comente a sua resposta.

A Maria recebia 600 € , por mês. No mês se­


guinte, o seu vencimento passou para 630 € . Há um ano, o Henrique
Qual foi a percentagem de aumento? comprou um tablet por
350 € .

Um automobilista foi multado em 85 € e es­ Sabendo que, atualmente,


queceu-se de pagar a multa. Foi obrigado a o tabletvale apenas 140 € ,
pagá-la, um mês depois, com 15% de juros. calcule a percentagem de
Quanto pagou? desvalorização.

8 De acordo com uma revista especializada em


Um mediador imobiliário re­
informática:
cebe uma comissão de 2% do
preço de venda de uma casa. “A percentagem de pessoas que leem jornais on ­
line subiu, no período de um ano, de 64% para
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Determine o preço de venda


80% "
de uma casa, sabendo que o
mediador recebeu uma co­ Em termos relativos, qual foi a percentagem de
missão de 1400 euros. aumento?

23
Módulo inicial

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Avaliação global

1 Um grupo de 50 alunos, com idades compreendidas entre


os 12 e os 14 anos, fez uma viagem de estudo. No grupo havia
mais rapazes do que raparigas, como se vê no gráfico circular.
1.1. Quantos alunos eram raparigas? Rapazes

1.2. Qual é a percentagem de rapazes no grupo?


1.3. Sabe-se que 50% dos alunos tinham 13 anos e 40% tinham 12 .
Quantos alunos tinham 14 anos?

2 Um lojista comprou 5 jogos de computador iguais. Ele vendeu 4 deles com 20% de lucro e o
quinto ao preço de custo. No total recebeu 203 euros.
Qual foi o preço de custo de cada jogo?
Apresente os cálculos que efetuar.

3 Numa pequena freguesia do interior havia 800 eleitores e 60%


deles eram mulheres. Com o apoio da câmara municipal flxaram-
-se na freguesia mais famílias e o número de eleitores subiu para
1000 e a percentagem de mulheres eleitoras desceu para 56% .
Quantos dos novos eleitores são mulheres?
Apresente os cálculos que efetuar.

O gerente de um supermercado marcou o preço de um PC de modo a obter 40% de lucro.

Mais tarde vendeu o computador com 20% de desconto e obteve um lucro de 72 euros.
Qual era o preço inicial de venda do computador?
Apresente os cálculos que efetuar.

5 Numa empresa, num mês, foram efetuadas 900 chamadas telefónicas, sendo 80% de rede fixa
e as restantes por telemóvel.
De todas as chamadas efetuadas, 20% foram para o estrangeiro.
Sabe-se ainda que 60% das chamadas efetuadas por telemóvel foram nacionais.
5.1. Calcule a percentagem de chamadas para o estrangeiro pela rede fixa.
5.2. Calcule a percentagem de chamadas feitas por telemóvel para o estrangeiro.

24
Razões e percentagens

No dia do aniversário de um supermercado, o gerente decidiu baixar todos os produtos em 10% .


Nesse dia, quem tivesse um cartão de cliente acumulava um desconto de 2% .
A Ana tem cartão de cliente mas a Inês não.
Cada uma fez as suas compras e a funcionária da caixa disse:
- Hoje todos têm desconto de 10% nas compras. Fazemos aind
um desconto suplementar para quem tem cartão de cliente.
Estes têm desconto de 1 2 % .
A Ana tirou de imediato o cartão da carteira e pagou a sua
conta, 25,80 € no total.
A Inês pagou 55,90 € .
6.1. Quanto teria pago a Inês se fizesse compras sem desconto?
6.2. Quanto teria pago a Inês se tivesse um desconto de 12% ?
6.3. Quanto teria pago a Ana, pelas mesmas compras, se não houvesse esta campanha promocional?
6.4. Quanto teria pago a Ana se não tivesse cartão cliente?

A associação de pais da escola do Afonso reuniu no início do ano letivo.


Este ano compareceram na reunião mais 20 pais do que na última reunião.
7.1. Esta situação foi anunciada pelo presidente como representando um aumento de 10% .
a) Quantos pais estiveram presentes na última reunião do ano passado?
b) Quantos pais estiveram presentes na reunião deste início de ano letivo?
7.2. No dia da reunião de pais decorria na escola uma feira do livro.
O pai do Afonso comprou quatro livros por 70 euros com um desconto de 12 1 % .
Quanto foi o valor do desconto?
7.3. O Afonso já leu 60 das 180 páginas de um dos livros que o pai comprou.
Ele afirmou que leu 33 1 % do livro. Concorda?
Explique como obteve a sua resposta.
7.4. O Afonso faz parte da lista vencedora das eleições para a associação de estudantes.
Observe o quadro seguinte:

Resultados das eleições para


a associação de estudantes
Lista A : 600 votos
Lista B : 300 votos

Qual é o valor exato da percentagem do número total de votos da lista vencedora?


7.5. A associação de estudantes organizou uma visita de estudo ao Parque das Nações. Nessa visita
participaram mais quatro rapazes do que raparigas.
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O Afonso concluiu que o número de rapazes era 20% superior ao número de raparigas.
Quantos estudantes participaram na visita de estudo?

25
1. MÉTODOS DE APOIO À DECISÃO
Um olhar sobre a História

A Matemática e a Política estão presentes na sociedade desde


sempre, tendo vindo a reforçar a sua forte ligação ao longo da
História.

De facto, a Matemática sem pre desempenhou um papel funda­


m ental nas decisões políticas e, ao longo dos anos, serviu
mesmo de base para diversas discussões e reflexões aprofun­
dadas acerca do próprio processo dem ocrático.

Durante séculos, vários pensadores e estudiosos tentaram en­


contra r o processo de escolha dem ocrática perfeito, até ao dia
em que o m atem ático e economista Kenneth A rrow fez uma
descoberta que tem tanto de bela como de surpreendente.

A teoria m atem ática das eleições insere-se no conjunto dos


métodos de apoio à decisão que não se encarrega apenas de
decisões e escolhas em term os políticos. A sim ples divisão
justa de um bolo ou de um terreno ou a partilha equitativa de
um conjunto de bens que constituem uma herança podem re­
velar-se problem as m atem áticos desafiantes.

Kenneth J. Arrow (Nova Iorque, 1921) é


L um economista norte-americano conlie-
■ * ' ' itlo pela sua contribuição para a Teoria
' * da Hseolha Social. Foi vencedor do Pré-
A mio Nobcl da bconomia cm 1972, mas a
sua obra mais conhecida é talvez o seu
|W tf R J Teorema da Impossibilidade (mi Teo-
y J ff rema de Arrow), que foi construído em
poucos dias através de princípios mate­
máticos elementares.
MÉTODOS
DE APOIO
À DECISÃO

Teoria matemática das eleições


M

Teoria da partilha equilibrada

Material
• Papel, lápis e borracha
• Calculadora
• Computador
H .
Métodos de apoio a. decisão

i.i. Teoria matemática das eleições

Hoje em dia somos frequentemente confrontados

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com informações acerca dos mais variados tipos
de eleição ou escolha.
Para além das eleições habituais e periódicas,
como as presidenciais, as legislativas, as euro­
peias ou as autárquicas, é usual ouvirmos
falar de votações para, por exemplo, escolher
o melhor concorrente de um programa televi­
sivo, o melhor aüeta ou treinador, o melhor
filme ou a melhor música do ano.
O poder de decisão ou voto é concretizado
através de chamadas telefónicas, SMS, votações
em páginas de internet, boletins de voto, etc.

Atividade inicial 1
r ....................................................................
1 Num programa televisivo para escolher a melhor voz de Portugal, os telespectadores votam, através
de chamada telefónica, no seu concorrente preferido.
A tabela de resultados seguinte é referente ao programa da semifinal.

Concorrente Rui Constança Diogo Joana


N.° de votos 35 000 58 000 75 000 110 000

1.1. Sabendo que os dois concorrentes com maior percentagem de votos passam à final, quais são os
finalistas e quais são as respetivas percentagens com aproximação às décimas?
1.2. Considera que algum dos concorrentes teve a maioria dos votos?
Fundamente a sua resposta.
1.3. Comente a afirmação: “Já sabem os que a grande vencedora do concurso é a Joan a, pois é a f a ­
vorita dos telespectadores ."

2 O clube de futebol “Os Imbatíveis” procedeu à eleição do seu presidente. O número de votos a que
cada sócio tem direito varia de acordo com o número de anos de associado do clube. Os respetivos
estatutos estabelecem quatro tipos de sócio (A , B , C e D ).

Tipo A Tipo B Tipo C Tipo D


(1 voto) (3 votos) (5 votos) (10 votos)
Pinto Ribeiro 20 45 15 10
Azevedo Carvalho 50 40 20 3
Costa Vieira 12 42 30 8

Na tabela estão tam bém representadas as preferências de cada um dos 295 sócios do clube que
exerceram o seu direito de voto relativamente a três candidatos.
Determine quem foi eleito presidente do clube.

28
1.1. Teoria matemática das eleições

1. Eleições em Portugal
Numa democracia, os direitos e os deveres dos cidadãos podem ser expres­
sos, de uma forma redutora, num ato muito simples: votar.

“O voto é a forma encontrada pelos regimes democráticos para os cidadãos


exprimirem as suas escolhas políticas, sociais ou morais (no caso de alguns
referendos - atos eleitorais pelos quais se decide um assunto concreto).
Contudo, o voto não é exclusivo dos regimes democráticos, sendo usado
por ditaduras para obterem legitimidade - por exemplo, Salazar fez apro­
var a Constituição de 1933 por referendo.
Em Portugal podem votar todos os portugueses maiores de 18 anos, ou,
nas eleições para o Parlamento Europeu, todos os cidadãos da União Eu­
ropeia residentes em Portugal.
O voto não é obrigatório, ao contrário do que acontece noutros países.
O recenseamento, que é obrigatório aos 17 anos, é automático desde 2008"
Fonte: www.portugal.gov.pt

Em Portugal vota-se:

* Observação nas presidenciais, para o Presidente da República;


No Brasil, todos os nas legislativas, para os representantes na Assembleia da República;
eleitores que não votarem
deverão justificar a sua nas legislativas regionais, para o Governo Regional dos Açores e o Governo
ausência no prazo de 60 Regional da Madeira;
dias após a realização da
eleição ou 30 dias após o nas autárquicas, para os representantes dos municípios e freguesias (câmara
regresso ao país, para municipal, assembleia municipal e assembleia de freguesia);
aqueles que se
encontravam no nas europeias, para os representantes nacionais no parlamento Europeu.
estrangeiro. Caso o eleitor
não apresente justificação
satisfatória no prazo
estipulado, deverá pagar
uma multa.

Assembleia da República (Lisboa) Parlamento Europeu (Estrasburgo)

É através do voto que expressamos a nossa opinião ou escolha, contribuindo para


a estabilidade democrática e para o crescimento e desenvolvimento do país.

O voto é o elemento fundamental da democracia, uma vez que a participação


popular no processo político funciona como instrumento de implementação do
próprio sistema democrático. Com o intuito de combater a abstenção, as campa­
nhas de apelo ao voto são muito comuns quando se aproximam eleições.

29
H .
Métodos de apoio a. decisão

MMACS10 © Porto Editora


Os votos em branco (votos brancos), bem como os votos nulos, não sendo votos
* Observação validamente expressos, não têm influência no apuramento do número de votos
Voto branco: é aquele cujo obtidos por cada candidatura e na sua conversão em mandatos. Ainda que o
boletim não contém
número de votos brancos ou nulos seja maioritário, a eleição é válida.
qualquer sinal.
Voto nulo: é aquele em
cujo boletim de voto tenha
sido assinalado mais de
um quadrado, ou haja
dúvidas sobre qual o
quadrado assinalado, ou
tenha sido assinalado o
quadrado correspondente
a uma candidatura que
tenha sido rejeitada ou
desistido das eleições, ou
tenha sido escrita qualquer
palavra ou tenha sido feito
qualquer corte, desenho
ou rasura.
Fonte: Página web da Comissão
Nacional de Eleições

Mandato: É o poder Movimento das Sufragistas: a luta pela igualdade de direitos na política ativa, nomeadamente o
concedido por meio de direito ao voto pelas mulheres americanas, culminou na sua conquista, apenas em 1919, através
votação a uma pessoa ou a de uma Emenda à Constituição aprovada pelo Congresso.
um partido para representar O país pioneiro nesta liberdade de voto foi a Nova Zelândia (1893).
os seus interesses durante
determinado período. Por
exemplo, a Assembleia da
República é um parlamento
composto por 230 Fora da esfera política, em sociedades democráticas, são comuns as eleições
deputados que são eleitos para os órgãos diretivos das escolas, associações de estudantes, sindicatos, ór­
para mandatos de quatro gãos de gestão de empresas, direções de clubes, etc.
anos.

Ao longo deste capítulo, iremos analisar algumas aplicações matemáticas rela­


cionadas com as ciências sociais e responder a questões como:

Como são decididas as eleições?

Porque é que precisamos de uma Teoria Matemática das Eleições para uma
tarefa aparentemente simples de contagem de votos?

Como pode ser medido/quantificado o poder?

Será que o candidato que recebe mais votos vence sempre?

Como podem ser resolvidas de forma justa as disputas entre candidatos?

Como podem os votos expressar a voz de um grupo de pessoas pertencentes a


uma pequena comunidade, a uma freguesia, a uma cidade, a um país ou a um
conjunto de países?

Como podem ser distribuídos os lugares de uma assembleia de uma forma


proporcional ao número de votos?

Quais são os métodos utilizados nas eleições em Portugal e noutros países?

30
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Exemplo 1 Eleições presidenciais

A seguir estão representados os resultados da eleição para


a Presidência da República em 2011.
Fonte: página w eb da Comissão Nacional de Eleições

Eleitores inscritos: 9 657 312

Votantes: 46,52%

Votos brancos: 192 127

Votos nulos: 85 466

Aníbal Cavaco Silva 52,95%

Defensor Moura 1,59%

Francisco Lopes 7,14%

Manuel Alegre 19,74%

Fernando Nobre 14,07%

José Manuel Coelho 4,51%

1.1. Qual dos candidatos foi eleito Presidente da República? Determine quantas pessoas votaram no
candidato vencedor.

1.2. Caso os votos dos quatro candidatos menos votados fossem atribuídos ao segundo candidato mais
votado, o vencedor seria o mesmo?

1.3. Determine, com aproximação às centésimas, a percentagem de votos brancos ou nulos.

1.4. Relativamente ao número de eleitores inscritos, qual foi a percentagem de votos obtida pelo candidato
vencedor?

Resolução
1.1. O candidato vencedor foi Aníbal Cavaco Silva, com 52,95 % do número total de votos, retirados os votos
brancos e nulos.

Número de votantes: 4 492 582


(46,52% de 9 657 312 , ou seja, 0,4652 X 9 657 312 « 4 492 582 votantes)

Retirando os votos brancos e nulos temos:


4 214 989 votos expressamente válidos (4 492 582 - 192 127 - 85 466 = 4 214 989)

Assim, determinamos 52,95% de 4 214 989 , ou seja, 0,5295 X 4 214 989 « 2 231 837 .
MMACS10 © Porto Editora

O candidato vencedor obteve 2 231 837 votos.

1.2. Sim, o vencedor seria o mesmo, pois obteria sempre mais de metade dos votos validamente expressos
(52,95% ).

31
H .
Métodos de apoio a. decisão

MMACS10 © Porto Editora


1.3. Votos brancos ou nulos: 192 127 + 85 466 = 277 593
Na alínea 1.1. já vimos que o número de votantes foi 4 492 582 .

Assim, 4 492 582 ___________ 100%


277 593 ___________ x

277 593 X 100


Equivalentemente, x = « 6,18 %
4 492 582

Os votos brancos ou nulos foram, aproximadamente, 6,18% do número total de votos.

1.4. O candidato vencedor obteve 52,95% dos votos, num universo de 46,52% de votantes.
52,95 X 46,52
Devemos determinar 52,95% de 46,52% , ou seja, aproximadamente 24,63% I « 24,63%

Assim, o vencedor obteve cerca de 24,63% dos votos relativamente ao número de eleitores inscritos.

Exercício 1

Quatro listas concorreram às eleições para a Associação de Estudantes da Escola Secundária de Vila de
Cima.

Na tabela seguinte estão representados alguns resultados das votações, tendo havido 10 votos nulos e
30 votos brancos.

Lista A B C D Total
Número de votos 81 25 94
% de votos
■vp

10% 20%
O
O

1.1. Complete a tabela no seu caderno.

1.2. Qual das listas deve ser considerada vencedora?


Fundamente a sua resposta.

1.3. Determine, com aproximação às centésimas, a percentagem de votos brancos ou nulos.

1.4. Relativamente ao número total de votantes, qual foi a percentagem de votos obtida pela lista
vencedora?
Apresente o resultado com aproximação às centésimas.

32
1 .1 . Teoria matemática das eleições

2. Introdução
M aos sistemas de votação
M
São muitos os sistem as de votação que se podem utilizar para proceder à esco­
* Observação
lha de um candidato ou alternativa.
Os sistemas de votação
referem-se não só à forma Ao longo da História, foram vários os matemáticos (e também políticos) que tenta­
como os votos são ram arduamente encontrar um sistema que fosse inteiramente justo e democrático.
expressos (através de
boletins, palmas, braço no Em finais dos anos 40 do século XX, o matemático e economista Kenneth Arrow
ar, etc.) mas também ao descobriu que, para eleições envolvendo três ou mais candidatos, não existe um
procedimento para
determinar o vencedor a método que seja democrático e sempre justo. Esta importante descoberta, que
partir da contabilização ficou conhecida como o Teorema da Impossibilidade de Arrow, será analisada
dos votos. mais pormenorizadamente no final deste subdomínio.

No nosso estudo vamos abordar os seguintes sistem as de votação:


sistem as maioritários;
sistem as preferenciais;
sistem as de aprovação;
sistem as de representação proporcional.

No entanto, antes de avançarmos, iremos analisar outros sistem as mais sim ­


ples e tentar avaliar a equidade (ou justiça) dos mesmos. Para isso, vamos utili­
zar o exemplo de uma cidade chamada Fictícia que vai a votos para escolher o
novo presidente da câmara. Existem apenas dois candidatos ao lugar: o Jo sé
Fulano e a Maria Beltrana.

Sistema 1
Todos os 100 habitantes de Fictícia devem votar. No en­
tanto, depois da votação, o vencedor será aquele em
quem o dono do talho votar. Dessa forma, se o
Jo sé Fulano tiver 99 votos e a Maria Beltrana
apenas 1 voto, e se esse voto for o do dono do
talho, então Maria Beltrana é declarada vence­
dora da eleição.

Obviamente, o método utilizado não se pode con­


siderar justo, equivalendo-se a uma ditadura. O
ditador, neste caso, é o dono do talho. Este sis­
tema, que podemos designar por ditatorial, como é
fácil perceber; não trata todos os votantes de igual forma.

Sistema 2
Qualquer que seja o resultado das votações, o candidato Jo sé Fulano ganha.
Neste sistema, o resultado da eleição é decidido antes da mesma se realizar.
Ao contrário do sistema anterior, no qual pelo menos o voto do ditador conta,
neste caso nenhum voto é valorizado. Este sistema de votação pode se r desig­
nado por regra de imposição.

MMACS10-03 33
H é
Métodos de apoio aà decisão

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Sistema 3
Cada votante vota no seu candidato preferido. O candidato com menor número
de votos é declarado vencedor.
Este sistema pode designar-se por regra de minoria (ou sistema minoritário).

Uma forma de avaliar a equidade de um dado sistema de votação, para eleições


com dois candidatos, passa por verificar se é:

Anónimo
O sistema de votação trata todos os votantes de igual forma, ou seja, no caso de
dois votantes trocarem de boletins de voto, o resultado da eleição não se altera.

Neutral
O sistema de votação trata os dois candidatos de igual forma. Desta forma, se
todos os votantes alterarem o seu voto de um candidato para o outro, o resultado
da eleição irá mudar de acordo com essa troca (o candidato vencedor passa a ser
o perdedor e o candidato perdedor passa a ser o vencedor).

Monótono
Quando é impossível um candidato vencedor tornar-se perdedor ganhando votos
(e não perdendo outros) ou para um candidato perdedor tornar-se vencedor per­
dendo votos (e não ganhando outros).

Exemplo 2 Equidade
Relativamente aos três sistemas analisados anteriormente, complete a tabela seguinte:

Anónimo Neutral Monótono


Ditatorial NÃO
Imposição SIM
Minoria

Resolução
Anónimo Neutral Monótono
Ditatorial NÃO SIM SIM
Imposição SIM NÃO SIM
Minoria SIM SIM NÃO

Exercício 2
Construa um sistema de votação, para uma eleição com dois candi­
datos, que seja justo, ou seja, que obedeça às três propriedades
enunciadas (seja anónimo, neutral e monótono).

34
i.i. Teoria matemática das eleições

* Observação
3. Sistemas maioritários
A maioria absoluta é Nos sistem as de votação maioritários, o candidato com mais votos é o vence­
alcançada quando um
dor, não restando nada para ganhar aos outros candidatos.
candidato obtém mais de
50 % dos votos validamente
expressos. Quando tal não Podemos distinguir dois tipos de sistem as maioritários:
sucede, a maioria será
apenas relativa. Sistema de maioria simples (ou sistema maioritário de uma volta): é vencedor
Os votos validamente o candidato mais votado, independentemente de a maioria ser absoluta ou re­
expressos são os lativa.
resultantes da exclusão dos
votos em branco e nulos. Sistema de maioria absoluta (ou sistema maioritário de duas voltas): é vence­
dor o candidato com maioria absoluta na primeira volta; caso contrário, rea­
liza-se uma segunda volta com os dois candidatos mais votados, ganhando
* Observação quem obtiver a maioria dos votos.
O sistema maioritário é um
caso particular dos
chamados sistemas de Podemos, igualmente, referir uma variante deste último sistema, o denominado
quota, onde um candidato é sistema maioritário de duas ou mais voltas.
declarado vencedor se e só
se receber um determinado Neste sistema são admitidos, na segunda votação, todos os candidatos que atin­
número mínimo de votos. jam uma determinada percentagem de votos (e não apenas os dois mais vota­
dos), repetindo-se este processo até se obter uma maioria absoluta e o respetivo
Em 1952, o matemático vencedor.
Kenneth May estabelece
Alguns exemplos de utilização do sistema de maioria simples podem ser a elei­
que, numa eleição com
dois candidatos e com um ção de um delegado de turma ou do representante para o Conselho Pedagógico,
número ímpar de votantes, a simples seleção de um destino de férias ou até mesmo atos eleitorais de vários
o sistema maioritário é o países.
único sistema de votação
anónimo, neutral e Em Portugal, o sistema de maioria absoluta é utilizado na eleição do Presidente
monótono (e que evita a da República. Para as restantes eleições (Assembleia da República, Assembleias
possibilidade de haver
empates). Legislativas Regionais, Autarquias e Parlamento Europeu), o sistema adotado é
o de representação proporcional, que será estudado mais adiante.

Exemplo 3 Maioria simples


Numa eleição para saber qual o tipo de canal preferido dos 30 alunos de uma turma verificou-se o seguinte:

Tipo de canal N.° de votos


Generalista 13
Desporto 5 f r-— 1 •
‘J L J Ê À
Filmes e séries 12
Ft'v/
3.1. Utilizando o sistema de maioria simples, indique qual é o tipo rf
de canal que ganha a eleição.
3.2. Calcule, com aproximação às décimas, a percentagem de
votos que obteve cada um dos “candidatos” (tipo de canal).
3.3. Considera que a turma fica satisfeita com a aplicação do sistema de maioria simples? Justifique.

35
H .
Métodos de apoio a. decisão

Resolução
3.1. Utilizando o sistema de maioria simples, os canais generalistas vencem a eleição, pois obtiveram o
maior número de votos.
1o JT 1 ry
3.2. Generalista: — x 100 « 43,3% Desporto: — x 100 « 16,7% Filmes e séries: — x 100 = 40%
30 F 30 30
3.3. Não, pois 5 + 12 = 17 alunos não votaram nos canais generalistas. Supondo que a eleição envolvia
apenas canais generalistas e canais temáticos (Desporto, Filmes e séries), a opção canais Generalistas já
não seria vencedora (teria apenas 13 votos contra os 17 votos da opção canais temáticos).

Exercício 3
Efetuou-se a eleição do delegado de turma com três candidatos possíveis:
o Carlos, a Lurdes e o Francisco.
Os resultados foram registados na tabela seguinte.

Carlos Lurdes Francisco


12 votos 13 votos 6 votos

Utilizando o sistema maioritário de uma volta (ou sistema de maioria


simples) para eleger o vencedor, indique quem ganhou as eleições. Atividades
complementares

3.2. Admita que o Carlos obteve 13 votos, a Lurdes os mesmos 13 e o Francisco apenas 5 . Pág. 83

29
Como se poderia proceder para decidir o vencedor?

Exemplo 4 Sistema maioritário de duas ou mais voltas


4.1. Na eleição para a Associação de Estudantes da Escola Secundária Poeta Fernando Aleixo concorreram
quatro listas independentes. Ganha quem obtiver maioria absoluta.
Eis os resultados da votação, na primeira volta:

Lista E F G H Total
N.° de votos 134 352 344 354 1184
% de votos
'vO

11,3% 29,7% 29,1% 29,9%


O
o

É necessária uma segunda volta para encontrar a lista vencedora? Justifique.

4.2. Considere-se, por hipótese, que foi aplicado o sistema maioritário de duas ou mais voltas, que consiste
no seguinte:
“Se, na primeira volta, não for obtida nenhuma maioria absoluta, nas voltas seguintes serão candidatos
todos os que obtiverem mais de x% dos votos"

No caso específico desta eleição, apenas são admitidos às voltas seguintes os candidatos que superem
os 25% dos votos. A eleição termina somente quando um deles obtiver maioria absoluta, ou seja, mais
de 50% dos votos, ou quando um candidato não dispuser de adversários para uma nova volta.

Os resultados da segunda volta foram registados na


Lista F G H Total
tabela ao lado.
N.° de votos 296 296 592 1184
Será necessária uma terceira volta? Justifique.
0 s-

% de votos
'vO
LO
O

25% 25%
O
o

36
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Resolução
4.1. Uma vez que a lista mais votada, a H , não obteve mais de 50% dos votos, é necessária uma segunda
volta para a determinação do vencedor.

4.2. Não é necessária uma terceira volta. A lista mais votada (H) obteve 50% dos votos, o que não constitui
a maioria absoluta, pois necessitaria de, pelo menos, mais um voto. No entanto, a lista vencedora é
efetivamente a H , uma vez que, segundo o critério, só acedem à volta seguinte as listas com uma
votação superior a 25% . Uma vez que a lista F e a lista G não conseguiram ultrapassar a marca de
25% dos votos, ficaram automaticamente excluídas; a lista H foi a vencedora por não dispor de listas
adversárias para a volta seguinte.

Exercício 4
Considere o seguinte algoritmo (ou procedimento) para um sistema eleitoral de maioria absoluta:
1. ° passo: Cada eleitor vota num único candidato.
2. ° passo: Os candidatos são ordenados por ordem decrescente da percentagem de votação.
3. ° passo: Ganha as eleições o candidato que obtiver a maioria absoluta.
4. ° passo: Se tal não ocorrer, eliminam-se os candidatos com menos de 10% dos votos na primeira volta
e repetem-se as eleições.

4.1. O algoritmo apresentado está incompleto. Justifique esta afirmação.


Caderno
4.2. Tendo em conta a alínea anterior, complete o algoritmo e compare-o com os algoritmos dos seus de Fichas

colegas. Haverá uma única resposta correta? FP1

Dois exemplos históricos


Analisemos, agora, duas eleições históricas, uma ocorrida em Portugal e a outra
nos Estados Unidos da América, que nos permitem questionar a justiça dos sis­
tem as maioritários utilizados.

Em Portugal, possibilitados os atos eleitorais democráticos a partir de 25 de


abril de 1974, realizaram-se oito eleições para a Presidência da República (até
2011), mas apenas nas eleições de 1986 foi necessário recorrer a uma segunda
volta para a determinação do vencedor. Nas restantes sete eleições, o presidente
foi eleito sempre com a maioria absoluta na primeira volta.

No referido ano de 1986, nas eleições para a Presidência da República, foram


quatro os candidatos:
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Mario Soares Freitas do Amaral Salgado Zenha Lurdes Pintasilgo

37
H é
Métodos de apoio aà decisão

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Resultados da primeira volta:

Candidato Total de votos Percentagem

Freitas do Amaral 2 629 957 46,31%

Mário Soares 1 443 683 25,43%

Salgado Zenha 1 185 867 20,88%

Lurdes Pintassilgo 418 961 7,38%

Nenhum dos candidatos obteve maioria absoluta e, como estipulado na lei, pro­
cedeu-se à segunda volta.

Resultados da segunda volta:

Candidato Total de votos Percentagem

Mário Soares 3 010 756 51,18%

Freitas do Amaral 2 872 064 48,82%

Nestas eleições, o candidato Mário Soares foi eleito Presidente da República.


Repare que, na primeira volta, Freitas do Amaral esteve bem próximo da maioria
absoluta e, consequentemente, de ser eleito Presidente. No entanto, acabou por
perder as eleições para Mário Soares, que foi mais beneficiado pela eliminação
dos dois candidatos menos votados.

Ao contrário de Portugal, nos Estados Unidos da América ( EUA) é pos­


sível, numa eleição presidencial, o candidato com o menor número de
votos se r eleito. É raro, mas acontece: desde a eleição do primeiro Pre­
sidente americano, George Washington, em 1789, registaram-se dois
casos em 57 eleições (até 2012). No último desses casos, ocorrido em
2000, Al Gore obteve 50 158 094 votos contra os 49 820 518 votos de
George W. Bush. Apesar de tudo, Bush foi eleito Presidente.

Esta situação é possível, pois nos EUA o Presidente não é escolhido di­
retamente através dos votos dos eleitores, mas, indiretamente, por um
sistema de delegados e colégio eleitoral. Os eleitores de cada um dos
51 estados votam numa lista de delegados comprometidos com uma
das candidaturas. Os delegados, em número proporcional à população
de cada estado, formam o colégio eleitoral a quem caberá escolher o
Presidente.

Em cada estado, a lista que obtiver a maioria sim ples dos votos preencherá
todos os lugares de delegados desse estado, tornando-se vitoriosa a candida­
tura que conseguir, no mínimo, 270 delegados (existem 538 delegados no
total). A candidatura de Bush obteve 271 delegados, enquanto a de Gore ape­
nas 267 .

38
1.1. Teoria matemática das eleições

4. Sistemas preferenciais
Os sistemas eleitorais preferenciais são também designados por posicionais
ou por ordem de preferência.
Nestes sistem as, cada eleitor vota em todos os candidatos de acordo com as
suas preferências.
Para isso, utilizam-se, habitualmente, boletins ordinais, ou seja, em que esteja
U
1 expressa a ordenação dos candidatos de acordo com as preferências do votante.

Analisemos a seguinte situação hipotética:


No Jardim Zoológico Natura terá de ser eleito um novo rei interino, pois o Leão
estará de férias durante três m eses.

Existem quatro candidatos: a Girafa, o Chimpanzé, o Hipopótamo e o Tigre.

Participaram 80 animais na votação, através do preenchimento de boletins de


voto como o ilustrado. Cada eleitor vota em todos os candidatos, de acordo com
a sua ordem de preferência.

Depois da contagem, os resultados obtidos foram os seguintes:

N.° de votos 8 10 12 14 15 21
1.° G H C C H T
2.° T C T G T C
3.° H T G H C H
4.° C G H T G G
* Observação
Para quatro Isto significa que:
altemativas/candidatos
8 eleitores preencheram 14 eleitores preencheram
existem 4 x 3 x 2 x 1 = 24
ordens possíveis, ou seja, o boletim desta forma: o boletim desta forma:
poderiam obter-se 24
boletins diferentes.
Deduz-se que para n
alternativas existem
n x (n - 1)x (n - 2) x ... x 1
ordens possíveis.

Para representar a
ordenação das preferências,
utilizaremos
preferencialmente tabelas,
mas podem utilizar-se
esquemas do tipo:

Vamos estudar cinco sistem as preferenciais:


G
T Método da pluralidade
H Método de eliminação run-off standard
C Método de eliminação run-off sequencial
8 votos Método de Borda
Método de Condorcet

39
H .
Métodos de apoio a. decisão

Método da pluralidade
É o método mais conhecido e mais comum para encontrar o vencedor de uma elei­
* Observação ção. Com este método, apenas nos interessam os votos referentes à primeira pre-
Este método é uma extensão ferência/escolha. Vence o candidato ou alternativa com mais primeiros lugares, ou
do princípio subjacente
seja, o mais votado como primeira preferência (é o chamado candidato plural).
aos sistemas maioritários,
particularmente no que diz
respeito ao sistema de
maioria simples. Passo único: Efetua-se a contagem do número de primeiras preferências
de cada candidato e verifica-se se algum deles obtém
maioria sim ples na primeira preferência. Caso isso
aconteça, está encontrado o vencedor.

Exemplo 5 Método da pluralidade


N.° de votos 8 10 12 14 15 21
Vamos aplicar o método da pluralidade à tabela 1.° G H C C H T
de resultados obtidos nos boletins da eleição do 2.° T C T G T C
novo rei do Jardim Zoológico Natura.
3.° H T G H C H
4.° C G H T G G

Resolução
Passo único: Contagem do número de primeiras preferências de cada candidato.
Girafa (G): 8 votos (em primeira preferência)
Chimpanzé (C): 12 + 14 = 26 votos (em primeira preferência)
Hipopótamo (H): 10 + 15 = 25 votos (em primeira preferência)
Tigre (T): 21 votos (em primeira preferência)

O vencedor é o Chimpanzé (candidato C), com 26 votos em primeira preferência.

Repare que, apesar de C ser o vencedor por este método, ele não obteve maioria absoluta (para isso precisaria
de, pelo menos, 41 votos na primeira preferência).

Exercício 5
Para a eleição da Direção do Grémio Desportivo concorreram quatro listas: A , B , C e D . Participaram
1290 associados na votação, com as seguintes ordens de preferência:

A B A C D C
C A C A A A
B C D B B D
D D B D C B
180 votos 375 votos 150 votos 195 votos 225 votos 165 votos

Atividades
5.1. Use o método da pluralidade para determinar a lista vencedora, referindo a respetiva percentagem complementares

de votos obtida. Pág. 83 e 84


3 2 .1 a 3 2 . 4

3 3 .1 e 3 3 . 2
5.2. Tendo em conta o método utilizado, considera inteiramente justo o resultado desta eleição? Porquê?

40
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Método de eliminação r u n - o f f s ta n d a rd
Este método também é habitualmente designado por run-off simples ou dos
* Observação dois candidatos mais votados.
Neste método são
eliminados todos os Procedimento:
candidatos, à exceção dos
dois mais votados como Efetua-se a contagem do número de primeiras
primeira preferência. preferências de cada candidato e verifica-se se algum
1.° passo: deles obtém maioria absoluta na primeira preferência.
Se isso acontecer, está encontrado o vencedor.
Caso contrário, avança-se para o 2.° passo.

Elim inam -se todos os candidatos, com exceção dos dois


mais votados na primeira preferência, e reordena-se a
2.° passo: tabela das preferências.
Os candidatos sobrantes vão ocupar o espaço/lugar vazio
deixado pelos candidatos eliminados.

Efetua-se novamente a contagem do número de primeiras


3.° passo: preferências de cada candidato (já só existem dois) e vence
aquele que tiver mais votos.

Exemplo 6 Método run-off standard


Vamos aplicar o método de eliminação ru n -off stan dard à tabela de resultados obtidos a partir dos boletins
da eleição do novo rei do Jardim Zoológico Natura.

N.° de votos 8 10 12 14 15 21
1.° G H C C H T
2.° T C T G T C
3.° H T G H C H
4.° C G H T G G

Resolução
1.° passo: Contagem do número de primeiras preferências de cada candidato.
Girafa (G): 8 votos (em primeira preferência)
Chimpanzé (C): 12 + 14 = 26 votos (em primeira preferência)
Hipopótamo (H): 10 + 15 = 25 votos (em primeira preferência)
Tigre (T): 21 votos (em primeira preferência)

Nenhum candidato obteve mais de 40 votos na primeira preferência (logo, não existe maioria absoluta).

2.° passo: Eliminam-se os candidatos G e T (os menos votados na primeira preferência).

N.° de votos 8 10 12 14 15 21
1.° H C C H
2.° C C
3.° H C H
4.° C H

41
H .
Métodos de apoio a. decisão

Reordena-se a tabela: Ou de forma mais simples:

N.° de votos 8 10 12 14 15 21 N.° de votos 33 47


1.° H H C C H C 1.° H C
2.° C C H H C H 2.° C H

3.° passo: Nova contagem do número de primeiras preferências de cada candidato.


Chimpanzé (C): 12 + 14 + 21 = 47 votos (em primeira preferência)
Hipopótamo (H): 8 + 10 + 15 = 33 votos (em primeira preferência)

O vencedor é o Chimpanzé (candidato C).

Exercício 6
Está quase a terminar a eleição do melhor futebolista do
Bairro das Amoras do ano de 2015.
Votaram 30 adolescentes e os resultados obtidos a partir
dos boletins de voto são os seguintes:

N.° de votos 5 12 10 3
1.° M C L L Legenda
M: Manuel Neves
2.° C L C M
L: Leonel Mestre Atividades
complementares
3.° L M M C C: Cristiano Rolando Pag. 84

36.1
Aplique o método de eliminação ru n -off stan dard para determinar quem foi eleito futebolista do ano 2015.

Método de eliminação r u n - o f f sequencial


Este método também é habitualmente designado por método de eliminação de Hare.

Procedimento:
* Observação
Repare que este método Efetua-se a contagem do número de primeiras preferências
não difere muito do método de cada candidato e verifica-se se algum deles obtém
de eliminação run-off 1.° passo: maioria absoluta na primeira preferência.
standard. Simplesmente, Se isso acontecer, está encontrado o vencedor.
em vez de se eliminarem Caso contrário, avança-se para o 2.° passo.
todos os candidatos à
exceção dos dois mais Elim ina-se o candidato menos votado na primeira preferência
votados, vai-se eliminando, (ou candidatos, se estiverem empatados) e reordena-se a
sequencialmente, apenas o 2.° passo: tabela das preferências.
candidato menos votado. Os candidatos nas preferências imediatamente a seguir vão
ocupar o espaço/lugar vazio deixado pelo candidato eliminado.

Efetua-se novamente a contagem do número de primeiras


preferências de cada candidato e verifica-se se algum deles
obtém maioria absoluta na primeira preferência.
3.° passo: Se isso acontecer, está encontrado o vencedor.
Caso contrário, aplica-se novamente o 2.° passo e repete-se
este processo até se encontrar um vencedor, ou seja, um
candidato com maioria absoluta na primeira preferência.

42
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Exemplo 7 Método run-off sequencial


Vamos aplicar o método de eliminação ru n -off sequencial à tabela de resultados obtidos nos boletins da
eleição do novo rei do Jardim Zoológico Natura.

N.° de votos 8 10 12 14 15 21
1.° G H C C H T
2.° T C T G T C
3.° H T G H C H
4.° C G H T G G

Resolução
1. ° passo: Contagem do número de primeiras preferências de cada candidato.

Girafa (G): 8 votos (em primeira preferência)

Chimpanzé (C): 12 + 14 = 26 votos (em primeira preferência)

Hipopótamo (H): 10 + 15 = 25 votos (em primeira preferência)

Tigre (T): 21 votos (em primeira preferência)

Nenhum candidato obteve mais de 40 votos na primeira preferência (logo, não existe maioria absoluta).

2. ° passo: Elimina-se o candidato G (o menos votado na primeira preferência).

N.° de votos 8 10 12 14 15 21
1.° H C C H T
2.° T C T T C
3.° H T H C H
4.° C H T

Reordena-se a tabela:

N.° de votos 8 10 12 14 15 21
1.° T H C C H T
2.° H C T H T C
3.° C T H T C H

3.° passo: Nova contagem do número de primeiras preferências de cada candidato.


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Chimpanzé (C): 12 + 14 = 26 votos (em primeira preferência)

Hipopótamo (H): 10 + 15 = 25 votos (em primeira preferência)

Tigre (T): 8 + 21 = 29 votos (em primeira preferência)

43
H .
Métodos de apoio a. decisão

Como ainda nenhum candidato obtém maioria absoluta, aplicamos novamente o 2.° passo, eliminando
agora o candidato H.

N.° de votos 8 10 12 14 15 21
1.° T C C T
2.° C T T C
\ \
3.° C T T C

Reordena-se, mais uma vez, a tabela:

N.° de votos 8 10 12 14 15 21
1.° T C C C T T
2.° C T T T C C

Nova contagem do número de primeiras preferências de cada candidato.

Chimpanzé (C): 10 + 12 + 14 = 36 votos (em primeira preferência)

Tigre (T): 8 + 15 + 21 = 44 votos (em primeira preferência)

O vencedor é o Tigre (candidato T).

Repare como se obtiveram resultados diferentes utilizando os métodos


ru n -off stan dard e ru n-off sequencial. No primeiro, o vencedor seria o Chim­
panzé e, no segundo, o Tigre.

Exercício 7
Aplique o método de eliminação run-off sequencial à seguinte votação fictícia com quatro candidatos A , B ,
C e D.

1.° A C D B A
Atividades
2.° B B C D D complementares

Pag. 84
3.° C D B A B 3 2 .5 e 3 2 .6

4.°
Votos
D
140
A
100
A
80
C
40 10
C
© ®
44
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Método de Borda
Com este método poderá não existir vencedor, ou seja, o empate é um resultado
* Observação possível.
No Festival Eurovisão da
Canção é utilizada uma Procedimento:
adaptação deste método.
São atribuídos pontos a cada um dos candidatos, conforme
Atribuem-se 12 pontos
a ordem de preferência.
à primeira preferência,
10 pontos à segunda, 1.° passo: No caso de serem p candidatos, são atribuídos p pontos
8 pontos à terceira, ao primeiro, p - 1 pontos ao segundo, e assim
7 pontos à quarta, sucessivam ente até ao último, que recebe 1 ponto.
6 pontos à quinta,
e assim sucessivamente. 2.° passo: Contabiliza-se a pontuação total de cada um dos candidatos.

Ordenam-se os candidatos de acordo com a pontuação e


3.° passo:
vence aquele que tiver o maior número de pontos.

Jean-Charles de Borda (1733-1799) foi um matemático francês que desenvolveu um


método que, em vez do sistema de “uma pessoa, um voto" dava a possibilidade ao
eleitor de atribuir uma pontuação a cada candidato consoante a sua preferência.

Exemplo 8 Método de Borda


Vamos aplicar o método de Borda à tabela de resultados obtidos nos boletins da eleição do novo rei do Jardim
Zoológico Natura.
N.° de votos 8 10 12 14 15 21
1.° G H C C H T
2.° T C T G T C
3.° H T G H C H
4.° C G H T G G

Resolução
1.° e 2.° passos: Atribuem-se 4 pontos às primeiras preferências, 3 pontos às segundas, 2 pontos às
terceiras e 1 ponto às quartas (e últimas) preferências.

Candidato Total
G 8 X 4 + 10 X 1 + 12 X 2 + 14 x 3 + 15 x 1 + 21 x 1 144 pontos
C 8 x 1 + 10 x 3 + 12 x 4 + 14 x 4 + 15 x 2 + 21 x 3 235 pontos
H 8 x 2 + 10 x 4 + 12 x 1 + 14 x 2 + 15 x 4 + 21 x 2 198 pontos
T 8 x 3 + 10 x 2 + 12 x 3 + 14 x 1 + 15 x 3 + 21 x 4 223 pontos

3.° passo: Ordenam-se os candidatos pelo número de pontos obtidos.


| 1.° lugar: C (235 pontos); 2.° lugar: T (223 pontos); 3.° lugar: H (198 pontos); 4.° lugar: G (144 pontos)
O vencedor é o Chimpanzé (candidato C).

45
H é
Metodos de apoio aà decisão

Exercício 8
Num concurso de patinagem artística perguntou-se a 110 espectadores qual das
três concorrentes deveria ganhar.

As preferências recolhidas foram organizadas nos boletins de voto abaixo re­


presentados.

Atividades
complementares

Pág. 83

31

Pág. 84

33
Determine quem foi a patinadora vencedora, aplicando o método de Borda.

Paradoxo de Borda
Os resultados da aplicação do método de Borda podem conduzir a situações pa­
radoxais.

Analisemos a tabela seguinte, onde cada perfil de preferências corresponde a


uma coluna, que tem o número de votantes indicado.

Paradoxo de Borda
Paradoxo: situação que vai
contra o senso comum e a 1 votante 7 votantes 7 votantes 6 votantes
lógica; absurdo.
1.a escolha A A B C
D ic io n á rio da Língua Portuguesa,
Porto Editora 2.a escolha B C C B
3.a escolha C B A A

Neste exemplo, o candidato mais votado segundo o sistema plural (uma pessoa,
um voto) é o candidato A , com 8 votos a favor, contra 7 do candidato B e 6 do
candidato C .

No entanto, o candidato A é o menos desejado pela maioria do eleitorado, uma


vez que 13 votantes (7 + 6) em 21 o colocam em último lugar na lista das suas
preferências.

De facto, se aplicarmos o método de Borda aos resultados expressos na tabela,


o candidato vencedor é o C , precisamente aquele que tem menos votos como
primeira preferência.

Exercício 9
Aplique o método de Borda aos resultados da tabela anterior e verifique que o candidato C é, de facto, o
vencedor.

46
1.1. Teoria matemática das eleições

Método de Condorcet
Condorcet propôs um procedimento de decisão eleitoral que se pode explicar,
* Observação de uma forma simplista, da seguinte forma: cada par de candidatos deve ser
A votação é idêntica à do considerado numa eleição própria, independente dos restantes, determinando­
método de Borda, embora -se o vencedor. Se, nesses confrontos dois a dois, um candidato surgir mais
a contagem dos votos seja
vezes como vencedor em relação aos outros, então é esse candidato o preferido
diferente.
Na contagem do método de dos votantes.
Condorcet, os candidatos
são comparados dois a dois Da aplicação deste método, também conhecido como eleição por confronto di­
e é declarado vencedor
reto, pode não resultar um vencedor, podendo haver empate ou acontecer uma
aquele que venceu mais
confrontos. situação paradoxal, que vulgarmente se designa por paradoxo de Condorcet e
que será analisada mais adiante.

Procedimento:

Os candidatos são com parados dois a dois (confronto


direto).
1.° passo:
Vence aquele que aparecer o maior número de vezes, mais
bem posicionado que o adversário.

Contabiliza-se o número de vitórias.


2.° passo: O vencedor é o candidato que vence mais confrontos
diretos.

Marie Jean Antoine Nicolas Caritat (1743-1794), conhecido como Marquês de


Condorcet, foi um matemático e filósofo francês que se destacou por ser um revo­
lucionário, defensor da tolerância religiosa e contra a escravatura.

Exemplo 9 Método de Condorcet


Vamos aplicar o método de Condorcet à tabela de resultados obtidos a partir dos boletins da eleição do novo
rei do Jardim Zoológico Natura.

N.° de votos 8 10 12 14 15 21
1.° G H C C H T
2.° T C T G T C
3.° H T G H C H
4.° C G H T G G

47
H é
Metodos de apoio aà decisão

Resolução
1.° passo: Confrontos diretos
G 8 votos Vence C 12 + 14 + 21 = 47 votos Vence
G vs. C C vs. H
C 10 + 12 + 14 + 15 + 21 = 72 votos C H 8 + 10 + 15 = 33 votos C
G 8 + 14 = 22 votos Vence C 10 + 12 + 14 = 36 votos Vence
G vs. T C vs. T
T 10 + 12 + 15 + 21 = 58 votos T T 8 + 15 + 21 = 44 votos T
G 8 + 12 + 14 = 34 votos Vence T 8 + 12 + 21 = 41 votos Vence
G vs. H T vs. H
H 10 + 15 + 21 = 46 votos H H 10 + 14 + 15 = 39 votos T

2.° passo: Contagem do número de vitórias

Candidato N.° de vitórias


G 0
C 2
H 1
T 3

O vencedor é o Tigre (candidato T).

Se, numa eleição, um candidato vencer todos os confrontos diretos com os


outros candidatos, diz-se que é um vencedor de Condorcet.

Se, numa eleição, um candidato perder todos os confrontos diretos com os


outros candidatos, diz-se que é um perdedor de Condorcet.

No exemplo anterior, o candidato T é um vencedor de Condorcet e o candidato G


é um perdedor de Condorcet.

Exercício 10
Num concurso de novos talentos pretende-se escolher o melhor de
cinco cantores: Álvaro (A), Bernardo (B), Catarina (C), Deolinda (D) e
Ester (E).

Depois de cada um interpretar canções de três estilos diferentes,


foram recolhidos 580 boletins de voto com as seguintes preferências:

Lugar Votos
1.° A B A D E A
2.° D E B C B D
3.° E D E E D C
4.° C A D B C B
5.° B C C A A E
Atividades
170 120 110 100 50 30 complementares

Pag. 84

34
Indique o vencedor, usando o método de Condorcet.

48
1.1. Teoria matemática das eleições

Paradoxo de Condorcet
Tal como o Paradoxo de Borda, o Paradoxo de Condorcet é igualmente intrigante.

Observemos a situação hipotética representada na tabela seguinte:

Paradoxo de Condorcet
* A re te r
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3
Transitividade
1.a escolha A B C
Se A > B e B > C , então
A > C. 2.a escolha B C A
O método de Condorcet 3.a escolha C A B
não respeita a lei da
transitividade. Vamos supor que os votantes estão divididos em três grupos com as preferên­
cias representadas na tabela anterior.

Para o grupo 1 de votantes, o candidato A é o preferido, seguido do B e, de­


pois, do C . Há uma lógica transitiva nas escolhas deste grupo: se se prefere
A a B e se se prefere B a C , então também se prefere A a C .

Mas essa transitividade não se transporta para o conjunto total de votantes.

Suponhamos que há um número idêntico de votantes em cada grupo. Então,


A vence B , pois é essa a hierarquia que tanto o grupo 1 como o grupo 3 estabe­
lecem, constituindo a opinião da maioria dos votantes.

Por outro lado, B também vence C , pois essa é a hierarquia que tanto o grupo 1
como o grupo 2 definem.

Pareceria lógico que A vencendo B e B vencendo C , então A também teria


de vencer C . No entanto, C vence A , como se pode verificar pelo mesmo ra­
ciocínio: tanto o grupo 2 como o grupo 3 colocam C antes de A .

Exercício 11
Na tabela seguinte encontram-se os resultados de uma votação com cinco candidatos: K , W , X , Y e Z .

Número de votos
Preferência
27 18 15 6 3 30
1.° K W Y Z Z X
2.° Y Z X W X W
3.° Z Y Z Y Y Z
4.° X X W X K Y
5.° W K K K W K

11.1. Determine o candidato vencedor utilizando o:


a) método r u n -o ffsta n d a r d ;

b) método r u n - o f f sequencial;

c) método de Borda;
d) método de Condorcet (existe um vencedor de Condorcet?).

11.2. Com base nos resultados obtidos, que conclusões podemos tirar?

MMACS10-04 49
H é
Métodos de apoio aà decisão

5. Sistemas de aprovação
A busca de um sistema eleitoral, para uma eleição mais justa, levou a

MMACS10 © Porto Editora


um método diferente dos já abordados anteriormente neste tema,
pois permite ao eleitor votar em todos os candidatos que "aprove"
(sem ordem de preferência), ou seja, em qualquer candidato que
deseje ver eleito, não sendo obrigatório votar em todos.

O candidato com maior número de "aprovações" ganha.

Este sistema, conhecido por método de voto por aprovação ou


método de aprovação, tem sido usado como alternativa ao mé­
todo da pluralidade (maioria simples), por exemplo, em eleições
de alguns países ou organizações. Tem como grande vantagem,
para além de ser muito prático e simples, o facto de proporcionar
aos eleitores uma maior flexibilidade nas suas opções.

Exemplo 10 Método de aprovação


Para a participação num programa televisivo, um dos 110 membros
que constituem o clube de fãs de um célebre cantor terá de ser
selecionado para representar a posição oficial do clube sobre se o
cantor deverá, ou não, alterar o seu estilo de música.

Como nenhum se voluntariou para tal, decidiram que cada membro iria
escrever, num papel, um ou mais nomes que gostaria que representasse
o clube, mas sem ordem de preferência.

De seguida, fizeram a contagem dos nomes e obtiveram o seguinte resultado:

Nome Paula Olavo Lisa Ivone Cristiano Esmeralda


N.° de vezes que
o nome de cada 70 46 42 60 82 88
membro apareceu

Ganha quem tiver o maior número de votos ou “aprovações’!

10.1. Qual foi o número total de “aprovações”?

10.2. Que membro do clube foi escolhido?

10.3. Poderá um membro ter mais de 50% das “aprovações” e não ser escolhido? Justifique a sua resposta.

10.4. Uma vez que a Esmeralda não estava disponível para ir ao programa, decidiram fazer nova contagem,
retirando os respetivos votos. Será que os resultados obtidos pelos restantes membros se alteraram?

50
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Resolução
10.1. O número total de “aprovações” é igual à soma das “aprovações” de todos os membros votados, ou
seja, 388 .

10.2. O membro escolhido foi a Esmeralda, pois obteve a maioria das “aprovações” 88 .

10.3. Sim. Uma vez que todos os membros podem aprovar de 1 a 110 membros (ou 109 , caso não votem
neles próprios), então vários podem ter mais de 50% dos votos. Neste caso, a Esmeralda ganhou com
80% dos votos, mas tanto a Paula, como a Ivone ou o Cristiano também obtiveram mais de 50% dos
votos: 64% , 55% e 75% dos votos, respetiva e aproximadamente.

10.4. Não, os resultados dos outros membros não se alteraram. Neste sistema eleitoral, se acrescentarmos
ou retirarmos candidatos/alternativas, a pontuação total dos restantes candidatos não é alterada.

Exercício 12
A Renata, o Emídio e o Manuel foram os três únicos candidatos numa eleição onde votaram 1250 pessoas.

A Renata obteve 48% dos votos, o Emídio obteve 36% e o Manuel 46% .

12.1. Qual foi o vencedor nesta eleição pelo método de aprovação?

12.2. Determine o número total de votos atribuídos a cada candidato. Compare com o número de
eleitores participantes e comente.

Exercício 13
Uma turma do 10.° ano decidiu encomendar pizza para comemorar o final do ano letivo.

Para decidir o tipo de pizza , relativamente aos ingredientes que deveriam encomendar, decidiram proce­
der a uma votação com a ajuda do professor de MACS.

As opiniões recolhidas foram as seguintes:


■ 12 alunos votaram Pizza 4 Estações e Pizza Calzone;
■ 10 alunos votaram Pizza C am ponesa;
complementares
MMACS10 © Porto Editora

■ 6 alunos votaram Pizza B olon h esa e Pizza Calzone; Pág. 84

35

■ 4 alunos votaram Pizza C am ponesa, Pizza 4 Estações e Pizza Calzone.


Caderno
de Fichas

Utilizando o sistema de aprovação, qual foi a pizza vencedora? FP3

51
H é
Metodos de apoio aà decisão

6. Sistemas de representação proporcional


Estes sistem as de votação também podem ser designados por sistemas de re­

MMACS10 © Porto Editora


partição proporcional ou simplesmente sistemas proporcionais.

A representação proporcional é um conjunto de métodos/processos que têm como


objetivo dividir qualquer conjunto de pessoas ou objetos por vários grupos de uma
forma proporcional, segundo um determinado critério previamente definido.

Analisemos a seguinte situação hipotética.


A República das Bananas é um pequeno país fictício cujo parlamento dispõe
de apenas 18 lugares (o que corresponde a 18 mandatos). Nas últimas elei­
ções para a sua Assembleia da República, foram a votos seis listas ou partidos:
A , B , C , D , E e F . De acordo com a lei do país, os lugares da assembleia
têm de ser ocupados pelos representantes das várias listas de modo a refletir;
tão próximo quanto possível, o número de votos obtido por cada uma delas.

Na tabela ao lado está registado o número de votos obtidos por cada uma das
Lista N.° votos
seis listas.
A 524
Vamos determinar qual é o número de representantes (ou mandatos) a que cada
B 1 286
lista terá direito, de acordo com os resultados da votação.
C 1 840
D 4 460 Como exemplo vamos apresentar os cálculos apenas para as listas mais votada
(lista D) e menos votada (lista A).
E 3 286
F 3 778 Lista D Lista A
N.° de votos N.° de mandatos N.° de votos N.° de mandatos
Total 15 174
15 174 18 15 174 18
4 460 x 524 x

4 4 6 0 x 18 x 524 x 18
x= 5,291 0,622
15 174 15 174

De forma análoga obteríamos o número de mandatos das restantes listas:


Lista B: 1,526 ; Lista C: 2,183 ; Lista E: 3,898 ; Lista F: 4,482

O problema está no facto de o número de luga­


res no parlamento (número de representantes
ou mandatos) se r um objeto indivisível, ou seja,
ter de ser obrigatoriamente um número inteiro.

Será que devemos efetuar um arredonda­


mento?
A aproximação deverá se r por defeito ou por
excesso?
A lista A terá direito a algum mandato?
Como encontrar uma forma de resolver este
problema?

52
i.i. Teoria matemática das eleições

Problemas relacionados com a representação proporcional têm sido, ao longo


de décadas, objeto de muitos debates políticos (e científicos) em diversos países,
especialmente nos Estados Unidos da América. No sistema americano existe o
conceito de Casa dos R epresentantes (uma espécie de parlamento), que é consti­
tuída por representantes de cada um dos estados. O número de representantes
varia de acordo com a população dos respetivos estados (os que forem mais po­

* Observação pulosos têm, obviamente, mais representantes).


Todos os métodos de Em Portugal, a representação proporcional é utilizada, por exemplo, para distri­
representação proporcional
buir os mandatos (ou os lugares no parlamento) pelos partidos políticos, de acordo
que iremos estudar podem
(e devem) ser utilizados na com a votação obtida nas eleições legislativas.
partilha ou repartição de
objetos indivisíveis (como De acordo com a página web da Comissão Nacional de Eleições:
veremos mais adiante no
tema “Teoria da Partilha “O sistema de representação proporcional caracteriza-se, essencialmente e de
Equilibrada"). modo simples, pelo facto de o número de eleitos por cada candidatura concor­
rente a um determinada eleição ser proporcional ao número de eleitores que es­
colheram votar nessa mesma candidatura.”

Para resolver estes e outros problemas de distribuição de lugares, vamos estu­


dar vários métodos. A maioria desses métodos foi desenvolvida por políticos
norte-americanos como Hamilton, Jefferson, Adams ou Webster.

O primeiro método de representação proporcional que vamos abordar é o m é­


todo de Hondt, usado em Portugal nas eleições legislativas nacionais e regio­
nais, autárquicas e europeias.

Victor D'Hondt (1841­


-1901), advogado belga Método de Hondt
e professor de Direito
A aplicação deste método, amplamente implementado em inúmeros países
Civil na Universidade
democráticos, tais como Holanda, Israel, Espanha, Argentina ou Portugal, tem
de Gand.
como objetivo converter votos em mandatos.

“O método aplica-se mediante a divisão sucessiva do número total de votos obti­


* Observação dos por cada candidatura pelos divisores (1 , 2 , 3 , 4 , 5 , etc.) e pela atribuição
Nas eleições legislativas, dos mandatos em disputa por ordem decrescente aos quocientes mais altos que
podem existir discrepâncias resultarem das divisões operadas. O processo de divisão prossegue até se esgota­
de proporcionalidade, pois rem todos os mandatos e todas as possibilidades de aparecerem quocientes
também dependem dos
iguais aos quais ainda caiba um mandato.
chamados círculos eleitorais,
que variam em dimensão Em Portugal encontra-se legalmente prevista uma correção ao método de Hondt
territorial e no número de puro, na medida em que, caso falte atribuir o último mandato e se verifique
representantes a eleger. igualdade do quociente em duas listas diferentes, tal mandato será atribuído à
Em Portugal existem lista que, em termos de resultados totais, tenha obtido menor número de votos.
22 círculos eleitorais: os Algumas das vantagens que são comummente apontadas ao método de Hondt
18 distritos de Portugal
são as seguintes: assegura boa proporcionalidade (relação votos/mandatos) muito
continental, dois círculos
nas regiões autónomas, simples de aplicar em comparação com outros (com apenas uma operação atribui
um para os portugueses todos os mandatos); efeitos previsíveis e é o método mais utilizado no mundo.
a residirem na Europa Por outro lado, a principal desvantagem que lhe é atribuída pelos seus críticos é
e outro para os que o facto de, tendencialmente, favorecer os partidos maiores”
residem fora da Europa.
Fonte: página web da Comissão Nacional de Eleições

53
H é
Metodos de apoio aà decisão

MMACS10 © Porto Editora


Como pudemos perceber, o procedimento associado a este método é muito sim­
ples, podendo resum ir-se da seguinte forma:

Procedimento:
O procedimento descrito
Depois de apurados (contabilizados) os votos obtidos por cada lista e sabendo
refere-se à distribuição de
mandatos a partir do que existem p pessoas a eleger (ou, equivalentemente, p mandatos a atribuir),
número de votos obtido seguem -se três passos.
por cada lista ou partido,
mas também é válido para Dividem-se os votos de cada lista sucessivam ente por 1 ,
a distribuição de lugares 1.° passo:
2 , 3 , 4 , ... , p (pode nem se r necessário dividir até p).
numa assembleia de
acordo com a população Ordenam-se os quocientes obtidos por ordem
de cada estado ou para
2.° passo:
decrescente.
selecionar representantes
de várias escolas de acordo Determ ina-se o número de pessoas a eleger de cada lista,
3.° passo:
com o número de alunos selecionando os p maiores quocientes resultantes.
de cada escola, etc.
Em caso de empate para a escolha do (s) último (s) mandato (s) a atribuir, esco­
lhe-se a (s) lista (s) que tiver (em) menor número de votos.

Entre as características do método de Hondt importa assinalar o encorajamento


à formação de coligações, uma vez que o agrupamento de partidos permite um
número maior de mandatos do que os obtidos se eles concorressem isolados.

Exemplo 11 Método de Hondt I


Vamos aplicar o método de Hondt ao problema da distribuição dos lugares no parlamento da República das
Bananas.

Lista A B C D E F Total
N.° de votos 524 1286 1840 4460 3286 3778 15 174

N.° de pessoas a eleger: 18 (então p = 18)

Resolução
1.° passo: Dividem-se os votos de cada lista sucessivamente por 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , ... , 18 (pode nem ser
necessário dividir até 18) .
Lista
A B C D E F
Divisor
1 524 1286 1840 4460 3286 3778
2 262 643 920 2230 1643 1889
3 174,7 428,7 613,3 1486,7 1095,3 1259,3
4 131 321,5 460 1115 821,5 944,5
5 104,8 257,2 368 892 657,2 755,6
6 87,3 214,3 306,7 743,3 547,7 629,7
7 74,9 183,7 262,9 637,1 469,4 539,7
8 65,5 160,8 230 557,5 410,8 472,3
9 58,2 142,9 204,4 495,6 365,1 419,8

54
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Notas:
■ Os quocientes foram arredondados a uma casa decimal.
■ Não são necessários os divisores até 18 , pois consegue-se perceber que a partir do divisor 6 já não irá
aparecer nenhum quociente superior a 743,3 , que é o 18.° maior quociente encontrado.

2.° passo: Ordenam-se os quocientes obtidos por ordem decrescente.

4460 (D) 1 6 4 3 (E) 944,5 (F)


3778 ( f ) 1486,7 (D) 920 (C)
3 2 8 6 (E) 1 2 8 6 (B) 892 (D)
2 2 3 0 (d ) 1259,3 (F) 821,5 (E)
1889 ( f ) 1115 (D) 755,6 (F)
1840 ( c ) 1095,3 (E) 743,3 (D)

Acima estão listados, por ordem decrescente, apenas os 18 maiores quocientes.

3.° passo: Determina-se o número de pessoas a eleger de cada lista, a partir da seleção dos 18 maiores
quocientes.
Lista A: elege 0 representantes. Lista D: elege 6 representantes.
Lista B: elege 1 representante. Lista E: elege 4 representantes.
Lista C: elege 2 representantes. Lista F: elege 5 representantes.

Exemplo 12 Método de Hondt II


Uma associação de solidariedade sem fins lucrativos elege, de três em três anos, sete representantes para o
seu Conselho Consultivo.
Aos sete lugares concorrem listas representativas dos grupos étnicos ou comunidades de imigrantes
residentes na área de ação da referida associação.
Nas últimas eleições, participaram 15 423 eleitores, tendo os votos sido distribuídos do seguinte modo:

Lista A B C Total
N.° de votos 7080 1770 6573 15 423

Aplicando o método de Hondt, determine o número de representantes que cada lista elege.

Resolução
1.° passo: Dividem-se os votos de cada lista sucessivamente por 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 6 e 7 .

Lista
A B C
Divisor
1 7080 1770 6573
2 3540 885 3286,5
3 2360 590 2191
4 1770 442,5 1643,3
MMACS10 © Porto Editora

5 1416 354 1314,6


6 1180 295 1095,5
7 1011,4 252,9 939

55
H .
Métodos de apoio a. decisão

MMACS10 © Porto Editora


2. ° passo: Ordenam-se os quocientes obtidos por ordem decrescente.
7080 (A) 2360 (A)
6573 (C) 2191 (C)
3540 (A) 1770 (B)
3286,5 (C) ...

3. ° passo: De cada lista, determina-se o número de pessoas eleitas, selecionando-se os 7 maiores quocientes.
Lista A: elege 3 representantes.
Lista B: elege 1 representante.
Lista C: elege 3 representantes.

Repare que se verificou um empate para a escolha do sétimo e último lugar a atribuir (entre as listas A e B).
De acordo com a correção do algoritmo, referida na página 53, esse lugar é atribuído à lista com menor
número de votos, neste caso, a lista B.

Exercício 14
Um hospital privado tem quatro de seis andares ocupados com camas
para doentes.

O número de camas por andar é 127 , 13 , 107 e 80 .

Foram admitidas oito novas enfermeiras que serão distribuídas pelos


quatro andares, tendo em consideração o número de camas por andar.

14.1. Aplique o método de Hondt para fazer essa distribuição.

14.2. Quantas enfermeiras teriam de ser admitidas, para além das oito,
para que o andar com 13 camas tenha direito a uma enfermeira?

Exercício 15 Região Autónoma dos Açores

Relativamente aos distritos de Viana do Castelo e Santarém,


use o método de Hondt para calcular o número de deputados
eleitos, por cada partido, para a Assembleia da República nas
Legislativas de 2009.

Distrito de Viana do Castelo Distrito de Santarém


(Elege seis deputados) (Elege dez deputados)

Partido Votos Partido Votos


PS 51 305 PS 83 123 Região Autónoma da Madeira

PPD/PSD 44 327 PPD/PSD 66 516 N

CDS-PP 19 246 BE 29 379


BE 12 098 CDS-PP 27 660
PCP-PEV 5 934 PCP-PEV 22 848

56
1.1. Teoria matemática das eleições

Método de Sainte-Lague
Este método é semelhante ao método de Hondt, diferindo apenas nos divisores.
Enquanto no método de Hondt se divide por 1 , 2 , 3 , 4 , ... , n (sucessão de nú­
meros naturais), no método de Sainte-Lague divide-se por 1 , 3 , 5 , 7 , ... , 2n - 1
(sucessão de números ímpares).

Procedimento:
André Sainte-Lague
Depois de apurados os votos obtidos por cada lista e sabendo que existem p
(1882-1950), matemático
pessoas a eleger, seguem -se três passos.
francês, destacou-se
pelos estudos na área da Dividem-se os votos de cada lista sucessivamente por 1 , 3 , 5 ,
teoria de grafos e dos 1.° passo:
7 , 9 , ... , 2p - 1 (pode nem ser necessário dividir até 2p - 1).
métodos de representa­
2.° passo: Ordenam-se os quocientes obtidos por ordem decrescente.
ção proporcional.
Determ ina-se o número de pessoas a eleger de cada lista
3.° passo:
Outros métodos dentro da selecionando os p maiores quocientes.
mesma “categoria" do
método de Hondt: método Tal como na aplicação do método de Hondt, em caso de empate para a escolha
Sainte-Laguë modificado do(s) último(s) mandato(s) a atribuir escolhe(m )-se a(s) lista(s) que tiver(em)
Idivisores: 1,4 ; 3 ; 5 ; 7 ; ...), menor número de votos.
método Dinamarquês
Contrariamente ao método de Hondt, o método de Sainte-Lague favorece os
Idivisores: 1 ; 4 ; 7 ; 10 ;
13 ; ...), método Huntington partidos mais pequenos, pois ao aumentar o valor do divisor faz com que os quo­
Idivisores: 1,2 ; 2,3 ; 3,4 ; cientes sejam mais pequenos e, assim, dá oportunidade a alguns dos partidos
4,5 ; ...) e método Imperiali menos votados de conseguirem eleger um representante.
Idivisores: 2 ; 3 ; 4 ; 5 ; ...).

Exemplo 13 Método de Sainte-Lague


Vamos aplicar o método de Sainte-Lague ao problema anterior da distribuição dos lugares no parlamento da
República das Bananas.
Lista A B C D E F Total
N.° de votos 524 1 286 1 840 4 460 3 286 3 778 15 174
N.° de pessoas a eleger: 18 lentão p = 18)

Resolução
1.° passo: Dividem-se os votos de cada lista sucessivamente por 1 , 3 , 5 , 7 , 9 , 11 , ... , 35 (pode nem ser
necessário dividir até 35).

Lista
A B C D E F
Divisor
1 524 1286 1840 4460 3286 3778
3 174,7 428,7 613,3 1486,7 1095,3 1259,3
5 104,8 257,2 368 892 657,2 755,6
7 74,9 183,7 262,9 637,1 469,4 539,7
9 58,2 142,9 204,4 495,6 365,1 419,8
11 47,6 116,9 167,3 405,5 298,7 343,5
13 40,3 98,9 141,5 343,1 252,8 290,6
15 34,9 85,7 122,7 297,3 219,1 251,9
17 30,8 75,6 108,2 262,4 193,3 222,2

57
H .
Métodos de apoio a. decisão

2.° passo: Ordenam-se os quocientes obtidos por ordem decrescente.


4460 (D) 1259,3 (F) 613,3 (C)
3778 (F) 1095,3 (E) 539,7 (F)
3286 (E) 892 (D) 524 (A)
1840 (C) 755,6 (F) 495,6 (D)
1486,7 (D) 657,2 (E) 469,4 (E)
1286 (B) 637,1 (D) 428,7 (B)

Acima estão apenas os 18 maiores quocientes.

3.° passo: Determina-se o número de pessoas a eleger de cada lista, selecionando-se os 18 maiores quocientes.
Lista A: elege 1 representante. Lista D: elege 5 representantes.
Lista B: elege 2 representantes. Lista E: elege 4 representantes.
Lista C: elege 2 representantes. Lista F: elege 4 representantes.

Repare que, relativamente à aplicação do método de Hondt (ver exemplo 11), os


resultados obtidos são diferentes. A diferença mais visível tem a ver com o facto
de, com a aplicação do método de Sainte-Lague, a lista A passar a eleger 1 re­
presentante. Também a lista B, que só tinha um representante eleito pelo mé­
todo de Hondt, passa a ter 2 , corroborando a ideia de o método de Sainte-Lague
favorecer os partidos mais pequenos, ou seja, aqueles que obtêm menos votos.

Exercício 16
Uma empresa é constituída por três fábricas, empregando 3480 funcioná­
rios no total, distribuídos como exemplificado na tabela seguinte:

Fábrica A 1800
Fábrica B 1200
Fábrica C 480

Vão ser distribuídos sete novos engenheiros informáticos pelas três fábricas,
de acordo com o método de Sainte-Lague e tendo em conta o respetivo nú­
mero de funcionários.

Determine o número de engenheiros que irá trabalhar para cada uma das
fábricas.

Exercício 17
O Ministério da Educação e Ciência contratou 18 psicólogos para Escola N.° de alunos
distribuir por cinco escolas de um agrupamento, de acordo com o
Citrina 2 340
número de alunos.
Aquática 1 760
Use o método de Sainte-Lague para fazer essa distribuição, sabendo Amadeirada 1 495 Atividades
que os alunos do agrupamento estão repartidos pelas escolas do complementares
Floral 1 220 Pág. 85
modo apresentado na tabela ao lado.
Terrosa 550 37

58
1.1. Teoria matemática das eleições

Métodos baseados no divisor-padrão e na quota-padrão


Os métodos que vamos estudar a seguir utilizam os conceitos de divisor-padrão
e de quota-padrão.

Podemos definir o divisor-padrão como a razão entre o número total de votos e


o número de lugares a distribuir.

* Observação número total de votos


divisor-padrão
Noutros contextos número de lugares a distribuir
podemos substituir o
número de lugares pelo
número de itens a repartir Repare que o valor do divisor-padrão não é mais do que o número de votantes
e os votos pela população que cada um dos lugares/mandatos representa.
relevante para o problema.
A quota-padrão de uma lista X é a razão entre o número de votos da lista X e o
divisor-padrão.

número de votos da lista X


* Observação quota-padrão (lista X)
divisor-padrão
Repare que a cada lista ou
partido está associada uma
quota-padrão. A quota-padrão representa o número de lugares a que cada lista teria direito,
caso fosse possível existir um número não inteiro de lugares.

A quota pode ser:


superior: se for arredondada por excesso.
inferior: se for arredondada por defeito.

* A re te r Diz-se que um método de representação proporcional está de acordo com a


Relembre que, por regra da quota se faz corresponder, a cada lista, um número de lugares igual à
exemplo, o número 3,72 quota inferior ou à quota superior.
pode ser arredondado,
por excesso , para 4 ou, São muitos os métodos baseados nestes conceitos, mas vamos estudar apenas
por defeito , para 3 . os mais comuns:
Método de Hamilton
Método de Jefferson
Método de Adams
Método de Webster
Método de Hill-Huntington

Importa realçar que todos estes métodos foram desenvolvidos por personalida­
des am ericanas ligadas à política, à exceção de Hill e Huntington, que eram
matemáticos. Jefferson e Adams foram, inclusivamente, Presidentes dos
Estados Unidos da América (EUA). Neste país, ao longo de décadas, estes
métodos foram sendo substituídos por razões matemáticas (pois uns
seriam melhores e mais justos que outros), mas também por razões
políticas, o que originou acesas disputas partidárias e ideológicas
entre vários intervenientes, incluindo os já citados Hamilton, Je ffe r­
son, Adams e Webster. Apesar de terem sido criados por razões eleito­
rais, estes métodos podem ser usados para a resolução de problemas
bem mais simples de repartição proporcional.

59
H .
Métodos de apoio a. decisão

MMACS10 © Porto Editora


Método de Hamilton
Apesar da Constituição dos EUA estabelecer que os estados devem estar repre­
sentados na Casa dos Representantes de forma proporcional e de acordo com
as suas populações, não sugere um método para o fazer.

Um dos primeiros procedimentos ou algoritmos de representação proporcional


proposto foi o método de Hamilton, muitas vezes referido como o método dos
maiores restos.

_ I Alexander Hamilton ( 17.17-1 801), secretário do Tesouro tios 1:.UA, propôs o seu mó-
■'Ê , lodo em 1792, mas este lôi velado pelo enlão Presidente Ceorge Washington. Pos-
iÿ jk jf' jÆ L lerionnenle, o método loi reinlroduzido com a designação de método de Vinlon
(1850), sendo aplicado até 1901 na distribuição dos lugares na Casa dos Repre­
sentantes.

Atualmente, este método é aplicado em países como a Costa Rica, Namíbia,


* Observação Suécia ou no Conselho Nacional da Suíça.
O veto ao método de
Hamilton foi o primeiro Antes de analisar o procedimento para a aplicação deste método, está na altura
veto presidencial da de recordar, na página anterior; os conceitos de divisor-padrão, quota-padrão,
História dos EUA. Como quota inferior e quota superior.
consequência, o Congresso
norte-americano decidiu Procedimento:
autorizar a aplicação de um
método de representação
1.° passo: Calcular o divisor-padrão.
proporcional proposto por
Thomas Jefferson, na altura 2.° passo: Calcular a quota-padrão de cada uma das listas.
secretário de Estado.
Atribuir a cada lista um número de lugares igual à sua
3.° passo:
quota inferior.
Se sobrarem lugares, atribuem -se, um de cada vez, às
4.° passo: listas cujas quotas-padrão têm maior parte decimal, até
não restarem mais lugares para distribuir.

Exemplo 14 Método de Hamilton I


Vamos aplicar o método de Hamilton ao problema da distribuição dos lugares no parlamento da República
das Bananas.

Lista A B C D E F Total
N.° de votos 524 1286 1840 4460 3286 3778 15 174

N.° de pessoas a eleger: 18

60
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Resolução
15 174
1.° passo: divisor-padrão
18
2.° passo: Vamos utilizar três casas decimais no cálculo da quota-padrão.
524 4460
quota-padrão (lista A) = « 0,622 quota-padrão (lista D) 5,291
843
3286
quota-padrão (lista B) = « 1,526 quota-padrão (lista E) 3,898
843
3778
quota-padrão (lista C) = 1840 « 2,183 quota-padrão (lista F) « 4,482
843

3.° e 4.° passos:

Quota- Quota Parte decimal da Número


Lista
-padrão inferior quota-padrão de lugares
A 0,622 0 0,622 0 + 1= 1
B 1,526 1 0,526 1+ 1= 2
C 2,183 2 0,183 2
D 5,291 5 0,291 5
E 3,898 3 0,898 3 + 1= 4
F 4,482 4 0,482 4
15 18
Total
(sobram 3 lugares)

Repare que, para distribuir os três lugares em falta, estes foram atribuídos às três listas com quota-padrão
com maior parte decimal. Assim, as listas A , B e E tiveram direito a um lugar “extra’!

Resumindo, a distribuição de lugares, segundo o método de Hamilton, seria feita da seguinte forma:
Lista A: elege 1 representante. Lista D: elege 5 representantes.
Lista B: elege 2 representantes. Lista E: elege 4 representantes.
Lista C: elege 2 representantes. Lista F: elege 4 representantes.

Exemplo 15 Método de Hamilton II


Vão ser colocados 35 enfermeiros em quatro centros de saúde. O número de enfermeiros por cada centro de
saúde depende do número de utentes respetivo e vai ser determinado pelo método de Hamilton.
Sabendo que os centros de saúde W , X , Y e Z têm 2500 , 3200 , 3800 e 4000 utentes, respetivamente,
determine quantos enfermeiros cabem a cada centro de saúde.

Resolução
2500+3200+3800+4000
1.° passo: divisor-padrão « 385,71 (2 c. d.)
35

2.° passo:
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quota-padrão (lista W) = « 6,48 quota-padrão (lista Y) = 3800 « 9,85


385,71

quota-padrão (lista X) = l ^ 0^ « 8,30 quota-padrão (lista Z) = « 10,37

61
H é
Métodos de apoio aà decisão

3.° e 4.° passos:

Centro Quota- Quota Parte decimal da Número de


de saúde -padrão inferior quota-padrão enfermeiros
W 6,48 6 0,48 6 + 1= 7
X 8,30 8 0,30 8
Y 9,85 9 0,85 9 + 1 = 10
Z 10,37 10 0,37 10
33 35
Total
(sobram 2 enfermeiros)

Logo, W recebe 7 , X recebe 8 , Y recebe 10 e Z recebe também 10 enfermeiros.

Exercício 18
Duzentos representantes da União Europeia vão fazer
uma viagem diplomática por três países asiáticos.

Os países A , B e C têm, respetivamente, 10,5 , 8,8 e


4,76 milhões de habitantes.

O número de representantes que vai visitar cada país


depende do respetivo número de habitantes e vai ser
determinado pelo método de Hamilton.

Determine quantos representantes vão visitar cada


um dos países.

Exercício 19
Um Agrupamento de Escolas pretende criar uma comissão de 20 elementos constituída por alunos dos
quatro níveis de ensino.

O Agrupamento tem 40 alunos no 1.° ciclo, 120 no 2.° ciclo, 220 no 3.° ciclo e 350 no ensino secundário. Atividades
complementares

Use o método de Hamilton para formar a comissão de 20 elementos de acordo com o número de alunos Pág. 86
41 45
por nível de ensino.

Paradoxos do método de Hamilton


Durante o tempo em que o método de Hamilton esteve em vigor nos EUA, vários
problemas e dúvidas surgiram na sua aplicação.

Em 1882, foi detetada uma situação insólita. Para modificar o número de lugares
da Casa dos Representantes tendo em vista futuras eleições, fez-se um estudo,
* Observação
simulando diferentes valores para o número total de lugares. Nesse estudo, ob­
O 47.° Congresso (1881-1883)
servou-se que o estado de Alabama tinha direito a 8 representantes se o nú­
dispunha ainda de 293
representantes na Casa de mero total de lugares da Casa fosse 299 , mas diminuía para 7 representantes
Representantes, mas o seu se o número de lugares da Casa fosse 300 . O Congresso decidiu, então, que a
número já tinha aumentado Casa devia ter 325 membros, já que com este valor parecia não haver proble­
para 325 no 48.° (1883-1885).
mas. Esta contradição ficou conhecida como o Paradoxo de Alabama.

62
i.i. Teoria matemática das eleições

Apesar de os paradoxos terem sido originalmente enunciados no contexto am e­


ricano, envolvendo as populações dos estados e o número de lugares na Casa
dos Representantes, vamos adotar uma linguagem que se identifica mais com o
nosso contexto eleitoral, ou seja, a repartição de um determinado número de
lugares (mandatos) de acordo com o número de votos de um conjunto de listas
ou partidos.

Paradoxo de Alabama
Um aumento do número total de lugares a distribuir pode levar a que
uma lista perca um lugar.

Repare que este paradoxo surge porque, aumentando o número de lugares a


distribuir, a quota-padrão de cada lista sobe e, consequentemente, a parte deci­
mal de cada uma das quotas-padrão pode se r alterada. Desta forma, os lugares
que sobram irão se r distribuídos consoante as novas partes decimais.

Exemplo 16 Paradoxo de Alabama


Consideremos uma eleição com três listas concorrentes: A , B e C . O número total de votos é 2000 e há
20 lugares para distribuir.

Resultados da votação:
Lista A B C Total
N.° de votos 240 930 830 2000

Nas eleições seguintes foram atribuídos 21 lugares. Supondo que se mantém o número de votos de cada
lista, investigue quais são as alterações produzidas.

Resolução
Com 20 lugares:

1.° passo: divisor-padrão = 2° ° ° = 100

2.°, 3.° e 4.° passos:

Quota- Quota Parte decimal da Número


Lista
-padrão inferior quota-padrão de lugares
A 2,4 2 0,4 2 + 1= 3
B 9,3 9 0,3 9
C 8,3 8 0,3 8
19 20
Total
(sobra 1 lugar)

Logo, A recebe 3 , B recebe 9 e C recebe 8 lugares.


MMACS10 © Porto Editora

Com 21 lugares:

1.° passo: divisor-padrão = 2° ° ° “ 95,24 (2 c. d.)

63
H .
Métodos de apoio a. decisão

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2.°, 3.° e 4.° passos:
Quota­ Quota Parte decimal da Número
Lista
-padrão inferior quota-padrão de lugares
A 2,520 2 0,520 2
B 9,765 9 0,765 9 + 1 = 10
C 8,714 8 0,715 8 + 1= 9
19 21
Total
(sobram 2 lugares)

Logo, A recebe 2 , B recebe 10 e C recebe 9 lugares.


Verifica-se que, com o aumento de lugares, diminui o número de lugares da lista A .

Embora tivesse sido o Paradoxo de Alabama a pôr em causa a credibilidade do


método de Hamilton, seriam descobertos, posteriormente, outros dois parado­
xos a ele associados: o Paradoxo da População e o Paradoxo do Novo Estado.

Paradoxo da População
Um aumento do número de votos de uma lista poderá originar a perda de
um lugar por parte dessa mesma lista.

Este paradoxo, detetado em 1900, mostrou que um estado norte-americano


podia perder um lugar na Casa dos Representantes por causa do aumento da
sua população.

Exemplo 17 Paradoxo da População


Considerando os dados do exemplo anterior, suponhamos que, numa eleição posterior, o número de votantes
aumentou para 2022 . Ou seja, o número total de votos é agora 2022 , continuando a haver 20 lugares para
distribuir.
Resultados da nova votação:
Lista A B C Total
N.° de votos 242 950 830 2022

Resolução
2022
1.° passo: divisor-padrão = = 101,1

2.°, 3.° e 4.° passos:


Quota­ Quota Parte decimal da Número
Lista
-padrão inferior quota-padrão de lugares
A 2,394 2 0,394 2
B 9,397 9 0,397 9 + 1 = 10
C 8,210 8 0,210 8
19 20
Total
(sobra 1 lugar)

Logo, A recebe 2 , B recebe 10 e C recebe 8 lugares. Como é possível verificar, a lista A obteve mais
votos mas viu diminuído o respetivo número de lugares de 3 para 2 .

64
1 .1 . Teoria matemática das eleições

O Paradoxo do Novo Estado foi detetado em 1907, quando um novo estado -


Oklahoma - se juntou à união. Com a introdução deste novo estado, era esperado
(e aceitável) que o número de representantes de cada um dos outros estados se
mantivesse. No entanto, depois de a partilha ser recalculada, percebeu-se que o
estado do Maine ganhou um lugar e que o de Nova Iorque tinha perdido um.

Paradoxo do Novo Estado


O número de lugares atribuídos às listas existentes pode se r afetado pela
introdução de uma nova lista, com direito a um determinado número de
lugares, de acordo com a votação obtida.

Exemplo 18 Paradoxo do Novo Estado


Numa determinada empresa e usando o método de Hamilton, vão ser distribuídos 10 computadores por
duas secções, A e B , com, respetivamente, 148 e 856 trabalhadores. Algum tempo depois, nessa mesma
empresa, é inaugurada uma nova secção C , com 330 trabalhadores com direito a 3 computadores.

Investigue quais serão as alterações produzidas, em termos de distribuição de computadores, resultantes da


introdução da nova secção.

Resolução
Número total de trabalhadores: 1004 (148 + 856)

1.° passo: divisor-padrão = = 100,4

2. °, 3.° e 4.° passos:

Quota- Quota Parte decimal da Número de


Secção
-padrão inferior quota-padrão computadores
A 1,474 1 0,474 1
B 8,526 8 0,526 8+ 1= 9
9 10
Total
(sobra 1 computador)

Número total de trabalhadores: 1334 (148 + 856 + 330)

1. ° passo: divisor-padrão = “ 33“ “ 102,62 (2 c. d.)

2. °, 3.° e 4.° passos:

Quota- Quota Parte decimal da Número de


Secção
-padrão inferior quota-padrão computadores
A 1,442 1 0,442 1+ 1=2
B 8,341 8 0,341 8
MMACS10 © Porto Editora

C 3,216 3 0,216 3
12 13
Total
(sobra 1 computador)

Verificamos que, com a introdução da secção C , a secção B perde um computador para a secção A .

MMACS10-05 65
H é
Metodos de apoio aà decisão

Exercício 20
20.1. A Escola Secundária de Beirães tem 22 prémios para oferecer aos quatro melhores alunos que
participaram no torneiro de Sudoku realizado na escola. As pontuações obtidas pelos alunos
foram as seguintes:

Aluno A B C D
N.° de pontos 400 225 200 63

Faça a distribuição dos prémios utilizando o método de


Hamilton. I Atividades
complementares

Pág. 85
20.2. Antes de comunicar os resultados, os professores verificaram <o>. 40
que as pontuações não estavam corretas.
/ ...... . C \ y /
Caderno
Afinal, o aluno B tinha 235 pontos e o aluno D 71 pontos. de Fichas

FP4
Faça de novo a distribuição e comente os resultados. •d .

Método de Jefferson
O método de Jefferson começou a ser usado para distribuir os lugares na Casa
dos Representantes dos EUA, depois de o presidente Washington vetar o método
de Hamilton. Foi utilizado nos EUA entre 1792 e 1841 e atualmente ainda é usado
em países como Brasil, Bélgica, Holanda, Israel, Alemanha, Finlândia ou Áustria.

Thomas Jefferson (1743-1826), terceiro presidente dos EUA e o principal autor da


Declaração de Independência daquele país (1776). Desenvolveu o seu método de
representação proporcional quando ainda era secretário de Estado.

No método de Hamilton, verificámos que lidar com os lugares que sobram pode
criar alguns problemas. Assim, seria interessante encontrar uma forma de, ao
arredondar as quotas por defeito (quota inferior), assegurar que não sobrassem
lugares. A solução passa por modificar o divisor-padrão e, consequentemente,
as quotas. Usando um divisor menor, as quotas seriam maiores, levando a que
os lugares ficassem logo todos atribuídos. É a partir destes princípios que surge
o método de Jefferson.

O método de Jefferson é também designado por método das médias mais altas,
método dos maiores divisores ou método de Hondt. De facto, os métodos de J e f ­
ferson e de Hondt são matematicamente equivalentes, ainda que sejam formu­
lados pela aplicação de procedimentos e algoritmos distintos.

Na Europa, o procedimento mais conhecido é o enunciado por Hondt, já abor­


dado anteriormente neste estudo.

66
1.1. Teoria matemática das eleições

Procedimento:

1.° passo: Calcular o divisor-padrão.

2.° passo: Calcular a quota-padrão de cada uma das listas.

Atribuir a cada lista um número de lugares igual à sua


3.° passo:
quota inferior.
* Observação
Na procura do divisor Se sobrarem lugares (ou houver excesso), procura-se, por
modificado é útil recorrer a tentativa e erro, um divisor modificado, de modo que a
uma folha de cálculo ou a soma das quotas modificadas inferiores seja igual ao
uma calculadora gráfica. 4.° passo:
número de lugares a distribuir.
A cada lista corresponde um número de lugares igual à
sua quota modificada inferior.

Notas:
O divisor modificado é um divisor que produz uma repartição exata do número
de lugares através das quotas inferiores, evitando que se tenha de analisar as
partes decimais das quotas.
Neste método, o divisor modificado é sempre menor que o divisor-padrão.

Exemplo 19 Método de Jefferson


Vamos aplicar o método de Jefferson ao problema da distribuição dos lugares no parlamento da República
das Bananas.

Lista A B C D E F Total
N.° de votos 524 1286 1840 4460 3286 3778 15 174

N.° de pessoas a eleger: 18

Resolução
1.° e 2.° passos: Os cálculos necessários já foram efetuados no exemplo 14 (método de Hamilton, pág. 60).
Divisor-padrão = 843

3.° passo:

Lista Quota-padrão Quota inferior


A 0,622 0
B 1,526 1
C 2,183 2
D 5,291 5
E 3,898 3
F 4,482 4
15
Total
(sobram 3 lugares)

67
H é
Metodos de apoio aà decisão

4.° passo: Como sobram lugares, vamos tentar um divisor modificado (menor que o divisor-padrão).
Divisor modificado: 700

Lista Quota modificada Quota modificada inferior


A 0,749 0
B 1,837 1
C 2,629 2
D 6,371 6
E 4,694 4
F 5,397 5
Total 18

Assim, a distribuição de lugares, segundo o método de Jefferson, fica completa.

Repare que, caso o divisor modificado sugerido “não funcionasse" tentar-se-ia um outro divisor.
Lista A: não elege representantes. Lista D: elege 6 representantes.
Lista B: elege 1 representante. Lista E: elege 4 representantes.
Lista C: elege 2 representantes. Lista F: elege 5 representantes.

Exercício 21
O Ministério da Educação e Ciência decidiu distribuir, de acordo
com a respetiva população escolar, 53 quadros interativos por três
Atividades
escolas: A , B e C . complementares

Pág. 85
Estas escolas têm, respetivamente, 1040 , 700 e 250 alunos. 38

Aplique o método de Jefferson para efetuar a distribuição dos qua­ Pág. 86

42
dros interativos.

Exercício 22
Resolva o exercício 19 da página 62 utilizando agora o método de Jefferson.

A constituição da comissão de alunos mantém-se igual? Comente.

Considerações acerca do método de Jefferson

O método de Jefferson evita os três paradoxos associados ao método de Hamilton,


mas não está isento de problemas. Este método pode produzir injustiças, pois
viola a já abordada regra da quota, ou seja, pode levar a que uma lista tenha direito
a um número de lugares diferente da sua quota inferior e da sua quota superior.
Em 1832, o método de Jefferson levou a que o estado de Nova Iorque tivesse di­
reito a 40 lugares na Casa dos Representantes, sendo a sua quota-padrão apenas
de 38,59 (tendo, portanto, uma quota inferior de 38 e uma quota superior de 39).
Foi o princípio do fim deste método e o início de muitos debates sobre a utilização
do mesmo. Entretanto, dois novos métodos surgiram a partir de melhorias ao pro­
cedimento inventado por Jefferson: os métodos de Adams e de Webster.

68
1.1. Teoria matemática das eleições

Método de Adams
Curiosamente, este método nunca chegou a se r usado para distribuir os lugares
na Casa dos Representantes.

Como veremos de seguida, o procedimento é praticamente igual ao do método


de Jefferson, contudo, em vez de usar quotas inferiores (arredondadas por de­
feito), utiliza quotas superiores (arredondadas por excesso).

John Quincy Adams A desvantagem deste método, tal como no de Jefferson, é também a possibili­
(1767-1848), sexto pre­ dade de violar a regra da quota.
sidente dos EUA, foi
Procedimento:
também diplomata e
membro da Casa dos
1.° passo: Calcular o divisor-padrão.
Representantes. O seu
método também é co­ 2.° passo: Calcular a quota-padrão de cada uma das listas.
nhecido pelo método Atribuir a cada lista um número de lugares igual à sua
dos menores divisores. 3.° passo:
quota superior .
Se sobrarem lugares (ou houver excesso), procura-se, por
* Observação tentativa e erro, um divisor modificado, de modo que a
Neste método, o divisor 4.° passo: soma das quotas modificadas superiores seja igual ao
modificado é sempre número de lugares a distribuir. A cada lista corresponde um
maior que o divisor-padrão. número de lugares igual à sua quota modificada superior.

Exemplo 20 Método de Adams


Vamos aplicar o método de Adams ao problema habitual da distribuição dos lugares no parlamento da
República das Bananas.

Lista A B C D E F Total
N.° de votos 524 1286 1840 4460 3286 3778 15 174

N.° de pessoas a eleger: 18

Resolução
1.° e 2.° passos: Os cálculos necessários já foram efetuados no exemplo 14 (método de Hamilton, pág. 60).
Divisor-padrão = 843

3.° passo:
Lista Quota-padrão Quota superior
A 0,622 1
B 1,526 2
C 2,183 3
D 5,291 6
E 3,898 4
F 4,482 5
21
Total
(excesso de 3 lugares)

69
H .
Métodos de apoio a. decisão

4.° passo: Como há excesso de lugares, vamos tentar um divisor modificado (maior que o divisor-padrão).
Divisor modificado: 950

Lista Quota modificada Quota modificada superior


A 0,552 1
B 1,354 2
C 1,937 2
D 4,695 5
E 3,459 4
F 3,977 4
Total 18

Assim, a distribuição de lugares, segundo o método de Adams, fica completa.


Lista A: elege 1representante. Lista D: elege 5 representantes.
Lista B: elege 2representantes. Lista E: elege 4 representantes.
Lista C: elege 2representantes. Lista F: elege 4 representantes.

Repare como, apesar de muito parecidos, os métodos de Jefferson e de Adams


podem produzir resultados diferentes. O método de Adams tem como caracte­
rística favorecer as listas com menos votos (partidos mais pequenos).

Exercício 23
Aplique o método de Adams à situação seguinte:

Distribuir 53 quadros interativos pelas escolas A , B e C , que têm, respetivamente, 1040 , 700 e 250
alunos.

Compare os resultados com os do exercício 21 da página 68 e comente.

Exercício 24
O Sr. Pinto ganhou um prémio na lotaria e decidiu oferecer
200 000 euros a três instituições da sua cidade.

O dinheiro deverá ser distribuído de acordo com o número de pes­


soas que cada instituição acolhe.

Instituição Número de pessoas


Centro de dia para a 3.a idade 480
Apoio a crianças carenciadas 500
Apoio a jovens desempregados 310
Atividades
complementares
Distribua os 200 000 euros de acordo com o método de Adams. Pág. 85

39
Nos cálculos, utilize o valor do prémio em milhares.

70
1.1. Teoria matemática das eleições

Método de Webster
E porque não, em vez de se arredondar as quotas por defeito ou por excesso, efe­
tuar o arredondamento usual, ou seja, usando a regra dos arredondamentos?

Foi partindo deste princípio que Webster apresentou o seu método em 1832,
tendo sido utilizado no sistema americano de 1840 a 1850 e posteriormente
substituído pelo método de Hamilton. No entanto, o método de Webster foi rein-
troduzido em 1901, vigorando, então, durante 40 anos.
Daniel Webster
(1782-1852), advogado e Procedimento:
senador norte-americano.
O método que criou tam­ 1.° passo: Calcular o divisor-padrão.
bém é conhecido como 2.° passo: Calcular a quota-padrão de cada uma das listas.
Webster-Willcox ou m é­
todo das frações princi­ Atribuir a cada lista um número de lugares igual à sua
3.° passo:
pais. quota arredondada às unidades.
Se sobrarem lugares (ou houver excesso), procura-se, por
tentativa e erro, um divisor modificado, de modo que a
soma das quotas modificadas arredondadas seja igual ao
4.° passo:
número de lugares a distribuir.
A cada lista corresponde um número de lugares igual à
sua quota modificada arredondada.

Notas:
Neste método, o divisor modificado pode se r menor ou maior que o divisor­
-padrão. No entanto, facilmente se percebe que, se a soma das quotas arre­
dondadas for menor (for maior) que o número total de lugares, o divisor modi­
ficado tem de se r menor (ser maior) que o divisor-padrão.

Este método, tal como o de Jefferson e o de Adams, também viola a regra da


quota. No entanto, evidências históricas mostram que, comparativamente com
os outros métodos, é menos provável que isso aconteça, sendo o método que
mais vezes produz resultados próximos dos valores das quotas.

Exemplo 21 Método de Webster


Vamos aplicar o método de Webster ao problema habitual da distribuição dos lugares no parlamento da
República das Bananas.

Lista A B C D E F Total
N.° de votos 524 1286 1840 4460 3286 3778 15 174

N.° de pessoas a eleger: 18

Resolução
1.° e 2.° passos: Os cálculos necessários já foram efetuados no exemplo 14 (método de Hamilton, pág. 60).
<
1 Divisor-padrão = 843

71
H .
Métodos de apoio a. decisão

3.° passo:

Lista Quota-padrão Quota arredondada


A 0,622 1
B 1,526 2
C 2,183 2
D 5,291 5
E 3,898 4
F 4,482 4
Total 18

4.° passo: Não sobram lugares.


■ Caso tivessem sobrado lugares, testaríamos um divisor modificado menor que o divisor-padrão.
■ Caso houvesse excesso de lugares, testaríamos um divisor modificado maior que o divisor-padrão.

Assim, a distribuição de lugares, segundo o método de Webster, fica completa.


Lista A: elege 1 representante.
Lista B: elege 2 representantes.
Lista C: elege 2 representantes.
Lista D: elege 5 representantes.
Lista E: elege 4 representantes.
Lista F: elege 4 representantes.

Exercício 25
Aplique o método de Webster ao problema do exercício 24, da página 70.

Compare e comente os resultados obtidos.

Exercício 26
Uma empresa decidiu sortear 100 planos de férias por cada uma das suas quatro sucursais em função do
número de funcionários que lá trabalham.

Sucursal A B C D
N.° de funcionários 2835 2625 2705 835

Distribua os 100 planos de férias usando:

26.1. o método de Webster;

26.2. o método de Adams.


Atividades
complementares

Compare os resultados obtidos pela aplicação dos dois métodos. Pag. 86

44

72
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Método de Hill-Huntington
Em 1941, por razões políticas, o Congresso dos EUA substituiu o método de
Webster pelo método de Hill-Huntington, permanecendo, até hoje, como o pro­
cedimento a adotar na distribuição de lugares na Casa dos Representantes.

Joseph A. Hill (1860-1938) foi chefe-estatístico


do Departamento de Censos dos EUA.

Edward V. Huntington (1874-1952) foi matemático,


professor em Harvard e presidente da
Associação Americana de Matemática.

Este método, também conhecido como o método das proporções iguais, foi pri­
meiro descrito por HiLL e, mais tarde, apoiado e desenvolvido por Huntington.
É semelhante ao método de Webster, embora as quotas sejam arredondadas de
modo bastante diferente.
Neste método, o arredondamento da quota é baseado no valor da média geomé­
trica entre a quota arredondada por defeito e a quota arredondada por excesso,
ou seja, entre a quota inferior e a quota superior. Vamos chamar a este arredon­
* A re te r damento a regra H-H (Hill-Huntington).
A média geométrica entre
dois números a e b é dada Vamos designar a média geométrica por M . Assim, temos que:
por:
M= " I x S
" a xb onde:
I representa a quota inferior;
S representa a quota superior.

Por exemplo, suponhamos que numa determinada situação a quota-padrão é


* Observação
3,68 . Então, como a quota inferior é 3 e a quota superior é 4 , temos:
Neste método, a algumas
listas pode ser atribuído M = " 3 x 4 = " 1 2 = 3,46 (2 c. d.)
um número de lugares
Procedimento:
igual à sua quota inferior e
a outras um número de
1 .° passo: Calcular o divisor-padrão.
lugares igual à sua quota
superior, pois tudo 2 .° passo: Calcular a quota-padrão de cada uma das listas.
depende da respetiva
média geométrica. Se a quota é um número inteiro, atribui-se à lista essa quota;
3.° passo: caso contrário, calcula-se M = " l x S .
(regra H-H) ■ Se a quota é maior que M , então atribui-se S (quota superior).
■ Se a quota é menor que M , então atribui-se I (quota inferior).
No exemplo da quota­
-padrão igual a 3,68 , Se sobrarem lugares (ou houver excesso), procura-se, por
como este valor é superior tentativa e erro, um divisor modificado, de modo que a soma
a M , então à lista das quotas modificadas arredondadas pela regra H-H
correspondente a essa 4.° passo:
(3.° passo) seja igual ao número de lugares a distribuir.
quota serão atribuídos 4 A cada lista corresponde um número de lugares igual à sua
lugares (a quota superior). quota modificada arredondada pela regra H-H.

73
H é
Metodos de apoio aà decisão

MMACS10 © Porto Editora


Na prática, o método de HiU-Huntington aumenta a possibilidade de os lugares
sobrantes serem atribuídos às listas menos votadas (partidos ou estados mais
pequenos).

Este método também viola a regra da quota, mas, até hoje, a sua aplicação (no
caso americano) nunca levou a que tal acontecesse, o que faz com que ainda seja
utilizado sem grandes discussões.

Exemplo 22 Método de Hill-Huntington


Vamos aplicar o método de Hill-Huntington ao problema habitual da distribuição dos lugares no parlamento
da República das Bananas.

Lista A B C D E F Total
N.° de votos 524 1286 1840 4460 3286 3778 15 174

N.° de pessoas a eleger: 18

Resolução
1.° e 2.° passos: Os cálculos necessários já foram efetuados no exemplo 14 (método de Hamilton, pág. 60).

Divisor-padrão = 843

3.° passo:

Quota Quota Média Quota


Quota­
Lista inferior superior geométrica arredondada
-padrão
(i 2 (S 2 (M 2 pela Regra H-H
1

'S

A 0,622 0 1 1 (pois 0,622 > M)


o
i-H
X

II

II

B 1,526 1 2 " 1 X 2 = " 2 « 1,414 2 (pois 1,526 > M

C 2,183 2 3 " 2 X 3 = " 6 « 2,449 2 (pois 2,183 < M

D 5,291 5 6 " 5 X 6 = " 3 0 « 5,477 5 (pois 5,291 < M

E 3,898 3 4 " 3 X 4 = " 1 2 « 3,464 4 (pois 3,898 > M

F 4,482 4 5 " 4 X 5 = " 2 0 « 4,472 5 (pois 4,482 > M

19
Total
(excesso de 1 lugar)

74
1 .1 . Teoria matemática das eleições

4.° passo: Como há excesso de lugares, vamos tentar um divisor modificado (maior que o divisor-padrão).
Divisor modificado: 900

Quota Quota Quota modificada


Quota Média
Lista modificada modificada arredondada
modificada geométrica ( M )
inferior ( I ) superior (S ) pela regra H-H

A 0,582 0 1 1

à
li

II
O
X
B 1,429 1 2 2

CO

II
<

à
II
X
C 2,044 2 3 " 2 X 3 = " 6 « 2,449 2

D 4,956 4 5 " 4 X 5 = " 2 0 « 4,472 5

E 3,651 3 4 " 3 X 4 = " 1 2 « 3,464 4

F 4,198 4 5 " 4 X 5 = " 2 0 « 4,472 4

Total 18

Assim, a distribuição de lugares, segundo o método de Hill-Huntington, fica completa.


Lista A: elege 1 representante. Lista D: elege 5 representantes.
Lista B: elege 2 representantes. Lista E: elege 4 representantes.
Lista C: elege 2 representantes. Lista F: elege 4 representantes.

Exercício 27
Num clube de futebol, a distribuição dos futebolistas pelos
diferentes escalões de formação é a seguinte:
Na assembleia-geral do
Número de clube têm de estar presentes
Escalão
futebolistas 10 futebolistas de acordo Atividades
complementares
Sub-13 30 com o número de pratican­ Pág. 86

Sub-15 52 tes de cada escalão. 43

Sub-17 32 Utilizando o método de Hill-Huntington, determine o número de fute­ Caderno


de Fichas

Sub-19 40 bolistas de cada escalão que deverão estar na assembleia. FP5

Exercício 28
O novo Conselho Regional de Estudantes será formado por 26 alunos dos cinco agrupamentos de esco­
las da região.

Agrupamento de escolas Oeste Este Norte Sul Noroeste


Número de alunos 9061 7179 5259 3319 1182
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Recorrendo aos métodos de representação proporcional estudados (Hondt, Hamilton, Jefferson, Adams,
Webster e Hill-Huntington), determine quantos representantes terá cada agrupamento de escolas no
Conselho Regional de Estudantes.
Compare os resultados obtidos ao aplicar os diferentes métodos e comente.

75
H é
Metodos de apoio aà decisão

7. Teoremas de impossibilidade
e outras considerações
M
Ao longo deste tema constatámos que as eleições não se resumem à escolha de

MMACS10 © Porto Editora


um presidente ou distribuição de mandatos numas eleições legislativas. No
nosso quotidiano deparamo-nos com pequenas eleições de vários tipos, mais ou
menos importantes, como decidir onde vamos passar férias, qual o próximo de­
legado de turma, quem nos vai representar no próximo conselho de estudantes,
qual o próximo presidente do nosso clube, etc. Analisámos vários sistem as de
votação e métodos de escolha, mas é uma tarefa ingrata escolher qual o melhor,
o mais justo e aquele que produz resultados mais satisfatórios.

Kenneth Arrow, matemático e economista, Prémio Nobel da Economia em 1972,


tornou-se famoso, sobretudo, devido ao trabalho de investigação que efetuou na
análise matemática de sistem as de votação e que o conduziu à formulação do
seu teorema da impossibilidade.

Para Arrow, uma eleição justa deve obedecer aos seguintes critérios:

Critério da maioria: se um candidato recebe a maioria dos votos como pri­


meira preferência, então esse candidato deve ser o vencedor.

Critério de Condorcet: se um candidato é um vencedor de Condorcet, então


esse candidato deve se r o vencedor. Recorde que um vencedor de Condorcet
é aquele que vence todos os confrontos diretos, dois a dois, com os restantes
candidatos.

Critério da monotonia: suponhamos que um candidato X é declarado vence­


dor de uma eleição, mas depois, por um qualquer motivo, existe uma segunda
eleição. Se as únicas alterações nos boletins são a favor do candidato X ,
então este deve vencer também a segunda eleição.

Critério da independência das alternativas irrelevantes ( IAI) : suponhamos


que um candidato X é declarado vencedor de uma eleição, mas depois, por
um qualquer motivo, existe uma segunda eleição. Se os votantes não altera­
rem as suas preferências, mas um ou mais dos candidatos perdedores de­
sistirem, então o candidato X deve vencer também a segunda eleição.

Todos estes critérios parecem-nos obviamente lógicos, mas, em 1952, Arrow


provou matematicamente que nenhum sistema democrático, para eleições com
mais de dois candidatos, satisfaz sempre estes quatro critérios. Acrescentou,
ainda, que o único sistema eleitoral livre de paradoxos é a ditadura.

Teorema da impossibilidade de Arrow


Para eleições envolvendo mais do que dois candidatos, é m atem atica­
m ente impossível en con trar um método dem ocrático e justo que
determ ine o vencedor.

76
1 .1 . Teoria matemática das eleições

A tabela seguinte mostra-nos que, de facto, nenhum dos métodos preferenciais


que estudámos satisfaz sempre os quatro critérios para uma eleição justa.

Eliminação Eliminação
Pluralidade run-off run-off Borda Condorcet
standard sequencial
Critério da
S S S N S
maioria
Critério de
N N N N S
Condorcet
Critério da
S N N S S
Legenda:
monotonia
S - O critério é sempre satisfeito.
Critério IAI N N N N N
N - O critério pode não ser satisfeito.

A isto tudo acresce ainda o facto de os métodos de Borda e de Condorcet pode­


rem produzir situações paradoxais (os já estudados paradoxos de Borda e de
Condorcet).

No que diz respeito aos sistemas de representação proporcional, durante déca­


das, vários matemáticos (e não só) tentaram encontrar um método de divisão
proporcional perfeito, ou seja, um que nunca violasse a regra da quota, que não
conduzisse a paradoxos e que tratasse da mesma forma grandes ou pequenos
estados (ou listas, ou partidos,etc.). Entre o final da década de 70 e princípio da
de 80 do século XX, Michael L. Balinski e H. Peyton Young fizeram uma desco­
berta surpreendente que deitou por terra todos os esforços na procura do tal
método perfeito.

Teorema da impossibilidade de Balinski e Young


É impossível para um método de representação proporcional satisfazer
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sempre a regra da quota e não produzir paradoxos.

Segundo este teorema, não existem soluções perfeitas para o


problema da repartição proporcional. Qualquer método
mas cu que não viole a regra da quota produz paradoxos, e vice­
f r A P t MAS LUE PEDI ^
UMA SOLUÇÃO PERFEITA
PARA O PROBLEMA
-versa, qualquer método que não produza paradoxos
V DA REPARTIÇÃO y
\^ P R O P O R O O M A l- ! y S violará, obrigatoriamente, a regra da quota.

O método de Hamilton, muito utilizado em diversos


países pela sua simplicidade não viola a regra da
quota mas pode revelar-se problemático devido à
existência dos correspondentes três paradoxos: Ala­
bama, População e o Novo Estado.

Muitos matemáticos estudaram vários métodos com


bastante profundidade, tendo chegado à conclusão que
os métodos propostos por Jefferson, Adams, Webster e
Hill-Huntington podem conduzir à violação da regra da quota.

77
H .
Métodos de apoio a. decisão

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Perceberam, no entanto, que os métodos de Webster e HiU-Huntington eram
bastante mais fiáveis a esse nível.

A tabela seguinte mostra-nos que, de facto, nenhum dos métodos de represen­


tação proporcional que estudámos está livre de paradoxos e, ao mesmo tempo,
não possa conduzir à violação da regra da quota.

Viola a regra Paradoxo de Paradoxo da Paradoxo do


Favorece
da quota Alabama População Novo Estado

Hamilton Não Sim Sim Sim Listas mais votadas

Jefferson Sim Não Não Não Listas mais votadas


Método

Adams Sim Não Não Não Listas menos votadas

Webster Sim Não Não Não Neutral

Hill-Huntington Sim Não Não Não Listas menos votadas

Tanto o teorema de Balinski e Young como o teorema da Impossibilidade de


Arrow são, de facto, desencorajadores no que à pesquisa da existência de um
sistema declaradamente justo, em qualquer circunstância, diz respeito.

Há sistem as melhores e outros piores e, conforme as situações, uns podem ser


usados em detrimento de outros, seja para evitar violações da regra da quota
seja para impedir o aparecimento de paradoxos.

No essencial, perante a impossibilidade matematicamente exata de estabelecer


votações, regras de contagem e distribuição de mandatos, a procura de soluções
mais equitativas passará, obrigatoriamente, por decisões de carácter político
e/ou debate entre os diferentes protagonistas do sistema democrático, não im­
pedindo, todavia, muita controvérsia em torno da constante melhoria de um sis­
tema à partida imperfeito.

“Ninguém pretende que a democracia seja perfeita


ou omnisciente. Na verdade, tem-se dito que a de­
mocracia é a pior forma de governo, exceto para
todos aqueles que a têm experimentado de tempos
a tempos.”
WinstonChurchill

78
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Síntese

Sistemas maioritários

Maioria Sistema de maioria simples (ou sistema maioritário de uma volta): ganha o
simples candidato mais votado, independentemente de ter uma maioria absoluta ou
relativa.
Pág. 35

Maioria Sistema de maioria absoluta (ou sistema maioritário de duas voltas): ganha
absoluta o candidato que obtiver maioria absoluta na primeira volta; caso contrário,
serão admitidos à segunda volta os dois candidatos mais votados e ganhará
quem obtiver mais votos.
Pág. 35

Sistemas preferenciais

Método da Efetua-se a contagem do número de primeiras preferências de cada candi­


pluralidade dato e verifica-se se algum deles obtém maioria simples na primeira prefe­
rência. Caso isso aconteça, está encontrado o vencedor.
Pág. 40

Método de 1.° passo: Efetua-se a contagem do número de primeiras preferências de cada


eliminação candidato e verifica-se se algum deles obtém maioria absoluta na primeira
run-off preferência. Se isso acontecer, está encontrado o vencedor. Caso contrário,
standard avança-se para o 2 .° passo.
2.° passo: Eliminam-se todos os candidatos, com exceção dos dois mais vota­
dos na primeira preferência, e reordena-se a tabela das preferências. Os can­
didatos nas preferências imediatamente a seguir vão ocupar o espaço/lugar
vazio deixado pelos candidatos eliminados.
3.° passo: Efetua-se novamente a contagem do número de primeiras preferên­
cias de cada candidato (já só existem dois) e vence aquele que tiver mais votos.
Pág. 41

Método de 1.° passo: Efetua-se a contagem do número de primeiras preferências de cada


eliminação candidato e verifica-se se algum deles obtém maioria absoluta na primeira
run-off preferência. Se isso acontecer, está encontrado o vencedor. Caso contrário,
sequencial avança-se para o 2 .° passo.
2.° passo: Elimina-se o candidato menos votado na primeira preferência (ou
candidatos se estiverem empatados) e reordena-se a tabela das preferências.
Os candidatos nas preferências imediatamente a seguir vão ocupar o espaço/
lugar vazio deixado pelo candidato eliminado.
3.° passo: Efetua-se novamente a contagem do número de primeiras prefe­
rências de cada candidato e verifica-se se algum deles obtém maioria abso­
luta na primeira preferência. Se isso acontecer, está encontrado o vencedor.
Caso contrário, aplica-se novamente o 2.° passo.
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Repete-se este processo até se encontrar um vencedor, ou seja, um candidato


com maioria absoluta na primeira preferência.
Pág. 42

79
H é
Metodos de apoio aà decisão

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Sistemas preferenciais

Método de 1. ° passo: São atribuídos pontos a cada um dos candidatos conforme a ordem
Borda de preferência. No caso de serem p candidatos, são atribuídos p pontos ao
primeiro, p - 1 pontos ao segundo, e assim sucessivamente até ao último,
que recebe 1 ponto.
2. ° passo: Contabiliza-se a pontuação total de cada um dos candidatos.
3. ° passo: Ordenam-se os candidatos de acordo com a pontuação e vence
Pág. 45 aquele que tiver mais pontos.

Método de 1. ° passo: Os candidatos são comparados dois a dois (confronto direto).


Condorcet Vence aquele que aparecer o maior número de vezes mais bem posicionado
que o adversário.
2. ° passo: Contabiliza-se o número de vitórias. O vencedor é o candidato que
vence mais confrontos diretos.
Se, numa eleição, um candidato vencer todos os confrontos diretos com os
Pág. 47 outros candidatos, diz-se que é um vencedor de Condorcet.

Sistemas de aprovação

Método de Permite ao eleitor votar em todos os candidatos que “aprove” (sem ordem de
aprovação preferência), ou seja, em qualquer candidato que deseje ver eleito, não sendo
obrigatório votar em todos.
O candidato com maior número de aprovações é o vencedor.
Pág. 50

Sistemas de representação proporcional

Método de 1. ° passo: Dividem-se os votos de cada lista sucessivamente por 1 , 2 , 3 , 4 , ... ,


Hondt p (pode nem ser necessário dividir até p ).

2. ° passo: Ordenam-se os quocientes obtidos por ordem decrescente.


3. ° passo: Determina-se o número de pessoas a eleger de cada lista, selecio­
nando os p maiores quocientes.
Pág. 53

Método de 1. ° passo: Dividem-se os votos de cada lista sucessivamente por 1 , 3 , 5 , 7 , ... ,


Sainte-Laguë 2p - 1 (pode nem ser necessário dividir até 2p - 1).
2. ° passo: Ordenam-se os quocientes obtidos por ordem decrescente.
3. ° passo: Determina-se o número de pessoas a eleger de cada lista, selecio­
nando os p maiores quocientes.
Pág. 57

Divisor-padrão número total de votos


divisor-padrão =
número de lugares a distribuir
e quota-padrão
número de votos da lista X
quota-padrão (lista X) =
Pág. 59 divisor-padrão

80
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Síntese

Método de 1. ° passo: Calcular o divisor-padrão.


Hamilton 2. ° passo: Calcular a quota-padrão de cada uma das listas.
3. ° passo: Atribuir a cada lista um número de lugares igual à sua quota inferior.
4. ° passo: Se sobrarem lugares, são atribuídos, um de cada vez, às listas cujas
quotas-padrão têm maior parte decimal, até não restarem mais para distribuir.

P arad oxos do m étodo de Hamilton:


■ Paradoxo de Alabama: um aumento do número total de lugares a distri­
buir pode levar a que uma lista perca um lugar.
■ Paradoxo da População: um aumento do número de votos de uma lista
pode originar a perda de um lugar por parte dessa mesma lista.
■ Paradoxo do Novo Estado: o número de lugares atribuídos às listas pode
ser afetado pela introdução de uma nova lista, com direito a um determi­
nado número de lugares de acordo com a votação obtida.
Pág. 60

Método de 1. ° passo: Calcular o divisor-padrão.


Jefferson 2. ° passo: Calcular a quota-padrão de cada uma das listas.
3. ° passo: Atribuir a cada lista um número de lugares igual à sua quota inferior.
4. ° passo: Se sobrarem lugares (ou houver excesso), procura-se, por tentativa
e erro, um divisor modificado, de modo que a soma das quotas modificadas
inferiores seja igual ao número de lugares a distribuir. A cada lista corres­
ponde um número de lugares igual à sua quota modificada inferior.
Pág. 66

Método de 1. ° passo: Calcular o divisor-padrão.


Adams 2. ° passo: Calcular a quota-padrão de cada uma das listas.
3. ° passo: Atribuir a cada lista um número de lugares igual à sua quota superior.
4. ° passo: Se sobrarem lugares (ou houver excesso), procura-se, por tentativa
e erro, um divisor modificado, de modo que a soma das quotas modificadas
superiores seja igual ao número de lugares a distribuir. A cada lista corres­
ponde um número de lugares igual à sua quota modificada superior.
Pág. 69

Método de 1. ° passo: Calcular o divisor-padrão.


Webster 2. ° passo: Calcular a quota-padrão de cada uma das listas.
3. ° passo: Atribuir a cada lista um número de lugares igual à sua quota arre­
dondada às unidades.
4. ° passo: Se sobrarem lugares (ou houver excesso), procura-se, por tentativa
e erro, um divisor modificado, de modo que a soma das quotas modificadas
arredondadas seja igual ao número de lugares a distribuir. A cada lista corres­
ponde um número de lugares igual à sua quota modificada arredondada.
MMACS10 © Porto Editora

Pág. 71

MMACS10-06 81
H é
Métodos de apoio aà decisão

MMACS10 © Porto Editora


Método de 1. ° passo: Calcular o divisor-padrão.
Hill-Huntington 2. ° passo: Calcular a quota-padrão de cada uma das listas.
3. ° passo (regra H-H) : Se a quota é um número inteiro, atribui-se à lista essa
quota; caso contrário, calcula-se M = " i x S .
Se a quota é maior que M , então atribui-se S (quota superior).
Se a quota é menor que M , então atribui-se I (quota inferior).
4. ° passo: Se sobrarem lugares (ou houver excesso), procura-se, por tentativa
e erro, um divisor modificado, de modo que a soma das quotas modificadas
arredondadas pela regra H-H (3.° passo) seja igual ao número de lugares a dis­
tribuir. A cada lista corresponde um número de lugares igual à sua quota mo-
dificada arredondada pela regra H-H.
Pág. 73

Teoremas de impossibilidade

Teorema da Para eleições envolvendo mais de dois candidatos, é matematicamente im­


impossibilidade possível encontrar um método democrático e justo para determinar o vence­
de Arrow dor.

Pág. 76

Teorema da É impossível para um método de representação proporcional satisfazer sem­


impossibilidade pre a regra da quota e não produzir paradoxos.
de Balinski e
Young

Pág. 77

82
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Atividades complementares
30.4. Determine os resultados que se obteriam
9 Num congresso partidário, apresentaram-se três
aplicando o método de Condorcet.
candidatos à liderança desse partido. Cada can­
didato apresentou uma proposta que foi sujeita Existe um vencedor de Condorcet?
a votação. A tabela seguinte apresenta os resul­
tados dessa votação: Num festival gastronómico
apresentaram-se 5 pratos:
Proposta Número de votos
P1 - Francesinha
A 1 250 P2 - Bacalhau à Narcisa
B 760 P3 - Tripas à moda do Porto
C 910 P4 - Rojões à minhota
P5 - Cataplana de marisco
Todos os congressistas votaram, não tendo ha­
vido votos brancos ou nulos. A votação do júri, constituída por seis elem en­
tos, foi a seguinte:
29.1. Determine, com aproximação às décimas,
a percentagem de votos obtida por cada Júri
Preferência
uma das propostas. A B C D E F
29.2. Sabendo que venceu a proposta A e que o 1.a P1 P3 P4 P5 P4 P2
sistema utilizado foi o maioritário, qual é o 2.a P3 P1 P5 P3 P2 P3
tipo de maioria que conduziu a proposta A 3.a P5 P4 P2 P1 P1 P4
à vitória? 4.a P2 P2 P3 P2 P5 P5
5.a P4 P5 P1 P4 P3 P1
0 O clube desportivo FC Soarense pretende apli­ 31.1. Qual foi o prato com maior número de pri­
car o sistema preferencial de eliminação ru n -off meiras preferências?
stan dard para a eleição do seu presidente.
31.2. Calcule, com aproximação às décimas, a
Assim, foi pedido a cada sócio votante que indi­
percentagem de elementos do júri que es­
casse, por ordem de preferência, qual dos candi­
colheram P1 como terceira preferência.
datos, A , B ou C , gostaria de ter como presidente.
No quadro que se apresenta a seguir encontram­ 31.3. Determine o vencedor do festival usando o
-se organizadas as preferências manifestadas método de contagem de Borda.
pelos sócios que votaram nas eleições. 31.4. Supondo que o prato P3 foi desclassificado,
determine o vencedor do concurso, usando
1.a B A B C
o mesmo método da alínea anterior.
2.a A C C A
3.a C B A B Numa eleição com quatro candidatos, A , B , C
e D , obtiveram-se os seguintes resultados:
N.° total de votos 700 1100 250 1345
Número de votos
Preferência
30.1. Quantos associados do clube votaram? 2 8 17 20 27
30.2. O FC Soarense tem 5200 associados. 1.a A D C A B
2.a B C A D D
Qual foi a percentagem, com uma casa de­
cimal, de abstenção nas eleições? 3.a C A D C A
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4.a D B B B C
30.3. No final da eleição, e depois de apurados os
resultados pelo método referido, qual foi o 32.1. Quantas pessoas manifestaram a sua pre­
candidato vencedor? ferência nesta votação?

83
Métodos de apoio à decisão

Atividades complementares

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32.2. Qual foi o candidato com maior número de 34.1. Quem é o vencedor, usando o sistema de
primeiras preferências? Com que percenta­ maioria simples?
gem? Apresente o resultado com uma casa
34.2. Existe algum candidato com maioria abso­
decimal.
luta? Se sim, qual?
32.3. Qual foi o candidato com maior número de
34.3. Comparando os candidatos dois a dois, quem
últimas preferências?
vence? Aplique o método de Condorcet.
32.4. Qual foi o vencedor pelo método da plurali­
34.4. Aplicando o método da alínea anterior, se a
dade?
Constança desistir, quem será o vencedor?
32.5. Encontre o vencedor pelo método de eli­
minação ru n -off standard.
Três candidatos, Martinho, Gonçalo e Tiago,
32.6. Encontre o vencedor pelo método de eli­ apresentaram-se à eleição do Melhor Arquiteto
minação ru n -off sequencial. do Ano. Os votos são atribuídos por um júri
32.7. Encontre o vencedor pelo método de con­ constituído por oito elementos, designados por
tagem de Borda. letras, de A a H. Na tabela seguinte encontram­
-se os resultados dessa votação.
32.8. Averigue se existe vencedor de Condorcet.
Elemento do júri
Candidato
A Maria, o Bruno, a Clara, a Joana e o Diogo são A B C D E F G H
cinco amigos que vão escolher uma de cinco ci­ Martinho X X X X X
dades europeias para passar férias. Gonçalo X X X X
As preferências de cada um foram as seguintes Tiago X X X X
(por ordem decrescente de preferência - 5.a, 4.a, X - significa que o júri aprova o candidato.
3.a, ...): Utilizando o sistema de aprovação, responda às
Maria: Londres, Paris, Amesterdão, Roma, Zurique questões que se seguem.
Bruno: Paris, Zurique, Londres, Amesterdão, Roma
35.1. Quem venceu a eleição?
Clara: Zurique, Londres, Amesterdão, Roma, Paris
Joana: Paris, Zurique, Roma, Amesterdão, Londres 35.2. Se o Gonçalo desistir, haverá alteração no
Diogo: Amesterdão, Zurique, Roma, Paris, Londres resultado final?

33.1. Elabore uma tabela com as preferências 35.3. Determine a percentagem de votos obtida
dos estudantes. por cada um dos candidatos.
Comente os valores obtidos.
33.2. Usando o método da pluralidade, qual foi a
cidade vencedora?
Considere os resultados obtidos numa qualquer
33.3. Utilize o método de Borda para escolher a
eleição fictícia e representados na tabela seguinte:
cidade onde vão passar as férias.
1.° C A C B
2.° B C A A
A tabela seguinte mostra os resultados obtidos
numa votação efetuada numa empresa para ele­ 3.° A B B C
ger o funcionário mais simpático. Votos 9 13 |5 11

36.1. Quem é o vencedor pelo método de elimi­


Candidato (por ordem de preferência)
Votos nação ru n -off standard?
1.° 2.° 3.°
36.2. Será justo o vencedor encontrado na alínea
Ricardo Constança Nuno 36
anterior?
Nuno Constança Ricardo 32
Sugestão: Verifique se o critério da independên­
Constança Nuno Ricardo 5 cia das alternativas irrelevantes é satisfeito.

84
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Atividades complementares

A tabela seguinte traduz os resultados das elei­


ções autárquicas de 2009 para a Câmara Munici­
pal de Mirandela.

Foram apresentadas qua­ N.° de N.° de


Lista Votos Partido
tro listas de candidatos e votos mandatos
os votos válidos foram os A 2 412
PPD/PSD 8 511 4
apresentados na tabela B 1 809
ao lado: C 1 205 PS 4 075 2
D 906 CDS-PP 2 681 1

37.1. Quantos representantes elegeu cada lista? PCP-PEV 286 0


Apresente os quocientes arredondados às BE 147 0
décimas.

37.2. A lista C exigiu uma recontagem dos votos


e chegou-se à conclusão que, de facto, ti­
nham um voto a mais do que os inicial­
mente atribuídos, ou seja, ficaram com
1206 votos.
Este facto provocou alguma alteração na
escolha dos representantes?

37.3. Se o método utilizado fosse o de Sainte-La-


guê, será que os resultados seriam diferen­
tes dos obtidos na alínea 37.1.? Justifique.

Compare estes resultados, obtidos pelo método


de Hondt, com os que podem obter-se por apli­
cação dos métodos de Hamilton e de Adams.
Observe a tabela seguinte:

População 0 A Direção Regional do Baixo Este tem sob a sua


Estado
(em milhares) alçada duas universidades: a UD com 1055 es­
A 437 tudantes e a UBM com 8990 .
B 774 40.1. A Direção Regional recrutou um conjunto
C 4 286 de 100 consultores pedagógicos que devem
D 3 873 ser distribuídos entre as duas universida­
E 257 des usando o método de Hamilton.
Como deverá ser feita a distribuição?
38.1. Qual é a população do país?

38.2. Calcule o divisor-padrão (com 4 c. d.). 40.2. Entretanto foi criada outra universidade na
região. A nova universidade, a UTC, tem
38.3. Calcule a quota-padrão de cada estado 700 estudantes, pelo que a Direção Regio­
(com 4 c. d.). nal decidiu criar 7 novos lugares de con­
38.4. Faça a repartição, pelos estados, dos luga­ sultor e atribuí-los à nova universidade.
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res disponíveis no parlamento, usando o: Aplicando novamente o método de Hamil­


a) método de Hamilton; ton, como ficará agora a distribuição?

b) método de Jefferson. Compare e comente os resultados.

85
H .
Métodos de apoio a. decisão

Atividades complementares

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Localização Vendas mensais
das lojas 1em milhares de euros2
Braga 55
Esses veículos serão distribuídos pelos 485
membros da polícia, 213 membros dos bom ­ Coimbra 25
beiros e 306 membros da proteção civil. Lisboa 39
Efetue a distribuição dos veículos de emergên­ Porto 76
cia recorrendo ao método de Hamilton. Recorrendo ao método de Hill-Huntington, efe­
tue a distribuição dos subgerentes.

A empresa tem 130 autocarros a circular e estes


são distribuídos pelas rotas em função do nú­ Género N.° de livros
mero médio diário de passageiros.
Policial 40
N.° médio de Poesia 35
Rota
passageiros
Romance 15
Científico 10
31,07
44.1. Sabendo que vão ser doados 40 livros à
20,49
instituição X, utilize o método de Webster
14,16 para determinar quantos livros de cada
10,26 género serão doados.

8,72 44.2. Suponha agora que o número de livros a


ser doado é 43 . Faça a nova distribuição
Efetue a distribuição dos autocarros recorrendo utilizando o mesmo método.
ao método de Jefferson.
A Rosa pretende distribuir 15 chocolates pelas
três filhas, a Petra, a Clara e a Liliana. O critério
Uma cadeia de lojas de vestuário vai distribuir que vai utilizar é o do número de minutos que
25 novos subgerentes pelas suas lojas, localiza­ cada uma delas estuda, em média, por dia.
das em quatro cidades, em função do volume
médio de vendas mensais. Apenas temos a informação que a Rosa utilizou
o método de Hamilton e que:
A Clara tem uma quota-padrão de 6,5 e a Petra
de 5,208 .
As três irmãs estudam 720 min por dia (no
total).

45.1. É possível cada uma das filhas receber cinco


chocolates? Porquê?

45.2. Quanto tempo estuda a Clara por dia?


Apresente o resultado em horas e minutos.

45.3. Quantos chocolates vai receber a Clara?


Justifique.

86
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Avaliação global

1 Numa turma do 10.° ano de escolaridade procedeu-se à eleição do delegado de turma. O processo
eleitoral consistiu na votação, por ordem de preferência, nos cinco candidatos ao cargo. O apura­
mento dos resultados conduziu à tabela seguinte:

Ordem de N.° de votos


preferência 4 7 3 9 5
1.° Abel Bruna Clara Diogo Eva
2.° Eva Clara Abel Eva Clara
3.° Clara Eva Diogo Clara Bruna
4.° Bruna Abel Bruna Bruna Diogo
5.° Diogo Diogo Eva Abel Abel

Responda, justificando, às questões seguintes:


1.1 . Sabendo que todos votaram, quantos alunos tem a turma?
1.2. Qual foi o candidato com maior número de últimas preferências?
1.3. De acordo com o sistema maioritário, quem é o vencedor? Com que maioria?
Considere apenas os resultados da 1.a preferência.
1.4. Determine o vencedor recorrendo ao método de Borda.
1.5. Aplique o método de eliminação ru n -o ffsta n d a r d a esta eleição e determine o vencedor.
1.6. Determine se existe um vencedor de Condorcet.
1.7. Considere, para cada votante, apenas as duas primeiras preferências.
Determine, neste caso, o vencedor pelo sistema de aprovação.

Considere os seguintes resultados de uma votação feita na Escola de Nenhures, a todos os alunos
do 1 2 .° ano, para eleger o destino da viagem de finalistas.

Total
A B C
A - Algarve; B - Costa Alentejana; C - Açores.

2.1. Qual foi o destino escolhido por maioria? Obteve maioria absoluta? Considere apenas os re­
sultados da primeira escolha.
2.2. Usando o método de Borda e o método de eliminação r u n -o ffsta n d a r d , explique o que acon­
tece se:
a) o destino B for retirado;
b) o destino C for retirado;
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c) o destino A for retirado.


2.3. Qual é o destino escolhido se for utilizado o método de Borda?
2.4. Escreva um comentário sobre os resultados obtidos nos itens 2.1 ., 2.2. e 2.3..

87
H .
Métodos de apoio a. decisão

Avaliação global

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Numa votação com quatro candidatos, em que cada votante exprime a sua ordem de preferên­
cia por cada um deles, pode ser utilizada a seguinte representação.

A
B Significa que 20 pessoas votaram nos quatro can­

C didatos com a seguinte ordem de preferência: pri­


meiro A , segundo B , terceiro C e último D .
D

20 votos

Numa votação com quatro candidatos obtiveram-se os resultados seguintes:

A A B C
B C D A
C B A B
D D C D

12 votos 16 votos 5 votos 13 votos

B D C A
A B A C
D A D D
C C B B

18 votos 17 votos 30 votos 52 votos

3.1. Quantas pessoas votaram?

3.2. Sabendo que 20 pessoas não exerceram o seu direito de voto, calcule a percentagem de abs­
tenção (com aproximação às unidades).

Observação: Nas alíneas seguintes supõe-se que não houve abstenção.

3.3. Quantos primeiros lugares obteve cada candidato?

3.4. Qual foi o candidato com mais últimos lugares?

3.5. Calcule, com duas casas decimais, a percentagem de segundas preferências de cada candidato.

3.6. Determine o vencedor utilizando o método de Borda.

3.7. Considere, agora, apenas as duas primeiras preferências de cada esquema.


Determine o vencedor usando o sistema de aprovação.

88
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Avaliação global

Os moradores do prédio do Gustavo vão eleger um novo responsável pelo condomínio.


Existem quatro candidatos, que são os moradores dos apartamentos A , B , C e D , respetiva­
mente.
A seguir estão representados os resultados das votações.

Número de votos
Preferência
14 10 8 4 1
1.a A C D B C
2.a B B C D D
3.a C D B C B
4.a D A A A A

Aplique os quatro métodos preferenciais que se seguem e complete a tabela seguinte, no seu ca­
derno, com os resultados obtidos.

Método de eliminação r u n -o ffs ta n d a r d

Método de eliminação r u n - o f f sequencial

Método de Borda
Método de Condorcet

R u n -o ff R u n -o ff
R a n k in g Borda Condorcet
stan d ard sequencial
1 .°
2.°
3.°
4.°

5 A 9 de outubro de 2011 realizaram-se as eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autó­


noma da Madeira. Nas tabelas seguintes encontramos os resultados oficiais.

Total Total de
Partido
votos
Eleitores
256 757 PTP 10 112
inscritos
Votos MPT 2 839
1 087 PND 4 825
em branco
Votos PPD/PSD 71 556
2 813 BE 2 512
nulos
PCP-PEV 5 546
CDS-PP 25 974
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PAN 3 135
PS 16 945

5.1. Qual é a percentagem da abstenção? Escreva o resultado com aproximação às centésimas.

89
H .
Métodos de apoio a. decisão

Avaliação global

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5.2. Complete a seguinte tabela, no seu caderno.

Total de
Partido Percentagem
votos
PTP 10 112 6,86
MPT 2 839
PND 4 825
PPD/PSD 71 556
BE 2 512
PCP-PEV 5 546
CDS-PP 25 974
PAN 3 135
PS 16 945

5.3. Desde 2006, existe um único círculo eleitoral na Madeira e a respetiva Assembleia Legislativa
é composta por 47 deputados. Verifique o número de mandatos distribuídos, através do
método de Hondt, por cada partido político.
Utilize uma casa decimal nos cálculos intermédios que tiver de efetuar.
5.4. Após a apresentação dos resultados, um militante do BE afirmou que os resultados não se­
riam os mesmos, se tivesse sido utilizado o método de Sainte-Lague.
Verifique se este militante tinha ou não razão. Justifique.

Três países produtores de cacau decidiram juntar-se para formar uma associação que irá publi­
citar e investigar novas aplicações para este fruto. O corpo administrativo dessa associação terá
25 elementos, escolhidos de entre os três países, de acordo com o respetivo número de produto­
res. Estes valores encontram-se na tabela seguinte:

País Número de produtores

Alfa 378

Beta 4 610

Ómega 5 012

Nas questões que se seguem, se proceder a arredondamentos, conserve sempre quatro casas decimais.
6.1. Qual é o número total de produtores de cacau?
6.2. Determine o divisor-padrão. Qual é o seu significado?
6.3. Determine a composição do corpo administrativo utilizando o:
a) método de Hamilton;
b) método de Jefferson.
6.4. Que conclusão podemos tirar com base nos resultados obtidos na alínea anterior?

90
1 .1 . Teoria matemática das eleições

Avaliação global

A empresa de tecnologia Low Tech está dividida em três grandes departamentos: Serviços, Produ­
ção e Desenvolvimento.
No conselho-geral da empresa, os três departamentos estão representados por cinco elementos,
de acordo com o número de funcionários.

Departamento Serviços Produção Desenvolvimento

N.° de funcionários 690 435 375

Nas questões que se seguem, se proceder a arredondamentos, conserve sempre quatro casas decimais.
7.1. Utilize os métodos de Hamilton e de Jefferson para determinar quantos representantes de
cada departamento fazem parte do conselho-geral da empresa.
7.2. No ano seguinte, o número de funcionários dos departamentos foi alterado. O departamento
de Serviços passou a ter 555 funcionários, o de Produção 465 e o de Desenvolvimento 480 .
Aplique novamente os mesmos métodos e efetue a distribuição dos representantes.
7.3. Considera que algum dos departamentos ficou prejudicado com qualquer um dos métodos?
Porquê?

8 Uma organização nacional do jogo da sueca deci­


diu convocar, para representar o país, 13 jogadores
amadores inscritos nas várias associações regio­
nais. O número de jogadores selecionados de cada
associação deverá ser proporcional ao número de
inscritos em cada uma delas.
O método escolhido foi o de Hill-Huntington.
Nas questões que se seguem, se proceder a arre­
dondamentos, conserve sempre quatro casas deci­
mais.
8.1. Complete a tabela que se segue, no seu caderno.

Associação N.° de inscritos Quota-padrão Média geométrica (M) N.° de jogadores


A 501
B 332
C 53
D 46
E 15
F 58
Total 1 005

8.2. É possível efetuar a seleção dos jogadores a partir dos resultados da tabela anterior?
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Caso não seja possível, utilize um divisor modificado igual a 95 e distribua os jogadores.
Caderno
8.3. A repartição proporcional efetuada usando o método de Hill-Huntington satisfaz a regra da de Fichas

quota? Justifique. fu

91
H .
Métodos de apoio a. decisão

1.2. Teoria da partilha equilibrada

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O ato de dividir ou partilhar é uma das interações humanas mais
comuns. Desde muito novos partilhamos brinque­
dos, jogos, guloseimas ou afetos. Passamos depois
para um patamar em que partilhamos deveres,
responsabilidades, tempo ou tarefas. Num
plano mais material, dividimos casas, carros,
heranças, terrenos, obras de arte, dinheiro, dí­
vidas, etc.
A divisão territorial conduziu, ao longo de sé­
culos, a guerras e disputas violentas, pois cada
um dos intervenientes queria obter o “melhor
bocado” Encontrar procedimentos para tentar divi­
dir coisas de uma forma razoável e justa tem sido uma
das preocupações de vários matemáticos ao longo do tempo.

Atividade inicial 2
r
1 A Ana pagou 12 euros por um bolo com metade da cobertura de
chocolate e a outra metade de morango.
Sabe-se que a Ana valoriza três vezes mais o chocolate do que o
morango.

1.1. Para a Ana, qual é o valor da metade coberta de chocolate?


E qual é o valor da metade de morango?

1.2. Uma parte do bolo é cortada da forma 60°


indicada na figura ao lado.
Qual é o valor dessa parte para a Ana?
40°

Diogo, Martinho, Joana e Teresa são quatro primos donos de um terreno que se encontra subdividido
em quatro parcelas. Na tabela seguinte está representado o valor relativo (em percentagem) que cada
um dos primos atribui a cada uma das parcelas.

Parcela 1 Parcela 2 Parcela 3 Parcela 4


Diogo 30% 24% 20 % 26%
Martinho 35% 25% 20 % 20%
Joana 20% 20% 20 % 40%
Teresa 25% 16% 40% 19%

Indique qual ou quais das quatro parcelas são consideradas justas para cada um dos primos.
Descreva uma possível partilha justa das parcelas de terreno pelos primos.

92
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

1. Introdução e princípios básicos


Os problemas de partilha equilibrada (ou de divisão justa) são tão antigos quanto
a própria Humanidade.
São muito fam osas algumas divisões e disputas territoriais, tais como:
o Tratado de Tordesilhas, que foi celebrado em 1494 entre o Reino de Portugal
e o Reino da Espanha para dividir as terras já descobertas e ainda por desco­
brir. Para isso foi "traçado" um meridiano que passava sensivelmente entre as
ilhas de Cabo Verde e as das Caraíbas, tendo sido estabelecido que os territó­
rios a este desse meridiano pertenceriam a Portugal e os territórios a oeste, à
Espanha;
a divisão da Jugoslávia em 1991, originando a formação da Croácia, Bósnia e
Herzegovina, Eslovénia, Macedónia e o Estado da Sérvia e Montenegro, tendo
este estado originado, em 2006, a República da Sérvia e o Montenegro (estando
ainda hoje em discussão a formação da República do Kosovo não reconhecida
pela Sérvia );

Primeira página do Tratado de


a dissolução, em 1991, da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS),
Tordesilhas. originando os estados independentes da Rússia, Ucrânia, Arménia, Azerbaijão,
Letónia, Estónia, Lituânia, Bielorrússia, Geórgia, Cazaquistão, Quirguistão,
Turquemenistão, Tadjiquistão, Uzbequistão e Moldávia;
a divisão da Checoslováquia, que, em 1993, levou à criação de dois novos paí­
ses, a República Checa e a Eslováquia.

Nos dias de hoje, apesar de ainda existirem muitos conflitos territoriais em vá­
rias partes do mundo, em term os políticos, as divisões têm mais a ver com a
partilha de recursos entre países, nomeadamente: recursos hídricos, petróleo,
gás natural, energia eólica, etc., ou acordos relativos aos limites de emissão de
gases como o protocolo de Quioto.
Os problemas de partilha foram, ao longo dos tempos, analisados fora do domí­
nio da matemática. As partilhas eram efetuadas por reis, políticos, juízes, líderes
religiosos, entre outros.

Numa famosa referência bíblica, duas mulheres levaram ao rei S a­


lomão um bebé que ambas reclamavam se r seu filho. O rei propôs
cortar o bebé em duas partes para dar a cada uma das mulheres.
Uma das mulheres concordou que a divisão era justa, enquanto a
outra retirou imediatamente a sua reclamação.
Esta última era, obviamente, a verdadeira mãe e o rei Salomão en­
tregou-lhe o bebé.
Nicolas Poussin, O ju lg a m e n t o d e S a lo m ã o

Ao longo deste manual veremos que, maior parte das vezes, é possível resolver
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problemas de divisão ou partilha usando princípios matemáticos básicos e ga­


rantir que cada um dos intervenientes recebe uma parte que considera justa.

93
H é
Metodos de apoio aà decisão

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Consideremos n participantes (ou intervenientes), designados por P, , P2 , P3 ,
* Observação P4 , ... , Pn , e um conjunto B de bens/objetos a partilhar. Suponhamos que o
A partilha equilibrada faz participante P, recebe uma parte do conjunto B . Dizemos que a partilha é justa
parte de um ramo da
para o participante P, se essa parte que recebeu vale, pelo menos, — do valor
matemática chamado
Teoria de Jogos. No fundo, total do conjunto B .
os participantes são
jogadores que “competem" Consideremos, por exemplo, uma partilha envolvendo quatro participantes,
entre si num jogo que se tendo o conjunto B sido dividido em quatro partes , B, , B2 , B3 e B4 . O Fran­
espera que seja justo. cisco, um dos quatro participantes, avalia B, como sendo 12% de B , B2 como
27% de B , B3 como ,8 % de B e B4 como 43% de B . Assim, para o Fran­
cisco, as partes B2 e B4 são justas, pois, para ele, valem pelo menos ■(ou 25%)
4
Os participantes não têm do valor total do conjunto B . Repare que, apesar de o Francisco valorizar muito
de ser pessoas em termos
individuais. Podem ser mais a parte B4 , terá de ficar satisfeito se receber B2 .
países, estados,
organizações, direções, A equidade e a justiça dependem, então, da opinião de cada participante, já que
equipas, etc. pessoas diferentes podem atribuir valores diferentes ao mesmo objeto.

Dependendo do tipo de bens ou objetos ou itens a partilhar, podemos classificar


o tipo de partilha em contínua, discreta ou mista.
Repare que no caso de
No caso contínuo, temos um conjunto de bens que se podem dividir de uma
divisão justa de um carro,
por exemplo, pode-se infinidade de maneiras. Por exemplo: bolos, pizzas, terrenos ou territórios.
partilhar não o carro em si
(pois é um objeto No caso discreto , os bens são indivisíveis, ou seja, não se podem dividir ou
indivisível) mas a sua desagregar. Por exemplo: casas, carros, joias ou quadros.
utilização (número de dias
de utilização, por No caso misto, alguns bens são divisíveis e outros não. Não iremos abordar
exemplo). Nesse caso, este último caso, pois basta dividir os bens utilizando os métodos contínuo e
podemos falar do tipo de discreto, conforme o seu tipo.
partilha contínua.
Nesta altura importa referir que todos os métodos de divisão/representação
proporcional estudados no subdomínio anterior, Teoria matemática das eleições,
são também procedimentos que servem para resolver problemas de partilha
Métodos de divisão
equilibrada. De facto, na maioria dos casos são utilizados não para partilhar
proporcional estudados:
Hondt, Sainte-Lague, objetos ou bens materiais, mas para distribuirlugares ou número de representantes
Hamilton, Jefferson, Adams, num parlamento em função do número de votos obtido. No entanto, todos os
Webster e Hill-Huntington. procedimentos estudados são também métodos de partilha equilibrada ou de
divisão justa, sendo a equidade a sua principal preocupação. Repare que esses
métodos de representação proporcional podem ser classificados como sendo do
tipo de partilha discreta, uma vez que o número de representantes ou lugares é
No estudo que vamos
efetuar assumimos sempre um "conjunto de bens" indivisíveis.
que os participantes: não
têm informações acerca Vamos estudar vários métodos, quer do tipo contínuo quer do tipo discreto, que
das preferências uns dos nos permitem desenvolver uma partilha equilibrada conforme a situação:
outros; pensam e agem
racionalmente; são Método do divisor-selecionador Método do divisor único
cooperantes e aceitam as
Método do selecionador único Método do último a diminuir
regras do “jogo"; têm
iguais direitos na partilha Método da faca deslizante Método do ajuste na partilha
dos bens.
Método das licitações secretas Método dos marcadores

94
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

2. Método do divisor-selecionador
É o método de partilha equilibrada mais simples,
sendo vulgarmente conhecido como o método "tu
divides, eu escolho" ou "tu cortas, eu escolho".

Pode ser usado sempre que a divisão justa en­


volve dois participantes e um conjunto de bens do
tipo contínuo.

Um dos participantes, o chamado divisor, divide o


bem ou conjunto de bens em duas partes, e o s e ­
gundo participante, o chamado selecionador, sele­
ciona a parte que prefere, deixando a outra parte para o
divisor. No caso simples da divisão de um bolo, o divisor corta
o bolo de uma forma que considera justa e o selecionador escolhe uma das partes,
ou seja, o divisor corta e o selecionador escolhe.

Quando aplicado corretamente, este método garante que cada um dos partici­
pantes recebe uma parte que considera justa, ou seja, que vale pelo menos m e­
tade do valor total em jogo. Esta equidade é garantida, pois:
o divisor divide os bens em duas partes que considera de igual valor;
o selecionador escolhe uma parte que considera justa, já que tem o poder de
selecionar a parte que prefere (tem o poder de escolha).

Procedimento:

Escolhe-se, aleatoriam ente, quem é o divisor e quem é o


1.° passo:
selecionador. Pode-se, por exemplo, realizar um sorteio.

2.° passo: O divisor divide o conjunto de bens em duas partes.

O selecionador escolhe uma das partes.


3.° passo:
O divisor fica com a parte que o selecionador não escolheu.

Exemplo 23 Método do divisor-selecionador


O Diogo e a Clara participaram num concurso e receberam como prémio um bolo em que metade tem sabor
a baunilha e a outra metade tem sabor a fruta.

O Diogo valoriza a parte de baunilha e a


parte de fruta da mesma forma. Já a Clara,
como não gosta de baunilha, avalia a parte
de fruta em 100% e a parte de baunilha em
>n)0s dividir Ob°N° 9osto de b a u o '^ £ indiferente-
0% . Tal como já foi referido, assumimos
MMACS10 © Porto Editora

sempre que os intervenientes desconhecem


as preferências ou os gostos uns dos outros.

O Diogo e a Clara vão partilhar o bolo


usando o método do divisor-selecionador.

95
H é
Métodos de apoio aà decisão

Resolução
1. ° passo: Efetuaram um sorteio que ditou que o Diogo seria o divisor.
2. ° passo: De acordo com a sua preferência, o Diogo cortou o bolo da forma
apresentada ao lado.
3. ° passo: A Clara, o selecionador, obviamente escolhe a parte que contém
mais fruta do que baunilha.

Observemos que o Diogo obteve uma parte que, para ele, vale 50% do
valor total do bolo, enquanto que a Clara acaba por ficar com um pedaço
que, para ela, vale ■do valor total do bolo (cerca de 67% ).

Exercício 46
O Bruno e o Filipe são irmãos e querem partilhar uma pizza, metade com cogumelos e metade com chouriço.

Para efetuar a partilha, vão utilizar o método do divisor-selecionador.

Sabe-se que o Bruno valoriza chouriço quatro vezes mais do que cogumelos e que o Filipe cortou a pizza
como mostra a figura que se segue.

46.1. Na perspetiva do Bruno, a que percentagem do valor da pizza corresponde cada uma das partes,
Atividades
depois de o Filipe ter feito o corte? c o m p ia m irtin s
Pag. 118

46.2. Apresente uma partilha equilibrada para esta situação.

Tal como vimos no exemplo 23, neste método, é melhor se r o selecionador do


que o divisor. Por isso é que a decisão de quem é o divisor e o selecionador deve
se r efetuada aleatoriamente.

A ideia por trás deste método é, de facto, muito simples, mas, se existirem mais
do que dois participantes (especialmente se forem em número ímpar), a aplica­
ção deste procedimento pode tornar-se bastante problemática.

Nos anos 40 do século passado, Hugo Steinhaus foi pioneiro na tentativa de ge­
neralização deste método para mais do que dois participantes. Para isso desen­
volveu dois procedimentos que vamos estudar de seguida, o m étodo do divisor
único e o m étodo do selecion ador único.

96
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

3. Método do divisor único


Quando existem mais de dois participantes, é necessário haver mais do que um
divisor ou mais do que um selecionador ou ambos.

O método do divisor único é um método de divisão justa que opera com múltiplos
participantes e com bens do tipo contínuo.

No nosso estudo vamos abordar apenas o caso relativo a três intervenientes que
foi desenvolvido por Steinhaus nos anos 30 do século passado. No entanto im­
porta referir que, em 1967, o matemático Harold Kuhn generalizou este método
para n participantes, havendo um divisor e n - 1 selecionadores.
Hugo Steinhaus (1887­
Procedimento:
-1972), matemático po­
laco, estendeu o método Escolhe-se, aleatoriamente, quem é o divisor e quem são os
1.° passo:
do divisor-selecionador selecionadores.
a três participantes, em
2.° passo: O divisor divide o conjunto de bens em três partes (B1 , B2
que um é o divisor e os
outros dois são selecio­ Divisão e B 3) .
nadores. Distinguiu-se Os dois selecionadores atribuem, secretamente, um
por ser um dos pioneiros 3.° passo: peso/valor (habitualmente uma percentagem) a cada
no estudo da Teoria de Licitação uma das partes, B 1 , B 2 e B 3 , de acordo com as suas
Jogos e da Teoria das preferências.
Probabilidades.
As partes são distribuídas pelos participantes conforme as
4.° passo: suas preferências e cada um deles terá de receber
Distribuição sempre, no mínimo, 1 do valor total, ou seja, 33,(3)% .

Podemos aplicar este procedimento para dividir um bolo por três pessoas, um
terreno por três herdeiros, o tempo de utilização de um tablet por três irmãos, etc.

Exemplo 24 Método do divisor único


A Ana, o Bernardo e a Carina vão dividir um bolo usando o método do divisor único. Depois de fazerem um
sorteio, ficou estabelecido que a Ana é o divisor.
A Ana dividiu o bolo em três partes: B 1 , B 2 e B3 . A tabela
seguinte mostra as licitações, ou seja, o valor que cada um dos
participantes atribuiu a cada uma das três partes do bolo.

B1 B2 B3
Ana 33,(3)% 33,(3)% 33,(3)%
Bernardo 35% 10 % 55%
Carina 40% 25% 35%

Observação: Repare que a Ana atribui o mesmo valor às três partes, pois, sendo ela o divisor, efetua a divisão
do bolo em três partes que considera terem o mesmo valor (não necessariamente com o mesmo tamanho).
Ú
Determine o resultado final desta partilha.

MMACS10-07 97
H .
Métodos de apoio a. decisão

Resolução
1.°, 2.° e 3.° passos: Os resultados da aplicação destes três passos já estão contemplados na tabela do
enunciado.

4.° passo: Da tabela com as licitações, podemos concluir que o Bernardo considera justo (fica satisfeito) se
receber Bx ou B3 . De facto, o Bernardo atribui a cada uma dessas partes um peso maior ou igual a 33,(3)%.

Pelo mesmo motivo, a Carina considera a partilha justa se receber Bx ou B3 .

Temos, assim, duas distribuições possíveis:

Distribuição 1 Distribuição 2

Bernardo fica com B1. Bernardo fica com B 3.


Carina fica com B3 . Carina fica com Bx.

Ana fica com B2 . Ana fica com B 2.

Obviamente que a distribuição ótima é a segunda, pois tanto o Bernardo como a Carina ficam com a parte
que valorizam mais.

No entanto, se a distribuição final for a primeira, nenhum dos intervenientes se pode queixar, pois, de acordo
com as suas preferências, nenhum deles recebe menos do que o valor mínimo justo, 33,(3)% .

Exercício 47
Para a mesma situação enunciada no exemplo anterior, admitamos outras tabelas com licitações hipoté­
ticas dos participantes.

TABELA 1

Bi b2 b3

Ana 33,(3)% 33,(3)% 33,(3)%

Bernardo 30% 40% 30%

Carina 60% 15% 25%

TABELA2
Bj b2 b3

Ana 33,(3)% 33,(3)% 33,(3)%


Atividades

Bernardo 20 % 30% 50% complementares

Pag. 118

Carina 10 % 20 % 70% 55

Caderno
de Fichas

Para cada uma das tabelas, determine o resultado final da partilha. FP6

98
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

4. Método do selecionador único


Em 1964, A. M. Fink, matemático na Universidade do estado do Iowa, propôs, tal
como Steinhaus, um procedimento para estender o método do divisor-selecio­
nador a mais de dois participantes.
Como o próprio nome indica, neste método, um participante desempenha o
papel de selecionador, enquanto os restantes são todos divisores.
Vamos descrever o procedimento para um número qualquer de jogadores.

Procedimento:

Escolhe-se, aleatoriamente, quem é o selecionador e


1.° passo:
quem são os divisores.
Os divisores dividem o conjunto de bens entre si. Para isso:
■ usa-se o método do divisor-selecionador, no caso de
2.° passo:
serem dois divisores;
Divisão
■ usa-se o método do divisor único, no caso de serem três
ou mais divisores.
3.° passo: Cada um dos divisores divide a parte que lhe calhou em
Subdivisão tantas subpartes quanto o número de participantes.

O selecionador escolhe uma subparte de cada uma das


4.° passo: partes de cada um dos divisores.
Distribuição Cada divisor fica com a(s) parte(s) que o selecionador não
escolheu.

No exemplo que se segue vamos aplicar este procedimento e perceber que não
é tão complicado como aparenta ser.

Exemplo 25 Método do selecionador único


Quatro agricultores, designados por A , B , C e D , vão dividir um
terreno para cultivo em 12 porções.
Para isso, vão utilizar o método do selecionador único.
Vamos explorar como poderiam, hipoteticamente, proceder à
partilha equilibrada do terreno.

Resolução
1. ° passo: Após um sorteio, ficou estabelecido que o selecionador seria o agricultor D .
2. ° passo: Utilizando o método do divisor único, os agricultores A , B e C dividiram o terreno em três
partes. Suponhamos que o resultado da divisão é o apresentado na figura seguinte:
MMACS10 © Porto Editora

99
H .
Métodos de apoio a. decisão

3.° passo: Cada um dos divisores, A , B e C , divide a sua parte do terreno em quatro partes que
consideram ser de igual valor.

4.° passo: O selecionador (agricultor D) escolhe uma subparte de cada uma quatro das partes dos três
divisores.
Os divisores, A , B e C , ficam com o que sobra depois do selecionador fazer a sua escolha.

Exercício 48
Três clubes de futebol de uma vila têm de partilhar a utilização de um campo de futebol para os treinos
das equipas dos escalões de formação. As equipas não podem utilizar o campo simultaneamente.

Vamos designar os três clubes por A , B e C .

Depois de se estabelecer, através de sorteio, que o


clube B é o selecionador, vai-se aplicar o método
do selecionador único.

A seguir apresenta-se a distribuição do horário se­


manal efetuada pelos dois clubes divisores, A e C ,
bem como a respetiva divisão em três subpartes.

As subpartes A1 , A2 e A3 constituem a parte do


clube A e as subpartes C 1 , C 2 e C 3 a parte do
clube C .

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado


Manhã C1 A2 C3
A1 ^3 C2 Não
Tarde A2 Q disponível
Atividades
complementares

Descreva como poderá ser efetuada a divisão justa dos horários de utilização do campo de futebol e um Pág. 118
resultado possível para essa partilha.

100
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

5. Método do último a diminuir


Este procedimento foi proposto na década de 40 do século passado pelos mate­
máticos polacos Stefan Banach e Bronislaw Knaster, alunos e colaboradores de
Steinhaus.

Este método é mais uma extensão do método do divisor-selecionador, mas dis­


tingue-se dos anteriores por todos os jogadores serem simultaneamente diviso­
res e selecionadores.

A ideia básica por detrás deste método gira em torno da existência, ao longo de
todo o procedimento, de dois subconjuntos do conjunto de bens. Um desses sub­
conjuntos está, temporariamente, na posse de apenas um dos participantes, po­
dendo passar para outro ao longo do procedimento. O outro subconjunto está na
posse dos restantes participantes.

Uma vez que essa configuração é temporária e dinâmica, a melhor forma de


ilustrar a operacionalização deste método é através de um exemplo.

Stefan Banach (1892-1945) foi um matemático polaco


que se destacou por ser um dos fundadores da análise
funcional moderna.

Bronislaw Knaster (1893-1980) foi um


matemático polaco que se evidenciou
no estudo da Topologia.

Exemplo 26 Método do último a diminuir


Quatro agricultores, designados por A , B , C e D , vão dividir um terreno para cultivo utilizando o método
do último a diminuir.
Vamos considerar o mesmo terreno do exemplo 25.

Resolução
Procedimento:

Atribui-se, aleatoriamente, uma ordem a cada um dos participantes. Vamos considerar


1.° passo:
que a ordem atribuída foi A , B , C e D .
O primeiro participante, o A , escolhe uma parte
do terreno que considera corresponder a 1 do
total.
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2.° passo:

101
H .
Métodos de apoio a. decisão

O segundo participante, B , pronuncia-se, con­


cordando ou discordando com a divisão efetuada:
1
■se acha que é, de facto, ■do terreno (ou menos),
4
3.° passo: passa a vez ao terceiro participante, C ; • rf
1
■se acha que é mais do que ■do terreno, retifica
4
(retirando-lhe um pedaço) e passa a vez ao
terceiro participante, o C .

O participante C pronuncia-se depois do B , analisando a parte escolhida por A


(repete-se o 3.° passo).
4.° passo:
Segue-se o mesmo procedimento para os restantes participantes (neste exemplo já só
falta o D ).

Depois de todos se terem pronunciado (não v


fazendo nada ou retirando um pedaço da parte 1
em análise), o último participante a ter 1
1
diminuído a parte do terreno escolhida /
5.° passo: /
inicialmente por A , fica com essa parte e /
retira-se do processo. Fica assim concluída a j ^ - Va </-
primeira volta do procedimento.

O procedimento repete-se novamente, agora com menos um participante, até restarem


apenas dois. Quando isto acontecer, um divide e o outro escolhe (método do divisor-sele­
6.° passo: cionador).
Repare que, neste exemplo com quatro participantes, apenas seriam necessárias duas vol­
tas até restarem apenas dois intervenientes.

Este método pode, também, ser aplicado à partilha equilibrada de um bolo,


pizza, pudim, utilização de um campo de futebol ou de uma casa para férias,
heranças, etc.

Exercício 49
Cinco amigos, a Diana, a Jenny, o Vítor, o Xavier e a Zulmira, estão a estudar para o exame de MACS e deci­
dem fazer uma pausa para almoçar. Encomendam uma p i z z a que vão dividir utilizando o método do último
a diminuir.

Aleatoriamente, foi atribuída a seguinte ordem para a divisão: Jenny, Zulmira, Xavier, Diana e Vítor.

Sabemos que na primeira e terceira voltas nin­


guém diminuiu e na segunda volta só o Xavier e a
Diana o fazem.

49.1. Quem fica com a primeira fatia?

49.2. Quem fica com a segunda fatia? Atividades


complementares

Pag. 118
49.3. Quem fica com a terceira fatia? 56

49.4. Quais são os participantes que terão de Caderno


de Fichas

aplicar o método do divisor-selecionador? FP7

102
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

6. Método da faca deslizante


Este procedimento muito prático, que também pode ser cha­
mado de método da faca em movimento, é utilizado, habi­
tualmente, para a divisão de bolos, pizzas, queijos, pudins,
etc.

A principal diferença relativamente aos métodos ante­


riores reside no facto de o divisor não ser um dos par­
ticipantes, ou seja, existe um elemento "externo" à
partilha que desempenha esse papel sem qualquer
interesse no resultado final.

Vamos supor que existem apenas dois participantes


mais um elemento desinteressado na partilha. Imagi­
nemos que este último move lenta e continuamente uma
faca, da esquerda para a direita, sobre um bolo homogéneo
"retangular". O bolo é cortado quando um dos participantes diz
“stop". O primeiro participante a dizer “stop" fica com o pedaço da esquerda e o
outro com o pedaço da direita (se disserem “stop" ao mesmo tempo, as partes
podem ser atribuídas aleatoriamente). Repare que este processo aplicado a dois
participantes é equivalente ao método do divisor-selecionador; só que aqui o divi­
sor é considerado como sendo o primeiro participante a dizer “stop".

Em termos estratégicos, qualquer tentativa de um participante ficar com uma


parte maior (não dizendo “stop" e esperando um pouco mais)acarreta o risco de
esse participante acabar por ficar com uma parte menor.

Procedimento:

Escolhe-se um elemento externo à partilha para s e r o


1.° passo:
divisor.

O divisor move a faca lenta e continuamente, digamos da


2.° passo: esquerda para a direita, sobre o bolo até que algum dos
participantes diga "stop".

O participante que disse "stop" fica com a parte que é


3.° passo:
cortada e retira-se do processo.

O processo é repetido com a restante parte do bolo até


4.° passo:
todos terem uma parte.

O deslizar da faca da esquerda para a direita também pode se r efetuado num


bolo “circular", mas, nesse caso, a perceção do tamanho das fatias é mais
difícil para os participantes. Para simplificar este procedimento em especí­
fico, podemos adotar a seguinte estratégia: olhando para o bolo como um re­
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lógio, faz-se um primeiro corte na posição das 12 horas (o corte só é feito até
ao centro do bolo) e depois a faca desliza circularmente, movendo-se no s e n ­
tido dos ponteiros do relógio (sentido horário) até alguém dizer “stop" e ficar
com a respetiva fatia.

103
H é
Metodos de apoio aà decisão

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Exemplo 27 Método da faca deslizante
Três amigos, o Flávio, a Marisa e a Salomé, vão dividir um bolo que custou 12 euros usando o método da
faca deslizante. Metade do bolo é de noz e a outra metade de ananás. O valor que cada um deles atribui a
cada um das metades está representado na figura seguinte:

Ananás

F lá v io M a r is a S a lo m é

27.1. Determine qual dos amigos deverá dizer “s t o p ” em primeiro e em segundo lugar.

27.2. Descreva uma possível divisão final do bolo e o valor de cada parte que cada um dos participantes recebe.

Resolução
27.1. Olhando para o bolo como um relógio, faz-se um primeiro corte desde o centro do bolo até à posição
das 12:00 e depois a faca desliza, movendo-se no sentido dos ponteiros do relógio.
Atendendo a que o bolo vale 12 euros, cada um dos participantes deverá considerar que deve ficar
com uma parte que vale pelo menos 4 euros (parte justa, um terço do total).
Assim, o primeiro a dizer “s t o p ” deverá ser a Marisa quando a faca se encontra prestes a passar da
parte de ananás para a parte de noz, pois fica com uma fatia a valer 4 euros (na sua perspetiva).
Repare que, nesse ponto, ainda nenhum dos outros participantes “atingiu os 4 euros’!
O segundo a dizer “s t o p " deverá ser o Flávio (pelos mesmos motivos).

27.2. Divisão final do bolo:


Flávio - Fica com metade da parte de noz (para ele vale 4 euros).
Marisa - Fica com metade da parte de ananás (para ela vale 4 euros).
Salomé - Fica com metade da parte de noz (para ela vale 3 euros) e metade da parte de ananás
(3 euros, também). A Salomé fica, assim, com uma parte que, na sua perspetiva, vale 6 euros.

Exercício 50
Quatro amigos, o Bruno, o João, o Rui e o Hélder vão dividir um Chocolate

bolo que custou 24 euros, usando o método da faca deslizante.

Metade do bolo é de chocolate e a outra metade de manga.

O valor que cada um deles atribui a cada uma das metades está
representado na figura ao lado.

Descreva uma possível divisão final do bolo e o valor de cada


parte que cada um dos participantes recebe.

Rui H é ld e r

104
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

7. Divisão livre de inveja: algumas considerações


O conceito de divisão livre de inveja surge, frequentemente, associado aos méto­
dos de partilha equilibrada, mas nem todos os procedimentos conduzem a uma
divisão desse tipo.

Uma divisão livre de inveja é uma divisão justa, em que cada um dos participan­
tes acaba com uma parte que sente que é pelo menos tão valiosa como a de
cada um dos outros. Assim, numa divisão livre de inveja, um participante nunca
irá invejar ou desejar a parte que coube a qualquer um dos outros. Já vimos al­
guns métodos que aparentavam ser livres de inveja mas que, na realidade, não o
eram. Podemos antes dizer que tinham uma garantia de proporcionalidade,
pois cada um dos n participantes recebia, pelo menos, ■do total (na sua pers­
petiva), mas isso não implica que um deles não inveje a parte que outro tenha
recebido. O participante pode pensar que recebe uma parte justa, mas não ne­
cessariamente a mais valiosa. Um método que envolva apenas dois participan­
tes, como o do divisor-selecionador, é livre de inveja, mas com três ou mais par­
ticipantes pode já não ser.

No caso do método da faca deslizante importa referir que, para ser livre de in­
veja, o bolo tem que ser necessariamente homogéneo, ou seja, com apenas um
ingrediente ou com ingredientes regularmente distribuídos (não é o caso de um
bolo-rei, por exemplo).

Vamos agora analisar um procedimento que dá origem a uma divisão livre de


inveja com três participantes.

Exemplo 28 Método Selfridge-Conway


Vamos efetuar a divisão de um bolo por três pessoas: a Adélia, a Bibiana e a Célia.

Resolução
Procedimento:

1.° passo:
A Adélia corta o bolo em três pedaços que ela considera terem o mesmo valor.
Cortar
A Bibiana apara (retira uma parte), no máximo, um dos três pedaços (ou seja, pode até não
2.° passo: aparar nenhum pedaço) para que se crie um empate, isto é, para ela não existe um pedaço
Aparar mais valioso do que outros.
A apara é colocada de fora do procedimento.
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■A Célia escolhe um dos três pedaços.


3.° passo: ■A Bibiana escolhe um dos dois pedaços que faltam. Se ela aparou um dos pedaços que
Escolher faltam (no 2.° passo), então tem obrigatoriamente de o escolher.
■A Adélia fica com o pedaço que resta.

Se refletirmos bem neste procedimento, nenhum dos intervenientes pode inve­


jar o que coube aos outros. E em relação à apara que sobrou, tem alguma ideia
de como a partilhar pelos intervenientes mantendo-os livres de inveja?

105
H é
Métodos de apoio aà decisão

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O matemático e cientista político Steven Brams e o matemático Alan Taylor fica­
ram famosos devido ao chamado procedimento de Brams-Taylor que permite
efetuar uma divisão justa e livre de inveja por um número qualquer de interve­
nientes. Taylor e Brams conseguiram mostrar que, no caso de um bolo, o proce­
dimento é livre de inveja para três participantes e dois cortes, mas para quatro
intervenientes e três cortes já não o é (provaram que teria de haver cinco cortes).
Segundo esses matemáticos, para fazermos uma divisão livre de inveja de um
bolo por n participantes, seria necessário cortar previamente o bolo em, pelo
menos, 2n- 2+ 1 fatias.

Steven Brams (1940) é O método de Brams-Taylor para a divisão de um bolo que, ao contrário do de
um matemático e cien- Selfridge-Conway, funciona com quatro ou mais intervenientes não será aqui
tísta político norte-ame­ exemplificado.
ricano. Destaca-se pelos
Vamos, sim, estudar um método, também da autoria de Brams e Taylor, desig­
seus trabalhos na Teoria
nado por ajuste na partilha, que é um procedimento para partilhar de uma forma
de Jogos e Teoria da Es­
colha Social, em espe­ justa e livre de inveja bens do tipo discreto (indivisíveis).
cial os sistemas de vota­
ção e a divisão justa.

8. Método do ajuste na partilha


Este procedimento, que traduzido de uma forma literal é o chamado método do
vencedor ajustado (adjusted winner method), foi patenteado em 1999 pelos já re­
feridos Brams e Taylor.

É um método de divisão justa e livre de inveja que se aplica a bens do tipo discreto e
quando estão envolvidos apenas dois intervenientes. De facto, apesar do procedi­
mento poder ser estendido a mais do que dois participantes, ele deixa de satisfazer
simultaneamente as três propriedades muito importantes que o caracterizam:
Alan Taylor (1947) é um
matemático norte-ame­ ser livre de inveja, ou seja, os intervenientes acreditam que a parte que rece­
ricano que se evidencia bem é tão ou mais valiosa que a dos outros;
no estudo da Teoria de ser equitativo, ou seja, qualquer um dos n intervenientes acredita que a parte
Conjuntos, Lógica, Es­ 1
que recebe é pelo menos ■do total em disputa;
colha Social e Ciências n
Políticas Matemáticas.
ser eficiente, ou seja, não há outra distribuição dos bens que seja melhor.

O método pode ser aplicado na divisão de cargos em empresas, em situações de


divórcio, em negociações territoriais entre dois países, na partilha de heranças
entre dois herdeiros, nas negociações entre duas empresas quando decidem
fundir-se, etc.

Procedimento:

Cada interveniente atribui pontos secretamente (num total de


1.° passo:
100) a cada um dos itens/bens a partilhar.
Cada item é atribuído temporariamente ao interveniente que
2.° passo: mais o valoriza. Em caso de empate, esse item será atribuído
ao interveniente que tiver menos pontos.

106
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

Determina-se o total de pontos com que cada um dos


intervenientes fica após o passo anterior.
■ Se ambos tiverem o mesmo número de pontos, a partilha
está concluída.
3.° passo:
■ Se não tiverem o mesmo número de pontos, terá de se
efetuar um ajuste na partilha.
O interveniente com mais pontos é o chamado vencedor
inicial, sendo o outro o perdedor inicial.
Para cada um dos itens atribuídos ao vencedor inicial,
determina-se o seguinte quociente:
4.° passo:
n.° de pontos atribuídos pelo vencedor inicial
n.° de pontos atribuídos pelo perdedor inicial

Começa-se a transferir itens do vencedor inicial para o


perdedor inicial (por ordem crescente dos quocientes obtidos
no passo anterior) e vai-se recalculando a pontuação.
■ Se ambos tiverem o mesmo número de pontos, a partilha
está concluída.
5.° passo:
■ Caso contrário, continua-se a transferir itens até se chegar
a um item cuja transferência faz com que o vencedor inicial
passe a ter menos pontos do que o perdedor inicial. Esse
item terá de ser "fracionado" e partilhado por ambos para
que haja um equilíbrio na partilha.
Se se representar por x a parte (fração) do item partilhado
que fica com o vencedor inicial, então 1 - x representará a
fração do item partilhado que ficará com o perdedor inicial.
6.° passo:
Escreve-se uma equação que traduza o equilíbrio na partilha
(cada interveniente tem de terminar com o mesmo número
de pontos).
Resolve-se a equação do passo anterior e estabelece-se a
7.° passo:
distribuição final dos itens.

De seguida, vamos analisar um exemplo que nos vai mostrar que este é um pro­
cesso bastante simples.

Exemplo 29 Método do ajuste na partilha


A Lídia e o João, famosos músicos milionários, vão dissolver o grupo e têm, por isso, de dividir os seus três
automóveis.

Efetue a respetiva distribuição, sabendo que será aplicado o método do ajuste na partilha e que as avaliações
individuais se encontram na tabela seguinte:
MMACS10 © Porto Editora

Ferrari 458 Porsche 911 Fiat 500


Lídia 67 27 6
João 34 61 5

107
H .
Métodos de apoio a. decisão

MMACS10 © Porto Editora


Resolução
1. ° passo: Os pontos atribuídos secretamente pela Lídia e pelo João encontram-se na tabela do enunciado.
Repare que cada um dos intervenientes “começa” com 100 pontos.

2. ° passo: Atribuição temporária de itens


Lídia: Ferrari e Fiat João: Porsche

3.° passo: Pontuações


Lídia: 67 + 6 = 73 pontos (vencedor inicial) João: 61 pontos (perdedor inicial)
3 I I
Ferrari + Fiat Porsche

4.° passo: Quocientes (apenas para os itens atribuídos ao vencedor inicial)


n.° de pontos atribuídos pelo vencedor inicial 67
Ferrari: = — « 1,97
n.° de pontos atribuídos pelo perdedor inicial 34

n.° de pontos atribuídos pelo vencedor inicial 6


= 1,2
n.° de pontos atribuídos pelo perdedor inicial 5

5. ° passo: Transferências
0 menor quociente obtido no passo anterior é relativo ao Fiat, logo, transfere-se este item da Lídia (vencedor
inicial) para o João (perdedor inicial).
Recalculam-se as pontuações.
Lídia: 67 pontos (perde os 6 pontos que atribuiu ao Fiat)
João: 61 + 5 = 66 pontos (ganha os 5 pontos que atribuiu ao Fiat)
Como a Lídia continua com mais pontos, então temos de transferir o próximo item (recorde que o objetivo é
atingir um empate de pontos). Apenas resta o Ferrari, mas este não pode ser transferido, pois a Lídia ficaria
com 0 pontos e o João com 100 .
Assim, este último item (Ferrari) terá de ser “fracionado” e partilhado pelos, dois intervenientes.

6. ° passo: Escrever a equação


x : representa a fração do item que fica com a Lídia (vencedor inicial)
1 - x : representa a fração do item que fica com o João (perdedor inicial)
Como cada interveniente tem de terminar com o mesmo número de pontos podemos escrever:
Pontos da Lídia Pontos do João

67x = 61 + 5 + 34 (1 - x)
I I I I
Fração do Ferrari Porsche + Fiat + Fração do Ferrari

7.° passo: Resolver a equação


67x = 61 + 5 + 34 (1 - x) § 67x = 66 + 34 - 34x § 67x + 34x = 66 + 34 § 101x = 100 § x = 10 0
100 101
Assim, como « 0,99 , a Lídia fica com aproximadamente 99% do Ferrari e o João com aproximadamente

1 % . Repare que, como um automóvel é um item indivisível, pode efetuar-se essa partilha em termos de
tempo de utilização, por exemplo.

Pontuação final:
Lídia: 67 x 0,99 « 66 pontos João: 61 + 5 + 34 x 0 ,0 1 « 66 pontos

Distribuição final dos itens: a Lídia fica com cerca de 99% do Ferrari e o João fica com o Porsche, o Fiat e
cerca de 1 % do Ferrari.

108
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

Exercício 51
O futebolista Cristiano Leonel está prestes a assinar contrato com o Real Catalunha FC. Devido a diver­
Atividades
gências em alguns itens do contrato, as negociações com o presidente do clube estão a ser duras e o complementares

Pág. 119
acordo só será possível após a aplicação do método do ajuste na partilha.
58
Na tabela seguinte estão representados os pontos atribuídos secretamente por ambos relativamente a al­
guns itens que geraram divergências.

Salário Prémios de jogo Casa Ajudas de custo Seguro de saúde


Presidente 30 40 5 10 15
Futebolista 50 10 25 5 10

Determine quais são as exigências que o futebolista verá satisfeitas e em que itens do contrato o presi­
dente sairá beneficiado.

9. Método das licitações


M secretas
O método das licitações secretas (ou das propostas fechadas) foi originalmente
proposto por Steinhaus e Knaster, em 1948.
Os princípios básicos do procedimento são semelhantes aos do método do ajuste
na partilha, regendo-se também por um "jogo de compensações" cujo objetivo
primordial é o equilíbrio e a equidade. No entanto, contrariamente ao método
anterior, este pode ser aplicado a mais de dois intervenientes sem que isso afete
as suas propriedades.
Os itens ou bens a partilhar podem ser do tipo discreto ou contínuo, o que faz com
que este método seja um dos mais importantes e mais utilizados na partilha
equilibrada, especialmente no que respeita à divisão de heranças ou patrimónios.
Procedimento:
1.° passo: Cada um dos n intervenientes (P, , P 2 , P3 , P4 , ... , P ) atribui
Licitações secretamente um valor (em euros) a cada um dos itens.

Calcula-se, para cada um dos n intervenientes, o valor justo,


isto é, o quociente entre o valor total que atribuiu aos itens
2.° passo:
(soma das suas licitações) e o número de intervenientes.
Valor justo
„ valor total licitado por P,
Por exemplo: valor justo (P,) = ■
n
Cada um dos itens é atribuído ao interveniente que mais o
3.° passo:
valorizou e determina-se, para cada interveniente, o valor
Atribuição
total dos itens que recebeu (este valor é igual a 0 , caso
dos bens
não tenha recebido qualquer item).

Para cada interveniente calcula-se a diferença entre o valor


justo e o valor total dos itens que recebeu. Por exemplo:
saldo (P,) = valor justo (P,) - valor total dos itens recebidos por P,
4.° passo: ■ Se o saldo for um valor positivo, então tem de receber
MMACS10 © Porto Editora

Saldo esse valor.


■ Se o saldo for um valor negativo, então tem de pagar
esse valor.
■ Se o saldo for zero, não tem de pagar nem receber.

109
H .
Métodos de apoio a. decisão

MMACS10 © Porto Editora


Determina-se se ainda há dinheiro disponível através da
diferença entre a soma dos valores a pagar e a soma dos
valores a receber.
5.° passo: Dinheiro disponível = (soma dos valores a pagar) - (soma
Dinheiro dos valores a receber)
disponível Este dinheiro disponível é dividido igualmente por todos os
intervenientes.
Nota: Se um dos itens a partilhar for dinheiro (em vez de um carro,
uma casa, etc.), deve-se somar esse valor ao dinheiro disponível.

6.° passo: Para cada interveniente soma-se: o valor dos itens que
Distribuição recebeu, o saldo e o valor recebido no passo anterior.
final

Exemplo 30 Método das licitações secretas I


O Diogo, o Ivo e a Mariana são herdeiros de uma duquesa Diogo Ivo Mariana
e vão ter de efetuar a partilha de cinco itens/bens: uma
casa na praia, um automóvel, um apartamento, joias e Casa na praia 200 000 180 000 150 000
obras de arte.
Automóvel 50 000 60 000 40 000
Na tabela ao lado encontram-se as licitações efetuadas
secretamente por cada herdeiro a cada um dos itens. Apartamento 90 000 110 000 160 000
Os valores estão expressos em euros. Joias 60 000 75 000 80 000
Aplicando o método das licitações secretas, efetue a
Obras de arte 100 000 25 000 50 000
partilha dos bens.

Resolução
1. ° passo: Os valores atribuídos secretamente aos itens pelos intervenientes encontram-se na tabela anterior.

2. ° passo: Valor justo


200 000 + 50 000 + 90 000 + 60 000 + 100 000 500 000
Valor justo (Diogo) = = « 166 666,67

180 000 + 60 000 + 110 000 + 75 000 + 25 000 450 000


Valor justo (Ivo) = = = 150 000

150 000 + 40 000 + 160 000 + 80 000 + 50 000 480 000


Valor justo (Mariana) = = = 160 000
3 3
Nota: Isto significa que, por exemplo, o Ivo terá de ficar satisfeito se receber pelo menos 150 000 euros (pois é 1 do valor
que atribuiu a toda a herança).

3. ° passo: Atribuição dos bens


Diogo: casa na praia e obras de arte (valor total dos bens: 200 000 + 100 000 = 300 000)
Ivo: automóvel (valor total dos bens: 60 000)
Mariana: apartamento e joias (valor total dos bens: 160 000 + 80 000 = 240 000)

4. ° passo: Saldo
Saldo (Diogo) = 166 666,67 - 300 000 = - 133 333,33 (paga)
Saldo (Ivo) = 150 000 - 60 000 = 90 000 (recebe)
Saldo (Mariana) = 160 000 - 240 000 = - 80 000 (paga)

110
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

5. ° passo: Dinheiro disponível


Dinheiro disponível = (133 333,33 + 80 000) - 90 000 = 123 333,33
123 333,33 : 3 = 41 111,11 (valor a acrescentar ao que cada um recebeu)

6. ° passo: Distribuição final


Diogo: recebe a casa na praia e as obras de arte, paga 133 333,33 € e recebe 41 111,11 € .
Total recebido pelo Diogo: 200 000 + 100 000 - 133 333,33 + 41 111,11 = 207 777,78 €
Ivo: recebe o automóvel e recebe ainda 90 000 € mais 41 111,11 € .
Total recebido pelo Ivo: 60 000 + 90 000 + 41 111,11 = 191 111,11 €
Mariana: recebe o apartamento e as joias, paga 80 000 € e recebe 41 111,11 € .
Total recebido pela M ariana: 160 000 + 80 000 - 80 000 + 41 111,11 = 201 111,11 €
Repare que cada um dos três herdeiros acaba por “receber” mais 41 111,11 € do que o valor que
consideravam justo receber.

Resolução alternativa
Por uma questão de simplificação e organização, podemos resolver este tipo de problemas recorrendo a uma
tabela onde colocamos toda a informação necessária.

Diogo Ivo Mariana


Valor total
500 000 450 000 480 000
licitado
500 000 450 000 = 150 000 480 000 = 160 000
Valor justo •) 166 000,0 7
3 3 3
Distribuição
Casa na praia e obras de arte Automóvel Apartamento e joias
dos bens
Valor total dos
200 000 + 100 000 = 300 000 60 000 160 000 + 80 000 = 240 000
bens atribuídos
166 666,67 - 300 000 = - 133 333,33 150 000 - 60 000 = 90 000 160 000 - 240 000 = - 80 000
Saldo
Paga Recebe Paga
(133 333,33 + 80 000) - 90 000 =
Dinheiro
= 123 333,33 123 333,33 : 3 = 41 111,11 123 333,33:3 = 41 111,11
disponível
123 333,33 : 3 = 41 111,11
200 000 + 100 000 - 133 333,33 + 60 000 + 90 000 + 160 000 + 80 000 - 80 000 +
Total final
+ 41 111,11 = 207 777,78 + 41 111,11 = 191 111,11 + 41 111,11 = 201 111,11

Quando são muitos os intervenientes e/ou bens a distribuir, recorre-se a uma folha de cálculo onde uma
tabela como a anterior pode, facilmente, ser implementada.

Exemplo 31 Método das licitações secretas II


A Soraia e o Belarmino terminaram o namoro e têm de fazer a
Soraia Belarmino
partilha de alguns bens e de uma quantia em dinheiro que
tinham numa conta (1000 euros). Dinheiro 1 000 1 000
MMACS10 © Porto Editora

Na tabela ao lado estão as licitações secretas (em euros) Computador 350 420
efetuadas por ambos os intervenientes. TV 450 300
Aplique o método das licitações secretas para efetuar a Frigorífico 500 250
partilha.

111
H é
Métodos de apoio aà decisão

Resolução
Soraia Belarmino
Valor total licitado 2300 1970

Valor justo 2300=1150 1970=985


2 2
Distribuição dos bens TV e frigorífico Computador
Valor total dos
450 + 500 = 950 420
bens atribuídos
1150 - 950 = 200 985 - 420 = 565
Saldo
Recebe Recebe
1000 - (200 + 565) = 235
Dinheiro disponível 235 : 2 = 117,50
235 : 2 = 117,50
Total final 450 + 500 + 200 + 117,50 = 1267,50 € 420 + 565 + 117,50 = 1102,50 €

Soraia: fica com a TV e o frigorífico e ainda recebe 200 + 117,50 = 317,50 euros em dinheiro.
Belarmino: fica com o computador e ainda recebe 565 + 117,50 = 682,50 euros em dinheiro.

Exercício 52
Quatro herdeiros (A , B , C e D) vão dividir um património constituído por cinco
itens usando o método das licitações secretas. '
As licitações, em euros, de cada um dos herdeiros encontram-se na tabela seguinte:
A B C D
Item 1 350 240 300 220
Item 2 90 120 100 130
Item 3 400 450 500 460
Item 4 600 550 600 650 Atividades
complementares
Item 5 720 750 800 700 Pág. 119

59 60
Efetue a distribuição do património.

Algumas considerações acerca do método das licitações secretas


Neste "jogo", cada um dos intervenientes é ao mesmo tempo comprador e ven­
dedor, sem saber qual dos dois papéis representa até que se tornem públicas
as licitações.
Um das vantagens deste método é que promove a honestidade. De facto, se
um interveniente licitar valores muito altos, arrisca-se a ter de pagar muito
dinheiro por um item que não quer. Já se licitar valores muito baixos, corre o
risco de a avaliação total ser muito baixa e não receber o seu valor justo.
Uma das desvantagens do método tem a ver com o facto de "obrigar" cada um
dos intervenientes a ter uma quantia em dinheiro suficiente para as compen­
sações e acertos. Se não tiver esse valor e precisar de um empréstimo, por
exemplo, já estão em jogo outras variáveis (como juros, por exemplo) que
podem levar a que a partilha já não seja justa.
Todos devem aceitar dinheiro como substituto de qualquer item. Esta proprie­
dade obriga a que ninguém aja sentimentalmente e possa argumentar "para
mim, este item tem um valor inestimável".

112
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

10. Método dos marcadores


Este método foi apresentado, em 1975, pelo matemático norte-americano WiUiam
F. Lucas (1933-2010) e aplica-se a bens do tipo discreto (indivisíveis).

Para o procedimento efetivamente funcionar, é fundamental que:


exista um número de itens a dividir bastante maior que o número de intervenientes.
os bens tenham valores aproximados e pouco elevados.

Tem a vantagem de não ser necessário que os intervenientes tenham disponível


uma quantia em dinheiro, ao contrário do método das licitações secretas.

Procedimento:

Colocam-se alinhados os itens/objetos a dividir e atribui-se um


1.° passo:
número a cada um deles, sendo o objeto mais à esquerda o 1 .

Cada interveniente divide, secretamente, a fila de objetos em


vários segmentos utilizando marcadores.
2.° passo: Cada um dos n intervenientes tem de dividir a fila de
Licitações objetos em n segmentos (colocando n - 1 marcadores).
Nota: Nenhum dos intervenientes deve ver as posições dos marcadores
dos restantes até que coloque os seus próprios marcadores.

Partindo do primeiro objeto (o mais à esquerda) começa-se a


percorrer a fila até se encontrar o primeiro marcador. O
interveniente que colocou esse marcador fica com todos os
objetos à esquerda do mesmo. Esse interveniente já tem a
sua parte, e, por essa razão, retiram-se os seus restantes
marcadores.
3.° passo:
De seguida percorre-se a fila, sempre da esquerda para a direita,
Atribuição
até se encontrar o segundo marcador de um dos intervenientes,
que fica com o segmento de objetos compreendido entre o seu
primeiro e segundo marcadores. Esse interveniente já tem a sua
parte, por isso, retiram-se os seus restantes marcadores.
Continua-se assim, sucessivamente, até cada um dos
intervenientes ficar com um dos seus segmentos.

4.° passo: Se sobrarem objetos, estes podem ser divididos por sorteio
Divisão de ou, caso sejam em número superior aos intervenientes,
sobras aplica-se novamente o método dos marcadores.

Observações:
Em situações de empate, ou seja, o primeiro marcador colocado na mesma
posição por mais de um interveniente, é atribuído o segmento aleatoriamente
(por sorteio, por exemplo).
Este método garante sempre que cada um dos intervenientes acaba por ficar
com um dos segmentos que escolheu inicialmente.
O sucesso da aplicação deste procedimento depende da capacidade de cada
MMACS10 © Porto Editora

interveniente conseguir dividir o conjunto de objetos em segmentos de valor


aproximado. Ora, isto é sempre possível se os objetos forem de valores aproxi­
mados e pouco elevados. Por exemplo, seria uma tarefa complicada aplicar
este método a um conjunto constituído por 20 rebuçados e 1 tablet.

MMACS10-08 113
H é
Métodos de apoio aà decisão

Exemplo 32 Método dos marcadores


A Lídia, a Graça e o António querem dividir um conjunto de 12 livros que sobraram de uma Feira do Livro que
organizaram na escola. Para isso vão utilizar o método dos marcadores que estudaram nas aulas de MACS.
Vamos descrever uma hipotética divisão justa do conjunto dos livros.

Resolução
1.° e 2.° passos: Alinham-se os livros e cada um dos intervenientes coloca secretamente dois marcadores,
dividindo, assim, o conjunto em três segmentos. Vamos designar por L1 e L2 os marcadores colocados pela
Lídia, G1 e G2 os colocados pela Graça e A1 e A2 os do António.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
DAN
A E s c ra v a BROWN A E s c ra v a
" 'C o r d o v a "•C ó rd o v a

n
Gi A A2 L i G2 l 2

3. ° passo: Atribuição
O primeiro marcador que aparece é o Gj , logo, atribuem-se os livros 1 e 2 à Graça. Retiram-se os livros
atribuídos e os marcadores da Graça.
De seguida procuram-se os segundos marcadores. O primeiro que se encontra é o A 2, logo, o António fica
com os livros colocados no segmento delimitado por A1 e A2 . Retiram-se os livros 4 , 5 e 6 e os
marcadores do António.
Finalmente, a Lídia fica com o segmento de livros compreendido entre L1 e L 2, ou seja, com os livros 7 , 8 ,
9 e 10 . Repare que também podia ter ficado com os livros 11 e 12 , pois é um dos segmentos que escolheu
inicialmente e não foi atribuído a nenhum dos outros intervenientes.

4. ° passo: Divisão de sobras


Sobram os livros 3 , 11 e 12 . Um sorteio resolve este problema e cada um dos intervenientes recebe um
desses livros.
Note-se que se a Lídia tivesse ficado com os livros 11 e 12 , então já sobrariam cinco livros (3, 7 , 8 , 9 e 10)
e, nesse caso, poder-se-ia aplicar novamente o método dos marcadores apenas com esses livros.

Exercício 53
Quatro amigos (A , B , C e D) vão dividir um conjunto de 15 cromos do Campeonato da Primeira Liga
2014/2015, utilizando o método dos marcadores.
Na figura seguinte está o conjunto de cromos já alinhado e com os marcadores colocados.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

11

□ 1 35 d d i s r j
i 1 ! i 01 Atividades
complementares

Pág. 119

61
n # n # n
B*1 C'i D iAi bh C2 A2B 3 D>2 CJ3 A3D 3
Efetue a dist ribuição dos cromos.

114
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

Síntese

Teoria da partilha equilibrada - Métodos

Divisor­ 1. ° passo: Escolhe-se, aleatoriamente, quem é o divisor e quem é o seleciona­


-selecionador dor. Pode-se, por exemplo, realizar um sorteio.

2. ° passo: O divisor divide o conjunto de bens em duas partes.

3. ° passo: O selecionador escolhe uma das partes.


O divisor fica com a parte que o selecionador não escolheu.
Pág. 95

Divisor único 1.° passo : Escolhe-se, aleatoriamente, quem é o divisor e quem são os selecio-
nadores.

2. ° passo: O divisor divide o conjunto de bens em três partes (B 1 , B 2 e B3), tan­


tas quantos os intervenientes.

3. ° passo: Os dois selecionadores atribuem, secretamente, um valor (habitual­


mente uma percentagem) a cada uma das partes, B1 , B2 e B3 , de acordo com
as suas preferências.

4. ° passo: As partes são distribuídas pelos participantes conforme as suas prefe­


rências (cada um deles terá de receber sempre, no mínimo, — do valor total, ou
seja, 33,(3)%).
Pág. 97

Selecionador 1.° passo: Escolhe-se, aleatoriamente, quem é o selecionador e quem são os di-
único visores.

2. ° passo: Os divisores dividem o conjunto de bens entre si. Para isso:


■usa-se o método do divisor-selecionador, no caso de serem dois divisores;
■usa-se o método do divisor único, no caso de serem três ou mais divisores.

3. ° passo: Cada um dos divisores divide a parte que lhe calhou em tantas sub­
partes quanto o número de participantes.

4. ° passo: O selecionador escolhe uma subparte de cada uma das partes de


cada divisor. Cada divisor fica com a(s) correspondente(s) parte(s) que o selecio­
nador não escolheu.
Pág. 99

Último a A ideia básica por detrás deste método gira em torno da existência, ao longo de
diminuir todo o procedimento, de dois subconjuntos do conjunto de bens. Um desses
subconjuntos está, temporariamente, na posse de apenas um dos participantes,
podendo passar para outro ao longo do procedimento. O outro subconjunto
MMACS10 © Porto Editora

está na posse dos restantes participantes. Para melhor o compreender, consul­


tar o exemplo 26, da página 1 0 1 .
Pág. 101

115
H é
Metodos de apoio aà decisão

|k

MMACS10 © Porto Editora


Teoria da partilha equilibrada - Métodos (cont.)

Faca 1. ° passo : Escolhe-se um elemento externo à partilha para ser o divisor.


deslizante 2. ° passo : O divisor move a faca lenta e continuamente, da esquerda para a di­
reita (por exemplo) sobre o bolo, até que algum dos participantes diga “s t o p ”.

3. ° passo : O participante que disse “s t o p ” fica com a parte que é cortada e retira­
-se do processo.

Pág. 103
4.° passo : O processo é repetido com o restante bolo até todos terem uma parte.

Ajuste na 1.° passo : Cada interveniente atribui secretamente pontos (num total de 100) a
partilha cada um dos itens a partilhar.

2.° passo : Cada item é atribuído temporariamente ao interveniente que mais o


valoriza. Em caso de empate, esse item será atribuído ao interveniente que tiver
menos pontos.

3.° passo: Determina-se o total de pontos com que cada um dos intervenientes
fica após o passo anterior.
Se ambos tiverem o mesmo número de pontos, a partilha está concluída.
Se não tiverem o mesmo número de pontos, terá de se efetuar um ajuste na
partilha .
O interveniente com mais pontos é o chamado vencedor inicial, sendo o outro
o perdedor inicial.

4.° passo: Para cada um dos itens atribuídos ao vencedor inicial, determina-se o
seguinte quociente:
n.° de pontos atribuídos pelo vencedor inicial
n.° de pontos atribuídos pelo perdedor inicial

5. ° passo : Começa-se a transferir itens do vencedor inicial para o perdedor ini­


cial (por ordem crescente dos quocientes obtidos no passo anterior) e vai-se re­
calculando a pontuação.
Se ambos tiverem o mesmo número de pontos, a partilha está concluída.
Caso contrário, continua-se a transferi-los até se chegar a um item cuja trans­
ferência faça com que o vencedor inicial passe a ter menos pontos do que o
perdedor inicial. Esse item terá de ser “fracionado” e partilhado por ambos
para que haja um equilíbrio na partilha.

6. ° passo: Se se representar por x a parte (fração) do item partilhado que fica com
o vencedor inicial, então 1 - x representará a fração do item partilhado que ficará
com o perdedor inicial. Escreve-se uma equação que traduza o equilíbrio na par­
tilha (cada interveniente tem de terminar com o mesmo número de pontos).

7.° passo : Resolve-se a equação do passo anterior e estabelece-se a distribuição


final dos itens.
Pág. 106

116
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

Licitações 1. ° passo: Cada um dos intervenientes atribui secretamente um valor (em euros)
secretas a cada um dos itens.

2. ° passo: Calcula-se, para cada um dos intervenientes, o valor justo, isto é, o


quociente entre o valor total que atribuiu aos itens (soma das suas licitações) e o
número de intervenientes.

3. ° passo: Cada um dos itens é atribuído ao interveniente que mais o valorizou


e determina-se, para cada um deles, o valor total dos itens que recebeu (este
valor é igual a 0 , caso não tenha recebido qualquer item).

4. ° passo: Para cada interveniente calcula-se a diferença entre o valor justo e o


valor total dos itens que recebeu.
■Se o saldo for um valor positivo, então tem de receber esse valor.
■Se o saldo for um valor negativo, então tem de pagar esse valor.
■Se o saldo for zero, não tem de pagar nem receber.

5. ° passo: Determina-se se ainda há dinheiro disponível através da diferença


entre a soma dos valores a pagar e a soma dos valores a receber.
Dinheiro disponível=(Soma dos valores a pagar) - (Soma dos valores a receber)
Este dinheiro disponível é dividido igualmente por todos os intervenientes.

6.° passo: Para cada interveniente soma-se: o valor dos itens que recebeu, o
saldo e o valor recebido no passo anterior.
Pág. 109

Marcadores 1. ° passo: Colocam-se alinhados os itens/objetos a dividir.

2. ° passo: Cada um dos n , intervenientes divide a fila de objetos em n seg­


mentos (colocando n - 1 marcadores).

3. ° passo: Partindo do primeiro objeto (o mais à esquerda), começa-se a percor­


rer a fila até se encontrar o primeiro marcador. O interveniente que colocou esse
marcador fica com todos os objetos à esquerda do mesmo. Esse interveniente já
tem a sua parte, por isso retiram-se os seus restantes marcadores.
De seguida percorre-se a fila, sempre da esquerda para a direita, até se encon­
trar o segundo marcador de um dos intervenientes, que fica com o segmento de
objetos compreendido entre os respetivos primeiro e segundo marcadores. Esse
interveniente já tem a sua parte, por isso, retiram-se os restantes marcadores.
Continua-se assim, sucessivamente, até cada um dos intervenientes ficar com
um dos seus segmentos.

4.° passo: Se sobrarem objetos, estes podem ser divididos por sorteio ou, caso
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sejam em número superior aos intervenientes, aplica-se novamente o método


dos marcadores.
Pág. 113

117
H .
Métodos de apoio a. decisão

Atividades complementares

O Filipe e a Cátia querem dividir uma p i z z a 56 O Afonso, o Eduardo, a Liz, o


constituída por duas metades distintas: chou­ Dinis e o Lucas, têm uma
riço e vegetais. Suponhamos que nenhum dos tablete de chocolate
dois conhece as preferências do outro. para dividir, aplicando
o método do divisor único.
Sabe-se que o Filipe valoriza duas vezes mais o
chouriço em relação aos vegetais. 56.1. O Afonso foi escolhido para divisor e partiu

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A Cátia dividiu e cortou a p i z z a como se mostra a tablete em cinco partes P 1 , P 2 , P3 , P4 e
na figura. P5 . Secretamente, a Liz escolheu P4 e P5,
o Eduardo P 4 e P3 , o Dinis P4 e P5 e o
Lucas P3 .
Descreva como ficou distribuído o chocolate.

56.2. Admita agora que decidem utilizar o m é­


todo do último a diminuir, intervindo pela
seguinte ordem: Lucas, Afonso, Dinis, Liz e
Eduardo.
O Lucas começa por cortar uma parte que
julga corresponder a uma quinta parte da
tablete.
54.1. Indique, em percentagem, o valor de cada Na primeira volta, o Dinis e a Liz são os
uma das metades na perspetiva do Filipe. únicos que diminuem. Na segunda volta,
ninguém diminui. Na terceira volta, apenas
54.2. Usando o método do divisor-selecionador, o Eduardo diminui.
descreva uma divisão justa da p i z z a .
a) Como serão atribuídas as três primeiras
54.3. Se fosse o Filipe o divisor, de que forma ele partes?
cortaria a p i z z a ? Explique a sua opção. b) Quem divide na quarta volta?
c) Como se deve proceder quando já só
restarem dois participantes?
A Alice, o Bruno e a Matilde vão dividir um ter­
reno usando o método do divisor único.

Depois de fazerem um sorteio, ficou estabele­ Quatro equipas de basquetebol têm de partilhar
cido que a Matilde é o divisor. a utilização de um complexo desportivo para os
treinos. O complexo é constituído por doze cam­
Ela dividiu o terreno em três partes (T 1 , T2 e T3) .
pos de basquetebol.
A tabela seguinte mostra as licitações, ou seja, o
valor percentual que cada participante atribuiu Duas ou mais equi­
a cada uma das três partes do terreno. pas não podem
utilizar um campo
Tj T2 T3 simultaneamente.

Alice 35% 40% 25% Vamos designar os


quatro clubes por
Bruno 50% 40% 10 %
A , B , C e D .
Matilde 33,(3)% 33,(3)% 33,(3)%
Depois de se estabelecer, através de sorteio, que
Determine o resultado final desta partilha, usando o clube B é o selecionador, vai-se aplicar o m é­
o método do divisor único. todo do selecionador único.

118
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

Atividades complementares
A seguir apresenta-se a divisão do complexo Recorrendo ao método das licitações secretas, o
desportivo efetuada pelos três clubes divisores, aluno de MACS conseguiu resolver o problema.
A , C e D , bem como a respetiva divisão em Descreva a que conclusões chegou.
quatro subpartes. Por exemplo, as subpartes A 1 ,
A2 , A3 e A4 constituem a parte do clube A .
Quatro irmãos, W , X , Y e Z , vão ter que dividir
A1 A2 A4 C3 D1 D2 alguns objetos para utilizarem durante as férias
do verão. Na tabela que se segue estão presentes
A3 C1 C2 C4 D3 D4
as licitações secretas, em número de pastilhas
Descreva como poderá ser efetuada a divisão elásticas, efetuadas pelos intervenientes.
justa dos campos de basquetebol e um resul­
W X Y Z
tado possível para essa partilha.
T a b le t 5 2 8 10
8 Admita que o Manuel e o António atribuem a Computador 10 20 80 60
três itens, secretamente, as avaliações seguintes:
Consola 20 15 12 15
Item Manuel António Bola 2 10 6 12
Casa 30 40
Recorra ao método das licitações secretas e efe­
Quadro 20 30 tue a divisão justa dos bens.
Empresa 50 30
Quatro amigos, o João (J), a Rita (R),
Recorrendo ao método do ajuste na partilha, efetue o ffugo (ff) e a íris (I), deci­
a distribuição dos três itens pelos intervenientes. diram utilizar o método '
dos marcadores para di­
9 Três empresários de futebol, A , B e C , pre­ vidir entre si 20 gomas
tendem agenciar um conjunto de quatro fute­ de vários formatos e sabores.
bolistas, mas como não se entendem acerca da
Para isso, começaram por colocar as gomas
distribuição a efetuar, pediram ajuda a um aluno
aleatoriamente em linha e atribuíram um nú­
de MACS.
mero a cada uma delas. De seguida, cada um
escreveu, secretamente e num pedaço de
papel, o seu nome e um número de 1 a 3 em
índice, para indicar quais eram as respetivas
1.a, 2.a e 3.a marcas. Cada um colocou as suas
marcas da forma que entendia ser uma parti­
lha justa.
O João colocou as marcas imediatamente a seguir
Na tabela seguinte estão as avaliações, em mi­ às gomas 4 , 7 e 14 .
lhares de euros, efetuadas pelos três empresá­
A Rita colocou as marcas imediatamente a seguir
rios aos quatro futebolistas.
às gomas 3 , 6 e 10 .
A B C O Hugo colocou as marcas imediatamente a
seguir às gomas 6 , 11 e 16 .
Zé Carrinhos 100 200 350
A Iris colocou as marcas imediatamente a seguir
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Chico Bala 250 100 120


às gomas 5 , 8 e 12 .
João Colosso 60 90 70
Explique como deverão proceder de seguida e a
Nando Talocha 500 450 650 quem serão atribuídas as diferentes gomas.

119
H .
Métodos de apoio a. decisão

Avaliação global

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1 O Sr. Azevedo e o Sr. Salgado vão dissolver a sua empresa e decidiram dividir alguns bens.
1 .1 . Para fazerem uma divisão justa, vão
utilizar o método do ajuste na partilha.
As avaliações feitas por cada um deles
foram as seguintes:

Sr. Azevedo Sr. Salgado


Material
15 5
informático
Material de
10 5
escritório
Máquinas 50 30

Instalações 25 60

Descreva como será efetuada a distribuição dos bens e o resultado final da mesma.
1 .2. Admita agora que, em vez do método do ajuste na partilha, vão utilizar o método das licita­
ções secretas.
Vamos considerar que as licitações secretas efetuadas por ambos resultam dos valores da
tabela multiplicados por 100 000 euros, no caso do Sr. Azevedo, e por 120 000 euros, no
caso do Sr. Salgado.
Efetue a partilha equilibrada dos bens.

2 A Beatriz e a Mónica pretendem dividir um conjunto de bombons coloridos.


A Beatriz dividiu o conjunto de bombons da seguinte forma:

Sabe-se que a Mónica valoriza três vezes mais os bombons vermelhos do que os das outras
cores.
2.1 . Quanto vale, em percentagem, cada uma das partes na perspetiva da:
a) Mónica?
b) Beatriz?
2.2. Sendo a Beatriz o divisor e a Mónica o selecionador, descreva uma divisão justa dos bom­
bons usando o método do divisor-selecionador.
Argumente porque é que nenhum dos intervenientes fica insatisfeito.

120
1 .2 . Teoria da partilha equilibrada

Avaliação global

No contexto do exercício anterior, admitamos que a Petra, amiga da Beatriz e da Mónica, decide
entrar na partilha e introduz mais alguns bombons no conjunto.
Decidiram efetuar a divisão através do método do divisor único.
Depois de fazerem um sorteio, ficou estabelecido que a Petra é o divisor.
A Petra dividiu, então, o conjunto de bombons em três partes X 1 , X2 e X3 , como mostra a figura
seguinte:

A tabela seguinte mostra as licitações, ou seja, o “peso relativo” que cada uma das participantes
atribui a cada uma das três partes

*i *2 *3

Petra 100 % 100 % 100 %


3 % 3 % 3 %

Beatriz 70% 10 % 20%

Mónica 30% 30% 40%

3.1. Porque será que a Petra atribui, a cada uma das partes, % ?

3.2. Determine o resultado final desta partilha.

Efetue a divisão do conjunto de bombons do exercício anterior recorrendo ao método dos marca­
dores e sabendo que:
Os bombons ficam alinhados pela seguinte ordem cromática: verde, vermelho, amarelo, azul,
lilás e cor de laranja.
A Petra coloca marcadores antes das posições 4 e 10 .
A Beatriz coloca marcadores depois das posições 4 e 12 .
A Mónica coloca marcadores antes das posições 11 e 15 .
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121
H .
Metodos de apoio a. decisao

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1 Os alunos do 10.° ano do Agrupamento de Escolas de Beirais pretendem
organizar uma sessão de cinema no polivalente da escola. Todos os
alunos do 10.° ano foram chamados a eleger qual o filme que será
visionado, tendo sido colocados à votação os filmes: “Velocidade Furiosa"
“Guerra das Estrelas" “O Hobbit” e “Homem-Aranha’!

Cada aluno, no seu boletim de voto, ordena os quatro filmes, de acordo


com a ordem das suas preferências, sendo o seu voto atribuído ao filme
colocado em primeira preferência.

No quadro de preferências seguinte, estão registadas as sequências das preferências obtidas na


votação e o número correspondente de boletins.

Preferência Voto

Homem­ Velocidade Homem­ Velocidade Guerra das


1.a O Hobbit
-Aranha Furiosa -Aranha Furiosa Estrelas

Guerra das Velocidade Homem­ Homem­


2.a O Hobbit O Hobbit
Estrelas Furiosa -Aranha -Aranha

Velocidade Homem­ Guerra das Guerra das


3.a O Hobbit O Hobbit
Furiosa -Aranha Estrelas Estrelas

Guerra das Guerra das Velocidade Homem­ Velocidade


4.a O Hobbit
Estrelas Estrelas Furiosa -Aranha Furiosa

Total de
10 8 13 6 15 14
votos

O método escolhido para eleger o filme foi o método preferencial, de acordo com os seguintes
critérios e etapas:

■ contabiliza-se o número de votos obtidos, na primeira preferência, por cada filme;

■ caso um filme obtenha a maioria absoluta de votos na primeira preferência, ele é eleito
vencedor e o processo termina;

■ caso contrário, elimina-se da eleição o filme que obteve o menor número de votos, na primeira
preferência, e o quadro de preferências é reestruturado, passando a incluir menos um filme
(consequentemente, também menos uma preferência);

■ a este “novo" quadro de preferências, aplicam-se novamente todos os procedimentos


anteriores, pela ordem enunciada;

■ o processo repete-se até um dos filmes obter maioria absoluta de votos, na primeira preferência.

122
Exercícios tipo exame

Tendo em conta os resultados da votação expressos na tabela:

1 .1. Calcule o número de votos que cada um dos filmes obteve, na primeira preferência.

1 .2. Determine, segundo o método descrito, qual é o filme que será visionado no polivalente da
escola.
Na sua resposta deve incluir, obrigatoriamente, o número de votos obtidos, na primeira
preferência, por cada filme, em cada uma das contagens que efetuar para determinar o filme
escolhido.

1 .3. Determine qual é o filme vencedor utilizando o método de Borda e compare com os
resultados obtidos na alínea anterior.
Segundo o método de Borda, o apuramento do vencedor faz-se de acordo com os seguintes
critérios e etapas:
■ para que um voto possa ser considerado válido, cada eleitor vota em todos os filmes,
ordenando-os de acordo com as suas preferências;
■ na ordenação final dos concorrentes, cada primeira preferência recebe tantos pontos
quantos os filmes em votação;
■ cada segunda preferência recebe menos um ponto do que a primeira, e assim
sucessivamente, recebendo a última preferência um ponto;
■ o vencedor é o filme com maior número de pontos.

1 .4. Determine quantos alunos frequentam o 10.° ano de escolaridade no Agrupamento de Escolas
de Beirais, sabendo que aproximadamente 7% dos alunos do 10.° ano não votaram.

2 Nos processos eleitorais, a conversão do número de votos em mandatos pode ser feita utilizando
métodos diferentes.
Segundo o método de Hamilton, a distribuição dos mandatos pelos partidos concorrentes faz-se da
seguinte forma:
■ calcula-se o divisor-padrão (DP), dividindo o número total de votos pelo número de mandatos da
Assembleia Municipal;
■ calcula-se a quota-padrão (QP) para cada um dos partidos, dividindo o número de votos de cada
partido pelo divisor-padrão;
■ atribui-se a cada partido um número de mandatos igual à parte inteira da quota-padrão;
■ caso ainda restem mandatos para distribuir, ordenam-se, por ordem decrescente, as partes deci­
mais das várias quotas-padrão e atribuem-se os mandatos que restam (um para cada partido) aos
partidos cujas quotas-padrão tenham partes decimais maiores;
■ na atribuição do último mandato, se houver dois partidos com quotas-padrão que apresentem a
mesma parte decimal, atribui-se o último mandato ao partido com menor número de mandatos.
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Segundo o método de Hondt, a distribuição dos mandatos pelos partidos concorrentes faz-se da
seguinte forma:
■ o número de votos apurados por cada partido é dividido, sucessivamente, por 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , etc.,
sendo os quocientes alinhados, pela ordem decrescente da sua grandeza, numa série de tantos
termos quantos os mandatos em disputa;

123
Métodos de apoio à decisão

■ os mandatos pertencem aos partidos a que correspondem os termos da série estabelecida pela

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regra anterior, recebendo cada um dos partidos tantos mandatos quantos os seus termos na série;
■ no caso de restar um só mandato para distribuir e de os termos seguintes da série serem iguais e
de partidos diferentes, o mandato cabe ao partido que tiver obtido menor número de votos.

Concorreram cinco partidos às eleições para a Assembleia Municipal de Beirais.


Cada um dos doze lugares na assembleia corresponde a um mandato. Após o apuramento geral,
os resultados foram os seguintes:

Partido A B C D E

Número de votos 545 740 250 810 140

O Martinho é um habitante de Beirais que gosta muito de estudar Teoria das Eleições nas aulas de
MACS. Ele afirma que, no apuramento dos lugares a atribuir a cada partido, o resultado da distri­
buição dos doze lugares pelas listas concorrentes é o mesmo, quer se aplique o método de Hondt
quer se aplique o método de Hamilton.

Mostre se o Martinho tem razão.

Na sua resposta deve:


■ apresentar a distribuição dos 12 lugares aplicando o método de Hondt;
■ apresentar a distribuição dos 12 lugares aplicando o método de Hamilton;
■ apresentar a conclusão.

3 A Direção do Agrupamento de Escolas de Beirais decidiu criar uma co­


missão responsável por organizar algumas atividades junto de toda a
comunidade educativa.

3.1. Para constituir a comissão, foi aberta uma votação para que os alunos
do agrupamento pudessem escolher o respetivo presidente.

Candidataram-se ao cargo três alunas do 12.° ano: a Acácia (A), a


Julieta (J ) e a Melina (M).

Cada aluno do Agrupamento ordenou, uma única vez, os nomes


das três candidatas, de acordo com as suas preferências.

A ordenação efetuada por cada aluno corresponde a um voto, tendo sido apurados 332 votos
válidos.

Na tabela que se segue, encontram-se organizados os resultados obtidos.

1 .a preferência J M A M

2.a preferência A J J A

3.a preferência M A M J

N.° de votos 44 106 62 120

124
Exercícios tipo exame

A escolha da presidente é feita usando o método seguinte:


■ Seleciona-se um par de candidatos e, não alterando os números de votos nem a ordem de
cada uma das preferências, elabora-se uma nova tabela apenas com os dois candidatos que
constituem esse par.
■ Comparam-se esses candidatos, contabilizando-se apenas a primeira linha: o candidato
com o maior número de votos na primeira linha é o vencedor do par escolhido.
■ Repetem-se os pontos anteriores até terem sido comparados todos os pares de candidatos.
■ Indica-se, caso exista, o candidato que ganha quando comparado com os restantes candida­
tos.

Determine, caso exista, a candidata escolhida para presidente da comissão organizadora, apli­
cando o método descrito.

3.2. Para incentivar a participação de outros agrupamentos de escolas da região, a comissão orga­
nizadora decidiu distribuir 160 convites pelos agrupamentos X , P , T e O .

A tabela seguinte apresenta o número de alunos de cada um dos agrupamentos.

Agrupamento X P T O

N.° de alunos 160 380 120 540

A presidente da comissão organizadora distribuiu os convites usando o método seguinte:


■ Calcula-se o divisor-padrão, dividindo-se o número total de alunos pelo número de convites.
■ Calcula-se a quota-padrão para cada um dos agrupamentos, dividindo-se o número de alu­
nos de cada agrupamento pelo divisor-padrão.
■ Se a quota-padrão é um número inteiro, atribui-se ao agrupamento essa quota.
■ Se a quota-padrão não é um número inteiro, calcula-se " l x (L + 1), sendo L o maior nú­
mero inteiro inferior à quota-padrão.
■ Se a quota-padrão é menor do que " l x (L + 1), atribui-se a cada agrupamento uma quota
arredondada igual ao maior número inteiro inferior à quota-padrão; se a quota-padrão é
maior do que " l x (L + 1), atribui-se a cada agrupamento uma quota arredondada igual ao
resultado da adição de 1 com o maior número inteiro inferior à quota-padrão.
■ Caso a soma das quotas-padrão arredondadas seja igual ao número de convites a distribuir,
o método dá-se por finalizado, e assume-se que o número de convites para cada agrupa­
mento é igual à quota-padrão arredondada; caso contrário, é necessário encontrar um divi­
sor modificado, substituto do divisor-padrão, de modo a calcular a quota modificada de cada
agrupamento.
■ Repetem-se os cinco primeiros pontos até se obter uma soma das quotas-padrão modifica­
das arredondadas igual ao número de convites a distribuir.
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Determine quantos convites foram distribuídos em cada agrupamento de escolas, aplicando o


método descrito. ________
Apresente os valores das quotas-padrão e os valores de " l x (L + 1) arredondados com duas
casas decimais.

125
H .
Metodos de apoio a. decisao

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4 A Câmara Municipal de Beirais distribui 66 computadores, de dois em dois anos, pelas bibliotecas
das suas três freguesias.

Essa distribuição é efetuada tendo em conta a população de cada freguesia.

Na tabela seguinte apresenta-se o número de habitantes de cada uma das três freguesias e o nú­
mero de computadores que foi atribuído a cada uma delas no ano de 2013.

Freguesia Beirais de Cima Beirais de Baixo Beiraliz

N.° de habitantes 1120 385 980

N.° de computadores 30 10 26

Em 2015, no âmbito de um programa de combate à desertificação de localidades do interior do


país, a freguesia de Beirais de Baixo passou a contar com mais 140 habitantes e a Câmara Munici­
pal decidiu aumentar para 68 o número de computadores para distribuir pelas freguesias.

Face a estes novos dados, o número de computadores a distribuir pelas freguesias será alterado.

Determine, tendo em conta essas alterações, o novo número de computadores a que cada fregue­
sia terá direito usando o método seguinte:

■ Calcule o divisor-padrão, dividindo o número total de habitantes pelo número total de computa­
dores.

■ Calcule a quota-padrão para cada uma das freguesias, dividindo o número de habitantes de cada
freguesia pelo divisor-padrão.

■ Atribua a cada freguesia um número de computadores igual à parte inteira da quota-padrão.

■ Caso ainda fiquem computadores por distribuir, atribua os computadores que restam às fregue­
sias cujas quotas-padrão tenham partes decimais maiores (um para cada freguesia).

■ Relativamente ao último computador, se houver duas freguesias cujas quotas-padrão apresen­


tem a mesma parte decimal, atribua-o à freguesia com o menor número de computadores.

Apresente o valor do divisor-padrão e os valores das quotas-padrão com arredondamento às milé­


simas.

Comente o resultado final da nova distribuição comparando-a com a que já existia.

126
Exercícios tipo exame

5 A Filipa, o João e o Alberto são três amigos que compraram, em conjunto, um certo número de ras-
padinhas no Café Central de Beirais. Do dinheiro despendido na compra, a Filipa participou com
25% , o João com 40% e o Alberto com 35% .
As várias raspadinhas que compraram permitiu-lhes receber o seguinte conjunto de prémios: uma
viagem ao México, um computador e uma TV 3D.
Os três amigos vão fazer a partilha do prémio e o método utilizado é o seguinte:
■ Primeira etapa: cada interveniente atribui um valor monetário a cada um dos prémios, colocando o
registo dos valores das suas licitações dentro de um envelope fechado. No final, são abertos os enve­
lopes e são registados, numa tabela, os valores das licitações de todos os intervenientes.
■ Segunda etapa: determina-se o valor global atribuído, por cada interveniente, aos prémios e o
valor que cada um considera justo receber, designado por valor justo. O valor justo obtém-se, para
cada interveniente, através de uma proporção direta entre a percentagem de participação de cada
um na compra das raspadinhas e a soma das licitações atribuídas por esse interveniente.
■ Terceira etapa: cada um dos prémios é atribuído ao interveniente que mais o valoriza, e consi­
dera-se que ele recebe o valor que atribui a esse prémio. Se um deles não receber qualquer pré­
mio, considera-se, para efeitos de cálculo, que o “valor dos prémios recebidos” por esse interve­
niente é zero.
■ Quarta etapa: se o valor dos prémios recebidos por um interveniente for superior ou for inferior
ao valor justo por si determinado, então esse interveniente terá de pagar ou de receber a dife­
rença, respetivamente.
■Quinta etapa (só é aplicada quando existe dinheiro em excesso): o excesso obtém-se subtraindo ao
total do valor a pagar o total do valor que os intervenientes têm a receber. Este excesso é distri­
buído na proporção direta da participação de cada jovem na compra das rifas.

Na tabela seguinte, estão registados os valores monetários atribuídos, nas licitações secretas, por
cada interveniente a cada um dos prémios, o que corresponde à primeira etapa.

Filipa João Alberto

Viagem ao México 1 200 800 750

Computador 600 950 1 000

TV 3D 700 700 850

Determine a partilha dos três prémios, aplicando o método descrito, de forma a nenhum interve­
niente ter razão para reclamar.

Na sua resposta, deve:


■ calcular o valor global atribuído aos prémios por cada interveniente;
■ determinar o valor justo para cada interveniente;
■ atribuir os prémios aos intervenientes;
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■ apurar o valor a pagar ou a receber por cada interveniente;


■ apurar o excesso, caso exista;
■ dividir o excesso, caso exista, pelos intervenientes;
■ indicar o prémio e o valor final a receber, ou a pagar, por cada interveniente.

127
H .
Metodos de apoio a. decisão

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6 O Senhor Faria deixou uma herança, a ser distribuída, equitativamente, por três herdeiros:
o Afonso, o Dinis e o Eduardo. A herança é constituída por quatro bens: um apartamento em
Lisboa, um terreno em Beirais, um automóvel e um quadro de Van Gogh. Os herdeiros, com a
ajuda de um licitador, decidem distribuir os bens, utilizando o método de licitações secretas.
■ Cada herdeiro atribui, secretamente, um valor a cada um dos bens.
■ A seguir, os valores são tornados públicos:

Afonso Dinis Eduardo

120 000 € 200 000 € 100 000 €

Apartamento

64 000 € 50 500 € 70 000 €

Terreno

32 000 € 40 500 € 45 500 €

Automóvel

150 000 € 90 000 € 120 000 €

Quadro

Tendo em conta os valores que cada herdeiro atribui a cada um dos bens, o método prossegue da
seguinte forma:
■ determina-se o valor global atribuído à herança por cada herdeiro e o chamado valor justo, ou
seja, o valor da herança que cada um considera justo receber ( 1 do valor atribuído à herança,
n
sendo n o número de herdeiros);

■ cada bem é atribuído ao herdeiro que mais o valoriza, e considera-se que ele recebe o valor que
atribui ao respetivo bem;
caso um herdeiro não receba qualquer bem, considera-se, para efeito dos cálculos seguintes,
que o “valor dos bens recebidos” pelo herdeiro é zero euros;

128
Exercícios tipo exame

■ seguidamente, caso o valor dos bens recebidos por um herdeiro:

- ultrapasse o valor da parte que considera justo receber, o herdeiro disponibiliza, em dinheiro,
o respetivo excedente;

- não atinja o valor da parte que este considera justo receber, o herdeiro recebe, em dinheiro, do
montante à disposição, o valor em falta;

■ após este procedimento, caso sobre dinheiro, este é distribuído em partes iguais por todos os
herdeiros.

De acordo com o método atrás descrito:

6.1. Indique quanto vale a herança para cada um dos herdeiros, bem como o valor que cada um
deles considera justo receber (o valor justo).

6.2. Num pequeno texto, indique, justificando, se algum dos herdeiros pode ter razão para recla­
mar do resultado final da partilha, face ao que achava justo receber.

O texto deve, obrigatoriamente, contemplar os pontos que a seguir se indicam:


■ o valor da herança que cada herdeiro efetivamente recebeu;
■ a comparação entre o valor da herança que cada herdeiro considerava justo receber e o que
efetivamente recebeu;
■ a conclusão quanto à razão para algum herdeiro reclamar, ou não, do resultado final da di­
visão.

Comece por calcular como ficou distribuída a herança pelos três, determinando:
■ a quem foi atribuído cada um dos bens;
■ o valor, em dinheiro, que cada um dos herdeiros efetivamente recebeu ou pagou, após a
atribuição dos bens;
■ o valor, em dinheiro, que cada um dos herdeiros efetivamente recebeu ou pagou, no final
de todo o processo.

Na resposta a este item, quando for necessário proceder a arredondamentos, utilize duas
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casas decimais.

Caso não tenha resolvido a questão 6.1 ., e somente neste caso, considere que o valor da he­
rança que o Afonso, o Dinis e o Eduardo consideram justo receber é de 120 000 € , 126 000 €
e 1 1 2 000 € , respetivamente.

MMACS10-09 129
2. ESTATÍSTICA
Um olhar sobre a História

A Estatística, instrum ento indispensável na sociedade, surgiu


há m uitos séculos. Este ramo do conhecimento desenvolveu-se,
ao longo do tempo, graças à necessidade de manipulação dos
dados recolhidos e para re tira r inform ações de interesse dos
mesmos.

Ronald A ylm er Fisher (1890-1962), um dos m aiores e statísti­


cos de todos os tem pos, é considerado o pai da Estatística m o­
derna. As suas contribuições teóricas foram fundam entais
para a Estatística através da invenção de técnicas revolucioná­
rias para a aplicação desta ciência noutras, em particular, a
descoberta dos m étodos de otim ização para a validação dos
resultados em píricos. Das suas m uitas descobertas destaca­
-se a análise de variância - um núm ero re strito de experim en­
tações pode se r suficiente para estabelecer generalizações
para o grupo - e a introdução do princípio da aleatoriedade na
am ostragem . Em 1921, introduziu o conceito de probabilidade.
Fisher utilizou os resultados que obteve na Estatística como
ferram enta para aplicação nos seus estudos de genética. As
suas descobertas ainda hoje são utilizadas pela m aioria dos
pesquisadores, pois este método p e rm ite m -lh e s realizar ex­
periências de form a legítim a e m axim izar a inform ação re su l­
tante dos seus estudos.

Ronald Aylmer Fisher (1890-1962), ma­


temático e biólogo britânico, formou-se
na Universidade de Cambridge em 1912.
Pioneiro na aplicação de métodos esta­
tísticos, deu também um contributo rele­
vante para a Genética, particularmente
nos seus aspetos biométricos e evoluti­
vos. Os princípios gerais da teoria de Fi­
sher estão explicados no seu livro Statis­
tical Methods fo r Research Workers, que editou em 1925. Ao
longo da sua carreira recebeu vários prémios de prestígio, no­
meadamente, três medalhas da Royal Statistical Society: a Me­
dalha Real (1938), a Medalha de Darwin (1948) e a Medalha de
Copley (1955).
ESTATÍSTICA

Introdução ao estudo da Estatística


0

Interpretação de tabelas e gráficos


Construção e interpretação de
tabelas de frequência e gráficos
Percentis. Mediana e quartis.
Diagrama de extremos e quartis
2.5 Média e moda.
Medidas de localização0

2.6 Variância e desvio-padrão.


Medidas de dispersão
Dados bivariados

Material
• Papel, lápis e borracha
• Calculadora gráfica
• Computador
2 Estatística

2.1. Introdução ao estudo da Estatística

MMACS10 © Porto Editora


A Estatística surge no mundo atual como resposta à grande complexidade de
* Observação problemas que não permitem uma solução através de um único modelo, com
Com esta introdução, uma resposta "exata". Para resolver estes problemas, utiliza-se um conjunto de
pretende-se apresentar as
ideias básicas dos
instrumentos e técnicas que, articulados, permitem dar respostas aproximadas,
processos conducentes à com níveis de erro controlados. Computadores, técnicas de simulação, números
recolha de dados com a aleatórios, probabilidades e estatística são recursos que, em conjunto, permi­
finalidade de ajudar os
tem avaliar os problemas e sugerir soluções.
alunos a elaborarem, em
trabalho de grupo, um
Desta forma, a Estatística emerge como uma ciência de grande atualidade e ca­
estudo estatístico.
pital interesse para o ser humano e para a sociedade em geral. Podemos, em
seguida, referir quatro aspetos que ilustram a importância da Estatística no de­
senvolvimento social.

Utilidade - o ser humano, como elemento integrante da sociedade, necessita


de conhecimentos estatísticos. Quotidianamente, tudo o que nos rodeia será
mais facilmente entendido se puder ser quantificado, e, nesse sentido, a Esta­
tística, como ciência que permite recolher dados válidos e interpretá-los, as­
sume um carácter de enorme utilidade.

Estudos futuros - o conhecimento da Estatística é determinante para estabe­


lecer bases indispensáveis ao desenvolvimento de outras ciências e à própria
Matemática. A Biologia, a Medicina e as Ciências Sociais, por exemplo, que
hoje requerem pouco conhecimento da Matemática tradicional, dependem do
conhecimento e domínio da Estatística para o seu desenvolvimento.

Investigação científica - nos países mais desenvolvidos, existem redes de de­


partamentos estatísticos de diferentes áreas que são utilizadas sistematica­
mente pelas empresas e por equipas de investigação científica.

Estética - a Estatística, também neste plano, regista um particular interesse ao


possibilitar o ordenamento e a análise de variadíssimas informações que, sem
o seu concurso, seriam impossíveis de obter. Não dependendo de bases mate­
máticas estruturadas, com recurso a instrumentos agradáveis, a Estatística fo­
menta o desenvolvimento do conhecimento nas mais diversas áreas do saber.

Sobre a Estatística já muito foi dito, pelo que se apresentam em seguida alguns
dos pressupostos considerados mais relevantes:

sendo a Estatística uma ciência, ela baseia-se em noções, princípios e premis­


sas bem definidos;

a Estatística tem como base um conjunto de objetos que possuem alguma ca­
racterística em comum;

a Estatística é como a Natureza: preocupa-se com a espécie e desinteressa-se


do indivíduo;

132
2 .1 . Introdução ao estudo da Estatística

a Estatística recorre a métodos científicos para recolher, organizar; classificar,


apresentar e interpretar conjuntos de dados, possibilitando conclusões válidas
e sugerindo tomadas de decisão baseadas em tais análises.

Do que hoje ninguém duvida é que o conhecimento da Estatística é fundamental


para a atividade económica e para o desenvolvimento social e científico da Hu­
manidade.

Interpretar e dar informações


Faz parte do conhecimento geral básico a capacidade para interpretar informa­
ções veiculadas através de gráficos, tabelas e textos e, simultaneamente, para
transmitir informações utilizando os mesmos meios.

Meia-verdade
É necessário compreender e saber interpretar o que se passa à nossa volta. Por
exemplo, a Comunicação Social recorre muitas vezes a instrumentos estatísti­
cos poderosos, como os gráficos, que se distinguem de outros meios de infor­
mação pela facilidade e clareza na apreensão de uma ideia. Porém, teremos de
ter em conta que, mesmo sem apresentar dados incorretos, por vezes estes
gráficos são elaborados com o objetivo de nos influenciar e, de algum modo,
esconder a realidade, como se ilustra na situação que se segue.

Os gráficos e a informação
O diretor de programas do canal A de uma televisão anuncia um aumento de
audiência em relação ao canal B da mesma televisão.
Para evidenciar este sucesso, utilizou os gráficos seguintes:

Espectadores do canal A Espectadores do canal B

* Observação
Por vezes, usa-se a
Estatística como um
bêbedo usa um poste de
luz - mais como suporte do
que para iluminação.

A informação será imparcial?


Observe-se que a informação que os gráficos transm item , mesmo partindo
de dados corretos, é distorcida, porque utilizou escalas diferentes para o
mesmo objetivo. Este exemplo mostra que é preciso estar atento e ter espí­
rito crítico ao analisar informações que nos são fornecidas.

133
2 Estatística

1. Fases de um estudo estatístico


Num estudo estatístico, normalmente, segue-se um conjunto de procedimentos

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que se designam por fases do método estatístico.

Estes procedimentos são:


Definição do problema
Planificação do processo de resolução
Recolha de dados
Organização dos dados
Apresentação dos dados
Análise e interpretação dos dados

A definição do problema a estudar deve ser formulada de modo claro e preciso.


Nesta fase, o investigador deve procurar saber, através de artigos, revistas e In­
ternet, se outros estudos foram desenvolvidos relativamente ao mesmo tema e
quais as conclusões daí retiradas.

Na fase da planificação do processo de resolução devem ser definidos os proce­


dimentos necessários à resolução do problema. É ainda nesta fase que se decide
a forma de obtenção dos dados, o tipo de dados e se se vai analisar a população
ou uma amostra.
Deve ser ainda definida uma calendarização para as diferentes atividades a realizar.
O procedimento da recolha de dados é a fase operacional, que envolve a obten­
ção, a reunião e o registo sistemático dos dados. Para a obtenção dos dados
pode recorrer-se a questionários, observações diretas, entrevistas, experimen­
tações e pesquisa bibliográfica.

A fase de organização dos dados consiste em resumir os dados através da sua


contagem e agrupamento com o propósito de distinguir o essencial do secundá­
rio relativamente ao fenómeno em estudo.

A apresentação dos dados é feita através de tabelas ou gráficos.


Farmácias por localização geográfica
Estas formas de apresentar dados permitem sintetizar grande
3%
2% _ _ ^ quantidade dos mesmos, tornando mais fácil a compreensão da
~ 45%
5% variável em estudo e permitindo uma futura análise.
-
12%-----" 33% Finalmente, surge a fase mais importante, a análise e interpreta­
ção dos dados - nesta fase calculam-se novos números com base
nos dados estatísticos. Estes novos números permitem fazer uma
■ Norte j Região Autónom a
■ Centro dos Açores descrição do fenómeno evidenciando algumas das suas caracte­
Alentejo ■ Região Autónom a rísticas particulares.
■ Algarve da Madeira

134
2 .1 . Introdução ao estudo da Estatística

2. Estatística descritiva e estatística indutiva


Numa análise estatística temos de considerar duas fases: uma primeira, na qual
se procura descrever e estudar a amostra, e uma segunda fase, em que se pro­
cura tirar conclusões para a população.

Depois de definida a amostra, procede-se ao seu estudo.

A informação obtida é resumida em tabelas e gráficos, calculando algumas ca­


racterísticas amostrais que se designam por estatísticas (média, mediana,
moda...). Este estudo descritivo dos dados é o objeto da Estatística descritiva.

A Estatística descritiva tem por finalidade descrever certas propriedades relati­


vas a um conjunto de dados (amostra), pondo em evidência as características
principais e as propriedades.

A m ostra

Estatística
descritiva

Estatística
in d u tiv a

População

Depois de efetuadas as observações fica-se na posse de um conjunto caótico de


dados, o que naturalmente dificulta a obtenção de conclusões. É perante esta
"desordem" que a Estatística descritiva revela a importância e o interesse das
suas técnicas, ao permitir classificar esses dados e deles fornecer característi­
cas sumárias. Este processo de reunir a informação contida nos dados com base
num pequeno número de valores característicos é conhecido por processo de
redução de dados. Obviamente que no processo de redução dos dados há infor­
mações a eles relativas que são eliminadas, o que destaca a importância da es­
colha adequada dos valores característicos.

Naturalmente, os métodos descritivos, enquanto meios que permitem ordenar a


"desordem" e sintetizar a diversidade das informações contidas nos dados,
podem aplicar-se quer à população quer à amostra. Tal aplicabilidade pode ser
explicada, apesar das diferentes dimensões da população e da amostra, pelo
carácter semelhante dos seus elementos.
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Já no caso da Estatística indutiva a situação é diferente. Aqui trata-se de gene­


ralizar os resultados obtidos em determinado conjunto de elementos (amostra)
a um outro conjunto mais numeroso (população).

135
Estatística

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A Estatística indutiva procura inferir propriedades mais gerais da população a
partir de propriedades obtidas de uma análise descritiva da amostra ou de
amostras da mesma população.
A característica inferencial desta estatística faz com que ela seja designada por
Estatística inferencial e aproxima-se do objetivo fundamental das ciências em
geral, ao generalizar resultados a universos cada vez mais vastos.
A validação da inferência estatística aproxima-se da validação indutiva das ciên­
cias, na medida em que não é definitivamente falsa ou verdadeira, e afasta-se da
validação dedutiva da Matemática, enquanto proposições definitivamente certas
ou erradas. Pode, assim, dizer-se que a inferência estatística não é verdadeira
nem falsa, mas, antes, é algo de provável e acompanhado de alguma incer­
teza. Mas podia questionar-se: "Que valor tem a inferência se se sabe que ela
se produz com um certo erro?" Este aspeto, que à primeira vista pode parecer
crítico, é ultrapassado pelo controlo do próprio erro em limites razoáveis de
acordo com a situação. De qualquer modo, é necessário lembrar que o erro é
uma característica comum à generalidade das situações práticas com que o
ser humano se defronta.
No processo de controlo do erro, a Estatística recorre a técnicas da teoria das
probabilidades que permitem quantificar o erro, compreendendo-se que a infe­
rência é tanto mais provável quanto menor for o erro que a acompanha, isto é,
quanto menos incerta for. Assim se entende o grande contributo da Teoria das
Probabilidades para o desenvolvimento da Estatística, que se verificou, princi­
palmente, a partir de meados do século XIX.
No esquema seguinte podem observar-se as etapas que normalmente são se­
guidas num procedimento estatístico.

ESTATÍSTICA
DESCRITIVA

Neste manual vamos estudar a Estatística descritiva.

136
2 .1 . Introdução ao estudo da Estatística

3. Censo e sondagem
Um censo ou recenseamento é um estudo onde é feita a análise de todos os
elementos da população em causa.

O último censo realizado em Portugal, pelo Instituto Nacional de Estatística


(INE), foi em 2011.

Em 2021 será realizado novo censo, uma vez que estes se realizam de dez em
dez anos.

Censos
Censo ou recenseamento é um estudo estatístico de um universo de
pessoas, instituição ou objetos físicos com o propósito de adquirir
conhecimentos, observando todos os seus elementos, e fazer juízos
quantitativos acerca de características importantes desse universo.

A alternativa à realização de um censo ou recenseamento é uma sondagem.

Sondagem
Sondagem é um estudo científico de uma parte da população com o
objetivo de conhecer melhor atitudes, hábitos e preferências da
população relativamente a acontecimentos, circunstâncias e assuntos
de interesse comum.

A realização de sondagens é tão habitual nas sociedades atuais que podemos


dizer que elas se relacionam, em maior ou menor grau, com a vida da generali­
dade das pessoas.

Recorrendo a empresas especializadas, os partidos políticos enco­


mendam sondagens para estimar o número de votantes e/ou para
avaliar o impacte público das suas posições, as empresas promovem
sondagens para prever o número de compradores dos seus produtos
e os investigadores efetuam sondagens para avaliar o impacte social
das suas descobertas.

A economia de meios, a comodidade, a rapidez e o pequeno número


de elementos que pode ser necessário estudar constituem vanta­
gens das sondagens relativamente aos censos.

A grande dificuldade em obter resultados de confiança, a partir de sondagens,


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reside na necessidade de utilizar amostras representativas da população, o que


nem sempre é fácil de se conseguir. O fator crítico da representatividade da
amostra faz com que os resultados obtidos tenham de ser vistos à luz de algum
erro admissível face aos propósitos do estudo.

137
2 Estatística

4. Considerações gerais sobre técnicas


de amostragem
Há amostras e amostras...
Geralmente, quando se pretende estudar uma população, há algumas quantidades

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População
numéricas que se pretendem conhecer; isto é, os parâmetros. Quando, por exem­
plo, se pretende estudar a população constituída por todos os potenciais eleitores
para as eleições presidenciais, há dois parâmetros que podem ter interesse:
idade média dos potenciais eleitores que estão decididos a votar;
percentagem de eleitores decididos a votar.

Para se conhecerem estes parâmetros ter-se-ia de perguntar a idade a cada


eleitor, assim como a sua vontade ou não de participar no ato eleitoral, o que
seria uma tarefa impossível por razões económicas e também de tempo.

Os parâmetros são estimados por estatísticas, que são números calculados a


* Observação partir da amostra.
As considerações sobre
técnicas de amostragem Para se estimarem parâmetros, é necessário que as amostras sejam represen­
devem ser interpretadas tativas das populações. Quando uma amostra não é representativa da popula­
como elemento de ção, estamos perante uma amostra mal selecionada. Quando isto acontece,
consulta no caso de os
corre-se o risco de obter conclusões erradas, como, por exemplo, utilizar uma
alunos pretenderem
elaborar trabalhos de amostra formada por 15 alunos de uma determinada turma para tirar conclu­
estatística. sões sobre os hábitos de leitura de todos os estudantes da escola (admitamos
uma escola com uma população de 2500 alunos).

Para que os resultados de um estudo estatístico possam ser considerados váli­


dos, ter-se-á de fazer um planeamento da amostragem, no qual se definirão o
modo de recolher os dados e que dados deverão ser trabalhados, evitando,
dessa forma, as amostras mal selecionadas.

Com alguma frequência tomamos contacto com amostras mal selecionadas,


ditas amostras enviesadas, resultado de processos como a amostragem por
conveniência ou obtidas por resposta voluntária. Não raras vezes, em estações
de televisão, surgem perguntas em que é pedido aos telespectadores para, atra­
vés de dois números de telefone, associados às respostas Sim e Não, dizerem,
por exemplo, se estão de acordo com o trabalho desenvolvido pelo atual selecio­
nador nacional de futebol. A utilização da percentagem de respostas Sim como
indicação da percentagem da população portuguesa que apoia o trabalho do se­
* Observação
lecionador é, porventura, pouco credível, pois, habitualmente, só uma pequena
Outra razão para além do
enviesamento da amostra, franja da população responde a questões deste tipo.
que pode levar a uma
A amostragem por resposta voluntária, como no exemplo atrás referido, con­
amostra não adequada,
é a falta de precisão. duz, eventualmente, a resultados pouco verosímeis.
Esta ocorre quando duas
amostras aleatórias distintas O mesmo acontece na amostragem por conveniência, quando se escolhe uma
nos dão estatísticas muito amostra a partir de um conjunto de elementos pertencentes a um determinado
diferentes. grupo profissional ou de um clube, para tirar conclusões credíveis para a população.

138
2 .1 . Introdução ao estudo da Estatística

Seria, por certo, uma amostra enviesada se recolhêssemos, por exemplo, a opi­
nião sobre qual é o melhor jogador profissional da Liga a um grupo alargado de
adeptos do Benfica. A amostra, neste caso, daria indicações sobre a população
formada por sócios e simpatizantes do Benfica, logo, a opinião recolhida não
representaria as opiniões dos portugueses em geral.

Nos casos de am ostras enviesadas, como as referidas nos exemplos anteriores,


concorre a intervenção do fator humano, tratando-se, por isso, de amostras não
aleatórias. Para diminuir o risco de obter uma amostra enviesada, dever-se-á,
durante o processo de planeamento da amostra, considerar o princípio de alea-
toriedade como meio de obtenção de uma amostra aleatória.

Dada uma população, uma amostra aleatória é uma amostra tal que
qualquer elemento da população tem uma probabilidade positiva de se r
selecionado para a am ostra.

A tarefa de seleção de uma amostra aleatória de uma população de grandes


proporções é um processo moroso e complicado de pôr em prática. Para contor­
nar esta dificuldade, pode considerar-se uma amostra aleatória sistemática .

Técnicas de amostragem aleatória


Admitamos que pretendemos estudar o meio de transporte utilizado por 125 e s ­
tudantes de uma escola que residem em três zonas diferentes, zona A , zona B
e zona C , como se ilustra na figura seguinte:

Para tal, decidimos considerar uma amostra de 30 alunos.

Como podemos escolher os 30 alunos?


Certamente não vamos escolher os últimos 30 alunos a chegarem à escola, ou
os 30 alunos mais velhos, ou os 30 alunos com melhores notas. Se assim pro­
cedêssem os, estaríamos a utilizar uma amostragem não probabilística, isto é,
não utilizando o acaso mas sim outro critério qualquer.

A amostragem probabilística pode fazer-se de diversas formas, a saber:


amostragem aleatória simples;
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amostragem aleatória sistemática;


amostragem estratificada ou proporcional;
amostragem por grupos (clusters);
amostragem multietapas.

139
2 Estatística

Amostragem aleatória simples

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Dada uma população de dimensão N , uma amostra aleatória simples de
n elem entos é toda a amostra em que a probabilidade de qualquer outro
conjunto de n elementos da população se r selecionado é a mesma.

No processo de amostragem aleatória simples, e relativamente ao exemplo


apresentado, a amostra dos 30 alunos poderia ser obtida dos 125 alunos da
escola do seguinte modo:
escrevem -se os 125 nomes ou números respetivos dos 125 alunos em 125
papéis; dobram-se os papéis; m etem -se numa caixa; baralham-se e uma pes­
soa tira aleatoriamente, um a um, 30 papéis.

Amostragem aleatória sistemática

^ Observação Dada uma população de dimensão N , ordenada por algum critério, se


A amostra aleatória se pretende uma amostra de dimensão n , escolhe-se aleatoriamente
sistemática não é uma um elemento x de entre os k primeiros, onde k é a parte inteira do
amostra aleatória simples,
quociente N . A partir de x escolhem -se sucessivamente os elementos,
pois nem todas as n
amostras possíveis de x + k , x + 2k , ...
dimensão n têm a mesma
probabilidade de serem
selecionadas. Voltemos ao exemplo da seleção de 30 de 125 alunos. No método de am ostra­

No entanto, se o quociente gem aleatória sistemática com eça-se por ordenar previamente todos os indiví­
duos da população; depois, considera-se o quociente 125 : 30 = 4 ,1 6 6 6 . = 4,1(6)
— for inteiro, mostra-se
n e escolhe-se um aluno ao acaso entre os 4 (parte inteira do quociente anterior)
que a probabilidade de
qualquer elemento ser primeiros da lista ordenada, por exemplo o 3 ; continua-se a seleção, esco­
selecionado é igual a n . lhendo todos os alunos da lista distanciados de 4 unidades, ou seja, os alunos
6 N
com os números 3 , 7 , 11 , ... , até obtermos os 30 alunos da amostra.

Amostragem estratificada ou proporcional


Neste tipo de amostragem, a população é dividida em classes homogéneas,
chamadas estratos. Os estratos podem se r feitos por idade, por sexo, por classi­
ficação obtida nas diferentes disciplinas, por estrato s o c ia l.
Feitos os estratos, a amostra escolhe-se aleatoriamente em número proporcio­
nal ao número de elementos de cada estrato. Atenção que, devido ao facto de
eventualmente se r necessário proceder a arredondamentos, nem sempre se
obtém a dimensão da amostra inicialmente pretendida.
No exemplo da página anterior, vamos considerar o estrato correspondente à
zona onde residem os alunos.
Então, tem -se:
1 25------- 30 125 - - 30 125 - 30
8 0 ------- x 15 - -y 30 -z
x = 19,2 y = 3,6 z = 7,2

140
2 .1 . Introdução ao estudo da Estatística

Assim, seriam selecionados aleatoriamente 19 alunos da zona C , 4 alunos da


zona A e 7 alunos da zona B .

A maior parte das sondagens faz-se usando este método.

Selecionada a amostra, inicia-se o estudo estatístico.

Amostragem por grupos (clusters)


A população é dividida em clusters, onde cada cluster é representativo da população.

Seleciona-se aleatoriamente um conjunto de clusters e a amostra é constituída


por todos os elementos dos clusters selecionados.

Por exemplo, suponhamos que pretendíamos estudar o grau de satisfação dos


gestores da Grande Lisboa.

Não dispondo de uma lista de todos os gestores, considera-se uma lista de todas
as em presas (clusters) e a partir dela selecionam -se aleatoriamente algumas
empresas, considerando-se a amostra constituída pelos gestores das empresas
selecionadas.

Amostragem multietapas
Considera-se a população dividida em vários grupos e selecionam -se aleatoria­
mente alguns dos grupos. Por sua vez, estes grupos ainda estão divididos em
grupos dos quais se selecionam alguns aleatoriamente.

Este processo repete-se até se r possível continuar a constituir grupos.

Por exemplo, para uma sondagem eleitoral, considera-se o país dividido em re­
giões, dentro de cada região estim am -se os grupos de centros populacionais
com dimensão semelhante, selecionam -se aleatoriamente algumas destas ci­
dades, as cidades são divididas em freguesias e algumas das freguesias são s e ­
lecionadas aleatoriamente. Finalmente, em cada freguesia são escolhidos
alguns elementos da população para inquirir.

Dimensão da amostra
O número de elementos de uma amostra adequada depende muito da variabili­
dade da população subjacente.

Por exemplo, se relativamente à população constituída pelos alunos do 10.° ano


de Matemática A estivermos interessados em estudar a sua idade média, a di­
mensão da amostra não necessita de se r muito grande, já que a característica a
estudar (a idade) apresenta valores com uma pequena variabilidade.

No entanto, se pretendermos estudar o rendimento das famílias dos alunos do


10.° ano de Matemática A, a dimensão da amostra necessita de se r mais alar­
gada, pois a variabilidade da característica rendimento das famílias é superior à
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da idade média.

Para saber mais sobre dimensão da amostra, deve consultar bibliografia sobre
Inferência estatística.

141
2 Estatística

5. Obtenção
M de amostras
Como obter uma amostra aleatória
Como vimos, para se obter uma amostra que permita calcular estimativas sufi­

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cientemente precisas dos parâmetros a estudar, a sua dimensão depende da
variabilidade da população existente.
Vamos estudar as intenções quanto ao prosseguimento dos estudos dos
150 alunos de uma escola que frequentam o 10.° ano.
Apesar de ser possível inquirir toda a população, optou-se por selecionar uma
amostra de 25 alunos. A cada aluno atribui-se um número.
A calculadora gráfica permite rapidamente indicar 25 números de uma lista
aleatória de 1 a 150 . A atividade que lhe propomos é exatamente usar a sua
calculadora gráfica para obter os 25 números aleatórios.

Vamos considerar dois processos para obter aleatoriamente a lista de 25 alunos


escolhidos entre 150 :

1.° processo: amostra aleatória simples


Executando na calculadora o comando randint (1,150), é gerado, aleatoriamente,
um número inteiro entre 1 e 150 .
Como se pretende uma lista de 25 números escolhidos ao acaso entre 1 e 150 ,
podemos gerar de uma só vez e guardar essa lista, fazendo randint (1,150,25).

|1 Ordenação ascendente
2 OrdenaçSo d es ce n d er«
3 Lista de somas cumulativas ,31.120.14?
A Preencher
5 Sucessão
6 Lista de dferenças
7 Aumentar
8 Converter Lista e m Matnz
9 Converter M atriz em Lista
A: Esquerda confiança
Sticos

É provável que apareçam números repetidos. Nesse caso obtêm-se, um a um,


os números necessários para completar a lista de 25 .

2.° processo: amostragem sistemática


Para recolher a amostra de dimensão 25 , vamos
* Observação dividir a população em 25 grupos de 6 alunos e
1. Os números obtidos pela escolher ao acaso um elemento do primeiro grupo.
calculadora não são Admita-se que é escolhido o número 3 . A partir
aleatórios, mas sim desta primeira escolha, bastará agora selecionar
pseudoaleatórios, pois
um elemento de 6 em 6 . Neste caso, os elemen­
são gerados a partir de
um mecanismo tos escolhidos seriam 3 , 9 , 15 , 21 , 27 , ... 147 .
introduzido no software Esta sequência pode ser gerada e armazenada em L1
da calculadora.
através do comando seq (3+6N,N,0,24)"L1 , em que
2. Se se encontrarem
números repetidos,
3+6N é a expressão que gera a sequência, N indica a
ignoram-se e variável da expressão, 0 e 24 indicam que a variável
continua-se o processo N toma valores inteiros de 0 a 24 (estes inclusive).
de obtenção de números
Consulte o Máximo na Tecnologia para obter informação
aleatórios.
para outras calculadoras.

142
2 .1 . Introdução ao estudo da Estatística

Como obter uma amostra estratificada


Suponhamos que queríamos comparar os resultados obtidos no Exame Nacio­
nal de Matemática A do 12.° ano com a classificação interna obtida, nesta disci­
plina, pelos alunos de uma escola nas diferentes turmas do 12.° ano.

Sabem os que as turmas não são todas uniformes no aproveitamento. Assim,


para selecionar uma amostra representativa da população a estudar, optou-se
pelo método de obtenção de uma amostra estratificada, em que os estratos são
as turmas.

Na escola havia cinco turmas do 12.° ano, A , B , C , D e E , com 30 , 15 , 25 ,


17 e 22 alunos, respetivamente.

Pretendíamos recolher uma amostra de 25 alunos.

Quantos alunos vamos selecionar de cada turma?

Com eça-se por calcular a percentagem de alunos de cada turma que compõem
a população. Usa-se este resultado para calcular quantos alunos se devem re­
colher em cada turma.

Número Percentagem de população Número de elementos


Turma
de alunos (aproximação às centésimas) da amostra

A 30 0,275 0,275 x 25 = 7

B 15 0,138 0,138 x 25 = 3

C 25 0,229 0,229 x 25 = 6

D 17 0,156 0,156 x 25 = 4

E 22 0,202 0,202 x 25 = 5

Total 1 1 25

Da turma A vamos selecionar aleatoriamente sete alunos, da turma B três, da


turma C seis alunos, da turma D quatro alunos e da turma E cinco alunos.

Podemos usar a calculadora ou arranjar papéis ou cartões iguais, escrever em


cada um o nome de um aluno da turma, meter os papéis num saco, misturar
bem e extrair 7 , 3 , 6 , 4 e 5 , conforme se trate da turma A , B , C , D ou E ,
respetivamente.
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A atividade que propomos é que, na sua escola, usando as turmas de um ano


letivo, selecione uma amostra estratificada.

143
2 Estatística

2.2. Interpretação de tabelas e gráficos

Existem diversas formas para se apresentar dados

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ou um conjunto de dados; por exemplo, utili­
zando tabelas e gráficos conseguimos atribuir um
significado a esses dados, o que nos permite de
uma forma simples e rápida interpretar essas in­
formações.

Um exemplo prático são as bolsas financeiras que


apresentam índices de ações em forma de gráficos
ilustrativos que facilitam a leitura.

Atividade inicial 2
População e amostra

Recorde que:

População
População estatística, ou simplesmente população, é um
conjunto de elementos, designados por unidades
estatísticas, sobre os quais podem ser feitas observações
e recolhidos dados relativos a uma característica comum.

Amostra
Uma amostra é um subconjunto da população formado
pelos elementos, relativamente aos quais são recolhidos
dados, designados por unidades estatísticas.

Dimensão da amostra
A dimensão de uma amostra é o número de unidades
estatísticas a ela pertencentes.

1 Numa escola de 1000 alunos fez-se um estudo para se saber quanto tempo cada aluno dedica aos
trabalho de casa, por semana.
Para recolher os dados, tendo em conta esse estudo, selecionou-se um grupo representativo consti­
tuído por 50 alunos da escola.

Neste estudo indique:


1.1. a p o p u l a ç ã o ; 1. 2. a amostra;
1.3. a unidade estatística.

144
2 .2 . Interpretação de tabelas e gráficos

1. Variáveis estatísticas

Variável estatística
Uma variável estatística é uma característica que admite diferentes
valores (um número ou uma modalidade), um por cada variável estatística.

Variável estatística quantitativa ou qualitativa


Uma variável estatística é quantitativa ou numérica quando está
associada a uma característica suscetível de ser medida ou contada e
qualitativa no caso contrário.

Exemplos:
Variáveis estatísticas quantitativas: velocidade média de um automóvel, altura,
idade e número de irmãos.
Variáveis estatísticas qualitativas: desporto favorito, estado civil, código postal
e cor preferida.

As variáveis estatísticas quantitativas podem ser discretas ou contínuas.


As variáveis discretas são aquelas em que entre dois valores a variável não pode
tomar todos os valores intermédios.
Exemplos: número de irmãos, número de associados e número de visitantes de
um museu.

As variáveis contínuas são aquelas em que entre dois valores a variável pode
tomar todos os valores intermédios.
Exemplos: altura, temperatura máxima diária e precipitação.

Ao resultado de uma observação de uma variável chama-se dado estatístico.

Exemplo 1 Variáveis e dados qualitativos e quantitativos

1.1. Dê exemplos de variáveis qualitativas e dados qualitativos


1.2. Dê exemplos de variáveis quantitativas e dados quantitativos.

Resolução
1.1. Variáveis qualitativas Dados qualitativos
Cor dos olhos de uma pessoa Azul, verde, castanho ...
Profissão de uma pessoa Professor, médico, carpinteiro ...
Classificação no teste Bom, Muito bom ...
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1.2. Variáveis quantitativas Dados quantitativos


Custo de um automóvel 15 000 € , 80 000 € ...
Altura de uma árvore 11,5 m , 11,6 m ...
Vencimento mensal de um funcionário 750 euros, 1800 euros.

MMACS10-10 145
Estatística

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Exercício 1
Observe a informação transmitida por cada um dos gráficos seguintes. Por cada gráfico, diga qual é a va­
riável em estudo e se os dados recolhidos são de natureza qualitativa ou quantitativa.
1.1. 1.2. 1.3. 1.4.
Nível obtido no final S a b o r d o io g u r te p r e fe r id o E s p é c ie d e á r v o r e s N .° d e c o m p u t a d o r e s
do ano pelos alunos do 9.° C d o s a l u n o s d a E s c o la X , p la n ta d a s n a h e r d a d e p o r e m p re s a
da Escola X, no ano 2014
e m ja n e ir o d e 2 0 1 4 d o S r. J o ã o e m 2 0 1 4

Pinheiros­
-mansos
Oliveiras
Sobreiros

Exemplo 2 Variáveis discretas e variáveis contínuas

2.1. Dê exemplos de variáveis discretas.

2.2. Dê exemplos de variáveis contínuas.

Resolução
2.1. Exemplos de variáveis discretas:
o número de operários das fábricas da indústria têxtil de um país;
o número de filhos das famílias da indústria têxtil de um país;
o número de contas abertas num mês em diferentes bancos.
2.2. Exemplos de variáveis contínuas:
as temperaturas registadas num observatório em cada hora;
a quantidade de chumbo em vários tipos de gasolina;
o peso dos recém-nascidos durante um mês, numa maternidade.

Exercício 2
Observe a informação transmitida por cada um dos gráficos seguintes. Para cada gráfico, indique a variá­
vel em estudo e diga se se trata de uma variável contínua ou de uma variável discreta.
2.1. Tempos de corrida dos atletas (2015 - Faro) 2.2. Leitura nas férias dos alunos do 10.° B (2015)

90
80
70
60
50

1 30
20
10
0

N ú m e ro de livros lidos nas férias

146
2 .2 . Interpretação de tabelas e gráficos

2. Interpretação de tabelas
No nosso quotidiano e na resolução de problemas de Estatística encontramos
com frequência tabelas que precisamos de interpretar.

Exemplo 3 Classe dos veículos


Entre as 12:00 e as 13:00 do dia 15 de janeiro registou-se a classe dos veículos que passaram numa portagem.
A tabela ao lado mostra os dados recolhidos. Classe do veículo N.° de veículos
3.1. Qual é a unidade estatística? 1 45
3.2. Indique a variável estatística e a sua natureza. 2 15
3.3. Determine a percentagem de veículos de “Classe 1” 3 10
relativamente ao total de veículos que passaram na 4 5
portagem nesse período de tempo. Total 75

Resolução
3.1. A unidade estatística é cada um dos veículos que, nesse período de tempo, passaram na portagem.
3.2. A variável estatística é a classe a que pertence o veículo.
A variável estatística é de natureza qualitativa.
3.3. Número de veículos de classe 1: 45
Número total de veículos: 75
45
45 = 0,6
75
Logo, 60% dos veículos que passaram na portagem pertence à “Classe 1’!

Exercício 3
Na tabela seguinte, apresenta-se o número de alunos praticantes de futebol com 0 , 1 , 2 , 3 , 4 e 5 irmãos,
de uma amostra de alunos que frequentam a escola da Ana.

N.° de irmãos N.° de alunos


0 2
1 8
2 20
3 6
4 4
5 0
Total 40

3.1. Qual é a população?


3.2. Qual é a amostra?
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3.3. Qual é a unidade estatística?


3.4. Indique a variável estatística e a sua natureza.
3.5. Determine a percentagem de alunos da amostra que têm, pelo menos, três irmãos.

147
2 Estatística

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Exercício 4
A televisão, a Internet e o telemóvel são os meios tecnológicos mais presentes na vida das crianças e ado­
lescentes, associados a diferentes conteúdos.
Relativamente ao uso de telemóvel, os alunos da turma da Beatriz fizeram um inquérito a todos os alunos
da escola e chegaram à conclusão que 6 em cada 10 alunos têm telemóvel, utilizando-o, essencial­
mente, para comunicar, ouvir música e tirar fotografias.
Para a recolha desta informação, elaborou-se o questionário seguinte:

Ano: Turma:

Tem telemóvel? Sim O Não O


Se sim, responda às questões seguintes:
Utiliza o telemóvel para:
■ fazer com unicações?____ Quantos (min/dia):
■ ter acesso a e-mail ? ____Quantos (min/dia): __
■ ouvir m úsica?___ Quantos (min/dia):____
■ jogar?____ Quantos (min/dia):____
■ tirar fotografias?____ Quantos (min/dia):____
ter acesso às redes sociais? _ Quantos (min/dia): _
outros:__________________ _ Quantos (min/dia): _

4.1. Qual é a população em estudo?


4.2. Qual é a natureza da variável estatística “Utiliza o telemóvel para tirar fotografias?”'?
4.3. Qual é a natureza da variável estatística “Quantos minutos utiliza o telemóvel para fazer comunicações?'?.
4.4. Sabendo que a escola da Beatriz tem 1200 alunos, quantos alunos têm telemóvel?
4.5. Depois de realizado o tratamento estatístico dos dados recolhidos, relativamente à questão “Quantos
minutos utilizas o telemóvel para ter acesso a o teu e-mail?" a turma da Beatriz apresentou o gráfico
seguinte.
n 60 alunos

9 min/dia 10 min/dia 11 min/dia 12 min/dia

a) Como se chama este gráfico?


b) Quantos alunos utilizam o telemóvel para ter acesso ao e-mail durante 11 min por dia?
c) Quantos são, aproximadamente, os alunos que utilizam o telemóvel para ter acesso ao
e-mail durante 10 min por dia? E 12 min por dia?
d) Indique uma vantagem e uma desvantagem deste tipo de gráfico.
e) Determine um valor aproximado da percentagem de alunos que utilizam o telemóvel para ter
acesso ao e-mail durante 9 min por dia.

148
2 .2 . Interpretação de tabelas e gráficos

Exercício 5
O gráfico seguinte refere-se ao número de acessos à Internet por banda larga, por tipo de tecnologia, em
Portugal em 2003 , 2008 e 2013 .
Núm ero, em milhares, de acessos à Internet em banda larga
5.1. Qual é a população e a variável em local fixo, por tipo de tecnologia de acesso ao serviço,
em Portugal, em 2003, 2008 e 2013
em estudo?

5.2. Como se designa este gráfico? 1200 1096

5.3. Quantos acessos à Internet


foram feitos, por cabo, em 2003?
E em 2013?

5.4. Determine a razão entre o


número de acessos por fibra
ótica e número total de acessos
à Internet pelos diferentes tipos
de tecnologias, em 2013.

5.5. Identifique o tipo de tecnologia de acesso ao serviço de banda larga fixa, em Portugal, que teve um
maior aumento de 2008 para 2013.

Exercício 6
Na atualidade, há uma crescente preocupação com o ambiente, nomeadamente na utilização de sacos de
plástico.
Numa semana, à saída de um supermercado, contabilizou-se o número de sacos de plástico e sacos de
papel utilizados.

Dia da semana Sacos de plástico Sacos de papel


Domingo 45 226
Segunda 75 43
Terça 68 214
Quarta 98 85
Quinta 45 116
Sexta 55 108
Sábado 96 315

6.1. Determine a percentagem do número de sacos de papel, relativamente ao número total de sacos,
utilizados nesta semana, neste supermercado.
Apresente a resposta com aproximação às décimas.
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6.2. Qual é a razão entre o número de sacos de papel utilizados e o número total de sacos (plástico e
papel), no sábado?

6.3. Qual é o dia da semana em que a razão entre a utilização de sacos de papel e sacos de plástico é
menor? E maior?

149
Estatística

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E xercício 7
O gráfico seguinte refere-se ao número de alunos matriculados, em Portugal, no Ensino Secundário em
2010 e 2011 (fonte: INE).
A l u n o s m a t r ic u la d o s n o E n s in o S e c u n d á r io

■ 2010 ■ 2011
o
LO

Norte Centro Lisboa A lentejo Algarve Região A. Região A.


dos Açores da Madeira
Regiões

7.1. Como se denomina este tipo de gráfico?

7.2. Qual é a população e a variável em estudo?

7.3. A Joana afirmou: “Em 2011 há mais alunos matriculados a norte de Lisboa do que no resto do país’!
Concordas com a Joana? Justifique a sua resposta.

7.4. Quantos alunos se matricularam no Ensino Secundário em Portugal, em 2010? E em 2011?

7.5. Qual é a percentagem entre o número de alunos matriculados no Norte, em 2010, e o número total
de alunos matriculados nesse mesmo ano?
Apresente a resposta com aproximação às centésimas.

7.6. Relativamente a 2011 e ao número total de alunos matriculados no Ensino Secundário, qual é a
percentagem de alunos que se matricularam na zona de Lisboa?
Apresente a resposta com aproximação às centésimas.

E xercício 8
O gráfico ao lado mostra a distribuição dos consumidores de energia elétrica por tipo de consumo, em
2013, em Portugal.

8.1. Indique a população e classifique a variável em Consumidores de energia elétrica


estudo Por tipo de consumo, em 2013

8.2. Sabendo que há 6 368 632 de consumidores de


energia, determine um número aproximado de 12/ ■ Doméstico
consumidores domésticos e de consumidores ■ Não doméstico
■ Indústria
agrícolas.
■ Agricultura
8.3. Calcule um valor aproximado da diferença entre
o número de consumidores agrícolas e 1,44%
industriais.

150
2 .2 . Interpretação de tabelas e gráficos

Exercício 9
O peso correto de uma mochila nunca deve ultrapassar os 10% do peso corporal do aluno.
O gráfico seguinte refere-se ao peso das mochilas dos alunos da turma da Carolina.
Peso das mochilas da turm a da Carolina

2- 3
3- 4
4- 5
5- 6
6- 7

0 2 4 6 8 10 12 14
Número de alunos

9.1. Como se denomina este tipo de gráfico?

9.2. Quantos alunos carregam mochilas com peso inferior a 5 kg ?

9.3. Qual é a percentagem de alunos que carregam mochilas com peso inferior a 4 kg ?
Apresenta o resultado com aproximação às centésimas.

9.4. A Carolina afirmou:


“O peso médio dos alunos que carregam mochilas com peso igual ou superior a 6 kg é 58,5 kg ”
Tendo em conta esta afirmação, diga, justificando, se, em média, estes alunos carregam as mochilas
com o peso aconselhado.

9.5. Identifique as diferenças deste tipo de gráfico com um gráfico de barras.

Exercício 10
Uma revista de automóveis fez um estudo do Consumo de combustível
consumo médio de combustível de dois automó­
veis, Carro 1 e Carro 2, sendo a cilindrada do
Carro 1 menor que a cilindrada do Carro 2.

10.1. Qual é o consumo médio de combustível


do Carro 2 à velocidade de 60 km/h ?

10.2. Determina a diferença entre o consumo


médio de combustível do Carro 2 e do
Carro 1, quando circulam a uma
velocidade média de:
a) 70 km/h ;
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b) 120 km/h .

10.3. Indique, aproximadamente, entre que velocidades médias o Carro 1 deve circular, para ter um Caderno
de Fichas

consumo inferior ao do Carro 2. FP10

151
2 Estatística

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A interpretação de O gráfico seguinte reúne os dados reco­
tabelas e gráficos já lhidos pelo INE, relativamente à idade
construídos é um média da mãe aquando do nascimento
instrumento do primeiro filho, em diferentes regiões,
privilegiado em nos anos 1993 , 2003 e 2013 .
qualquer procedimento
estatístico.
Idade m édia da mãe ao nascimento do prim eiro filho

Neste subdomínio
apresentou-se um Região Aut. da Madeira
conjunto de questões a
partir das quais se Região Aut. dos Açores
pretende que se
Algarve
analisem e interpretem
tabelas e gráficos já Alentejo
conhecidos. o>
tu
cu
Lisboa
Através de gráficos,
como o que se Centro
apresenta ao lado,
1993
podemos conhecer
2003 Norte
determinados factos
2013
com maior rigor. 0 20 30 40
Idade
Fonte: INE

1. Qual é a região do país em que se registou, nos três anos indicados,


a menor idade média da mãe aquando do nascimento do primeiro
filho?

2. Qual é a região onde se verificou, entre o ano de 1993 e o de 2013, a


menor subida da idade média da mãe aquando do nascimento do
primeiro filho?

3. Qual é a região onde se verificou, entre os anos de 1993 e 2003, a


maior subida da idade média da mãe aquando do nascimento do
primeiro filho?

4. Na região em que reside, qual foi, em 2013, a idade média da mãe


aquando do nascimento do primeiro filho?

5. Nos períodos a que se refere este estudo, o que pode observar rela­
tivamente à idade em que se é mãe pela primeira vez?
Elabore um texto onde deve apresentar uma ou mais justificações
para o observado.

152
2 .2 . Interpretação de tabelas e gráficos

Atividades complementares

O professor João, para conhecer os hábitos de


estudo dos alunos do Ensino Secundário da sua
escola, colocou a seguinte questão:

“Diariamente, em média, quanto tempo estuda


em casa?”

EH 30 min EH 60 min

D 90 min □ 120 min

EH Outro

13.1. Qual é a população em estudo e a natureza


da variável estatística?
1 1 .1 . Qual é o tipo de carne que mais se produ­
13.2. Depois de todos os alunos terem respon­
ziu em Portugal, em 2013?
dido à questão, o professor João fez o trata­
1 1 .2. Determine a percentagem de produção de mento dos dados recolhidos e afixou o
carne de bovinos, relativamente à produ­ gráfico seguinte:
ção de carne em Portugal, em 2013?
Apresente o resultado com aproximação às Tempo de estudo em casa
centésimas.

11.3. Copie para o seu caderno a tabela seguinte


e complete-a de acordo com os dados do
gráfico.

Tipo de Frequência Frequência


carnes absoluta relativa (%) Frequência relativa

17 755 a) Diariamente, quanto tempo estuda a


maioria dos alunos em casa?
18%
Total b) Diariamente, que percentagem de alunos
estuda 120 min em casa?
Para cada uma das variáveis estatísticas seguin­
c) Sabe-se que esta escola tem 300 alunos.
tes, indique a respetiva natureza e, no caso de a
variável ser quantitativa, indique se é discreta Copie para o seu caderno e complete a
ou contínua. tabela seguinte:

12.1 . Tempo para fazer um teste


Tempo de N.° de Frequência
12.2. Classificação num teste de 0 a 200 estudo alunos relativa (%)

12.3. Idade 30 min


60 min
12.4. Classificação de 1 a 5 dos alunos do 9.° ano
90 min
12.5. Religião
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120 min
12.6. Código postal
Outro
12.7. Número de golos marcados por uma equipa
nas diferentes jornadas de um campeonato Total 300 100

153
2 Estatística

Avaliação global

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1 Os preços constantes obtêm-se a partir dos T a x a d e c re s c im e n to d o PIB a preç o s co n s ta n te s
preços correntes, depois de anulado o efeito 3,00
da inflação de cada ano. A avaliação a pre­
ços constantes permite, por exemplo, anali­
sar a evolução real do PIB do país ou do sa­
lário do trabalhador ao longo do tempo.
O gráfico mostra, em percentagem, a taxa
de crescimento do PIB a preços constantes
de 2001 a 2013. Para 2012 e 2013, os valores
eram, à altura, preliminares.
Fonte: PORDATA

1.1. Neste período, em que ano se obteve a maior percentagem da taxa de crescimento do PIB a
preços constantes?
1.2. Neste período, em que ano se obteve a menor percentagem da taxa de crescimento do PIB a
preços constantes?
1.3. Em que ano se deu o maior decréscimo da percentagem da taxa de crescimento do PIB a
preços constantes?
1.4. Em que ano se deu o menor decréscimo da percentagem da taxa de crescimento do PIB a
preços constantes?

2 O gráfico seguinte mostra a preferência dos portugueses relativamente a aromas de iogurtes,


estudo feito por uma empresa de estudos de mercado. A amostra, representativa, era constituída
por 200 pessoas.

Preferências de aromas de iogurtes

100%

80%

60%
c
«D
g. 40%
tu
^ 20%

0%
M orango Banana Pêssego Frutos Laranja Pepitas de Coco Natural
verm elhos chocolate
Aromas
Gosta muito ■ Gosta Não gosta Não provou

2.1. Qual é o aroma de iogurte a que mais portugueses dizem gosta muito?
2.2. Qual a percentagem de pessoas que não gosta de iogurtes de morango?
2.3. Neste estudo, quantas pessoas responderam que nunca provaram iogurtes de laranja?
2.4. Se tivesse um supermercado, que aroma de iogurte compraria em maior quantidade, para
vender? E em menor? Justifique a sua resposta.

154
2 .2 . Interpretação de tabelas e gráficos

Avaliação global

3 O comandante Júlio faz todos os Registo de saídas de viaturas e consumo de combustível


anos um balanço do combustível
gasto na sua corporação de bom­
beiros, tendo em conta o número <u
>
de saídas de viaturas de socorro do
=3
quartel. -Q

No final de 2014, apresentou esses O


U
dados, como mostra o gráfico ao
lado. Primeiro Segundo Terceiro Quarto
Trimestre
3.1. Em que trimestre saíram mais
viaturas do quartel? E menos? Saídas Combustíveis

3.2. Em que trimestre se gastou mais combustível? E menos?


3.3. Se nesse ano o preço médio do combustível foi de 1,35 € , quanto gastou em combustível esta
corporação?
3.4. Em que trimestre a razão entre o número de saídas e o gasto de combustível é menor? E maior?
3.5. Em janeiro de 2015, houve um surto de gripe e o número de saídas do primeiro trimestre deste
ano aumentou em 20% e o consumo de combustível em 15% , relativamente ao ano anterior.
Quantas saídas e quanto combustível registou o Comandante no primeiro trimestre de 2015?

4 No dia 31 de dezembro, de 2009 a 2013, o Instituto Nacional de Estatística (INE) registou o número
de caixas automáticas da rede Multibanco disponíveis, segundo informação que lhe foi fornecida
pela Sociedade Interbancária de Serviços e que se mostra no gráfico seguinte:
Núm ero de caixas automáticas
da rede M ultibanco

2009 13 894

2010 14 318
o
< 2011 3 911

2012 13 400

2013 12 963

12 000 12 500 13 000 13 500 14 000 14 500


Frequência absoluta
Fonte: INE

4.1. De acordo com o gráfico e no quinquénio referido, qual foi o ano em que se registou o menor
número de caixas automáticas a 31 de dezembro?
4.2. Qual é a diferença entre o número de caixas automáticas a 31 de dezembro de 2011 e o do
mesmo dia de 2013?
4.3. Calcule a percentagem de aumento de caixas automáticas de 31 de dezembro de 2009 para o
mesmo dia de 2010. Apresente a resposta com aproximação às centésimas.
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4.4. A Margarida proferiu a seguinte afirmação:


“De 2010 até 2013, o número de caixas automáticas tem diminuído’! Caderno
de Fichas

Concordas com a Margarida? Se sim, justifica e apresenta uma ou mais razões para tal facto. FT3

155
2 Estatística

2.3. Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

De acordo com a natureza dos dados estatísticos,

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selecionam-se o tipo de gráficos que são mais
adequados para facilitar a compreensão da
mensagem que se pretende transmitir.

Na construção de gráficos não existem regras


muito rigorosas, como é o caso da construção
de tabelas; no entanto, deve-se ser rigoroso na
sua apresentação e construção.

Atividade inicial 3
Recorde que:

Frequência absoluta
A frequência absoluta de uma categoria/dasse de determinado conjunto de dados é
o número de dados que pertencem a essa categoria ou classe.

A frequência absoluta representa-se por nt .

Frequência relativa
A frequência relativa de uma categoria/classe de determinado conjunto de dados é o
quociente entre a frequência absoluta dessa categoria/classe e o número total de dados.

A frequência relativa representa-se por f .

1 Colocou-se a questão seguinte a 25 alunos do 10.° ano:


“Quantas peças de fruta comeu ontem?”
As respostas dadas foram as seguintes.
0 2 3 2 2 4 3 2 4 1 0 3 1
0 3 4 2 0 5 1 0 3 4 3 5

Copie e complete a tabela seguinte:

N.° de peças Frequência Frequência Frequência relativa (f )


de fruta absoluta (nt) relativa (f ) em percentagem

0 5 A -1 20
25 5

156
2 .3 . Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

1. Tabela de frequências para dados


qualitativos ou quantitativos discretos
Perguntou-se o número de irmãos a 25 alunos da turma do João.
Os dados obtidos foram os seguintes:

0 2 3 2 2 4 3 2 4 1 0 3 1
0 3 4 2 0 5 1 0 3 4 3 5

Com estes dados vamos construir uma tabela de frequências, incluindo as fre­
quências absolutas e relativas acumuladas.

Frequência absoluta acumulada e frequência relativa acumulada


A frequência absoluta acumulada, que se pode representar por , e a frequên­
cia relativa acumulada, que se pode representar por F] , obtêm-se adicionando
as frequências absolutas e relativas, respetivamente, até ao valor considerado
da variável estatística.

Vejamos o exemplo seguinte:


* Observação
Em muitas situações é Número de irmãos dos alunos da turma do João
indiferente usar a N.° de Frequência Frequência Freq. absoluta Freq. relativa
frequência absoluta ou a irmãos absoluta relativa acumulada acumulada
frequência relativa numa
X n fi Ni Fi
população ou amostra.
CM
o

CM
o
O mesmo não acontece 0 5 5
quando se pretende 1 3 12% 8= 5+3 32% = 20% + 12%
comparar valores da
CM
o

2 5 13 = 8 + 5 52% = 32% + 20%


variável estatística em mais
CM

do que uma população ou 3 6 19 = 13 + 6 76% = 52% + 24%


amostra, onde deve ser 4 4 16% 23 = 19 + 4 92% = 76% + 16%
utilizada a frequência 5 2 8% 25 = 23 + 2 100% = 92% + 8%
relativa.
CD
o

Total 25

Exemplo 4 Tabelas e arredondamentos

A soma das frequências relativas é 1 ou 100% , se estiveram escritas, respetivamente, em dízima ou em


percentagem. Por vezes, devido ao arredondamento, não se obtém este valor.
Como se deve proceder nesses casos? Explique dando um exemplo.

Resolução

X n t f i X n t f i f i
Para obtermos Verifique, usando a
0 5 0,0926 0 5 0,09259... 0,0926
1 como soma, calculadora, que é
1 6 0 ,1 1 1 1 1 6 0, 1 1 1 1 1 ... 0 ,1 1 1 1 vamos alterar a
frequência para x = 3 que ocorre
2 12 0,2222 2 12 0,2222 2. 0,2222 relativa para o o menor erro, quando
3 13 0,2407 3 13 0 ,2 4 0 7 4 . 0,2408 valor de x t que
conduza ao se aumenta uma
4 18 0,3333 4 18 0 ,3 3 3 3 3 . 0,3333 menor erro de
unidade na quarta
aproximação
Total 54 0,9999 Total 54 c. auxiliar 1,0000 possível. casa decimal.
Não é igual a 1

157
2 Estatística

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Exercício 14
Observou-se a cor dos olhos dos 20 alunos da turma K do Cor dos olhos do alunos do 10.° K
10.° ano. Os resultados apresentam-se na tabela ao lado. castanho-escuro azul
castanho-escuro castanho-claro
14.1. Com os dados construa uma tabela de frequências
azul verde
absolutas e relativas simples. verde verde
castanho-escuro castanho-escuro
14.2. Escreva uma pequena composição matemática
verde castanho-claro
acerca da cor dos olhos dos alunos da turma K do castanho-escuro verde
10.° ano. castanho-claro castanho-claro
castanho-escuro castanho-escuro
castanho-escuro castanho-claro

Exercício 15
Numa amostra de 24 sacos de amêndoas, contou-se o número de amêndoas em cada saco e obteve-se o
seguinte conjunto de dados listado ao lado. ---------------------------------------------------------
Número de amêndoas por saco
15.1. Com os dados obtidos, construa uma tabela de
frequências absolutas e relativas simples e 51 46 47 52
acumuladas. 52 53 48 53

15.2. Determine a percentagem de sacos que têm mais de 44 53 51 51


meia centena de amêndoas. 47 48 49 48
15.3. Escreva um pequeno texto, referindo-se aos valores 49 47 50 52
obtidos na tabela.
51 51 50 50

Exercício 16
Considere as alturas, em metros, dos jogadores de uma equipa de basquetebol indicadas a seguir:

Altura (m)
1,80 1,93 1,85 1,98 2,02 2,05 1,94 2,10 1,87
1,79 2,00 1,81 1,83 1,91 1,97 1,88 1,95 2,08

A variável altura é uma variável contínua. Para agrupar os dados, copie e complete a tabela de frequên­
cias seguinte:

Altura dos jogadores


Classes
(altura/m) n n (%) Ni F (%)

[1,75 ; 1,83[ 3 ★ ★ ★
[1,83 ; 1,91[ ★ ★ ★ ★

[1,91 ; 1,99[ ★ ★ ★ ★
[1,99 ; 2,07[ ★ ★ ★ ★
[2,07 ; 2,15[ ★ ★ ★ ★

158
2 .3 . Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

* Observação
2. Tabelas de frequências para dados contínuos
1. A regra de Sturges No caso dos dados serem de natureza contínua, a construção da tabela de fre­
apresentada ao lado é quências não é tão simples como no caso dos dados discretos, pois é necessário
meramente indicativa.
Por vezes, pode não ser definir previamente o número de classes.
conveniente a sua
utilização. [ 1,75 ; 1,83 [ - representa uma classe em que 1,75 é o limite inferior da classe;
2. Um número demasiado 1,83 é o limite superior da classe, 1,83 - 1,75 = 0,08 é a amplitude da classe e
grande de classes acarreta 1,75 +1,83
= 1,79 é a marca da classe , ou seja, o ponto médio da classe .
a existência de frequências 2
de classe muito baixas
ou mesmo nulas, o que As classes deste tipo são intervalos fechados à esquerda e abertos à direita.
dificulta a identificação
de propriedades
características dos Quantas classes se devem considerar para um conjunto de n dados?
dados. Para determinar o número de classes de um conjunto de dados, existem várias
Um número demasiado
indicações, sendo uma delas a regra de Sturges.
pequeno de classes
acarreta a existência de
frequências de classe
muito elevadas, não Regra de Sturges
permitindo identificar Para organizar uma amostra de dados contínuos, de dimensão n , pode
certas propriedades
considerar-se para número de cla sses o valor k , onde k é o menor
mais específicas dos
dados. número inteiro tal que 2k > n .

Exemplo 5 Construir uma tabela de frequências para dados contínuos


A m a s s a , e m g r a m a s , d e 5 0 p ã e s p r o d u z id o s n u m a p a d a r ia fo i r e g is ta d a n a ta b e la s e g u in te :

Massa (g)
1 8 2 2 1 8 1 9 2 7 1 9 2 6 1 9 2 6 2 2 2 6 2 1 2 0 2 3 2 0 2 3 2 4 2 0 2 5 2 1 2 3 2 5 2 9 2 8 2 8

2 0 2 0 2 7 2 2 2 0 2 6 2 2 2 1 2 0 2 2 2 0 2 4 2 4 2 1 2 3 2 0 2 4 2 3 2 0 2 5 2 1 2 5 2 9 2 9 2 8

F a ç a u m a r e d u ç ã o d e d a d o s a tr a v é s d e u m a ta b e la d e fr e q u ê n c ia s a b s o lu ta s e r e la tiv a s s im p le s e a c u m u la d a s .

Resolução
V a m o s s e g u ir o s e g u in te m é to d o :

1. ° D e te r m in a r o n ú m e r o d e c la s s e s q u e v a m o s u s a r n a ta b e la .

n=5 0 ; 2 5 < 5 0 e 2 6 > 5 0 .

V a m o s u s a r 6 c la s s e s . Aplica-se a fórmula 2 k > n

2. ° D e te r m in a r a a m p litu d e d e c a d a c la s s e , o u s e ja , a d ife r e n ç a e n tr e o v a lo r m á x im o e o v a lo r m ín im o e,

e m s e g u id a , c a lc u la r o q u o c ie n te e n tr e e s te v a lo r e o n ú m e r o d e c la s s e s .

2 9 - 1 8 = 11 e 1 1 : 6 = 1 ,8

# - menor valor da tabela #- n .° de classes


1
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---------- maior valor da tabela

3.° C o n s id e r a r p a r a a a m p litu d e d e c la s s e u m v a lo r a p r o x im a d o p o r e x c e s s o r e la tiv a m e n te a o v a lo r o b tid o ,

1 ,8 . N e s te c a s o , v a m o s c o n s id e r a r 2 p a r a a m p litu d e d e c la s s e . N o te -s e q u e o v a lo r 2 fa c ilita a le itu r a

d o s lim ite s d o in te r v a lo d e c la s s e .

159
Estatística

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4.° O lim ite in fe r io r d a 1 .a c l a s s e s e r á o v a lo r m ín im o d a a m o s tr a , o u s e ja , 1 8 . A s s im , te m o s :

Frequência Frequência Frequência absoluta Frequência relativa


Classes
absoluta relativa acumulada acumulada
[1 8 , 2 ü [ 5 0 ,1 0 5 0 ,1 0

[2 0 , 2 2 [ 1 5 0 ,3 0 2 0 0 ,4 0

[2 2 , 2 4 [ 1 0 0 ,2 0 3 0 0 ,6 0

[2 4 , 2 6 [ 8 0 ,1 6 3 8 0 ,7 6

[2 6 , 2 8 [ 6 0 ,1 2 4 4 0 ,8 8

[2 8 , 3 ü [ 6 0 ,1 2 5 0 1 ,0 0

Total 5 0 1 ,0 0 5 0 1 ,0 0

Exercício 17
U m c ie n tis ta e s tu d o u a a ltu r a d e 2 1 p la n ta s , e m c e n tím e tr o s ,
Altura das plantas (cm)
2 0 d ia s d e p o is d e te r e m s id o s e m e a d a s . O s r e s u lta d o s a p r e s e n ­

1 0 1 2 1 3 1 5 1 6 1 8 1 0
ta m -s e n a ta b e la a o la d o .
11 11 1 2 1 3 1 7 1 8 1 9
C o n s tr u a u m a ta b e la d e f r e q u ê n c ia s a b s o lu ta s e r e la tiv a s
1 6 1 5 1 0 1 4 1 3 1 3 1 6

s im p le s e a c u m u la d a s .

Exercício 18
C o n s id e r e o c o n ju n t o , a p r e s e n ta d o a o la d o , d e
N.° de SMS diárias enviadas durante 60 dias
8 1 0 1 2 2 5 3 2 4 4 8 3 9 0 9 1 9 8
d a d o s d is c r e to s r e la tiv o s a S M S e n v ia d a s , a
1 2 1 6 2 3 4 1 5 3 8 2 9 1 8 7 5 5 4 3
p a r tir d e u m d e te r m in a d o te le m ó v e l, d u r a n te
1 3 1 8 2 7 3 1 4 2 5 1 6 3 7 8 8 2 9 1
6 0 d ia s .
9 1 5 1 7 2 7 3 5 4 2 4 4 4 8 5 3 6 2

C o n s tr u a u m a ta b e la d e f r e q u ê n c ia s a b s o lu ta s 7 3 7 5 8 2 8 0 8 4 8 3 6 7 7 7 9 1 8 4

e r e la tiv a s s im p le s e a c u m u la d a s . 1 0 1 5 6 0 7 3 9 2 3 1 4 2 6 3 5 7 8 0

Exercício 19
A In ê s tr a b a lh a n u m a e m p r e s a o n d e s e p r o d u z e m e m b a la g e n s p a r a fr u to s s e c o s . R e c o lh e u , a le a to r ia ­

m e n te , u m a a m o s tr a d e e m b a la g e n s d e s u lta n a s d o u r a d a s e pesou c a d a u m a d a s e m b a la g e n s .

N o g r á fic o s e g u in te , a p r e s e n to u o s d a d o s r e c o lh id o s .

70

240 242 244 246 248 250 252


Massa da em balagem (g)

C o n s tr u a u m a ta b e la d e fr e q u ê n c ia s e m q u e in d iq u e a s fr e q u ê n c ia s a b s o lu ta s s im p le s , a s fr e q u ê n c ia s r e ­

la tiv a s s im p le s e a s fr e q u ê n c ia s a c u m u la d a s , p a r a a v a r iá v e l “m a s s a d a s e m b a la g e n s ” d e s u lta n a s d o u r a ­

d a s , c o m o s d a d o s r e c o lh id o s p e la In ê s .

160
2 .3 . Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

3. Gráficos de barras
A representação gráfica é um tema complexo onde se intersetam áreas diversas
como a estatística, a psicologia e o desenho.
Um gráfico pode estar correto do ponto de vista estatístico mas não ser atrativo
nem de leitura fácil.

Observação Deixamos aqui algumas questões para reflexão.


Um gráfico tem o seguinte 1 . a É necessário proceder à representação gráfica dos dados?
conjunto de elementos:
2. a Tem espaço para apresentar o gráfico com dimensões adequadas?
■ título (que deve
responder às questões: 3. a Que tipo de gráfico deve construir?
o quê, onde e quando); 4. a Depois de construído, o gráfico responde às seguintes questões?
■ os eixos de valores ou
(A) O gráfico é fácil de ler?
categorias;
■ a legenda, se necessário;
(B) O gráfico pode ser mal interpretado?
■ as identificações dos (C) O gráfico tem o tamanho adequado?
dados; (D ) O gráfico está integrado no texto no lugar certo?
■ as linhas auxiliares, se (E) As cores selecionadas ajudam à interpretação do gráfico?
necessário.
(F ) O gráfico contém todos os elementos indispensáveis à sua leitura?

E xercício 20
N a c o n s tr u ç ã o d e u m g r á fic o d e b a r r a s s im p le s d e v e -s e te r e m a te n ç ã o q u e :

a p e n a s u m a d a s d im e n s õ e s d a s b a r r a s v a ria ;

a d im e n s ã o q u e v a r ia c o r r e s p o n d e à s fr e q u ê n c ia s d o s v a lo r e s d a v a r iá v e l e s ta tís tic a ;

a s b a r r a s d e v e m e s ta r s e p a r a d a s u m a s d a s o u tr a s p o r e s p a ç o s ig u a is ;

o g r á fic o d e v e te r u m títu lo a d e q u a d o .

C o n s tr u a u m g r á fic o d e b a r r a s d e a c o r d o c o m o s d a d o s d a t a b e l a (1 ) s e g u i n t e :

Qual o sabor preferido?


M o r a n g o B a n a n a M a ç ã M o r a n g o

B a n a n a Q u iv i M a ç ã M o r a n g o

Q u iv i M a ç ã M a ç ã B a n a n a

(1) Tenha em conta que os dados da tabela são resultado de um inquérito feito a 12 alunos do 10.° ano acerca do sabor do iogurte preferido.

E xercício 21
A lu n o s m a tric u la d o s e m 2 0 1 5 na d iscip lin a
C o n s id e r e o g r á fic o d e b a r r a s a o la d o .
d e M A C S na Escola X

C o m o s d a d o s d o g r á fic o , c o n s tr u a u m a ta b e la d e 12­ Rapaz


10- Rapariga
fr e q u ê n c ia s a b s o lu ta s e r e la tiv a s s im p le s .

Turma

MMACS10-11 161
2 Estatística

4. Gráficos circulares
Os gráficos circulares são uma boa forma de mostrar como um todo está repartido.

M
Países o n d e fo ram produzidos

MACS10©PortoEditora
os carros do parque
d e estacionam ento Na construção de um gráfico circular deve-se ter em conta que:
a amplitude de cada setor é proporcional à frequência que representa;
a legenda pode ser dispensada, inscrevendo-se os valores da variável e as
suas frequências junto dos respetivos setores circulares a que se referem;
podem-se usar cores diferentes para os diferentes setores;
Despesas da fam ília
Casa o gráfico deve ter um título adequado.

Não é aconselhável construir um gráfico circular:


para variáveis que tenham mais de cinco ou seis modalidades;
para situações em que os setores resultam aproximadamente com a mesma
amplitude;
para setores com amplitudes muito pequenas.

Estes dois gráficos são exemplos Apesar de frequentemente utilizada é de evitar a apresentação de gráficos com
de gráficos que não devem ser
forma de elipse ou com setores separados, pois qualquer uma destas represen­
apresentados.
tações dificulta a leitura do gráfico.

E xem plo 6 C onstrução de um gráfico c irc u la r


Modalidade ni fi (%)
Entrevistaram-se 120 pessoas à saída de uma sala de cinema e perguntou-se
a cada uma delas qual a opinião acerca do filme a que tinham assistido. Muito bom 50 42%
Bom 30 25%
Os dados foram registados como se mostra na tabela ao lado.
Razoável 30 25%
Com os dados da tabela, construa um gráfico circular. Mau 10 8%

vo
O
Total 120

o
R esolução

Para encontrar a amplitude do ângulo de cada setor circular, recorre-se, por exemplo, à correspondência,
360°---------n (total de elementos da amostra).
Seguidamente, calculam-se as amplitudes correspondentes às diferentes frequências, utilizando, por
exemplo, uma regra de três simples.
360°-------- 120 360°--------- 120 360°--------- 120
x --------- 50 x --------- 30 x --------- 10
x = 150° ou 42% x = 90° ou 25% x = 30° ou 8%

Finalmente, desenha-se o círculo e, com a ajuda de um transferidor, definem-se os setores circulares


correspondentes às amplitudes obtidas.
O p in iã o d e 1 2 0 pessoas acerca d o film e ou O p in iã o d e 1 2 0 pessoas acerca d o film e
a q u e a c a b a ra m d e assistir a q u e a c a b a ra m d e assistir

M u ito bom
Mau 42%
■ M u ito bom 8%

■ Bom

■ Razoável Razoável Bom


25% 25%
■ Mau

162
2 .3 . Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

E xercício 22
O gráfico circular ao lado pretende mostrar como se distribuíram Ingredientes para fazer um bolo
1000 gramas de ingredientes para fazer um bolo.
22.1. Use o diagrama para completar a seguinte tabela, depois de a
copiar para o seu caderno.

Ingrediente Açúcar Chocolate Manteiga Farinha


Massa (g) ★ ★ ★ ★
Apresente os resultados aproximados às unidades.
22.2. Use a mesma informação para desenhar outro diagrama
circular em que as indicações sejam dadas por percentagens
acompanhadas do nome do produto a que se referem.
Apresente os resultados aproximados às unidades.

E xercício 23
O António faz parte da Associação de Estudantes Desportos praticados Desportos praticados
da Escola São Pedro e assumiu a responsabilidade pelos 1000 alunos pelos 1500 alunos
da Escola de S. Pedro da Escola de S. Domingos
de propor à Escola São Domingos a realização de
uma competição desportiva de modo a aproximar
os alunos das duas escolas.
Para começar, analisou a seguinte informação:
O António propôs à Direção organizar um cam­
peonato de futebol e argumentou que as duas es­
colas tinham o mesmo número de praticantes de
futebol.
Explique porque é que o António está errado.

E xercício 24
Num domingo, deslocaram-se a Lisboa 31 500 pessoas para assistirem a um jogo de futebol.

Foi feito um inquérito acerca do meio de transporte utilizado e concluiu-se que 40% viajaram de auto­
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móvel, 25% de comboio, 5% de avião e 30% de autocarro.

24.1. Quantas pessoas viajaram de automóvel? E de avião?

24.2. Represente os dados através de um gráfico circular.

163
2 Estatística

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5. Pictogramas
Os pictogramas são gráficos muito semelhantes aos gráficos de barras.
A principal diferença reside no facto de se utilizarem símbolos mais atraentes
alusivos à situação concreta em estudo.

Na construção de um pictograma devem ter-se em atenção os seguintes aspetos:


indicar no gráfico o significado de cada figura ou símbolo utilizados;
utilizar símbolos ou figuras sugestivos em relação à variável estatística em estudo;
utilizar sempre o mesmo símbolo ou símbolos;
desenhar os símbolos em linhas ou colunas;
espaçar igualmente os símbolos;
expressar as diferentes frequências através de um maior ou menor número de
símbolos, não aumentando ou diminuindo o tamanho do símbolo;
o gráfico deve ter um título adequado.

Eis um exemplo de um pictograma.

Número de computadores por escola

Escola A u u U u s
* Observação
Para dados de natureza Escola B
u u U
qualitativa, os gráficos mais
adequados são os gráficos Escola C
u £ u = 10 computadores

de barras, os gráficos
circulares e os pictogramas. Escola D
u U S u a u
E xem plo 7 C onstrução de um p ictogram a

Registou-se o número de livros vendidos numa livraria durante uma semana.

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo


120 105 100 89 101 50 50
Com os dados construa um pictograma.

Resolução
Livros v e n d id o s d u r a n te u m a s e m a n a n u m a liv ra ria

Segunda < 5 ^ ; ^ 9 *

Terça

Quarta

Domingo ^ = 10 livros

164
2 .3 . Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

E xercício 25
O João, a Joana, o Pedro, o Nuno e a Helena participa­
Nome do Número de peixes
ram num concurso de pesca desportiva.
pescador pescados na competição
O número de peixes que cada um pescou encontra-se João 25
na tabela ao lado.
Joana 39
Pedro 40
Construa um pictograma de acordo com os dados da
tabela. Nuno 35
Helena 28

E xercício 26
Almoços servidos por dia na semana X
Considere o gráfico ao lado. na cantina da Escola das Andorinhas

Apresente os dados através de um pictograma. 80-


CA

70-
O

£ 60­
03
5°- ---- ---- — ---- ----
40- - -
CD

30

z 20­
10-

S T Q Q S
Dia da semana

E xercício 27
Num loteamento foram construídas 60 habitações. Número Número
O número de quartos varia entre 1 e 5 , como se mostra na tabela de quartos de habitações
ao lado. 1 4
2 16
3 22
4 12
5 6
Total 60

27.1. Construa um gráfico de barras com os dados da tabela.


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27.2. Construa um diagrama circular com os dados da tabela.

27.3. Construa um pictograma com os dados da tabela.

27.4. Qual dos gráficos lhe parece ser mais útil para transmitir a informação? Justifique a sua resposta.

165
2 Estatística

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6. Histogramas
No caso de uma variável contínua, é muito frequente representar graficamente
os dados através de um h isto g ram a .

Um histograma é um gráfico de barras com as seguintes características:


o gráfico deve ter um título adequado;
os dados estão agrupados em classes (sejam contínuos ou discretos);
a área da barra retangular é proporcional à frequência;
os diferentes valores da variável estão representados no eixo horizontal que
está dividido numa escala contínua como um eixo cartesiano;
no eixo vertical estão representadas as frequências das classes;
as barras são desenhadas verticalmente e correspondem a cada uma das
classes em que os valores foram agrupados;
não há espaços entre as barras.

E xem plo 8 C onstrução de um histo g ram a

Considere a variável altura, em metros, no conjunto dos jogadores de uma equipa de basquetebol, cuja
distribuição é definida pela tabela seguinte:

Alturas dos jogadores


Classes (altura (m)) ni f
[1,75 ; 1,83[ 3 0,17
[1,83 ; 1,91[ 4 0,22
[1,91 ; 1,99[ 6 0,33
[1,99 ; 2,07[ 3 0,17
[2,07 ; 2,15[ 2 0,11
Total 18 1

Recorrendo aos intervalos de classe e às respetivas frequências, construa dois histogramas.

Resolução
Alturas dos jogadores Alturas dos jogadores
(Frequências relativas)

Repare que qualquer dos histogramas anteriores foi construído marcando no eixo horizontal os intervalos de
classe e no eixo vertical as respetivas frequências, absolutas no primeiro gráfico e relativas no segundo
gráfico. Como os intervalos de classe são iguais, resulta imediatamente que as alturas dos retângulos, para
além das respetivas áreas, são proporcionais às respetivas frequências.

166
2 .3 . Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

E xercício 28
Nas tabelas 1 e 2 seguintes estão representados os dados referentes a uma exposição de automóveis anti­
gos e às classificações obtidas por 136 estudantes, respetivamente.
Tabela 1 Tabela 2
Idade, x (anos) Frequência absoluta Classificação Frequência absoluta
15 < x < 20 5 [10 , 20[ 20
20 < x < 25 15 [20 , 30[ 20
25 < x < 30 20 [30 , 40[ 22
30 < x < 35 20 [40 , 50[ 24
35 < x < 40 8 [50 , 60[ 14
[60 , 70[ 16
[70 , 80[ 20
Construa, para cada tabela, o respetivo histograma.

E xercício 29
O histograma representado na figura Tempo gasto na resolução de um problema no concurso X, em 2015
ao lado mostra o tempo gasto por
100 estudantes na resolução de um
problema no concurso X, em 2014.
29.1. Construa uma tabela de
frequências absolutas e relativas
simples e acumuladas.
29.2. Quantos estudantes
demoraram, pelo menos,
5,5 min a resolver o problema?
29.3. Quantos estudantes
demoraram 9,5 min ou mais a
resolver o problema?

E xercício 30
A representação gráfica seguinte é um Número de pontos obtidos nos jogos do
diagrama de barras em que estas têm 5.° Campeonato de Andebol Feminino de Setúbal
pouca largura.
Utiliza-se este tipo de gráfico quando o
número de barras é relativamente grande.
Em alternativa a este tipo de gráfico, é
usual agrupar os dados em classes e
utilizar um histograma.
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3 0 .1 . Construa um histograma cujas


classes tenham amplitude 2 .
3 0 .2 . Assinale o ponto médio de cada Número de pontos
barra.

167
2 Estatística

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7. Polígonos de frequências para dados
agrupados em classes
O polígono de frequências para dados agrupados em classes resulta da união
sucessiva, através de segmentos de reta, dos pontos médios dos lados superio­
res dos diferentes retângulos de um histograma.

* Observação
O polígono de frequências
apenas se utiliza para
Para a sua construção, localiza-se o ponto cuja abcissa é igual ao ponto médio
histogramas em que as da classe e a ordenada é a correspondente à frequência da classe.
classes têm amplitudes Unem-se os sucessivos pontos, formando um polígono. De modo a obter uma
iguais.
figura fechada, juntam-se classes extras, uma de cada lado, de frequência zero.

E xem plo 9 Polígonos de freq u ên cias


Massa dos juniores da equipa de futebol do clube X
Considere os dados da tabela ao lado. Classes (massa (kg)) n f
[40 , 47[ 4 0,11
Construa: [47 , 54[ 10 0,28
9.1 . o histograma correspondente; [54 , 61[ 8 0,22
[61 , 68 [ 8 0,22
9.2 . o polígono de frequências
[68 , 75[ 3 0,08
correspondente.
[75 , 82[ 2 0,06
[82 , 89[ 1 0,03
Total 36 1
Resolução

9.1. 9.2 . Massa dos juniores de futebol


Massa dos juniores de futebol do clube X

168
2 .3 . Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

E xercício 31
Considere a seguinte tabela que refere os tempos gastos por 33 concorrentes numa corrida.

Tempo, t (min) Frequência absoluta


25 < t < 30 4
30 < t < 35 12
35 < t < 40 9
40 < t < 45 8

Construa em gráficos separados, o histograma correspondente e o respetivo polígono de frequências.

E xercício 32
Construa, no mesmo gráfico, os polígonos de frequências relativos aos dados seguintes:

Frequência absoluta
Idade
Escola A Escola B
[10 , 11[ 40 30
[11 , 12[ 60 60
[12 , 13[ 110 100
[13 , 14[ 90 110
[14 , 15[ 50 70

Escreva um pequeno texto onde compare as idades dos alunos das duas escolas.

E xercício 33
Observe a tabela relativa a uma amostra da massa, em quilogramas, de 50 abóboras.

Frequência Frequência Frequência relativa


Classes
absoluta (nt) relativa (f) acumulada (Ft)
[3 , 6[ 5 0,10 0,10
[6 , 9[ 5 0,10 0,20
[9 , 12[ 10 0,20 0,40
[12 , 15[ 15 0,30 0,70
[15 , 18[ 10 0,20 0,90
[18 , 21[ 5 0,10 1,00
Total 50 1,00
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33.1. Qual é a percentagem de abóboras que têm massa inferior a 15 kg ?

33.2. Construa o respetivo polígono de frequências.

169
2 Estatística

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8. Diagramas de caule-e-folhas
Vamos estudar outra forma de representação de dados, conhecida por diagram a
de c a u le -e -fo lh a s (stem and leaf).

Esta forma de organização de dados tem a particularidade de permitir ao obser­


vador uma perceção do aspeto global da forma como os dados se distribuem
sem que, ao mesmo tempo, se perca a informação.
Consideremos os dados da tabela.

C lassificações no te s te de P ortu gu ês (0 - 100)

29 85 56 74 70
65 42 32 46 63
50 38 25 30 45
81 51 58 40 15
53 50 63 90 7

Tomando cada um dos dados, isto é, cada uma das classificações, separemos o
dígito das dezenas, a que chamamos c au le , do dígito das unidades, a que cha­
mamos fo lh a . Podemos, então, dispor os dados da forma seguinte:

A observação do separador de frequências


permite reconstituir os dados iniciais. Caule Folhas

Para tal, lê-se: 0 7


7 na 1.a linha; 1 5
2 5 9
15 na 2.a linha;
3 0 2 8
25 e 29 na 3.a linha;
4 0 2 5 6
30 , 32 e 38 na 4.a linha;
5 0 0 1 3 6 8
40 , 42 , 45 e 46 na 5.a linha; 6 3 3 5
7 0 4
8 1 5
Relativamente a outras formas de organização
9 0
de dados, o diagrama de caule-e-folhas apre­
senta algumas vantagens, nomeadamente: 1 15 significa 15 pontos
não implica a definição de classes arbitrárias;
todos os dados observados estão presentes;
observando o diagrama de caule-e-folhas, 0 7
podemos imaginar o gráfico resultante do 1 5
grupo de dados. 2 5 9
3 0 2 8
O diagrama de caule-e-folhas é um tipo de re­ 4 0 2 5 6
presentação dos dados que se pode conside­ 5 0 0 1 3 5 8
rar entre uma tabela e um gráfico. 6 3 3 5
Observando o diagrama, pode-se imaginar o 7 0 4
gráfico que resultaria da apresentação dos 8 1 5
dados. 9 0

170
2 .3 . Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

E xem plo 10 C onstrução de d ia g ra m a s de c a u le -e -fo lh a s

10.1 . As alturas em centímetros dos alunos de uma turma são as seguintes:


Altura (cm)
143 152 156 145 148 170 162 146 162 157
143 163 165 172 141 143 155 150 160 151
153 168 161 149 145 153 137 160 155 145
Represente os dados recorrendo a um diagrama de caule-e-folhas.
10.2 . Pretende-se comparar as massas de dois grupos de pessoas. Os dados são os seguintes:
Grupo A 56, 42, 60, 47, 56, 54, 57, 63, 49, 43, 45, 41, 53, 59, 50
Grupo B 57, 59, 56, 40, 53, 49, 53, 60, 62, 47, 49, 64, 51, 55, 57

Represente os dados no mesmo diagrama de caule-e-folhas.

R esolução
10.1 . Caule - dois dígitos, um das centenas 10.2. Para isso, constrói-se uma tabela idêntica à já cons­
e o outro das dezenas truída em 1 0 .1 , mas utilizando um caule comum.
Folhas - um dígito - último algarismo Caule
(algarismo das unidades) 9 7 5 3 2 1 4 0 7 9 9
Caule Folha 9 7 6 6 4 3 0 5 1 3 3 5 6 7 7 9
13 7 3 0 6 0 2 4
14 1 3 3 3 5 5 5 6 8 9 Grupo A Grupo B
15 0 1 2 3 3 5 5 6 7 114 10 significa 41 kg para o grupo A
16 0 0 1 2 2 3 5 8 e 40 kg para o grupo B .
17 0 2 No grupo A é maior o número de alunos com massas
1317 significa 137 centímetros inferiores a 50 kg .
No grupo B existe mais um aluno que no grupo A
com massa superior a 60 kg .

E xercício 34
Uma empresa tem dois escritórios em cidades diferentes e as idades dos funcioná­
rios que trabalham nesses escritórios são as seguintes:
Idades (anos)
30 31 50 41 42 31 56 49 55 60
61 44 56 43 32 58 28 45 42 55
34.1. Utilize um diagrama de caule-e-folhas para representar os dados.
34.2. As temperaturas máximas, em °C , registadas nos escritórios das duas
cidades, no mês de agosto, foram as seguintes:
Temperatura (°C) Temperatura (°C)
CidadeA 19 21 22 23 24 12 22 Cidade B 15 16 17 18 20 21 22
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22 15 18 23 25 29 30 22 31 30 29 28 27 27 26 25
23 24 31 35 36 33 38 12 24 12 30 21 22 25 26 27
18 25 26 27 28 29 30 31 27 22 24 27 28 29 30 31
Construa um diagrama de caule-e-folhas para comparar as temperaturas nos escritórios das duas cidades.

171
2 Estatística

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9. Considerações gerais sobre representações
gráficas

Que gráficos utilizar?

Para os dados de natureza qualitativa, os gráficos mais utilizados são:

Gráficos de pontos ■ Gráficos de barras

Pictogramas «Diagramas circulares

Para dados quantitativos discretos, os gráficos mais utilizados são:

Gráficos de pontos ■ Gráficos de barras

Para dados quantitativos contínuos, o gráfico mais utilizado é o histograma.

O diagrama de caule-e-folhas pode ser usado para dados contínuos ou discretos.

Os gráficos de linhas usam-se para analisar a evolução de uma variável tempo.

Gráficos de linhas ou cronogram as

Acessos à Internet em banda larga em local fixo (N.°)


por tipo de tecnologia de acesso ao serviço; anual
[Localização geográfica: Portugal]

Fonte: INE

É frequente encontrarmos em jornais e revistas gráficos idênticos ao apresen­


tado acima.

Estes gráficos utilizam-se para estudar a evolução de uma variável no tempo.

À evolução da variável no tempo dá-se o nome de série temporal ou série crono­


lógica.

Ao gráfico dá-se o nome de gráfico de linhas ou cronograma.

172
2 .3 . Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

P irâm ides e tárias

A pirâmide etária é também um histograma e é muito utilizada em análises de­


mográficas. Nelas é possível visualizar numa única imagem a distribuição da
população por idades e, simultaneamente, compará-la entre os dois sexos.
Portugal está a envelhecer. A população idosa, comparativamente à população
jovem e em idade ativa, é a que mais cresce (taxa média anual de 2,3%) e dentro
da população idosa são os mais idosos os que registam um ritmo de cresci­
mento mais forte (taxa média anual de 5,1 %).

Esta evolução está bem expressa no índice de envelhecimento, que passou de


68 idosos por cada 100 jovens, em 1991, para 102 , em 2001. Este indicador é
particularmente elevado entre as mulheres (122 idosas contra 84 entre os
homens, em 2001), confirmando a sua maior esperança de vida.
O acentuar do envelhecimento, especialmente na base da pirâmide de idades, e
o reflexo da baixa de natalidade marcam os contornos que as mesmas apresen­
tam em 1991 e 2001.
O envelhecimento agravou-se em todas as regiões do país, sendo mais acen­
* Observação tuado nas NUTS mais jovens, ou seja, no Norte e nas Regiões Autónomas.
A sigla NUTS significa
São as NUTS do interior que evidenciam os níveis mais elevados, mostrando no
Nomenclaturas de
Unidades Territoriais para país uma grande assimetria no índice, que chega atingir o valor de cinco idosos
fins Estatísticos. por cada jovem.

Exemplo de uma pirâmide etária.

População residente (N.°)


Portugal, 2013

1
75 e mais anos 75 e mais anos
I
1
65-74 anos 65-74 anos
m \
65 e mais anos 65 e mais anos
- 1 1 -
25-64 anos 25-64 anos
1
15-24 anos 15-24 anos
I

0-14 anos 0-14 anos

4 000 000 3 000 0002 000 0001 000 000 0 1 000 000 2 000 000 3 000 000 4 000 000 Caderno
de Fichas
■ Homem « Mulher FPH

173
2 Estatística

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Gráficos Descrição Vantagens Desvantagens

Funcionalidades/Serviços disponíveis no w e b site Gráfico de


[2004, empresas com presença na Internet (%)]
barras
100 90

80
A altura das Permite estabelecer Só pode ser
60
barras mostra a facilmente usado para
45
40 frequência. comparações. transmitir
20
20
18
7 As barras podem Tem forte impacto informações
5

Marketing Disponibili- Serviços de Página Acesso via Envio de ser verticais ou visual. simples.
dos produtos zação de apoio pós- personalizada telemóvel produtos
da empresa catálogos, lista -venda
de preços, etc.
para clientes
habituais
(serviços
WAP)
digitais
vendidos
horizontais.

Pág. 161

Posse de ligação à Internet, ligação à Internet através de banda Gráfico de


larga e presença na Internet
[2001-2004, de empresas com atividade económica (%) ] barras
100 Para cada valor Permite comparar Não pode ser
2001
80 2004 da variável diferentes grupos de utilizado para
60 aparece um dados para os mesmos variáveis que
40 grupo de barras. valores da variável. apresentam
20
muitas
Empresas com Empresas com Empresas com modalidades.
ligação à Internet ligação à Internet presença na Internet
através de banda larga

Pág. 161
Variação dos movimentos nos aeroportos por trimestre
Gráfico de
barras
Apresenta barras Permite apresentar Não dá ênfase
bidirecionais. quantidades positivas aos valores
e negativas. reais.

1° trimestre 2° trimestre 3° trimestre 4° trimestre


Aeronaves ■ Passageiros ■ Carga e Correio

Pág. 161

População portuguesa por sexo e grupo etário, 2001 Pictograma


A l l
80 ou + *• Os dados são Muito atrativo. Dá pouca
70 79
****
60 69
representados Grande impacto visual. informação.
m i m *****
‘ m u i 50 a 59
******
por símbolos Pouca
******* 40 49
******* ligados ao objeto precisão.
******** 30 a 39
******** do estudo.
******** 20 29
********
****** 10 a 19 *******
****** 0a 9 ******
A nos
800 600 400 200 0 0 200 400 600 800 M il pessoas

Pictograma: pirâmide etária

Pág. 164

174
2 .3 . Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

Síntese

Gráficos Descrição Vantagens Desvantagens

Peças defeituosas Gráfico de


linhas
10 -------------- São formados por Permite vários tipos de Não permite
o 9 v 71
8 / 1 1 ^ linhas. comparações. identificar,
7 -------* 1 ! ! facilmente, a
6
6 No eixo Permite estudar a
nj ^5 : ; ! horizontal está a variação de uma continuidade
4 1 1
3
1
:
1
! ! variável tempo. variável com o tempo. da variação.
<D
2 '1 11
1 1 1
0 ---------1---------1---------i - 4-
J F M A M J
Meses

Diagrama de
caule-e-folhas
Os dados são Todos os dados da Não é
Alturas das plantas 15 dias
depois de terem germinado
divididos em amostra aparecem no aconselhável
duas partes: o gráfico. quando há
caule e as folhas. Não é necessário muitos ou
0 8 9
O caule construir previamente poucos caules.
1 0 1 2 encontra-se do uma tabela de Dá pouca
2 1 1 1 3 3 4 8 lado esquerdo do frequências. informação no
traço vertical e as Dá uma interpretação caso de os
3 2 3 folhas do lado visual sobre a forma dados serem
4 1 direito. como os dados se muito
1 | 2 representa 12 cm distribuem. Permite dispersos.
ordenar rapidamente a
amostra. Facilita a
leitura ou a
determinação de
medidas estatísticas. É
muito sugestivo para
comparar duas
amostras.

Pág. 170
Nível de instrução dos portugueses, 2001
Gráfico circular
Um círculo está É útil quando a análise Só deve ser
dividido em das proporções é mais usado quando
setores. importante do que o a variável toma
A amplitude de valor real. poucos valores.
Outros
58% cada setor é Tem um forte impacto Um só gráfico
proporcional à visual. não permite
frequência comparar dois
correspondente. grupos de
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dados.

Pág. 162

175
2 Estatística

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Gráficos Descrição Vantagens Desvantagens

Atrasos dos expressos na chegada a uma cidade Histograma


É um gráfico de Para determinadas Difícil construção
barras em que a situações, é a única quando a
3 1%
30 altura destas é forma correta de amplitude dos
proporcional à apresentar os dados. intervalos é
20 frequência. Não O histograma dá diferente.
há espaço entre ideia da forma como Todavia, com as
as barras. Só se se distribuem os calculadoras
utiliza no caso da dados. gráficas ou
26 30 34 variável ser computadores,
Tempo (min) quantitativa e a este problema é
escala dos ultrapassado.
valores da
variável ser
contínua.
Pág. 166

As alturas dos jogadores Polígono de


frequências
É um gráfico de Permite comparar Difícil construção
linhas que se histogramas manual.
obtém unindo os utilizando apenas os Usando
pontos médios respetivos polígonos tecnologia, este
da base superior de frequência no problema fica
dos retângulos do mesmo quadro. ultrapassado.
histograma.
1,67 1,75 1,83 1,91 1,99 2,07 2,15 2,23
Altura (m)

Pág. 168

Diagrama de
extremos e
quartis
É formado por Para uma simples Para a sua
5 6 7 8 10 11 12 um retângulo e observação, dá uma construção é
por dois ideia da forma como necessário
segmentos de se distribuem os conhecer: o
reta. dados da amostra. mínimo, o
Cerca de 50% máximo, a
dos dados estão mediana e os
dentro do 1.° e 3.° quartis.
retângulo, 25%
para a direita e
25% para a
esquerda.

176
2 .3 . Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

Atividades complementares

A tabela seguinte refere-se ao rendimento anual, O gráfico seguinte representa a distribuição dos
em milhares de euros, dos funcionários de uma alunos de uma escola por anos de escolaridade.
empresa.
Alunos por anos de escolaridade
Rendimento anual
1 0 1 4 2 1 2 7 5 8
(milhares de euros)

N.° de funcionários 4 0 5 0 1 0 4 1

35.1. Construa uma tabela de frequências abso­


lutas e relativas, simples e acumuladas.
35.2. Qual é o número total de funcionários cujo
rendimento anual é inferior a 21 mil euros?
35.3. Qual é a percentagem de funcionários com
um rendimento anual inferior ou igual a 37.1. Quantos alunos frequentam o 9.° ano?
27 mil euros?
37.2. Quantos alunos frequentam o Ensino Secun­
Apresente a resposta com aproximação às
dário?
décimas.
37.3. Determine a percentagem de alunos que
frequentam o 11.° ano, relativamente ao
6 Questionaram-se 60 pessoas que vivem em Braga
número total de alunos da escola.
e trabalham no Porto acerca do tempo, em mi­
nutos, que levam nesse percurso. Apresente o resultado com aproximação às
centésimas.

Numa universidade estudou­


-se o tempo que 200 alunos
esperaram para encontrar
emprego, depois de termina­
rem um determinado curso.

Os dados estão apresentados na tabela seguinte:

Duração, em minutos,
do percurso Braga-Porto
Classes nt Ni O gráfico seguinte mostra os resultados obtidos.
f (%) F (%)
[4 5 , 5 0 [ 8

[5 0 , 5 5 [ 1 6 De 0 a 3 meses
De 3 a 6 meses
[5 5 , 6 0 [ 2 0
De 6 a 9 meses
[6 0 , 6 5 [ 4 De 9 a 12 meses
De 12 a 15 meses
[6 5 , 7 0 [ 2
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Total 5 0

Construa o histograma correspondente, consi­


Copie e complete a tabela. derando as frequências absolutas.

MMACS10-12 177
2 Estatística

Atividades complementares

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40.4. Indique os intervalos de classe considera­
Aplicou-se um teste de inteligência a um grupo
dos e determine as suas marcas.
de pessoas. A partir dos dados obtidos cons­
truiu-se o seguinte polígono de frequências ab­ 40.5. Construa o polígono de frequências corres­
solutas acumuladas. pondente ao histograma.

Resultados do teste de inteligência As preferências desportivas manifestadas pelos


120 alunos que se inscreveram no Clube do Des­
porto Escolar estão representadas no gráfico cir­
cular seguinte:

Preferência desportiva

Voleibol

Futebol

39.1. Quantas pessoas obtiveram no teste um


score inferior a 70 ? Andebol

39.2. Qual é a percentagem de pessoas que obti­ Nataçao


veram um score inferior a 80 ?
1 de círculo representa a opção voleibol.

0 O histograma seguinte representa os atrasos, em 35% dos alunos preferem futebol.


minutos, verificados na chegada dos expressos a
12 alunos preferem natação.
uma certa cidade.
41.1. Determine a percentagem de alunos que
Atrasos dos expressos na chegada a uma cidade prefere natação.
Cp
O'
rt3
41.2. Quantos alunos preferem andebol?
>

<D
Registou-se o número de bebés nascidos na ma­
‘u
C
«D ternidade de um hospital, em cada um dos dias do
mês de abril, tendo-se obtido os valores seguintes:

Número de bebés
Tempo (min)
3 1 2 3 0 2 4 3 4 2 3 2 1 2 2
40.1. Qual é a percentagem de expressos que
chegaram à cidade com um atraso inferior 0 4 3 1 1 4 3 3 2 1 3 2 0 3 2
a 22 min ?
42.1. Qual é a variável estatística em estudo?
40.2. Qual é a percentagem de expressos que
chegaram à cidade com um atraso igual ou 42.2. Determine, com aproximação às centési­
superior a 30 min ? mas, a percentagem de dias do mês de abril
em que nasceram, nesta maternidade, pelo
40.3. Sabendo que chegaram à cidade 20 expres­ menos três bebés.
sos com atraso, quantos deles tiveram um
atraso de 30 min ou mais? 42.3. Construa um gráfico de barras para repre­
sentar os dados da tabela.

178
2 .3 . Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

Atividades complementares

43 Os alunos da turma C dedicam algumas horas Quais são os gráficos mais utilizados para os dados
do seu tempo a atividades desportivas. de natureza qualitativa?

Um funcionário de uma bomba de gasolina re­


gistou o valor, em euros, que recebeu pela venda
de combustível durante o seu turno de trabalho
num determinado dia.

Considere os seguintes polígonos de frequências.

Número de horas semanais dedicadas a atividades


desportivas dos alunos da turma C segundo o sexo

Os dados estão registados no diagrama de caule-


-e-folhas seguinte:
CO
0 5 5 5 9
1 0 0 0 5 5 5 5 5 5 6
2 0 0 0 5 5 5 5 5 5 8 8 9
3
4 0 3 3 4 5
Com base nos polígonos de frequências apre­
5 0 5 5
sentados, responda aos itens seguintes:
6 0 3 8 8 9
43.1. Qual é, respetivamente, o número de rapa­
1 15 significa 15 euros.
zes e raparigas da turma C?
45.1. Quantas viaturas abasteceu o funcionário?
43.2. Das raparigas da turma C, qual é, com apro­
ximação às centésimas, a percentagem que 45.2. Quantos clientes gastaram menos de 28 € ?
se dedica a atividades desportivas, pelo
menos, quatro horas por semana? 45.3. Determine a percentagem de clientes aten­
didos pelo funcionário que gastaram mais
43.3. Quantos alunos, rapazes e raparigas, dedi­ de 43 € .
cam às atividades desportivas entre 4 e 6
horas semanais, sabendo-se que nenhum 45.4. Construa um histograma correspondente
aluno da turma dedica 6 horas por semana aos dados considerando sete classes de
a essas atividades? igual amplitude.
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179
2 Estatística

Avaliação global

MMACS10 © Porto Editora


1 Observe o gráfico seguinte.

Vendas de água da empresa X

Ano

1.1. O gráfico está mal construído. Explique porquê.


1.2. Construa corretamente outro gráfico com a mesma informação.

2 A tabela seguinte mostra as frequências absolutas do número de horas de sono relativamente a


30 pessoas.
Classes
(n.° de horas de sono) [6 ; 6,5[ [6,5 ; 7[ [7 ; 7,5[ [7,5 ; 8[ [8 ; 8,5[ [8,5 ; 9[

ni 4 7 8 6 3 2

2.1. Que significado atribui à frequência absoluta 7 ?


2.2. Relativamente à classe [7 ; 7,5[, indique o limite inferior, o limite superior e a amplitude.
2.3. Quantas pessoas dormiram menos do que 8 h ?
2.4. Que percentagem de pessoas dormiram mais de 7 h e menos do que 8 h ?
Apresente o resultado com uma casa decimal.

3 Numa escola com 1000 alunos, fez­


Número de idas à biblioteca
-se um estudo sobre o número de
Uma vez Duas vezes Três vezes
vezes que, em média, as raparigas e
os rapazes da escola iam à biblioteca, Raparigas 200 150 100
por semana. Rapazes 300 200 50

Os dados estão apresentados na tabela Número de idas à biblioteca


ao lado. (rapazes e raparigas)

3.1. Construa um gráfico de barras duplas que repre­


sente a informação da tabela.
■ 1 vez
3.2. Diga, justificando, se o gráfico circular ao lado re­
■ 2 vezes
presenta os dados da tabela.
■ 3 vezes

180
2 .3 . Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

Avaliação global

“Pesaram-se” 27 bebés com 6 meses de idade Pesos dos bebés


e com os dados obtidos construiu-se o histo­
grama de frequências acumuladas represen­
tado ao lado.

4.1. Quantos bebés “pesam” menos de 8 kg ?

4.2. Qual é a percentagem de bebés que “pesam”


7 kg ou mais, mas menos de 8,5 kg ?
Apresente a resposta com aproximação às
décimas.

4.3. Indique os intervalos de classe e as respeti­


vas frequências relativas de cada um deles.

5 Com os dados obtidos num inquérito acerca Modalidades desportivas preferidas pelos
das modalidades desportivas preferidas dos rapazes e raparigas do 10.° ano da escola
alunos de uma turma do 10.° ano, construiu-se
a tabela de frequências representada ao lado. Modalidades Número Número
desportivas de rapazes de raparigas
A partir dos dados da tabela: Futebol 13 3
5.1. Indique as duas modalidades desportivas Natação 10 10
mais preferidas pelos rapazes.
Atletismo 7 6
5.2. Indique as duas modalidades desportivas Andebol 5 4
menos preferidas pelas raparigas.
Voleibol 4 12
5.3. Indique a modalidade desportiva em que Basquetebol 8 5
se verifica a maior diferença entre as prefe­
rências dos rapazes e das raparigas. Ginástica 6 14

5.4. Construa um gráfico de barras que repre­


sente os dados.

6 Os alunos do 12.° ano de escolaridade de uma turma participaram, no âmbito de um programa


desportivo, numa corrida de 100 metros, tendo-se obtido os tempos seguintes em segundos:

13,9 14,2 16,1 15,5 14,9 15,6 15,3


14,7 13,5 15,7 15,8 14,5 13,4 14,3
15,1 14,0 16,3 14,2 15,8 14,9 15,5
16,3 14,6 15,2 15,7 14,4 15,4 15,0

6.1. Agrupe os dados numa tabela de frequências, considerando 5 classes e o menor tempo ob­
servado como limite inferior da primeira classe.
MMACS10 P Porto Editora

6.2. Represente os dados através de um histograma.


Caderno
6.3. Construa um polígono de frequências que represente a distribuição dos tempos observados de Fichas

na corrida. FT4

181
2 Estatística

2.4. Percentis. Mediana. Quartis. Diagrama de extremos e quartis

Utilizamos frequentemente medidas estatísticas

M M A C S10 © Porto Editora


NAO SEI QUAL
para compreendermos o mundo à nossa volta,
NAO SE PREOCUPE,
O PERCENTIL...
E ELE i. TUD O ,
DOUTOR! pois estas medidas permitem resumir de forma
O (CAL. ., PERDÃO,
MENOS MEDIANO!
O CLARK SEMPRE simples um conjunto de dados.
FOI ASSIM!
Dessas medidas estatísticas vamos estudar os
percentis. Esta medida é muito utilizada no
quotidiano: por exemplo, quando uma mãe
leva o seu bebé ao médico pediatra fica a
saber se o peso do seu filho está no percentil
adequado à sua idade.

Atividade inicial 4
Selecionaram-se, aleatoriamente, cinco alunos do 10.° A aos quais se
perguntou a idade.
As respostas foram as seguintes:

15 14 15 16 17
Para indicar a amostra obtida pode-se escrever os dados, separados
por vírgulas, dentro de parênteses.
A amostra representa-se por x .
x = (15 , 14 , 15 ,16 ,17) X é oprimeiroelementoda amostra.
~ 3 3 3 3 3
X1 X2X3 X4 X5 X3é oterceiroelementoda amostra.12
A amostra ordenada é a seguinte:
(14 , 15 , 15 , 16 , 17) x(1) éoprimeiroelementoda amostra ordenada.
3 3 3 3 3
*(1 ) X (2) X (3) X (4) X (5) x(3) éoterceiroelementodaamostra ordenada.

1 Considere a amostra y seguinte:

y =(2 , 3 , 7 , 4 , 2 , 5 , 2)

1.1. Escreva a amostra ordenada.

1.2. Indique y4 e yw .

2 Numa amostra ordenada z , de dimensão 5 , sabe-se que:

z 1) = 1 ; z 2) = 3 ; z 3 ) = 5 e z 5 )= 5
Qual é o valor de z 4 ) ? Explicite a amostra.

182
2 .4 . Percentis. Mediana. Quartis. Diagrama de extremos e quartis

1. Percentis

Dado n 6 IN , uma amostra x = (x, , x2 , ... , xn) e um número natural


do intervalo ]0 , 100] , designa-se por p e rc e n til de o rd em k , e
representa-se por Pk :
■ o valor máximo da amostra se k = 100 ;
kn kn kn
se ■for inteiro, Pk é a média dos elementos de ordem ■e +1
100 100 100
na amostra ordenada ( k 0 100);
kn
se não é inteiro, Pk é o elemento de ordem + 1 na
100 k 100
amostra ordenada (para x 6 R , [x] designa a parte inteira de x ).

E xem plo 11 P ercen tis p ara dados sim p le s


De um pomar de macieiras jovens selecionaram-se 15 macieiras e
contou-se o número de maçãs de cada uma.
Os dados obtidos foram os seguintes:
x = (7 , 6 , 13 , 5 , 6 , 5 , 9 , 9 , 15 , 9 , 8 , 8 , 12 , 13 , 5)
Determine:
1 1 .1 . P30 1 1 .2 . P 50 11.3. P 80

Resolução
11.1. Começamos por escrever a amostra ordenada
(5 , 5 , 5 , 6 , 6 , 7 , 8 , 8 , 9 , 9 , 9 , 12 , 13 , 13 , 15)
I I I 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
X (1) X (2) X (3) X (4) X (5 ) X (6 ) X (7) X (8) X (9 ) X (10) X (11) X (12) X (1 3 ) X (14) X (15)

P3 0 - ?
Aplicando a definição, tem-se:
kn _ 30 x 15
-= 4,5 (4,5 não é número inteiro)
1ÕÕ_ 100
A parte inteira de 4,5 é 4 e 4 + 1 = 5 .
Logo, P30= X;5) = 6 ; P30 = 6 maçãs.

1 1 .2 . P 5 0 = ?
kn 50 x 15
= 7,5 (7,5 não é número inteiro)
100 100
A parte inteira de 7,5 é 7 e 7 + 1 = 8 .
Logo, P 5 0 = X(8) = 8 ; P 5 0 = 8 maçãs.

11.3. P80 = ?
kn 80 x 15
= 12 (12 é umnúmero inteiro)
100 100
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Aplicando a definição, tem-se:


X 12 ) + X 13) 12 + 13
P 80 = = 12,5
2 2
Logo, P80= 12,5 maçãs.

183
2 Estatística

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E xercício 46

Mediu-se, em centímetros, a altura de 10 plantas da mesma idade.


Os dados obtidos foram os seguintes:
&= (18 , 15 , 18 , 20 , 13 , 16 , 17 , 15 , 14 , 16)

46.1. Escreva a amostra ordenada.

46.2. Determine :

a) A o b) P 25 c) P50
d) P 75 e) P80 f) P92

In terp retação de P k

No exemplo 11, concluiu-se que P80 = 12,5 maçãs.

Afirmar que P80 = 12,5 maçãs significa que, pelo menos, 80% das macieiras
têm 12,5 maçãs ou menos ou que, no máximo, 20% das macieiras têm mais
do que 12,5 maçãs.

De um modo geral, tem -se que:

Interpretação de Pk
Sendo Pk o percentil de ordem k significa que, pelo menos, k% das
unidades estatísticas da amostra têm valores inferiores ou iguais a Pk
e que, no máximo, (100 - k)% têm valores superiores a Pk .

E xem plo 12 In te rp re ta ç ã o de Pk

Num estudo estatístico concluiu-se que P 3 0 = 10 cm .


Interprete o resultado obtido.

Resolução

Dizer que P30 = 10 cm significa que pelo menos 30% das unidades estatísticas da amostra têm valores
inferiores ou iguais a 10 cm e que, no máximo, 70% das unidades estatísticas têm valores superiores a 10 cm .

E xercício 47

Mediu-se, em centímetros, a altura de uma amostra de 10 velas de


aniversário.
Os resultados foram os seguintes:
x = (2,47 ; 2,50 ; 2,61 ; 2,49 ; 2,52 ; 2,60 ; 5,58 ; 2,63 ; 2,69 ; 2,64)

Determine P25 e interprete o resultado.

184
2 .4 . Percentis. Mediana. Quartis. Diagrama de extremos e quartis

E xem plo 13 Na p a s te la ria da Ana

Num domingo, a Ana registou o tempo, em minutos, que os clientes da sua pastelaria permaneciam
sentados para tomar um café. 49 32 20 16 10 35 5 9 29 17 23 8 37 40 18
Os resultados estão representados ao lado. 12 28 32 34 45 21 41 35 15 17 44 18 49 47 50
13.1. Ordene os dados da amostra e determine os percentis 25 , 50 e 75 .

13.2. Dos 40% dos tempos mais elevados, determine aquele que teve menor duração.

13.3. A que percentil pertence o tempo 28 minutos?

Resolução
13.1. (5 , 8 , 9 , 10 , 12 , 15 , 16 , 17 , 17 , 18 , 18 , 20 , 21 , 23 , 28 , 29 ,
32 , 32 , 34 , 35 , 35 , 37 , 40 , 41 , 44 , 45 , 47 , 49 , 49 , 50)
P = ?•
P25 P = ?•
P50
25 X 30 50 X 30
= 7,5 (não é um número inteiro) = 15 (número inteiro)
100 100
[ 7,5] + 1 = 8 p 50= x 15)+ x ia) = 28 + 29 = 28,5
Logo, P 2 5 = x 8) = 17 minutos. 2 2
Logo, P 50= 28,5 minutos.
P = ?•
P75
75 X 30
= 22,5 (não é um número inteiro)
100
[ 22,5] + 1 = 23
Logo, P 75= x 23) = 40 minutos.

13.2. P6o = ?
60 X 30 40%
= 1 8 ; P 6 0 = X 18) = 3 2
100
O tempo pedido é 32 minutos. 60%

13.3. Sabe-se que Xi5) = 28 . Será que existe Pk = Xi5)?

Para tal, é necessário que 3 ° ^ seja não inteiro e que


30* 30*
+ 1 = 15 , ou seja, 14 < — < 15 § 46,7 < * < 50 .
100 100
Assim, o tempo 28 minutos pode pertencer a P47 , P48 ou P49 .

E xercício 48
Os dados da tabela ao lado referem-se à 30 5 10 40 25
duração, em minutos, do percurso casa­ 22 10 8 7 35
-emprego realizado num dia por uma 12 40 41 17 19
amostra aleatória de 20 funcionários de 22 31 33 19 21
uma empresa.
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48.1. Ordene os dados da amostra e determine P 25, P50 e P 75 .


48.2. Determine, dos 15 percursos com maior duração, aquele
que tem menor duração.
48.3. A que percentil pertence o percurso com 30 minutos?

185
Estatística

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Percentis para dados agrupados
Para determinar os percentis em dados agrupados em classes, recorremos ao
respetivo histograma.

Exemplo:
Considere os salários de 20 funcionários da empresa A registados na tabela.

S a lá rio s N úm ero
(cen ten as de euros) de fu n cio n ário s

[6 , 8[ 11
[8 , 10[ 5
[10 , 12[ 3
[12 , 14[ 1
Total 2 0

Vamos com eçar por construir o respetivo histograma.

Distribuição dos salários dos


funcionários da empresa A

Á rea de cada um dos retângulos, A 1 , A 2 , A 3 e A 4 :

A, = 11 x 2 = 22 ; A2 = 5 x 2 = 10 ; A3 = 3 x 2 = 6 e A4 = 1 x 2 = 2
* Observação
Á rea to tal do histogram a, A :
Na seguinte histograma:
A = 22 + 10 + 6 + 2 = 40 = n h

——Amplitude de cada classe


Frequência

——N.° de elementos da amostra

Percentil de ordem k
O

O p e rc e n til de o rd em k , P k , é o ponto do eixo horizontal para o qual a


Pk
área acumulada dos retângulos do histograma que estão à sua
a parte colorida representa
k % da área total do
esquerda, acrescida da área do retângulo que o ponto determina na
histograma. classe a que pertence, é igual a k% da área total do histograma.

186
2 .4 . Percentis. Mediana. Quartis. Diagrama de extremos e quartis

Distribuiçã Cálculo de P 15 , P 75 e P 99 da situação exemplificada na página


funcion ri anterior:
11
10-- P 15 = ?
g­ knh
Frequência absoluta

Determina-se ■, onde nh é a área total do histograma.


8 100 a
7
6 A, Para k = 15 e nh = 40 :
5 15 x 40
4 x=- -= 6
100
3
A
2- A área 6 é atingida no 1.° retângulo, pelo que P 15 E [6 , 8[ .

(P15 - 6) x 11 = 6 §
0
§ 11 + 6 « 6,55
P 15 = A '
P15“ 6/55
Logo, P15) 6,55 centenas de euros.

Distribuição dos s< P75 - ?


funcionários da ei
75 x 40
11 x=
100
10-­
9­ A soma da área do 1.° retângulo com a do 2.° retângulo é:
Frequência absoluta


7­ 22 + 10 = 32 , ou seja, A1 + A2 = 32 .

5----- Assim, P75 E [8 , 10[.
4
(P75- 8) x 5 + 22 = 30 §

A

13 § P75= 8 + 8 = 9,6
1 75 5
Logo, P75= 9,6 centenas de euros.
0 8 tlO
Salários|(centena
P75=9,6 P99 - ?

99x40
x= 39,6
100
Distribuição dos salários dos
funcionários da empresa A
A1 + A2 + A3 + A4 = 40 , pelo que P9 9 E [12 , 14[ .
11------
10 (P99- 12) x 1 + 22 + 10 + 6 = 39,6 §
9-­
Frequência absoluta

8 P99= 1 6 + 12 = 13,6

99 1
6-­ A 1 Logo, P99= 13,6 centenas de euros.
5
4
3------ Qual é o significado de P99= 13,6 centenas de euros?
A Pgg= 13,6
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2­ Afirmar que P99= 13,6 centenas de euros significa dizer que,


A3
1
A4 pelo menos, 99% dos salários, em centenas de euros, são in­
0 6 8 10 12 14 feriores ou iguais a 13,6 e que, no máximo, 1% dos salários,
Salários (centenas de euros) em centenas de euros, são superiores a 13,6 .

187
2 Estatística

Exemplo 14 Interpretação de percentis


O histograma da figura representa as alturas de 24 plantas, em centímetros, que foram semeadas num dado dia.
Altura das plantas

14.1. Determine P 2 5 e interprete o resultado.


14.2. Qual é a altura mínima que podem atingir as plantas que pertencem ao conjunto das 40% mais altas?
14.3. Qual é a altura mais elevada do conjunto das plantas que têm alturas 40% mais baixas?
14.4. Sabe-se que uma planta tem de altura 16,2 cm . A que percentil pertence?

Resolução
14.1. A1= 4 X 1 = 4 ; A2 = 4 X 8 = 32 ; A3= 4 X 10 = 40 ; 14.2. P60 = ? x = 60 X 96 = 57,6
A4 = 4 X 4 = 16 e A5= 4 X 1 = 4 60 100
At = nh = 24 X 4 = 96 P60 e [8 , 12[ ; (P60- 8) X 10 + 32 + 4 = 57,6 ;
25 X 96 P60 = 10,16 cm
P25 ? x= = 24
100 A altura mínima é 10,16 cm .
P25 e [4 , 8[ ; (P25- 4) X 8 + 4 = 24 § P25= 6,5
Logo, pelo menos 25% das plantas têm altura 14.4. 16,2 e [16 , 20[ ; (16,2 - 16) X 1 = 0,2
inferior ou igual a 6,5 cm . A 4 + A2 + A3 + A4 + 0,2 = 4 + 32 + 40 + 16 + 0,2 =
40 X 96 = 92,2
14.3. P 40 = ? x = 38,4
100 knh , 92,2 X 100
[8 knhh = 92,2 ± k = — --------- ) 96,04 ;
40 , 1 2 [ ;
100 96
(P40 - 8) X 10 = 38,4 - (4 + 32) § P40 = 8,24 Pk = P97 (k é o menor inteiro superior a 96,04)
Logo, a altura mais elevada das plantas com
Logo, o dado 16,2 pertence a P97 .
altura 40% mais baixa é 8,24 cm .

Exercício 49
O histograma da figura representa as classificações (0 a 20 valo­ Classificação dos alunos do 10.° A
res) a Matemática dos alunos de uma turma do 10.° A num teste
de avaliação.
49.1. Determine P30 e interprete o resultado.
49.2. Qual é a classificação mínima que pode tirar um aluno que
pertence ao conjunto dos que têm classificações 25%
mais altas?
49.3. Qual é a classificação mais elevada do conjunto dos alunos 0" 8 10 12 14 16 18 20
que têm classificações 40% mais baixas? Classificação
49.4. A classificação do Rui foi de 12,3 valores. A que percentil pertence a classificação do Rui?

188
2 .4 . Percentis. Mediana. Quartis. Diagrama de extremos e quartis

2. Mediana
A mediana de uma amostra, que se representa por x ou Me é o percentil 50 .

Assim, para determinar a mediana de um conjunto de dados determina-se P50 .

Quando os dados estão agrupados em classes, a classe a que pertence a me­


diana chama-se classe m e d ia n a .

Se os dados forem obtidos através de uma tabela de frequências, também se


pode determinar a mediana como se mostra no exemplo seguinte.

E xem plo 15 M ediana

Considere os dados apresentados na seguinte tabela, referentes ao número de irmãos de quatro turmas: A ,
B, C e D.
Turma A Turma B Turma C Turma D
ni Ni n Nt n Nt ni Ni
3 3 1 1 2 2 4 4
10 13 5 6 8 10 11 15
9 22 10 16 12 22 12 27
2 24 3 19 4 26 2 29
1 25 2 21 2 28 1 30

Determine a mediana do número de irmãos por cada turma.

Resolução
n e impar n e par
Turma A Turma C
, 28
k= = 13 k= = 14
2 2
A mediana e o valor de ordem 13 . A mediana é a semissoma dos valores de ordem
Procura-se o número 13 na coluna das 14 e 15.
frequências absolutas acumuladas N . Observando a coluna Ni , verifica-se que tais
Este valor aparece nesta coluna e a leitura da valores correspondem a N3= 22 .
mediana e imediata: A mediana é, então:
Me = x(13) = 2 irmãos Am) + %;) 2 + 2 „ . _
Me = — — = = 2 irmãos
2 2
Turma B
k = 2 1 + 1 = ii
2 Turma D
A mediana é o valor de ordem 11 . k = 3 0 = 15
2
Procura-se o número 11 na coluna das A mediana é a semissoma dos valores de ordem
frequências absolutas acumuladas Nt . 15 e 16 .
Este valor não aparece nesta coluna. Observando a coluna Ni , verifica-se que tais
O número imediatamente superior é 16 . valores correspondem a N2= 15 e a N3= 27 ,
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Tal significa que há 16 valores menores ou iguais respetivamente.


a 2 . A mediana é, então, a correspondente a esse A mediana é, então:
valor, isto é:
Xi15) + Xi16) 2 + 3
Me = x(11) = 2 irmãos Me = — — = = 2,5 irmãos
2 2

189
Estatística

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E xercício 50

Observe a tabela seguinte que se refere ao número de filhos das famílias que habitam duas pequenas loca-

Localidade A Localidade B

nt Ni n Ni

4 4 3 3

15 19 21 24

20 39 17 41

21 60 15 55

5 65 10 65

5 70 8 73

50.1. Determine e interprete a mediana relativa à localidade A .

50.2. Determine e interprete a mediana relativa à localidade B .

E xercício 51

No âmbito da disciplina de MACS, os alunos de uma das


turmas da Escola das Violetas desenvolveram um traba­
lho de projeto que incluía um estudo sobre as alturas dos
alunos que frequentavam o ensino secundário.
A tabela seguinte mostra a altura, em metros, dos alunos
que fizeram parte da amostra recolhida.

Altura Número
(metros) de alunos
[1,45 ; 1,5ü[ 2

[1,50 ; 1,55[ 4

[1,55 ; 1,60[ 5

[1,60 ; 1,65[ 7

[1,65 ; 1,70[ 5

[1,70 ; 1,75[ 2

Total 25

51.1. Construa o histograma correspondente.

51.2. Determine a mediana, com aproximação às centésimas, e interprete o resultado obtido.

190
2 .4 . Percentis. Mediana. Quartis. Diagrama de extremos e quartis

3. Quartis
O 1.° quartil (Q1) é P2 5 .
O 2.° quartil (Q2= Me) é P50 .
O 3.° quartil (Q3) é o P75 .

À diferença Q3 - Q, chama-se amplitude interquartis.

Exemplo 16 Quartis. Amplitude interquartis


A Teresa lançou um dado cúbico 20 vezes e registou o número de pontos da
face que ficou voltada para cima.
Os dados obtidos foram os seguintes:
1 2 3 4 5 6 6 4 4 3 1 2 3 6 4 4 3 2 1 1

16.1. Determine os quartis.


16.2. Determine a amplitude interquartis.

Resolução
16.1. Vamos começar por escrever a amostra ordenada:
v = (1 , 1 , 1 , 1 , 2 , 2 , 2 , 3 , 3 , 3 , 3 , 4 , 4 , 4 , 4 , 4 , 5 , 6 , 6 , 6)
X (1) X (2 ) X (3 ) X (4 ) X (5 ) X (6) X (7) X (8) X (9) X (1 0 ) X (11) X (12) X (13) X (14) X (15) X (16) X (17) X (18) X (1 9 ) X (20)

1.° quartil = P25 2.° quartil = P50


25 X 20 50 X 20
=5
100 100
P 25= X52 +X62 = 2 + 2 = 2 = ^ 3+3
X 10) +
X 11)
P 50 = 3 = Q2= mediana
25 2 2 2 2
Logo, P 2 5 = 2 pontos. Logo, P 50= 3 pontos.

3.° quartil = P75


75 X 20
= 15
100
p _ X(15) + X(16) _ 4 + 4 _ 4 _ Q
2 2
Logo, P73= 4 pontos.

16.2. Amplitude interquartis = Q3- Q1 = 4 - 2 = 2 .


Logo, a amplitude interquartis é 2 pontos.

Exercício 52
A seguir apresenta-se o número de SMS recebidas pela Helena em 17 dias consecutivos.
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Número de SMS
13 14 58 10 21 19 16 15 25 20 19 37 36 34 32 32 25

Determine Q1 , Q2 e Q3 .

191
2 Estatística

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E xem plo 17 In q u érito

Numa cidade foi criado um espaço multimédia para divulgação dos produtos, monumentos e história locais.
Para saber quantas vezes os habitantes da cidade visitaram este espaço, a câmara municipal realizou um
inquérito a 160 pessoas, representativas da população da cidade.
As respostas apresentam-se na tabela seguinte:

Número de visitas Percentagem


0 49
1 16
2 15
3 10
4 10

17.1. Determine o número de inquiridos que visitaram o espaço multimédia mais do que uma vez.

17.2. Tendo em conta a tabela dada, determine Q3, Q2 e Q3 .

Resolução

17.1. 15% + 10% + 10% = 35%

35% de 160 = 0,35 X 160 = 56

Logo, 56 pessoas visitaram o espaço multimédia mais do que uma vez.

17.2. O 1.° quartil é zero visitas, porque 49% > 25% .

O 2.° quartil é uma visita, porque 49% + 16% = 65% e 49% < 50% < 65% .

O 3.° quartil é duas visitas, porque 49% + 16% + 15% = 80% e 65% < 75% < 80% .

E xercício 53

Considere a tabela seguinte, resultado de um inquérito a 2500 alunos sobre o número de vezes que anda­
ram de avião.

N.° de vezes Percentagem


0 40
1 30
2 15
3 10
4 5

53.1. Determine o número de alunos qua andaram, no máximo, duas vezes de avião.

53.2. Determine Q3, Q2 e Q3 .

192
2 .4 . Percentis. Mediana. Quartis. Diagrama de extremos e quartis

4. Diagrama de extremos e quartis


Para construir um diagrama de extremos e quartis, precisamos de conhecer:

o dado de valor mínimo


os extremos
o dado de valor máximo
os quartis Q, , Q2 e Q3 .

Consideremos que num estudo estatístico se tem:

Dado de v a lo r m ínim o 3

Dado de v a lo r m áxim o 12

1.° Q 6

2 .° Q 8

3 .° Q 10

Vejam os como c ria r o diagram a de extrem o s e quartis.

1.° Desenhamos um eixo


graduado de 3 a , 2 ,
respetivamente, o dado 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
de valor mínimo e o dado
de valor máximo.

2 .° Desenhamos, por baixo


ou por cima desse eixo,
um retângulo cujo
comprimento é a diferença
vo-

0 11 12
m

LD

"v j

0 0

entre o 3.° e o 1.° quartis,


ou seja, a amplitude
interquartis.
As bases do retângulo
coincidem com o 1.° e
o 3.° quartis,
respetivamente.

3 .° Dividimos o retângulo por


uma linha correspondente
à mediana. 3 4 5 6 7 8 9 10 11 i2
Completamos o gráfico | |
unindo o retângulo aos
! !
extremos, como se
mostra na figura ao lado.
M M A CS10 © Porto Editora

A amplitude interquartis é Q3- Q, = 10 - 6 = 4 .

MMACS10-13 193
2 Estatística

M M A CS10 © Porto Editora


E xem plo 18 D iag ram a de e x tre m o s e q u a rtis
0 233
Considere o diagrama de caule-e-folhas que representa as temperaturas mínimas,
em graus Celsius, registadas num determinado dia em 15 cidades europeias. 1 0 1 1 13 4 4 5 6
2 0 11
Elabore o correspondente diagrama de extremos e quartis.
2 |1 representa 21 °C

Resolução

Valor mínimo: 2 °C

Valor máximo: 21 °C

Ql = P 25 = ?

25 x 15
3,75 ; Qi = X4) = 10 °C
100

Q 2 = P50 = ?

50 x 15
7,5 ; Q2= x(8) = 13 °C
100

Q 3 = P 75 = ?

75 x 15
11,25 ; Q3= x(12) = 16 °C
100
Praça do Comércio, Lisboa

2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Temperaturas mínimas (°C)

E xercício 54

O diagrama de caule-e-folhas seguinte refere-se ao tempo, em mi­


nutos, que 22 alunos de MACS dedicaram ao estudo para um teste.

8 6677799
9 0044 5555
10 33668
11 16
8 |6 representa 86 min

Atividades
54.1. Determine Q1, Q2 e Q3 e a amplitude interquartis. complementares

Pág. 199

61
54.2. Construa o respetivo diagrama de extremos e quartis.

194
2 .4 . Percentis. Mediana. Quartis. Diagrama de extremos e quartis

E xem plo 19 D istância à escola


D is tâ n c ia à escola (k m ) N .° de alunos
A tabela ao lado apresenta a distribuição da distância da
residência à escola, em km , de 200 alunos da Escola [0 , 2[ 74
Secundária do Passil. [2 , 4[ 66
Construa o diagrama de extremos e quartis relativo a essa [4 , 6[ 28
distribuição. [6 , 8[ 22
Apresente os resultados com aproximação às centésimas. [8 , 10[ 10
Total 200
Resolução
Vamos começar por representar o histograma correspondente e
nele assinalar as alturas de cada retângulo.

P25 = ?•
25 X 400
= 100 (P25 - 0) X74 = 100 § P25 =1 0 0 = 1,35
100
Logo, P25 ) 1,35 km .

P50 = ?•
P
50 X 400 200 - 1 4 8
= 200 (P50 - 2) X66 + 148 =200 § P50 = + 2 = 2,79
100 66

Logo, P50 = 2,79 km .

P75 = ?
P •
75 X 400 300 - 280
= 300 (P75 - 4) X28 + 132 + 148 =300 § P75 = + 4 = 4,71
100 28

Logo, P75 = 4,71 km .

0 1 | 2 f3 4 | 5 6 7 8 9 10
1,35 2,79 4,71
Distância da residência à escola (km)

E xercício 55

A Maria recolheu uma amostra de 60 saquetas de açúcar e pesou


M assa (g) N .° de saquetas
cada uma delas.
M M A C S10 © Porto Editora

[5,8 ; 5,9[ 24
Os dados obtidos estão representados na tabela ao lado.
[5,9 ; 6,0[ 12
De acordo com os dados, construa o diagrama de extremos e [6,0 ; 6,1[ 18
quartis e determine a amplitude interquartis.
[6,1 ; 6,2[ 3
[6,2 ; 6,3[ 3
Total 60

195
2 Estatística

5. Interpretação do diagrama de
extremos e quartis
Como vimos, o diagrama de extremos e quartis é uma representação gráfica que
realça informação importante sobre a localização dos dados na amostra.
Dados simétricos
O diagrama de extremos e quartis tem o seguinte aspeto:
25% dos 25% dos
Enviesamento para dados dados
a esquerda
50% dos dados
Â.----- ---- z -------------- — z
Extremo Q1 Qi Q3 Extremo
Enviesamento para inferior superior
a direita
Os diagramas de extremos e quartis são muito úteis para comparar conjuntos
de dados no que respeita à simetria e enviesamento, bem como da sua maior ou
menor concentração.
Para esta avaliação há que ter em conta a distância entre a linha representativa da
mediana e as linhas representativas do 1.° e do 3.° quartis (lados do retângulo),
bem como o comprimento das linhas entre os lados do retângulo e as linhas
correspondentes aos extremos.*15

E xem plo 20 C om paração de conjuntos de dados


Portugal
Considere os diagramas de extremos e quartis relativos a temperaturas
máximas, em graus Celsius, observadas em determ inado dia em
15 capitais europeias, excluindo Lisboa, e as tem peraturas m áximas Europa
observadas nesse mesm o dia nas 18 capitais distritais de Portugal
continental. h — 1— 1— 1— 1— 1— 1— 1— I— 1— Ï H — 1— 1— ►
10 12 14 16 18 20 22
Observe o diagram a e retire algumas conclusões. Temperaturas (°C)

R esolução
D a observação atenta dos diagramas pode concluir-se que, por exemplo:
a diferença entre os extremos é m en o r no caso das tem peraturas m áxim as observadas em Portugal;
a diferença entre Q3 e Q1 , cham ada am plitude interquartis, é ligeiram ente m enor para o caso das
tem peraturas m áxim as observadas em Portugal;
em Portugal e na Europa verifica-se um a igual dispersão das temperaturas máximas inferiores ou iguais a Q2;
na Europa verifica-se u m a m aior dispersão das tem peraturas m áxim as superiores ou iguais a Q3 .

E xercício 56

Os dados referem-se aos tempos, em minutos, gastos


T em p o (m in ) - T u rm a A
n um a corrida por alunos de duas turmas.
12 13 13 12 13 12 12 13 14 13 14 12 11 12
56.1. D eterm in e Q1 , Q2 e Q3 relativam ente aos
dois conjuntos de dados.
Tem p o (m in ) - T u rm a B
Caderno
56.2. Construa os dois diagramas de extremos e
13 14 14 15 13 13 13 12 14 13 15 13 14 15 de Fichas

quartis e tire algumas conclusões. FP13

196
2 .4 . Percentis. Mediana. Quartis. Diagrama de extremos e quartis

Síntese

P e rc e n til p a ra dados sim ples No diagrama de caule-e-fo- 0 239


O percentil de ordem k da amostra lhas ao lado apresenta-se a 1 00 1 2
x = (x , x 2 , ... , x j é: altura, em centímetros, de 2 1 12 3 4
20 plantas. 3 13 4 5 7 8
o valor máximo da amostra se
4
k = 100 ; „ 25 x 20 c
P 25= ? ; = 5 5 23
a média dos elementos de ordem 25 100
kn kn 2 |1 representa 21 cm
■e + 1 na amostra orde-
100 100 kn X5) + * (6)_ 10 + 11
P 25 = = 10,5 ; P 2 5 = 10,5 cm
nada, se k 0 100 e -----for inteiro; 2 2
100
kn
o elemento de ordem + 1 na P 7 6 = ? ; P 7 6 = 761*020 = 15,2 ; P 7 6 = x 1 6 ) = 35 cm
100
amostra, nos restantes casos.
Pág. 183

P e rc e n til p a ra dados agrupados Massa, em gramas, de 8


em classes 20 sacos de laranjas u 7-
'1
<T3 c.
6
Para dados agrupados em classes, At = 200 x 20 = 4000 5--
Pk determina-se utilizando o <D
4
P50 - ? • 3 1200
respetivo histograma. 2­
1000
P = 50 * 4000 = 2000 ' 1 400
Se desenharmos a linha vertical que 50 100
contém a mediana, a área do histo­ 0 200 400 600 800 1000
(P50 - 400) X 7 + 1000 = 2000 Massa (g)
grama fica dividida em duas partes 542,86
iguais. 1000
P 50 = + 400 « 542,86 ; P 50« 542,96 g
Pág. 186 7

Q u a rtis . D ia g ra m a de extrem o s e Considere o conjunto de dados ao


N .° de N .° de
q u artis lado, relativos ao número de frutos frutos p lantas
O 1 .° quartil Q = P 25 . de 40 plantas de um pomar jovem. 0 4
1 9
O 2.° quartil (Me) = P 50 . = 10 ; Q, = 1
100 2 7
O 3.° quartil (Ç3) = P 75 . Q1 = 1 fruto 3 7
Q3- = amplitude interquartis. 50 x 40 4 8
= 20 ; Q2= 2,5 5 3
100
O diagrama de extremos e quartis Q2= 2,5 frutos 6 0
constrói-se conhecendo: 7 0
75 X 40
= 30 ; Q3= 4 8 2
os extremos (valores máximo e mí­ 100
T otal 40
nimo); Q3 = 4 frutos
os quartis Q3, Q2 e Q3 .
MMACS10©PortoEditora

0 1 2 2,5 3 4 5 6 7
Números de frutos das plantas
Pág. 191

197
2 Estatística

Atividades complementares

M M A C S10 © Porto Editora


Os alunos do 10.° K demoraram os seguintes Considere os dados apresentados na tabela se­
tempos, em minutos, a resolver um problema: guinte, referentes ao número de horas de estudo
de MACS na última semana.
Tem p o / m in
N ú m e ro T u rm a A T u rm a B T u rm a C
12 14 15 15 17 de horas
de estudo nt Ni n Ni n Ni
17 16 16 15 18
1 0 0 2 2 1 1
17 17 17 11 13
16 15 12 17 13 2 2 2 4 6 5 6

15 13 16 17 15 3 15 17 20 16 20 26

4 7 24 1 27 2 28
57.1. Escreva a amostra ordenada.
5 1 25 0 27 2 30
57.2. Determine:
a) P 8 Determine a mediana do número de horas de
b) P 25 estudo de MACS das turmas:

c) P 50 59.1. A

d) Peo 59.2. B
e) P 7 5 59.3. C
f) P 8o

As velocidades,
O diagrama de caule-e-folhas seguinte mostra a em quilómetros
altura, em centímetros, das japoneiras do vi­ por hora, de al­
veiro do loaquim. guns veículos em
autoestrada são
569 apresentadas na
seguinte tabela
25677 de frequências.
5689
V elo cid ad e N ú m e ro de
(k m /h ) veículos

[80 , 90[ 8
[90 , 100[ 15
1015 representa 105 cm [100 , 110[ 12
[110 , 120[ 10
58.1. Quantas japoneiras tem o viveiro do
[120 , 130[ 2
Joaquim?

58.2. Determine P50 e interprete o resultado 60.1. Construa o histograma correspondente.


obtido.
60.2. Determine a mediana, com aproximação
58.3. Determine P 75 e interprete o resultado às centésimas, e interprete o valor obtido
obtido. no contexto da situação apresentada.

198
2 .4 . Percentis. Mediana. Quartis. Diagrama de extremos e quartis

Atividades complementares

Durante três semanas, o Nuno contou o número


de pastéis de nata vendidos num bar.
Registou o tamanho das calças que vendeu,
num dia de saldos, no diagrama de caule-e-fo-
lhas representado a seguir:

2 88
3 224468
4 0002246888
5 002
2 |8 significa tamanho 28 Os resultados foram os seguintes:

61.1. Quantos pares de calças vendeu, nesse dia, N.° de pastéis de n a ta


o Nuno?
12 13 18 21 37 42 17
61.2. Calcule Q1, Q2 e Q3 . 15 16 18 22 41 52 30
16 42 33 51 42 31 50
62 Com o objetivo de estudar o número de compu­
Relativamente à variável “número de pastéis de
tadores existentes nas lojas de comércio de uma nata vendidos no bar”:
região, fez-se um estudo estatístico recolhendo
uma amostra de 150 lojas. 63.1. Indique os extremos.
No quadro abaixo apresentam-se os resultados
63.2. Determine Q1, Q2 e Q3 .
desse estudo.
63.3. Construa o diagrama de extremos e quartis.
N .° de co m p utado res P ercentagem
1 10
2 12 Observe a tabela seguinte que se refere a um es­
3 16 tudo feito numa bomba de gasolina, durante
4 17 dois dias consecutivos, acerca do número de li­
5 19 tros de gasolina vendidos aos seus clientes.
6 12
Q u a n tid a d e de N ú m e ro de
7 8
gasolina (litros) clientes
8 4
9 1 [0 , 5[ 10
10 1 [5 , 10[ 12
[10 , 15[ 80
62.1. Admita que ter 8 , 9 ou 10 computadores
[15 , 20[ 89
corresponde a uma loja de média ou
grande dimensão. [20 , 25[ 82

Determine o número de lojas da amostra [25 , 30[ 93


de média ou grande dimensão. [30 , 35[ 25
M M A CS10 © Porto Editora

62.2. Tendo em conta a tabela dada e com base


64.1. Determine, com aproximação às centési­
nas respetivas definições, justifique que o
mas, Qi , Q2 e Q3 .
terceiro quartil desta distribuição é 6 e que
a mediana é 4 . 64.2. Construa o diagrama de extremos e quartis.

199
2 Estatística

Atividades complementares

M M A C S10 © Porto Editora


A tabela seguinte resulta de um estudo feito Considere que a Assembleia Municipal de uma
acerca do dinheiro, em euros, que os alunos que Câmara apresentou o seguinte gráfico:
participaram numa viagem de estudo levaram
consigo. Subsídio atribuído mensalmente (em euros)

[125, 150[
D in h e iro F re q u ê n c ia absoluta 9%
(€ ) a c u m u la d a
[100, 125[ [25, 50[
5 2 14% 35%
6 6
7 21
[75, 100[
8 48 23%
[50, 75[
9 57 19%

10 72 67.1. Construa um histograma relativo aos dados.


11 81
67.2. Determine Q1, Q2 e Q3 .
12 90
13 100
Um professor perguntou quantas horas semanais
65.1. Indique a variável estatística e a sua natu­ cada um dos alunos, de uma amostra previa-
reza. mante selecionada, gastou em leitura extracur­
ricular.
65.2. Determine a mediana.
Os resultados são apresentados no seguinte
65.3. Construa um diagrama de extremos e quar­ histograma de frequências absolutas acum u­
tis. ladas.

Os seguintes diagramas dizem respeito aos ven­


cimentos, em euros, de duas equipas de futebol
da Segunda Liga.

1000 1500 2000 2500 3000 €

66.1 . A que equipa pertence o jogador com salá­


rio mais elevado?

66.2. Comenta as afirmações:


a) “Metade dos jogadores da equipa A 68.1 . Determine a mediana do número de horas
ganha, pelo menos, 1750 euros.” em leitura.

b) “50% dos jogadores da equipa B ganham 68.2. Qual a percentagem de alunos que gastou
2000 euros ou menos.” mais de três horas em leitura extracurricular?
c) “25% dos jogadores da equipa A ganham Apresente a resposta com aproximação às
1250 euros ou menos.” décimas.

200
2 .4 . Percentis. Mediana. Quartis. Diagrama de extremos e quartis

Atividades complementares

Os seguintes dados são relativos aos níveis de Considere a amostra:


colesterol total (mg/dl) de 60 homens com ida­
x = (13 , 15 , 14 , 16 , 17 , 16 , 14 , 18 , 16 , 19)
des entre 25 e 34 anos, escolhidos aleatoria­
mente de uma população. que representa a idade de dez alunos que esta­
vam a estudar na biblioteca da escola.
84 153 222 271 212 123 167 384
70.1. Identifique x 2 e x;2.).
182 318 144 198 153 161 180 185
70.2. Qual das seguintes expressões representa o
177 161 123 243 270 148 220 221 percentil 60 ?
(A) X(7) (B) X(6) + X(7) (C) X(6)
185 137 169 222 217 267 179 192
197 183 238 225 206 252 218 199 70.3. Calcule P75 e interprete o resultado.

165 333 200 224 171 151 195 226


Numa determinada empresa foi efetuado o le­
293 176 235 168 209 184 182 278 vantamento dos salários (em centenas de euros)
258 199 187 223 de 20 dos seus funcionários.

S alário N ú m e ro de
Sabemos que o nível de colesterol total aceitável (centenas de euros) fu n c io n á rio s
não deve ser superior a 200 mg/dl .
[5 , 7[ 5
[7 , 9[ 8
[9 , 11[ 4
[11 , 13[ 2
[13 , 15[ 1
Total 20

71.1. Construa o respetivo histograma.

71.2. Calcule P X5 , P 55 e P 99.

71.3. Calcule P 75 e interprete o resultado.


Ordene os dados da amostra recorrendo às listas
da calcu lado ra e responda às seguintes ques­ Os alunos de uma turma foram questionados
tões. sobre o número de livros que leram durante as
últimas férias escolares.
69.1. Determine os percentis 15 e 74 .
Os dados obtidos são os que constam na tabela
69.2. Determine P50 e interprete o resultado.
seguinte:
69.3. Determine a que percentil pertence o in­ 4 1 1 0 3 1
divíduo com nível de colesterol total de 0 0 1 1 0 4
200 mg/dl . 5 2 1 1 2 0
Interprete o resultado obtido no contexto 2 1 0 1 3 0
do problema. 72.1. Determine P 10 , P 30 e P 75 .
M M A CS10 © Porto Editora

69.4. Qual é o nível de colesterol total mais ele­ 72.2. Dos 20% dos alunos que leram mais li­
vado de entre 40% dos níveis mais baixos vros, quantos livros leu o que registou
da amostra? menor índice de leitura?

201
2 Estatística

Avaliação global

M M A C S10 © Porto Editora


N.° de erros N .° de alunos
1 Uma professora do 4.° ano do ensino básico registou o número
0 5
de erros que os alunos cometeram num ditado.
1 2
1 .1 . Determine Q1 , Q2 e Q3 . 2 3
1 .2. Determine a amplitude interquartis. 3 10
1.3. Determine P 50 e interprete o resultado obtido. 4 1
5 4
Total 25

No restaurante PapoCheio inquiriram-se 20 dos seus clientes Euros N .° de clientes


para saber que quantia (em euros) gastam diariamente na sua
[5 , 10[ 3
refeição. Os resultados encontram-se na tabela ao lado.
[10 , 15[ 5
2.1 . Com base nos dados, construa o respetivo histograma.
[ 1 5 ,20[ 7
2.2. Determine P 25 , P45 e P80 . Se necessário, apresente a res­
[ 2 0 ,25[ 3
posta com aproximação às centésimas.
[ 2 5 ,30[ 2
2.3. O António foi um dos elementos inquiridos e respondeu
22,50 € . A que percentil pertence a quantia gasta pelo António? Total 20

3 A secção de controlo de qualidade de uma fábrica de cordões escolhe, aleatoriamente, uma


amostra de 50 cordões produzidos por uma determinada máquina e regista os comprimentos
dos cordões selecionados. No histograma seguinte estão representados os dados recolhidos.

Comprimento (cm)
3.1. Qual é a variável associada à representação feita no histograma? Indique a natureza dessa
variável.
3.2. Determine, nesta amostra, a percentagem de cordões cujo comprimento é inferior a 21 cm .
3.3. Determine
a) P 25 b) P 5 0 c) P 7 5
Quando necessário, apresente as respostas com aproximação às centésimas.
3.4. Represente os dados utilizando um diagrama de extremos e quartis.

Na resolução de um problema, o Rui concluiu que P 25= 10 , P 50= 15 e P 75 = 12 .


O Rui enganou-se nos cálculos. Justifique porquê.

202
2 .4 . Percentis. Mediana. Quartis. Diagrama de extremos e quartis

Avaliação global

5 Na Escola Secundária da Torre de Cima, os alunos estuda­

CO
1 0 3 2 4 5 5 5 2
ram os hábitos de consumo diário de peças de fruta.
0 1 4 5 4 7 7 8 0 5
Na tabela ao lado, encontram-se registados os dados refe­ 2 2 0 1 6 6 7 1 3 2
rentes à variável “número de peças de fruta comidas, em 3 3 2 2 3 8 0 2 3 4
cada dia, pela Maria” numa amostra aleatória de 40 dias.
5.1. Represente os dados da tabela num diagrama de barras.
5.2. Determine Q1, Q2 e Q3 e construa um diagrama de extremos e quartis.

6 O Henrique recolheu, aleatoriamente, uma amostra de cápsulas de café e pesou cada uma das
cápsulas. No gráfico seguinte está a representação dos dados recolhidos pelo Henrique.

Massa da cápsula (g)

6.1. Construa uma tabela de frequências, em que indique as frequências absolutas simples, as fre­
quências absolutas relativas e as frequências relativas acumuladas, para a variável “massa da
cápsula de café”, com os dados recolhidos pelo Henrique.
6.2. Um aluno construiu o histograma da figura se­ Massa de 70 cápsulas de café (gramas)
guinte para traduzir os dados obtidos pelo Hen­
rique.
Ao analisar o histograma, o Rui afirmou: “este
histograma não pode representar a amostra re­
colhida.”
Corrija o gráfico que o Henrique construiu e
construa um diagrama de extremos e quartis
para representar os dados obtidos.
Apresente os quartis com aproximação às déci­ Massa da cápsula (g)
mas.

Registaram-se os tempos, em minutos, que 25 doentes tiveram de


8 55666779
esperar para serem atendidos num hospital. Os dados apresentam-se
9 0 14 4 5 5 5 5 6
ao lado.
10 335589
M M A CS10 P Porto Editora

7.1. Indique a mediana, o 1.° quartil e o 3.° quartil.


11 15
7.2. Determine as frequências relativas simples e as frequências relati­ 8 |5 significa 85 min Caderno
de Fichas
vas acumuladas e apresente-as numa tabela. FT5

203
2 Estatística

2.5. Média e moda. Medidas de localização

é a letra SIGMA do alfabeto grego e corres­

MMACS10©PortoEditora
ponde à letra S do nosso alfabeto, primeira letra da
palavra SOMA.

Atividade inicial 5
S inal de so m ató rio

O sinal de s o m ató rio , S , utiliza-se para escrever uma som a de forma abreviada.
Consideremos a soma: 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + ... + 30 .
30
Esta soma pode ser escrita da forma seguinte: ^ i lê-se: so m ató rio p a ra i de 1 até 30 de i
i=1

■ Consideremos a amostra: x = (2 , 4 , 6)
& I I I
x 1 x 2 x 3

2 + 4 + 6 12 .
A media e x = = =4.
3 3
X xi
Tambem se pode escrever que x = — = 12*+ 4 + 6 = 4 .

Consideremos a amostra: y = (1,2 ; 1,3 ;2,5 ; 0,8 ; 5,5 ; 6,2 ; 0,5)


& 3 3 3 3 3 3 3
y i y2 y3 y4 y5 y6 y 7 n

_ 1,2 +1,3 + 2,5 + 0,8 + 5,5 + 6,2 + 0,5 18 X y' 18


A média é dada por: y = = ■« 2,57 ou y= = « 2,57
7 7 J n 7

1 Escreva, utilizando o símbolo de somatório:

1.1. x 1 + x 2+ x3 + x4

1.2. 2X1 + 2X2+ 2X3+ 2X4


1.3. (X1 + 1) + (X2+ 1) + (X3+ 1) + (X4+ 1)

4
X2 i

2 Calcule — ■.
4

204
2 .5 . Média e moda. Medidas de localização

1. Média
* Observação
Sendo a amostra:
Média aritmética ou média
C h am a-se média aritm ética, ou média, de um conjunto de dados
x = X , x2 , ..., xj
num éricos ao núm ero que se obtém dividindo a soma dos respetivos
_ Xi + X2+. p + x n
x = valores pelo núm ero to tal de dados. R epresen ta-se por x .
n
ou

1 xi
i =1 Consideremos a am ostra x = (0 ; 1 ; 2 ; 2 ; 3 ; 4 ; 4 ,8 ).
n

A sua média, x , calcula-se do modo seguinte:

_ 0 + 1 + 2 + 2 + 3 + 4 + 4,8 16,8
x= = 2,4
7 ~

Note que a soma de um conjunto de dados numéricos é igual ao produto da média


pelo número de dados.

2,4 x 7 = 16,8

E xem plo 21 M édia p ara dados agrupados

A tabela ao lado m ostra o n úm ero de mensagens que cada aluno da


T u rm a A
tu rm a 10.° A recebeu, n u m domingo.
N.° de m ensagens N .° de
D eterm ine, com aproximação às centésimas, a m éd ia de mensagens recebidas alunos
que cada aluno recebeu. 10 5

Resolução 11 6

- 10 x 5 + 11 x 6 + 12 x 5 + 13 x 10 + 14 x 2 12 5
x=
13 10
334
11,9285 ... 14 2
28
Total 28
Resposta: x ) 11,93 mensagens

E xercício 73

A Inês registou o núm ero de vezes que ligou, por dia, o com puta­
N.° de vezes que a Inês
dor, durante o mês de dezembro. N.° de dias
lig ou o co m p u ta d o r
M M A C S10 © Porto Editora

Os dados encontram-se na tabela ao lado. 2 1

D eterm in e a média. 3 7

Apresente o resultado com aproximação às décimas. 4 5

5 8

6 10

205
2 Estatística

MMACS10©PortoEditora
M é d ia a p r o x im a d a p a r a d a d o s a g r u p a d o s e m in t e r v a lo s

Se os dados já são apresentados em classes e não tem os acesso aos dados ori­
ginais, não podemos calcular o valor exato da média.

Assim, se os dados estão agrupados em classes, o valor aproximado da média


calcula-se usando as fórm ulas anteriores, mas considerando para Xj o ponto
médio da respetiva classe j .

Média aproximada para dados agrupados em intervalos


k
Z
i=1
ni xi
x=
n
onde:
■ k é o núm ero de classes do agrupam ento;
rii é a frequência absoluta da classe i ;
■ Xj é o ponto médio da classe i
X é considerado o elem ento representativo da classe).
k
r= I r
i=1

E xem plo 22 Cálculo da m édia p ara dados ag ru pad o s em classes

O pai da Adriana, irritado, disse-lhe que ela está constantemente a fazer zapping enquanto vê televisão.
Para mostrar ao pai que isso não é verdade, a Adriana registou o número de vezes que fez zapping durante os
31 dias do mês passado e calculou a média.
Qual foi a média que a Adriana obteve?
Apresente o resultado com aproximação às centésimas.

Classes Frequência absoluta, n t Valor central da classe, xt n txt


[0 , 5[ 9 2,5 22,5
[5 , 10[ 7 7,5 52,5
[10, 15[ 4 12,5 50
[15 , 20[ 6 17,5 105
[20 , 25[ 5 22,5 112,5
5 5
Total I n = 31 Z n x t= 342,5
i=1 i=1

Resolução
_ 22,5 + 52,5 + 50 + 105 + 112,5 342,5
x ) = 11,048383...
31 31
Logo, x ) 11,05 vezes
5
Z niXi 342,5
ou x = - 11,05
n 31

206
2 .5 . Média e moda. Medidas de localização

E xercício 74

O N uno faz parte de u m a equipa de jogadores de basquetebol da equipa


M áxim o.

O treinador tem disponíveis 18 jogadores para form ar a equipa.

O Nuno, para ajudar o treinador a conhecer m elhor os jogadores, m ed iu as


respetivas alturas e construiu o histograma seguinte:

Altura, em metros, dos jogadores de


basquetebol da equipa Máximo

74.1. Fazendo a leitura do histograma, copie e complete a tabela seguinte:

Classes F re q u ê n c ia absoluta, nt V a lo r c e n tra l da classe, xt ntxt


★ ★ ★ ★
★ ★ ★ ★
★ ★ ★ ★
★ ★ ★ ★
★ ★ ★ ★
5 5
Total É
i=1
ni =■ ■■ X
i=1
ntxi=■ ■■

74.2. D eterm ine, com aproximação às centésimas, a m édia das alturas dos jogadores.
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Atividades
74.3. Sabendo que saiu do grupo u m jogador que tinha 1,78 m de altura e entrou outro que m ede complementares

2,01 m , determ ine a m édia dos jogadores que agora fo rm am o novo grupo. Pág. 220

80 81
Apresente o resultado com aproximação às centésimas.

207
2 Estatística

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U tiliz a ç ã o d a c a lc u la d o r a g r á f ic a p a r a o b t e r a m é d ia

Número de irmãos dos alunos Depois de sabermos como se calcula a média sem usar as funções estatísticas
da calculadora gráfica, devemos usar a calculadora ou o computador para cal­
cular a média para os dados simples ou dados agrupados em classes.

No caso de os dados estarem agrupados, introduzem-se os mesmos numa lista


e as correspondentes frequências absolutas noutra. Em seguida, determina-se
a média.

Por exem plo:

N .° de irm ão s 0 1 2 3 4
Freq. absoluta 4 10 7 3 1

* Observação
Repare que a média pode
não ser um número inteiro,
mesmo quando todos os
dados são números
inteiros.

Amédia é 1,48

Se os dados estão agrupados em classes, também pode utilizar a calculadora


gráfica para determinar um valor aproximado da média, como se mostra a
seguir:

Tem po [0 , 1[ [1 , 2[ [2 , 3[ [3 , 4[ [4 , 5[
Freq. absoluta 0 1 4 15 10

Use a calculadora gráfica para calcular um valor aproximado para a média de


horas de estudo, por dia, dos alunos da turma K do 10.° ano.

Resolução

Amédia é,
aproximadamente,
3,6 .

Introduzem-se as marcas
Determina-se a média.
das classes numa lista e as
correspondentes frequências
noutra lista.

208
2 .5 . Média e moda. Medidas de localização

P r o p r ie d a d e s d a m é d ia

Numa amostra, o valor mínimo é 1 e o valor máximo é 5 .

A Teresa calculou a média e obteve o valor 6 .

A Teresa enganou-se nos cálculos. Porquê?

Propriedade 1
A média situa-se entre o mínimo e o máximo da a m o s tra e não pode
ser igual ao mínimo sem ser também igual ao máximo, o que acontece
Mínimo Máximo se e so m e n te se a amostra for constante.

Se os valores da amostra são todos iguais, então a média é igual a esse valor
da amostra.

Consideremos as amostras x e y .
1+ 3 + 5 9 3
x = (1 , 3 , 5 ) " x = 3
3 ~3~

A amostra y obtém-se da amostra x adicionando, a cada um dos elementos,


5 unidades.

6 + 8 + 10 24
y =(6 , 8 , 1 0 ) " y = 3 + 5 = 8
3 3

A média da amostra y é igual à média de x adicionada de 5 unidades.

Propriedade 2
Adicionando-se a cada um dos valores x, uma constante h (h 0 0), a
nova média será igual à média original adicionada de h .

Consideremos as amostras x e y .

x = (1 , 3 , 5 ) " x = 3

A amostra y obtém-se da amostra xy multiplicando cada um dos elementos


por 5 .

5 + 15 + 25 45
&= (5 , 15 , 2 5 ) " y = 3 x 5 = 15
3 _ 3 _

A média da amostra y é igual à média de x multiplicada por 5 unidades.


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Propriedade 3
Multiplicando xt por uma constante a (a 0 0) , a nova média será igual
ao produto da média original por a .

MMACS10-14 209
2 Estatística

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E xem plo 23 P ro p rie d a d e s da m édia

Considere as amostras seguintes:


x = (1 , 3 , 7 , 9 , 10)

y = (5 , 15 , 35 , 45 , 50)

Z= (3 , 13 , 33 , 43 , 48)

Determine y e z a partir de x .

Resolução
- 1 + 3 + 7 + 9 + 10 30_
x = ----------------------
5 _

Como y = 5x , então y = 5x = 5 x 6 = 30 .

Como z = 5x - 2 , então z = 5x - 2 = 30 - 2 = 28 .

E xercício 75
Dadas as amostras:

&= (2 , 4 , 6 , 8 , 10 , 12)

2 4 2 8 10 4
y=
3' 3' ' 3' 3 '

z = (9 ' 19 ' 29 ' 39 ' 49 ' 59) Note que zt = 5xt- 1.

Determine y e z a partir de x .

E xem plo 24 P ro p rie d a d e s da m édia

A Inês tem três filhos: a Ana' a Adriana e o Alex.


Para comprar uma prenda para a mãe precisam que a média das
suas poupanças seja de 18 euros.
A Ana' a Adriana e o Alex têm' respetivamente' 15 € ' 16 € e 11 € .
Para conseguirem o pretendido' o pai decidiu aumentar as
poupanças de cada um' dando a cada filho o mesmo valor.
Determine o valor que o pai deu a cada um dos filhos.
15 € 11 € 16 €
Resolução
Para comprarem a prenda para a mãe' precisam de (18 x 3) € = 54 € .
(54 - 15 - 16 - 11) € = 12 € . Como faltam 12 euros' o pai tem de oferecer (12 € : 3) = 4 € a cada filho.

210
2 .5 . Média e moda. Medidas de localização

E xercício 76
Para a viagem de finalistas, a Alice, o Pedro e a M a ria precisam que a
m édia das quantias de que dispõem seja de 850 euros.

A Alice, o Pedro e a M a ria têm 755 € , 800 € e 650 € , respetiva­


mente.

Cada u m dos três amigos conseguiu poupar a m esm a quantia até à


data da viagem de finalistas e, no final, obtiveram a m édia pretendida
de 850 euros.

D eterm in e a quantia que cada u m conseguiu poupar.

E xem plo 25 P ro p rie d a d e s da m édia

A A drian a ocupa a m aio r parte do seu tem po livre com o telem óvel e registou o
tem po, em minutos, que aí gastou por dia, na últim a semana do mês passado.

T em p o (m in )

120 90 95 36 80 57 19

25.1. D eterm ine, em m édia, quanto tem po gastou a Adriana, por dia, no
telemóvel, na ú ltim a semana do mês passado.

25.2. Sabendo que na semana seguinte gastou, em m édia, m enos 5 % do tem po


no telemóvel, determ ine, em m édia, quanto tem po gastou a A drian a por dia
no telemóvel.

Resolução
120 + 90 + 95 + 36 + 80 + 57 + 19
25.1. x = = 71
7
A A driana gastou, em m édia, 71 m in por dia.

25.2. 71 - 5% x 71 = 1 - 0,05 = 0,95


ou
= 71 - 0,05 x 71 = 0,95 x 71 = 67,45
= 67,45

Em m édia, gastou por dia 67,45 m in .

E xercício 77
N u m mesm o prédio, vivem oito fam ílias que, em m édia, pagaram este ano, 3000 € de IRS cada um a.

77.1. No ano passado, cada fam ília pagou menos 2 % de IRS.


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Em média, quanto pagou de IRS cada fam ília no ano passado?

77.2. Supondo que, no próxim o ano, cada fam ília pagará mais 3 % de IRS, quanto pagará, em média,
cada família?

211
2 Estatística

2. Moda

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Moda
Chama-se moda de um conjunto de dados qualitativos/quantitativos à
categoria/classe com maior frequência absoluta.

Vejamos um exemplo.

Observou-se o número de cartões amarelos mostrados por um árbitro nos 12


últimos jogos de futebol que apitou.

O número de cartões amarelos mostrados é dado pela seguinte lista:

3 5 1 6 9 8 6 6 1 8 3 6

A medida estatística mais simples que se usa para representar este conjunto de
dados é a moda, ou seja, o valor da variável que ocorre com maior frequência.

Neste caso, a moda é 6 cartões amarelos.

M oda ou m o d a s

Para um conjunto de dados, pode existir mais do que uma moda ou até mesmo
nem existir.

Se o conjunto de dados tiver uma única moda, esse conjunto diz-se u nim o d al .

Se o conjunto de dados tiver duas modas, diz-se b im o d a l ; no caso de ter mais


do que duas modas, diz-se m u ltim o d a l .

Se o conjunto de dados não tiver moda, diz-se a m o d a l .

Dados Moda

8 8 9 3 3 5 8 9 9 8 e 9 (bimodal)
0 6 4 5 8 0 4 6 5 8 Não tem moda (amodal)

Tal como no caso do cálculo da média e da mediana, também na indicação da


moda se deve ter em conta o facto de os dados estarem ou não agrupados em
classes, que são intervalos.

A moda merece especial atenção por ser uma medida de redução de dados de
natureza qualitativa.

Quando os dados são apresentados sob a forma de categorias ou nomes, não é


possível calcular a média, e se não forem suscetíveis de ordenação, também não
é possível indicar a sua mediana.

212
2 .5 . Média e moda. Medidas de localização

E xem plo 26 D e te rm in a r a m oda ou m odas

26.1. Observou-se a cor do cabelo de um grupo de 10 pessoas, tendo-se obtido os seguintes dados:

C o r de cabelo

preto ruivo louro castanho preto


preto preto louro ruivo castanho
Indique a moda deste conjunto de dados.

26.2. Uma empresa de transportes fez um inquérito num bairro, acerca do horário preferido para o primeiro
autocarro do dia.
H o ra 6:00 6:30 7:00 7:30
N .° de respostas 20 100 25 20
Indique a moda das respostas obtidas.

Resolução

26.1. Determinando as frequências absolutas de cada uma das cores de cabelo, verifica-se que a cor “preto”
é a mais frequente. A modalidade “preto” na cor do cabelo é a moda.

26.2. A moda é 6:30 .

E xercício 78
78.1. Os alunos de uma turma organizaram-se em grupos de cinco elementos para elaborarem um
trabalho de grupo na disciplina de Geografia.
Admita que os alunos de três desses grupos obtiveram, no trabalho, as classificações seguintes:

G rup o I G ru p o I I G rup o I I I

12 13 14 13 15 13 12 14 12 13 10 15 13 14 12
Indique, se existir, a(s) moda(s) para cada grupo.

78.2. Nos gráficos seguintes apresentam-se as classificações obtidas em Matemática por duas turmas
do 10.° ano.

Turma A Turma B

Atividades
complementares

Pág. 221

82 83 84

Para cada turma:


M M A CS10 © Porto Editora

a) indique a(s) moda(s);


b) determine a média e a mediana das classificações obtidas.
Apresente as respostas com aproximação às décimas.

213
2 Estatística

M M A CS10 © Porto Editora


C la s s e m o d a l

Quando se apresentam os dados agrupados em classes com intervalos de igual


amplitude, chama-se classe m odal à classe com maior frequência.

Por exemplo, numa maternidade, o consumo diário de leite em pó, por cada
bebé, está registado na tabela seguinte:

L eite (g) N .° de bebés

i^ t i
LO

LO
O
11

LO
CD

LO
LO
31
[55 , 60[ 65
[60 , 65[ 48
[65 , 70[ 60

LO
LO
46

00
O
00 30
00
O

LO
21

Neste caso, a classe modal é [55 , 60[ .

Classe modal
Quando os dados são apresentados em classes, com intervalos de igual
amplitude, chama-se classe m o d al à classe com maior frequência.

Também podem ocorrer situações em que há mais que uma classe modal.

Por exemplo:
Classificações na prova final de Matemática (9.° ano)

8-

Classificação (%)

Neste caso, tem-se duas classes modais:

[75 , 80[ e [85 , 90[.

214
2 .5 . Média e moda. Medidas de localização

E xem plo 27 A m assa das cartas

Num posto de correio, registou-se a massa das cartas colocadas no marco do


correio num determinado dia.

Os dados foram tratados estatisticamente e são apresentados na tabela seguinte:

F re q u ê n c ia
F re q u ê n c ia
M assa (g) ab solu ta
ab solu ta
a c u m u la d a

[0 , 20[ 10 10
[20 , 40[ 18 28
[40 , 60[ 24 52
[60 , 80[ 14 66
[80 , 100[ 18 84
Total 84

27.1. Indique a classe modal.

27.2. Indique a classe mediana.

Resolução

27.1. A classe modal é [40 , 60[ .

27.2. A classe mediana é [40 , 60[ .

E xercício 79

Os dados recolhidos num estudo acerca da idade (número inteiro de anos já concluídos) dos automóveis
de um parque de estacionamento estão apresentados na tabela seguinte:

F re q u ê n c ia
Classe
absoluta

[0 , 2[ 10

[2 , 4[ 12

[4 , 6[ 10

[6 , 8[ 8

[8 , 10[ 7
M M A CS10 © Porto Editora

79.1. Indique a classe modal.

79.2. Determine, com aproximação às décimas, um valor aproximado para a média.

79.3. Indique a classe mediana e calcule a mediana.

215
Estatística

3. Medidas de localização
M

As medidas de localização que estudamos são:

a moda;

a média;

os percentis (mediana e quartis)

A média é muito sensível a valores extremos (outliers), isto é, quando alteramos

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drasticamente o valor de um dos dados, a média varia consideravelmente.

50 85 60 65 60 65 60 80 60 x = 65
* Observação
1. O u t l i e r s são valores
estranhos, discordantes, 50 85 60 65 60 65 195 80 60 x = 80
que aparecem n u m
co n ju n to de dados.
Por exemplo: A mediana, no entanto, menos sensível a situações deste tipo, é preferível à
Classificação dos testes média quando se está interessado em conhecer o ponto médio da distribuição,
de u m aluno: 50% ,
aquele valor que a divide em duas partes iguais.
42% , 55% , 60% , 0% .
O va lo r 0% é
seguram ente u m o u t l i e r 50 60 60 60 60 65 65 80 85
neste conjunto. #
2. Para além do cálculo das Mediana = 60
m edidas de localização,
deve estar atento às suas
50 60 60 60 65 65 80 85 195
lim itações.
Q uando se reduz a #
in fo rm açã o con tida nos Mediana = 65
dados sob a fo rm a de
alguns núm eros, está a
proceder-se a um a A moda revela a sua importância perante o estudo de variáveis qualitativas.
redução drástica dos
mesmos, pelo que as
50 60 60 60 60 65 65 80 85 a b c c d
estatísticas a considerar
devem ser escolhidas de Moda = 60 Moda c

um a form a adequada, de
m o d o a representarem
o m e lh o r possível os
50 60 60 60 65 65 80 85 195 a b b c c d
dados que pretendem Moda = 60 Modas b e c

sumariar.
3. Os diagram as de
extremos e qu artis são Pode dizer-se que a importância das medidas consideradas está dependente
úteis para tra d u zir
do tipo de variável estatística, do conjunto de dados e do objetivo que se tem
in fo rm açã o no que
respeita à sim etria e à
em vista.
dispersão dos dados.
Estes diagramas são Apesar de poder considerar-se uma certa hierarquia na importância das dife­
p a rticu la rm e n te úteis rentes medidas (a média é a mais importante, seguidamente a mediana e, fi­
para com parar grupos
nalmente, a moda), na maioria dos estudos, o conhecimento das três medidas
de dados.
proporciona uma melhor descrição do fenómeno ou acontecimento.

216
2 .5 . Média e moda. Medidas de localização

Considere-se, por exemplo, a seguinte situação:


A Rita e o Filipe obtiveram as seguintes classificações em nove testes da disci­
plina de MACS.

Classificações da Rita
12 13 13 14 14 15 16 16 17

Classificações do Filipe
12 12 12 14 14 14 17 17 18

Determinemos a média, a mediana, a moda, os quartis e representemos os


dados pelo diagrama de extremos e quartis, para as classificações da Rita e do
Filipe.

Tem-se:

Rita Filipe

Média: x = 14,4 (1 c. d.) Média: x = 14,4 (1 c. d.)


Mediana: ~ = 14 Mediana: ~ = 14
Moda: Mo= 13 , 14 e 16 Moda: Mo= 12 e 14
Primeiro quartil: Q, = 13 Primeiro quartil: Q1= 12
Terceiro quartil: Q3 = 16 Terceiro quartil: Q3 = 17

I---- 1-----1------- 1---- 1----- 1 I----- 1----- 1----- 1----- 1----- 1----- 1
12 13 14 15 16 17 12 13 14 15 16 17 18

A média e a mediana das classificações da Rita e do Filipe são iguais.

Relativamente à moda, pode dizer-se que não é significativa a diferença obser­


vada para os dois conjuntos de dados.

No que respeita aos diagramas de extremos e quartis, pode dizer-se que as


notas de ambos são enviesadas para a direita e que, no caso do Filipe, apre­
senta maior dispersão relativamente à mediana.
M M A CS10 © Porto Editora

A consideração das diferentes medidas de localização permite estabelecer rela­


ções entre elas e, desta forma, analisar a simetria e a dispersão dos dados.
Apresentam-se, seguidamente, três distribuições típicas a partir da curva de
frequências, situando-se, em cada uma delas, as três medidas de localização.

217
2 Estatística

S im e tr ia

O conhecimento da média, da mediana e da moda pode dar uma ideia acerca da |


>
forma como se distribuem os valores da variável em estudo em todas a população. §

Enviesada para a direita Enviesada para a esquerda


(assimétrica negativa)
Simétrica em forma de sino

Tendo em conta as figuras anteriores, se os dados se distribuem de uma forma:


s im é tric a , então x = Me = Mo ;
* Observação assim étrica positiva, então x > Me > Mo ;
Arepresentação anterior é
válida para as representações assim étrica negativa, então x < Me < Mo .
gráficas na forma de
diagrama de barras ou de Consideremos o problema dos vencimentos (em euros) dos funcionários de uma
histograma. empresa.
A distribuição dos dados
aparece representada na V encim ento dos funcionários ( € )
forma de uma mancha.
500 700 600 600 1500 1700 2600 600 700 600 2000

Ordenando os dados por ordem crescente, vem:

V encim ento dos funcionários ( € )

500 600 600 600 600 700 700 1500 1700 2000 2600

As medidas de localização são:


x = 1100 ; Mo= 600 ; Me = 700

Assim, tem-se:
x > Me > Mo
Vencimentos dos funcionários de uma empresa

Logo, os vencimentos na empresa distribuem-se de


forma assimétrica positiva.

Este facto é confirmado pelo gráfico ao lado.

Caderno
de Fichas

Vencimentos (€) FP14

218
2 .5 . Média e moda. Medidas de localização

Síntese

M édia Sendo x = (2 , 4 , 6), x = 2 + ^ + 6 = 4 .


Chama-se média aritmética, ou média, de um Sendo
conjunto de dados numéricos ao número que Q u a n tid a d e d e á g u a , e m litro s,
se obtém dividindo a soma dos respetivos valo­ b e b id a na ú ltim a se m an a

res pelo número total de dados. Representa-se 16


£3 1 6 ­
por x . o 14--
12­
Sendo x = {xl , x2, ..., x J , 1 0 -:
8 ­

X
i =1
xi 6
4
x= lT 2-
n
0
2 4 6 8 10
Q uantidade de água (l)

3 x 10 + 5 x 14 + 7 x 16 + 9 x 11
x) ) 6,099
Pág. 205 51

In te rp re ta ç ã o da m édia como m edida de


localização
oo 12
i— ♦— i-----■ . i.. . « . i . .------h*--------*--------- 1
10
0 2,5 5 10 J 15 20 25 30 £
8
Média cu
-o 6
o 4
Esta distribuição é não enviesada com uma cü
E 2
zona central de densidade mais elevada.
0
Neste caso, a média é um bom identificador
dessa zona central de maior densidade.

0 5 10 15 | 20 25 30 35 40 45 50 x » 3,94 filhos
Observando a distribuição dos dados repre­
M édia
sentados no gráfico, a média não é um bom
Esta distribuição é iniciada com uma zona de indicador para o número de filhos das famí­
densidade mais elevada junto aos pequenos va­
lias. A maior parte das famílias têm dois ou
lores. Neste caso, a média não é um bom indi­
cador da zona de maior densidade. menos filhos.
Pág. 216

Moda N ú m e ro d e livro s
A ltu ra d e 3 7 p la n ta s
lid o s nas fé ria s
Chama-se moda de um conjunto de dados qua-
litativos/quantitativos à categoria/classe com
maior frequência absoluta.
M M A CS10 © Porto Editora

Núm ero de livros Altura (cm)

A moda é 2 . Classe modal: [60 , 80]


Pág. 212

219
2 Estatística

Atividades complementares

M M A C S10 © Porto Editora


Numa turma de 10.° ano perguntou-se a cada
aluno quantos irmãos tinha. As respostas obti­
das deram origem à tabela seguinte.
N .° de irm ão s 0 1 2 3 4
N.° de alunos a 10 6 4 1
Sabendo que a média de irmãos por aluno é
1,52 , determine a .

81 A secção de qualidade de uma fábrica de para­ 81.1. Qual é a variável associada à representação
fusos escolhe, aleatoriamente, uma amostra de feita pelo histograma?
100 parafusos produzidos por uma determinada 81.2. Determine, nesta amostra, a percentagem
máquina e regista o comprimento dos parafusos de parafusos cujo comprimento é inferior a
selecionados, como indicado no histograma se­ 5,5 cm .
guinte:
Comprimento dos 100 parafusos (cm) 81.3. Calcule um valor aproximado para a média
do comprimento dos parafusos da amostra
selecionada.
Apresente o resultado arredondado às dé­
cimas.

81.4. Os dados disponíveis para a construção do


histograma indicam-nos as frequências
absolutas dos comprimentos, distribuídos
em intervalos de amplitude 0,1 .
É costume aconselhar um número de clas­
ses que depende da dimensão da amostra
e que, no caso presente, nos conduziria a
De acordo com o histograma anterior, estão lis­ 7 classes.
tados os dados agrupados, na tabela seguinte, Numa pequena composição, explique
dos comprimentos dos parafusos da amostra. como procederia para obter o histograma
correspondente ao mesmo conjunto de
C o m p rim e n to dos F re q u ê n c ia
parafusos (cm )
dados, constituídos apenas por 7 classes.
absoluta
Admita que o menor valor registado foi de
[5,0 ; 5,1[ 3
5,025 cm e que o maior valor foi 6,070 cm .
[5,1 ; 5,2[ 5
[5,2 ; 5,3[ 9 Deve in c lu ir, o b rig a to ria m e n te , n a sua
resposta :
[5,3 ; 5,4[ 13
[5,4 ; 5,5[ 18 a amplitude de cada classe;
[5,5 ; 5,6[ 19 os extremos das 7 classes que compõem
o histograma;
[5,6 ; 5,7[ 17
[5,7 ; 5,8[ 10 uma justificação da impossibilidade de
associar a cada uma das classes construí­
[5,8 ; 5,9[ 3
das a respetiva frequência absoluta, face
[5,9 ; 6,0[ 2
aos dados de que dispõe.
[6,0 ; 6,1[ 1 Adaptado do Exame Nacional MACS 2007 - 2.aFase
Total 100

220
2 .5 . Média e moda. Medidas de localização

Atividades complementares
84.1. Construa uma tabela de frequências abso­
lutas e relativas para os dados da tabela,
determinando as frequências absolutas
simples e as frequências relativas simples e
Despesa dos clientes acumuladas.

84.2. Admita que houve um erro na transcrição


da tabela e que o número de filhos deveria
ser 0 , 1 , 2 , 3 e 4 , em vez de 1 , 2 , 3 , 4
e 5 , respetivamente.
Explique as repercussões desse erro na média
do número de filhos das 100 famílias.

Na sua resposta, deve:


determinar a média com os dados da ta­
O gráfico refere-se à despesa, em euros, dos clien­ bela;
tes que, durante uma semana, fizeram compras
na loja. determinar a média com os dados corri­
gidos.
Use a calculadora gráfica para determinar um
valor aproximado para a média da despesa que
cada cliente efetuou na loja.
85 Na tabela seguinte estão representados dados
Apresente o resultado, em euros, com duas casas relativos ao peso, em quilogramas, de 20 bebés
decimais. nascidos num hospital durante uma semana.

Fez-se um estudo acerca do tempo, em minutos,


que os alunos da escola da Inês gastam no per­
curso casa-escola.
Para os alunos que se deslocam a pé, a média é
12,2 min .
Para os alunos que se deslocam de autocarro, a
média é superior em 10% .
2,250 3,585 2,950 3,250 3,820
Determine a média do tempo gasto, em minu­
tos, para os alunos que se deslocaram de auto­ 2,650 4,150 3,720 2,930 3,600
carro. 3,750 2,900 2,750 3,400 4,200
4,050 3,950 2,880 3,650 3,900

84 Considere os dados da tabela seguinte que se re­


85.1. Identifique a que percentil pertence o dado
ferem a uma amostra de 100 famílias de uma 3,720 .
cidade.
85.2. Quantos bebés deste estudo têm peso infe­
M M A CS10 © Porto Editora

N.° de filh o s 1 2 3 4 5 rior ao percentil 75 ?


F re q u ê n c ia absoluta 85.3. Qual é o peso mais elevado do conjunto dos
10 40 60 80 100
acu m u la d a
bebés que têm os pesos 20% mais baixos?

221
2 Estatística

Atividades complementares

M M A C S10 © Porto Editora


A tabela seguinte refere-se ao sexo masculino.
O diagrama de caule-e-folhas seguinte apresenta
22 registos dos tempos, em minutos, que foram Género de filme Frequência relativa
necessários à resolução de um teste de MACS. preferido acumulada (%)
8 5 5 7 7 88 8 Ação 10
9 0 13 3 5 5 5 6
10 2 3 6 68 Aventura 35
11 0 5
Animação 80
8|5 representa 85 min
Biografia 98
86.1 . Determine: Comédia 99
a) a mediana; b) o 1 .° quartil;
Crime 100
c) o 3.° quartil.
87.1. Determine o número de alunos do sexo:
86.2. Construa o respetivo diagrama de extre­
a) masculino que respondem “animação”;
mos e quartis.
b) feminino que respondem “crime’!
86.3. Recorrendo à calculadora gráfica, deter­
mine o valor da média, x , do tempo n e­ 87.2. Construa um gráfico de barras correspon­
cessário à resolução do teste. dente às preferências do género de filme do
Apresente a resposta com aproximação às sexo masculino.
décimas.
Num inquérito, aplicado a 25 alunos, sobre o
87 A Ana recolheu uma amostra de 200 alunos que número de exercícios de MACS que resolveram
frequentam o Agrupamento de Escolas de Pare­ para a preparação para o último teste, obtive­
des de Cima. ram-se os resultados que se encontram organi­
Dos elementos da amostra, 40% pertenciam ao zados no gráfico de barras seguinte.
sexo masculino e 60% ao feminino.
A questão que a Ana colocou foi:
“Qual é o género de filmes de que mais gostas?”

Ação Aventura Animação


Biografia Comédia Crime

O gráfico e a tabela que se apresentam a seguir


traduzem as respostas obtidas quanto à questão
anterior, em função do sexo.
O gráfico refere-se ao sexo feminino.
N ú m ero de exercícios resolvidos

A média é uma medida de localização do centro


da distribuição dos dados.
Justifique o facto de a média, nesta amostra, não
ser um bom indicador do número de exercícios re­
solvidos por aluno, para a preparação para o teste.
Na sua resposta, deve:
determinar a média;
relacionar a média com a distribuição dos dados
G énero de film e apresentados no gráfico.

222
2 .5 . Média e moda. Medidas de localização

Avaliação global

1 Num jogo de futebol, a média das alturas dos 11 jogadores em campo, de uma
determinada equipa, é de 175 cm .
Um dos jogadores, que media 185 cm , foi substituído e a nova média passou a ser
176 cm .
Determine a altura do jogador que entrou em campo para a substituição.

Numa turma há 12 rapazes e 13 raparigas.


A média das massas dos rapazes é de 65 kg e a das raparigas é de 61 kg .
Determine a média das massas dos alunos da turma.

3 Cinco números têm a média 6 .


Se juntarmos um sexto número ao conjunto, a média passa a ser 7 .
Qual foi o número que se adicionou?

Sabe-se que numa determinada confeitaria o consumo diário de leite, em


litros, durante uma semana, foi:
x = (10 , 14 , 13 , 15 , 16 , 18 , 12)

4.1. Qual é o consumo médio semanal?

4.2. Mostre que se o consumo diário de leite aumentar dois litros, então o
consumo médio semanal será também aumentado em dois litros.

4.3. Se numa dada semana o consumo diário de leite duplicar, qual será o
novo consumo médio semanal?
Justifique a sua resposta.

Esses valores apresentam-se na tabela seguinte.

Classe dos descontos ( € ) N .° de em pregados

[180 , 185[ 2
[185 , 190[ 4
[190 , 195[ 1
[195 , 200[ 2
[200 , 205[ 3
M M A CS10 P Porto Editora

[205 , 210[ 2

Calcule, com aproximação das centésimas, a média dos descontos.

223
2 Estatística

Avaliação global

M M A C S10 © Porto Editora


Observe o histograma seguinte:

Alturas dos alunos do 10.° K

6.1. Copie e complete a tabela seguinte:

Classes n x ntxt
[145 , 150[ ★ ★ ★

6.2. Calcule a média das alturas dos alunos do 10.° K.

Numa associação desportiva, a altura média dos seus 200 atletas é de 1,65 m .
As atletas femininas são 110 e têm altura média igual a 1,60 m .
Determine a média das alturas dos atletas masculinos.
Apresente o resultado, em metros, com duas casas decimais.

8 O número de garrafas de água mineral existentes num supermercado distribui-se segundo os


dados da tabela.
C apacidad e (cl) N.° de garrafas

25 12
50 15

100 28

150 28

8.1. Determine a média, a moda e os quartis.

8.2. Posteriormente, o número de garrafas de 150 cl foi aumentado e a média da capacidade do


novo conjunto de garrafas passou a ser 100 cl .
Qual é o novo número de garrafas de 150 cl ?

224
2 .5 . Média e moda. Medidas de localização

Avaliação global

Um clube regional disponibiliza uma verba no valor de 22 530 € , para diferentes modalidades.
A distribuição da verba disponível para cada modalidade P ercentagem
será feita de forma diretamente proporcional à percenta­ M o d a lid a d e
de inscritos
gem de inscritos nessa modalidade.
Voleibol 10%
Na tabela incompleta ao lado mostra-se as diferentes mo­
dalidades e respetivas percentagens. Andebol 35%
Vela
9.1. Determine a verba distribuída à modalidade “Andebol’!
Surf
9.2. Determine a percentagem de inscritos na “Vela’,' sa­
Basquetebol 18%
bendo que a verba atribuída ao “Surf” foi de 3830,10 € .

Uma cientista recolheu 50 amostras de terra numa zona florestal.


Para cada amostra foi determinado o pH.
Os dados foram estatisticamente tratados e construiu-se a seguinte tabela de frequências absolutas
acumuladas.

F re q u ê n c ia absoluta
pH
a c u m u la d a (Ni)

[4,8 ; 5,4[ 2
[5,4 ; 6,0[ 6
[6,0 ; 6,6[ 10
[6,6 ; 7,2[ 20
[7,2 ; 7,8[ 39
[7,8 ; 8,4[ 50

10.1. Qual é a percentagem de amostras que tem um pH menor que 6,6 ?

10.2. Qual é a classe modal?

10.3. Desenhe o histograma correspondente.

10.4. Determine um valor aproximado para a média. Apresente o resultado com aproximação às
décimas.

10.5. Determine, com aproximação às centésimas, P5 0 e interprete o resultado obtido.

10.6. Diga, justificando, se o diagrama de extremos e quartis seguinte representa os dados anteriores.
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4,8 5,4 6,0 6,6 7,2 7,8 8,4

6 ,7 5 7 ,3 6 7 ,7 5

MMACS10-15 225
2 Estatística

2.6. Variância e desvio-padrão. Medidas de dispersão

As m edidas de localização não caracterizam a disper­

M M A C S10 © Porto Editora


são ou variabilidade dos dados de um a amostra.
Assim, é necessário considerar m edidas estatísticas
para m e d ir a dispersão dos dados da amostra.
Neste subdom ínio vamos estudar essas m edidas que
se designam por m edidas de dispersão.

Atividade inicial 6
O alu n o m ais re g u la r

Selecionaram-se dois alunos que term in aram o 11.° ano em M ACS e analisaram-se as classificações finais
nos seis períodos (três do 10.° ano e três do 11.°).

Os resultados são os seguintes.

M a ria M anuel

12 19 17 20 17 17 18 16 17 19 15 17

Os dados foram tam bém apresentados pelos gráficos de pontos seguintes:1


2

12 13 14 15 16 17 18 19 20 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Classificações da Maria Classificações do Manuel

1 M ostre que a média, a m oda e a m ediana das classificações obtidas pela M a ria são, respetivamente,
iguais à média, à m oda e à m ediana das classificações obtidas pelo M anuel.

Para dar a sua resposta, calcule para cada u m dos alunos as três medidas de localização referidas.

2 Por simples observação dos gráficos, indique o que apresenta um a m aio r dispersão.

3 Q ual dos alunos é o mais regular?

226
2 .6 . Variância e desvio-padrão. Medidas de dispersão

1. Desvio em relação à média a

Na atividade inicial 6, verificámos que a média para as duas amostras é 17 (x = 17).

Desvio em relação à média


Dados n 6 IN e uma amostra x = (x1 , x 2 , ... , xn), com
i 6 {1 , 2 , ... , n} designa-se por desvio em relação à média:
di = xi - x

Vamos calcular os desvios em relação à média (xi- x) para as classificações da


Maria e do Manuel e, em seguida, calcular a soma dos desvios em relação à
média obtidos.

M aria M anuel

12 19 17 20 17 17 18 16 17 19 15 17
d1= 12 - 17 = - 5 d, = 18 - 17 = 1
d2= 19 - 17 = 2 d2= 16 - 17 = - 1
d3 = 17 - 17 = 0 d3= 17 - 17 = 0
d4 = 20 - 17 = 3 d4= 19 - 17 = 2
d5= 17 - 17 = 0 d5= 15 - 17 = - 2
d6= 17 - 17 = 0 d6= 17 - 17 = 0
Soma: - 5 + 2 + 0 + 3 + 0 + 0 = 0 Soma: 1 - 1 + 0 + 2 - 2 + 0 = 0
* Observação
dt= xt- x Verificámos que a soma dos desvios em relação à média é nula nos dois casos.
Por exemplo, d3= X3- x . O que verificámos para estas duas amostras verifica-se para qualquer outra
amostra. n
X di = 0 , com di =xi - x
i= 1

Propriedade
Para qualquer amostra, a soma algébrica dos desvios entre os valores
observados e a média é igual a zero.

* Observação
2. Soma dos quadrados dos desvios
Como a soma dos desvios entre os valores observados e a média é sempre igual
SSx = X (xi- x)2
i=1 a zero, pelo facto de uns serem positivos e outros negativos, é necessário encon­
onde trar outra forma para distinguir a dispersão dos dados.
dt= xi - x

■ Quando temos duas Soma dos quadrados dos desvios


amostras, uma x e outra
Dados n 6 N e uma amostra x = (x1 , x2 , ... , xn) , a soma dos quadrados
y , escreve-se SSx e SSy .
dos desvios dos xi em relação à média, que se representa por SSx , é
■ Quando temos apenas dada por:
uma amostra, pode-se
escrever apenas SS . SSx = Cx - x)2 + (x2- x)2 + ... + (xn- x)2

227
2 Estatística

M M A CS10 © Porto Editora


Vamos calcular a soma dos quadrados dos desvios em relação à média para as
classificações da Maria e do Manuel.

M a ria M an u el

d, = - 5 d, = 1
d2 = 2 d2= - 1
da = 0 da = 0
d, = 3 d, = 2
d5 = 0 d5 = - 2
db = 0 db = 0
Som a dos q u ad rad o s dos desvios: Som a dos q uad rad o s dos desvios:
SSX= (- 5)2+ 22+ 02+ 32+ 02+ 02 = 38 SSy = 12+ (- 1)2+ 02+ 22+ (- 2)2+ 02= 10

A soma dos quadrados dos desvios é maior para as classificações da Maria do


que para as classificações do Manuel.

Neste caso, as duas amostras têm o mesmo número de dados (seis dados).
Mas para podermos comparar a dispersão para as duas amostras, devemos ter
em conta a dimensão de cada uma das amostras, pelo que vamos definir v a riâ n ­
cia e d esvio -p ad rão .

3. Variância e desvio-padrão

* Observação
O desvio-padrão obtém-se
calculando a raiz quadrada
da variância.

Vamos calcular para a Maria e para o Manuel a variância e o desvio-padrão.

M aria M anuel

SSX= 38 , n = 6 SSy= 10 , n = 6
.. .. . SSX SSy
Variancia = ■= Variancia = —=
n- 1 n- 1
= 3 8 = 7,6
CM
II

5
SSX SSy
Desvio-padrão = ■= Desvio-padrão = =
\n - 1 Vn - 1
= " 7 , 6 = 2,7568 = " 2 = 1,4142

228
2 .6 . Variância e desvio-padrão. Medidas de dispersão

A variância e o desvio-padrão são bastante diferentes para a Maria e para o


Manuel.

O desvio-padrão para a Maria é, aproxim adam ente, 2,8 enquanto o desvio-pa­


drão para o M anuel é, aproxim adam ente, 1,4 .

Observe, de novo, os gráficos de pontos das classificações da Maria e do Manuel.

Sx) 2,8 sy) 1,4

«
12 13 14 15 16 17 18 19 20 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Classificações da Maria Classificações do Manuel

O desvio-padrão está relacionado com o aspeto do gráfico.

Quanto m aior é o desvio-padrão m aior é a dispersão dos dados.

E xem plo 28 Cálculo do d esvio -p ad rão

Há dez anos que a Teresa joga futebol na posição de defesa central. Em cinco épo­
cas selecionadas aleatoriamente marcou os golos seguintes:
N ú m e ro de golos
2 3 6 6 8
Calcule o desvio-padrão. Apresente a resposta com aproximação às centésimas.

Resolução
2+3+6+6+ 8
Cálculo da média: x = =5
5
Para o cálculo do desvio-padrão, vamos utilizar um quadro.

Xt d t = xt - x X - X)2
2 2- 5=- 3 9
2 24 „
3 3- 5=- 2 4 s = =6
4
6 6- 5= 1 1
s= " 6
6 6- 5= 1 1
s « 2,45
CO

8- 5=3 9
SS = 24
O desvio-padrão é, aproximadamente, 2,45 golos.

E xercício 89
O número de telemóveis vendidos nas lojas A e B , durante uma semana, selecionada aleatoriamente do
ano passado, foram as seguintes:
L oja A L oja B
25 15 15 18 17 24 26 38 10 15 10 10 37 20
M M A CS10 © Porto Editora

89.1. Para cada uma das lojas, determine a média de telemóveis vendidos, por dia, nessa semana.
89.2. Determine o desvio-padrão relativo ao número de telemóveis vendidos em cada uma das lojas e
comente o resultado. Apresente o resultado com aproximação às décimas.

229
2 Estatística

M M A CS10 © Porto Editora


E xem plo 29 Cálculo do d e s v io -p a d rã o p ara dados agrupados

O processo de cálculo do desvio-padrão para dados agrupados em classes ou em tabelas de frequência é o


mesmo que para os dados simples, como se mostra no caso seguinte.
O número de golos marcados por um clube da Primeira Liga, em 20 jornadas selecionadas aleatoriamente
dos últimos cinco anos, foi registado na tabela seguinte:
N .° de golos 0 1 2 3 4 5
N .° de jogos 2 5 4 5 3 1
Determine o desvio-padrão. Apresente a resposta com aproximação às centésimas.

Resolução

Comecemos por calcular a média:


2 x 0 + 5 x 1+ 4 x 2 + 5 x 3 + 3 x 4 + 1 x 5
2,25
20
Seguidamente, vamos construir uma tabela para facilitar e organizar os cálculos que são necessários efetuar.

xi n, Xi - X X - X )2 ni X - x )2

0 2 - 2,25 5,0625 10,125


1 5 - 1,25 1,5625 7,8125
2 4 - 0,25 0,0625 0,25
3 5 0,75 0,5625 2,8125
4 3 1,75 3,0625 9,1875
5 1 2,75 7,5625 7,5625
m
Total 20 I n (x - x )2 = 37,75
1=1

Considerando que xt ocorre com a frequência nt , vem:


m
I n i (xi - X)2 m
— ------------- , n = I n l
n- 1 i= 1

'37,75
No caso concreto apresentado, vem 5 ) 1,41 .
19
Logo, 5 ~ 1,41 golos.

E xercício 90
Selecionaram-se aleatoriamente 80 alunos de uma escola e in­
terrogaram-se os mesmos sobre o número de vezes que utiliza­
ram a cantina. Os resultados apresentam-se na tabela seguinte:

N ú m e ro de utilizaçõ es
9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
d a ca n tin a (xi)

F re q u ê n c ia (ni) 1 1 4 11 17 19 15 8 3 1

Determine, com aproximação às centésimas, o desvio-padrão.

230
2 .6 . Variância e desvio-padrão. Medidas de dispersão

E xem plo 30 D esvio -p adrão para dados ag ru pad o s em classes

As alturas de 100 pinheiros de uma amostra aleatória foram medidas com os seguintes resultados, onde h é
a altura dos pinheiros, em metros:

A ltu ra , h (m ) [0 ; 0,5[ [0,5 ; 1[ [1 ; 1,5[ [1,5 ; 2[


F re q u ê n c ia ab solu ta 18 30 40 12

Calcule um valor aproximado às centésimas para o desvio-padrão usando a fórmula

m 2
Z ni x - x )
5 = — , m = núm ero de classes
ã n- 1
Resolução

Tal como aconteceu para o cálculo da m édia, se os dados estão agrupados em classes, calcula-se u m valor
aproxim ado do desvio-padrão considerando-se x‘ o ponto m édio da classe i .

18 X 0,25 + 30 X 0,75 + 40 X 1,25 + 12 X 1,75


M é d ia = --------- ------------------------------------------------------— = 0,98
100

Classe x nt X - x (X - X)2 nt (X - X)2


[0 ; 0,5[ 0,25 18 - 0,73 0,5329 9,5922
[0,5 ; 1[ 0,75 30 - 0,23 0,0529 1,587
[1 ; 1,5[ 1,25 40 0,27 0,0729 2,916
[1,5 ; 2[ 1,75 12 0,77 0,5929 7,1148
m
Total 100 Z n X - x 22=21,21
i=1

21,21
5= 0,46
99

Logo, 5 ~ 0,46 m .

E xercício 91
A Antónia trabalha numa loja de bijuteria.
Ao analisar os registos semanais das vendas, verificou que numa dada semana o gasto de cada cliente, em
euros, foi o registado na tabela seguinte:

Gasto ( € ) 0 < x < 20 20 < x < 40 40 < x < 60 60 < x < 80 80 < x < 100
F re q u ê n c ia
60 55 35 32 18
absoluta
M M A CS10 © Porto Editora

Atividades
complementares

Pág. 238
91.1. Calcule a média do dinheiro gasto por cada cliente. 99

Pág. 239

91.2. Determine, com aproximação às centésimas, o desvio-padrão. 101|

231
Estatística

4. Utilização da calculadora gráfica


para determ inar o desvio-padrão

M M A CS10 © Porto Editora


Use a calculadora gráfica para determinar a média e o desvio-padrão dos se­
guintes conjuntos de dados:

Conjunto A +2 Conjunto B
2 3 5 7 10 4 5 7 9 12

O neV ar b. 1 U ai re su ltt
T itu lo E s ta tís tic a s d e u m a v a n

" 8" 74
"E x 37
'Tx*" 315
sx Sa-iX" 3 20936130718 * ) 3,2
ax • OnX 2 87054001888
5 ►
" M in X

" Q iX "

Pode provar-se, tal como se verifica no exemplo anterior, que:

Ao adicionarmos a cada dado a constante k , a média vem adicionada


dessa constante e o desvio-padrão não se altera.

Use a calculadora gráfica para determinar a média e o desvio-padrão dos se­


guintes conjuntos de dados:

Conjunto C2 x2 Conjunto D4
2 3 5 7 10 4 6 10 14 20

Pode provar-se, tal como se verifica no exemplo anterior, que:

Ao multiplicar cada dado por uma constante diferente de zero, k , a


média e o desvio-padrão vêm multiplicados por essa constante.

Note que:

Dada uma amostra x = (x, , x2 , ... , xn) de média x :

Se se adicionar, a cada elemento da amostra, uma constante h 0 0 , a amostra


resultante y = (xn+ h , x2+ h , ... , xn+ h) tem a média y = x + h e os desvios­
* Observação
-padrão são iguais, sx = sy .
Odesvio-padrão representa
uma distância, pelo que é Se se multiplicar cada elemento da amostra por a 0 0 , a amostra resultante
sempre maior ou igual a zero.
z = (ax! , ax 2 , ... , axn) tem média z = ax e desvio-padrão sz= |a|xsx .

232
2 .6 . Variância e desvio-padrão. Medidas de dispersão

E xem plo 31 P ro p rie d a d e s da m édia e do d esvio -p ad rão

Em percentagem, as classificações obtidas pela Cristina numa amostra de cinco testes de MACS são as
seguintes:
Classificações
65 75 55 50 55

31.1. Determine a amplitude, a média e o desvio-padrão das classificações.

31.2. O António obteve nesses testes menos 2 pontos em cada um.


Qual é a média e o desvio-padrão das classificações do António?

31.3. O professor da Cristina decidiu aumentar as classificações de cada aluno em 2% .


Qual será a média e o desvio-padrão das novas classificações da Cristina?

Resolução

Usando a calculadora gráfica:


31.1. 31.2. 31.3.

Amplitude: 25
x = 60 x = 58 x = 61,2
5 = 10 5 = 10 5 = 10,2

E xercício 92
Considere o diagrama de barras ao lado.
Observando os resultados, o professor pensou
numa das seguintes hipóteses:
1. a aumentar 2 valores a cada classificação;
2. a aumentar 20% à classificação de cada
aluno;
3. a aumentar 1 valor a cada classificação e,
em seguida, aumentar 10% à classifica­
ção obtida.
Para cada hipótese, calcule, relativamente às
M M A CS10 © Porto Editora

classificações:
92.1. a média;
92.2. a mediana;
92.3. o desvio-padrão.

233
2 Estatística

5. Medidas de dispersão
As medidas de dispersão que estudámos são:

a amplitude;

a am plitude interquartis;

a variância e o desvio-padrão.

Recorde que:

M M A C S10 © Porto Editora


Amplitude
C h am a-se a m p litu d e de um conjunto de dados num éricos à diferença
^ Observação entre o valor m áxim o e o v alo r m ínim o desse conjunto de dados.
Se os dados estão agrupados
em classes, determina-se um
valor aproximado para a sua
amplitude calculando a Amplitude interquartis
diferença entre a última e a
primeira marca da classe.*7 C ham a-se am p litu d e in te rq u a rtis à diferença entre o 3.° e o 1.° quartis.

E xem plo 32 A valiação da dispersão

Observe os seguintes conjuntos de dados representados por diagramas de pontos correspondentes a três
conjuntos de observações.

7 8 9 10 11 12 13 14 15 7 8 9 10 11 12 13 14 15

7 8 9 10 11 12 13 14 15

Calcule a am plitude e com ente a resistência desta m ed id a para avaliar a dispersão dos conjuntos de dados
apresentados.

R esolução

Para qualquer u m dos três conjuntos de dados a am plitude é 15 - 7 = 8 .

A am plitude é igual mas as dispersões são m uito diferentes, como m ostram os próprios gráficos de pontos.
Portanto, a am plitude não m ede a dispersão dos conjuntos de dados.

234
2 .6 . Variância e desvio-padrão. Medidas de dispersão

E xercício 93

Considere o seguinte conjunto de dados referentes ao custo, em euros, de alguns modelos de carteiras
produzidos numa fábrica.

1 0 5
2 1 2 5
3 4 9
4 5 8 8 9
5 3 5 6
6
7 1 2
8 3 9

8|3 significa 83 euros

93.1. Quantos preços diferentes tem a fábrica para os modelos das carteiras?

93.2. Relativamente a este conjunto de dados calcule:

a) a amplitude;

b) a mediana;

c) a média, com aproximação às centésimas;

d) o 1.° quartil e o 3.° quartil;

e) a moda.

93.3. Construa o diagrama de extremos e quartis.

93.4. Determinar o desvio-padrão, com aproximação às centésimas.

E xercício 94

O António pretende comprar um carro em segunda mão.


O stand de usados do Pedro tem 1000 carros, dos quais se selecionaram 200 carros cujos preços variam,
como se mostra na tabela seguinte:

Preço em
[1 , 2[ [2 , 3[ [3 , 4[ [4 , 5[ [5 , 6[ [6 , 7[
m ilh a re s de euros

F re q u ê n c ia
10 25 35 80 30 20
absoluta

94.1. Construa um histograma correspondente aos dados.

94.2. Determine, se necessário com aproximação às centésimas:


M M A CS10 © Porto Editora

a) a mediana; Atividades
complementares

b) a amplitude interquartis; Pág. 240


1 0 3 ^ ^ 1

c) o desvio-padrão.

235
2 Estatística

E xercício 95
N u m certo concelho do nosso país, u m a empresa de inform ática vai
facultar u m estágio, durante as férias de verão, aos alunos do
11.° ano, das escolas desse concelho, que ten h am obtido classifi­
cação fin al superior a 15 valores, quer a M atem ática quer a In fo r­
m ática.

As classificações finais nas disciplinas de M atem ática e de In fo rm á ­


tica obtidas pelos 50 alunos desse concelho que satisfaziam as con­
dições requeridas foram tratadas estatisticamente.

Desse tratam ento resultaram os gráficos apresentados a seguir.

Matemática

95.1. Depois de ter calculado, para cada um a das disciplinas, a m édia e o desvio-padrão das
classificações, a Ângela comentou: “As médias das classificações a M atem ática e a Inform ática são
iguais, mas o m esm o não se passa com os desvios-padrão’!

a) Conclua que a Ângela tem razão na sua afirmação, calculando, para cada um a das disciplinas,
a m édia e o desvio-padrão das classificações.

b) O Pedro, que estava a tratar os dados em conjunto com a Ângela, comentou: “Q uando me
disseste que as médias eram iguais, eu, observando os gráficos, concluí logo que os desvios­
-padrão eram diferentes.’
Tendo em conta que o desvio-padrão m ede a variabilidade dos dados relativam ente à média,
explique como poderá o Pedro ter chegado àquela conclusão.

95.2. Calcule:

a) a percentagem de alunos que obtiveram em Inform ática um a classificação igual ou superior a


18 valores;

b) a percentagem de alunos que obtiveram em M atem ática um a classificação inferior a Caderno


de Fichas
19 valores.
FP15
Adaptado do Exame de MACS de 2006 FP16

236
2 .6 . Variância e desvio-padrão. Medidas de dispersão

Síntese

Desvio em relação à m édia

Dados n 6 IN e uma amostra x = 1xl , x2, ..., x„), Sabe-se que x = (x1 , x2, ... , x6) e que d1= 3 ,
com i 6 {1 , 2 , ..., n} , designa-se por desvio d2= - 2 , d3= 5 , d4 = - 1 e d5= 2 .
em relação à média:
Com estes dados pode-se determinar d6, por­
dt= xt- x
que a soma dos desvios em relação à média é
P ro p rie d a d e
zero.
Para qualquer amostra, a soma algébrica do
desvio entre os valores observados e a média é 3 + (- 2) + 5 + (- 1) + 2 + d6= 0 § d6= - 7

nula Pág. 227

Som a dos q u ad rad o s dos desvios

Dados n 6 N e uma amostra x = (x1 , x 2 , . , xn) , Sejam d1= 3 , d2= - 2 , d3= 5 , d4 = - 1 , d5= 2
a soma dos quadrados dos desvios dos xi em e d6= - 7 .
relação à média, que se representa por SSx , é A soma dos quadrados dos respetivos desvios
dada por: é:
SSx= x - x )2+ Cx>- x )2+ ... + (xn- x )2 SSx = 32+ (- 2)2+ 52+ (- 1)2+ 22+ (- 7)2=
ou = 9 + 4 + 25 + 1 + 4 + 49 = 92
x x - x )2
i 1 Pág. 227

V ariân cia e d esvio -p ad rão Se x = (x4 , x 2 , ... , x 6) e SSx = 92 :


Dados n 6 N (n > 1) e uma amostra x , 2 92 92
a variância é igual a sr = = = 18,4 ;
6 x 6-1 5
designa-se por variância, e representa-se por
o desvio-padrão é igual a
4 :
2 SSx 92
Sx= -r = V T8"4« 4,29 .
n- 1 6- 1
designa-se por desvio-padrão, e representa-se Observe os gráficos seguintes:
por Sx : Gráfico A Gráfico B
SSx
Sx =
n- 1
O desvio-padrão dá indicações sobre a disper­ -i-rh n rrrTrh
são dos dados em torno da média. O desvio-padrão relativo ao gráfico A é maior
do que o desvio-padrão relativo ao gráfico B .
Pág. 228

A m p litu d e
Sendo:
Chama-se amplitude de um conjunto de dados
x = (12 , 10 , 15 , 17 , 18 , 5)
numéricos à diferença entre os valores máximo
a respetiva amplitude é 18 - 5 = 13 .
e mínimo desse conjunto de dados.
’ Pág. 234

A m p litu d e in te rq u a rtis
MMACS10©PortoEditora

Sejam Q4= 12 e Q3= 18 .


Chama-se amplitude interquartis à diferença
Amplitude interquartis: 18 - 12 = 6
entre o 3.° e o 1.° quartis.
H Pág. 234

237
2 Estatística

Atividades complementares

M M A C S10 © Porto Editora


O João está a fazer um estudo acerca dos inter­
valos de tempo, em minutos, de receção de
e-m ails na sua empresa.
1 0 3 2 4 1 2 2

96.1. Indique a moda.

96.2. Determine, com aproximação às centési­


mas.
a) a média;
b) a soma dos quadrados dos desvios;
c) o desvio-padrão.
No primeiro dia de estudo registou o seguinte:

97 A D. Ana e o Sr. Bernardo colheram abóboras no


seu quintal. Da colheita total foram seleciona­
In te rv a lo (m in ) n
das cinco abóboras de cada quintal. [0 , 5[ 20
A massa das abóboras selecionadas, em quilo­ 15
[5 , 10[
gramas, pela D. Ana é dada na tabela A e a
massa das abóboras selecionadas, em quilogra­ [10 , 15[ 16
mas, pelo Sr. Bernardo é dada na tabela B .
[15 , 20[ 8
T ab ela A
[20 , 25[ 2

99.1. Desenhe um histograma para mostrar a in­


formação obtida pelo João.

99.2. Indique um valor aproximado às unidades


97.1. Determine, com aproximação às décimas, para a média.
o desvio-padrão para cada um dos conjun­
tos de dados. 99.3. Determine um valor aproximado às déci­
mas para o desvio-padrão.
97.2. Comente a afirmação:
“O desvio-padrão é uma medida pouco
Depois de corrigir um teste, o professor verifi­
resistente, pois é influenciado pelos valo­
cou que as classificações eram muito baixas.
res ou muito grandes ou muito pequenos
Numa escala de 0 a 20 , a menor era 1 e a
{outliers)”.
maior 10 .

Decidiu aumentar 30% a cada uma delas.


A tabela seguinte mostra o número de m ensa­
gens que um grupo de amigos recebeu em cinco
Explique o que aconteceu:
dias do mês passado.
100.1 . à média;
N .° de m ensagens
recebidas
12 15 20 25 30 100.2. à mediana;

N .° de am igos 5 2 1 1 1 100.3. à amplitude;

100.4. à amplitude interquartis;


Determine, com aproximação às décimas, o
desvio-padrão. 100.5. ao desvio-padrão.

238
2 .6 . Variância e desvio-padrão. Medidas de dispersão

Atividades complementares

A polícia anotou a velocidade dos veículos que Num centro tecnológico de apoio à indústria
passaram num dado local da autoestrada du­ têxtil nacional, foram testadas duas máquinas
rante 5 min . Dos valores observados recolheu­ de marcas diferentes de corte automático de
-se uma amostra de 321 medições. pele.
As máquinas foram programadas para cortarem,
cada uma, 40 círculos de pele com 15 cm de
diâmetro.
Admita que se recolheu uma amostra de 40 cír­
culos cortados por cada uma das máquinas,
para avaliação e comparação das mesmas, e se
registaram os valores dos respetivos diâmetros,
tendo-se obtido os histogramas seguintes:

M á q u in a A
D iâ m e tro s d e círculos

A tabela que se segue mostra os resultados obtidos.

V elo cid ad e/ N ú m e ro de
( v , em k m /h ) veículos

70 < V < 80 15
80 < V < 90 38
90 < V < 100 58
100 < V < 110 90
110 < V < 120 140 M á q u in a B
D iâ m e tro s d e círculos
120 < V < 130 10 _o
3U
21
101.1. Determine um valor aproximado para a 'CS
<D 20^
T3
amplitude da variável velocidade. 16
12 E
101.2. Indique a classe modal.

101.3. Indique um valor aproximado às décimas 4í
para a média.
12,5 13,5 14,5 15,5 16,5 17,5
101.4. Construa um histograma que represente os
D iâm etro (cm)
dados.
101.5. Determine a mediana e o 1.° e 3.° quartis. 102.1. Recorrendo à calculadora gráfica, calcule a
média, a mediana e o desvio-padrão para
101.6. Determine a amplitude interquartis.
cada conjunto de dados.
101.7. Construa o diagrama de extremos e quartis. Apresente as respostas com aproximação
101.8. Determine o valor, aproximado às centési­ às décimas.
mas, do desvio-padrão.
102.2. Considerando a melhor máquina aquela
M M A CS10 © Porto Editora

101.9. Escreva um pequeno comentário acerca que produz peças com menor variabili­
das medidas determinadas nas alíneas dade no diâmetro, explique qual das duas é
101.3. e 101.8. . a melhor.

239
2 Estatística

Atividades complementares

M M A C S10 © Porto Editora


103 De um grupo de estudantes que participaram 105 Observe os gráficos seguintes:
numa corrida de 100 metros recolheu-se uma
Gráfico 1
amostra dos tempos obtidos por 16 deles.
Os tempos obtidos por estes foram os seguintes: 4
3 -
Tem po N .° de
2 -
(t / s) estudantes
1 -
[10 , 11[ 2

[11 , 12[ 5 0

[12 , 13[ 6
Gráfico 2
[13 , 14[ 3
4

103.1. Construa um histograma relativo aos dados. 3


2
103.2. Determine um valor aproximado as centé-
simas para a média. 1

103.3. Determine um valor aproximado as centé- 0


simas para o desvio-padrão.
Gráfico 3

04 A Inês e o João estudaram o custo de algumas


marcas de jean s e apresentaram os dados no
diagrama de caule-e-folhas seguinte:

1 0 2 2 3 4
2 13 5
3
4 5 6 8
Gráfico 4
1|0 representa 10 euros

105.1. Determine a média relativa a cada um dos


Recorrendo a calculadora grafica, determine a
graficos.
média e o desvio-padrão do custo dos jeans.
Apresente o desvio-padrão arredondado as cen­ 105.2. Compare o desvio padrão do grafico 2 com
tésimas. o desvio-padrão do grafico 3.

240
2 .6 . Variância e desvio-padrão. Medidas de dispersão

Atividades complementares

106 As idades dos rapazes e das raparigas de uma turma Observe os gráficos seguintes:
são dadas pelos gráficos de barras seguintes:

Idades dos rapazes

Idades das raparigas

Gráfico 3

Apresente as respostas com aproximação às cen­


tésimas.
106.1. Determine a média para a idade das raparigas.
106.2. Determine a percentagem de rapazes com
idades superiores a 15 anos.
Se necessário, apresente as respostas com apro­
106.3. Determine o desvio-padrão para as idades ximação às centésimas.
das raparigas e para as dos rapazes.
107.1. Determine a média para cada um dos dados
representados nos gráficos.

107.2. Qual dos gráficos representa o conjunto de


dados com maior desvio-padrão?
Justifique a sua resposta.
M M A CS10 © Porto Editora

107.3. Qual é o conjunto de dados, representado


nos gráficos, que tem média e mediana
iguais?

MMACS10-16 241
2 Estatística

Avaliação global

M M A C S10 © Porto Editora


1 Foram registadas as temperaturas à meia-noite do dia 25 de dezembro de uma amostra de 13
localidades próximas umas das outras. ----------------------------------------
Os resultados foram os da tabela ao lado. T e m p e ra tu ra ( C)
- 4 0 - 3 - 2 - 5
Calcule, utilizando a calculadora gráfica: 1 3 2 2 - 7
1 .1 . a média das temperaturas, com aproximação às décimas; - 8 - 4 2
1 .2. a mediana das temperaturas;
1.3. a variância, com aproximação às décimas;
1.4. o desvio-padrão, com aproximação às décimas;
1.5. a amplitude interquartis.

2 Utilizaram-se duas balanças diferentes, A e B , para registar o peso diário de uma mesma pessoa.
O registo de cinco desses dias, selecionados aleatoriamente, é o seguinte:

B alan ça A
71,82 71,86 71,89 71,85 71,84

B alan ça B
71,85 71,86 71,84 71,85 71,83

2.1. Calcule a média e o desvio-padrão para cada um dos grupos de dados.


Apresente o resultado com aproximação às centésimas.

2.2. Escolha, justificando, a balança que lhe parece mais fiável.

3 Um grupo de 20 jogadores treinou a marcação de grandes penalidades durante uma semana.


Num desses dias, a tabela mostra a distribuição das frequências dos golos marcados por jogador.

N .° de golos 1 2 4 k
N .° de jogadores 2 5 6 7

Sabe-se que a média é 4,6 golos por jogador.


3.1. Determine k .
3.2. Determine o desvio-padrão, com aproximação às décimas.

Sabendo que SSx= X X 2- nx 2, copie para o seu caderno e complete a tabela usando, se neces­
sário, duas casas decimais.

n SX S X2 X s
100 101,4 102,83 ★ ★
★ 152,6 ★ 10,9 1,7
18 ★ ★ 57 4

242
2 .6 . Variância e desvio-padrão. Medidas de dispersão

Avaliação global

5 Numa turma do 10.° ano verificou-se que as notas em quatro disciplinas, frequentadas pelo mesmo
número de alunos, tinham a mesma média. Nos gráficos apresentam-se essas classificações.
Física Matemática A Biologia Filosofia

1 00 ON
° de alunos
16 f------------- 16
c 14
=3 =3 12
8 -- 03

~z.
4
4
8
E
9
1 , L
10 11 12 13 -±
EE 3
8 9
E E L
10 1 Í 12 13
Z
7
8 9 10 11 12 13
CD
"O
8 9 10 11 12 13
Notas Notas Notas Notas

Em qual das disciplinas é maior o desvio-padrão? Justifique a sua resposta.

6 Relativamente a uma amostra x sabe-se que:


desvio-padrão: s = 1,2
amplitude: R = 5
média: x = 4
6.1. Adicionaram-se 2 unidades a cada elemento da amostra. Determine os novos valores para o
desvio-padrão, a amplitude e a média.
6.2. Obteve-se uma amostra y a partir da amostra x multiplicando cada um dos elementos de x
por 3 . Determine os novos valores para o desvio-padrão, a amplitude e a média.

Na tabela 1 é apresentado o número de pessoas que vivem em 60 apartamentos da cidade A .

N.° de pessoas 1 2 3 4 5
Freq. ab solu ta ac u m u la d a 10 22 37 51 60
Tabela 1

Na tabela 2 é apresentado o número de pessoas que vivem em 60 apartamentos da cidade B .

N.° de pessoas 1 2 3 4 5
Freq. ab solu ta sim ples 5 15 30 10 0

7.1. Construa uma tabela de frequências absolutas e relativas para os dados da tabela 1, determi­
nando as frequências absolutas simples e as frequências relativas simples e acumuladas.
Sempre que necessário, apresente as respostas arredondadas à centésima.
7.2. Admita que houve um erro na transcrição da tabela 2 e que o número de pessoas deveria ser
0 , 1 , 2 , 3 e 4 , em vez de 1 , 2 , 3 , 4 e 5 , respetivamente.
Explique a repercussão desse erro na média e no desvio-padrão do número de pessoas que
vivem nos apartamentos do prédio B .
Na sua resposta, deve:
determinar a média e o desvio-padrão com os dados da tabela 2;
determinar a média e o desvio-padrão com os dados corrigidos;
comentar os resultados obtidos.
M M A CS10 P Porto Editora

Apresente os valores dos desvios-padrão arredondados às centésimas.


Caso proceda a arredondamentos nos cálculos intermédios, conserve, no mínimo, quatro casas
Caderno
de Fichas

FT7

243
2 Estatística

2.7. Dados bivariados

No estudo de Estatística até agora desenvol­

M M A C S10 © Porto Editora


vido, as distribuições eram unidirecionais
(apenas se analisava uma variável). Neste
subdomínio vamos estudar distribuições
bidirecionais, onde são analisadas duas
variáveis de uma mesma amostra.
Por exemplo, analisar a altura e o peso de
um grupo de alunos.

Atividade inicial 7
C onstrução de u m gráfico de pontos

O Nuno está a fazer um estudo estatístico. Nesse contexto, já ob­


M a te m á tic a Português
servou 10 respostas acerca da classificação obtida às discipli­
Ana 10 9
nas de Matemática e Português, no período passado.
Helena 11 15
Os dados obtidos são os apresentados na tabela ao lado.
Rui 12 13
1 Copie para o seu caderno e complete o gráfico colocando António 8 7
os pontos em falta.
Pedro 12 10
Cada ponto corresponde a um nome.
João 8 11
Joana 16 17
Beatriz 18 16
Bárbara 10 10
Luísa 11 12

2 Escreva uma razão para o Nuno andar a perguntar aos seus colegas as classificações que obtiveram
nas duas disciplinas.

244
2 .7 . Dados bivariados

1. Dados bidimensionais. Gráfico de pontos


Na atividade anterior, os dados observados aparecem sob a forma de pares de
valores: as classificações em Matemática e em Português. Trata-se de dados
* Observação bidimensionais.
Quando se consideram No caso de se pretender estudar duas características conjuntamente, os dados
observações de duas observados aparecem sob a forma de pares de valores, isto é, cada indivíduo ou
variáveis em simultâneo, resultado experimental contribui com um conjunto de dois valores.
os dados dizem-se
bidimensionais ou A amostra de dados bivariados pode ser representada por:
bivariados.
X , y ò , X , y 2 ) , ■■■, (Xi , y) , ■■■, X , y ò .

Dados bidimensionais ou dados bivariados


São dados obtidos de pares de variáveis.

O gráfico que representa e organiza este tipo de informação tem o nome de d ia­
g ram a de dispersão .

Diagrama de dispersão
É uma representação gráfica para os dados bivariados, em que cada par
de dados {Xj , y,) é representado por um ponto de coordenadas {Xj , y,),
num sistema de eixos coordenados.

E xem plo 33 No sopé da m ontanha

A tabela seguinte mostra os resultados obtidos por observação da temperatura em


graus Celsius {°C) e da pressão atmosférica em milímetros de mercúrio {mmHg), du­
rante sete dias.

T e m p e ra tu ra (°C) 18 20 21 19 17 21 22

Pressão atm o sfé ric a (m m H g ) 810 810 800 800 800 815 805

33.1. Diga, justificando, se se trata ou não de dados bivariados.


33.2. Quais são as variáveis em estudo?
33.3. Represente a informação usando um diagrama de dispersão.

Resolução

| 33.1. São dados bivariados, pois a cada dia de observação 33.3. O) A


X ,

| corresponde um par de valores.


33.2. As variáveis em estudo são a temperatura, em °C ,
e a pressão atmosférica, em mmHg .

V ->

Temperatura (°C)

245
Estatística

E xercício 108
Um professor tem uma turma de 18 alunos e pensa que os seus alunos que têm boas classificações em

M M A CS10 © Porto Editora


Matemática também são bons em Física.
No último período verificou que:

Aluno A B C D E F G H I J K L M N O P Q R
Classificação em
6 8 8 11 12 13 13 14 14 14 14 15 15 16 16 17 17 18
Matemática (x)
Classificação em
5 7 10 10 12 12 10 15 15 13 12 13 16 17 12 15 18 18
Física (y)

108.1. Represente os dados num diagrama de dispersão.

108.2. Explique se a ideia do professor faz ou não sentido.

E xercício 109
Um stand de automóveis da marca X tem oito carros para venda.
O diagrama de dispersão seguinte mostra a idade e o preço dos carros.

109.1. Quanto custa o carro que tem 4 anos?

109.2. Qual é a idade do carro que custa 8000 € ?

109.3. Represente, numa tabela, os dados do diagrama de dispersão.

E xercício 110
Observe os seguintes diagramas de dispersão que dizem respeito ao número do calçado (tamanho da sapa­
tilha) e à altura dos atletas que estão a escalar uma montanha e, no segundo caso, à relação entre a altitude
e a temperatura.
Gráfico 1 Gráfico 2
A

)
y
)

+A r ~ ->

Tamanho da sapatilha
Altitude acima do nível médio
das águas do mar (m)

110.1. Quantos atletas foram observados relacionando o tamanho das sapatilhas com a sua altura?

110.2. Pode concluir-se que há uma relação entre a altura de uma pessoa e o número da sapatilha que usa?

110.3. Quantas vezes foi observada a temperatura para construir o gráfico 2?

110.4. À medida que se subia a montanha, a temperatura subia ou descia?

246
2 .7 . Dados bivariados

2. Análise gráfica de dados bidimensionais


Odiagrama dedispersãoémuitoútil, poispermiteobservarotipodeassociação
entreasvariáveis x e y .
Variáveis positivamente associadas
Observandoográfico 1, verifica-se que, emmédia, quandoavariável x
aumenta, avariável y tambémaumenta. Podemos traçar a reta que
"melhor se aproxime" detodos os pontos dográfico. Verifica-se que
esta reta temdeclive positivo.

Variáveis negativamente associadas


Observandoográfico 2, verifica-se que, emmédia, quandoavariável x
aumenta, avariável y diminui.

Podemostambémtraçararetaque"melhorseaproxime" detodosos pontosdo


gráfico. Esta reta temdeclive negativo. Diz-se que há uma associação negativa
entreduasvariáveisseaos maioresvalores deuma correspondem, deuma ma­
neira geral, os menoresvalores daoutra evice-versa.
Não há associação clara entre as variáveis
Observandoográfico3, verifica-sequeanuvemdepontosseencontra bas­
tantedispersa, oquefazpreverquenãoexisteumaassociaçãoclara entre
as duasvariáveis. Diz-sequenãoexisteassociaçãoentreas duasvariáveis.
A
y
M M A CS10 © Porto Editora

->
0 x
Gráfico 3

247
Estatística

M M A CS10 © Porto Editora


E xem plo 34 A n á lis e g ráfica de dados b id im ensio nais

A tabela mostra a classificação num teste de Estatística de 12 estudantes, as horas dedicadas à sua
preparação, o número de horas gastas a ver televisão no fim de semana que precedeu o teste e a altura de
cada estudante.
C lassificação no teste 8 9 10 8 10 11 12 12 13 14 14 9
H oras de estudo p a ra o teste (h) 1 1,5 2 0,5 1,5 2,5 3 2,5 3 3,5 3 1
H oras a v e r televisão (h) 5 6 3 4 5 3 2 3 1 1 2 5
A ltu ra (cm ) 155 165 155 170 180 170 165 175 160 165 175 175

Faça um estudo gráfico para a classificação no teste e cada uma das outras variáveis.
Comente cada um dos gráficos.

Resolução

Observando os gráficos pode-se afirmar que há uma associação positiva * Observação


no gráfico 1, uma associação negativa no gráfico 2 e, no gráfico 3, as duas O diagrama de dispersão
variáveis não apresentam uma associação clara. permite analisar a forma, a
direção e o grau de
Os resultados são aceitáveis, pois é de esperar que quem passe mais associação entre duas
tempo a estudar obtenha melhor classificação e que quem passe muito variáveis. A associação a
tempo a ver televisão e estude menos obtenha pior classificação. existir pode ser negativa ou
positiva.
A altura do estudante não tem qualquer influência na sua classificação.

E xercício 111
Observe os seguintes diagramas de dispersão.
(A) (B) (C) (D) (E) (F)
k • i • • .
S y y 1 ••• • y 1 •• •
y\

7y • • •• .
• • •••••• ••••
•• ••
• • ••• • •*• •. • • •
• ••• • • •••
•• •• •••• • •
••
0 x* 0 x* 0 * 0 x 0 x” 0 x

111.1. Indique, pela letra correspondente, aqueles em que se observa:


a) uma associação positiva; b) uma associação negativa.

111.2. Indique, pela letra correspondente, o diagrama em que não há uma associação clara entre as
duas variáveis.

248
2 .7 . Dados bivariados

3. Coeficiente de correlação
M linear
Observe os diagramas de dispersão seguintes:

->
0 x 0 x
Gráfico 1 Gráfico 2

Ao observarmos um diagrama de dispersão, intuitivamente verifica-se ou não a


existência de associação entre as duas variáveis em estudo.

No gráfico 1 parece haver maior grau de associação entres as variáveis x e y .

Para quantificar o grau da associação linear entre duas variáveis, utiliza-se uma
estatística a que se dá o nome de correlação lin e a r ou coeficiente de c o rre la ­
ção lin e a r , que se representa por r e é dado pela fórmula:
n
1 X - x )(y - y )
i= 1
r=

Sendo x, os valores das observações de uma das variáveis e y, os valores das


observações correspondentes da outra variável, x é a média das observações
de x, e y é a média das observações de y, .

P r o p r ie d a d e s do c o e fic ie n te d e c o r r e la ç ã o

1. Ovalor do coeficiente de correlação r varia entre - 1 e 1 .


* Observação
Neste estudo apenas se fez 2. Quanto maior for o valor absoluto de r , mais forte será a relação linear exis­
referência às correlações tente entre as variáveis.345
lineares, ou seja, àquelas
em que se procura avaliar a 3. Se r é positivo, significa que existe uma associação positiva entre as variá­
relação das variáveis quando
a nuvem de pontos se veis; se r é negativo, significa que existe uma associação negativa entre as
condensa à volta de uma variáveis.
reta.
Há, no entanto, outros 4. A correlação não é afetada por uma mudança de unidades das variáveis.
tipos de correlação.
5. Como a média e o desvio-padrão, a correlação também pode ser afetada por
outliers (no cálculo da correlação utilizam-se medidas não resistentes).
Deve, por isso, começar-se por fazer uma representação gráfica do diagrama
de dispersão e verificar se não existem pontos discrepantes que possam in­
fluenciar a correlação.

249
2 Estatística

M M A CS10 © Porto Editora


4. Interpretação geométrica do coeficiente
de correlação
M linear
) r> 0
y
•••••*.*
•+ * Aos maiores valores de x correspondem os

• •• • • maiores valores de y .
•. •••


• + •*. — Os produtos

>
0 X - x )(y i - y)

XI

X
são, de um modo geral, positivos.

k r< 0
y
— •• + Aos maiores valores de uma variável estão asso­
* Observação
•••• • • ciados, de um modo geral, os menores valores
No caso de r = 0 diz-se
!• •
• «

•• da outra variável.
•«i^i

que as variáveis não estão


11
11
1

•• • v -—
linearmente • ••- •• w
correlacionadas. 0 Os produtos
x_ x
O facto de a correlação •• •
+ (x i - x )(y t- y2
linear entre duas variáveis
ser nula ou fraca não são, de um modo geral, negativos.
implica que não exista
qualquer relação não A
linear forte entre elas. y +
Por exemplo:
1 r= 0
y • ••"* ia
’ll• Não existe correlação linear entre os valores de
+
X
X
II

\ i_ ->■ x e os valores de y .
•s 0 :_ x
1

0 x

E xercício 112
Considere os diagramas de dispersão seguintes:
(A) (B) (C) (D)
k >k i k
y y y
••
••
••
• • ••••
• \ • •. •
••
>
0 x* 0 x 0 x* 0 x

Entre os valores seguintes encontram-se os coeficientes de correlação linear (r) correspondentes aos dia­
gramas de dispersão apresentados.
A cada um dos diagramas faça corres­ r - 0,01 0,02 - 0,98 0,92 0,59 - 0,93
ponder o valor de r . D ia g ra m a ★ ★ ★ ★ ★ ★
Explique o seu raciocínio.

250
2 .7 . Dados bivariados

5. Reta de regressão. Utilização da calculadora


gráfica
O diagrama seguinte mostra o preço de 13 bicicletas, em segunda mão, de acordo
com a respetiva idade.

Utilizando a reta como referência, pode-se afirmar, por exemplo, o seguinte:

Uma bicicleta com seis anos é vendida por, aproxim adam ente, 45 € .

Por 60 € é possível com prar uma bicicleta com, aproxim adam ente, três anos.

* Observação
Quando duas variáveis estão fo rte m e n te correlacionadas, os pontos do
diagram a de dispersão colocam -se em torno de uma reta.

A A
y y

A soma dos quadrados


das distâncias de todos
os pontos da nuvem aos
pontos da reta com
igual abcissa é mínima.
-► >
2. A reta de regressão pode 0 x 0 x
não passar por qualquer
dos pontos do diagrama Há muitas retas que se podem desenhar, mas um dos critérios mais comuns
de dispersão.
para definir essa reta é o de to rn a r mínima a soma dos quadrados dos desvios
3. Ao ponto (x , y)
dos pontos em relação à reta.
chama-se centro de
gravidade da A essa reta cham a-se reta de regressão ou reta dos mínimos quadrados.
distribuição.
A reta de regressão pode ser definida por uma equação do tipo y = ax + b .
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Prova-se que esta reta passa no ponto (x , y) e que o seu declive, a , está rela­
cionado com o coeficiente de correlação, tendo o mesm o sinal.

N orm alm ente, utiliza-se a máquina de calcular para obter a equação da reta de
regressão.

251
Estatística

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E xem plo 35 Equação da reta de reg ressão

Suspenderam-se objetos de diferentes massas numa mola, deformando-a,


e registaram-se os correspondentes alongamentos da mola, como se mostra
na tabela:

(m assa em g)
10 25 30 45 55 60 70 75 85 100

yt
3 7 10 13 15 20 22 23 25 29
(alo n g am en to em m m )

35.1. Calcule as médias x e y .

35.2. Use a calculadora para obter a equação da reta de regressão, o


coeficiente de correlação e a imagem gráfica da reta de regressão.

35.3. Construa o diagrama de dispersão e esboce a reta de regressão,


verificando que passa pelo ponto de coordenadas (x , y) .

R esolução

10 + 25 + 30 + 45 + 55 + 60 + 70 + 75 + 85 + 100
35.1. x = = 55,5
10

3 + 7 + 10 + 13 + 15 + 20 + 22 + 23 + 25 + 29
y= 16,7.
10

35.2. Utilizando a calculadora gráfica:


Introduzem-se os valores Determinam-se os valores Seleciona-se o diagrama
da variável xt numa lista dos parâmetros da reta de de dispersão e a reta de
e os valores da variável yi regressão e define-se a sua regressão.
noutra lista. equação.

U nR cg M z x tjt.l C opyV ar U at F r g E q n fl j»

" T itu lo " R e g r w s lo lin « a r ( m x + b ) ”

"R e g E q n " "m x+ b "


"m" 0 29581169955
b" 0 282450674974
V " 0 984273004343
V 0 992105339338

252
2 .7 . Dados bivariados

E xercício 113

Responda às questões do exemplo 35 para a seguinte tabela de valores:

Massa e a ltu ra de cada alu n o

A lu n o A B C D E F G H I J
A ltu ra (cm), xt 129 130 133 135 136 140 142 145 155 160

Massa (kg), yt 31 32 32 37 38 40 44 50 60 71

E xercício 114

Responda às questões do exemplo 35 para a seguinte tabela de valores:

P ré m io e n ú m e ro de peças p ro d u zid a s com defeito

E m pregado A B C D E F G H I J K L

P ré m io , xt 28 10 5 2 10 30 15 20 0 20 28 28

N .° de peças, yt 2 9 10 12 8 1 7 6 14 5 3 4

E xercício 115

Considere o seguinte diagrama de dispersão e a reta de regressão nele representada.


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115.1. Use a calculadora para obter a equação da reta de regressão correspondente ao diagrama de
dispersão apresentado em cima.

115.2. Indique e comente o coeficiente de correlação.

253
2 Estatística

6. A reta de regressão para fazer estimativas

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A reta de regressão adapta-se à nuvem de pontos e descreve, aproximadamente,
a sua "regularidade".

Isso significa que, se conhecermos o valor de uma variável, a partir da reta de re­
gressão obtemos, de uma forma aproximada, o valor esperado da outra variável.

Em linguagem estatística dizemos que podemos in fe rir o valor de x para um


dado valor de y ou vice-versa.

A estes valores também se chamam e s tim ativas .

Observe a figura seguinte:

y (x0) é o valor estimado de y correspondente a x = x0 .

x(y0) é o valor estimado de x correspondente a y = y0 .

Os valores obtidos para a variável desconhecida são sempre valores


aproximados, por isso se diz "o valor que inferimos é...’’.

A aproximação será melhor quanto maior for |r| , pois para valores de r pró­
ximos de 1 ou - 1 os pontos estão muito próximos da reta de regressão.

A inferência só deve ser feita dentro do intervalo de valores conhecidos ou


muito perto deles.

Ofacto de o ponto (x , y) pertencer à reta de regressão e ser utilizado na de­


terminação da sua equação leva-nos a concluir que, tal como a média, tam­
bém a reta de regressão é muito influenciada por valores extremos.
Portanto, deve fazer-se um estudo prévio cuidadoso do diagrama de dispersão
e do contexto real antes de se proceder a uma análise da regressão.

254
2 .7 . Dados bivariados

E xem plo 36 As batidas do coração do Nuno

O Nuno pratica atletismo. Depois de terminada uma prova, anotou as suas


pulsações. Os dados recolhidos foram os seguintes:

T em p o d e c o rrid o (m in ) 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3,0 3,5


N .° de pulsações 150 140 128 114 110 90 82 78

36.1. Desenhe o diagrama de dispersão.

36.2. Use a calculadora para obter a reta de regressão e represente-a no gráfico.

36.3. Use a calculadora para determinar quantas pulsações teria o Nuno


1,8 min depois de a prova ter terminado. E quantas pulsações teria o Nuno
passados 30 min ?

R esolução

36.2.

36.3. Usando a calculadora:


x = 1,8 ; y ) 110
Podemos inferir que, 1,8 minutos depois de terminar a prova, o Nuno teria 110 pulsações.
Não faz sentido calcular y (30). Trinta minutos depois de ter terminado a prova, o Nuno,
provavelmente, terá uma pulsação normal ou poderá mesmo ter outra pulsação qualquer se, por
exemplo, decidir efetuar, em seguida, outra prova.

E xercício 116
O comprimento y , em milímetros,
T e m p e ra tu ra
de uma peça de metal foi medido a 60 65 70 75 80 85 90 95
(°C)
várias temperaturas x , em graus
C o m p rim e n to
Celsius, obtendo-se os seguintes 50,2 50,5 50,5 51,0 52,1 53,0 54,2 55,1
(m m )
resultados:
116.1. Desenhe o diagrama de dispersão.
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116.2. Obtenha com a calculadora a equação da reta de regressão e represente-a no gráfico.

116.3. Use a reta de regressão para estimar o comprimento da peça quando a temperatura é de 72 °C e
quando a temperatura é de 130 °C . Comente a validade das duas estimativas.

255
2 Estatística

7. Tabelas de contingência
Uma form a de organizar a informação correspondente a dados bivariados con­

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siste em utilizar uma tabela de frequências em que se utilizam contagens ou
frequências e que tem o nome de tabela de contingência.

Nas tabelas de contingência podem surgir dados de natureza quantitativa, qua­


litativa ou ambos.

Uma tabela de contingência é uma tabela de dupla entrada em que as linhas


correspondem a uma variável e as colunas a outra variável, como se mostra no
exemplo seguinte:

A B C D Total
y
M 2 3 5 7 17

P 4 1 0 2 7

Q 3 1 4 3 11

T otal 9 5 9 12 35

Na últim a coluna apresen tam -se os totais de linha; na últim a linha apresen­
ta m -s e os totais de coluna. A estas quantidades ch am am -se totais m arginais
(porque se apresentam nas m argens da tabela).

E xem plo 37 T abelas de contingência

Num inquérito, 10 indivíduos assinalaram o número de horas que viam


N .° de horas Tam anho
televisão, por semana, e o tamanho de roupa que vestiam. a ver T V de ro u p a
Os dados obtidos encontram-se na tabela ao lado. [0 , 2[ S

Construa uma tabela de contingência para resumir a informação recolhida. [2 , 4[ M


[4 , 6[ L
Resolução
[6 , 8[ XL
T a m a n h o de [2 , 4[ S
N .° de ro u p a S M L XL XXL Total L
[4 , 6[
horas a v e r T V
[6 , 8[ S
[0 , 2[ 1 0 0 0 0 1
[4 , 6[ M
[2 , 4[ 1 1 0 0 0 2
[6 , 8[ L
[4 , 6[ 0 1 2 0 0 3
Mais que 8 XXL
[6 , 8[ 1 0 1 1 0 3
Mais que 8 0 0 0 0 1 1
Total 3 2 3 1 1 10

256
2 .7 . Dados bivariados

E xercício 117
Considere os seguintes dados que representam as classificações obtidas por 18 alunos nas disciplinas de
MACS e Português.

MACS Português
6 8 15 16 17 13 20 15 10 8 10 12 14 16 10 18 14 13
12 6 8 10 15 13 10 11 10 15 10 10 12 14 15 12 13 11

Construa uma tabela de contingência para resumir a informação constante na tabela.

E xercício 118
O António registou o número de chamadas de tele­
móvel que efetuou nas quatro semanas do mês S em an a do mês
D ia Total
passado e o dia da semana em que as fez como se 1.a 2 .a 3.a 4 .a
mostra na tabela ao lado. 2.a-feira 6 4 4 0 14
118.1. Quantas chamadas fez no sábado da 3.a-feira 6 5 5 2 18
primeira semana do mês? 4.a-feira 8 7 6 2 23
118.2. Calcule a percentagem de chamadas que 5.a-feira 10 9 6 3 28
efetuou ao domingo.
6.a-feira 14 12 12 1 39
Apresente a resposta com aproximação às
décimas. Sábado 10 13 11 14 48

118.3. Compare, usando percentagens, o número


Domingo 10 30 15 12 67
de chamadas efetuadas em cada dia da Total 64 80 59 34 237
semana com o número de chamadas
efetuadas em cada dia do fim de semana
(sábado e domingo).

E xercício 119
A falta de bases dos alunos é uma das causas apontadas para o insucesso escolar.
Admita que numa escola foi feito um inquérito aos professores de três disciplinas, Português, MACS e Fi­
losofia, sobre o que pensavam acerca das bases dos alunos que todos os anos recebiam nas suas turmas.
Os resultados foram os seguintes:

y * Português MACS Filosofia Total

Bom 2 2 5 9
Suficiente 5 4 4 13
Insuficiente 15 16 2 33
Total 22 22 11 55

onde X representa a disciplina que o professor leciona e Y , o nível dos alunos no que respeita a bases
necessárias ao sucesso, na opinião dos professores.
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V erd a d e iro ou falso?


Diga se é verdadeira ou falsa a seguinte afirmação:
"68,18 % dos professores de Português da escola pensam que as bases dos alunos que recebem nas suas tur­
mas são insuficientes para o sucesso."

MMACS10-17 257
2 Estatística

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8. Representação gráfica de dados bivariados
Observemos, de novo, a tabela do exercício da página anterior.

X
P ortuguês MACS Filosofia T otal
Y
Bom 2 2 5 9

Suficiente 5 4 4 13

Insuficiente 15 16 2 33

Total 22 22 11 55

Partindo desta tabela, pode-se construir uma outra, dividindo o valor de cada
célula pelo total da coluna correspondente.

Assim, obtém -se a tabela seguinte.

X
P ortuguês MACS Filosofia T otal
Y
Bom 0,0909 0,0909 0,4546 0,1636

Suficiente 0,2273 0,1818 0,3636 0,2364

Insuficiente 0,6818 0,7273 0,1818 0,6000

Total 1,0000 1,0000 1,0000

Desta form a obtém -se uma tabela onde a disciplina condiciona o nível.

Assim, por exemplo, lendo a tabela, pode dizer-se que 18,18% dos professores
de MACS pensam que os alunos das suas tu rm as têm bases suficientes para o
sucesso.

E xem plo 38 C onstrução de um d ia g ra m a de b a rra s p or seg m en to s

Construa um diagrama correspondente à tabela acima apresentada, em que a variável que está a condicio­
nar é a variável X .

R esolução

100%
□ Insuficiente
75%
□ Suficiente
□ Bom
50%

25%

Português MACS Filosofia

258
2 .7 . Dados bivariados

E xercício 120
Uma investigadora em educação matemática implementou
um novo método de avaliação de alunos com insucesso.
Foi feita uma experiência com 50 alunos do 12.° ano, sele­
cionados aleatoriamente, para serem avaliados pelo novo
método, e outros 50 foram também selecionados aleatoria­
mente, para formarem o grupo de controlo.
No final, os resultados foram avaliados pelas classificações
obtidas no exame do 12.° ano.
No gráfico ao lado apresentam-se os resultados relativos às
classificações positivas (10 valores ou mais) e negativas
(9 valores ou menos).
120.1. A partir do gráfico estime a percentagem de positivas para cada um dos grupos.

120.2. Calcule as verdadeiras percentagens sabendo que do grupo de controlo 6 alunos tiveram
positiva enquanto no grupo experimental 23 alunos tiveram positiva no exame.
120.3. Comente os resultados obtidos pelo novo método de avaliação introduzido.

E xercício 121
Uma editora tem dois departamentos: o departamento de marketing e o departamento editorial.
Apresentam-se, a seguir, duas tabelas referentes à admissão de pessoal que decorreu no ano passado.
As tabelas de candidatos a trabalhar nesses departamentos estão discriminadas por sexo, departamento e
decisão de admissão.
D e p a rta m e n to de m arketing D e p a rta m e n to e d ito ria l

A d m itid o N ão a d m itid o A d m itid o N ão a d m itid o

M u lh ere s 7 1 M u lh e re s 13 12
H om ens 40 10 H om ens 13 20

121.1. Mostre que a percentagem de mulheres admitidas, relativamente ao total de candidatas, é


superior, para cada um dos departamentos, à percentagem de homens admitidos relativamente
ao total de homens candidatos.
“Como consequência, os ‘homens'sentem-se discriminados neste concurso de trabalho..!’
121.2. Na tabela seguinte reuniram-se os candidatos, no total, admitidos e não admitidos.

A d m itid o N ão a d m itid o

M u lh e re s 20 13
H om ens 53 30

Mostre que a percentagem de mulheres admitidas relativamente ao total de mulheres candidatas


é menor que a percentagem de homens admitidos relativamente ao total de homens candidatos.
M M A CS10 © Porto Editora

“Como consequência as ‘mulheres'sentem-se discriminadas neste concurso de trabalho."


121.3. Explique porque é que paradoxalmente cada concurso favorece as mulheres e no global o
Caderno
concurso favorece os homens. de Fichas

FP18
(Adaptado de Moore, 1993)

259
2 Estatística

M M A C S10 © Porto Editora


Dados bivariados U m a amostra de dados bivariados pode

Dados bivariados ou dados bidimensionais são dados ser representada por

obtidos de pares de variáveis. X , y d , X , y ) , X , y d , ... , (xn, yd


Pág. 245

D iag ram a de dispersão Por exemplo,


este gráfico
70 Í
Diagrama de dispersão é uma representação gráfica 60
representa 50
para dados bivariados, em que cada par de dados
40
X , y i) é representado por um ponto de coordenadas um diagrama 30
X , y) num sistema de eixos coordenados. de dispersão. 20
10
0 1 2 3 4 5 6 7x
Pág. 245

In te rp re ta ç ã o do d ia g ra m a de dispersão Associação positiva Associação negativa

Duas variáveis dizem-se associadas positivamente se y y


variam no mesmo sentido, ou seja, à medida que uma
aumenta, a outra, de um modo geral, também aumenta.
Duas variáveis dizem-se associadas negativamente
0 x 0 x
se variam sem sentido contrário, isto é, à medida que
uma aumenta, a outra, em geral, diminui. pál|I L7|

C oeficien te de co rrelação
LinRagM x n j t . l Copy V ar Hat R t g E q n f ]

Com a calculadora calcula-se o coeficiente de correla­ *T ttu lo "


R egE q n"
- R»gr*ssik> lm m r (m x+b)"
"m x + b "

ção linear, r , que mede o grau de associação linear "b *


0 14619047619
40 7452380952

entre duas variáveis: *r"


0 929010063972
0 963851681521
•R*sfcT
r e [ - 1 , 1]
Quanto mais próximo r estiver de 1 ou de - 1 maior é o
grau de associação linear entre as duas variáveis. p á lH h

R eta de reg ressão A reta de re­


Quando a correlação entre duas variáveis é elevada gressão con­
(quer seja positiva, quer seja negativa), se conhecer­ tém o ponto
mos o valor de uma das variáveis, podemos inferir o de coordena­
valor da outra variável. das (X , y ) .
É necessário atender ao intervalo observado, à situa­
ção real e ao diagrama de dispersão antes de fazer
qualquer análise da regressão. Pál H h

T abelas de contingência Pode encontrar exemplos de tabelas de


Para representar dados bivariados de natureza quali­ contingência nas páginas 256 e 257.
tativa usam-se tabelas de contingência e gráficos de
barras segmentadas. Pál H h

260
2 .7 . Dados bivariados

Atividades complementares
125.2. Pode-se concluir que existe uma relação
122 Construa um diagrama de dispersão para o con­
entre a potência de um carro e a velocidade
junto de dados seguintes.
máxima?
Xi 5 8 9 5 9 12 10 125.3. À medida que a potência aumenta, a velo­
5 9 8 5 11 11 10 cidade aumenta ou diminui?
yi

126 Os valores dos coeficientes de correlação corres­


123 Utilize a sua calculadora gráfica para obter o dia­ pondentes às três distribuições a seguir indica­
grama de dispersão relativo aos dados de 122.. das são: - 0,6 ; 0,6 e 0,9 .
Gráfico A Gráfico B
y y
10 10
124 Observe os diagramas de dispersão seguintes e
identifique aquele onde pode observar uma as­
sociação positiva entre as variáveis.
5 5
Gráfico A Gráfico B

y y

0 10 x 0 10 x

Gráfico C
y
10
0 x 0 x

5 •
Gráfico C Gráfico D

y y


•••
••• 0 5 10 x

Faça corresponder a cada gráfico um dos coefi­


••••
cientes dados.
0 x 0 x

127 Considere os seguintes dados:

Observe o diagrama de dispersão seguinte que Agregados


N .° m é d io
fa m ilia re s cujo
representa a relação entre a potência de um País de m em b ro s
chefe é u m a
carro (x) e a sua velocidade máxima (y). da fa m ília
m u lh e r (% )

y D inam arca 2,2 36,6


190
EUA 2,6 33,4
180
170 Japão 3 1,7
160
150 Irão 5,2 7,3
140
130 Paquistão 6,7 4,3
120
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Chile 4,1 21,6


t H V - i-----------1----------- 1----------- 1-----------1----------- 1----------- 1-----------1--------- 1— ►
0' 60 62 64 66 68 70 72 74 76 x
Determine, com aproximação às centésimas, o
125.1. Quantos carros foram observados? coeficiente de correlação entre as duas variáveis.

261
2 Estatística

Atividades complementares

M M A C S10 © Porto Editora


Represente, na sua ca lc u la d o ra gráfica, o dia­
128 Fizeram-se observações sobre três variáveis:
grama de dispersão dos dados e determine a
x, y e z .
equação da reta de regressão linear, y = ax + b ,
O coeficiente de correlação entre x e y é 1 e o
indicando os valores de a e b com uma a p ro x i­
coeficiente de correlação entre y e z é - 1 .
m ação às centésim as .
O que pode afirmar acerca do coeficiente de
Transcreva para a sua folha um esboço, no
correlação entre x e z ?
mesmo referencial, dos gráficos obtidos (dia­
129 Registou-se o número de pulsações por minuto
grama de dispersão e reta de regressão linear).
de uma amostra de 12 pessoas, antes e depois
de tomarem um certo calmante. No decurso de uma investi­ x 1
y 3 5
Na tabela seguinte indicam-se os valores obtidos. gação registaram-se os se­
guintes dados relativamente 1 1 2 1
xt (antes de to m a r yt (depois de to m a r às variáveis x e y .
Pessoa It 0 1 0
o calm ante) o c alm ante)
1 81 77 |2 3 0 1
2 80 79
3 78 75 131.1. Complete a tabela seguinte, fazendo a lei­
4 79 80 tura da tabela anterior.
5 84 79 x y
6 80 76
1 0
7 83 81
8 82 79 1 2
9 75 76 O par (1 , 2) tem
1 2
10 88 83 frequência 3 .
1 2
11 85 82
; ;
12 78 78
Construa um diagrama e caracterize a associa­ 131.2. Calcule o coeficiente de correlação entre as
ção existente entre as duas variáveis. variáveis x e y .

O gestor de um website dedicado ao xadrez deci­ 132 Para cada uma das seguintes tabelas, represente
diu estudar a evolução do número de jogadores, o diagrama de dispersão, determine o coefi­
desde o lançamento do website até à sexagésima ciente de correlação linear e descreva a relação
semana, pelo que foi registando o número de jo­ existente entre as variáveis.
gadores de cinco em cinco semanas, tendo-se 132.1.
obtido a tabela seguinte.
Peso do p a i (kg) 66 64 67 68 71 70
Tem po N.° de jogadores
Peso do filh o m ais
(em sem anas ), x (em m ilh a re s ), y 2 2,5 3 3,5 4 4,5
velh o ao nascer (kg)
5 20
10 46
Id a d e Tensão a rte ria l
15 58
(anos) (cm Hg)
20 82
25 110 56 14,7
30 128 42 12,5
35 136 36 11,8
40 163 68 16,2
45 170 60 15,5
50 194 55 15,2
55 210 12 10,0
60 245 61 15,2

262
2 .7 . Dados bivariados

Atividades complementares

133 As alturas, em centí­


x (pais) y (filhos)
metros, de oito pais e
dos seus filhos primogé­ 165 172
168 170
nitos estão representa­
170 174
das na tabela seguinte. 171 177
180 178
174 174
176 175
176 179

133.1. Represente os dados através de um dia­ Com base na reta de regressão traçada, faça uma
grama de dispersão. previsão para o peso que o bebé terá aos 11 meses.
133.2. Calcule x e y .
Na tabela seguinte indicam-se, em milhares de
133.3. Determine, usando a calculadora, uma euros, os gastos em publicidade e os resultados
equação da reta de regressão e represente­ das vendas de uma empresa durante os últimos
-a no diagrama de dispersão. seis anos.
133.4. Faça uma previsão da altura do pai com um Gastos em publicidade Vendas
filho de 180 cm de altura. (milhares de euros) (milhares de euros)
1,0 15
Pretendendo-se avaliar a influência sobre a du­ 1,5 22
reza de um aço da respetiva percentagem de ní­ 1,7 20
quel, conduziu-se uma experiência de que 2,0 28
resultaram os dados da tabela seguinte. 2,3 26
2,5 35
x (dureza) y (% de níquel)
36 2,5 136.1. Represente os dados através de um dia­
41 2,7 grama de dispersão e sobre este faça um
42 2,8 esboço da reta de regressão.
43 2,9 136.2. Por observação da reta de regressão, deter­
44 3,0 mine um valor aproximado dos gastos em
45 3,2 publicidade correspondente a 30 000 € de
47 3,3 resultado das vendas.
50 3,5
136.3. Observando o diagrama de dispersão, re­
134.1. Calcule as médias x e y . fira-se ao sinal e à intensidade da correla­
ção. Que conclusão se pode tirar?
134.2. Construa o diagrama de dispersão e esboce
a reta de regressão, fazendo-a passar pelo 136.4. Use a calculadora gráfica para obter o coefi­
ponto de coordenadas (x , y ) , depois de ciente de correlação r e comente o seu valor.
ter determinado uma equação dessa reta
usando a calculadora. Utilizando a calculadora, encontre o coeficiente
de correlação linear dos seguintes pares de valo­
res, que representam as classificações de seis
A reta de regressão, que se traçou no gráfico se­
alunos em Matemática A e Física.
M M A CS10 © Porto Editora

guinte, representa a reta de ajuste aos pontos


correspondentes às idades (em meses) e às mas­
Mat. (x) 12 13 14 16 16 17 17 18
sas (em quilogramas) de um bebé, ao longo dos
primeiros 10 meses de vida. Fís. (y) 10 15 12 15 15 15 15 17

263
2 Estatística

Avaliação global

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1 A tabela seguinte mostra as percentagens obtidas por oito estudantes em dois testes, um de
MACS e outro de Filosofia.

Estudante A B C D E F G H
M ACS 80 72 59 48 30 35 24 20
Filosofia 61 74 49 52 32 30 20 10

1.1. Determine a média x para a disciplina de MACS e a média y para a disciplina de Filosofia.

1.2. Desenhe o diagrama de dispersão.

1.3. No diagrama que desenhou, assinale o ponto de coordenadas (x , y) .

1.4. Com a ajuda da calculadora gráfica, obtenha a equação da reta de regressão e desenhe a reta
no gráfico já desenhado.

2 Num depósito, a altura da água varia de acordo com


o tabela seguinte.

H o ra do d ia 0 2 4 6 10 12 14 16
A ltu ra de água
10,0 9,5 9,0 8,0 6,0 4,0 3,5 3,0
(m )

Durante o dia não se introduz água no depósito.

2.1. Represente os dados num diagrama de disper­


são.

2.2. Use a calculadora para determinar o coeficiente de correlação e a equação da reta de regressão.

2.3. Comente o sinal e o valor absoluto do coeficiente de correlação.

2.4. Indique um valor aproximado da altura da água no depósito às cinco horas da manhã.

2.5. Quando a altura da água no depósito atinge 2,5 m um alarme é acionado.


Faça uma estimativa para a hora a que tocará o alarme.

3 A produção de tecidos, em quilómetros quadrados, de uma fábrica têxtil entre 2005 e 2014 foi a
seguinte.

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

10,0 12,0 13,0 16,8 19,1 25 25 22,1 22,5 24,2

3.1. Use a calculadora gráfica para obter uma equação da reta de regressão.

3.2. Qual é a produção que se espera para 2015?

3.3. Mantendo-se o mesmo ritmo de crescimento, em que ano se irão produzir 33 km2 de tecido?

264
2 .7 . Dados bivariados

Avaliação global

Na tabela seguinte encontram-se dados relativos ao número de horas de estudo de alguns alunos
de uma turma e a respetiva classificação numa ficha de avaliação de MACS.

N.° de horas de estudo (x) 1 15 12 3 7 2 8 4 10 8 11 6


Classificação em valores (y) 8 17 15 10 12 10 13 11 13 12 14 12

Recorrendo às potencialidades da calculadora gráfica, responda às seguintes questões.


(No seu caderno deve apresentar todas as listas introduzidas na calculadora e indicar a sequência
das principais teclas utilizadas para procurar cada um dos resultados.)
4.1. Determine o coeficiente de correlação linear, a imagem da reta de regressão e a respetiva
equação. Classifique o tipo de grau de associação existente entre as duas variáveis.
(Sempre que proceder a arredondamentos conserve duas casas decimais.)

4.2. Faça a estimativa:


a) do número de horas de estudo de um aluno que obteve a classificação de 9 valores.
b) da classificação de um aluno que tenha estudado cinco horas para a ficha.
(Sempre que proceder a arredondamentos conserve zero casas decimais.)

As despesas de um agregado familiar com tecnologia depen­


dem de muitos fatores.
Do ponto de vista socioeconómico, pode ser estudada a rela­
ção entre as despesas mensais com tecnologia e o rendimento
mensal do agregado. Para conhecer esta relação, recolhe­
ram-se aleatoriamente os dados relativos a 10 agregados
familiares.
Obtiveram-se os dados representados na tabela seguinte.

Agregado familiar A B C D E F G H I J
Rendimento
850 1800 1250 1200 1500 2500 1900 1550 2000 1100
mensal, € (x)
Despesas com
20 30 30 50 50 150 100 30 60 65
tecnologia, € (y)

Admita que as variáveis x e y estão associadas linearmente.


Utilize a calculadora gráfica para responder às questões seguintes.

5.1. Determine o coeficiente de correlação linear, com arredondamento às décimas.


Classifique o tipo e o grau de associação linear entre variáveis.

5.2. Faça uma estimativa do valor das despesas mensais com tecnologia de um agregado familiar
com um rendimento mensal de 1800 euros.
Apresente o resultado, em euros, com arredondamento às unidades.
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5.3. Considere a equação y = ax + b , da reta de regressão linear das variáveis em estudo.


Caderno
de Fichas
Determine a e b , recorrendo à calculadora. Apresente o resultado com duas casas decimais.
FT8
FT9

265
2 Estatística

Exercícios tipo exame

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i Utilizaram-se duas balanças diferentes para efetuar
cinco pesagens, em quilogramas, de uma mesma
pessoa, tendo-se obtido os resultados seguintes.

Utilize valores aproximados às centésimas.

1.1. Calcule a média, x , para os dados obtidos pela balança A .

1.2. Calcule a média, y , para os dados obtidos pela balança B .

1.3. Calcule o desvio-padrão, (sX) , para os dados obtidos para a balança A .

1.4. Calcule o desvio-padrão, (sy) , para os dados obtidos para a balança B .

1.5. Das duas balanças, qual é a que considera mais fiável? Justifique a sua resposta.

2 Realizou-se um inquérito a um grupo de alunos, representativos de um agrupamento escolar,


sobre a autoavaliação do desempenho escolar.

O gráfico circular seguinte, que apresenta os resultados obtidos, está incompleto.

Muito bom
25%
Suficiente
32%

Não responde
3%

Bom

2.1. Sabendo que 50 alunos responderam “Muito Bom’,' determine quantos alunos foram inqui­
ridos.

2.2. O número de alunos que responderam “Bom” é igual ao triplo do número de alunos que res­
ponderam “Insuficiente’!
Calcule a percentagem de alunos que responderam “Insuficiente”

266
Exercícios tipo exame

3 Uma certa balança p esa sempre mais 5 g do que o peso real.

P esaram -se nessa balança quatro laranjas, uma de cada vez, e


registou-se o seu p eso em gramas.

Obtiveram-se os seguintes dados.

210_________ 182_________ 205_________ 198

3.1. Determine a média dos dados obtidos.

3.2. Determine a média dos verdadeiros pesos de cada uma das quatro laranjas.

3.3. Compare o desvio-padrão dos dados obtidos pela balança com o desvio-padrão dos verda­
deiros p esos.

4 Selecionaram-se, aleatoriamente, 15 alunos que frequentam


a disciplina de MACS na escola da Inês, aos quais se pergun­
tou quantas peças de fruta tinham comido no dia anterior.

As respostas obtidas foram as seguintes.

1 1 2 3 4 1 2 1 3 1 1 3 4 4 5

4.1. Determine a média do número de peças de fruta que


cada aluno comeu nesse dia.

4.2. Determine a soma dos quadrados dos desvios entre os dados da amostra e a média.

4.3. Determine a variância e o desvio-padrão.


Apresente os resultados com aproximação às décimas.

4.4. Determine P 50, P 25 e P 75 e construa um diagrama de extremos e quartis.

5 Contou-se o número de folhas em cada uma de 150 plantas de


tabaco.

Os resultados estão registados na tabela seguinte.

N ú m e ro de folhas 17 18 19 20 21 22 23 24

N ú m e ro de plantas 3 22 44 42 22 10 6 1

5.1. Qual é a variável estatística em estudo?

5.2. Para o número de folhas dessas plantas calcule:


a) a média;
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b) a mediana;
c) o desvio-padrão;
d) a variância.

267
2 Estatística

M M A C S10 © Porto Editora


6 Num lar de idosos testou-se a resistência individual ao esforço físico. Para
tal, selecionaram-se dois grupos de indivíduos e submeteram-se a dois
aparelhos diferentes, bicicleta e passadeira.
Mediram-se os tempos, em minutos, até ao limite da resistência física.
Os resultados foram os seguintes:

B icicleta
7,5 8,7 9,2 9,8 10,9 11,1 12,2 12,8 13,5

P assadeira
8,7 13,2 13,8 14,7 15,5 16,2 16,2 17,8

Para qual dos aparelhos foi observada uma maior variabilidade de


tempos?

7 Os seguintes dados referem-se à duração, em minutos, do percurso casa-escola realizado num


determinado dia, por uma amostra aleatória de 32 alunos de uma escola secundária.

12 7 44 16 22 12 11 5
9 32 20 62 18 29 35 17
23 21 8 41 36 15 49 17
45 7 19 37 65 6 18 44

7.1. Construa um diagrama de caule-e-folhas relativo aos dados apresentados.


7.2. Determine os percentis 25 , 50 e 75 e construa um diagrama de extremos e quartis.
7.3. Determine, dos 30% de percursos com maior duração, aquele que tem menor duração.8*

8 Os valores a , b , c e d , indicados nos diagramas de extremos e quartis da figura seguinte, são as


medianas respetivas dos quatro diagramas.

0 1 2 3 4 5

Indique quatro amostras de dimensão 5 que possam ser representadas por cada um dos dia­
gramas.

268
Exercícios tipo exame

9 Na tabela seguinte estão registados dados relativos à idade (em meses) e à


altura (em centímetros) de 12 crianças de uma comunidade.

Id ad e 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
A ltu ra 74,9 76,2 77,0 78,4 78,1 79,3 79,9 81,7 80,9 81,3 82,1 86,5

Considere no eixo horizontal a variável idade.


Utilize a calculadora gráfica para responder às seguintes questões (utilize
aproximações às décimas).

9.1. Determine a média das idades e a média das alturas destas crianças.

9.2. Represente, num referencial cartesiano, a nuvem de pontos Pt (xt , y) e a reta t cuja equa­
ção, com aproximação dos coeficientes às centésimas, é dada por y = 0,82x + 60,41 .

9.3. Verifique que o ponto Q(x , y) pertence à reta t , utilizando aproximações às décimas.

10 Numa zona agrícola com um determinado declive foi realizado um estudo acerca da influência da
taxa de fluxo de águas pluviais (em litros por segundo), na erosão dos solos, através da quantidade
de massa de solo transportado (em quilogramas). Assim, foram feitas cinco medições das quais
resultaram os dados da tabela seguinte.

Taxa de flu xo (litro s p o r segundo) 0,31 0,85 1,26 2,47 3,75


Solo e ro d id o (kg) 0,82 1,95 2,18 3,01 6,07

10.1 . Qual deve ser a variável que deve colocar no eixo horizontal?
10.2. Utilize uma calculadora gráfica para resolver as questões seguintes.
a) Considerando a taxa de fluxo no eixo horizontal, represente a respetiva nuvem de pontos
num referencial ortogonal.
b) Determine, com aproximação às milésimas, a média dos valores de cada uma das amos­
tras representadas.
c) Determine um modelo de regressão linear, de equação y = ax + b , que se ajuste à nuvem
de pontos que obteve em 10.2. a). Considere a e b com duas casas decimais.1

11 Nos gráficos estão representadas três nuvens de pontos. Faça corresponder a cada gráfico um dos
coeficientes de correlação indicados:
r1 = - 0,25 , r 2= 0,76 e r3= - 0,84
Gráfico 1 Gráfico 2 Gráfico 3
M M A CS10 © Porto Editora

0 2 4 6 8 0 2 4 6 8 0 2 4 6 8
Justifique a sua resposta.

269
Estatística

Exercícios tipo exame

M M A C S10 © Porto Editora


12 O senhor Silva aquece a sua casa com gás natural. A quantidade de gás
utilizada depende da temperatura exterior e o senhor Silva pretende
fazer um estudo da respetiva despesa durante os nove meses em que
se observam temperaturas mais baixas, para poder estabelecer uma
previsão para os gastos em função da temperatura exterior.

Na tabela estão registadas as temperaturas médias observadas em


cada um dos meses (em graus Celsius) e o respetivo volume de gás
despendido pelo senhor Silva (em metros cúbicos).

M ês O ut N ov D ez Jan Fev M ar Abr M ai Jun

T e m p e ra tu ra (°C) 16,1 12,4 10,3 8,9 10,1 12,8 13,2 15,9 16,4

V o lu m e de gás (m 3) 0,01 0,10 0,24 0,26 0,19 0,09 0,05 0,03 0,01

12.1 . Qual deve ser a variável que deve colocar no eixo horizontal?
12.2. Utilize uma calculadora gráfica para responder às seguintes questões.
a) Represente os dados num referencial ortogonal e diga se é razoável a existência de uma
relação linear entre estas duas variáveis.
b) Determine a média dos valores de cada uma das amostras representadas.
Apresente os resultados com arredondamento às décimas.
c) Determine um modelo de regressão linear, de equação y = a x + b , que se ajuste à nuvem
de pontos que obteve em 12.2. a). Escreva a e b com duas casas decimais.
d) Utilizando a equação obtida em 12.2. c), determine qual é o consumo esperado para um
mês em que a temperatura média seja de 7 °C .

13 Na tabela ao lado estão representados dados rela­


8,3 15,7 15,1 8,9 14,4
tivos ao peso (kg) de 60 crianças do sexo m ascu­ 11,9 13,0 11,4 9,1 15,7
lino, com 20 meses de idade e acompanhadas 10,2 12,6 10,1 12,9 15,3
num determinado centro de saúde. 14,7 9,5 11,6 12,1 9,6
9,2 9,9 14,5 10,3 12,7
13.1. Agrupe os dados em classes de amplitude 2 .
15,1 10,4 16,2 11,6 8,1
13.2. Construa o respetivo histograma. 12,1 10,9 14,8 9,9 15,0

13.3. Utilizando o histograma, determine os percentis de ordem 10 , 15 , 50 , 75 e 85 .

13.4. Identifique a que percentil pertence o dado 11,4 .

13.5. Quantas crianças deste estudo têm peso inferior ou igual ao percentil 75 ?

13.6. Qual é a criança com peso mais elevado do conjunto das que têm os pesos 20% mais baixos?

13.7. Compare os valores obtidos com os valores ideais estabelecidos pela Organização Mundial
de Saúde, em 2006, e indicados na tabela seguinte.

P erc e n til 0,1 3 5 10 15 50 85 97 99,9

Peso (kg) 8,0 9,2 9,4 9,8 10,1 11,3 12,7 14,0 16,0

270
Exercícios tipo exame

14 A frequência cardíaca de um indivíduo é o número de pulsações


(batimentos cardíacos) por minuto.
Numa amostra de alunos de uma escola, formaram-se dois gru­
pos e mediram-se as pulsações dos elementos de cada grupo.
Os resultados obtidos estão apresentados na tabela ao lado.
14.1. Determine para cada um dos grupos: G rup o 1 G ru p o 2
Pulsação
(n ) (nò
a) a dimensão da amostra;
44 2 0
b) a média, com aproximação às centésimas; 45 3 2
c) o desvio-padrão, com aproximação às milésimas. 49 6 4
54 8 6
14.2. Construa, para cada um dos grupos, um diagrama de ex­ 58 4 3
tremos e quartis. 60 4 5
63 3 5
14.3. Determine, para cada um dos grupos, a amplitude inter- 66 4 8
quartis. 70 6 3
14.4. O que observou relativamente à dispersão dos dados para
72 5 6
75 4 8
cada grupo?
78 4 5
14.5. Construa, para cada grupo, um histograma em que as 80 2 3
classes tenham: 82 2 1
83 2 0
a) amplitude 10 ; 84 1 1
b) amplitude 5 . 85 1 2

14.6. De modo geral, as frequências cardíacas das mulheres são mais elevadas do que as dos homens.
Em qual dos grupos a percentagem de mulheres seria provavelmente superior à percentagem
de homens?

15 Uma cozinheira pesou 10 pacotes de manteiga e verificou que a média dos respetivos pesos era de
500 g , com variação entre cada pesagem, indicando um desvio-padrão de 25 g . Ela repetiu a expe­
riência com embalagens de arroz e verificou que a média dos pesos das embalagens de arroz era
5000 g , com variação de peso entre os pacotes representado pelo desvio-padrão de 100 g .
M a n te ig a A rro z
média = 500 média = 5000
desvio-padrão = 25 desvio-padrão = 100
Qual dos produtos apresentou uma maior percentagem de variação nos pesos?
Justifique a sua resposta.16

16 Foi feita uma pesquisa em relação à altura de alunos de uma turma. O resultado foi o seguinte:
dois alunos medem 156 cm , cinco alunos 162 cm , oito alunos 168 cm , seis alunos 174 cm e
quatro alunos 180 cm .
16.1. Construa uma tabela de frequências absolutas e relativas, simples e acumuladas.
M M A CS10 © Porto Editora

16.2. Determine:
a) a média das alturas dos alunos;
b) os desvios-padrão das alturas dos alunos, com aproximação às centésimas.

271
3. MODELOS FINANCEIROS
Um olhar sobre a História

Com as invasões, expansões e guerras de conquista começou


a s u rg ir a necessidade de tro ca r dinheiro, pois as moedas de
cada país só podiam ser aí usadas. É nesse período que s u r­
gem os cambistas, com erciantes que acum ulavam nas suas
transações e viagens m uito dinheiro exte rio r ao seu país de
origem , necessitando, depois, de cambiar, isto é, tro ca r esse
dinheiro. O cambista exercia a sua profissão sentado num
banco de m adeira nos mercados das cidades. Poderá advir daí
a origem das palavras "banqueiro" e "banco".
Assim, surgiu uma nova atividade que tinha origem na acum u­
lação de dinheiro: os cam bistas guardavam e em prestavam di­
nheiro por um determ inado período de tem po desde que,
quando o pagamento da dívida ocorresse, o credor pagasse um
juro pelo em préstim o concedido. O juro era entendido, então,
como uma “ compensação" pelo risco que corria quem em ­
prestava o dinheiro.
A tualm ente, os bancos desem penham um papel fundam ental
na sustentabilidade e equilíbrio de qualqu er economia. Essa
im portância tem vindo a acentuar-se por vários motivos, entre
eles o crescim ento do chamado consumo. De facto, nas ú lti­
mas décadas do século XX, houve um aum ento significativo do
consum o em todo o mundo, provocado pelo crescim ento po­
pulacional e, principalm ente, pela acum ulação de capital das
em presas que puderam expandir-se e oferecer os seus pro­
dutos através de anúncios publicitários que induzem o con­
sum o a todo o m om ento. H abitualm ente, designamos por
consum o o ato de a sociedade a d q u irir aquilo que é necessá­
rio para a sua subsistência. Relativam ente àquilo que não é
indispensável denom inam os por consum ism o (consumo de
produtos supérfluos).

John Forbes N ash Jr. (13 de junho de


1928-23 de maio de 2015) foi um mate­
mático norte-americano que trabalhou
com teoria dos jogos, geometria diferen­
cial e equações diferenciais parciais
como investigador na Universidade de
Princeton. Foi galardoado, entre outros,
com o Prémio Nobel da Economia em
1994 e o Prémio Abel (o “Nobel da Matemática”) em 2015. Tem a
sua vida retratada no filme Uma Mente Brilhante, do realizador
Ron Howard, vencedor de quatro Óscares®. Este filme mostra
Nash como um génio da matemática e um lutador incansável
contra a sua esquizofrenia.
.. J
MODELOS
FINANCEIROS

3.1. Impostos e inflação


3.2. Aplicações financeiras
3.3. Tarifários
iliW

Material
•Papel, lápis eborracha
•Calculadora
•Computador
■n Modelos financeiros

3.1. Impostos e inflação

Nas sociedades modernas e globalizadas, assentes no consumo e

M M A C S10 © Porto Editora


nas transações comerciais, deparamo-nos frequentemente
com questões que exigem uma solução de natureza
matemática. Estas situações surgem no nosso
dia a dia quando pretendemos comprar um
imóvel, um automóvel, um eletrodoméstico,
um smartphone ou uns sapatos, mas também
quando um trabalhador recebe um salário e efe­
tua os respetivos “descontos” para o Estado.
No nosso quotidiano, deparamo-nos com si­
glas como IVA, IRS, IUC ou IMI, ou com expres­
sões como inflação, índice de preços, impostos,
etc. Todos estes conceitos estão relacionados
entre si e têm, para além da sua natureza legal e
económica, uma relação muito estreita com a matemática.

Atividade inicial 1
r . . .
: |1 O preço dos combustíveis vai sofrer um novo aumento no dia 1 do próximo mês.

Preço em vigor P reço no p ró x im o d ia 1


(por litro) (por litro)
Gasóleo 1,359 € 1,386 €
G aso lin a sem ch um bo 95 1,584 € 1,616 €

Determine, com aproximação às unidades, a percentagem de aumento do preço dos combustíveis.

2 A Maria decidiu analisar a fatura das compras que a sua mãe fez
H ip e rm ercad o s B e s tp ric e
no hipermercado Bestprice. F a tu ra S im p lific a d a

N IF : P T 1 2 3 4 5 6 7 8 9
2.1. Determine o preço de cada produto sem o valor do IVA.
Imp. Produto Preço
23% CREM E VEGETAL P / BARRA 2 ,9 9
2.2. Se não existisse a taxa do IVA, quanto teria poupado a
6% IO G U R T E A R O M A P A C K 4 1 ,9 9

mãe da Maria? 6% S A L M A O P O S T A - 0 ,4 1 6 x 9 ,9 9 4 ,1 6

23% C H AM PO 500 M L 3 ,4 9

2.3. Se a taxa do IVA aumentasse 5% em todos os produtos, 13% A G U A M I N E R A L 1 ,5 L 0 ,6 5

qual seria o valor total da fatura? 23% TO ALH A BANHO 4 ,0 0

TOTAL A PAGAR 1 7 ,2 8

N u m e r á r io 2 0 ,0 0

T ro c o 2 ,7 2

IVA INCLUÍDO

274
3 .1 . Impostos e inflação

1. Impostos
Neste capítulo vamos analisar os seguintes impostos: IVA(Imposto sobre o Valor
Acrescentado), IRS (Imposto sobre o Rendimento das pessoas Singulares), IUC
(Imposto Único de Circulação) e IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis).

O Imposto sobre o V alor Acrescentado (IVA), introduzido em


1984, é um imposto que incide sobre a despesa ou consumo e
tributa o "valor acrescentado" das transações efetuadas pelo
contribuinte. Pagamos este imposto, por exemplo, sempre que
adquirimos bens, desde automóveis ou imóveis, às compras do
dia a dia, como livros, alimentos e medicamentos.
Em Portugal, segundo o Código do Imposto sobre o Valor Acres­
centado, desde o dia 1 de janeiro de 2011 (Lei n.° 55-A/2010, de 31
de dezembro), a taxa normal de IVAé de 23% . No entanto, existe
uma taxa de imposto reduzida, de 6% , onde constam alguns
produtos alimentares considerados de primeira necessidade,
livros ou produtos farmacêuticos e uma taxa intermédia de
13% , onde constam alguns produtos alimentares e entradas
em espetáculos de música, teatro ou cinema. Existe ainda um
Regime Especial de Isenção para determinados bens e serviços
(taxa a 0%) como, por exemplo, a prestação de serviços médicos.

Num problema que envolva IVA podem surgir quatro valores:


■ o valor onde incide o imposto;
■ a percentagem de IVA;
■ o montante do imposto;
■ o valor final.

Quando são conhecidos dois desses valores, conseguimos sempre determinar


os restantes.

O utros im postos
(em vigor em 2014)

Im po sto sobre o R en d im en to das Pessoas Coletivas (IRC): imposto aplicado


ao rendimento das empresas a trabalhar em Portugal.
Im po sto do Selo : é o imposto mais antigo em Portugal (1660); incide sobre os
atos, contratos, documentos, títulos, livros, papéis e outros factos, previstos na
Tabela Geral e não sujeitos ou isentos de IVA.
C o n trib u ição E x tra o rd in á ria de S o lid aried ade (CES): tributo que incide
M M A CS10 © Porto Editora

sobre as pensões acima de um determinado montante.


C o n trib u ição a u dio visu al : a taxa usada para fornecer o financiamento para a
televisão e para a rádio públicas.

275
■n Modelos financeiros

E xem plo 1 IVA

O João leu a seguinte notícia num jornal diário:

“A maioria parlamentar na Assembleia da República aprovou esta terça-feira o aumento do IVA na restauração,
entre muitos outros produtos, que deixa de estar sujeito a uma taxa de 13% , passando para 23% .”
Jorn al d e Notícias, 29 de novembro de 2011

Como é dono de um restaurante, o João decidiu logo alterar o preço das refeições diárias que serve à hora do
almoço. Sabendo que o preço de uma refeição era de 6 euros, responda às questões que se seguem.

1.1. Qual o montante de IVA que o cliente pagava antes da alteração?

1.2. Qual será o preço da refeição diária depois da alteração da taxa?

Resolução

1.1. O preço com IVA de 13% incluído é de 6 euros, o que significa que 6 euros correspondem a 113% do
preço base da refeição.
6 euros --------------- 113%
x ----------------- 100%

Assim, x = 6 * 1 00 = 6 0 0 “ 5,31 € (preço da refeição sem IVA).

O cliente pagava 6 - 5,31 = 0,69 € de IVA.

1.2. Preço da refeição sem IVA: 5,31 €

Como o IVA passou para 23% , temos que calcular 23% de 5,31 € , ou seja, 0,23 x 5 ,3 1 « 1,22 € .
Assim, a refeição passará a custar 5,31 + 1,22 = 6,53 € .

E xercício 1

Numa superfície comercial do ramo alimentar, os preços marcados nos produtos não incluem o IVA.
Copie para o seu caderno e complete a tabela seguinte, onde estão os preços de três desses produtos, bem
como a respetiva taxa do IVA.

P ro du to Preço m a rc ad o ( € ) IV A Preço fin a l ( € )

Manteiga 23% 2,00

Frango 2,88 3,05

Leite 0,60 6%

Atividades
complementares

Pág.284
6 7
8 10

276
3.1. Impostos e inflação

IRS
O Im posto sobre o R endim ento das pessoas S in ­
g u la re s (IRS) é o imposto que tributa o valor
anual dos rendimentos e vigora em Portugal
desde 1989. O cálculo deste imposto de­
pende de vários fatores como o rendimento
bruto, o local onde esses rendimentos
foram obtidos e as deduções específicas
de cada família.
Ao subtrairmos as deduções específicas ao
rendimento bruto determinamos o chamado
rendimento coletável, que é, por exemplo, di­
vidido por dois no caso de um casal sem filhos,
sendo sobre esse valor que incidem as taxas de IRS.
Estas taxas, que já sofreram várias alterações ao longo dos anos, são organiza­
das em tabelas de retenção na fonte, como a apresentada a seguir, e publicadas
* Observação no Diário da República.*3
O IRS é definido de forma a
que sejam aplicadas taxas Taxas de IRS para 2014
de imposto mais altas às
Continente Madeira Açores
famílias com rendimentos
mais elevados. Rendimento coletável Taxa Parcela Taxa Parcela Taxa Parcela
Exemplos de deduções: (em euros) (%) a abater (%) a abater (%) a abater
despesas de saúde e de Até 7000 14,50 - 14,50 - 11,60 -
educação, seguros de vida,
De mais de 7000 a 20 000 28,50 980 28,50 980 22,80 784
aluguer de habitação,
planos de poupança De mais de 20 000 a 40 000 37,00 2680 37,00 2680 29,60 2144
reforma (PPR), etc. De mais de 40 000 a 80 000 45,00 5880 45,00 5880 36,00 4704

E xem plo 2 IRS


A Paula e o Gustavo são casados, não têm filhos e residem em Faro.
Em 2014 auferiram um rendimento global de 53 850 euros.
Sabendo que não vão fazer qualquer dedução sobre esse valor, responda às questões que se seguem.
2.1. Qual a taxa de IRS a que está sujeito o rendimento do casal? 2.2. Quanto terão de pagar de IRS?

Resolução
2.1. Como se trata de um casal sem filhos: 53 850 : 2 = 26 925 euros. Consultando a tabela, vemos que a este
valor corresponde uma taxa de 37% .
2.2. Taxa: 37% (parcela a abater: 2680 euros) 26 925 x 0,37 - 2680 = 7 282,25 euros
3 3 3
(Rendimentocoletávelx taxa- parcelaa abater)
Como se trata de duas pessoas, o valor a pagar é: 7282,25 x 2 = 14 564,50 € .

E xercício 2 ™ _
At dades
complementares

g Determine o valor de IRS a pagar por uma pessoa solteira, a residir nos Açores, com um rendimento Pás-285/286
coletável de 12 500 euros. Considere que não existem deduções a efetuar.

277
■n Modelos financeiros

O Imposto Único de Circulação (IUC) é um imposto


anual, que entrou em vigor em 2007 e incide sobre
a propriedade de veículos.
Este imposto depende do tipo de veículo, das
emissões de CO2 , da antiguidade, do combus­
tível utilizado e da cilindrada do motor.

As tabelas de 2014 que se seguem são referen­


tes a veículos ligeiros de passageiros, a gaso­
lina e com matrícula a partir de 1 de julho de
2007.

Veículos a gasolina matriculados a partir de 1 de julho de 2007 (inclusive)


Cilindrada Taxa Emissões de CO2 Taxa
Até 1250 cm3 28,15 € Até 120 g/km 57,76 €
Mais de 1250 cm3 Mais de 120 g/km
56,50 € 86,55 €
até 1750 cm3 até 180 g/km

Mais de 1750 cm3 Mais de 180 g/km


112,89 € 187,96 €
até 2500 cm3 até 250 g/km
Mais de 2500 cm3 386,34 € Mais de 250 g/km 321,99 €
* Observação
O IUC é um imposto anual Ano da matrícula 2007 2008 2009 2010 e seguintes
que incide sobre a Coeficiente 1,00 1,05 1,10 1,15
propriedade (e não sobre
a circulação), pago até o Fonte: Portal das Finanças
veículo ser abatido e
atualizado todos os anos Para calcular o IUC a pagar deve-se determinar o produto do coeficiente do ano
em janeiro. É o imposto da matrícula pela soma da taxa correspondente à cilindrada com a taxa das
que substitui o antigo emissões de CO2 .
selo do carro.

E xem plo 3 IUC


O Sr. Matias é proprietário de um automóvel ligeiro de passageiros, a gasolina e com 1900 cm3 de cilindrada.
A matrícula do automóvel é de dezembro de 2009 e as emissões de CO2 são de 130 g/km .
Quanto vai pagar de IUC o Sr. Matias?

Resolução
112,89 + 86,55 = 199,44 euros (taxa de cilindrada + taxa de emissões CO2)
Como o automóvel é de 2009, o coeficiente a aplicar é 1,10 . Assim, 1,10 x 199,44 = 219,38 euros (valor do IUC).

E xercício 3 AU TO M Ó VEL COM O NOVO

Ligeiro c/ 5 portas
O Luís pretende comprar um automóvel usado. Combustível: Gasolina
Ao passar num stand viu o anúncio reproduzido ao lado. Cilindrada: 1600 cm3 Atividades
complementares
Ano: 2013
Caso o Luís decida comprar o automóvel, quanto pagará de Imposto Único Km: 80 000 Pág. 284

de Circulação? Emissões CO2: 119 g/km |9

278
3 .1 . Impostos e inflação

O Imposto M unicipal Sobre Im óveis (IMI) in­


cide sobre o valor patrimonial tributário dos
prédios rústicos e urbanos.

Poderá ser pago pelo proprietário, usufru­


tuário ou superficiário (adquiriu o direito de
superfície pelo proprietário) do prédio.

O valor patrimonial tributário é determi­


nado por avaliação, tendo por base o tipo de
prédio.

Segundo o Portal das Finanças, o v a lo r p a trim o n ia l trib u tá rio dos prédios


* Observação
u rbanos re s u lta da expressão:
O IMI é um imposto
municipal, cuja receita Vt = Vc x A x Ca x Cl x Cq x Cv , em que:
reverte para os respetivos
municípios. Vt = valor patrimonial tributário;
Para efeitos do Código do
Vc = valor base dos prédios edificados;
IMI, prédio é toda a fração
de território, abrangendo as A = área bruta de construção mais a área excedente à área de implantação;
águas, plantações, edifícios
e construções de qualquer Ca = coeficiente de afetação;
natureza nela incorporados
ou assentes, com carácter Cl = coeficiente de localização;
de permanência, desde que
faça parte do património Cq = coeficiente de qualidade e conforto;
de uma pessoa singular
ou coletiva e tenha valor Cv = coeficiente de vetustez.
económico.

De facto, para determinar o valor patrimonial tributário são necessárias muitas


* Observação informações tais como o tipo de prédio, a localização, a área bruta, o valor dos
As Finanças garantem que imóveis envolventes, etc. Por uma questão de simplicidade, não vamos incluir
os valores patrimoniais este cálculo no nosso estudo.
tributários de todos os
imóveis portugueses são Para calcular o IMI a pagar é necessário saber o valor do imóvel (valor patrimo­
atualizados de três em três
anos. nial tributário ) para depois multiplicar esse número pelo imposto aplicável no
Os proprietários podem respetivo município.
pedir a revisão do valor
patrimonial tributário do Taxas de IMI em alguns municípios (2014)
seu prédio urbano
M M A C S10 © Porto Editora

gratuitamente, dentro dos Arganil 0,38% Faro 0,50%


termos da lei, e a Autoridade Barcelos 0,35% Manteigas 0,30%
Tributária disponibiliza um
simulador deste valor no Braga 0,35% Torres Vedras 0,40%
Portal das Finanças. Coruche 0,40% Vizela 0,50%

279
■n Modelos financeiros

E xem plo 4 IMI

O Sr. José é proprietário de u m apartam ento situado no concelho de Torres Vedras, com valor patrim o nial
tributário de 75 000 euros.
D eterm in e o valor do IM I que o Sr. José teve de pagar em 2014.

Resolução
D e acordo com a tabela relativa ao IM I, apresentada atrás, no m u n icípio de Torres Vedras a taxa a aplicar foi
de 0,40% .
0,40
0,40% X 75 000 = X 75 000 = 0,0040 X 75 000 = 300
100

Assim, o Sr. José teve de pagar 300 euros de IM I.

E xercício 4

A D. Joana é proprietária de um a casa n u m dos concelhos que constam da tabela apresentada atrás. Em
2014, pagou 360 euros de IM I.

Arganil Barcelos Braga

Coruche Faro Manteigas

Sabendo que o valor patrim o­


n ial tributário da casa é de
120 000 euros, determ ine em
qual dos concelhos apresenta­ Atividades
complementares
dos se situa o imóvel. Pag. 285

Caderno
de Fichas

Torres Vedras Vizela FP19

280
3 .1 . Impostos e inflação

2. Inflação
M

“A inflação e a deflação são fenómenos económicos importantes com conse­


quências negativas para a economia. Basicamente, a inflação define-se como
sendo um aumento geral, ou abrangente, dos preços dos bens e dos serviços du­
rante um período prolongado que resulta num decréscimo do valor da moeda e,
consequentemente, do seu poder de compra.

A deflação é muitas vezes definida como sendo o oposto da inflação, isto é, como
uma situação em que o nível geral de preços desce durante um período prolon­
gado.

Quando não existe inflação, nem deflação, pode dizer-se que existe estabilidade
;
de preços, se, em média, os preços não subirem nem descerem e permanecerem
estáveis ao longo do tempo. Se, por exemplo, com 100 euros se compra o mesmo
cabaz de bens que há um ou dois anos, então pode dizer-se que existe uma situa­
-
ção de estabilidade de preços absoluta"
Fonte: páginada Internet do Banco Central Europeu

* Observação
Ainflação dos preços no Para determinar o valor da inflação utiliza-se o denominado Índice de Preços no
consumidor nos países da Consum idor (IPC). Os índices de preços no consumidor - utilizados para verificar
União Europeia é calculada a estabilidade dos preços em geral - são compilados uma vez por mês recor­
todos os meses pelo
Eurostat. O Índice rendo ao que se designa por cabaz de artigos. Este cabaz contém uma ampla
Harmonizado de Preços no variedade de produtos ou serviços habitualmente consumidos por uma família
Consumidor (IHPC) representativa, tais como, produtos alimentares, gasolina, jornais, vestuário,
compreende, em média,
eletrodomésticos, arrendamento, cabeleireiro, etc.
cerca de 700 bens e
serviços, refletindo a O preço total do cabaz de artigos, como uma medida do nível geral de preços, é
despesa média das famílias
depois verificado periodicamente para ver quanto é que os preços estão a subir
da Zona Euro.
ou a descer.
Em Portugal, o IPC é
calculado mensalmente No nosso estudo, vamos analisar apenas o caso do cálculo do IPC anual onde se
pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE). considera sempre um determinado ano-base (ano em relação ao qual se vai efe­
tuar a comparação). Também em relação à taxa de inflação, vamos abordar ape­
nas a que se refere a comparações anuais.

* Observação O IPC num determ in ado ano A é calculado da seguinte forma:


Havendo uma descida dos
preços estamos, então,
preço do cabaz no ano A
perante a deflação (inflação IPC (A) x 100
negativa). preço do cabaz no ano-base
Evolução da taxa de
inflação anual em Portugal
de 2010 a 2013: Repare que o IPC no ano base é 100 .

2010 1,4% A taxa de inflação no período compreendido entre os anos X e Y é calculada da


2011 3,65% seguinte forma:
2012 2,77%
2013 0,27% IPC (Y)- IPC (X) „„„
-----—--------— x 100
Fonte: PORDATA IPC (X)

281
■n Modelos financeiros

E xem plo 5 IPC e taxa de inflação


Na tabela seguinte estão listados os produtos de um cabaz e as quantidades consumidas em determinado
ano (ano-base) e nos dois anos subsequentes, X e Y . O exemplo inclui apenas pão, café, cortes de cabelo e
um casaco de inverno.

Quantidades Preço (ano-base) Preço(ano X) Preço(ano Y)


adquiridas por por por
no ano-base total total total
unidade unidade unidade
150 pães 1,50 € 225 € 1,30 € 195 € 1,60 € 240 €
100 cafés 2,40 € 240 € 2,40 € 240 € 2,15 € 215 €
12 cortes de cabelo 20,00 € 240 € 22,00 € 264 € 23,00 € 276 €
1 casaco de inverno 145,00 € 145 € 176,00 € 176 € 160,00 € 160 €
Custo total do cabaz 850 € 875 € 891 €
IPC 100,0 102,9 104,8
Taxa de inflação 2,9% 1,8%

Resolução

Vejamos como foi determinado o IPC e a taxa de inflação.


O IPC do ano base é sempre 100 .

Determinação do 875
IPC (X) = — X 100 « 102,9
IPC do ano X w 850
Determinação do 891
IPC (Y) = 8 9 1 X 100 « 104,8
IPC do ano Y 850
Taxa de inflação no IPC (X) - IPC (base) 102,9 - 100
período compreendido - - X 100 = X 100 = 2,9%
IPC (base) 100
entre o ano X e o ano-base
Taxa de inflação no IPC (Y) - IPC (X) 104,8 - 102,9
período compreendido ■ - X 100 = X 100 = 1,8%
IPC (X) 102,9
entre o ano X e o ano Y

E xercício 5
Complete a tabela seguinte, no seu caderno, referente à determinação dos IPC e taxas de inflação, em três anos
consecutivos, num determinado país. Os preços, em euros, apresentados referem-se a quantidades variáveis
de cada produto que constitui o cabaz. Se proceder a arredondamentos, conserve uma casa decimal.

Cabaz Preço (2007) Preço (2008) Preço (2009)


Roupa 300 350 335
Leite 95 107 116
Arroz 125 126 125
Gasolina 650 700 680 Atividades
complementares
Custo do cabaz
Pag. 286
IPC 100 16 17

Taxa de inflação Caderno


de Fichas

Comente os valores obtidos para as taxas de inflação em 2008 e em 2009. FP20

282
3 .1 . Impostos e inflação

Síntese

IMPOSTOS

IV A É um imposto que incide sobre a despesa ou consumo e


Im p o s to sobre o tributa o “valor acrescentado” das transações efetuadas
V a lo r A crescentado pelo contribuinte.

Em Portugal, a taxa normal de IVA é de 23% . Contudo


existem duas taxas especiais (uma taxa reduzida de 6% e
uma taxa intermédia de 13% ) para determinados produ­
tos e serviços.
Pág. 275

IRS É um imposto que tributa o valor anual dos rendimentos.


Im p o s to sobre o R e n d im e n to O cálculo deste imposto depende de vários fatores como o
das pessoas S ingulares rendimento bruto, o local onde esses rendimentos foram
obtidos e as deduções específicas de cada família.
Pág. 277

IU C É um imposto que incide sobre a propriedade de veículos.


Im p o s to Ú n ic o Este imposto depende do tipo de veículo, das emissões de
de C ircu lação CO2 , da antiguidade, do combustível utilizado e da cilin­
drada do motor.
Pág. 278

IM I É um imposto que incide sobre o valor patrimonial tribu-


Im p o s to M u n ic ip a l tário dos prédios rústicos e urbanos. O valor patrimonial
Sobre Im ó v e is tributário é determinado por avaliação, tendo por base o
tipo de prédio.
Pág. 279

INFLAÇÃO

Ín d ic e de Preços n o C o n s u m id o r IP C n u m d e te rm in a d o ano A
(i p c )
. , preço do cabaz no ano A
IPC (A) = F v x 100
preço do cabaz no ano-base
Pág. 281

Taxa de In fla ç ã o Taxa de in fla ç ã o no período compreendido entre os anos


X e Y
IPC (Y) - IPC (X)
w w x 100
M M A CS10 © Porto Editora

IPC (X)
Pág. 281

283
■n Modelos financeiros

Atividades complementares

M M A C S10 © Porto Editora


No próximo fim de semana, uma loja de infor­ 9 O Filipe viu o seguinte anúncio num stand de
mática vai vender todos os seus artigos sem co­ automóveis online.
brar o valor do IVA (23%).
USADO Ligeiro
Sabendo que um computador portátil custava Combustível: Gasolina
de passageiros
499 euros, determine:
6.1. o valor do IVA; Potência: 105 cv Km: 120 000

6.2. o preço final do computador portátil.


Emissões CO2: 119 g/km Ano: 2008

A Susana está de férias nos Açores e comprou Cilindrada: 1905 cm3 Mês: Dezembro
umas lembranças para oferecer aos seus fami­
liares. No total gastou 120 euros. Preço* : 12 500 euros (ou em prestações mensais
de 280 euros durante 48 meses)
Na Região Autónoma dos Açores, a taxa do IVA
* com IVA incluído.
para produtos como os que a Susana comprou é
de 18% (taxa normal).
9.1. Qual será o valor anual do IUC deste auto­
Calcule quanto gastaria a Susana caso a taxa de
móvel? Consulte as tabelas do IUC na pá­
IVA fosse igual à de Portugal continental (23%).
gina 278.

8 Analise a seguinte fatura de compras efetuadas 9.2. Caso decida comprar a pronto, quanto pa­
numa farmácia. gará de IVA?

9.3. Caso decida comprar a prestações, quanto


------------------------------------------------------- O rig in a l
FATURA N .: pagará a mais relativamente ao preço pu­
Venda n .: 14-10-2013 blicitado?

Nome:
10 Em 2011, a taxa normal do IVA subiu de 21%
Produto
PVP PRef Qt Corap Liquido IVA para 23% , enquanto que a taxa sobre os produ­
tos de primeira necessidade se manteve nos 6% .
Pre B utlx Locao Insectos 25X 100 Ml
10,50 0 ,0 0 1 0 ,0 0 10,50 23X
Paracetamol Generis MG, 1000 mg x 18 co
1,80 1,49 1 0 ,0 0 1,80 6X
Ibuprofeno A lte r MG, 600 mg x 20 comp r
2 ,43 2,01 1 0 ,0 0 2 ,4 3 6X
A erius, 5 mg x 20 comp orodlsp
5 ,00 5 ,1 9 1 0 ,0 0 5 ,0 0 6X
P iz Buln A lle rg y Spray Spf50+ 200 Ml
19,35 0 ,0 0 1 0 ,0 0 19,35 23*

T o ta l(E u ro s ): -----------
T o tais de IV A :____________________________
Taxa V alor V alo r IVA Liquido
6% _____ _____
23X 24,27 5 ,5 8 ______

Im portância Liquidada Antes do aumento do IVA (de 21% para 23%),


um computador custava 1500 euros com IVA in­
Determine os valores em falta nos campos cluído. Atendendo ao aumento referido, qual é
“Total” e “Totais de IVA’: agora o custo do computador?

284
3 .1 . Impostos e inflação

Atividades complementares

O Sr. Silva é mediador imobiliário. Quando vende 13 Analise o excerto da notícia publicada no Diário
um imóvel recebe sempre 8% do valor da tran­ de Notícias de 16 de outubro de 2012:
sação sem IVA. “Segundo o Jornal de Negócios, quem apostar
Na semana passada intermediou a transação de em jogos sociais explorados pela Santa Casa
um imóvel em Arganil. O valor da transação foi da Misericórdia e ganhar, vai ficar à cabeça
de 85 000 euros.
sem 20% do prémio, sempre que ele exceda
11.1. Quanto recebeu o Sr. Silva? os cinco mil euros. Estão em causa os jogos
sociais do Estado como o euromilhões, lota­
11.2. Supondo que o valor patrimonial tributário
ria nacional, lotaria instantânea, totobola, to-
do imóvel é de 85 000 euros, determine
quanto irá pagar de IMI o novo proprietá­ togolo, totoloto e ojoker, que são geridos pela
rio. Consulte a tabela com as taxas de IMI Santa Casa e que, até agora, estavam isentos
na página 279. de tributação, pelo menos no que aos pré­
mios dizia respeito - pagava-se imposto, sim,
mas apenas pela aposta em si e nem se dava
por ele, porque já estava incluído no preço.”
Os recibos verdes eletrónicos entraram em vigor
a 1 de dezembro de 2010 e devem ser preenchi­ 13.1. Na semana passada, a Constança foi con­
dos e emitidos obrigatoriamente no Portal das templada com o 1.° prémio no valor de
Finanças na Internet. No exemplo que se segue 12 milhões de euros.
está uma amostra de um recibo verde por preen­ Quanto vai receber efetivamente depois de
cher. deduzido o imposto?

De acordo com os dados do recibo abaixo apre­ 13.2. Se as regras mudassem e fosse cobrada a
sentado, determine a importância recebida por taxa de 20% apenas ao valor que excede
um serviço prestado de valor base 1280 euros. os 5000 euros, qual o valor do imposto
Considere que o imposto do selo é de 5 euros. num prémio de 6500 euros?
M M A CS10 © Porto Editora

285
■n Modelos financeiros

Atividades complementares

M M A C S10 © Porto Editora


Determine qual a taxa de inflação no período
A Liliana e o Vítor são casados, não têm filhos e
compreendido entre os anos de 2001 e 2002.
residem em Viseu.
Apresente o resultado com duas casas decimais.

17 A tabela seguinte contém os IPC (Índice de Pre­


ços no Consumidor) do Calçaquistão relativos
aos anos de 2013 a 2015.

IP C 2 013 2014 2015

ja n 100 100,5 102,1

fev 99,5 100 101,5


Em 2014, obtiveram rendimentos de 12 000 e
8500 euros, respetivamente. Sabendo que não m ar 100,5 101,5 103,4
vão fazer qualquer dedução sobre esse valor,
responda às questões que se seguem. abr 100,5 101 103,6

14.1. Qual a taxa de IRS a que está sujeito o ren­ m ai 101 102,1 103
dimento do casal? (Consulte as tabelas da
página 277). ju n 101,4 103,4 103,2
14.2. Quanto terão de pagar de IRS?
ju l 101,5 103,4 103,5

O Nuno leu num jornal que a inflação irá subir ago 102,3 103,8 104
1,5% no próximo ano.
set 102 103 104,1
Se os vencimentos acompanharem a subida da
inflação, quanto passará a ganhar o Nuno, sa­ out 101,8 102,8 104,3
bendo que aufere um salário de 750 euros?
nov 102 103,1 104,1

6 Em 2001, o Índice de Preços no Consumidor


dez 103 103,2 104,5
(IPC) num determinado país foi de 103,2 . No
ano seguinte foi calculado um IPC igual a 104,8 .
17.1. Determine a taxa de inflação nos períodos
compreendidos entre:
a) os anos de 2014 e 2015. Comece por cal­
cular, com aproximação às décimas, os
IPC médios anuais de 2014 e 2015.
b) os meses de outubro e novembro de
2014.

17.2. Considerando que em junho de 2013 um


cabaz de compras custava 110,50 euros,
quanto se teria de pagar em junho de 2015
pelo mesmo cabaz?

286
3 .1 . Impostos e inflação

Avaliação global

1 O Bruno comprou uns auscultadores sem fio. Com IVA incluído (23%), os auscul­
tadores custaram 49,99 euros.
1.1. Quanto pagou de IVA?
1.2. Quanto custavam os auscultadores sem o valor correspondente ao IVA?

2 Um determinado país decidiu cobrar um imposto a todos os salários brutos acima de 1500 euros.
A lei estabelece que o imposto, com uma taxa de 8% , incide sobre o valor que excede o limite de
1500 euros.
A Joana tem um vencimento bruto mensal de 1650 euros. Quanto vai pagar de imposto?

3 Consultando as devidas tabelas (pág. 277), determine o valor de IRS a pagar por um casal, sem fi­
lhos, a residir no Minho e com um rendimento coletável de 24 000 euros. Considere que não
existem deduções a efetuar.

O Sr. Martinho é proprietário de um automóvel ligeiro de


passageiros, a gasolina e com 1400 cm3 de cilindrada.
O automóvel foi matriculado em fevereiro de 2011 e emite
110 g de CO2 por quilómetro.
Consultando as devidas tabelas (pág. 278), quanto vai pagar
de IUC o Sr. Martinho?

5 A D. Lídia é proprietária de uma moradia situada no concelho de Braga.


Mediante uma avaliação da Finanças, o valor patrimonial tributário da moradia foi estabelecido
em 165 000 euros.
Consultando as devidas tabelas (pág. 279), determine o valor do IMI que a D. Lídia pagou em 2014.

6 Com base na tabela seguinte, determine o Índice de Preços no Consumidor (IPC) em 2030.
Considere que o ano base é o ano anterior, ou seja, 2029.

Preço / D P reço / D
C abaz
(2029) (2030)
Vestuário 400 550
Batatas 110 105
Arroz 150 165
Eletricidade 750 900
Água 350 350

Em 1990, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) num determinado país foi de 101,6 .
M M A CS10 P Porto Editora

No ano seguinte foi calculado um IPC igual a 103,2 .


Determine, com aproximação às centésimas, qual a taxa de inflação no período compreendido
entre os anos de 1990 e 1991.

287
■n Modelos financeiros

3.2. Aplicações financeiras

Termos como contas a prazo, depósitos, taxas de juro,

M M A C S10 © Porto Editora


crédito, débito, poupanças ou empréstimos estão
presentes sempre que se fala de bancos, de fi­
nanças, de economia e de dinheiro.
Sempre que abrimos uma conta (a prazo)
num banco e lá depositamos dinheiro, esta­
mos necessariamente a efetuar um emprés­
timo a esse banco. Ao fim de um período de
tempo predeterminado, o banco pagará um
determinado valor pela utilização do nosso di­
nheiro. O contrário também se verifica, ou seja,
ser o banco a emprestar-nos dinheiro e depois
cobrar um determinado valor por esse empréstimo.

Atividade inicial 2
r ..................................................................................
A Sandra recebeu dos pais, no dia do seu 16.° aniversário, 400 euros. Os pais da Sandra queriam incen­
1
tivar a filha a poupar e então propuseram-lhe o seguinte: “Se nos deixares guardar o dinheiro que te
demos, a partir desta data e no final de cada mês damos-te sempre 8% de 400 euros.”
1.1. Quanto teria a Sandra ao fim de meio ano?

1.2. Quando fizer 18 anos, os pais da Sandra vão devolver-lhe os 400 euros. Supondo que não gas­
tou o dinheiro que recebeu ao longo de dois anos, quanto terá no total?

O Sr. Tomás pediu, a um familiar, um empréstimo de 2000 euros. Ficou acordado que a taxa anual
seria de 5% .
2.1. Quanto devia o Sr. Tomás ao fim de um ano?

2.2. Ao fim de um ano, o Sr. Tomás não conseguiu pagar o valor do empréstimo nem o valor corres­
pondente à taxa anual, tendo que prolongar o empréstimo por mais um ano, agora com uma
taxa de 10% . Quanto devia no final dos dois anos de empréstimo?

O Fonseca é engenheiro informático numa empresa do ramo das tecnologias educativas.


No final do primeiro ano de trabalho, viu o seu salário aumentado em 4% . Ao fim de c m
dois anos de trabalho na empresa, o Fonseca foi recompensado com um novo
aumento, agora de 8% . Sabendo que, quando entrou para a empresa, o
Fonseca ganhava 800 euros, responda às questões que se seguem.
3.1. Podemos afirmar que, em dois anos, o Fonseca foi aumentado 12% ?
Comente a sua resposta.
3.2. Qual foi, em percentagem, o aumento no salário do Fonseca ao fim de
dois anos?

288
3 .2 . Aplicações financeiras

1. Juros
Vamos com eçar por clarificar alguns term os muito usados no mundo das finan­
ças e da atividade bancária.

Capital: é o dinheiro que se pede emprestado ou que se aplica/investe.

Juro : é, simplesmente, o preço ou valor do dinheiro. O juro é dado pelo mon­


tante pago pelo dinheiro que se pede emprestado ou pelo montante que
se recebe quando se faz uma aplicação financeira.
O juro está presente na generalidade das operações financeiras que per­
mitem ao cliente:
■ pedir um empréstimo, com o objetivo de adquirir ou financiar algo para
o qual não dispõe de dinheiro suficiente no momento, pagando um juro
à instituição de crédito;
■ aplicar o seu dinheiro, constituindo, por exemplo, um depósito bancário
* Observação por um determinado período de tempo, recebendo um juro que repre­
A Euribor é a principal taxa senta a remuneração do capital aplicado.
de juro de referência do
Fonte: Portal do Cliente Bancário(Banco de Portugal)
mercado monetário do
Euro. É o indexante de
referência para os créditos Taxa de juro: é o juro produzido por 100 unidades de capital numa unidade de
com taxa de juro variável. tem po e representarem os por i . Exprim e-se, habitualm ente, na
form a de percentagem (% ).

Conta à ordem : é o produto-base que os bancos disponibilizam, permitindo que


os clientes guardem o seu dinheiro, m antendo-o disponível para
* Observação a gestão do seu dia a dia, ou seja, o cliente pode sem pre movi­
Ospread é determinado m en tar o seu dinheiro.
pela instituição de crédito,
designadamente em Conta a prazo: um depósito a prazo pode ser considerado um empréstimo que um
função do seu custo de indivíduo faz a um banco, recebendo juros como contrapartida.
financiamento, do risco de
crédito do cliente e da Spread: é uma componente da taxa de juro, definida pelo banco, contrato a con­
relação entre o montante
trato, quando concede um em préstim o.
do empréstimo e o valor
do imóvel, por exemplo.
No nosso estudo vamos estudar dois tipos de juro: o sim ples e o composto.

MMACS10-19 289
■n Modelos financeiros

Juro simples (Regime de Capitalização Simples - RCS)


Chama-se ju ro sim ples quando o valor do juro não é capitalizado, ou seja,

M M A C S10 © Porto Editora


Diferenças entre a
quando o juro não rende juros nos vencimentos da aplicação.
abordagem deste manual
e a dos bancos
Imaginemos que fazemos um depósito a prazo com um rendimento anual de
■ Na realidade, o juro que
o cliente de um banco 3% (taxa de juro simples). Isso significa que, no final do ano, o valor dos juros é
recebe não é exatamente depositado na conta à ordem, mantendo-se o valor da conta a prazo inalterado e
o obtido usando este iniciando novo período de um ano a render o juro estipulado de 3% .
modelo. Esse juro está
sempre sujeito a um
imposto (IRS ou IRC) que,
em 2014, era de 28% . Por exemplo, considere-se um capital inicial de 600 euros e uma taxa de juro
O juro que o cliente simples de 3% .
efetivamente recebe
designa-se por juro
líquido (valor do juro Final do 1.° ano: 600 + 0,03 x 600 = 618 euros
deduzido do imposto).
■ Usualmente, os bancos
Final do 2.° ano: 600 + 0,03 x 600 + 0,03 x 600 =
fazem os cálculos como
se o ano tivesse 360 dias. = 600 + 2 x 0,03 x 600 = 636 euros
Neste manual, vamos
considerar que o ano tem
365 dias. Final do 3.° ano: 600 + 0,03 x 600 + 0,03 x 600 + 0,03 x 600 =
= 600 + 3 x 0,03 x 600 = 654 euros

E assim sucessivamente.

De um modo geral temos:

Regime de Capitalização Simples (RCS)

Cn = Cg + Cflin ou Cn = Cg ( 1 + in)
* A re te r Onde:
No nosso estudo vamos
utilizar preferencialmente
Cn : Capital acumulado ao fim de n períodos de capitalização
o modelo: C0 : Capital inicial
Cn = C0(1 + in )
i : Taxa de juro, na forma decimal, referente ao período de
capitalização

n : Número de períodos de capitalização

No exemplo anterior, ao fim do 5.° ano, tem-se:

^ Observação
C5= 600 + 600 x 0,03 x 5 = 690 euros ou, alternativamente,
O produto C0x i x n
indica-nos o valor do juro.
C5= 600 (1 + 0,03 x 5) = 690 euros.

290
3 .2 . Aplicações financeiras

E xem plo 6 RCS I

Considere um depósito de 1200 euros numa conta a prazo.


Calcule o capital acumulado e o valor do juro obtido:

6.1. ao fim de 10 anos, com uma taxa de juro simples anual de 6% ;

6.2. ao fim de 4 meses, com uma taxa de juro simples anual de 12% .

Resolução

6.1. Cn= Co (1 + in)

n = 10 ; i = 0,06 ; Co = 1200 ^Repare que i=JL =0,06^

Assim,
C10= 1200 (1 + 0,06 X 10) =
= 1920 euros (capital acumulado)

1920 - 1200 = 720 euros (juro) ou 1200 X 0,06 X 10 = 720 euros


O capital acumulado será de 1920 euros e o juro será de 720 .

6 .2 . C n = C0 (1 + in )

4 1
C0 = 1200 ; i = 0,12 ; n = 1

Assim,

C1 = 1200 ^1 + 0,12 X 1b =

=1248 euros

Juro: 1248 - 1200 = 48 euros


O capital acumulado será de 1248 euros e o juro será de 48 .

E xercício 18

A Rosa pretende depositar 15 000 euros durante 90 dias numa


conta a prazo. Os juros serão pagos no final do prazo e deposita­
dos na mesma conta. A taxa de juro anual apresentada pelo banco
é de 4% .

18.1. Qual será o valor de juros recebido?

18.2. Se a Rosa pretender levantar o seu dinheiro ao fim dos


90 dias, quanto terá na conta a prazo?

18.3. No final dos 90 dias, o banco irá propor à Rosa utilizar o


M M A C S10 © Porto Editora

dinheiro que tem na conta e aplicá-lo durante um ano nas


mesmas condições do enunciado.
Quanto dinheiro terá a Rosa ao fim de um ano (a contar da
data em que fez o primeiro depósito)?

291
■n Modelos financeiros

E xem plo 7 RCS II

7.1. Calcule o tempo de capitalização de um capital de 11 500 euros, sabendo que, a uma taxa anual de juro |
>
simples de 4% , rendeu 115 euros.

7.2. Determine o capital investido pelo António, sabendo que a uma taxa anual de juro simples de 10% , no
final de 9 meses, tinha no banco 1612,50 euros.

Resolução

7.1. Cn= C0 (1 + in)

C0= 11 500 ; i = 0,04 ; n = ? anos;

Cn= 11 500+ 115= 11 615


* Observação
Assim: 11 615 = 11 500 (1 + 0,04n); § No modelo, poder-se-ia
considerar n como sendo
§ 11 615 = 11 500 + 460n § n = 11 615 ~ 11 500 § o número de meses e
460
substituir-se n por — .
F 12
§ —§ n = 0,25 anos ^Repare que 0,25 = 1 = 3^

Logo, o tempo de capitalização foi de 3 meses.

7.2. Cn= C (1 + in)

C0 = ? ; i = 0,1 ; n = ; C9 = 1612,50 euros


12 12

Assim:

1612,50 = C0( 1 + 0,1 X ^

1612,50
C0= = 1500 euros
9
1 + 0,1 X —
12
Logo, o capital depositado foi de 1500 euros.

E xercício 19

19.1. A Joana depositou 10 000 euros a uma taxa de juro simples anual de 3,5% .
Ao fim de um determinado período de tempo recebeu 96 euros de juros.
Determine, em dias, o período de capitalização.
Em cálculos intermédios, se tiver de proceder a arredondamentos, conserve quatro casas decimais.

19.2. Um vizinho emprestou à D. Laura uma determinada quantia, acordando uma taxa de juro simples Atividades
complementares
anual de 20% . Pag. 306

Passados nove meses, a D. Laura devia ao seu vizinho 575 euros. 31

Pág. 307

Determine o valor do empréstimo. 39 40

292
3 .2 . Aplicações financeiras

E xem plo 8 RCS III

O Sr. Gouveia vendeu o seu carro usado a um amigo.

Como pagamento aceitou um cheque pré-datado a 90 dias.


O valor do cheque correspondia ao custo do carro, 5000 euros, mais o juro calculado a uma taxa anual de
juro simples de 12% .
Trinta dias depois de ter feito o negócio, o Sr. Gouveia vendeu o cheque do amigo a um terceiro por 5020 euros.

Qual foi a taxa de juro que o terceiro a entrar no negócio recebeu pelo capital?

Resolução

Cn= C0 (1 + in)
90
5000 euros = valor do carro = C0; i = 0,12 ; n =
365
Então,
Cn= valor do cheque =
90
= 5000 1 + 0,12 x — )« 5147,95 euros
365
Como o Sr. Gouveia vendeu o cheque 30 dias depois, ficavam a faltar 60 dias.
Desta forma, tem de se calcular a taxa que transforma 5020 em 5147,95 em 60 dias.

Então,
60 \ . . .. . 60 5147,95 . 60 5147,95
5147,95 = 5020 (1 + i x ) 1+ i x = ■ ix = - 1
365 365 5020 365 5020
5147,95 365
i= ( - 1) x
5020 60
Logo,
i ) 0,155 05 (5 c. d.)

Assim, a taxa de juro aplicada foi de, aproximadamente, 15,51 % .

E xercício 20

A Elvira decidiu abrir uma conta a prazo no seu banco mesmo sem saber quais as condições.
M M A CS10 © Porto Editora

Começou por efetuar um depósito de 2000 euros.


Atividades
complementares
Passados três meses, ao consultar o extrato da conta, reparou que já tinha 2040 euros.
Pág.308
Determine a taxa anual de juro simples utilizada na conta a prazo. 46

293
■n Modelos financeiros

Juro composto (Regime de Capitalização Composto - RCC)

M M A C S10 © Porto Editora


Chama-se ju ro composto quando o valor do juro é capitalizado no investimento,
ou seja, quando os juros passam a render juros no período seguinte.

Vamos supor que fazemos um depósito a prazo com um rendimento anual de


* Observação
5% e que os juros são capitalizados. Isto significa que, no final do ano, o valor
Por vezes usa-se RJC
(regime de juros dos juros é depositado na conta a prazo passando também a render juros.
compostos) no sentido de
RCC (regime de
capitalização composto). Por exemplo, considere-se um capital inicial de 600 euros e uma taxa de juro
composto de 3% .

Final do 1.° ano:

600 + 0,03 x 600 = 600 (1 + 0,03) = 600 x 1,03 = 618 euros

Final do 2.° ano:

600 x 1,03 + 600 x 1,03 x 0,03 = 600 x 1,03 (1 + 0,03) =

= 600 x 1,03 x 1,03 = 600 x 1,032= 636,54 euros

* Observação
Final do 3.° ano:
Sempre que arredondarmos
valores em euros vamos 600 x 1,032+ 600 x 1,032x 0,03 = 600 x 1,032 (1 + 0,03) =
conservar duas casas
decimais (arredondamento = 600 x 1,032x 1,03 = 600 x 1,033« 655,64 euros
aos cêntimos).
E assim sucessivamente.

De um modo geral temos:

Regime de Capitalização Composto (RCC)

Cn = Co (1 + i)"
Onde:

Cn : Capital acumulado ao fim de n períodos de capitalização


C0 : Capital inicial

i : Taxa de juro, na forma decimal, referente ao período de


capitalização
n : Número de períodos de capitalização

* A re te r
Ojuro pode facilmente ser
No exemplo anterior, ao fim do décimo ano, tem-se:
calculado fazendo:
Co ( 1 + tf 1- Co
C10= 600 x (1 + 0,03)10 = 806,35 euros

294
3 .2 . Aplicações financeiras

E xem plo 9 RCC

Considere um depósito de 2000 euros numa conta a prazo.

Calcule o capital acumulado e o valor do juro obtido:


9.1. ao fim de cinco anos, com uma taxa de juro composto anual de 4 % ;

9.2. ao fim de sete anos e meio, com uma taxa de juro composto anual de 8 % .

Resolução

9.1. Cn= Co(1 + íT

n = 5 ; í = 0,04 ; C0= 2000

Assim, C5= 2000 (1 + 0,04)5« 2433,31 euros (capital acumulado)

2433,31 —2000 = 433,31 euros (juro) (Repare que podíamos calcular o juro fazendo Q (1 +í)n- C0)

O capital acumulado será de 2433,31 € e o juro de 433,31 € .

9.2. Cn= C0 (1 + í)

n = 7,5 ; í = 0,08 ; C0 = 2000

Assim, C75= 2000 (1 + 0,08)75 « 3562,12 euros (capital acumulado)

3562,12 —2000 = 1562,12 euros (juro)

O capital acumulado será de 3562,12 € e o juro de 1562,12 € .

E xercício 21

O Alfredo fez um depósito, em RCC, a uma taxa de


juro anual de 2% .
Sabendo que o capital depositado foi de 4500 euros,
calcule o capital acumulado ao de fim de:

21.1. 1 ano;

21.2. 5 anos;
Atividades
complementares

21.3. 20 anos. Pág.306


32 34 37

E xercício 22

O Sr. Ribeiro tem 8000 euros e pretende depositá-los num banco.


M M A CS10 © Porto Editora

A taxa anual de juro é de 20 % , em regime de juro composto.


Determine, em anos, quanto tempo é necessário ter o dinheiro investido para que o capital inicial
duplique.

295
■n Modelos financeiros

M M A CS10 © Porto Editora


Como calcu lar o capital acum ulado em RCC quando o período de capitalização
não é anual?

Suponhamos que é efetuado um depósito a prazo com um juro de 5% mas que


os juros são pagos trimestralmente.

Assim, ao fim do primeiro trimestre seriam capitalizados na conta os juros que a


aplicação rendeu até então e que começariam imediatamente a render mais juros.

Ao fim do segundo trimestre seriam capitalizados os juros resultantes da aplica­


ção inicial acrescidos dos juros obtidos no primeiro trimestre, e assim sucessi­
vamente.

Supondo um capital investido C0 a uma taxa de juro anual i , com k pagamen­


tos periódicos (k períodos no ano), uma fórmula de cálculo do valor do capital ao
fim de n anos pode ser:

* Observação kn
— é a taxa de juro C = Co(1 + k
k
proporcional ao período k .

Se i é a taxa anual em RCC, n o número de anos decorridos desde o início da


aplicação e k o período de pagamento do juro variável, tem-se:

S e m e s tre s T rim e s tre s

* Observação / .\2n
O
II

Cn= Co(ï + 4 )
o

Repare que um ano tem


2 semestres, 4 trimestres,
12 meses e 365 dias.
Como será a fórmula para M eses Dias
o pagamento de juro í i \12n 365n
quadrimestral?
Cn= C' (1 + l í ) C- = C' (1 + 365)
E semanal?

296
3 .2 . Aplicações financeiras

E xem plo 10 RCC não an u al

A Manuela e o Miguel depositaram 25 000 euros numa conta a prazo conjunta.


Segundo informações do banco, o regime de capitalização é composto, a taxa é anual de 3% e a aplicação
termina ao fim de cinco anos.

No final dos cinco anos, quanto vão receber (capital + juros) caso os períodos de capitalização sejam:
10.1. anuais;

10.2. trimestrais;

10.3. diários.

Resolução

10.1. C5= 25 000 (1 + 0,03)5« 28 981,85 euros

Se o período de capitalização é anual, recebem 28 981,85 euros.

4X5
0,03
10.2. C5= 25 000 I 1 + : 29 029,60 euros (Repare que k =4 , pois umanotem 4 trimestres)
~4~
Se o período de capitalização é trimestral, recebem 29 029,60 euros.

365X5
0,03
10.3. C5= 25 000 I 1 + ; 29 045,68 euros (Repare que k =365 , pois umanotem 365 dias)
365
Se o período de capitalização é diário, recebem 29 045,68 euros.

E xercício 23

A Luísa pediu um empréstimo de 5000 euros, em RCC, e tenciona pagar o empréstimo daqui a três anos.
A taxa de juro anual é de 6% .
Quanto terá de pagar se os períodos de capitalização são contabilizados em:

23.1. anos?

23.2. quadrimestres?
Atividades
23.3. trimestres? complementares

Pág.307
38
23.4. dias?

E xercício 24
Atividades
Num regime de capitalização composto, a taxa de juro é de 3,5 % anual, com juros capitalizados semes­ complementares
M M A CS10 © Porto Editora

Pág.307
tralmente. 41

O capital acumulado obtido pela Inês, no final de 10 anos, foi de 12 230 € . Caderno
de Fichas

Qual foi o capital inicialmente investido pela Inês? FP21

297
■n Modelos financeiros

2. Créditos e cartões bancários


Crédito bancário
“Para que se verifique desenvolvimento eco­

M M A C S10 © Porto Editora


’W i - J - C c c* nómico é necessário que as empresas pro­
duzam e vendam o seu produto.

Para que as empresas possam produzir


têm necessidade de fundos, que aplicam
em matérias-primas, equipamentos e
outras despesas diversas.

Para que possam vender o seu produto ou


serviço é necessário que os seus clientes,
empresas, particulares ou Estado, dispo­
nham dos fundos necessários para efetuar o
pagamento.

Quando os diversos agentes económicos não dispõem dos fundos que necessi­
tam, podem recorrer ao crédito bancário.
* Observação
Existem dois tipos de
clientes a quem os bancos Bancos:
concedem empréstimos: ■ Financiam a produção, concedendo crédito a empresas.
os particulares (também
designados por pessoas ■ Financiam a compra do produto final, concedendo crédito aos clientes das
singulares) e as empresas empresas.
(também designadas por
pessoas coletivas). Crédito bancário é um direito que o banco adquire, através de uma entrega ini­
No nosso estudo vamos
cial em dinheiro (real ou potencial) a um cliente, de receber desse cliente, o valor
abordar apenas o caso dos
empréstimos a em dívida, em datas futuras, uma ou várias prestações em dinheiro cujo valor
particulares. total é igual ao da entrega inicial, acrescida do preço fixado para esse serviço.”
Fonte: página w eb daAssociação Portuguesade Bancos

* Observação
Os créditos à habitação Vamosanalisardoistiposdecréditobancário: ocréditoaoconsumoeocréditoà
podem ser contratados habitação.
com taxa de juro variável
ou com taxa de juro fixa.
Quando a taxa de juro é
Crédito ao consumo: é ocrédito concedido para consumo de bens ou forneci­
fixa, a prestação mantém-se mentodeserviços. Por exemplo, ocréditoautomóvel, os cartões decréditoouo
constante durante o prazo crédito pessoal que é muitas vezes usado para a aquisição de móveis, férias,
estabelecido para esta taxa equipamentos informáticos ou eletrodomésticos. São cobrados juros desde a
no contrato.
data deutilizaçãoatéàdata dereembolsodovaloremquestão.
A taxa de juro variável
resulta da soma de duas
componentes: o indexante éocréditoconcedidopara efeitos relacionadoscomahabi­
Crédito à habitação:
(taxa de juro de referência, tação. Estetipodecréditoabrangeos contratos decréditodestinadosà:
por exemplo, a Euribor) e o
spread (margem de lucro aquisiçãodehabitaçãooudeterreno para construção dehabitação;
do banco).
construçãoourealizaçãodeobras emhabitação.

298
3 .2 . Aplicações financeiras

“A contratação de um crédito à habitação é um dos compromissos financeiros


mais importantes na vida das pessoas, pelo montante elevado que envolve e pela
longa duração do contrato. É essencial, por isso, que o cliente conheça as princi­
pais características deste produto e os termos do contrato de crédito que lhe está
associado, além das componentes do seu custo, em particular da taxa de juro, e
os seus direitos e deveres.”
Fonte: Portal do Cliente Bancário(Banco de Portugal)

Existemmuitas variáveis associadas aos cálculos efetuados numa situação de


* Observação crédito, seja ele ao consumo ouà habitação. Espalhados pela Internet encon­
O crédito automóvel é o tram-se muitossimuladoresondeumpotencial clientepodefacilmentecalcular
tipo de crédito ao consumo qual ovalordaprestaçãoa pagar porumdeterminadoempréstimo.
a que os portugueses mais
recorrem. No nosso estudo, vamos analisar situações muito simples emque se temem
conta apenas ovalor doempréstimo, oprazo para pagamento eataxa dejuro
(supondoqueéconstanteequenãoéinfluenciada poroutrosfatores).
Nocaso docrédito à habitação, nãoserão consideradas variáveis que podem
influenciar esse mesmo crédito, tais como ter umemprego estável, ter se­
guro devida, etc.2*1

E xem plo 11 C rédito ao consumo

O Sr. Santos decidiu comprar móveis para o quarto da sua filha. Para isso decidiu
fazer um crédito ao consumo no valor de 2000 € .
Acordou com o seu gestor de conta no banco Nova Era que o prazo de
pagamento seria de quatro anos, incluindo os juros anuais de 16% calculados
sobre o crédito inicial.
11.1. Qual vai ser a prestação mensal que o Sr. Santos terá de pagar ao banco?

11.2. Ao fim dos quatro anos, quanto pagou em juros (na totalidade)?

Resolução

11.1. Começamos por determinar o valor que o Sr. Santos pagaria mensalmente ao banco, caso o
empréstimo não estivesse sujeito a uma taxa de juro. Em quatro anos temos 4 x 12 = 48 meses, logo:
2000
» 41,67 euros (por mês)
48
Vamos agora calcular os juros a pagar. Como a taxa é de 16% ao ano, temos que a dividir pelos
12 meses para obtermos a taxa mensal. Assim, o Sr. Santos pagará de juros:
0,16
2000 x ----- » 26,67 euros (por mês)
12
No total, o Sr. Santos pagará ao banco 41,67 + 26,67 = 68,34 euros por mês pelo empréstimo.

11.2. Ao fim de quatro anos, pagou de juros 4 x 12 x 26,67 = 1280,16 euros.

E xercício 25

Determine qual a prestação mensal de um crédito concedido por um banco nos seguintes termos:
Atividades
5 Montante: 5000 euros complementares

Prazo de reembolso: 3 anos Pág.308


< 48
Taxa de juro anual: 12 %

299
■n Modelos financeiros

E xem plo 12 C rédito à habitação

A Cátia e o Filipe são recém-casados e decidiram comprar um apartamento.


Como o valor pedido pelo apartamento é 120 000 €
e eles só têm disponíveis 40 000 € , decidiram
pedir ao banco um empréstimo.
O acordo com o banco foi estabelecido nos
seguintes termos:
■ Taxa de juro: 8% ao ano
■ Prazo: 30 anos

Qual vai ser a prestação mensal que o casal terá de


pagar ao banco?

Resolução

O montante solicitado ao banco é de:

120 000 - 40 000 = 80 000 euros

Comecemos por determinar o valor que pagariam mensalmente ao banco, caso o empréstimo não estivesse
sujeito a uma taxa de juro.

Em 30 anos temos 30 x 12 = 360 meses, logo, pagariam por mês:

80 000
) 222,22 euros
360

Vamos agora calcular os juros a pagar. Como a taxa é de 8% ao ano, temos que a dividir pelos 12 meses
para obtermos a taxa mensal.

Assim, o casal pagará de juros:


0,08
80 000 x ) 533,33 euros (por mês)
12

No total, o casal pagará ao banco 222,22 + 533,33 = 755,55 euros, por mês, pelo empréstimo.

E xercício 26

O Gustavo vai ter mais um filho e precisa de uma casa maior. Acordou com o seu banco um crédito de
70 000 euros a 20 anos, com uma taxa de juro anual de 4,5% .
Ficou estabelecido que nos primeiros quatro anos só pagaria ao banco o valor dos juros, ou seja, ficaria
isento do pagamento mensal do valor proporcional ao montante de 70 000 euros.

26.1. Determine qual será a mensalidade a pagar ao banco nos primeiros quatro anos e depois do
Atividades
quarto ano. complementares

Pág.307
26.2. Calcule quanto pagou de juros, no total, durante o período de 20 anos. 44

300
3 .2 . Aplicações financeiras

Cartões bancários
Vamos agora efetuar uma abordagem superficial, mas útil, do tipo de cartões
* Observação mais comuns nos dias de hoje.
Os cartões são aceites nos
ATM(caixas automáticas)
das redes respetivas, isto é, Cartão de débito
as redes que têm acordo
com uma das marcas que O cartão de débito, frequentem ente designado por cartão multibanco, está asso­
constam no cartão ciado a uma conta de depósito à ordem e perm ite levantar dinheiro, fazer paga­
(Multibanco, Visa, Visa mentos e realizar transferências bancárias, entre outras operações.
Electron, Mastercard,
American Express, Maestro
ou outras).
Omesmo acontece nos
TPA(terminais de
pagamento automático),
onde os cartões são aceites
nos comerciantes que têm
contrato com a rede
internacional que consta
no cartão.

Quando o cartão é utilizado, esse valor é subtraído de imediato ao saldo da conta


à ordem.

Cartão de crédito

* Observação O cartão de crédito tem associado um limite máximo de crédito (plafond) previa­
A taxa de juro aplicada nos m ente estabelecido.
cartões de crédito é,
normalmente, bastante
elevada. Caso o cliente
demore muito tempo a
pagar o montante em
dívida, esta pode crescer
descontroladamente, de tal
forma que se atinge uma
situação incomportável.

Quando o cartão é utilizado, o titu la r beneficia de um crédito concedido pela ins­


tituição de crédito. A data-lim ite para o pagamento do m ontante utilizado é acor­
dada previam ente entre o cliente e a instituição de crédito.

A modalidade de pagamento tam bém é acordada entre as partes. Se o cliente


optar pela modalidade de pagamento a 100% , paga a totalidade do montante
em dívida até à d ata-lim ite e não fica sujeito ao pagamento de juros. Se o cliente
optar por uma modalidade de pagamento parcial, são aplicados juros ao m on­
tante não pago.
Adaptado do Portal do Cliente Bancário (Banco de Portugal)

301
■n Modelos financeiros

M M A CS10 © Porto Editora


E xem plo 13 C artão de crédito

A Graça tem um cartão de crédito com uma modalidade de pagamento a 40% , ou seja, terá de pagar à
instituição de crédito (um banco, por exemplo) 40% do valor das suas compras. Entre as partes ficou
acordado que esse pagamento seria feito no dia 15 de cada mês e que a taxa de juro é de 20% ao ano.

No dia 2 de junho, a Graça comprou um tablet usando o cartão de crédito. Sabendo que o tablet custou
250 € , determine:

13.1. o valor debitado na conta da Graça (associada ao cartão de crédito) no dia 15 de junho;

13.2. o valor dos juros pago no mês seguinte (período de 30 dias), supondo que não fez mais nenhuma
compra nem liquidou qualquer parte da sua dívida.

Resolução

13.1. No dia 15 de junho, a Graça tem de pagar 40% do valor das suas compras, ou seja,
0,40 x 250 = 100 euros .

13.2. Como já foram liquidados 100 € da sua dívida, restam 150 € por pagar. Sobre este valor incide a taxa
de juro de 20% ao ano, aplicada por um período de 30 dias. Repare que, para determinar a taxa de
juro correspondente a 30 dias basta calcular:

0 2 0 x 30 ou, de forma equivalente, 0,20 x -3 0


365 H 365

Assim, o valor dos juros que a Graça tem de pagar é:


0,20
x 30 x 150 ) 2,47 euros
365

E xercício 27

O Sr. Alfredo tem um cartão de crédito com as seguintes características:


Modalidade de pagamento: 50%
Taxa de juro anual: 30%
Data de débito na conta associada: dia 1 de cada mês

No dia 15 de dezembro usou o cartão de crédito para fazer, através da


Internet, as suas compras de Natal. O valor total dessas compras foi de
400 € .

Determine:

27.1. qual o valor debitado da sua conta no dia 1 de janeiro;

27.2. o valor dos juros pago no dia 1 de fevereiro, supondo que não
efetuou mais nenhuma compra nem liquidou qualquer parte
da sua dívida.

302
3 .2 . Aplicações financeiras

3. Outros investimentos financeiros

E xem plo 14 D esvalorização

U m agrupam ento de escolas com prou equipam ento inform ático no valor de 10 000 euros. Os alunos do
curso de Econom ia calcularam a desvalorização dos equipam entos da seguinte form a:

■ 5 % no p rim eiro ano;

■ 12% nos dois anos seguintes;

■ 30 % no quarto ano.

Construa um a tabela que descreva a desvalorização dos equipam entos ao longo dos quatro anos, tendo em
conta os seguintes aspetos: valor no início do ano, desvalorização ao longo do ano, valor no final do ano e a
percentagem de desvalorização em relação ao valor inicial.

R esolução

V a lo r D esvalorização V a lo r P ercen tag em de


A no no in íc io ao longo no fin a l d esvalorização em
do ano do ano do ano relação ao va lo r in ic ia l

1.0 10 000,00 € 500,00 € 9 500,00 € 5%

2.° 9 500,00 € 1 140,00 € 8 360,00 € 16,4%

3.0 8 360,00 € 1 003,20 € 7 356,80 € 26,432%

4.° 7 356,80 € 2 207,04 € 5 149,76 € 48,5024%

E xercício 28

O departam ento financeiro de um a empresa calculou a desvalorização de um a m áquina de produção da


seguinte forma:

12% no prim eiro ano;

15% no segundo ano;

30% nos dois anos seguintes.

A m áquina custou à empresa 12 000 euros.

Construa u m quadro que descreva o valor da m áquina tendo em conta os seguintes aspetos:

V a lo r D esvalorização P ercen tag em de


M M A CS10 © Porto Editora

Atividades
A no no in íc io ao longo d esvalorização re la tiv a m e n te complementares

do ano do ano ao va lo r da co m p ra Pág.307


42
Pág.308
49

303
■n Modelos financeiros

E xem plo 15 V alo rização

Uma empresa decidiu comprar uma moradia num resort que ainda se encontra na fase inicial de construção.
O departamento financeiro da empresa calculou a valorização da moradia da seguinte forma:
■ 10% no 1.° ano após o início das obras do resort;
■ 15% no 2.° ano após o início das obras do resort;
■ 30% no 3.° ano após o início das obras do resort.

A moradia custou à empresa 300 000 euros.

Construa um quadro que descreva a valorização do investimento tendo por base os seguintes aspetos: valor
no início do ano, valorização ao longo do ano, valor no final do ano e a percentagem de valorização em
relação ao valor da compra.

Resolução

V a lo r V alo rização V a lo r P ercen tag em de valo rização


A no n o in íc io ao longo n o fin a l re la tiv a m e n te ao v a lo r
do ano do ano do ano da co m p ra

1.0 300 000 € 30 000 € 330 000 € 10,00%

2.0 330 000 € 49 500 € 379 500 € 26,50%

3.0 379 500 € 113 850 € 493 350 € 64,45%

E xercício 29

O departamento de marketing de uma empresa sugeriu um investimento em publicidade de 5% sobre os


lucros da empresa.

No primeiro ano, a empresa obteve 10 000 euros de lucro.


Nos dois anos seguintes, os lucros da empresa aumentaram 12% relativamente ao ano anterior.
Caderno
Calcule quanto a empresa gastaria em publicidade durante os três anos se tivesse seguido as indicações de Fichas

do departamento de marketing. FP22

304
3 .2 . Aplicações financeiras

Síntese

JUROS

Juro O ju ro é dado pelo montante pago pelo dinheiro que se pede emprestado
Pág. 289
ou pelo montante que se recebe, quando se faz uma aplicação financeira.

Taxa de ju ro A ta x a de ju ro é o juro produzido por 100 unidades de capital numa uni­


dade de tempo.
Pág. 289

Juro sim ples Chama-se ju ro sim ples quando o valor do juro não é capitalizado, ou seja,
(R egim e de quando o juro não rende juros nos vencimentos da aplicação.
C ap italizaç ã o
RCS
S im ples - RCS)
Cn= C0+ C0 in ou Cn= C0(1 + in)
Cn : capital acumulado ao fim de n períodos de capitalização
C0 : capital inicial
i : taxa de juro, na forma decimal, referente ao período de capitalização
n : número de períodos de capitalização
Pág. 290

Juro com posto Chama-se ju ro com posto quando o valor do juro é capitalizado no investi­
(R egim e de mento, ou seja, quando os juros passam a render juros no período seguinte.
C a p ita liza ç ã o
RCC
C om posto - RCC)
Cn= C0 (1 + l f
Cn : capital acumulado ao fim de n períodos de capitalização
C0 : capital inicial
i : taxa de juro, na forma decimal, referente ao período de capitalização
n : número de períodos de capitalização
Pág. 294

RCC Para se calcular o capital acumulado em RCC quando o período de capita­


(p e río d o de lização não é anual usa-se a fórmula:
cap italizaç ã o
kn
n ão an u al) Cn= H 1 + k j
onde k é o número de períodos no espaço de um ano em que se procede a
um pagamento de juros.
Pág. 296

CRÉDITOS

C ré d ito ao O c ré d ito ao consum o é o crédito concedido para consumo de bens ou


consum o fornecimento de serviços.
Pág. 298
M M A CS10 © Porto Editora

C ré d ito à O c ré d ito à h a b itaç ã o é o crédito concedido para efeitos relacionados com


h abitação a habitação.
Pág. 298

MMACS10-20 305
■n Modelos financeiros

Atividades complementares

M M A C S10 © Porto Editora


O Sr. Azevedo, cliente do banco Nova Era, efe­ Qual o capital acumulado produzido por um de­
tuou um depósito a prazo no valor de 4250 € , pósito de 550 € durante seis anos, à taxa anual
por 181 dias a uma taxa de juro simples anual de 16% e em regime de juro:
de 5% .
34.1. simples;
34.2. composto.

35 Um capital inicial de 750 € , colocado a uma


taxa anual de 12% e em regime de juro com­
posto, atinge o montante de 9075,23 € ao fim
de quantos anos?
Sugestão : Procure um número de anos com­
preendido entre " 4 4 1 e " 6 2 5 .

6 As taxas de juro de um determinado banco va­


Qual o juro recebido no final desse período? riam entre 10% e 15% para prazos de 30 anos.
Qual a taxa de juro a que se devem colocar
Determine o prazo de uma aplicação em RCS, 400 € durante 30 anos, para no final desse pe­
no valor de 50 000 € que, à taxa de juro anual ríodo se possuir 20 380,06 € (em regime de juro
de 10% , produz um capital acumulado de composto)?
65 000 € .

O Sr. Antunes depositou 1000 euros numa conta


32 Um cliente pretende depositar 25 000 € du­ a prazo.
rante 3 anos, com capitalização de juros em re­
gime de juro composto. Sabendo que a taxa de Das condições acordadas, constavam uma taxa
remuneração dada pelo banco Nova Era é de de juro anual de 2% e capitalização composta
6% ao ano, calcule: semestral.

32.1. Ao fim de um ano, qual é o valor de juros a


acrescentar ao capital?
32.2. Quanto dinheiro terá na sua conta ao fim
de três anos?3*

33 Um capital de 100 000 € foi colocado durante


8 anos, à taxa de juro anual de 4% , durante um
período renovável de 1 ano, tendo sido reno­
vado sete vezes.
Estipulou-se o pagamento de juros no fim de
cada ano.
33.1. Qual foi o regime de capitalização de juros 37.1. Calcule o capital acumulado ao fim do ter­
escolhido? ceiro ano.
33.2. Determine o valor do capital acumulado 37.2. Determine o juro total gerado ao fim de
no fim dos 8 anos. cinco anos.

306
3 .2 . Aplicações financeiras

Atividades complementares

Calcule em quanto se transform a u m capital de Foi recolhida inform ação sobre as condições
15 000 € à taxa anual de 16% , em regim e de praticadas n u m depósito a prazo em três b a n ­
juro composto, durante quatro anos e meio, se o cos, designados por A , B e C .
período de capitalização é:
Banco A : pratica um a taxa anual de 4 %
38.1. mensal; 38.2. trim estral.
Banco B : pratica um a taxa semestral de 2%

Banco C : pratica u m a taxa anual de 6% , mas


9 U m cliente do banco Nova Era tem um a filha
a quantia m ín im a a depositar é de
que atingirá a m aioridade exatamente daqui a
1000 euros.
u m ano. Resolveu efetuar hoje u m depósito a
prazo, de tal m odo que, quando a filha perfizer O Fábio tem 600 euros disponíveis e pretende
18 anos, disponha de 20 000 € para com prar fazer u m depósito a prazo (1 ano).
u m carro.
A sua amiga Joana empresta-lhe, a u m a taxa
anual de 3 % , o valor que falta para aplicar no
banco C .

Q ual a m elho r opção para o Fábio?

Os valores depositados durante os cinco anos


em que m anteve essa poupança e o juro respe­

Sabendo que a taxa de juro é de 6 % ao ano, em tivo em cada ano constam da tabela seguinte.

regime de capitalização simples, de quanto de­


verá ser o depósito deste cliente? Ano Depósitos / € Taxa de juro / %

2010 1200 6,0


0 N u m regim e de capitalização simples, cuja taxa
de juro trim estral é de 10% , ao fim de quantos 2011 1500 5,8
anos o capital inicial quadruplica?
2012 2500 5,3

N u m regime de capitalização composto, com


2013 3000 5,1
taxa de juro trimestral, o capital inicial de
2400 euros passou a valer 3000 euros, ao fim de 2014 4000 4,8
5 anos. Q ual foi a taxa de juro aplicada?
Apresente o resultado em percentagem, com
44.1. Q ual foi o capital acum ulado pela M a ria ao
aproximação às centésimas.
fim do segundo ano?

44.2. Qual o montante de juros acumulados no


42 No dia 1 de junho, o Ricardo investiu 10 000 €
final de 2012?
n um a aplicação financeira de um a empresa co­
tada em Bolsa. N o dia 2 de ju n h o verificou-se
M M A CS10 © Porto Editora

44.3. Sabendo que, terminado o período de


um a subida das ações de 5% .
cinco anos, a Maria investiu todo o capital
No dia 3 de junho, as ações desceram 5% . acumulado para a entrada na compra de
C om quanto dinheiro ficou no dia 4 de junho? um apartamento, qual foi esse valor?

307
■n Modelos financeiros

Atividades complementares

M M A C S10 © Porto Editora


O Paulo encontrou um Banco Verde que em­ O Pedro contraiu um empréstimo para comprar
presta dinheiro a 80 cêntimos por dia por cada um automóvel.
1000 euros, e outro banco, o Azul, que cobra
uma taxa anual de juro simples de 22% . O automóvel custa 17 000 € , tendo, por isso,
acordado com o banco os seguintes termos para
Se precisar de pedir dinheiro emprestado, a qual
o empréstimo:
dos bancos deve recorrer?
Prazo: 6 anos
6 O Almeida, dono de um stand, vendeu um carro Taxa de juro anual: 20%
usado por 6000 euros. Aceitou para pagamento
um cheque a 180 dias, a uma taxa de juro anual Determine qual será a prestação mensal que o
simples de 15% (o juro e o custo do carro se­ Pedro terá de pagar.
riam pagos 180 dias após o negócio).

O assessor financeiro do diretor de uma em­


presa determinou, da forma que se segue, a des­
valorização do equipamento informático usado
na sede.
25% no primeiro ano
40% nos dois anos seguintes

Passados 30 dias após o negócio, o Almeida de­


positou o cheque num banco que lhe pagou
imediatamente os 6000 euros.
Qual é a taxa de juro anual simples que o banco
cobra por este tipo de negócio?

Se uma pessoa decide depositar num banco


uma quantia fixa C , no início de cada ano, à
49.1. Explique porque é que a soma das percen­
taxa anual de r% , o capital acumulado M , no
tagens de desvalorização nos três anos ul­
final de n anos, é dado pela fórmula:
trapassa os 100% .
. %1 + i)n- 1 r
M = C(1 + i) ----- -------, i = —
K J i 100 49.2. Sabendo que o equipamento informático
custou à empresa 40 000 € , descreva a
Aplicando a fórmula dada, calcule:
evolução do valor desse equipamento, tendo
47.1. quanto dinheiro terá no banco a Ana, ao em conta os seguintes aspetos:
fim de 10 anos, sabendo que no início de
ano
cada ano depositou 5000 € a uma taxa
anual de 5% ; valor no início do ano

47.2. quanto deve depositar a Ana, no início de desvalorização ao longo do ano


cada ano para, no final de cinco anos, ter no valor no final do ano
banco 10 000 euros a uma taxa anual de 8%. percentagem de desvalorização

308
3 .2 . Aplicações financeiras

Avaliação global

1 Um cliente pretende depositar 35 000 euros durante 1 ano, com


capitalização de juros em regime de juro composto.
Sabendo que a taxa de remuneração estabelecida pelo banco é de
4% ao ano, determine quanto dinheiro o cliente terá na sua conta ao
fim de 1 ano, se os períodos de capitalização são:
1.1. meses; 1.2. semestres.

2 A Mariana fez um depósito a prazo de 7600 € , renovável anualmente, tendo sido renovado por
seis vezes. A taxa de juro acordada com o seu banco foi de 6,5% ao ano.
Calcule o valor total de juros recebidos pela Mariana ao fim dos sete anos, se ela optar por um re­
gime de:
2.1. juros simples; 2.2. juros compostos.

3 A Constança e o Diogo dirigiram-se a um banco com o objetivo de contrair um empréstimo para


a compra de um apartamento.
O capital pretendido era de 90 000 € por um período de 30 anos, com uma taxa de juro de 6,2%
ao ano.
3.1. Quanto terão de pagar por mês só de juros?
3.2. Qual é o valor da prestação mensal?
3.3. Se se mantiver a mesma prestação durante os 30 anos, quanto terá custado o apartamento?

O Gonçalo tem um cartão de crédito com uma modalidade de


pagamento a 30% , ou seja, terá de pagar à instituição de crédito
30% do valor das suas compras. Ficou acordado que esse paga­
mento seria feito no dia 1 de cada mês e que a taxa de juro é de
25% ao ano.
No dia 18 de novembro, o Gonçalo fez algumas compras usando o cartão de crédito.
Sabendo que o valor total das compras é 350 € , determine:
4.1. o valor debitado na conta do Gonçalo no dia 1 de dezembro;
4.2. o valor dos juros pago no dia 1 de janeiro, supondo que não fez mais nenhuma compra nem
liquidou qualquer parte da sua dívida entre o dia 1 de dezembro e o dia 1 de janeiro (período
de 30 dias).

5 O Zeca é mecânico e cobrou a um cliente 600 euros por um traba­


lho realizado. Como pagamento aceitou um cheque pré-datado a
240 dias.
O valor do cheque correspondia ao trabalho realizado, 600 euros,
mais o juro calculado a uma taxa anual de juros simples de 15% .
Noventa dias depois de ter feito o negócio, o Zeca depositou o
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cheque num banco que lhe pagou imediatamente 610 euros.


Qual é a taxa de juro anual simples que o banco estabelece para este tipo de negócio?
Apresente o resultado com aproximação às unidades.

309
■n Modelos financeiros

3.3. Tarifários

O meu tarifário é o TIPTOP e o teu? £


■ Eu falo grátis para todas as redes.
■ Tenho 150 canais de televisão e Internet com
velocidade 100 Mbps e só pago 49,90 € .
3
Ando a pagar demasiado pela eletricidade
e gás, por isso vou mudar de fornecedor
de energia.

Todos os dias ouvimos frases como estas e


somos bombardeados com publicidade
sobre a melhor tarifa ou o melhor tarifário
de sempre.
A melhor solução é parar para pensar, reco­
lher informações, comparar, fazer uns cálcu­
los simples e tomar a melhor decisão.

Atividade inicial 3
r ...............................................
1 A Beatriz pretende inscrever-se num giná­
TOPFITS
sio. Para poder tomar a melhor decisão no Taxa de inscrição + seguro: 40 €
que diz respeito à mensalidade que terá de Mensalidade: 38,40 €
Valor devolvido ao fim de 1 ano.
pagar, recolheu informações acerca dos pre­
çários e tipos de contrato de vários ginásios. GYMPOW
Preço por semana: 9,20 €
1.1. Considere que a Beatriz opta pelo giná­ Taxa de inscrição + seguro: 35 €
Oferta da 1.a semana. Nota: Alguns contratos têm uma
sio TOPFITS. duração mínima (período de
a) Quanto irá pagar, na totalidade, ao fim de um ano e meio? fidelização) e obrigam o cliente a
pagar uma indemnização se decidir
b) Caso desista ao fim de 11 meses, quanto irá pagar na totalidade? cancelá-los antecipadamente.

E ao fim de 12 meses? Comente os resultados obtidos.


: 1.2. Se a Beatriz pensa frequentar o ginásio durante um ano, qual das duas alternativas, TOPFITS
ou GYMPOW, é mais vantajosa?
Sugestão: Calcule o valor anual no ginásio GYMPOW tendo em conta que 1 ano tem 52 semanas.

1.3. Se a Beatriz desistir ao fim de meio ano, a alternativa de 1.2. continua a ser a melhor?

1.4. Se ambos os ginásios tiverem fidelização contratual de dois anos, qual é a melhor opção?

2 O Vasco procura um apartamento para arrendar. Para além do valor da renda mensal, ponderou a
quantia a despender para o condomínio. O prédio com o apartamento pretendido apresenta as seguin­
tes despesas:
Manutenção do elevador: 40 € (por trimestre) ■ Limpeza dos espaços comuns: 20 € (por mês)
Outras despesas (lâmpadas, caixas do correio, consertos diversos, etc.): 60 € (por ano)
Sabendo que a renda é de 350 € , quanto gastará, em média, por mês?

310
3 .3 . Tarifários

Tarifários
Quando pretendemos aderir a um tarifário, seja de comunica­
ções eletrónicas, eletricidade, gás, água, ginásio, trans­
portes, seguros de saúde ou viagens, deparamo-nos
com muitas questões e dúvidas quanto à melhor
opção a tomar de acordo com as nossas necessida­
des reais.

A seguir apresentamos algumas questões frequen­


tes (FAQ) colocadas na página da DECO (Associação
Portuguesa para a Defesa do Consumidor) acerca
de serviços de telecomunicações e de energia.

O que é o período de fidelização?


FAQ é uma sigla da
expressão inglesa É o período mínimo de duração de um contrato.
Frequently Asked Questions, Os contratos de prestação de serviços de telecomunicações, após setembro de
que significa Perguntas
Mais Frequentes. 2010, não podem ter uma duração inicial superior a 24 meses.

O que é um pacote de serviços de comunicações eletrónicas?


;
Quando contrata vários serviços (TV, Internet e/ou telefone fixo, por exemplo) ao
mesmo operador está a comprar um pacote de serviços.
O "pacote" significa que os serviços não são contratados de forma isolada a vá­
-
rios operadores, ou seja, recebe uma única fatura de uma empresa, à qual se
* Observação dirige quando há algum problema.
Tarifa : conjunto de
normas que fixam os
Qual a diferença e n tre um ta rifá rio pré-pago e um pós-pago?
preços e as taxas e regras
da sua aplicação. Num tarifário pré-pago é necessário fazer um carregamento inicial para ter
Tarifário : Tabela de preços saldo a utilizar em comunicações ou aceder aos serviços do operador.
cobrados por determinado
serviço. Nos tarifários pós-pagos, os consumos são cobrados através de fatura no final
Retirado de Dicionário da Língua
do mês, podendo ultrapassar o valor da mensalidade mínima.
Portuguesa da Porto Editora
Regra geral, o tarifário pré-pago permite um maior controlo de gastos.
O termo tarifa é utilizado
sobretudo quando se fala
de serviços energéticos ou O que significa o m ercado de gás n a tu ra l e eletricid ad e e s ta r liberalizado?
de transportes públicos.
Por exemplo, as tarifas O mercado considera-se liberalizado quando vários operadores podem concor­
praticadas pela EDP são rer livremente em preços e condições comerciais, observando as regras da con­
designadas por tarifas corrência, a lei geral e os regulamentos aplicáveis.
reguladas porque os preços
são fixados anualmente Otransporte e a distribuição de gás e eletricidade - enquanto monopólios naturais
pela ERSE (Entidade - permanecem atividades exercidas em regime de serviço público e em exclusivo,
Reguladora dos Serviços
sendo garantido o acesso de terceiros às redes em condições de transparência e
Energéticos).
não discriminação.

311
■n Modelos financeiros

E xem plo 16 Telem óveis

Considere os tarifários que se seguem de uma operadora de comunicações móveis, a XPTO.


Ambos os tarifários não têm carregamentos obrigatórios.

T a rifá rio N O L IM IT E T a rifá rio T IP T O P


M e s m a re d e O utras redes M e s m a re d e O utras redes
0,04 € 0,35 D 0,08 € 0,234 D
Voz
(por minuto) (por minuto) (por minuto) (por minuto)
SMS Grátis 0,08 D Grátis 0,12 D
In te rn e t
100 M B * 200 M B
m ó vel
* P la f o n d e x t r a d e I n t e r n e t : 1 0 0 M B ( 2 ,9 9 € )

A Lurdes tem estes dois tarifários à escolha. Decidiu, durante um mês,


registar o tipo e a duração das chamadas que efetuou, o número de SMS
enviadas e o tráfego de dados com a Internet móvel.
■ Chamadas para a mesma rede: 200 min
■ Chamadas para outras redes: 30 min
■ Número de SMS enviadas para a mesma rede: 450
■ Número de SMS enviadas para outras redes: 20
■ Tráfego de Internet utilizado: 150 MB

Qual dos tarifários considera que se adapta melhor às necessidades da Lurdes?

Resolução

Tendo em conta os valores que constam nas tabelas e o estudo efetuado pela Lurdes temos:

T a rifá rio N O L IM IT E T a rifá rio T IP T O P


Voz: 200 X 0,04 + 30 X 0,35 = 18,50 Voz: 200 X 0,08 + 30 X 0,234 = 23,02
SMS: 450 X 0 + 20 X 0,08 = 1,60 SMS: 450 X 0 + 20 X 0,12 = 2,40
Internet: 2,99 D (plafond extra) Total: 23,02 + 2,40 = 25,42
Total: 18,50 + 1,60 + 2,99 = 23,09

Assim, é mais vantajoso para a Lurdes optar pelo tarifário NOLIMITE.

E xercício 50

Considere os tarifários seguintes, expressos em euros, da rede de comunicações móveis T O U S S IM :

T a rifá rio 1 T a rifá rio 2


T O U S S IM O utras redes T O U S S IM O u tras redes
0,10 D 0,05 D 0,50 D 0,08 € 0,20 D
Voz
(n o 1 .° m i n u t o ) (a p ó s o 1 .° m i n u t o ) (p o r m in u to ) (p o r m in u to ) (p o r m in u to )

SMS Grátis Grátis Grátis Grátis Atividades


complementares

Pág.316
Determine qual dos tarifários deverá escolher o Henrique, se quiser enviar 30 SMS e fazer: 53
10 chamadas de 6 min cada, para a rede TOUSSIM; Pág.318
63
3 chamadas de 2 min cada, para outras redes.

312
3 .3 . Tarifários

E xem plo 17 Água

Considere u m a das tarifas de água em vigor no ano


de 2014 na região de Aveiro.

O Filipe e a Cátia vivem n u m apartam ento em


Aveiro ju n tam en te com os seus dois filhos.

17.1. Sabendo que habitualm ente u tiliza m 8 m 3 de


água por mês, determ ine qual o valor m ensal
da despesa.

17.2. Caso venham a ter u m terceiro filho, investigue


se isso irá afetar o valor m ensal a pagar.

Resolução

17.1. Tratando-se de utilizadores do tipo


doméstico, um a fam ília com quatro (aosvaloresapresentados acresce IVAàtaxa legalemvigor: 23%)
elem entos e u m consumo m ensal de água Fonte: Página web das Águas da RegiãodeAveiro
igual a 8 m 3 (preço por m 3 : 0,8916 € ) , então
8 x 0,8916 = 7,1328 (valor sem IVA).

Acrescentando o valor do IVA temos: 7,1328 + 7,1328 x 0,23 = 8,773 344 , ou seja, aproxim adam ente
8,77 € p or mês.

17.2. No caso de o Filipe e a Cátia terem u m terceiro filho, a fam ília passa a ter cinco elementos,
correspondendo assim a u m escalão diferente (preço p or m 3 : 0,5714 € ) .

Assim, vão pagar 8 x 0,5714 = 4,5712 (valor sem IVA).

C om IVA, o valor m ensal passará a ser:

4,5712 + 4,5712 x 0,23 « 5,62 € .

E xercício 51
U m a empresa que com ercializa serviços ener­
géticos publicita u m a das suas tarifas de ele­
tricidade da form a apresentada ao lado.

51.1. D eterm ine quanto paga por mês u m


cliente com o seguinte perfil de
consumo:
Potência contratada: 4,60 kVA
Consumo m édio mensal: 32 kW h (aosvaloresapresentadosacresce IVAàtaxa legal emvigor: 23%)
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51.2. Para angariar novos clientes, a empresa promove u m desconto m ensal de 5 % no prim eiro ano do
Atividades
contrato. complementares

Quanto pagará, no total, ao fim do prim eiro ano de contrato, u m novo cliente que contratou um a Pág.317
potência de 10,35 kVA e consumiu, em média, por mês 30 kW h ? 60

313
■n Modelos financeiros

E xem plo 18 F érias

A Lília quer passar uma semana de férias em Londres no próximo verão. Após analisar várias propostas de
agências de viagem, decidiu optar por um dos pacotes que se segue.

Agência NoReturn B o ra L á
Voo Partida do Porto Partida de Lisboa
3 estrelas
3 estrelas
Hotel Pequeno-almoço incluído
Pensão completa*
Oferta: Entrada nos museus
Preço 450 € 475 €
’ pequeno-almoço, almoço
e jantar incluídos
Informações adicionais:
■ Preço médio de uma refeição em Londres: 11,85 libras (cerca de 15 € )
■ Entrada nos museus (total): 50 €
■ Viagem de comboio Porto-Lisboa: 60,50 € (ida e volta)
A Lília é de Vila Nova de Gaia e tem 750 euros para gastar. Se optar pela Agência BoraLá, terá de ir para
Lisboa de comboio. Qual será a melhor opção para ela?

Resolução
Agência NoReturn Agência B o ra L á
450 + 2 X 7 X 15 = 660 475 + 50 + 60,50 = 585,50
(preço do pacote + 14 refeições a 15 euros cada) (preço do pacote + entrada nos museus + viagem de comboio)

Assim, a Lília deve optar pela Agência B oraLá.

E xercício 52

No âmbito da disciplina de MACS, os alunos da Escola Secundária Tomás Noronha, em Nenhures, vão
visitar a Assembleia da República. Para encontrar a forma mais barata possível de fazer a visita de estudo,
os professores de MACS pediram orçamentos a empresas de autocarros, pousadas e cantinas na zona de
Lisboa. Apresentaram as duas hipóteses seguintes para os alunos escolherem:

Hipótese A Hipótese B

Aluguer do autocarro Aluguer do autocarro


310 € (valor fixo) 100 € (valor fixo) + 0,04 € (por km)
Pousada Pousada
4 € por noite (por pessoa) 161 € por noite (valor fixo para grupos inferiores a 50 pessoas)
Cantina Cantina
Grátis 1,50 € por pessoa (1 € para grupos superiores a 30 pessoas)
Atividades
complementares
Informações adicionais:
Pág. 316
Número de noites passadas em Lisboa: 1 ■ Distância Nenhures-Lisboa: 175 km 56

Número de alunos: 42 ■ Distância percorrida dentro da cidade de Pág. 318


61 62
Número de professores: 4 Lisboa: 60 km
Determine qual a opção mais económica para a visita de estudo. Caderno
de Fichas

Na sua resposta deve apresentar o valor a pagar, por pessoa, em cada uma das hipóteses. FP23

314
3 .3 . Tarifários

Síntese

TARIFÁRIOS

Tarifa Uma tarifa é um conjunto de normas que fixam os preços e as taxas e


regras da sua aplicação.

O termo tarifa é utilizado sobretudo quando se fala de serviços energé­


ticos ou de transportes públicos.
Pág. 311

Tarifário Um tarifário é uma tabela ou lista de preços cobrados por determinado


Pág. 311 serviço.

Exem plos de ■ Telecomunicações eletrónicas (telemóveis, televisão, Internet, tele­


tarifário s e fone fixo, etc.)
tarifas
■ Eletricidade

■ Gás natural

■ Água e resíduos domésticos

■ Ginásios

■ Transportes

■ Seguros (saúde, vida, acidentes pessoais, etc.)

■ Pacotes de viagens
Pág. 311

P eríodo de O período de fidelização é o período mínimo de duração de um con­


fidelização trato.

Por exemplo, os novos contratos de prestação de serviços de telecomu­


nicações têm um período mínimo de duração de 24 meses.
Pág. 311

Tarifário Num tarifário pré-pago é necessário fazer um carregamento inicial


pré-pago e para permitir ter um saldo a utilizar em serviços ou produtos.
pós-pago
Nos tarifários pós-pagos, os consumos ou serviços são cobrados atra­
vés de fatura no final do mês, podendo ultrapassar o valor da mensali­
dade mínima.

Regra geral, o tarifário pré-pago permite um maior controlo de gastos.


Pág. 311

D ica: No momento de escolher o melhor tarifário devemos observar e questionar todos os aspetos
associados ao contrato.
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315
■n Modelos financeiros

Atividades complementares

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O Sr. Paiva aderiu a um serviço de Internet e te­ Numa companhia aérea,
lefone fixo com as seguintes condições: os voos do Porto para
■ Mensalidade: 34,50 € Paris são publicitados a
um preço de 40,99 € .
■ Oferta da 1.amensalidade
No entanto, como pode­
■ Aluguer do modem-router: 3,50 € (por mês)
mos observar na imagem
■ Período de fidelização: 12 meses ao lado, com as diversas
taxas extra relativas a ba­
gagens, seguro de viagem
e cartão de crédito, o
valor sobe para 72,92 € .
55.1. Qual a percentagem
de desconto, com
aproximação às uni­
dades, se optarmos por pagar com cartão
de débito?
55.2. Determine a percentagem de aumento do
preço do bilhete produzida pelas taxas
53.1. O Sr. Paiva decidiu aproveitar a oferta da extra (bagagem, seguro e cartão de crédito).
1.a mensalidade e está a pensar desistir no Apresente o resultado com aproximação às
final do 1.° mês de contrato, tendo que décimas.
pagar apenas o aluguer do modem-router.
55.3. O valor do IVA (taxa de 23%) já está in­
É possível fazer o que o Sr. Paiva está a
cluído nos valores apresentados.
pensar?
Calcule qual seria o preço final da viagem
53.2. Determine quanto vai pagar, na totalidade, sem o valor desse imposto.
ao fim de um ano de contrato.
6 O pai do Diogo vai inscrevê-lo na escolinha de fu­

O diretor do Agrupamento de Escolas de Algu­ tebol “Os Lobitos" As condições são as seguintes:
res está a ponderar colocar painéis solares no ■ Mensalidade: 8 €
edifício principal da escola. ■ Taxa de inscrição: 25% do valor da mensalidade
Após consultar as faturas de energia (eletricidade ■ Seguro de acidentes pessoais: 10 €
e gás) relativas à primavera e ao inverno, concluiu ■ Equipamento: 24 €
que gasta mais 3500 € nos meses de inverno.
■ Ajudas de custo nas deslocações: 5 € (por mês)
54.1. Sabendo que nos meses de primavera gasta
cerca de 750 € em energia, determine, em
percentagem, quanto gasta a mais nos
meses de inverno. Apresente o resultado
aproximado às centésimas.
54.2. Se instalar os painéis solares, sabe que irá
reduzir o valor da fatura em 30% .
Considerando que a fatura anual é de O pai do Diogo vai optar por pagar logo o valor
16 000 € e que o custo com os painéis é de total referente a uma época.
30 000 € , determine ao fim de quantos Sabendo que a época futebolística tem 10 meses,
anos é que o investimento terá retorno. determine qual é esse valor.

316
3 .3 . Tarifários

Atividades complementares

A Elvira paga 156 € anuais de seguro automóvel.

T V LED F u ll H D

Preço: 659 €

(ou apenas 48 €/m ês,


durante 15 meses sem juros)

57.1. Quanto poupará um cliente que pague a Se optar por outra seguradora pagará 165 € ,
TV a pronto? mas ao fim de três anos sem acidentes, será efe­
tuado um desconto de 15% na anualidade.
57.2. Quanto pagaria a mais, em percentagem,
um cliente que optasse pela modalidade Supondo que a Elvira não terá acidentes durante
das prestações mensais? Apresente o resul­ três anos, a partir de que ano começará a com­
tado com aproximação às décimas. pensar a mudança de seguradora?
57.3. Quando o anúncio refere que as prestações
são isentas de juros podemos considerar As tarifas da empresa Águas de Water são as apre­
correta essa afirmação? sentadas a seguir.

O Gonçalo pretende comprar um smartphone


Preço ( C /m 3)
através de um plano de comunicações móveis
pois o respetivo preço anunciado é de 0 € . Escalão 1 (0-5 m3) 0,49

Escalão 2 (6-10 m3) 0,64

Tarifa de resíduos 0,021


Tarifa de drenagem de
0,43
águas residuais

Notas:
1. Os primeiros 5 m3 são sempre faturados de acordo
O PVP (Preço de Venda ao Público) do smart­ com o Escalão 1, sendo que o excesso já é cobrado
phone na loja é 199 € . Já o PVP online tem um segundo as tarifas dos escalões seguintes.
desconto de 10% . 2. Os preços já incluem a taxa do IVA.
Mensalidade do plano de comunicações móveis
M M A CS10 © Porto Editora

associado: 24,40 € O Bruno, residente no município de Water, con­


some, em média, 8 m3 de água por mês.
Ao fim de quantos meses se pode considerar
que o sm artphone fica pago? Determine qual o valor da sua fatura mensal.

317
■n Modelos financeiros

Atividades complementares

O Pedro e a Sara são namorados e combinaram O Daniel tem amigos espalhados um pouco por

M M A CS10 © Porto Editora


ir ao cinema no próximo fim de semana. todo o mundo.
0 Pedro tem um cartão que lhe dá descontos no Para não con­
cinema, tendo que optar por uma das seguintes versar com eles
modalidades: apenas através
das redes sociais,
M o d a lid a d e A :
decidiu aderir a
2 bilhetes de adulto pelo preço de 1 um tarifário de
M o d a lid a d e B : chamadas inter­
1 menu normal grátis (pipocas + bebida) nacionais.
Os melhores amigos do Daniel são o Ricardo
(Estados Unidos da América), o William (Reino
Unido), a Júlia (Angola) e a Concha (México).

Fins de sem ana


Cham adas
Dias úteis e feriados
internacionais
(0:00-24:00) nacionais
(destino)
(0:00-24:00)
P reçário: Zona 1
■ Bilhete (adulto): 6,50 € EUA e Canadá;
redes fixas da
■ Bilhete (estudante): 5,10 € 0,496 € 0,248 €
UE, da Suíça,
■ Menu normal: 5,60 € de Andorra
e da Noruega
Sabendo que o Pedro e a Sara são estudantes e
que querem comprar um menu normal, deter­ Zona 2
Resto da Europa
mine qual das duas modalidades é mais econó­
e redes móveis
mica. 0,533 € 0,458 €
da UE, da Suíça,
de Andorra e da
Noruega
A Lídia quer inscrever-se em aulas de dança,
juntamente com o seu filho de 5 anos. Zona 3
PALOP, Brasil,
Na página da Escola de Dança TWIST leu as in­ Marrocos,
formações que se seguem: Tunísia, Argélia,
Macau, 0,623 € 0,458 €
■ Valor da inscrição (Cartão de Utente + Seguro Venezuela,
Anual): 30 € Austrália, Timor­
■ Opções de pagamento: pagamento único -Leste e África
do Sul
anual (com oferta de uma mensalidade) ou pa­
gamento mensal Zona 4
1,567 € 1,567 €
■ Frequência de dois elementos da mesma fa­ Resto do Mundo
mília: desconto de 10% na mensalidade de
Sabendo que para o William só pode ligar para o
valor mais baixo
telemóvel e ao sábado e que para os restantes
■ Mensalidades: adulto: 60 € / criança: 45 € amigos só liga durante a semana, determine
quanto gasta o Daniel numa semana.
Determine o valor total pago para cada uma das
opções de pagamento, anual e mensal, durante (Considere que liga para cada um apenas uma vez por
um ano. semana e que a duração de cada chamada é de 5 min .)

318
3 .3 . Tarifários

Avaliação global

1 O Sr. Vieira contratou um serviço de Internet e televisão


com as seguintes condições:
■ Mensalidade: 40,50 €
■ Mensalidade promocional (durante 6 meses): 29,90 €
■ Aluguer da box de gravação: 5,50 € (por mês)
■ Período de fidelização: 24 meses
Determine quanto vai pagar, na totalidade, ao fim de dois anos de contrato.

2 O Tomás tem um telemóvel da rede Hello. Nesta rede existem apenas dois tarifários, o tarifário
Tudo ao Molho e o tarifário H abla Mucho, apresentados nas tabelas abaixo:

das 09:00 das 09:00


Habla às 21:00 das 21:00 Tudo ao às 21:00 das 21:00
Mucho Após o às 09:00 Molho Após o às 09:00
1.° min 1.° min
1.° min 1.° min
0,02 D por 0,10 D
Rede Hello 0,25 D 0,05 D Todas as redes 0,30 D 0,12 D
cada 30 s por min
0,15 D
Outras redes 0,50 D 0,18 D
por min
Rede H o ra D u ra ç ã o / s
Notas: i Preços com IVAà taxa legal em vigor.
■ Chamadas taxadas ao segundo após o 1.° minuto. Hello 08:15 120
■ Às chamadas com duração inferior a 1 min é Hello 11:35 40
cobrado o valor correspondente a um minuto.
Outra rede 16:24 76
O Tomás vai realizar, durante dois meses, um estudo para Hello 21:15 60
determinar qual o melhor tarifário para si. Para isso vai
Outra rede 23:57 210
calcular o montante a pagar, semanalmente, por cada um
dos tarifários da rede Hello. Hello 00:10 675
Com base nos tarifários definidos acima e no registo se­ Outra rede 06:30 222
manal apresentado ao lado, determine o valor a pagar
Hello 09:34 198
pelo Tomás em cada um dos tarifários.
Se proceder a arredondamentos, conserve duas casas Outra rede 15:22 24
decimais.

3 A Maria quer ir trabalhar para Londres, mas para isso precisa melhorar o seu inglês.
Decidiu inscrever-se num curso que terá a duração de seis
meses.
As condições são as que se seguem:
■ Mensalidade: 25 €
■ Taxa de inscrição: 40% do valor da mensalidade
M M A CS10 P Porto Editora

■ Fotocópias: 5 € (por mês)


■ Diploma: 30 €
Quanto vai gastar, na totalidade, pelo curso de inglês?

319
■n Modelos financeiros

M M A C S10 © Porto Editora


1 Considere o seguinte excerto do recibo de vencimento do Sr. Tomé, referente ao mês de maio de
2014. O seu vencimento-base (salário bruto) era de 1481,82 € .
A bono«: D es co n to«

R em unerações Fixas 1 .4 8 1 .8 2 IRS4S)

Subsidio d e R efetç io 9 0 .9 Î IRS ( 18.S X)


SS ( 1 1 « )

T o ta l d e A b o n o « : 1 .5 /2 ,7 5 T o ta l d e D e s c o n to s :

T o ta l A R e c e b e r

1.1. Complete, no seu caderno, o recibo de vencimento tendo em conta as informações


seguintes:
■ O IRS e a contribuição para a Segurança Social (SS) são calculados com base no salário bruto.
■ Em 2014, todos os meses, os trabalhadores do setor público e privado tiveram o seu salário
mensal reduzido em 3,5% (sobretaxa extraordinária - campo IRS(S)).
■ Para calcular a sobretaxa extraordinária que vai pagar no IRS 2014, deverá retirar ao salário
bruto as contribuições para o IRS e para a SS e um salário mínimo nacional (485 euros,
em 2014). A sobretaxa de 3,5% é aplicada sobre o valor obtido.
1.2. Caso o vencimento-base do Sr. Tomé fosse 750 euros, com o mesmo valor de subsídio de
refeição e supondo que as taxas de IRS e Segurança Social eram as mesmas, quanto
receberia no final do mês?

2 O Sr. Ribeiro tinha alguns problemas no seu automóvel e deixou-o numa oficina para reparação.
Passadas três horas foi buscá-lo e pagou o valor solicitado.

Quando saiu da oficina, o Sr. Ribeiro decidiu apagar alguns campos da fatura para testar se o seu
filho, aluno de MACS, conseguia responder às questões que lhe ia colocar ao chegar a casa.
O Sr. Ribeiro colocou as duas questões seguintes ao seu filho.
2.1. “Quanto tempo demorou a reparação? Apresenta o resultado em horas e minutos.”
2.2. “Quanto paguei pela reparação do automóvel?”

320
Exercícios tipo exame

3 Para calcular o valor do IRS a pagar por u m a determ inada fam ília, n u m certo ano, é necessário
calcular o “rendim ento coletável” e a “coleta” relativos a essa fam ília. O “rendim ento coletável” é a
parte do rendim ento global auferido por u m contribuinte, durante u m ano, sujeita a imposto.
A “coleta” é o im posto a pagar, caso não haja deduções a fazer.
Os escalões de rendim ento coletáveis e as respetivas taxas, para os contribuintes residentes em
Portugal continental, em 2014, estão representados
R e n d im e n to Taxa P arcela
na tabela ao lado.
coletável (em euros) (% ) a ab ater
A seguir apresenta-se o procedimento simplificado
Até 7 000 14,50 -
para o cálculo do imposto a pagar por casais sem filhos
D e 7 000 a 20 000 28,50 980
e sem deduções a efetuar. Trata-se de u m exemplo em
que o rendimento global do casal é de 50 000 € (soma D e 20 000 a 40 000 37,00 2 680
dos rendimentos dos elementos do casal), ao qual D e 40 000 a 80 000 45,00 5 880
corresponde u m rendimento coletável de 25 000 € . M ais de 80 000 48,00 8 280
C álcu lo do re n d im e n to glo b al do casal:
■ C ontribuinte A (marido), com u m rendim ento total de 20 000 euros
■ C ontribuinte B (esposa), com u m rendim ento total de 30 000 euros
■ O rendim ento global deste casal é 50 000 euros.
C álcu lo do re n d im e n to coletável: 50 000 : 2 = 25 000 euros
C álcu lo da coleta do casal:
■ Consultar a tabela e verificar qual a taxa a aplicar (37% ) e a parcela a abater (2680 euros)
■ A plicar a taxa de im posto ao rendim ento coletável do casal: 25 000 x 0,37 = 9250 euros
■ Subtrair ao valor obtido a parcela a abater: 9250 - 2680 = 6570 euros
■ A coleta do casal obtém-se m ultiplicando o valor anterior por 2 , ou seja, 6570 x 2 = 13 140 euros
C álcu lo do IRS:
■ IRS = coleta - deduções = 13 140 - 0 = 13 140 euros.

Depois de ler o texto e o exemplo apresentados, responda às questões que se seguem (sempre
que for necessário proceder a arredondam entos, utilize duas casas decimais).

3.1. Em 2014, o rendim ento global de dois contribuintes casados, o Francisco e a M ariana, foi de
18 450 € , dado que os rendim entos do Francisco foram 10 000 € e os da M a ria n a 8450 € .
D eterm in e o correspondente valor de IRS que este casal pagou, relativo ao ano de 2014,
adm itindo que não houve quaisquer deduções a fazer à coleta e utilizando o procedim ento
sim plificado apresentado.

3.2. Em dezembro de 2014, o Bruno e a Joana verificaram que o rendim ento global do casal, nesse
ano, era de 12 000 € . Os rendimentos da Joana foram 10 000 € e os do Bruno 2000 € . Foi-lhes
proposto prestarem u m serviço, no final de dezembro, pelo qual receberiam a quantia de 2500 € .
O Bruno, após consultar a tabela das taxas de IRS, resolveu não aceitar o serviço, dizendo à Joana
que “não queria perder dinheiro, dado que passariam do escalão de 14,5% para o de 28,5% ” .
Escreva u m pequeno texto mostrando que o Bruno não tem razão. Apoie os seus argumentos
em cálculos do IRS, com e sem a prestação do referido serviço. Suponha que o casal não
M M A CS10 © Porto Editora

estava sujeito, naquele ano, a quaisquer deduções à coleta. U tilize o procedim ento
sim plificado anteriorm ente apresentado.
O texto deve in c lu ir o cálculo do IRS com a prestação do serviço, o cálculo do IRS sem a
prestação do serviço, a comparação dos rendim entos e um a conclusão.

MMACS10-21 321
■n Modelosfinanceiros

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4 O Rui reside em Freixo de Espada à Cinta e pretende depositar 8500 € n um a conta a prazo.
Depois de estudar qual a m elho r solução para ele, decidiu optar pela conta a prazo “Jovem +

Observe o excerto da ficha de inform ação do depósito a prazo “Jovem +

R enovação D e p ó s ito a P ra z o n ã o ren o vá vel.

M oeda EURO

M o n ta n te 0 m o n ta n te m ín im o d e co n stitu içã o é d e 2 5 0 0 E U R , co m m últiplos d e 5 0 E U R , e o m o n ta n te


m á x im o é d e 5 0 0 .0 0 0 E U R .
N o c a s o d e m o b iliza ç õ e s parciais, o sa ld o re m a n e s c e n te te m q u e re s p e ita r o m o n ta n te m in im o
d e constituição.

R e fo rç o s N ã o sã o adm itid o s reforços

T a x a d e R e m u n e ra ç ã o O s ju ro s sã o c a lc u la d o s s e m e s tra lm e n te , s e n d o c red ita d o s n a co n ta d e d e p ó s ito à o rd e m


a s s o c ia d a , d e a c o rd o co m a s se g u in te s ta x a s d e ju ro (T A N B (1 ) / T A N L (2 j):

1o S e m e s tre : 0 ,9 0 % /0 ,6 4 8 %
2 o S e m e s tre : 1 ,4 0 % /1 ,0 0 8 %
3 o S e m e s tre : 1 ,9 0 % /1 ,3 6 8 %
4 o S e m e s tre : 2 ,4 0 % /1 ,7 2 8 %
5 o S e m e s tre : 2 ,9 0 % / 2 ,0 8 8 %
6 o S e m e s tre : 3 ,4 0 % / 2 ,4 4 8 %

T A N B M é d ia d e 2 ,1 5 % e T A N L M é d ia d e 1 ,5 4 8 % , p a ra o p ra zo to tal do D e p ó s ito (3 A n o s)
(1 ) T a x a A n u al N o m in a l Bruta
(2 ) T a x a A n u al N o m in a l L iquida c a lc u la d a com b a s e n a ta xa d e IR S d e 2 8 %

R e g im e d e C a p ita liz a ç ã o N ã o ap licáv el.

C á lc u lo d e J u ro s O s juros sã o c a lc u la d o s n a b a s e A c tu a l/3 6 0 d ias O a rre d o n d a m e n to é d e 2 c a s a s d e c im a is , na


te rc e ira c a s a a rre d o n d a por e x c e s s o s e igual ou a c im a d e 0 ,0 0 5 e p o r d efeito a b a ix o d e 0 .0 0 5 .

P a g a m e n to d e J u ro s O s ju ro s sã o c a lc u la d o s s e m e s tra lm e n te , s e n d o c red ita d o s n a co n ta d e d e p ó s ito à o rd e m


a s s o c ia d a

R e g im e F is c a l Im p o sto s o b re o R e n d im e n to
Juros su jeito s a IR S à ta x a e m vigor no m o m e n to e m q u e o c o rre r o seu v e n c im e n to ou fo re m
c redita dos.
R e s id e n te s
Juros su jeito s a re te n ç ã o na fo n te á ta x a d e 2 8 ,0 0 % (re s id e n te s no C o n tin e n te e na R e g iã o
A u tó n o m a d a M a d e ira ) e 2 2 ,4 0 % (re s id e n te s n a R e g iã o A u tó n o m a dos A ç o re s ), co m o p ç ã o
p e lo e n g lo b a m e n to .

A TANB (Taxa A nual N o m in a l Bruta) é a taxa de juro indicada pelas instituições bancárias,
resultante após o térm in o do depósito ou aplicação bancária. É u m a Taxa N om in al, porque pode
não levar em conta o período efetivo da aplicação. Trata-se de um a Taxa Bruta porque não está
livre de IRS cuja retenção é feita na fonte (pelo Banco).
A TA N L (Taxa A nu al N o m in a l Líquida) é o valor resultante após a dedução de IRS da TANB, ou
seja, o valor que irá receber após impostos.

N a resposta aos itens seguintes, quando for necessário proceder a arredondam entos, utilize duas
casas decimais. Apresente todos os cálculos e /o u esquemas que efetuar.

4.1. Quanto irá receber de juros no fim do 1.° semestre?

4.2. Ao fim de três anos, qual será o retorno global do seu investimento?

4.3. Caso não existisse o im posto sobre o rendim ento, quanto receberia de juros no final dos três
anos?

322
Exercícios tipo exame

5 O Ramiro pediu a u m amigo 2500 euros para aplicar em ações.


C om prom eteu-se com o seguinte plano de pagamento:
■ 500 euros, no final do 2.° ano;
■ 1250 euros, u m ano após o p rim eiro pagamento;
■ 800 euros, três anos após o p rim eiro pagamento.

O Ramiro investiu os 2500 euros em ações. N o prim eiro ano teve 25% de lucro; no segundo ano
obteve u m lucro de 225 euros; no ano seguinte perdeu 2 % do capital que detinha; no quarto
ano teve u m lucro de 3 0% e no ano seguinte u m lucro de 10% .

5.1. Com plete a tabela seguinte, no seu caderno, onde se poderá observar a situação do Ramiro
e o pagam ento das suas obrigações para com o amigo. Todos os valores estão em euros.

R a m iro (devedor) A m ig o (credo r)

A no Início Fim Início Fim

1.° 2500 3125 0 0

2.° 0 500

3.°

4.°

5.°

5.2. Com ente o resultado do investimento.


N a sua resposta deve fazer referência ao cum prim ento ou não cum prim ento das obrigações
do Ramiro e aos valores envolvidos (lucro, prejuízo, juros, etc.).

6 A Clara anda à procura de emprego e decidiu fazer um a pesquisa online de ofertas de emprego
com início em janeiro de 2017. Das opções apresentadas as que mais lhe cham aram a atenção
foram as seguintes.

O pção A: Contrato de trabalho com vencim ento de 500 € no prim eiro mês e, nos meses
seguintes, com u m aum ento de 10% por mês, apenas no prim eiro semestre. N o 7.° mês e nos
seguintes, o vencim ento é igual ao do 6.° mês;

Opção B: Contrato de trabalho com vencimento mensal, em euros, dado por Vn= 600 x 1,05n- 1 onde
Vn representa o vencimento no mês n (por exemplo, V5 representa o vencimento no mês 5 , ou seja,
maio). A partir do início do segundo semestre de contrato, o vencimento é constante e dado por V6 .

Indique, justificando, qual das duas situações é a mais vantajosa para a Clara, se o contrato tiver a
duração de dois anos.
N a sua resposta deve:
■ determ inar o valor do vencim ento no 6.° mês, em ambas as situações;
M M A CS10 © Porto Editora

■ determinar a soma total dos vencimentos a receber desde o 1.° até ao 6.° mês, em ambas as situações;
■ determ inar a soma total dos vencimentos a receber desde o 1.° mês do 1.° ano até ao últim o
mês do 2.° ano, em ambas as situações;
■ concluir qual das duas situações é a mais vantajosa.

323
Modelos financeiros

M M A C S10 © Porto Editora


7 O Sr. A lm eida m udou recentem ente de casa e pretende instalar, na nova residência, u m serviço de
televisão, In ternet e telefone (T V + N e t + Telefone). Após efetuar u m estudo exaustivo sobre várias
ofertas no mercado, reduziu a sua escolha a duas operadoras: a FIBRA + e a ZAPPIN G .

Operadora a o g M ensalidade
TV N et Telefone

Cham adas incluídas


50 M bps para todas as redes 29 ,9 0 D
140
FIBRA + (tráfego fixas nacionais e 49,90 D após
canais
ilim itado) 50 destinos o 6.° mês
internacionais

Notas:
As condições comerciais apresentadas são válidas para adesões entre 2016-05-01 e 2016-06-30 e
são exclusivas para novos clientes TV, im plicando u m período m ín im o de perm anência de
24 meses no serviço.
Os preços indicados in cluem IVA à taxa legal de 23% .
Para ter acesso a todos os canais, conteúdos em A lta Definição ou 3D, VideoClube, canais
premium e aplicações interativas é necessário um a Box.
O aluguer da Box D VR Full H D é de 1 € /m ê s , durante 24 meses, para novas adesões.
Após o 24.° mês, aplica-se a m ensalidade de 5,50 € /m ê s .
O valor do aluguer da Box acresce à m ensalidade do serviço.

Operadora ü O g M ensalidade
TV N et Telefone

135 canais 60 M bps 40 ,9 0 D


ZA P P IN G In clui Box (tráfego Ilim itad o Oferta da 1.a
com gravação ilim itado) mensalidade

C ondições dos pacotes Z A P P IN G :


Condições válidas até ao dia 2016-12-31.
Preços com IVA incluído.
Período de fidelização de 24 meses para novos clientes.
Preço promocional válido durante 24 meses. Após o 24.° mês aplica-se a mensalidade de 69,90 € .

D eterm in e qual é a m elho r opção para o Sr. A lm eida.

N a sua resposta, deve:


■ calcular o valor total pago ao fim de 2 anos em cada um a das operadoras;
■ calcular o valor total pago ao fim de 3 anos em cada um a das operadoras;
■ com entar os resultados obtidos;
■ referir qual das operadoras deve ser selecionada.

324
Exercícios tipo exame

8 A Nádia, aluna de MACS, ouviu a sua m ãe dizer que não percebe nada do que está na fatura de
eletricidade deste mês pois alguns valores aparecem rasurados. D ecid iu ajudar a sua m ãe e facil­
m ente decifrou os valores em falta. Os valores apresentados não in cluem IVA.

Font«*d« Energia
■ **« *• * u n
■ OufaM N M r M il - 10.00*
Tipo de consumo IVA ■ C*rv*o 11 QOH
m Ou> m k m i i l e i t n c t M i U.OOK
Consumo já faturado 12 dez 12 a 21 dez 12 64 kWh x € 0,1393 € -8,92 23% m - u.ocm
Consumo normal medido 12 dez 12 a 26 dez 12 94 kWh x€ 0,1393 23% tm
mamam Itu c* it . 00 %
Potência Contratada (3,45 kVA) 22 dez 12 a 26 dez 12 5 dias x€ 0.1748 23% A m form ofOo aywc«i m .a in y m jf ao
IE Cons Eletricidade já liquidado 12 dez 12 a 21 dez 12 23% m a wrto Ot fo m n J t n u rgn to ano 20JI

Imp Especial Cons Eletricidade 12 dez 12 a 26 dez 12 94 kWh x € 0,001 23% IMuntflHnodad»
Cm M h
Valor: UOMM M4ut« M M é ê é»im r,eto a» 2012
No«nt*l 9776 kWh

8.1. D eterm in e o núm ero de kW h consumidos no período a que se refere a fatura.

8.2. D eterm in e qual o valor do IVA cobrado nesta fatura.

8.3. Q ual o valor de eletricidade a pagar?

9 A etiqueta energética, obrigatória em diversos


equipamentos elétricos, inform a-nos sobre a
eficiência energética desses equipamentos,
consumos, rendimentos, capacidade, ruído,
etc. Estas etiquetas podem ser m uito úteis na
hora de decidir entre dois modelos.
M uitas vezes, o preço de u m equipam ento
pode não ser tão im portante como os
consumos que realizará durante a sua vida
útil, já que o baixo consumo pode
compensar, em pouco tempo, o acréscimo de
preço que norm alm ente está associado a
equipamentos mais eficientes.
A nova etiqueta energética, disponibilizada
em 2012, adiciona mais três classes de
eficiência (A+ , A + + e A + + + ) e elim ina as
classes E , F e G da etiqueta anterior.
Para a m esm a capacidade e características, u m aparelho classificado como A + + + é considerado
mais eficiente e mais económico.

Observe as etiquetas anteriores referentes a dois modelos de frigoríficos combinados.

Nas questões que se seguem, apresente todos os cálculos que efetuar.


M M A CS10 © Porto Editora

9.1. D eterm in e qual o valor, em euros, de eletricidade paga ao final de u m ano em cada u m dos
modelos. Considere que o preço do kW h é de 0,1393 € (valor sem IVA).

9.2. Calcule qual o valor total da poupança, com o m odelo mais económico, considerando que
ambos os modelos teriam u m tem po m édio de vida de 15 anos.

325
Soluções

M M A CS10 © Porto Editora


1 MÓDULO INICIAL Pág. 19
7.1. a) 1 1 5 0 D b) 1 ,1 5 C D c) 1 1 5 D
Pág. 10
1. A a fir m a ç ã o é v e r d a d e ir a . 7.2. a) 9 5 0 D b) 0 ,9 5 C D c) 4 7 ,5 0 D

9 2 9 2 30 2
2.1. 2.2. 2.3. =
1 0 3 2 2 5 2 2 5 15
Pág. 20
3. 4 5 ,7 8 % 8.1. 1 2 3 6 7 ,5 0 €

4. 8 9 ,3 % 8.2. N ão , a p e rc e n ta g e m d a s u b id a d e 2 0 1 2 p a r a 2 0 1 3 fo i d e

5 0 % e d a s u b id a d e 2 0 1 3 p a r a 2 0 1 4 fo i d e 3 3 % .
5. O jo r n a lis t a n ã o fo i m u ito r ig o r o s o , s e r ia p r e fe r ív e l d iz e r

2 % o u 2 ,2 % . 8.3. 7 8

2
Pág. 22
3 1
1.1. a) b) 9.1. — o u 4 0 ,
10 9 5

1 7 9.2. 2 5 0 0 0 D
c) d)
4 0 100 9.3. O M a n u e l v ai re c e b e r 4 0 0 € e o A n tó n io v a i r e c e b e r 6 0 0 € .

8 3
1.2. a) P o r e x e m p lo , b) P o r e x e m p lo , 4 10. F ilip e : 9 0 0 0 0 0 D ; B ru n o : 1 8 0 0 0 0 0 D
35 1
11.
13
c) P o r e x e m p lo ,
2

50 12. 10

2.1. 6 m in
13.1. 10 13.2. 2 5

2.2. a) 12 b) 1 8 0 k m
14. 7 ,5 L

15. 1 5 L

Pág. 14 16. 7 5 0 g
3.1. a) 15 kg b) 0 ,1 4 4 L c) 3 k m
17. 6 0 k m
d) 12 3 0 0 D e) 6 2 5 D

3.2. 7 1 2 ,5 0 D
Pág. 23
18.1. 3 3 , 3 , 18.2. 4 5 ,

Pág. 15 18.3. 4 0 , 18.4. 5 ,


4.1. 10 0 0 0 4.2. 1 2 0
19. 3 h 3 6 m in 20. 6 5 ,
4.3. 15 4.4. 15 0 0 0
21. 2 5 , 22. 5 ,

23. 9 7 ,7 5 D
Pág. 16
5.1. 1 0 0 , 5.2. 2 0 0 ,
24. 7 0 0 0 0 D

5.3. 7 5 , 5.4. 5 ,
25. S u p e r fíc ie c o m e r c ia l A

5.5. 4 ,
26. A p e sa r d e a p e rc e n ta g e m d e a u m e n to e d o c o rte d e

v e n c im e n to s e r ig u a l, o c o r t e d e 8 % in c id iu s o b re u m
5.6. a) 5 ,3 % (a p ro x im a d a m e n te )
m a io r m o n ta n te d o q u e o a u m e n to s a la r ia l, o q u e s e tr a d u z

b) 1 1 ,1 , (a p ro x im a d a m e n te ) n u m v e n c im e n to in fe r io r a u fe r id o e m r e la ç ã o a ja n e ir o d e

2 0 1 4 .

Pág. 18 27. 6 0 , 28. 2 5 ,

6.1. O L u ís e n v io u m a is 5 6 , d e m e n sa g e n s q u e a A n a.

6.2. a) O p ã o a u m e n to u 0 ,1 0 € . A a lia n ç a a u m e n to u 1 2 5 € . Pág. 24


b) O p ã o e a a lia n ç a a u m e n ta ra m 2 5 % . 1.1. 2 0 1.2. 6 0 , 1.3. 5

c) E s ta s itu a ç ã o e v id e n c ia a im p o r tâ n c ia d o v a lo r d e 2. 3 5 D 3. 8 0 4. 8 4 0 D

r e fe r ê n c ia so b re o q u a l in c id e a p e r c e n ta g e m . E m b o r a a 5.1. 1 2 , 5.2. 8 ,

p e rc e n ta g e m o b tid a p a r a a s a lín e a s a n te r io r e s s e ja ig u a l,

o v a lo r d o s a u m e n to s fo i m u ito d ife r e n te .
Pág. 25
6.3. a i) O p a r tid o A o b te v e , a p r o x im a d a m e n te , 3 7 ,7 2 % m a is
6.1. 6 2 ,1 1 D 6.2. 5 4 ,6 6 D
v o to s q u e o p a r tid o B .
6.3 2 9 ,3 2 D 6.4. 2 6 ,3 9 D
a2) O p a r tid o B o b te v e , a p r o x im a d a m e n te , 1 3 9 ,7 9 % m a is
7.1. a) 2 0 0 b) 2 2 0
v o to s q u e o p a r tid o C .
7.2. 1 0 D
a3) O p a r tid o C o b te v e , a p r o x im a d a m e n te , 5 8 ,3 0 %

m e n o s v o to s q u e o p a r tid o B . 7.3. S im , o A fo n s o le u 3 3 — % d o liv r o .


2 3
b) 1 6 5 4 7 7 7 v o to s ; 2 3 % 7.4. 6 6 2 %
3

c) 2 0 7 7 6 9 5 v o to s ; 3 2 % 7.5. N a v is ita d e e s tu d o p a r tic ip a r a m 4 4 e s tu d a n te s ,

d) 5 9 2 9 9 7 v o to s ; 9 % 2 0 ra p a rig a s e 2 4 ra p a z e s.

326
Teoria matemática das eleições

1| MÉTODOS DE APOIO À DECISÃO Pág. 48


10. O v e n c e d o r é o c a n d id a to A e é u m v e n c e d o r d e C o n d o rc e t.
Pág. 28
1 .1 . R u i: 1 2 ,6 % ; C o n s ta n ç a : 2 0 ,9 % ; D io g o : 2 7 % ;

Jo a n a : 3 9 ,6 % . F in a lis ta s : Jo a n a e D io g o . Pág. 49
1 .2 . P o d e m o s a fir m a r q u e a J o a n a te v e u m a m a io r ia r e la tiv a d o s 1 1 .1 . a) V e n c e d o r : c a n d id a to X

v o to s . N o e n ta n to , c o m o n ã o a lc a n ç o u m a is d e 5 0 % d o s
b) V e n c e d o r : c a n d id a to X
v o to s , n ã o p o d e m o s d iz e r q u e o b te v e m a io r ia a b s o lu ta .
c) V e n c e d o r : c a n d id a to Z
1 .3 . A p e s a r d e a J o a n a te r o b tid o m a is v o to s , n ã o im p lic a q u e
d) V e n c e d o r : c a n d id a to Z (e é u m v e n c e d o r d e C o n d o rc e t).
s e ja a v e n c e d o r a n a fin a l, p o is o s v o ta n te s p o d e r ã o n ã o ser

o s m e s m o s . P a r a a lé m d is s o , a s p e s s o a s q u e v o ta r a m n o R u i 1 1 .2 . C o m b a s e n o s r e s u lta d o s o b tid o s , p o d e m o s c o n c lu ir q u e ,

e n a C o n s ta n ç a (e lim in a d o s n a s e m ifin a l) p o d e m , n a fin a l, d e p e n d e n d o d o m é to d o p r e fe r e n c ia l q u e u tiliz a m o s , o

v o ta r n o D io g o , f a z e n d o c o m q u e a J o a n a s e ja d e r r o ta d a . v e n c e d o r p o d e s e r d ife r e n te . D e fa c to , o c a n d id a to X v e n c e

p e la a p lic a ç ã o d o s m é to d o s r u n -o f f e o c a n d id a to Z v e n c e
2. O c a n d id a to C o s ta V ie ir a fo i e le ito p r e s id e n te d o c lu b e .
p e lo s m é to d o s d e B o r d a e d e C o n d o r c e t. P o d e m o s a in d a

o b s e r v a r q u e o c a n d id a to Z é e lim in a d o lo g o à p r im e ir a n o s

Pág. 32 m é t o d o s r u n -o ff, a p e s a r d e s e r v e n c e d o r s e g u n d o B o rd a e

s e r v e n c e d o r d e C o n d o rc e t.
Lista A B C D Total
N.° de votos 81 25 9 4 50 250
Pág. 51
% de votos 32,4 % 1 0 % 37,6 % 2 0 % 1 0 0 %
1 2 .1 . O v e n c e d o r fo i a R e n a ta .

1 .2 . L is ta C , p o is o b te v e m a is v o to s d o q u e q u a lq u e r u m a d a s
1 2 .2 . 6 0 0 v o to s (R e n a ta ); 4 5 0 v o to s (E m íd io );

5 7 5 v o to s (M a n u e l). O n ú m e ro d e v o to s é s u p e r io r a o
o u tr a s lis ta s .
n ú m e ro d e v o ta n te s , p o is c a d a p e s s o a p o d e v o ta r e m m a is
1 .3 . V o to s b r a n c o s o u n u lo s : » 1 3 ,7 9 %
d o q u e u m c a n d id a to .
1 .4 . A p r o x im a d a m e n te , 3 2 ,4 1 % .
13. P iz z a v e n c e d o r a : C a lz o n e (c o m 2 2 a p ro v a çõ e s)

Pág. 36
Pág. 56
3 .1 . V e n ce d o r: L u rd es
1 4 .1 . A n d a r c o m 1 2 7 c a m a s : trê s e n fe rm e ira s ; a n d a r c o m
3 .2 . R e a liz a v a -s e u m a s e g u n d a v o lta a p e n a s c o m o C a rlo s e a
1 3 c a m a s : n e n h u m a e n fe rm e ira ; a n d a r c o m 1 0 7 c a m a s:
L u rd es, g a n h a n d o o q u e o b tiv e s s e m a is v o to s .
trê s e n fe rm e ira s ; a n d a r c o m 8 0 c a m a s : d u a s e n fe rm e ira s .

1 4 .2 . T e r ia m q u e s e r a d m itid a s m a is 1 6 e n fe rm e ira s , p e rfa z e n d o

Pág. 37 u m to ta l d e 2 4 .

4 .1 . O a lg o r itm o e s tá in c o m p le to p o is n ã o fa z r e fe r ê n c ia à s
Número de deputados
c o n d iç õ e s p a r a e le g e r o v e n c e d o r n a s v o lta s s e g u in te s (n e m

q u a n ta s v o lta s s ã o n e c e s s á r ia s ).
Viana do Castelo Santarém
4 .2 . P o r e x e m p lo : P S 3 4

5.° passo: V e n c e o c a n d id a to q u e o b tiv e r a m a io r ia a b s o lu ta . P P D / P S D 2 3

C a s o is s o n ã o a c o n te ç a , r e p e te -s e a e le iç ã o a p e n a s c o m o s d o is C D S -P P 1 1

c a n d id a to s m a is v o ta d o s e g a n h a o q u e o b tiv e r m a is v o to s .
B E 0 1

P C P -P E 0 1

Pág. 40
5 .1 . V e n c e d o r : L is ta B , c o m a p r o x im a d a m e n te 2 9 % d e
Pág. 58
p r im e ir a s p r e fe r ê n c ia s .
16. F á b ric a A : 4 e n g e n h e ir o s ;

5 .2 . N ão s e p o d e c o n s id e r a r in t e ir a m e n t e ju s t o . S e a d is p u ta fá b r ic a B : 2 e n g e n h e ir o s ,

fo s s e a p e n a s e n tr e a L is ta B e a L is ta C o u e n tr e a L is ta A e a fá b r ic a C : 1 e n g e n h e ir o

L is ta B , a lis ta v e n c e d o r a p e lo m é to d o d a p lu r a lid a d e (a
17. C itr in a : 6 p s ic ó lo g o s ; A q u á tic a : 4 p s ic ó lo g o s ;
L is ta B ) s e r ia d e rro ta d a e m a m b o s o s c a so s.
A m a d e ir a d a : 4 p s ic ó lo g o s ; F lo r a l: 3 p s ic ó lo g o s ;

T e rro sa : 1 p s ic ó lo g o

Pág. 42
6. O f u t e b o l i s t a d o a n o 2 0 1 5 é o C r i s t i a n o R o l a n d o ( c a n d i d a t o C ). Pág. 62
18. P a ís A : 8 7 r e p r e s e n ta n te s ; p a ís B : 7 3 re p re s e n ta n te s ;

p a ís C : 4 0 re p re s e n ta n te s
Pág. 44
19. 1 .° c i c l o : 1 r e p r e s e n t a n t e ; 2 .° c ic l o : 3 re p re s e n ta n te s ;
7.
M M A CS10 © Porto Editora

C a n d id a to D *89
3 .° c i c l o : 6 r e p r e s e n ta n te s ; s e c u n d á r io : 10 re p re s e n ta n te s

Pág. 46
Pág. 66
8. A p a tin a d o r a v e n c e d o r a fo i a S a ra .
2 0 .1 . A lu n o A : 10 p r é m io s ; a lu n o B : 6 p r é m io s ; a lu n o C : 5

9. O c a n d id a to C fo i, d e fa c to , o v e n c e d o r . p r é m io s ; a lu n o D : 1 p r é m io

327
Soluções

M M A CS10 © Porto Editora


2 0 .2 . A lu n o A : 10 p r é m io s ; a lu n o B : 5 p r é m io s ; N e s ta s itu a ç ã o , o s m é to d o s d e H a m ilto n e d e H ill-H u n tin g to n

a lu n o C : 5 p r é m io s ; a lu n o D : 2 p r é m io s . p a re c e m s e r o s q u e p ro d u z e m r e s u lta d o s m a is a c e itá v e is

O a u m e n to d a p o n tu a ç ã o d o a lu n o B fe z c o m q u e p e rd e sse te n d o e m c o n ta a d is tr ib u iç ã o a p r o x im a d a q u e r e s u lta r ia

u m p r é m io (p a ra d o x o d a p o p u la ç ã o ). Já o a lu n o D d e u m s im p le s c á lc u lo p r o p o r c io n a l.

b e n e fic io u c o m o a u m e n to d a s u a p o n tu a ç ã o .

Pág. 83
Pág. 68 2 9 .1 . A p r o x im a d a m e n te :

21. E s c o la A : 2 8 q u a d ro s ; e s c o la B : 19 q u a d ro s; P r o p o s ta A : 4 2 ,8 % ; p ro p o sta B : 2 6 % ; p r o p o s ta C : 3 1 ,2 %

e s c o la C : 6 q u a d ro s
2 9 .2 . M a io r ia s im p le s (a p r o p o s ta A v e n c e c o m m a io r ia r e la tiv a ).

22. 1 .° c i c l o : 1 r e p r e s e n t a n t e ; 2 .° c ic l o : 3 re p re s e n ta n te s ;
3 0 .1 . V o ta ra m 3 3 9 5 a s s o c ia d o s .
3 .° c i c l o : 6 r e p r e s e n ta n te s ; s e c u n d á r io : 10 re p re s e n ta n te s.
3 0 .2 . A b ste n ç ã o : = 3 4 ,7 %
O s r e s u lta d o s p r o d u z id o s p e lo s d o is m é to d o s s ã o ig u a is .

3 0 .3 . O c a n d id a to v e n c e d o r fo i o A .

3 0 .4 .
Pág. 70 C a n d id a to A : 2 v itó r ia s ; c a n d id a to B : 1 v itó r ia ;

c a n d id a to C : n e n h u m a v itó r ia .
23. E s c o la A : 2 7 q u a d ro s ; e s c o la B : 19 q u a d ro s;
V e n c e d o r : c a n d id a to A (e é u m v e n c e d o r d e C o n d o rc e t).
e s c o la C : 7 q u a d ro s.

O s d o is m é to d o s (Je ffe r s o n e A d a m s) p ro d u z e m r e s u lta d o s 3 1 .1 . O p ra to P 4 ( R o jõ e s à m in h o t a )

d ife r e n te s , s e n d o q u e o m é to d o d e A d a m s fa v o re c e a e s c o la 3 1 .2 . A p r o x im a d a m e n te , 3 3 ,3 % .
c o m m e n o s a lu n o s (te n d o d ir e ito a m a is u m q u a d ro
3 1 .3 . V e n c e d o r : p ra to P 3 (T rip a s à m o d a d o P o rto )
in te r a tiv o ).
3 1 .4 . V e n c e d o r : p ra to P 4 ( R o jõ e s à m in h o t a )
24. C e n tro d e d ia p a r a a 3 .a id a d e : 7 4 0 0 0 € ;

A p o io a c r ia n ç a s c a r e n c ia d a s : 7 8 0 0 0 € ;
3 2 .1 . V o ta ra m 7 4 p e sso a s.

A p o io a jo v e n s d e s e m p r e g a d o s : 4 8 0 0 0 €

Pág. 84
Pág. 72 3 2 .2 . C a n d id a to A c o m , a p r o x im a d a m e n te , 2 9 ,7 % d e p r im e ir a s

p r e fe r ê n c ia s .
25. C e n tro d e d ia p a r a a 3 .a id a d e : 7 4 0 0 0 € ;

A p o io a c r ia n ç a s c a r e n c ia d a s : 7 8 0 0 0 € ;
3 2 .3 . C a n d id a to B (4 5 v e z e s v o ta d o c o m o ú ltim a p r e fe r ê n c ia )

A p o io a jo v e n s d e s e m p r e g a d o s : 4 8 0 0 0 € 3 2 .4 . C a n d id a to A 3 2 .5 . V e n c e d o r : c a n d id a to A

A p lic a n d o o s m é to d o s d e A d a m s e d e W e b s te r o b tiv e m o s
3 2 .6 . V e n c e d o r : c a n d id a to C
o s m e s m o s r e s u lta d o s .
3 2 .7 . V e n ce d o r: n ã o e x is te (e m p a te e n tr e o s c a n d id a to s A e D )
2 6 .1 . S u c u rsa l A : 32 p la n o s d e fé r ia s ; s u c u r s a l B : 2 9 p la n o s d e
3 2 .8 . S im , o c a n d id a to A é v e n c e d o r d e C o n d o rc e t.
fé r ia s ; s u c u r s a l C : 30 p la n o s d e fé r ia s ; s u c u r s a l D : 9 p la n o s

d e fé r ia s 3 3 .1 . D e s ig n a n d o c a d a u m a d a s c id a d e s p e la r e s p e tiv a in ic ia l:

2 6 .2 . S u c u rsa l A : 31 p la n o s d e fé r ia s ; s u c u r s a l B : 2 9 p la n o s d e Maria Bruno Clara Joana Diogo


fé r ia s ; s u c u r s a l C : 3 0 p la n o s d e fé r ia s ; s u c u r s a l D : 1 0 p la n o s
1.“ Z R P L L
d e fé r ia s
2.“ R A R A P
O s r e s u lta d o s o b tid o s p e la a p lic a ç ã o d o s d o is m é to d o s s ã o

d ife r e n te s . O m é to d o d e A d a m s fa v o re c e u a su c u rsa l c o m
3.“ A L A R R

m e n o s fu n c io n á r io s . 4.“ P Z L Z Z

5.“ L P Z P A

Pág. 75 3 3 .2 . C id a d e v e n c e d o r a : L o n d r e s

27. S u b -1 3 : 2 fu te b o lis ta s ; s u b -1 5 : 3 fu te b o lis ta s ; 3 3 .3 . V ã o p a s s a r fé r ia s e m R o m a .

s u b -1 7 : 2 fu te b o lis ta s ; s u b -1 9 : 3 fu te b o lis ta s
3 4 .1 . R ic a rd o

28.
3 4 .2 . N in g u é m o b te v e , p e lo m e n o s , 3 7 v o to s e m p r im e ir a

|Agrup. Hondt Hamilton Jefferson Adams Webster Hill-Hunt. p r e f e r ê n c ia , lo g o , n e n h u m c a n d id a to a lc a n ç o u m a io r ia

a b s o lu ta .
O e ste 10 9 10 9 9 9

3 4 .3 . V e n c e a C o n s ta n ç a (v e n c e d o ra d e C o n d o rc e t).
E ste 7 7 7 7 8 7

N o rte 5 5 5 5 5 6 3 4 .4 . O v e n c e d o r se rá o N u n o .

Su l 3 4 3 3 3 3 3 5 .1 . V e n c e d o r : M a rtin h o 3 5 .2 . N ão

N o ro e s te 1 1 1 2 1 1
3 5 .3 . M a rtin h o : 6 2 ,5 % ( 5 x 100^ ; G o n ç a lo : 5 0 % (4 - x 100^ ;

O s m é to d o s p ro d u z e m to d o s r e s u lta d o s d ife r e n te s , à

e x c e ç ã o d o s m é to d o s d e H o n d t e Je ffe rs o n p o is , c o m o T ia g o : 5 0 % ( i X 100^

s a b e m o s, sã o m a te m a tic a m e n te e q u iv a le n te s .
3 6 .1 . V e n c e d o r : c a n d id a to A 3 6 .2 . N ã o é ju s t o .
O b s e rv a -s e q u e o m é to d o d e H o n d t (e o d e Je ffe rs o n )

fa v o re c e c la r a m e n te o a g r u p a m e n to d e e s c o la s c o m m a is

a lu n o s , e n q u a n t o o m é to d o d e A d a m s fa v o re c e o Pág. 85
a g ru p a m e n to m a is p e q u e n o (é o ú n ic o q u e a tr ib u i a o 3 7 .1 . L is ta A : 3 r e p r e s e n ta n te s ; lis ta B : 3 re p re s e n ta n te s ;

A g ru p a m e n to d e E s c o la s d o N o r o e s te 2 re p re s e n ta n te s ). lis ta C : 1 r e p r e s e n ta n te ; lis ta D : 1 re p re s e n ta n te

328
Teoria matemática das eleições

3 7 .2 . Sim, provocou alterações. Lista A: 3 representantes; 1 .3 . O vencedor é o Diogo, com maioria simples.
lista B: 2 representantes; lista C: 2 representantes; 1 .4 . O vencedor é a Clara.
lista D: 1 representante
1 .5 . O vencedor é a Bruna.
3 7 .3 . Sim, usando o método de Sainte-Laguë os resultados são
1 .6 . Não existe vencedor de Condorcet.
diferentes da alínea 3 7 . 1 . . Lista A: 3 representantes;
lista B: 2 representantes; lista C: 2 representantes; 1 .7 . Vencedor: Eva (com 18 aprovações)
lista D: 1 representante. 2 .1 . O destino escolhido pela maioria dos alunos foi os Açores.
3 8 .1 . O país tem 9 627 000 habitantes. 3 8 .2 . 68,7643 (4 c. d.) Não obteve maioria absoluta pois, para isso, teria de ter,
3 8 .3 . Quotas-padrão com 4 c. d.: , /70 + 65 + 75 210 \
pelo menos, 106 votos I 2 = 2 = 1051.
estado A: 6,3550 ; estado B: 11,2558 ;
estado C: 62,3289 ; estado D: 56,3228 ; 2 .2 . a) Se o destino B for retirado, em ambos os métodos, vence C.
estado E: 3,7374 b) Se o destino C for retirado, em ambos os métodos, vence B.
3 8 .4 . a) Estado A: 7 lugares; estado B: 11 lugares; estado C: c) Se o destino A for retirado, em ambos os métodos, vence B.
62 lugares; estado D: 56 lugares; estado E: 4 lugares
2 .3 . Pelo método de Borda, vence B (Costa Alentejana).
b) Estado A: 6 lugares; estado B: 11 lugares; estado C:
2 .4 . Apesar de os Açores ser o destino escolhido pela maioria,
63 lugares; estado D: 57 lugares; estado E: 3 lugares
pela aplicação do método de Borda, o vencedor é a Costa
Partido Método de Método de Método Alentejana. Importa também referir que, se o destino
Hondt Hamilton de Adams Algarve não estivesse a votação, o vencedor seria a Costa
PPD/PSD 4 4 3 Alentejana, seja pelo método da maioria, pelo de Borda ou
pelo r u n - o f f s t a n d a r d .
PS 2 2 1
CDS-PP 1 1 1
PCP-PEV 0 0 1 Pág. 88
BE 0 0 1 3 .1 . Votaram 163 pessoas.

Nesta situação, enquanto que o método de Hamilton 3 .2 . A abstenção foi de, aproximadamente, 11% .
conduz aos mesmos resultados do método de Hondt, Candidatos A B C D
o de Adams favorece claramente os partidos com menos
1 .oslugares 80 23 43 17
votos (PCP-PEV e BE).
4 0 .1 . UD: 11 consultores; UBM: 89 consultores 3 .4 . Foi o candidato B (com 30 + 52 = 82 últimos lugares).
4 0 .2 . Com a introdução da UTC temos: UD: 10 consultores; Candidatos A B C D
UBM: 90 consultores; UTC: 7 consultores.
2. aspreferências
Verificamos que, com a introdução de uma nova 37,42% 17,79% 41,72% 3,07%
(2 c. d.)
universidade com direito a um determinado número de
consultores, existe alteração na distribuição relativa às outras 3 .6 . Vencedor: candidato A
universidades (a UD perde um consultor para a UBM).
3 .7 . Vencedor: candidato A (com 141 aprovações)
Estamos perante o chamado Paradoxo do Novo Estado.

Pág. 86 Pág. 89
41. Polícia: 8 veículos; Bombeiros: 3 veículos; R a n k in g
R u n -o ff R u n -o ff
Borda Condorcet
Proteção Civil: 5 veículos s ta n d a rd sequencial
42. Número de autocarros - Rota A: 46 ; Rota B: 31 ; 1. ° C D B C
Rota C: 21; Rota D: 14 ; Rota E: 10 ; Rota F: 8 2. ° A A C B
43. Número de subgerentes - Braga: 7 ; Coimbra: 3 ; 3 .° D C D D
Lisboa: 5 ; Porto: 10 4 .° B B A A
4 4 .1 . Número de livros - Policial: 16 ; Poesia: 14 ;
Romance: 6 ; Científico: 4 5 .1 . A abstenção foi de, aproximadamente, 42,61% .
4 4 .2 . Número de livros - Policial: 17 ; Poesia: 15 ;
Romance: 7 ; Científico: 4 Pág. 90
4 5 .1 . Quota-padrão (Clara) = 6,5 , logo, pela aplicação do método Partidos Total de votos Percentagem
de Hamilton, a Clara recebe, pelo menos, 6 chocolates
PTP 10 112 6,86
(quota inferior). Assim, é impossível cada uma das três
MPT 2 839 1,93
filhas receber 5 chocolates.
PND 4 825 3,27
4 5 .2 . A Clara estuda, por dia, em média, 5 horas e 12 minutos.
PPD/PSD 71 556 48,56
4 5 .3 . A Clara vai receber 7 chocolates.
M M A CS10 © Porto Editora

BE 2 512 1,70
PCP-PEV 5 546 3,76
Pág. 87
CDS-PP 25 974 17,63
1 .1 . A turma tem 28 alunos.
PAN 3 135 2,13
1 .2 . O candidato com maior número de últimas preferências foi
o Abel. PS 16 945 11,50

329
Soluções

M M A CS10 © Porto Editora


Associação N.° de Quota­ Média N.° de
5 .3 . N ú m e ro d e m a n d a to s - P T P : 3 ; M P T : 1 ; P N D : 1 ;

P P D / P SD : 2 5 ; B E : n e n h u m ; P C P -P E V : 1 ; C D S -P P : 9 ; inscritos -padrão geométrica ( M) jogadores


PA N : 1 ; P S : 6
A 5 0 1 5 ,2 7 3 7 5 ,4 7 7 2 5

5 .4 . N ú m e ro d e m a n d a to s - P T P : 3 ; M P T : 1 ; P N D : 2 ;
B 3 3 2 3 ,4 9 4 7 3 ,4 6 4 1 4
P P D / P S D : 2 3 ; B E : 1 ; P C P -P E V : 2 ; C D S -P P : 8 ;
C 53 0 ,5 5 7 9 0 ,0 0 0 0 1
PA N : 1 ; P S : 6

O m ilita n te d o B E tin h a r a z ã o , p o is a d is tr ib u iç ã o d o s
D 4 6 0 ,4 8 4 2 0 ,0 0 0 0 1

m a n d a to s a p lic a n d o o m é to d o d e S a in te -L a g u e é , d e fa c to , E 15 0 ,1 5 7 9 0 ,0 0 0 0 1

d ife r e n te e im p lic a q u e , p o r e x e m p lo , o B E p a s s a a te r F 58 0 ,6 1 0 5 0 ,0 0 0 0 1

d ir e ito a u m m a n d a to .
Total 1 0 0 5 1 3

6 .1 . O n ú m e ro to ta l d e p ro d u to re s d e c a c a u é 10 0 0 0 .
D is tr ib u iç ã o d e jo g a d o r e s p o r a s s o c ia ç ã o :

6 .2 . O d iv is o r -p a d r ã o é 4 0 0 . S ig n ific a q u e e x is te u m e le m e n to / A s s o c ia ç ã o A : 5 ; A s s o c ia ç ã o B : 4 ; A s s o c ia ç ã o C : 1 ;

re p re s e n ta n te p o r c a d a 4 0 0 p ro d u to re s d e c a ca u . A s s o c ia ç ã o D : 1 ; A s s o c ia ç ã o E : 1 ; A s s o c ia ç ã o F : 1

6 .3 . a) A lfa : 1 e le m e n to ; B e ta : 11 e le m e n to s ; 8 .3 . A r e p a r tiç ã o e fe tu a d a n a s a lín e a s a n te r io r e s c o n d u z iu a

Ó m e g a : 13 e le m e n to s u m a v io la ç ã o d a r e g r a d a q u o ta . D e fa c to , a a s s o c ia ç ã o A ,

c o m u m a q u o ta -p a d rã o d e 6 ,4 8 0 6 d e v e r ia te r d ir e ito a
b) A lfa : n e n h u m e le m e n to ; B e ta : 12 e le m e n to s ;
6 o u 7 jo g a d o r e s (q u o ta in fe r io r o u q u o ta s u p e rio r ) e , n o
Ó m e g a : 13 e le m e n to s
fin a l, e le g e u a p e n a s 5 .
6 .4 . P o d e m o s c o n c lu ir q u e , c o m a a p lic a ç ã o d o m é to d o d e

Je ffe r s o n , o p a ís A lfa fic a se m n e n h u m re p re s e n ta n te n o

c o rp o a d m in is tra tiv o . Pág. 92


N e s ta s itu a ç ã o , a a p lic a ç ã o d o m é to d o d e H a m ilto n s e r ia m a is 1 .1 . A A n a v a lo r iz a tr ê s v e z e s m a is a p a r te c o m c h o c o la te ,

b e n é f ic a p a r a o p a ís A lfa e , d e c e r t a f o r m a , a t é m a is ju s t a , p o is c o m p a r a tiv a m e n te à p a r te c o m m o r a n g o , A s s im , p a r a a
3
o n ú m e r o d e p r o d u to r e s d e s s e p a ís e s tá p r ó x im o d o v a lo r d o
A n a , a p a rte c o m c h o c o la te v a le d o v a lo r to ta l d o b o lo e
d iv is o r -p a d r ã o , q u e n o s in d ic a q u e , t e o r ic a m e n te , d e v e r ia
1 4
a p a rte c o m m o r a n g o v a le ■, o u s e ja , a A n a v a lo r iz a em
e x is tir u m re p re se n ta n te p o r c a d a 4 0 0 p ro d u to res.
3 4 1
■x 1 2 = 9 € a p a rte c o m c h o c o la te e e m ■x 1 2 = 3 € a
4 4

Pág. 91 p a rte c o m m o ra n g o .

7 .1 . M é to d o d e H a m ilto n - N ú m e ro d e re p re s e n ta n te s :
1 .2 . P a r a a A n a , a fa tia c o r ta d a v a le 3 € .
S e r v iç o s : 2 P ro d u çã o : 2 D e s e n v o lv im e n to : 1

M é to d o d e Je ffe rs o n - N ú m e ro d e re p re s e n ta n te s : 2. P a r a o D io g o , é ju s to r e c e b e r a s p a r c e la s 1 o u 4 . P a ra o

S e r v iç o s : 3 P ro d u çã o : 1 D e s e n v o lv im e n to : 1 M a r tin h o , é ju s t o r e c e b e r a s p a r c e la s 1 o u 2 . P a ra a Jo a n a ,

7 .2 . M é to d o d e H a m ilto n - N ú m e ro d e re p re s e n ta n te s : é ju s to r e c e b e r a p a r c e la 4 . P a r a a T e r e s a , é ju s to re c e b e r

S e r v iç o s : 2 P ro d u çã o : 1 D e s e n v o lv im e n to : 2 a s p a r c e la s 1 o u 3. P a r tilh a p o s s ív e l:

M é to d o d e Je ffe rs o n - N ú m e ro d e re p re s e n ta n te s : D io g o — ►p a r c e l a 1 ; M a rtin h o — ►p a r c e l a 2 ;

S e r v iç o s : 2 P ro d u çã o : 1 D e s e n v o lv im e n to : 2 Jo a n a — ►p a r c e l a 4 ; T e re sa — ►p a r c e l a 3 .

7 .3 . O g r a n d e p r e ju d ic a d o é o d e p a rta m e n to d e p ro d u ç ã o p o is ,

c o m o m é to d o d e H a m ilto n c o n s e g u ia e le g e r 2 re p re se n ta n te s Pág. 96
(p a ra 4 3 5 fu n c io n á r io s ), m a s d e p o is d o a u m e n to d o 4 6 .1 . N a p e rs p e tiv a d o B ru n o , a p a rte c o m m a is c h o u r iç o v a le

n ú m e ro d e fu n c io n á r io s p a r a 4 6 5 a c a b a p o r “p e r d e r ” u m 6 0 % d o v a lo r d a p iz z a e a o u tr a p a r te , 4 0 % .

r e p r e s e n ta n te (p e la a p lic a ç ã o d o m e s m o m é to d o ).
4 6 .2 . O B ru n o , o s e le c io n a d o r, e s c o lh e a p a r te c o m m a is
N o te -s e q u e a d ife r e n ç a p a r a o d e p a r ta m e n to d e
c h o u r iç o (p o is é a q u e v a lo r iz a m a is ). O F ilip e fic a c o m a
d e s e n v o lv im e n to é d e a p e n a s 15 fu n c io n á r io s , m a s is s o a c a b a
p a rte q u e re s ta (c o m o fo i o d iv is o r , e s p e r a - s e q u e t e n h a
p o r c o n c r e tiz a r -s e n u m a d ife r e n ç a d e u m r e p re s e n ta n te .
v a lo r iz a d o c a d a u m a d a s p a r te s d e ig u a l fo r m a ).
T a m b é m o d e p a rta m e n to d e s e r v iç o s p e r d e u m

r e p r e s e n t a n t e (p e lo m é to d o d e Je ffe rs o n ), m a s a í ta m b é m

h o u v e d im in u iç ã o d o se u n ú m e ro d e fu n c io n á r io s . Pág. 98
Tabela 1 Tabela 2
N.° de Quota­ Média N.° de
Associação
inscritos -padrão geométrica (M) jogadores A n a B 3 b 2

B e rn a rd o b 2 ?
A 5 0 1 6 ,4 8 0 6 6 ,4 8 0 7 6
C a rin a ?
B 3 3 2 4 ,2 9 4 5 4 ,4 7 2 1 4
£ 1

C 53 0 ,6 8 5 6 0 ,0 0 0 0 1
N o c a so d a t a b e la 2 , a ú n ic a p a r te ju s t a , q u e r p a r a o B e r n a r d o

q u e r p a r a a C a rin a , é a B 3 . C o m o B 1 é a p a rte q u e a m b o s
D 4 6 0 ,5 9 5 0 0 ,0 0 0 0 1
m e n o s v a lo r iz a m , e s s a fic a p a r a a A n a (p a r a e la é in d ife r e n te
E 15 0 ,1 9 4 0 0 ,0 0 0 0 1
re c e b e r B 1, B 2 o u B 3) . D e s e g u id a , p o d e m ju n t a r a s p a r te s

F 58 0 ,7 5 0 2 0 ,0 0 0 0 1 B 2 e B 3 e a p lic a r o m é to d o d o d iv is o r -s e le c io n a d o r .

Total 1 0 0 5 14 R e p a r e -s e q u e , in d e p e n d e n t e m e n t e d o r e s u lta d o fin a l, o

B e rn a rd o fic a r á s e m p r e c o m u m a p a r te q u e v a le , p e lo
8 .2 . A p e n a s c o m a ta b e la a n te r io r n ã o é p o s s ív e l e fe tu a r a
m e n o s, 4 0 % d o b o lo (B 2 + B 3 — ►3 0 % + 5 0 % = 8 0 % ) e a
s e le ç ã o , p o is a tr ib u iu -s e u m jo g a d o r a m a is .
C a rin a a c a b a r á s e m p r e c o m u m a p a r te q u e v a le , p e lo
D iv is o r m o d ific a d o : 95
m e n o s, 4 5 % d o b o lo (B 2 + B 3 — ►2 0 % + 7 0 % = 9 0 % ).

330
Teoria da partilha equilibrada

■ O te r c e ir o a d iz e r S T O P d e v e r á s e r o B r u n o , e n q u a n t o a
Pág.100
fa c a a in d a d e s liz a n a p a r te d e m a n g a :
4 8 . D e p o is d o s c lu b e s A e C te re m d iv id id o o h o rá rio se m a n a l

e n tre si (3 su b p a rt e s p a r a c a d a u m ), o c lu b e B , o

s e le c io n a d o r, v a i e s c o lh e r u m a s u b p a rte p e r te n c e n te a

c a d a u m d o s o u tr o s d o is c lu b e s .

S u p o n h a m o s q u e o c lu b e B e s c o lh e o s h o rá rio s A 1 e C 3 .

F ic a m o s , a s s im , c o m a d is tr ib u iç ã o s e g u in te :

■ C l u b e A : 3 . a- f e i r a ( t a r d e ) , 4 . a- f e i r a e 5 . a- f e i r a ( m a n h ã )

■ C l u b e B : 2 . a- f e i r a e s á b a d o ( m a n h ã )

■ C lu b e C : 3 . a- f e i r a ( m a n h ã ) , 5 . a- f e i r a ( t a r d e ) e 6 .a- f e i r a

O B ru n o fic a c o m u m a fa tia c o m a p e n a s m a n g a , n o v a lo r

Pág.102 d e 6 € .

4 9 .1 . Je n n y 4 9 .2 . D ia n a ■ O R u i fic a c o m o r e s ta n te b o lo , “b e n e fic ia n d o ” d a

“v a n ta g e m ” d e n ã o te r p r e fe r ê n c ia p o r q u a lq u e r u m d o s
4 9 .3 . Z u lm ir a 4 9 .4 . X a v ie r e V íto r
s a b o re s . R e c e b e m e ta d e d a m e ta d e d e c h o c o la te (6 € ) e

m a is u m b o ca d o d a p a r te d e m a n g a (a v a le r c e r c a d e 4 € ) .

Pág.104
5 0 . A te n d e n d o a q u e o b o lo v a le 2 4 € , c a d a u m d o s
Pág.109
p a r tic ip a n te s d e v e fic a r c o m u m a p a r te q u e v a lo r iz e em ,
5 1 . O fu te b o lis ta v e r á s a tis fe ita s a s e x ig ê n c ia s q u e fe z
p e lo m e n o s , 6 € (u m q u a rto d o to ta l).
r e la tiv a m e n te à c a s a e a 8 7 ,5 % d o se u s a lá r io . O p r e s id e n te

H ip o t e t ic a m e n t e , p o d e r á a c o n t e c e r o q u e s e s e g u e . s a ir á b e n e fic ia d o n o s i t e n s “ P r é m i o s d e j o g o ”, “A j u d a s d e

c u s t o ’, “ S e g u r o d e s a ú d e ” e a in d a e m 1 2 ,5 % d o s a l á r i o . *52
■ O p r im e ir o a d iz e r

S T O P d ev e rá ser o

Jo ã o , q u a n d o a fa c a se Pág.112
e n c o n tr a r n a p o s iç ã o
5 2 . H e r d e ir o A : fic a c o m o ite m 1 e re c e b e 2 5 1 ,8 8 € e m d in h e ir o .
d a fig u r a a o la d o .
H e r d e ir o B : r e c e b e 5 8 9 ,3 8 € e m d in h e ir o .

H e r d e ir o C : fic a c o m o s ite n s 3 e 5 e p a g a 6 6 3 ,1 3 € em
A s s im , o J o ã o fic a c o m
d in h e ir o .
u m a p a r te q u e v a le
H e r d e ir o D : fic a c o m o s ite n s 2 e 4 e p a g a 1 7 8 ,1 3 € e m
6 € (fa tia a p e n a s c o m
d in h e ir o .
c h o c o la te ).

C á lc u lo s : 180' 1 6 D

X 6 D X =
1 8 0 X 6
= 6 7 ,5 °
Pág.114
16 5 3 . A m ig o A : c r o m o s 1 0 ,1 1 , 12 e 13

A m ig o B : c r o m o s 1 e 2
■ O se g u n d o a d iz e r S T O P

d e v e r á s e r o H é ld e r , A m ig o C : c ro m o s 6 , 7 e 8

q u a n d o a fa tia já tiv e r A m ig o D : c r o m o s 1 4 e 15

a c o n fig u r a ç ã o d a fig u r a C ro m o s q u e so b ra m : 3 , 4 , 5 e 9 (fa z -se u m s o r te io e c a d a

a o la d o . u m d o s a m ig o s fic a c o m u m d o s c ro m o s q u e so b ro u ).

C á lc u lo s :
O b se rv a çã o : O a m ig o D ta m b é m p o d ia fic a r c o m o s c ro m o s

1 8 0 ° ______________ 18 D 11 , 1 2 e 1 3 (c o m p r e e n d id o s e n tr e o s m a r c a d o r e s D 2 e D 3)

X ______________ 6 D e o a m ig o A c o m o s c ro m o s 1 4 e 1 5 . N e s ta s itu a ç ã o , já

ir ia m s o b r a r c in c o c ro m o s (3 , 4 , 5 , 9 e 10) p o d e n d o se r
1 8 0 X 6 _
X =
d is tr ib u íd o s a p lic a n d o n o v a m e n te o m é to d o d o s
18 _
m a rc a d o re s.
A s s im , o H é ld e r fic a c o m 6 € d e m a n g a e 0 ,7 5 € d e

c h o c o la te .
Pág.118
O b s e rv a ç ã o : P a r a s e r m o s m a is p r e c is o s , o H é ld e r a té 2
5 4 .1 . P a r a o F ilip e , a p a r te c o m c h o u r iç o v a le ■ d o v a lo r d a p iz z a
p o d e r ia d iz e r S T O P n a c o n fig u r a ç ã o s e g u in te :
1 3
e a p a rte c o m v e g e ta is ■ d e s s e v a lo r .

A s s im , a m e t a d e c o m m a is c h o u r iç o v a le , p a r a o F ilip e

— X - + - X - = 3 (o u 6 0 %
5 3 5 3 5

A m e ta d e c o m m e n o s
M M A CS10 © Porto Editora

c h o u r iç o v a le , p a r a

o F ilip e

1 2 4
— X -- 1-- 1 - 2 . (o u 4 0 % )
5 3 5 X 3 _ 5
e g a r a n tia q u e fic a v a c o m 6 € (0 ,7 5 € d e c h o c o la te e

5 ,2 5 € d e m a n g a ).

331
Soluções

M M A CSIO © Porto Editora


5 4 .2 . A C á t ia , o d iv is o r , c o r t a a p iz z a e m d u a s p a r te s q u e e la
Pág. 120
c o n s id e r a v a le r e m o m e sm o . O F ilip e , o s e le c io n a d o r ,
1 .1 . O Sr. A z e v e d o f ic a c o m o m a te r ia l in fo r m á tic o , c o m o
e s c o lh e a p a r te q u e v a lo r iz a m a is (a q u e te m m a is c h o u r iç o
m a te r ia l d e e s c r itó r io e c o m 8 1 ,2 5 % d o ite m “M á q u in a s "
- q u e v a le , p a r a e le , 6 0 % d o v a lo r t o t a l d a p iz z a ) . A C á t ia
O Sr. S a lg a d o fic a c o m a s in s ta la ç õ e s e c o m 1 8 ,7 5 % d o ite m
fic a c o m a o u tr a p a r te (q u e , p a r a e la , v a le 5 0 % d o v a lo r
“M á q u in a s "
t o t a l d a p iz z a ) .
1 .2 . Sr. A z e v e d o : fic a c o m o m a te r ia l in fo r m á tic o , o m a te r ia l d e
5 4 .3 . P ro v a v e lm e n te , c o r ta r ia a
e s c r itó r io e c o m a s m á q u in a s e p a g a 6 5 0 0 0 0 € e m d in h e ir o .
p iz z a d a fo r m a in d ic a d a n a
Sr. S a lg a d o : f ic a c o m a s in s ta la ç õ e s e r e c e b e 6 5 0 0 0 0 € e m
fig u r a .
d in h e ir o .

R e p a re q u e e le d e s c o n h e c e
2 .1 . a ) P a ra a M ó n ic a , o c o n ju n t o d e c im a v a le 6 0 % e o
a s p r e f e r ê n c ia s d a C á tia ,
c o n ju n t o d e b a ix o 4 0 % .
lo g o , p a r a n ã o a r r is c a r ,
b) 5 0 % c a d a u m d o s c o n ju n t o s .
c o r ta r ia d e fo r m a a fic a r

c o m 5 0 % d o v a lo r q u e 2 .2 . A M ó n ic a fic a c o m o s b o m b o n s d e c im a (q u e p a r a e la

id e a liz a p a r a a p iz z a . v a le m 6 0 % d o c o n ju n t o ) e a B e a t r i z f ic a c o m o s b o m b o n s

d e b a ix o (q u e , n a p e r s p e tiv a d e la , v a le m 5 0 % ). C o m o c a d a

u m a d e la s fic a c o m p e lo m e n o s 5 0 % d o v a lo r to ta l (d e
5 5 . A lic e : T 2 ; B ru n o : T 1 ; M a tild e : T3
a c o rd o c o m a p e r s p e t iv a in d iv id u a l), n e n h u m a d a s
5 6 .1 . L u c a s: P 3 ; D in is : P 5 ; E d u a rd o : P 1; L iz : P 4 ; A fo n so : P 2
in te r v e n ie n te s fic a in s a tis fe ita .
5 6 .2 . a) 1 .a p a r t e : L iz ; 2 .a p a r t e : L u c a s ; 3 .a p a r t e : E d u a r d o

b) O A fo n so Pág.121
3 .1 . C o m o f o i e l a a e f e t iv a r a d iv is ã o , a s s e g u r o u - s e q u e o c o n ju n t o
c) U tiliz a -s e o m é to d o d o d iv is o r -s e le c io n a d o r
fic a v a p a r tic io n a d o e m tr ê s p a r te s q u e e la c o n s id e r a te r e m

o m e s m o v a lo r , o u s e ja , 3 % » 3 3 ,3 % d o v a lo r to ta l.
Pág. 119
5 7 . O c lu b e B , o s e le c io n a d o r, e s c o lh e u m a s u b p a rte d e c a d a
3 .2 . B e a tr iz : X 1 ; M ó n ic a : X 3 ; P e tra : X 2
u m d o s o u tr o s c lu b e s . S u p o n h a m o s q u e e s c o lh e A 2 ,
4 . V e r d e : G ; v e r m e lh o : R , a m a r e lo : Y , a z u l: B , c o r d e la r a n ja : O ,
C 4 e D 1 . A s s im , o c lu b e A fic a c o m a s p a rte s A 1 , A 3 e A 4 ;
lilá s : P
o c lu b e B c o m a s p a rte s A 2 , C 4 e D 1 ; o c lu b e C c o m C 1 ,

C 2 e C 3 ; o c lu b e D c o m D 2 , D 3 e D 4 . 1 2 3 ) © © 0 2
© d 7 8 D ©
í G G G G R R Y Y Y Y Y B B P
5 8 . A n tó n io : q u a d r o e a p r o x im a d a m e n te 7 1 ,4 % d a c a sa ;

M a n u e l: e m p r e s a e a p r o x im a d a m e n te 2 8 ,6 % d a ca sa . P i B i P 2 M i B 2 m 2

5 9 . E m p r e s á r io A : fic a c o m o fu te b o lis ta C h ic o B a la e a in d a P e tra : b o m b o n s 1 , 2 e 3 (trê s v e rd e s)

re c e b e c e rc a d e 1 7 3 3 3 3 € e m d in h e ir o . B e a tr iz : b o m b o n s 5 a 12 (d o is v e r m e lh o s , c in c o a m a r e lo s

E m p r e s á r io B : fic a c o m o fu te b o lis ta J o ã o C o lo s s o e a in d a e u m a z u l)

re c e b e 3 1 0 0 0 0 € e m d in h e ir o . M ó n ic a : b o m b o n s 15 a 2 0 (q u a tro c o r d e la r a n ja )

E m p r e s á r io C : fic a c o m o s fu te b o lis ta s Z é C a r r in h o s e S o b ra m : u m v e rd e, u m a z u l e u m lilá s (p o d e m s e r a tr ib u íd o s

N a n d o T a lo c h a e a in d a te m d e p a g a r c e rc a d e 4 8 3 3 3 3 € p o r s o r te io ).

e m d in h e ir o .

6 0 . Irm ã o W : fic a c o m a c o n s o la e r e c e b e 1 ,8 1 € e m d in h e iro .


Pág.123
1 .1 . H o m e m -a ra n h a : 2 3 v o to s ; V e lo c id a d e fu r io s a : 2 3 v o to s ;
Irm ã o X : re c e b e 2 4 ,3 1 € e m d in h e ir o .
G u e rra d a s e s tre la s: 1 4 v o to s ; O H o b b it: 6 v o to s
Irm ã o Y : fic a c o m o c o m p u ta d o r e p a g a 4 0 ,9 4 € em
1 .2 . N o v a c o n ta g e m :
d in h e ir o .
■ H o m e m -a ra n h a : 1 0 + 13 + 6 = 2 9 v o to s
Irm ã o Z : fic a c o m o t a b le t e a b o l a e r e c e b e 1 4 ,8 1 € em
■ V e lo c id a d e fu r io s a : 8 + 15 = 2 3 v o to s
d in h e ir o .
■ G u e rra d a s e s tre la s: 1 4 v o to s (e lim in a d o )
6 1 .

N o v a c o n ta g e m :
© © © © © © © ® ® © © © © @ © $6 © © © 20
■ H o m e m -a ra n h a : 1 0 + 13 + 6 + 1 4 = 4 3 v o to s (v e n ce d o r)

Ri Ji Ii R2 J2 I 2 R3 H 2 I3 J3 H3 ■ V e lo c id a d e fu r io s a : 8 + 15 = 2 3 v o to s
Hi
R e s u lta d o fin a l:
■ O p r im e ir o m a rc a d o r é o R 4 , lo g o , a R ita f ic a c o m a s
O “H o m e m -a r a n h a " é o film e e s c o lh id o .
g o m a s 1 , 2 e 3 (r e tir a m - s e o s m a r c a d o r e s d a R ita ).
1 .3 . V e n ce d o r: H o m e m -a ra n h a
■ O p r im e ir o “s e g u n d o m a rc a d o r” é o J2 , lo g o , o J o ã o fic a
1 .4 . 7 1 a lu n o s
c o m a s g o m a s e n tre J 4 e J2 , o u s e ja , a s g o m a s 5 , 6 e 7
2. D is tr ib u iç ã o se g u n d o D is tr ib u iç ã o se g u n d o
(r e tir a m -s e o s m a r c a d o r e s d o Jo ã o ).
o m é to d o d e H o n d t: o m é to d o d e H a m ilto n :
■ O p r im e ir o “te r c e ir o m a rc a d o r” é o I3 , lo g o , a Í r is f ic a
A : 3 lu g a r e s A : 3 lu g a r e s
c o m a s g o m a s e n tre I2 e I3 , o u s e ja , a s g o m a s 9 , 10 , 11
B : 4 lu g a r e s B : 3 lu g a r e s
e 12 ( r e t ir a m - s e o s m a r c a d o r e s d a Ír is ).
C : 1 lu g a r C : 1 lu g a r

■ F in a lm e n te , o H u g o fic a c o m as g o m a s 1 7 , 18 , 19 e 2 0 . D : 4 lu g a r e s D : 4 lu g a r e s

S o b ra m as g o m a s 4 , 8 , 13 , 14 , 15 e 1 6 , à s q u a is se E : N e n h u m lu g a r E : 1 lu g a r

p o d e a p lic a r n o v a m e n te o m é to d o d o s m a rc a d o re s. O M a rtin h o n ã o te m ra z ã o .

332
Interpretação de tabelas e gráficos

Pág.124 2 ESTATÍSTICA
3 .1 . A c a n d id a ta e s c o lh id a é a M e lin a .
Pág.144
1 .1 . A p o p u la ç ã o é c o n s titu íd a p e lo s 1 0 0 0 a lu n o s d a e s c o la .
Pág.125
1 .2 . A a m o s tr a é c o n s titu íd a p e lo s 5 0 a lu n o s s e le c io n a d o s .
3 .2 . N ú m e ro d e c o n v ite s - X : 2 1 ; P : 51 ; T : 16 ; O : 72
1 .3 . A u n id a d e e s ta tís tic a é c a d a u m d o s a lu n o s q u e c o n s titu e m

a a m o s tra .
Pág.126
4 . N ú m e ro d e c o m p u ta d o re s - B e ir a is d e C im a : 2 9 ; B e ir a is Pág.146
d e B a ix o : 1 4 ; B e ir a liz : 2 5 1 .1 . V a riá v e l e m e s tu d o : N ív e l o b tid o p e lo s a lu n o s

A p e s a r d e e x is tir e m m a is d o is c o m p u ta d o r e s p a r a d is tr ib u ir V a riá v e l q u a lita tiv a

e a p e n a s a p o p u la ç ã o d e B e ir a is d e B a ix o te r a u m e n ta d o , 1 .2 . V a riá v e l e m e s tu d o : S a b o r d o io g u r te

o b s e r v a -s e q u e , p a r a a lé m d o e sp e ra d o b e n e fíc io d e ssa V a riá v e l q u a lita tiv a


fr e g u e s ia , a s o u tr a s d u a s s ã o p r e ju d ic a d a s , p o is p e r d e m u m
1 .3 . V a riá v e l e m e s tu d o : E s p é c ie d e á r v o r e s p la n ta d a s
c o m p u ta d o r c a d a u m a .
V a riá v e l q u a lita tiv a

1 .4 . V a riá v e l e m e s t u d o : N .° d e c o m p u t a d o r e s p o r e m p r e s a
Pág.127 V a riá v e l q u a n tita tiv a d is c r e ta
5.
2 .1 . V a r iá v e l: T e m p o e m se g u n d o s
Filipa João Alberto V a riá v e l q u a n tita tiv a c o n tín u a

Valor global 2 5 0 0 2 4 5 0 2 6 0 0
2 .2 . V a r iá v e l: N ú m e r o d e liv r o s lid o s
0 ,2 5 X2 5 0 0 = 0 ,4 X2 4 5 0 = 0 ,3 5 X2 6 0 0 = V a riá v e l q u a n tita tiv a d is c r e ta
Valor justo
=625 =980 =910
Prémio V ia g e m C o m p u ta d o r e T V
Pág.147
6 2 5 - 1200 = 9 1 0 - +850) =
(1 0 0 0 3 .1 . A p o p u la ç ã o é c o n s titu íd a p o r to d o s o s a lu n o s q u e
Paga/Recebe 9 8 0
= - 575 = - 940 fre q u e n ta m a e s c o la d a A n a.

5 7 5 +9 40 - 980 = 3 .2 . A a m o s tr a é c o n s titu íd a p e lo s 4 0 a lu n o s s e le c io n a d o s .
=535 0 ,4 0 X5 3 5 = 0 ,3 5 X5 3 5 =
Excesso 3 .3 . A u n id a d e e s ta tís tic a é c a d a u m d o s a lu n o s q u e c o n s titu e m
0 ,2 5 X5 3 5 = =214 = 1 8 7 ,2 5
a a m o s tra .
= 1 3 3 ,7 5
3 .4 . A v a r iá v e l e s ta tís tic a é o n ú m e ro d e ir m ã o s .
1 3 3 ,7 5 - 5 7 5 = 9 8 0 +2 1 4 = 1 8 7 ,2 5 - 9 4 0 =
Valor final É u m a v a r iá v e l q u a n tita tiv a d is c r e ta .
=- 4 4 1 ,2 5 =1194 =- 7 5 2 ,7 5
3 .5 . 2 5 %
F ilip a : r e c e b e a v ia g e m e p a g a 4 4 1 ,2 5 € .

Jo ã o : re c e b e 1 1 9 4 € .

A lb e r to : r e c e b e o c o m p u ta d o r, a T V e p a g a 7 5 2 ,7 5 € .*156
Pág.148
4 .1 . A p o p u la ç ã o é c o n s titu íd a p o r to d o s o s a lu n o s d a e s c o la d a

B e a tr iz .

Pág.129 4 .2 . V a riá v e l q u a lita tiv a 4 .3 . V a riá v e l q u a n tita tiv a d is c r e ta

6 .1 . V a lo r d a h e r a n ç a V a lo r ju s t o
4 .4 . 7 2 0 a lu n o s
A fo n so : 3 6 6 0 0 0 € A fo n so : 1 2 2 0 0 0 €
4 .5 . a) P ic to g r a m a b) 1 8 0 a lu n o s
D in is : 3 8 1 0 0 0 € D in is : 1 2 7 0 0 0 €

E d u a rd o : 3 3 5 5 0 0 € E d u a rd o : 1 1 1 8 3 3 ,3 3 €
c) A p r o x im a d a m e n te , 2 1 0 e 1 2 0 a lu n o s .

d) V a n ta g e m : fá c il le itu r a ; D e sv a n ta g e m : p o u c o r ig o r
6 .2 . A fo n so : r e c e b e o q u a d ro e a in d a 6 8 8 8 ,8 9 € (to ta liz a n d o
e) 3 2 %
1 5 6 8 8 8 ,8 9 € , o u s e ja , u m v a lo r a c im a d o q u e c o n s id e r a v a

ju s to re ce b e r).
Pág.149
D in is : r e c e b e o a p a rta m e n to e p a g a 3 8 1 1 1 ,1 1 €
5 .1 . P o p u la ç ã o : P o p u la ç ã o p o rtu g u e s a
(to ta liz a n d o 1 6 1 8 8 8 ,8 9 € , o u s e ja , u m v a lo r a c im a d o q u e
A v a r iá v e l e m e s tu d o : A c e s s o à I n t e r n e t p o r b a n d a la r g a ,
c o n s id e r a v a ju s to re ce b e r).
p o r tip o d e te c n o lo g ia .

E d u a rd o : r e c e b e o te r r e n o , o a u to m ó v e l e a in d a
5 .2 . G r á fic o d e b a r r a s (s im p le s )
3 1 2 2 2 ,2 2 € (to ta liz a n d o 1 4 6 7 2 2 ,2 2 € , o u s e ja , u m v a lo r
5 .3 . 3 1 5 m ilh a r e s . 9 7 2 m ilh a r e s
a c im a d o q u e c o n s id e r a v a ju s t o re ce b e r).
4 5 9
5 .4 . 5 .5 . F ib r a ó tic a
2 5 6 3
1 0 5
6 .1 . 6 9 ,7 % 6 .2 . - ■o u 1 0 5 : 1 3 7
1 3 7
6 .3 . S e g u n d a -fe ir a . D o m in g o
M M A CS10 © Porto Editora

Pág.150
7 .1 . G r á fic o d e b a r r a s d u p la s

7 .2 . A lu n o s m a tr ic u la d o s n o E n s in o S e c u n d á r io e m 2 0 1 0 e 2 0 1 1

e n ú m e ro d e m a tr íc u la s n o E n s in o S e c u n d á r io .

333
Soluções

M M A CS10 © Porto Editora


7 .3 . S im . 2 5 6 4 5 7 > 1 8 4 4 3 8
Pág. 155
7 .4 . E m 2 0 1 0 : 4 8 3 9 8 2 ; e m 2 0 1 1 : 4 4 0 8 9 5
3 .1 . 4 .° tr im e s tr e 3 .2 . 4 .° tr im e s tr e ; 2 .° tr im e s tr e
7 .5 . 3 6 ,8 5 %
3 .3 . 9 8 9 8 8 ,7 5 €
7 .6 . 2 6 ,3 9 %
3 .4 . M a io r : 2 .° tr im e s tr e ; M e n o r : 3 .° tr im e s tr e
8 .1 . P o p u la ç ã o : C o n s u m id o r e s d e e n e r g ia e lé tr ic a e m P o rtu g a l
3 .5 . 1 4 3 4 s a íd a s ; 1 3 8 0 0 litro s
V a r iá v e l: T ip o d e c o n s u m o d e e n e r g ia e lé tr ic a

N a tu r e z a q u a lita tiv a 4 .1 . 2 0 1 3 4 .2 . 9 4 8 c a ix a s m u ltib a n c o 4 .3 . 2 ,9 6 %

8 .2 . D o m é s tic o s , 5 3 7 7 6 7 3 e a g r íc o la s , 1 1 0 1 7 7 , a p r o x im a d a m e n te .

8 .3 . A p r o x im a d a m e n te , 4 2 0 3 3 . Pág.156
N.° de peças de fruta n i fi f i (% )

Pág. 151 0
5 _ 1
2 0
5
2 5 = 5
9 .1 . H is to g r a m a 9 .2 . 2 0 a lu n o s 9 .3 . 2 7 ,5 9 %
3
9 .4 . 1 0 % d e 5 8 ,5 k g = 0 ,1 X 5 8 ,5 k g = 5 ,8 5 k g . O s a lu n o s 1 3 12
2 5
c a rre g a m m o c h ila s c o m p e so s u p e r io r a o a c o n s e lh a d o .
5 1
9 .5 . E s t e g r á fic o é u tiliz a d o p a r a v a r iá v e is q u a n tita tiv a s e c o m 2 5 2 0
2 5 _ 5
d ad o s a g ru p ad o s e m c la s s e s , e n q u a n to q u e o g r á fic o d e b a r r a s
6
é u tiliz a d o p a r a v a r iá v e is q u a lita tiv a s o u q u a n tita tiv a s d is c r e ta s . 3 6 2 4
2 5
N o s h is to g r a m a s n ã o h á e sp a ç o e n tre a s b a rra s.
4
N o s g r á fic o s d e b a r r a s h á e s p a ç o s ig u a is e n tr e a s b a r r a s . 4 1 6
4
2 5
1 0 .1 . 4 ,8 litr o s
2

10. 2. a) 1 ,5 litr o b) - 1 ,1 litro


5 2
2 5
8

1 0 .3 . A p r o x im a d a m e n te , e n tr e 6 2 k m / h e 1 1 5 k m / h .
Total 2 5 1 1 0 0

Pág. 153
1 1 .1 . C a r n e d e s u ín o s 1 1 .2 . 1 7 ,9 4 %
Pág. 158
Cor dos olhos dos alunos do 10.° K
Tipo de carnes Freq. absoluta ( t ) Freq. relativa (%)
Cor dos olhos x i Freq. absoluta n i Freq. relativaf
vO
r-
00

S u ín o s 3 6 6 4 1 4

A zu l 2 1 0 %
O v in o s 1 7 7 5 5 4 %

B o v in o s 8 4 0 1 1 1 8 % V erd e 5 2 5 %

1 2 .1 . Q u a n tita tiv a c o n tín u a 1 2 .2 . Q u a n tita tiv a c o n tín u a C a s ta n h o -e s c u r o 8 4 0 %

1 2 .3 . Q u a n tita tiv a c o n tín u a 1 2 .4 . Q u a lita tiv a C a s ta n h o -c la r o 5 2 5 %

1 2 .5 . Q u a lita tiv a 1 2 .6 . Q u a lita tiv a T o ta l 2 0 1 0 0 %

1 2 .7 . Q u a n tita tiv a d is c r e ta
1 4 .2 . P o r e x e m p lo , a m a io r p a r te d o s a lu n o s d a tu r m a K d o
1 3 .1 . A lu n o s d o E n s in o S e c u n d á r io d a e s c o la d o p ro fe s s o r Jo ã o .
1 0 .° a n o te m o s o lh o s c a s ta n h o s .
N a tu re z a q u a n tita tiv a d is c r e ta
H á a p e n a s d o is a lu n o s q u e tê m o s o lh o s a z u is e 2 5 % d o s

1 3 .2 . a) 6 0 m in u to s b) 7 % a lu n o s , o u s e ja , c in c o tê m o s o lh o s v e rd e s .

Tempo de N.° de Frequência Número de amêndoas por saco


estudo (min) alunos relativa (%)
N.° de Freq. Freq. Freq. absoluta Freq. relativa
30 6 3 21 amêndoas absoluta relativa acumulada acumulada
6 0 1 2 6 42 por saco x t ni fi N F i

9 0 81 2 7 4 4 1 4 ,2 % 1 4 ,2 %

120 21 7
vO
cd

4 6 1 4 ,2 % 2
O u tro 9 3
4 7 3 1 2 ,5 % 5 2 0 ,9 %
Total 3 0 0 1 0 0

4 8 3 1 2 ,5 % 8 3 3 ,4 %
vO
cd
CO

4 9 2 10 4 1 ,7 %
Pág. 154
1 .1 . 2 0 0 7 1 .2 . 2 0 1 2 1 .3 . 2 0 0 9 1 .4 . 2 0 0 5 50 3 1 2 ,5 % 13 5 4 ,2 %

2 .1 . M o ra n g o 2 .2 . 1 9 % 2 .3 . 70 p e sso a s 51 5 2 0 ,8 % 18 7 5 ,0 %

2 .4 . Maior: 4 6 + 3 6 = 8 2
52 3 1 2 ,5 % 21 8 7 ,5 %
D o s q u e re s p o n d e m “G o s t a m u it o e G o s ta ” o a ro m a q u e
53 3 1 2 ,5 % 2 4 1 0 0 ,0 %
r e c o lh e m a io r p e r c e n ta g e m é o d e M o ra n g o .

Menor: 1 4 + 2 3 = 3 7 Total 2 4 1 0 0 ,0 %

D o s q u e re s p o n d e m “G o s t a m u it o e G o s ta ” o a ro m a q u e

r e c o lh e m e n o r p e r c e n ta g e m é o d e L a r a n ja .
15.2. 45,8%

334
Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

1 5 .3 . P o r e x e m p lo , o n ú m e r o d e a m ê n d o a s , p o r s a c o , v a r ia e n tr e 4 4
Pág.161
e 53 . O n ú m e ro d e a m ê n d o a s m a is fre q u e n te , p o r s a c o , é 51 .

M a is d e m e ta d e d o s s a c o s , c o n c r e ta m e n te , 14 (q u e c o rre s ­ 20. Sabor de iogurte preferido


p o n d e , a p r o x im a d a m e n te , a 5 8 % ) tê m 50 o u m a is a m ê n d o a s .

16.
Alturas dos jogadores
Classes de altura (metros) n i fi N i F i

[ 1 ,7 5 ; 1 ,8 3 [ 3 1 7 % 3 1 7 , M o ran g o B anana M açã Q u iv i


S a b o r
[ 1 ,8 3 ; 1 ,9 1 [ 4 2 2 % 7 3 9 ,

Alunos matriculados em 2015

•SÄ
CO
CO
0^
[1 ,9 1 ; 1 ,9 9 [ 6 13 7 2 ,
na disciplina de MACS na Escola X
[ 1 ,9 9 ; 2 ,0 7 [ 3 1 7 , 16 8 9 ,
Turma Rapazes Raparigas Total
[ 2 ,0 7 ; 2 ,1 5 [ 2 1 1 , 18 1 0 0 ,
n i f i n i f i n i fi
Total 18 1 0 0 ,
A 12 0 ,3 3 10 0 ,4 0 2 2 0 ,3 6

B 12 0 ,3 3 10 0 ,4 0 2 2 0 ,3 6

Pág.160 C 12 0 ,3 4 5 0 ,2 0 17 0 ,2 8

17.
Alturas das plantas (em cm) Total 3 6 1 2 5 1 61 1

Classes de altura (cm) n i fi N i F i

[1 0 , 1 2 [ 5 0 ,2 4 5 0 ,2 4 Pág.163
[1 2 , 14[ 6 0 ,2 9 11 0 ,5 3 Ingredientes Massa (g)
[1 4 , 16[ 3 0 ,1 4 14 0 ,6 7 A ç ú ca r 2 5 0

[1 6 , 18[ 4 0 ,1 9 18 0 ,8 6 C h o c o la te 1 5 0

[1 8 , 2 0 [ 3 0 ,1 4 21 1 M a n te ig a 3 0 8

Total 21 1 F a r in h a 2 9 2

18.
Número de mensagens diárias enviadas durante 60 dias 2 2 .2 . Ingredientes para fazer um bolo
Freq. Freq. A çú car F a r in h a
Freq. Freq. 25% 29%
absoluta relativa
Classes absoluta relativa acumulada acumulada
n i f i
N t F i

[5 , 2 1 [ 12 0 ,2 0 12 0 ,2 0 C h o c o la te
15%

[2 1 , 3 7 [ 8 0 ,1 3 2 0 0 ,3 3 M a n te ig a
31%
[3 7 , 5 3 [ 9 0 ,1 5 2 9 0 ,4 8

23. N o q u e s e r e fe r e a o fu te b o l, o s d o is g r á fic o s a p r e s e n ta m
[5 3 , 6 9 [ 9 0 ,1 5 38 0 ,6 3
s e to re s c o m a m e s m a a m p litu d e . L o g o , p o d e m o s c o n c lu ir
[6 9 , 8 5 [ 14 0 ,2 4 52 0 ,8 7
q u e , n a s d u a s e s c o la s , e x is te a m e s m a p e r c e n ta g e m d e

[8 5 , 1 0 1 [ 8 0 ,1 3 6 0 1 p r a tic a n te s d e s ta m o d a lid a d e . O ra , c o m o a E s c o la

S. D o m in g o s te m m a is a lu n o s q u e a e s c o la S. P e d ro , se n d o
Total 6 0 1
a p e rc e n ta g e m a m e s m a , te m m a is p r a tic a n te s . P o r is s o , o

A n tó n io e s tá erra d o .
19.
Classes n i fi N i F i
2 4 .1 . 1 2 6 0 0 p e s s o a s v ia ja r a m d e a u to m ó v e l e 1 5 7 5 v ia ja r a m d e
1 1
[2 4 0 , 2 4 2 [ 10 10 a v iã o .
7 7

1 2 2 4 .2 . Meio de transporte utilizado por


[2 4 2 , 2 4 4 [ 10
7
20
7
31 500 pessoas na deslocação a Lisboa
2
[2 4 4 , 2 4 6 [ 0 0 20
7

2 4
[2 4 6 , 2 4 8 [ 20 40
7 7
M M A CS10 © Porto Editora

1 5
[2 4 8 , 2 5 0 [ 10 50 I IC a rro
7 7

2 I I C o m b o io
[2 5 0 , 2 5 2 [ 20 70 7 = 1
7 7 I IA u to c a rro
2 5 %
Total 70 1 I I A v iã o

335
Soluções

M M A CS10 © Porto Editora


Pág. 165 Pág. 167
25. 28. Idade dos automóveis expostos
Concurso de pesca desportiva •Número de peixes pescados

Jo ã o

Jo a n a

P ed ro

N u n o
Id a d e (a n o s)

H e le n a = 5 p e ix e s
Classificações obtidas num exame
26.

Almoços servidos por dia na semana X


na cantina da Escola das Andorinhas
2 . a- fe ir a

3 . a- fe ir a

4 . a -fe ir a

5 . a -fe ir a
Tempo de resolução de um problema
no concurso X, em 2015
6 . a -fe ir a Freq. Freq.
Tempo Freq. Freq.
(min) absoluta relativa absoluta relativa
m = 1 0 A lm o ç o s
acumulada acumulada
[1 ,5 ; 3 ,5 [ 5 0 ,0 5 5 0 ,0 5
2 7 .1 . Número de habitações
[3 ,5 ; 5 ,5 [ 15 0 ,1 5 2 0 0 ,2 0

[ 5 ,5 ; 7 ,5 [ 2 0 0 ,2 0 4 0 0 ,4 0

[ 7 ,5 ; 9 ,5 [ 2 5 0 ,2 5 6 5 0 ,6 5

[9 ,5 ; 1 1 ,5 [ 15 0 ,1 5 8 0 0 ,8 0

[1 1 ,5 ; 1 3 ,5 [ 10 0 ,1 0 9 0 0 ,9 0

[1 3 ,5 ; 1 5 ,5 [ 5 0 ,0 5 9 5 0 ,9 5

[1 5 ,5 ; 1 7 ,5 [ 5 0 ,0 5 1 0 0 1

Total 1 0 0 1

N .° d e q u a r t o s 2 9 .2 . 8 0 e s tu d a n te s 2 9 .3 . 3 5 e stu d a n te s

3 0 .1 . e 3 0 .2 .
2 7 .2 . Número de habitações segundo o número de quartos N.° de pontos obtidos nos jogos do 5.° Campeonato
de Andebol Feminino de Setúbal
A

9 6 '
O 1 q u a rto
132'
O 2 q u a rto s

O 3 q u a rto s

O 4 q u a rto s

O 5 q u a rto s
N ú m e ro d e p o n to s

2 7 .3 . Número de habitações segundo o número de quartos


Pág. 169
T 1
31. Tempo gasto numa prova de atletismo
T 2

T 3

T 4

T 5 d =4 h a b ita ç õ e s

2 7 .4 . Q u a lq u e r u m d o s g r á fic o s p o d e s e r ú til d e p e n d e n d o d o

o b je t iv o p r e te n d id o .

336
Construção e interpretação de tabelas de frequência e gráficos

Tempo gasto numa prova de atletismo Pág. 177


Rendimento Freq. Freq.
Freq. Freq.
anual em absoluta relativa
absoluta relativa
milhares de acumulada acumulada
euros ni f
N Fi
8 8
10 4 0 4 0
2 1 2 1

10 18
1 4 5 0 9 0
2 1 2 1

2 2 0
32. Idades dos alunos das escolas A e B 2 1 10 1 0 0
2 1 2 1

4 1 0 4
2 7 4 1 0 4
1 0 5 1 0 5

1
5 8 1 1 0 5 1
1 0 5

Total 1 0 5 1

35.2. 9 0 35.3. 9 9 ,0 %

Classes ni f (%)
[4 5 , 5 0 [ 8 16

[5 0 , 5 5 [ 1 6 32

P o r e x e m p lo :
[5 5 , 6 0 [ 2 0 4 0
A s id a d e s d o s a lu n o s d e a m b a s a s e s c o la s v a r ia m e n tre

10 e 15 a n o s. N o e n ta n to , n a e s c o la B h á m a is a lu n o s c o m [6 0 , 6 5 [ 4 8

13 o u m a is a n o s q u e n a e s c o la A .
[6 5 , 7 0 [ 2 4
Já n o q u e d iz r e s p e ito à s id a d e s in fe r io r e s a 13 a n o s a s

d u a s e s c o la s tê m u m n ú m e ro m u ito id ê n tic o d e a lu n o s .
Total 5 0 1 0 0

37.1. 1 0 0 37.2. 2 2 0 37.3. 1 1 ,5 4 %


33.1. 7 0 %

38. Tempo de espera pelo


1.° emprego

Pág. 171 Pág. 178


39.1. S e is p e s s o a s 39.2. 7 0 %
34.1. Idades dos funcionários do escritório
2 8 40.1. 2 5 % 40.2. 2 5 %

3 0 1 1 2 40.3. C in c o e x p re sso s

4 1 2 2 3 4 5 9 40.4. Intervalo n, 40.5.


5 0 5 5 6 6 8 Os atrasos dos expressos
[1 4 , 1 8 [ 16
6 0 1

[1 8 , 2 2 [ 2 0

3 10 s ig n ific a 3 0 a n o s
[2 2 , 2 6 [ 2 4

34.2. [2 6 , 3 0 [ 2 8

Temperaturas máximas, em agosto, nas cidades A e B


[3 0 , 3 4 [ 32
M M A CS10 © Porto Editora

9 8 8 5 2 2 1 2 5 6 7 8

9 9 8 7 6 5 5 4 4 3 3 3 2 2 2 2 1 2 0 1 1 2 2 2 4 4 5 5 6 6 7 7 7 7 7 8 8 9 9
T e m p o (m in )
8 6 5 3 1 1 0 0 3 0 0 0 1 1

C id a d e A C id a d e B 41.1. 1 0 % 41.2. 3 6

5 1 1 12 s ig n ific a 1 5 °C n a c id a d e A e 1 2 °C n a c id a d e B
42.1. N ú m e ro d e n a s c im e n to s 42.2. 4 3 ,3 3 %

MMACS10-22 337
Soluções

M M A CS10 © Porto Editora


4 2 .3 . N a s c im e n t o s e m a b r i l
3 .2 . -500- = 50% 1 vez (correto)
1000
350
= 35% 2 vezes (errado)
1000
150
= 15% 3 vezes (errado)
1000
Resposta: O gráfico não representa os dados.

Pág.181
4 .1 . 20 4 .2 . 77,8%
Número de bebés
Classes ni N f (%) F (%)
[6 ; 6,5[ 1 1 3,7 3,7
4 3 .1 . Rapazes são 17 e raparigas 13 . rag
[6,5 ; 7[ 3 4 11,1 14,8
4 3 .2 . 69,23% 4 3 .3 . 17 alunos [7 ; 7,5[ 7 11 25,9 40,7
44. Gráficos de pontos, pictogramas, gráfico de barras e [7,5 ; 8[ 9 20 33,4 74,1
diagramas circulares. 5 25 18,5 92,6
[8 ; 8,5[
4 5 .1 . 40 viaturas 4 5 .2 . 24 clientes 4 5 .3 . 25% [8,5 ; 9[ 2 27 7,4 100,0
4 5 .4 . V e n d a d e c o m b u s tív e l Total 27 100,0
5 .1 . Futebol e Natação
5 .2 . Futebol e Andebol
5 .3 . Futebol
5 .4 . M o d a lid a d e s d e s p o r t iv a s p r e f e r i d a s p e lo s
r a p a z e s e r a p a r ig a s d o 1 0 .° a n o

Valor recebido (euros)

1 .1 . As barras tem largura diferente e não estão


igualmente espaçados. Modalidades
1 .2 . V e n d a s d e á g u a d a e m p re s a X Classes n i

[13,4 ; 14[ 3
[14 ; 14,6[ 6
[14,6 ; 15,2[ 6
[15,2 ; 15,8[ 8
[15,8 ; 16,4[ 5

6 .2 . e 6 .3 . T e m p o o b t id o n u m a c o r r i d a d e 1 0 0 m e t r o s

Ano
2 .1 . Número de pessoas que dormiram 6,5 h ou mais e menos
de 7 h .
2 .2 . Limite inferior: 7 ; lim ite superior: 7,5 ; amplitude: 0,5
2 .3 . 25 pessoas 2 .4 . 46,7%

3 .1. N ú m e r o d e id a s à b ib lio te c a

Pág. 182
1 .1 . (2 , 2 , 2 , 3 , 4 , 5 , 7) 1 .2 . y4= 4 ; y(4) = 3
2. z(4) = 5 ; z = (1 , 3 , 5 , 5 , 5)

Pág.184
4 6 .1 . (13 , 14 , 15 , 15 , 16 , 16 , 17 , 18 , 18 , 20)
Idas à biblioteca

338
Percentis. Mediana. Quartis. Diagrama de extremos e quartis

46.2. a) P 10 = 1 3 ,5 c m b) P 25 = 15 c m c) P 50 = 1 6 c m
Pág.196
d) P 75 = 18 c m e) P 80 = 18 c m f) P 92 = 2 0 c m
56.1. Turma A : Q 1 = 1 2 m i n ; Q 2 = 1 2 ,5 m in ; Q 3 = 1 3 m in
47. P 25 = 2 , 5 cm . P e lo m e n o s 2 5 % d a s v e la s tê m a ltu ra in fe r io r Turma B : Q 1 = 1 3 m i n ; Q 2 = 1 3 ,5 m in ; Q 3 = 1 4 m in

o u ig u a l a 2 ,5 c m .

Pág.185
48.1. P 25 = 1 1 m in ; P 50 = 2 1 , 5 m i n ; P 75 = 3 2 m in

48.2. O te m p o p e d id o é 4 0 m in .

48.3. A s s im , o t e m p o 3 0 m in p o d e p e rte n c e r a P 66 , P 67 , P 68 o u P 69 .
11 12 f 13 f 1 4 15
1 2 ,5 1 3 ,5

Pág.188 P o r e x e m p lo , n a s d u a s tu r m a s é ig u a l:
49.1. P 30 ) 1 2 ,6 3 v a lo r e s . P e lo m e n o s 3 0 % d o s a lu n o s tiv e r a m
• a d ife r e n ç a e n tr e o s e x tre m o s ;
c la s s ific a ç ã o in fe r io r o u ig u a l a 1 2 ,6 3 v a lo r e s .
• a a m p litu d e in te r q u a r tis ;

49.2. A c la s s ific a ç ã o m ín im a é 1 6 ,5 v a lo r e s . • a d is p e r s ã o d o s te m p o s in fe r io r e s o u ig u a is a Q 1 e

s u p e r io r e s o u ig u a is a Q 3 .
49.3. A c la s s ific a ç ã o m a is e le v a d a d o s a lu n o s c o m c la s s ific a ç õ e s

4 0 % m a is b a ix a s é , a p r o x im a d a m e n te , 1 3 ,3 1 v a lo r e s .

49.4. P k = P 26 ; 1 2 ,3 G P 26
Pág.198
57.1. (1 1 , 1 2 , 12 , 13 , 1 3 , 1 3 , 1 4 , 1 5 , 1 5 , 1 5 , 15 , 1 5 , 1 5 ,

1 6 , 1 6 , 1 6 , 16, 1 7 , 1 7 , 1 7 , 1 7 , 1 7 , 1 7 , 1 7 , 18)
Pág.190
50.1 . P e lo m e n o s 5 0 % d a s fa m ília s tê m 2 filh o s o u m e n o s .
57.2. a) 1 2 b) 1 4 c) 15

50.2. 5 0 % d a s fa m ília s tê m , n o m á x im o , 2 filh o s .


d) 1 6 e) 1 7 f) 1 7

58.1. T em 2 4 ja p o n e ir a s .
51.1. Altura dos alunos
58.2. P e lo m e n o s 5 0 % d a s ja p o n e ir a s tê m a ltu r a ig u a l o u

in fe r io r a 1 3 0 ,5 c m .

58.3. P e lo m e n o s 7 5 % d a s ja p o n e ir a s tê m a ltu r a ig u a l o u

in fe r io r a 1 4 4 c m .

59.1. M e = 3 h 59.2 . M e = 3 h 59.3. M e = 3 h

60.1. Velocidade na autoestrada

51.2. P 50 ) 1 ,6 1

5 0 % d o s a lu n o s tê m u m a a ltu r a in fe r io r o u ig u a l a 1 ,6 1 m .

Pág.191
52. Q 1= 1 6 S M S ; Q 2 = 2 1 S M S ; Q 3 = 3 2 S M S
V e lo c id a d e (k m / h )

60.2. M e = P 50 = 1 0 0 , 4 2 . P e l o m e n o s 5 0 % d o s v e íc u lo s c ir c u la m ,
Pág.192 n o m á x im o , a 1 0 0 ,4 2 k m / h .
53.1. 2 1 2 5 53.2. Q 1 : 0 v e z e s ; Q 2 : 1 v e z ; Q 3 : 2 v e z e s

Pág.199
Pág.194 61.1. V e n d e u 2 1 p a r e s d e c a lç a s .
54.1. 8 9 m in ; 9 4 ,5 m in ; 1 0 3 m in
61.2. Q 1= ta m a n h o 3 4 ; Q 2 = ta m a n h o 4 0 ; Q 3 = ta m a n h o 4 8
A m p litu d e in te r q u a r tis : 1 4 m in
62.1. 9
54.2.
- 62.2. 3 .° Q = P 75 = 6 (8 6 % > 7 5 % )

M e = P 50 = 4 (5 5 % > 5 0 % )
86 t 1 1 6
8 9 9 4 ,5 1 0 3 63.1. E x tre m o in fe rio r : 1 2 E x tre m o s u p e r io r : 52
T e m p o (m in )
63.2. Q 1= 17 p a s té is d e n a ta ; Q 2 = 30 p a s té is d e n a ta ;

Q 3= 4 2 p a s té is d e n a ta

Pág.195
63.3.12
M M A CS10 © Porto Editora

55.

5,8 f t t 6,1 1 2 I 2 0 I 4 0 52
5 ,8 6 2 5 5 ,9 5 6 ,0 5
Q , = 17 M e = Q 2 = 30 Q 3 = 42

A m p litu d e in te r q u a r tis = 6 ,0 5 - 5 ,8 6 2 5 = 0 ,1 8 7 5 P a s té is d e n a ta v e n d id o s n u m b a r

339
Soluções

64.1.

M M A CS10 © Porto Editora


Q 1= 1 4 ,7 3 ; Q 2 = 2 0 ,2 7 ; Q 3 = 2 6 ,0 9

64.2.

0 5 10 15 2 0 2 5 3 0 35

Î Î Î
1 4 ,7 3 2 0 ,2 7 2 6 ,0 9

Pág. 200
65.1. V a riá v e l e s ta tís tic a - Q u a n tia e m € q u e o s a lu n o s le v a v a m

V a riá v e l q u a n tita tiv a d is c r e ta


71.2. P 15 = 6 , 2 c e n te n a s d e e u ro s; P 55 = 8 , 5 c e n te n a s d e e u ro s;

P 99 = 1 4 ,6 c e n te n a s d e e u ro s
65.2. M e = 9 €
71.3. P 75 = 10 c e n te n a s d e e u ro s

65.3. P e lo m e n o s 7 5 % d o s s a lá r io s d o s fu n c io n á r io s s ã o ig u a is

o u in fe r io r e s a 1 0 c e n te n a s d e eu ro s.

72.1. P 10 = 0 liv ro s ; P 30 = 1 liv r o ; P 75 = 2 liv r o s

5 6 7 8 9 10 11 12 13
72.2. L e u tr ê s liv r o s .

66.1. À e q u ip a A .

66.2 . a) F a ls o , m e ta d e g a n h a p e lo m e n o s 1 5 0 0 € .
Pág. 202
1.1. Q j = 1 erro ; Q 2 = 3 e rro s; Q 3 = 3 erro s
b) V e r d a d e ir a : P 50 = M e = 2 0 0 0
1.2. D o is e r r o s
c) V e r d a d e ir a : Q 1 = P 25 = 1 2 5 0
1.3. P e lo m e n o s 5 0 % d e a lu n o s , n o m á x im o , c o m e te r a m

3 e r r o s , p o is P 50 = M e = 3 .
67.1. Subsídio atribuído mensalmente
(em euros) 2.1. Despesa diária na refeição

D e sp e sa (e m eu ro s)

S u b s íd io (e m e u ro s)
2.2. P 25 = 12 € ; P 45 ) 1 5 ,7 1 € ; P 80 = 2 1 , 6 7 €

67.2. Q 1 = 4 2 ,8 6 ; Q 2 = 6 9 ,7 4 ; Q 3 = 9 7 ,8 3 2.3. P e rte n c e a o p e rc e n til 8 3 .

68.1. M e = 3 ,2 5 h 3.1. A v a r iá v e l a s s o c ia d a é o c o m p rim e n to d o s c o rd õ e s.

A v a r iá v e l é q u a n tita tiv a c o n tín u a .


68.2. 5 5 ,6 % d o s a lu n o s g a s to u m a is d e tr ê s h o r a s e m le itu r a

e x tra c u r ric u la r. 3.2. A p e rc e n ta g e m é 6 0 % .

3.3. a) P 25 = 2 0 , 5 6 c m b) P 50 = 2 0 , 8 6 c m c) P 75 = 2 1 , 2 5 c m

Pág. 201 3.4.


69.1. P 15 = 1 5 7 m g / d l ; P 74 = 2 2 4 m g / d l

69.2. P 50 = 1 9 7 ,5 m g / d l

P e lo m e n o s 5 0 % d o s h o m e n s tê m u m n ív e l d e c o le s te r o l 2 0 2 0 ,5 21 2 1 ,5 2 2 2 2 ,5

ig u a l o u in fe r io r a 1 9 7 ,5 m g / d l , p e lo q u e 5 0 % d o s 2 0 ,5 6 Í Î 2 0 .8 6 Î 2 1 .2 5

Q i Q 2 Q 3
h o m e n s te m u m n ív e l a c e itá v e l.

4. P o rq u e P 75 n ã o p o d e s e r in fe r io r a P 50 .
69.3. P k = P 56

P e lo m e n o s 5 6 % d o s h o m e n s a p re s e n ta m u m n ív e l d e

c o le s te r o l a c e itá v e l.
Pág. 203
69.4. P 40 = 1 8 4 ,5 m g / d l

O v a lo r m a is e le v a d o d e e n tre o s 4 0 % d o s n ív e is m a is

b a ix o s é 1 8 4 m g / d l .

70.1. x 2 = 15 e X 2) = 14

70.2. (B)
70.3. P 75 = 17 a n o s

P e lo m e n o s 7 5 % d o s a lu n o s q u e e s ta v a m a e s tu d a r n a

b ib lio te c a tê m id a d e ig u a l o u in fe r io r a 1 7 a n o s.

340
Moda e média. Medidas de localização

5.2. Q j = 2 p e ç a s d e fru ta ; Q 2 = 3 p e ç a s d e fru ta ;


Pág.204
Q 3 = 5 p e ç a s d e fru ta .
4 4 4

1.1. I X 1.2. I 2Xi 1.3. 2 (X + 1 )


i= 1 i= 1 i= 1

2. 5

0 1 2 3 4 5 6 7 8
Pág.205
73. X = 4 ,6 v e z e s
Massa da Freq. Freq. Freq. relativa
cápsula absoluta relativa acumulada
Pág.207
[4 ,8 ; 4 ,9 [ 20 0 ,3 0 7 7 0 ,3 0 7 7
Frequência Valor central
[4 ,9 ; 5 ,0 [ 10 0 ,1 5 3 8 0 ,4 6 1 5 Classes absoluta, da classe, n X i

n i x i
[5 ,0 ; 5 ,1 [ 12 0 ,1 8 4 6 0 ,6 4 6 1

[ 1 ,7 5 ; 1 ,8 3 [ 3 1 ,7 9 5 ,3 7
[ 5 ,1 ; 5 ,2 [ 10 0 ,1 5 3 8 0 ,7 9 9 9

[ 1 ,8 3 ; 1 ,9 1 [ 4 1 ,8 7 7 ,4 8
[5 ,2 ; 5 ,3 [ 8 0 ,1 2 3 1 0 ,9 2 3 1

[ 1 ,9 1 ; 1 ,9 9 [ 6 1 ,9 5 1 1 ,7
[5 ,3 ; 5 ,4 [ 5 0 ,0 7 6 9 1

[ 1 ,9 9 ; 2 ,0 7 [ 4 2 ,0 3 8 ,1 2
1

[ 2 ,0 7 ; 2 ,1 5 [ 1 2 ,1 1 2 ,1 1
6.2. N ão sã o 7 0 c á p s u la s m a s 6 5 .
5 5

Massa de 65 cápsulas de café (g) Total I n = 18 I n i X i = 3 4 ,7 8


i= 1 i =1

74.2. X = 1 ,9 3 74.3. X = 1 ,9 5

Pág.210
- 7 -
75. y = ; z = 34
3

Pág.211
76. 1 1 5 €

77.1. 2 9 4 0 € 77.2. 3 0 9 0 €

Pág.213
4 ,8 4 ,9 5 ,0 5 ,1 5 ,2 5 ,3 5 ,4
78.1. G ru p o I : 13
t t ♦ M a s sa (g )
Q l Q 2 Q 3 G ru p o II : 1 2 e 1 3 (b im o d a l)

G ru p o III : a m o d a l
7.1. Q j = 8 7 m in ; Q 2 = 9 5 m in ; Q 3= 1 0 3 m in
78.2. a) T u rm a A : 12 v a lo r e s

Registo do Freq. Freq. Freq. relativa T u rm a B : 1 0 v a lo r e s e 11 v a lo r e s

tempo absoluta relativa acumulada


b) T u rm a A

8 5 2 0 ,0 8 0 ,0 8 x = 1 1 ,6 ; m e d ia n a : 12 (2 8 : 2 = 14)

T u rm a B
8 6 3 0 ,1 2 0 ,2 0
X = 1 1 ,1 ; m e d ia n a : 11 (2 8 : 2 = 14)

8 7 2 0 ,0 8 0 ,2 8

8 9 1 0 ,0 4 0 ,3 2 Pág.215
79.1. [2 , 4 [ 79.2. x = 4 ,6
9 0 1 0 ,0 4 0 ,3 6

79.3. A c la s s e m e d ia n a é [4 , 6 [ . A m e d ia n a é 4 ,3 .
9 1 1 0 ,0 4 0 ,4 0

9 4 2 0 ,0 8 0 ,4 8 Pág.220
9 5 4 0 ,1 6 0 ,6 4
80. Q u a tro a lu n o s

1 0 ,0 4 0 ,6 8
81.1. C o m p r im e n to d o s p a ra fu so s
9 6

81.2. 4 8 % 81.3. 5 ,5 cm
1 0 3 2 0 ,0 8 0 ,7 6
81.4. A p re se n ta -se a s e g u ir u m e x e m p lo d e re sp o sta .
1 0 5 2 0 ,0 8 0 ,8 4
P a r a c o n s tr u ir o h is to g r a m a é n e c e s s á r io c o m e ç a r p o r

1 0 8 1 0 ,0 4 0 ,8 8 c o n s tr u ir u m a ta b e la d e fr e q u ê n c ia s , q u e , te n d o e m
M M A CS10 © Porto Editora

c o n s id e r a ç ã o o e n u n c ia d o , te r á d e te r 7 c la s s e s . E s ta s
1 0 9 1 0 ,0 4 0 ,9 2
c la s s e s d e v e m te r to d a s a m e s m a a m p litu d e , h , q u e se

1 1 1 1 0 ,0 4 0 ,9 6 e s c o lh e c o m o se n d o u m v a lo r a p r o x im a d o , p o r e x c e s s o , d o

q u o c ie n te :
1 1 5 1 0 ,0 4 1
m a io r v a lo r d a a m o s tr a - m e n o r v a lo r d a a m o s tr a
2 5
n .° d e c la s s e s

341
Soluções

M M A CS10 © Porto Editora


C o m o o m a io r v a lo r d a a m o s tr a é 6 ,0 7 0 , o m e n o r v a lo r d a 88. 2 5 a lu n o s

a m o s tra é 5 ,0 2 5 e o n ú m e ro d e c la s s e s é 7 , u m v a lo r N ú m e ro d e e x e r c íc io s r e s o lv id o s n o to ta l:

p o s s ív e l p a r a h é 0 ,1 5 (v e r n o ta ). T e n d o e m c o n s id e r a ç ã o 2 X6 + 4 X5 + 10 X2 + 12 X3 + 1 6 X5 + 1 8 X4 = 2 4 0
o s v a lo r e s r e fe rid o s , a s c la s s e s s e r ã o , e n tã o : - 2 4 0
x = = 9 ,6
[ 5 ,0 2 5 ; 5 ,1 7 5 [ ; [ 5 ,1 7 5 ; 5 ,3 2 5 [ ; [ 5 ,3 2 5 ; 5 ,4 7 5 [ ; 2 5

[ 5 ,4 7 5 ; 5 ,6 2 5 [ ; [ 5 ,6 2 5 ; 5 ,7 7 5 [ ; [ 5 ,7 7 5 ; 5 ,9 2 5 [ ; N o g r á fic o o b s e rv a -s e q u e, d o s 2 5 a lu n o s , 11 r e s o lv e r a m

[ 5 ,9 2 5 ; 6 ,0 7 5 [ 2 o u 4 e x e r c íc io s , v a lo r e s m u ito in fe r io r e s à m é d ia e

U m a v ez q u e n ã o d is p o m o s d o s d a d o s o r ig in a is , n ã o é p o s s ív e l 9 a lu n o s r e s o lv e r a m 1 6 o u 1 8 e x e r c íc io s q u e é u m v a lo r

s a b e r q u a is a s f r e q u ê n c ia s a s s o c ia d a s à s c la s s e s a n te r io r e s . m u ito s u p e r io r à m é d ia .

Nota: A c e ita -s e q u a lq u e r v a lo r d e h E [0 ,1 7 9 3 ; 0 , 1 7 4 1 ] .82 S e n d o a s s im , a m é d ia n ã o é u m b o m in d ic a d o r d o n ú m e r o

d e e x e r c íc io s r e a liz a d o s p o r a lu n o s p a r a a p re p a ra çã o p a ra

o te s te .

82. x ) 7 0 ,2 9 € 83. 1 3 ,4 2 m in P á g ' 221

N.° de Freq. absoluta Freq. Freq. Freq. relativa Pág.223


filhos acumulada absoluta relativa acumulada
1. 1 8 8 cm

1 10 10 4 0 = 0 , 1
0 ,1 2. A m é d ia d a s m a s s a s d o s a lu n o s d a tu r m a é 6 2 ,9 2 k g .
100

3. 6 4 .1 . 1 4 litr o s
2 4 0 30 4 0 = 0 ,3 0 ,4
100 4 .3 . z =2X = 2 X14 =28

3 6 0 2 0 4 0 = 0 ,2 0 ,6
5. A m é d ia d o s d e s c o n to s é , a p r o x im a d a m e n te , 1 9 4 ,6 4 € .

100

2 0
4 8 0 2 0 = 0 ,2 0 ,8 Pág.224
100

2 0 Classe n i x i « X i
5 100 2 0 = 0 ,2 1
100 [1 4 5 , 1 5 0 [ 1 1 4 7 ,5 1 4 7 ,5

Total 100 1
[1 5 0 , 1 5 5 [ 7 1 5 2 ,5 1 0 6 7 ,5

8 4 .2 . M é d ia c o m o s d a d o s d a ta b e la : [1 5 5 , 1 6 0 [ 6 1 5 7 ,5 9 4 5 ,0

10 X 1 + 3 0 X2 + 2 0 X3 + 2 0 X4 + 2 0 X 5 [1 6 0 , 1 6 5 [ 6 1 6 2 ,5 9 7 5 ,0
x = = 3 ,1
100
[1 6 5 , 1 7 0 [ 2 1 6 7 ,5 3 3 5 ,0
M é d ia c o m o s d a d o s c o r r ig id o s :
[1 7 0 , 1 7 5 [ 3 1 7 2 ,5 5 1 7 ,5
- 0 X10 + 1 X3 0 + 2 X2 0 + 3 X2 0 + 4 X2 0
x = = 2 ,1 Total 2 5 3 9 8 7 ,5
100

A m é d ia d im in u i 1 u n id a d e .
6 .2 . A m é d i a d a s a lt u r a s d o s a l u n o s d o 1 0 .° K é , a p r o x i m a d a m e n t e ,

8 5 .1 . A o p eso 3 ,7 2 0 c o rre s p o n d e m P 61 , P 62 , P 63 o u P 64 . 1 5 9 ,5 c m .

8 5 .2 . H á 15 b e b é s . 8 5 .3 . 2 ,8 8 0 k g 7. A m é d ia d a s a ltu r a s d o s a tle ta s m a s c u lin o s é,

a p r o x im a d a m e n te , 1 ,7 1 m .

Pág. 222 8 .1 . X = 9 6 ,9 9 ; M o d a : 1 0 0 e 1 5 0 ;

8 6 .1 . a) M e = 9 4 m in b) 1 .° Q = 8 8 m in c) 3 .° Q = 1 0 3 m in Q j = 5 0 ; x = 1 0 0 e Q 3 = 1 5 0

8 .2 . 3 3 g a r r a fa s

Pág.225
80 1 1 5

1 .° Q 2 .° Q 3 .° Q 9 .1 . 7 8 8 5 ,5 0 € 9 .2 . 2 0 %

8 8 9 4 1 0 3
1 0 .1 . 2 0 % 1 0 .2 . [7 ,2 ; 7 ,8 [

8 6 .3 . x = 9 5 ,7 m in
1 0 .3 . pH de amostras de terra
8 7 .1 . a) 3 6 a lu n o s b) 6 a lu n o s CS
50
5 0
3
4 5
39
4 0
CS
3 5

3 0

C
S2 5 20
2 0

15
10
10
6
5
2

W- -I----- ----------------- ----- ----- L


4 ,8 5 ,4 6 ,0 6 ,6 7 ,2 7 ,8 8 ,4

P H

10.4. x ) 7,2

342
Moda e média. Medidas de localização

10.5. L o g o , p e lo m e n o s 5 0 % d a s a m o s tra s d e te rra te m p H ig u a l 94.2. a) M e = 4 ,3 8 m ilh a r e s d e e u ro s

o u in fe r io r a 7 ,3 6 .
b) A a m p litu d e in te r q u a r tis é ig u a l a 1 ,5 7 m ilh a r e s e u ro s .

10.6. O d ia g r a m a r e p r e s e n ta o s d a d o s a n te r io r e s .
c) sx) 1 ,2 8 m ilh a r e s d e e u r o s

Pág.226 Pág.236
1. M a ria : x = 17 ; M e x = 17 ; M o x = 17 95.1. a) M a te m á tic a : X = 18 ; s ) 1 ,2

M a n u e l: y = 17 ; M ey = 17 ; M o y = 17 In fo r m á tic a : x = 1 8 ; x » 1 ,6

2. O g r á fic o q u e a p r e s e n ta u m a m a io r d is p e r s ã o é o r e la tiv o à s
b) E n q u a n to e m M a te m á tic a h á m a io r c o n c e n tr a ç ã o d a s

c la s s if ic a ç õ e s p r ó x im o d a m é d ia , e m In fo r m á tic a as
n o ta s d a M a ria .
c la s s if ic a ç õ e s “a f a s t a m - s e ” d o v a lo r m é d io . O d e s v io ­
3. O a lu n o m a is r e g u la r é o M a n u e l, p o is a s n o ta s o b tid a s
-p a d rã o e m In fo r m á tic a é m a io r q u e e m M a te m á tic a .
v a r ia m m e n o s e m to rn o d o v a lo r d a m é d ia , 1 7 .
95.2. a) 5 2 % b) 6 8 %

Pág.229 Pág.238
89.1. A lo ja A v e n d e u , e m m é d ia , 2 0 te le m ó v e is .
96.1. A m o d a é 2 .
A lo ja B v e n d e u , e m m é d ia , 2 0 te le m ó v e is .
96.2. a) 1 , 8 8 g o l o s b) 1 0 ,8 8 c) 1 ,2 5 g o lo s
89.2. L o ja A : sx ) 4 ,8 ; lo ja B : sy ) 1 2 ,5

C o m o sy > s x , h á u m a m a io r d is p e r s ã o d o s d a d o s n a lo ja B , 97.1. D . A n a : sx » 5 ,0 k g Sr. B e r n a r d o : sy » 4 2 ,0 kg

is to é, o n ú m e ro d e v e n d a s d o te le m ó v e l n a lo ja B é m a is
97.2. É v e r d a d e ir a a a fir m a ç ã o , o d e s v io -p a d r ã o é a fe ta d o p o r
ir r e g u la r .
v a lo r e s o u m u ito g r a n d e s o u m u ito p e q u e n o s , a té p o r q u e n a

s u a d e fin iç ã o d e p e n d e d a m é d ia , e la p r ó p r ia p o u c o r e s is te n te .

Pág.230 98. x ) 1 6 ,5 m e n sa g e n s sx » 6 ,4 m e n sa g e n s
90. s ) 1 ,6 9

99.1. 20
20
Pág.231
91.1. E m m é d ia c a d a p e s s o a g a s to u 3 9 ,3 0 eu ro s.
1 6
15
91.2. s ) 2 6 ,2 1 € 15

Pág. 233 10
92.1. x 1 = 1 2 ,4 4 ; x 2 = 1 2 ,5 2 8 ; x = 1 2 ,5 8 4 '3 8
z;
92.2. M e 1 = 12 ; M e 2 = 12 ; M e 3= 1 2 ,1
5
92.3. Sj ) 2 ,1 8 ; s 2 ) 2 ,6 2 ; s3 ) 2 ,4 0
2

Pág.235 0 5 1 0 15 2 0 2 5

93.1. 1 8 T e m p o (s e g u n d o s )

93.2. a) 7 9 b) M e = 4 8 € c) X ) 4 6 ,3 9 €
99.2. X ) 9 m i n 99.3. s x ) 5 , 8 m i n
d) 1 .° Q = 2 5 € ; 3 .° Q = 5 6 € e) 4 8 €
100.1. y = 1 , 3 x 100.2. M e y = 1 , 3 M e X
93.3. 100.3. A m p l i t u d e x = A m p l i t u d e y
100.4. x = y ; A m p l i t u d e i n t e r q u a r t i s x = A m p l i t u d e i n t e r q u a r t i s y

100.5. s y = 1 , 3 s x
10 2 0 25 30 4 0 485 0 56 6 0 70 8 0 89

C u s to (e u ro s)
Pág.239
93.4. sx ) 2 2 ,8 2 € 101.1. A m p litu d e ) 5 0 k m / h 1 0 1 .2 . [1 1 0 , 1 2 0 [

94.1. 101.3. x ) 1 0 4 ,5 k m / h

03 8 0 101.4. 1 4 0
140
70
o
<z>
6 0
120
c3
50 100
<cQJ
9 0
QJ

80
cr
4 0 80
QJ QJ
30 58
60
2 0 5
M M A CS10 © Porto Editora

35 3 8
30 40
2 5
10 20
10 20- 15 10
0 1 2 3 4 5 6 7

P re ç o (e m m ilh a r e s d e e u ro s ) 7 0 8 0 9 0 1 0 0 1 1 0 1 2 0 1 3 0

V e lo c id a d e (k m / h )

343
Soluções

M M A CS10 © Porto Editora


1 0 1 .5 . M e d ia n a = 105 k m / h ; 1 .° Q = 9 5 k m / h ; 3 .° Q = 1 1 5 km / h 3 .1 . k = 8 3 .2 . sx) 2 ,7 g o lo s

1 0 1 .6 . 2 0 km / h n I x IX 2 x 5
1 0 1 .7 . 1 0 0 1 0 1 ,4 1 0 2 ,8 3 1 ,0 1 4 0 ,0 1

1 4 1 5 2 ,6 1 7 0 0 ,9 1 1 0 ,9 1 ,7

18 1 0 2 6 5 8 7 5 4 5 7 4
7 0 8 0 9 0 95 1 0 0 l0 5 i i o l l 5 i2 0 1 3 0

V e lo c id a d e (k m / h )
Pág. 243
1 0 1 .8 . sx ) 1 2 ,2 4 k m / h 5. N a d is c ip lin a d e F ís ic a , p o is a s n o ta s e s tã o m a is

c o n c e n tr a d a s n o s e x tre m o s , is to é , d is ta n te s d a m é d ia .
1 0 1 .9 . O d e s v io -p a d rã o r e p r e s e n ta a d is p e r s ã o e m to rn o d a

m é d ia , p e lo q u e n e s te c a so h á u m a v a r ia b ilid a d e d e 6 .1 . s2 = 1 ,2 = s A m p litu d e : R 2 = 5 = R x 2 = 6 = x + 2

1 2 ,2 4 k m / h e m to rn o d e 1 0 4 ,5 k m / h (m é d ia ).
6 .2 . sy = 3 ,6 A m p litu d e : y = 15 y = 12

1 0 2 .1 . x ) 1 5 ,1 c m ; sx » 1 ,1 c m ; y » 1 4 ,7 c m ; sy » 0 ,8 c m Freq. Freq. Freq. Freq.


N.°
1 0 2 .2 .
absoluta absoluta relativa relativa
S e s e c o n s id e r a r a m e lh o r a q u e la q u e p r o d u z p e ç a s c o m pessoas
m e n o r v a r ia b ilid a d e n o d iâ m e tr o c o m o sy < sx , a m e lh o r
acumulada simples simples acumulada
m á q u in a se rá a B .
1 10 10 1 0 = 0 ,1 7 0 ,1 7
6 0

2 2 2 2 2 - 1 0 = 12 0 ,2 0 ,3 7
Pág. 240
1 0 3 .1 . 3 3 7 3 7 - 2 2 = 15 0 ,2 5 0 ,6 2

6 ------------------------------------------------ 4 51 5 1 - 3 7 = 14 0 ,2 3 0 ,8 5

5 6 0 6 0 - 51 = 9 0 ,1 5 1
5 ---------------------------------
-a 7 .2 . x ) 2 ,7 5 ; sx = 0 ,8 4
3
4 -
T a b e la 2 c o r r ig id a :

3 ---------------------------------
N.° pessoas 0 1 2 3 4

Freq. absoluta simples 5 15 3 0 10 0


2 -----------------
§ y ) 1 ,7 5 ; sy = 0 ,8 4
1 -
A m é d ia c o m o s d a d o s c o r r ig id o s v e m d im in u íd a d e u m a

u n id a d e , o d e s v io -p a d rã o fic o u ig u a l, p o is n ã o s e a lte r o u o
------ ------ ------ ------ 1—►
0 1 0 11 12 1 3 14 d e s v io e m r e la ç ã o à m é d ia .

T e m p o (se g u n d o s)

1
Pág.244
1 0 3 .2 . x ) 1 2 ,1 3 s 1 0 3 .3 . sx ) 0 ,9 6 s 7
17
104. x ) 2 4 ,4 5 € ; sx = 1 4 ,8 8 € 16
15
1 0 5 .1 . G r á fic o 1: x = 2 ,3 ; G r á fic o 2 : x = 2 ,7 14
13
G r á fic o 3: x = 3 ,2 ; G r á f ic o 4 : x = 3 ,2
O 12
1 0 5 .2 . G r á fic o 3: sx = 1 ,8 1 ; G r á fic o 4 : sy = 1 ,3 2
11
10
O d e s v io -p a d rã o d o g r á fic o 4 é m e n o r q u e o d e s v io ­
9
-p a d rã o d o g r á fic o 3. 8
<z>
7
O s d a d o s d o g r á fic o 3 a p re s e n ta m u m a m a io r d is p e r s ã o
u ■
r e la tiv a m e n te à m é d ia q u e o s d a d o s d o g r á fic o 4.
7 8 9 1 0 1 1 1 2 1 3 14 1 5 1 6 1 7 1 8 X
C la s s ific a ç ã o a M a te m á tic a

Pág. 241
2. O N u n o p r e te n d e in v e s tig a r a r e la ç ã o e s ta tís tic a e x is te n te
1 0 6 .1 . x ) 1 5 ,6 4 1 0 6 .2 . 4 4 ,4 4 %
e n tr e a s d u a s v a r iá v e is .

1 0 6 .3 . s x ) 0 ,8 4 ; sy ) 1 ,0 6

1 0 7 .1 . G r á fic o 1: x = 2 5 ; G r á fic o 2 : x = 2 5 ; G r á fic o 3: x = 2 6 ,5 5


Pág.246
y

1 0 7 .2 . s 1 = 1 1 ,4 7 ; s2 = 9 ,4 9 ; s3 = 1 0 ,1 0
17-
G r á fic o 1, p o rq u e s 1 > s3 > s2 . 16‘
K
1 0 7 .3 . G r á fic o 1
14'
TO
Pág. 242 11
1 .1 . x ) - 1 ,8 ° C 1 .2 . M e = - 2 °C 1 .3 . s 2x = 1 3 , 7 ° C a 10~
9-
1 .4 . sx ) 1 .5 .
3 ,7 °C 6 ,5 °C
8
2 .1 . x ) 7 1 ,8 5 kg ; s x » 0 ,0 3 k g ; y » 7 1 ,8 5 k g ; sy » 0 ,0 1 k g 7
2 .2 . A te n d e n d o a q u e a b a la n ç a B a p re s e n ta u m a m e n o r
5
v a r ia b ilid a d e e m to rn o d a m é d ia , ( s x < s y) , e s c o lh e u a
0 7 8 9 10 1 1 1 2 1 3 14 1 5 17 1 7 1 8 X
b a la n ç a A .
C la s s ific a ç ã o a M a te m á tic a

344
Moda e média. Medidas de localização

1 0 8 .2 . S im . E x is te u m a r e la ç ã o e s ta tís tic a a c e n tu a d a e n tre as

d u a s v a r iá v e is .

1 0 9 .1 . 2 0 0 0 € 1 0 9 .2 . 1 a n o

Idade do carro Preço (D)


1 a n o 8 0 0 0

2 a n o s 4 0 0 0 o: 138 46 '5 4 46 '5 4

3 0 0 0
R e ta d e re g re ssã o : y = 1 ,2 6 6 x - 1 3 4 ,3 6 9 ; r ) 0 ,9 8 9
3 a n o s
4 0 0 0

4 a n o s 2 0 0 0

2 0 0 0
5 a n o s
3 0 0 0

6 a n o s 1 0 0 0

1 1 0 .1 . P e lo m e n o s 18 a tle ta s .

1 1 0 .2 . S im . A d is p o s iç ã o d o s p o n to s r e v e la u m a c e rta te n d ê n c ia

(a a ltu ra a u m e n ta à m e d id a q u e o n ú m e ro d e c a lç a d o

a u m e n ta ).

1 1 0 .3 . P e lo m e n o s 12 v e z es.

1 1 0 .4 . V e r ific a -s e a te n d ê n c ia p a r a a te m p e r a tu r a d e s c e r à

m e d id a q u e a a ltitu d e a u m e n ta .

Pág.248
1 1 1 .1 . a) ( A ) , ( C) e ( F) b) (b) e ( ü)

1 1 1 .2 . ( E)

Pág.250
112. E m A e B v e r ific a -s e u m a c o r r e la ç ã o p o s itiv a fo r te s e n d o

o c o e fic ie n te d e c o r r e la ç ã o d e B s u p e r io r a o d e A .

L o g o , a B co rre sp o n d e r = 0 ,9 2 e a A co rre sp o n d e r = 0 ,5 9 .

D e ig u a l m o d o , v e r if ic a -s e u m a c o r r e la ç ã o n e g a tiv a fo rte

e m C e D se n d o a d e C s u p e r io r (e m m ó d u lo ) à d e D .

A s s im , a C c o rre s p o n d e r = - 0 ,9 8 e a D c o rre sp o n d e

r = - 0 ,9 3 .

r - 0 ,0 1 0 ,0 2 - 0 ,9 8 0 ,9 2 0 ,5 9 - 0 ,9 3

Diagrama — - - C B A D

Pág.253
1 1 3 .1 . x = 1 0 4 ,5 c m ; y = 4 3 ,5 k g

1 1 3 .2 .

1 1 5 .1 . P o r e x e m p lo :

| 1 ? |1 3 |
d

L in R e g M x x iy i, C opy V a r u a t RcgEqn/1 i *
• 'T U u lo " ■ R * g r« s » o lm * a r ( m x * b ) ~
" R * jB q n ' ■‘ n a « ♦ b "
"m" 27 2857142857
M M A CS10 © Porto Editora

•b * •3 1 4 2 8 5 7 1 4 2 8 6
V * 0 968385007433
"r" 0 984065550374
R ts x T -< r

I ■

y = 2 7 ,2 9 x - 3 1 ,4 3 (2 c . d .)

345
Soluções

r = 0,98 ; verifica-se uma correlação positiva forte entre as

M M A CS10 © Porto Editora


1 1 5 .2 . 1 1 8 .1 . 10 1 1 8 .2 . 28,3%
duas variáveis, o que é natural pois compram-se mais 1 1 8 .3 .

guarda-chuvas quando a chuva é mais frequente. 2?-feira 3?-feira 4f-feira 5f -feira 6?-feira Sábado Domingo

O
0s
-o
to
6% 8% 10% 12% 16% 20%

C
O número de chamadas realizadas ao Sábado e ao
Domingo é praticamente igual ao realizado durante os
outros dias da semana.
1 1 9 . A afirmação é verdadeira. 15 dos 22 professores de
Português declararam que as bases dos seus alunos eram
15
insuficientes: ■» 68,18% .
22

Pág. 259
1 2 0 .1 . Grupo de controlo: 10% ; grupo experimental: 40%

1 2 0 .2 . — = 0,12 = 12% ; 23 = 0,46 = 46%


1 1 6 .2 .
50 50
Resposta: 12% e 46% , respetivamente.
1 2 0 .3 . Por exemplo, da análise do gráfico constata-se que a per­
centagem de positivas obtidas pelos alunos do grupo expe­
rimental (a quem foi implementado o novo método de ava­
liação) é superior à percentagem de positivas obtidas pelos
alunos do grupo de controlo. Deste modo, podemos con­
cluir que o novo método de avaliação é mais vantajoso que
os anteriores métodos para alunos que revelem insucesso.
M a r k e tin g Editorial
7
Mulheres = 87,5% 13 = 52%
8
o 1O 25
13
oo
0^
Ol 1

Homens 13 ) 39,4%
II
o 33

Admitidos Não admitidos Total


Mulheres 20 13 33
i . ■1•4 1 Homens 53 30 83
Total 73 43 116
Percentagens de mulheres e homens admitidos
relativamente ao total de mulheres e homens candidatos:
Mulheres: — » 60,6% Homens: — = 63,9%
33 83
i » r » 1 1----- r-
60 65 70 75 80 85 90 95
_________ xi________ 1 2 1 .3 . A maior parte dos homens ( — » 60,2% ) candidatou-se
83
y = 0,146x + 40,745 (3 c. d.) ao departamento de marketing onde foi admitida a maior
1 1 6 .3 . 51,3 mm e 59,8 mm . A segunda estimativa é pouco fiável / 47 \
parte dos funcionários I ■» 64,4% I . Com as mulheres
dado que 130 °C é um valor muito afastado do intervalo ocorreu o inverso. 73
de valores conhecidos.
A maior parte 25 ) 75,8% candidatou-se ao
33
Pág. 257 departamento editorial que apenas recrutou cerca de
MACS
Total 35,6% — I dos candidatos admitidos.
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 73*1
8 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
0
122. n;f Pág. 261
9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
11
10 1 0 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 4 10
11 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 9
Português

12 0 0 0 0 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 3 8
13 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 7
6
14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 0 0 3
5
15 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2
4
16 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 3
17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1
Total 2 0 2 0 4 1 1 2 0 3 1 1 0 0 1 18 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

346
Moda e média. Medidas de localização

123.
Pág.263
EF 11.0 - • • 1 3 3 .1 . y

9 .5 -
• 180­ •
>. 8 0 - •
- ­ rt *
170- •
5.0 -
ã
5 6 7 8 9 10 11 12
xi <
124. G ráfico C 160-
1 2 5 .1 . Pelo m en o s 20 carros.
0 160 1 70- 180183 x
1 2 5 .2 . Sim 1 2 5 .3 . A um enta.
126. Em A : co rrelação positiva fraca Altura do pai (cm )
Em B : co rrelação positiva forte 1 3 3 .2 . x = 172,5 ; y = 174,875
Em C : co rrela çã o n egativa fraca
1 3 3 .3 .
rA = 0 ,6 ; rB = 0 ,9 e r C= - 0 ,6

127. - 0,67

Pág.262
128. O co eficien te de co rrela çã o en tre x e z é - 1 .
129.

Existe um a
Cd O asso ciação
-g S Lin R eg M x x j j 7, 1 Copy V a r slat R egE qnfl »'
5,0 positiva forte.
0O T itu lo " 'R tg rts s io U ntar ( m x *b )
R tgS qr." 'm x * b "
"m" 0 47 J2 1 4 2 8 5 7 1 4
y = 0 ,4 7 3 x + 9 3 ,2 4 6 (3 c. d.)
"b * 9 Î 245S 357U 3
74 76 78 80 82 84 86 88 0 57 98 9 2 6 5 0 7 0 2
N.° de pulsações antes "r" 0 76 15 06 82 90 58
de tomar o calmante Rand

1 3 3 .4 . 183 cm 1 3 4 .1 . x = 4 3,5 ; y = 2,9875

1 3 4 .2

y = 0 ,0 7 7 x - 0 ,3 8 2 (3 c. d.)

135. C erca de 10,5 kg .


64 65 66 67 68 69 70 71 x
M assa do pai

1 3 2 .2 .
y
16
r ) 0,98
cd 15
M M A CS10 © Porto Editora

14 C orrelação
13 positiva forte
5 12
11
10
H
10 20 30 40 50 60 70 x (m ilh ares de euros)
Idade (anos)

347
Soluções

M M A CS10 © Porto Editora


1 3 6 .2 . 2 ,3 m il e u r o s
Pág. 265
1 3 6 .3 . T r a ta -s e d e u m a c o r r e la ç ã o p o s itiv a fo r te . 4.

P o d e c o n c lu ir -s e q u e o a u m e n to d o s g a s to s e m

p u b lic id a d e é a c o m p a n h a d o , e m g e ra l, p o r u m a u m e n to

d o s r e s u lta d o s d a s v e n d a s .

1 3 6 .4 . r ) 0 ,9 2 . C o n fir m a -s e o c o m e n tá rio fe ito p o r o b se rv a çã o

d o d ia g r a m a d e d is p e r s ã o .

137. r = 0 ,9 2 3 5 (4 c . d .)

Pág. 264
1 .1 . x = 4 6 e y = 41
1 .2 . a 1 .4 .

y = 0 ,9 0 x - 0 ,5 2 (2 c . d .)

2 .2 . y = - 0 ,4 8 3 x + 1 0 ,4 9 2 (3 c . d .)

r ) - 0 ,9 9

2 .3 . r < 0 s ig n ific a q u e à m e d id a q u e o te m p o p a s s a a a ltu r a d a


Pág. 266
á g u a n o d e p ó s ito d im in u i.
1 .1 . 6 1 ,8 4 (2 c . d .) 1 .2 . 6 1 ,8 5 (2 c . d .)

C o m o |r|) 1 a c o r r e la ç ã o e n tre a s d u a s v a r iá v e is é m u ito 1 .3 . 0 ,0 3 (2 c . d .) 1 .4 . 0 ,0 1 (2 c . d .)

fo rte .
1 .5 . A b a la n ç a B , p o is c o m o sy < sx , is to é , a d is p e r s ã o d o s

2 .4 . y ) 8 ,1 m (1 c . d .) 2 .5 . x = 16 h 3 3 m in p eso s e m to rn o d a m é d ia é in fe r io r n a b a la n ç a B .

3 .1 . y = 1 ,6 8 x - 3 3 5 8 ,2 1 (2 c . d .) 3 .2 . 2 6 ,9 9 2 .1 . F o ra m in q u ir id o s 2 0 0 a lu n o s .

3.3. No ano de 2018. 2.2. 10%

348
Moda e média. Medidas de localização

10.2. a)
Pág.267
3.1. 1 9 8 ,7 5 g 3.2. 1 9 3 ,7 5 g 3.3. sy = sx

4.1. 2 ,4 4.2. 2 7 ,6 4.3. s x) 2 ,0 ; sx ) 1 ,4 6,07-


4.4.
ii
\3

= 2 ; P 75 = 4

3,01
2,18----------
1 2 3 4 5 1,95------- ,
5.1. N ú m e r o d e f o l h a s p o r p la n ta d e ta b a c o 0,82--,
5.2. a) 1 9 , 7 8 b) 2 0
0,3 f 1,26 2,47 3,75
c) 1 , 3 8 ( 2 c . d . ) d) 1 ,9 0 (2 c . d .)
0,85 T a x a d e f lu x o ( l/ s )

Pág. 268 b) x = 1 ,7 2 8 e y = 2 ,8 0 6 c) y = 1 ,3 9 x + 0 ,4 1

6. É n e c e s s á r io c a lc u la r sx e sy . 11. G r á fic o 1: D e c liv e p o s itiv o r 2 = 0 ,7 6


B ic ic le ta : x = 1 0 ,6 ; Sx » 2
G r á fic o 2 : D e c liv e n e g a tiv o r3 = - 0 ,8 4
P a s s a d e ira : y = 1 4 ,5 ; S y » 2 ,8
G r á fic o 3: P o u c a r e la ç ã o r2 = - 0 ,2 5

H á u m a m a io r v a r ia b ilid a d e d o s te m p o s n a p a s s a d e ir a p o is

sy > sx .
Pág.270
7.1. 0 5 6 7 7 8 9 12.1.
1 1 2 2 5 6 7 7 8 8 9
12.2.
2 0 1 2 3 9

3 2 5 6 7
b) x = 1 2 ,9 e y = 0 ,1 c) y = - 0 ,0 3 x + 0 ,5 4

4 1 4 4 5 9 d) y = - 0 ,0 3 X 7 + 0 ,5 4 = 0 ,3 3 p o is x = 7 .

5 O c o n s u m o e sp e ra d o se rá 0 ,3 3 m 3 .

6 2 5
13.1.
7.2. P 2 5 = 1 2 ; P 50 = 1 9 , 5 ; P 75 = 3 6 , 5
n i

[8 ,1 ; 1 0 , 1 [ 9

[ 1 0 ,1 ; 1 2 ,1 [ 9

[ 1 2 ,1 ; 1 4 ,1 [ 6
5 1 0 j |20 3 0 | 4 0 50 6 0 65

[ 1 4 ,1 ; 1 6 ,1 [ 10
12 19,5 36,5
[ 1 6 ,1 ; 1 8 ,1 [ 1

7.3. P 70 = 3 5 ; d o s 3 0 % d o s p e rc u rs o s c o m m a io r d u r a ç ã o , o
I = 3 5
q u e te m m e n o r d u ra çã o , d e m o ra 3 5 m in .

8. x = (1 ; 2 ; 4 ; 4 ,5 ; 5) y = (1 ; 1 ,5 ; 2 ; 3 ,5 ; 3)
13.2.
z = (1 ; 1 ,5 ; 3 ; 4 ,5 ; 5) w = (1 ; 1 ; 3 ; 4 ,5 ; 5)

Pág.269
9.1. 2 3 ,5 m e s e s ; 7 9 ,7 c m

9.2.
20
18 18

12

2
Lw-
8 ,1 1 0 ,1 1 2 ,1 1 4 ,1 1 6 ,1 1 8 ,1

A t= n h = 3 5 X 2 = 7 0

13.3. P 10 = 8 , 8 8 k g ; P ls = 9 , 2 7 k g ; P M = 1 1 ,9 9 k g ; P „ = 1 4 ,5 5 k g ;

P85 = 1 5 ,2 5 kg

13.4. P k = P 43

13.5. H á 2 6 c r ia n ç a s c o m p e s o in fe r io r o u ig u a l a P 75 .
M M A CS10 © Porto Editora

13.6. O m a io r v a lo r in fe r io r a 9 ,6 6 é 9 ,6 k g , lo g o a c r ia n ç a c o m

p e s o m a i s e l e v a d o d o c o n ju n t o d o s q u e t ê m p eso 2 0 %

m a is b a ix o s , p e s a 9 ,6 k g .

9.3. x = 2 3 ,5 ; y = 7 9 ,7 13.7. T u d o in d ic a q u e a s c r ia n ç a s d o c e n tro d e s a ú d e te rã o p eso

10.1. T a x a d e flu x o s u p e r io r a o in d ic a d o p e la O M S .

349
Soluções

M M A CS10 © Porto Editora


1 4 .6 . Atendendo a que x = 64,34 e que y = 66,69 é mais provável
Pág. 271
que no grupo 2 exista uma maior percentagem de mulheres.
1 4 .1 . a) n l = 61 ; n 2= 62 b) X = 64,34 ; y = 66,69
15. O produto que apresenta uma maior variação nos p e s o s é a
c) s x = 12,097 ; sy = 10,567
manteiga.
1 4 2 Grupo 1 Freq. Freq.
Altura N.° de absoluta Freq. relativa
(cm) alunos relativa
acumulada acumulada
—H------- 1-------H-------- 1-------- H------ 1-------- 1-------- 1--------I- 156 2 2 0,08 0,08
44 54 66 75 85
162 5 7 0,2 0,28
Grupo 2 168 8 15 0,32 0,60
174 6 21 0,24 0,84
180 4 25 0,16 1
—I------- 1---------1-------- 1-------- H------ 1-------- 1-------- 1-------- I- 1 6 .2 . a) X = 169,2 cm b) s X = 7,14 cm
45 60 66 75 85

1 4 .3 . Grupo 1: 75 - 54 = 21 ; grupo 2: 75 - 60 = 15
1 4 .4 . Apesar das medianas serem iguais, os dados do grupo 1 são 3 MODELOS FINANCEIROS
mais dispersos relativamente a esta medida.
Pág. 274
1 4 .5 . a ) Grupo 1 Grupo 2 1. Os preços dos combustíveis sofreram um aumento de,
Classes ni Classes ni aproximadamente, 2% .

[44 , 54[ 11 [44 , 54[ 6 2 .1 . Creme Água Toalha


Iogurte Salmão Champô
[54 , 64[ 19 [54 , 64[ 19 vegetal mineral de banho
[64 , 74[ 15 [64 , 74[ 17 2,43 € 1,88 D 3,92 D 2,84 D 0,58 € 3,25 €
[74 , 84[ 14 [74, 84[ 17 2 .2 . A mãe da Maria teria poupado 2,38 €
[84 , 94[ 2 [84 , 94[ 3 2 .3 . Creme Água Toalha
I = 61 I = 62 vegetal Iogurte Salmão Champô mineral de banho
to w

3,11 € 2,09 D 4,35 D 3,64 D 0,68 € 4,16 €


Frequência absoluta

19
o

Valor total da fatura: 18,03 €


15
-1l
O

14
1

11 Pág. 276
O'

Produto Preço marcado (€) IVA Preço final (€)


Manteiga 1,63 23% 2,00
Ui
,

2 Frango 2,88 6% 3,05


"H ^
1

44 54 64 74 84 94 Leite 0,60 6% 0,64


Pulsação (min)
b ) Grupo 1 Grupo 2 Pág. 277
2. Valor a pagar: 2066 €
Classes ni Classes ni
[44 , 49[ 5 [44 , 49[ 2 Pág. 278
3. O Luís pagará 131,40 € de IUC.
[49 , 54[ 6 [49 , 54[ 4
[54 , 59[ 12 [54, 59[ 9
Pág. 280
[59 , 64[ 7 [59 , 64[ 10 4. O imóvel situa-se em Manteigas.
[64 , 69[ 4 [64 , 69[ 8
[69 , 74[ 11 [69 , 74[ 9 Pág. 282
[74 , 79[ 8 [74 , 79[ 13 Cabaz Preço (2007) Preço (2008) Preço (2009)
[79 , 84[ 6 [79 , 84[ 4 Roupa 300 350 335
[84 , 89[ 2 [84 , 89[ 3 Leite 95 107 116
I = 61 I = 62 Arroz 125 126 125
Gasolina 650 700 680
Custo do cabaz 1170 1283 1256
IPC 100 109,7 107,4
Taxa de Inflação 9,7% - 2,1%
Em 2008, a taxa de inflação foi positiva, pois houve um
aumento dos preços de 2007 para 2008. Já em 2009, a taxa
de inflação foi negativa (deflação), pois o preço total do
Pulsação (min) Pulsação (min) cabaz diminuiu comparativamente com o ano anterior.

350
Aplicações financeiras

Pág.297
6 .1 . Valor do IVA: 93,31 €
2 3 .1 . A pagar: 5955,08 € 2 3 .2 . A pagar: 5975,46 €
6 .2 . O preço final do computador é 405,69 € .
2 3 .3 . A pagar: 5978,09 € 2 3 .4 . A pagar: 5986,00 €
7. Gastaria 125,08 € .
24. Capital inicial: 8644,46 €
8. Total (Euros): 39,08
Taxa 6%: Taxa 23%: Pág. 299
Valor: 8,71 € Líquido: 29,85 € 25. Prestação mensal: 188,89 €
Valor IVA: 0,52 €
9 .1 . Valor anual de IUC: 179,18 € 9 .2 . Pagará 2337,40 € de IVA. Pág.300
2 6 .1 . Primeiros quatro anos: 262,50 € por mês
9 .3 . Pagará a mais 940 € .
Depois do 4.° ano: 627,08 € por mês
10. Custo atual do computador: 1524,79 € .
2 6 .2 . Total de juros: 63 000 €
Pág.285
1 1 .1 . Recebeu 5528,46 € . 1 1 .2 . Irá pagar 323 € de IMI.
Pág. 302
2 7 .1 . Valor debitado: 200 € 2 7 .2 . Valor dos juros: 4,93 €
12. Importância recebida: 660,60 €
1 3 .1 . Vai receber 9 600 000 € . Pág. 303
1 3 .2 . Valor do imposto: 300 € . Valor Desvalorização Percentagem de
no Início ao longo desvalorização
Ano
Pág.286 do ano do ano relativamente ao
(€) (€) valor de compra
1 4 .1 . Taxa de 28,50% 1 4 .2 . IRS a pagar: 9725 €
1.° 12 000,00 1 440,00 12%
15. Passará a ganhar 761,25 € .
2.° 10 560,00 1 584,00 25,2%
16. Taxa de inflação: 1,55%
3.° 8 976,00 2 692,80 47,64%
1 7 .1 . a) A taxa de inflação foi de, aproximadamente, 1,08% . 4.° 6 283,20 1 884,96 63,348%
b ) A taxa de inflação foi de, aproximadamente, 0,29% .

1 7 .2 . Em junho de 2015 ter-se-ia de pagar 114,04 € .


Pág.304
29. Investimento em publicidade: 1687,20 €
Pág.287
1 .1 . Pagou 9,35 € de IVA. 1 .2 . Custavam 40,64 € .
Pág. 306
2. Vai pagar 12 € de imposto. 30. Juro recebido ao fim de 181 dias: 105,38 €
3. Valor de IRS: 4880 € 31. O prazo é de 3 anos.
4. Valor do IUC: 131,40 € 5. Valor de IMI: 577,50 € 3 2 .1 . Juros a acrescentar ao capital: 1500 €
6. O IPC, em 2030, será de, aproximadamente, 117,60 € . 3 2 .2 . Terá 29 775,40 € .
7. A taxa de inflação é de, aproximadamente, 1,57% . 3 3 .1 . Regime de Capitalização Simples
3 3 .2 . Capital ao fim de 8 anos: 103 200 €
Pág. 288
1 .1 . Ao fim de meio ano teria 192 € . 3 4 .1 . 1078 € 3 4 .2 . 1340,02 €
1 .2 . Terá, no total, 1168 € . 35. Ao fim de 22 anos.
2 .1 . Devia 2100 € . 2 .2 . Devia 2310 € . 36. A taxa de juro é de 14% .
3 .1 . Não, um aumento de 12% não é o mesmo que um 3 7 .1 . Capital acumulado: 1061,52 €
aumento de 4% seguido de um de 8% . 3 7 .2 . Juro total: 104,62 €
3 .2 . O Fonseca foi aumentado, em dois anos, 12,32% .
Pág.307
Pág.291 3 8 .1 . 30 670,23 € 3 8 .2 . 30 387,25 €
1 8 .1 . Juros recebidos: 147,95 € . 39. O depósito deverá ter 18 867,92 € .
1 8 .2 . Terá na conta: 15 147,95 € .
40. Ao fim de sete anos e meio.
1 8 .3 . Ao fim de um ano terá 15 604,46 € .
41. Foi aplicada uma taxa de juro de 1,12% .

Pág. 292 42. Ficou com 9975 € .


1 9 .1 . Período de capitalização: 100 dias 43. A melhor opção é o Banco C .
1 9 .2 . O empréstimo foi de 500 euros. 4 4 .1 . 2859 € 4 4 .2 . 291,50 € 4 4 .3 . 12 836,50 €

Pág. 293 Pág. 308


M M A CS10 © Porto Editora

20. A taxa de juro anual utilizada é de 8% . 45. Deverá recorrer ao Banco Azul.
46. O banco cobra uma taxa de 18% .
Pág. 295 4 7 .1 . 66 033,94 €
2 1 .1 . 4590 € 2 1 .2 . 4968,36 € 2 1 .3 . 6686,76 € 4 7 .2 . 1578,30 €
22. Serão necessários 4 anos. 48. Prestação mensal: 519,44 €

351
Soluções

M M A CSIO © Porto Editora


4 9 .1 . C a d a u m a d a s p e r c e n ta g e n s in c id e s o b r e v a lo r e s d ife r e n te s , 62. V a lo r t o ta l p a g o p a r a a :

p o r is s o a su a s o m a é 1 0 5 % . ■ o p ç ã o p a g a m e n to ú n ic o : 1 1 6 5 ,5 0 €

■ o p ç ã o p a g a m e n to m e n s a l: 1 2 6 6 €
4 9 .2 . Valor no Desvalorização Valor no Percentagem
Ano início ao longo final de 63. G a sta 1 5 ,7 2 € .

do ano do ano do ano desvalorização


1 .° 4 0 0 0 0 D 10 0 0 0 € 3 0 0 0 0 D 2 5 %
Pág.319
1. A o fim d e d o is a n o s p a g a 1 0 4 0 ,4 0 € .

2 .° 3 0 0 0 0 D 12 0 0 0 € 18 0 0 0 D 5 5 %
2. T a r ifá rio “T u d o a o M o lh o ”: p a g a 3 ,6 6 € p o r se m a n a .

3 .° 18 0 0 0 D 7 2 0 0 € 10 8 0 0 D 7 3 , T a r ifá rio “H a b la M u c h o ” : p a g a 3 ,3 3 € p o r se m a n a .

3. V ai g a sta r 2 2 0 € .

Pág. 309
1 .1 . 3 6 4 2 5 ,9 5 D 1 .2 . 3 6 4 1 4 € Pág.320
1 .1 . I R S (S ): 1 9 ,5 9 €
2 .1 . 1 1 0 5 8 D 2 .2 . 1 1 8 1 0 ,3 0 €
IR S ( 1 8 ,5 % ): 2 7 4 ,1 4 € T o ta l d e d e s c o n to s : 4 5 6 ,7 3 D
3 .1 . 4 6 5 D p o r m ê s 3 .2 . P re s ta ç ã o m e n s a l: 7 1 5 €
S S (1 1 % ): 1 6 3 € T o ta l a r e c e b e r : 1 1 1 6 ,0 2 D

3 .3 . 2 5 7 4 0 0 D
1 .2 . R e c e b e r ia 6 1 8 ,1 5 € .

4 .1 . 1 0 5 D 4 .2 . 5 ,0 3 €
2 .1 . A re p a ra çã o d e m o ro u 1 h e 3 m in .

5. O b a n c o e s ta b e le c e , c o m o t a x a d e ju r o , 2 0 , .
2 .2 . P a g o u 5 6 ,0 9 € .

Pág. 310 Pág.321


1 .1 . a) 6 9 1 ,2 0 D 3 .1 . IR S : 3 2 9 8 ,2 6 €

b) A o fim d e 11 m e s e s : A o fim d e 12 m e s e s : 3 .2 . C o m a p re s ta ç ã o d o s e r v iç o , p a g a 2 1 7 2 ,5 0 € d e IR S e se m a

4 6 2 ,4 0 D 4 6 0 ,8 0 D p re s ta ç ã o d e s e r v iç o p a g a 1 7 4 0 € . E x is te u m a d ife r e n ç a d e

A c a b a p o r p a g a r m e n o s s e fic a r n o g in á s io 12 m e se s, a p e n a s 4 3 2 ,5 0 € ( 2 1 7 2 ,5 0 - 1 7 4 0 = 4 3 2 ,5 0 ) , lo g o c o m p e n s a

p o is o v a lo r d a “in s c r iç ã o + s e g u r o ” é d e v o lv id o . e fe tu a r o s e r v iç o p o r 2 5 0 0 € .

1 .2 . M a is v a n t a jo s a : a lte r n a tiv a T O P F I T S
Pág. 322
1 .3 . N ã o , a m e lh o r a lte r n a tiv a p a s s a a s e r o g in á s io G Y M P O W . 4 .1 . Irá r e c e b e r : 5 5 ,0 8 €

1 .4 . A m e lh o r o p ç ã o é o g in á s io T O P F IT S . 4 .2 . R e to rn o g lo b a l d e in v e s tim e n to : 9 2 8 9 ,4 8 €

2. E m m é d ia g a s ta r á 3 8 8 ,3 3 € p o r m ê s. 4 .3 . R e c e b e r ia 1 0 9 6 ,5 0 € d e ju r o s .

Pág. 312 Pág. 323


50. D e v e e s c o lh e r o ta r ifá r io 2 . Ramiro (devedor) Amigo (credor)
Ano Início Fim Início Fim
Pág. 313 1 .° 2 5 0 0 3 1 2 5 0 0
5 1 .1 . P a g a 1 3 ,4 3 € . 5 1 .2 . P a g a rá 2 4 6 ,6 3 € .
2 .° 3 1 2 5 2 8 5 0 0 5 0 0

3 .° 2 8 5 0 1 5 4 3 5 0 0 1 7 5 0
Pág. 314
4 .° 1 5 4 3 2 0 0 5 ,9 0 1 7 5 0 1 7 5 0
52. A o p çã o m a is e c o n ó m ic a é a h ip ó te s e B .

H ip ó te s e A : 1 0 ,7 4 € p o r p e s s o a 5 .° 2 0 0 5 ,9 0 1 4 0 6 ,4 9 1 7 5 0 2 5 5 0

H ip ó te s e B : 7 ,0 3 € p o r p e s s o a 5 .2 . P o d e m o s a fir m a r q u e o R a m ir o c u m p r iu c o m a s su a s

o b r ig a ç õ e s , te n d o d e v o lv id o o s 2 5 0 0 € m a is 5 0 € d e

Pág. 316 ju r o s , o q u e c o r r e s p o n d e a u m a ta x a d e ju r o d e 2 % . O

5 3 .1 . N ão é p o s s ív e l, p o is e s tá o b r ig a d o a u m a fid e liz a ç ã o d e R a m ir o o b te v e u m lu c r o d e 1 4 0 6 ,4 9 € , n ã o te n d o p r e ju íz o

12 m e se s. e m q u a lq u e r u m d o s c in c o a n o s d o e m p r é s tim o .

5 3 .2 . V ai p a g a r 4 2 1 ,5 0 € . 6. N o fin a l d o 1 .° s e m e s t r e , s e r i a m a i s v a n t a jo s a a o p çã o B ; n o

5 4 .1 . G a s ta a m a is , a p r o x im a d a m e n te , 4 6 6 ,6 7 % . e n ta n to , n o fim d a d u ra çã o d o c o n tr a t o (d o is a n o s ), a o p ç ã o

5 4 .2 . O in v e s tim e n to te rá re to rn o a o fim d e trê s a n o s. m a is v a n t a jo s a é a A .

5 5 .1 . D e s c o n to : 2 % 5 5 .2 . A u m e n to : 7 7 ,9 %

5 5 .3 . P re ç o d a v ia g e m se m im p o s to : 5 9 ,2 8 € 7. FIBRA+ ZAPPING
56. 1 6 6 € 2 a n o s 1 1 0 1 ,6 0 D 9 4 0 ,7 0 D

3 a n o s 1 7 6 6 ,4 0 D 1 7 7 9 ,5 0 D

5 7 .1 . P o u p a rá 61 € . S e c a n c e la r o c o n tra to n o fin a l d o p e r ío d o d e fid e liz a ç ã o

5 7 .2 . P a g a r á a m a is , a p r o x im a d a m e n te , 9 ,3 % . (2 4 m e s e s ) é m a is v a n t a jo s o o p ta r p e la o p e ra d o ra

Z A P P IN G . C a s o p ro lo n g u e o c o n tra to p o r m a is u m a n o , já
5 7 .3 . N ã o , p o is o c lie n te a c a b a p o r p a g a r m a is 9 ,3 % (a lín e a a n te ­
s e t o r n a m a is v a n t a jo s a a o p e r a d o r a F IB R A + .
r io r ) d o v a lo r d a T V P o d e m o s d iz e r q u e o s 9 ,3 % re p re s e n ta m

a t a x a d e ju r o c o b r a d a a o c lie n te p o r n ã o te r p a g o a p ro n to .

58. O s m a rt p h o n e p o d e -s e c o n s id e r a r p a g o a o fim d e o ito m e s e s .


Pág. 325
8 .1 . 9 4 k W h 8 .2 . V a lo r d e IV A : 1 ,1 7 €
59. A p a r t i r d o 5 .° a n o , i n c l u s i v e .
8 .3 . V a lo r a p a g a r : 6 ,2 5 €
60. F a tu ra m e n s a l: 7 ,9 8 €
9 .1 . M o d e lo c o m e tiq u e ta A + + + : a p r o x ., 2 6 ,7 3 € p o r a n o

M o d e lo c o m e tiq u e ta A + : a p r o x ., 5 3 ,6 3 € p o r a n o
Pág. 318
61. A m o d a lid a d e m a is e c o n ó m ic a é a B . 9 .2 . V a lo r t o ta l d a p o u p a n ç a : 4 0 3 ,5 0 €

352

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