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PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA/FNDE

EDUCAÇÃO BASICA- SISTEMA EDUCACENSO

Cursistas:

Sirlei Caldeira

Solange Caldeira

Cláudia 12 de dezembro de 2018.


1 INTRODUÇÃO

O estudo deste Módulo foi de grande relevância para nós, trazendo, pois, muitos esclarecimentos a
respeito do FUNDEB – Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização
dos Profissionais da Educação: como é organizado e a origem dos recursos que compõem o Fundo –
tanto no âmbito Federal, Estadual e Municipal; os fatores de ponderação (e como é feito os cálculos)
e a distribuição dos recursos, como também a complementação da União. Como é sabido, o fundeb é
um compromisso de grande relevância da União com a educação básica, na medida em que aumenta
em dez vezes o volume anual dos recursos federais. Além disso, torna material a visão sistêmica da
educação, pois financia todas as etapas da educação básica e reserva recursos para os programas
direcionados a jovens e adultos. Tem como estratégia distribuir os recursos pelo país, levando em
conta o desenvolvimento social e econômico das regiões – a complementação do dinheiro aplicado
pela União é direcionada às regiões nas quais o investimento por aluno seja inferior ao valor mínimo
fixado para cada ano. Isto é, o Fundeb tem como principal objetivo promover a redistribuição dos
recursos vinculados à educação. Então, de acordo com o parágrafo anterior, o Fundeb se compõe de
recursos financeiros específicos e de valores pré-determinados, com isso, conseguimos perceber
irregularidades que rodeiam a composição do fundo em nosso município. Percebemos, também, que
as exigências de execução do Fundeb e de sua manutenção não são observadas pelo correto e
sustentável manuseio desses recursos financeiros.
2 DESENVOLVIMENTO

Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb, de criação obrigatória nas três esferas de
governo. 2REPASSE DE RECURSOS DO FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO O FUNDEB tem como meta
prioritária atender toda a educação básica, da creche ao ensino médio. Substituindo assim o Fundef –
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério, que
vigorou de 1997 a 2006. O Fundeb entrou em vigor em janeiro de 2007, e se prolongará até 2020.Em
síntese, o aporte de recursos do governo federal ao Fundeb, de R$ 2 bilhões em 2007, aumentou para
R$ 3,2 bilhões em 2008, R$ 5,1 bilhões em 2009 e, a partir de 2010, passou a ser no valor
correspondente a 10% da contribuição total dos estados e municípios de todo o país. O valor aluno/ano
do Fundeb é o valor tomado como referência para o repasse de recursos para estados e municípios.
Em 2011 o valor base foi de R$ 1.729,28, definido para os anos iniciais (1º ao 5º ano) do ensino
fundamental urbano. Ou seja, para cada um dos alunos matriculados no Fundamental I, urbano, da
rede municipal, a prefeitura recebeu R$ 1.729,28, em 2011 e para 2012, o valor aluno para os anos
iniciais do ensino fundamental urbano será de R$ 2.096,68, o que representa um aumento de 21,25%.
A partir do valor acima são definidos os outros valores conforme se demonstra abaixo, segundo as
ponderações estabelecidas pela Portaria Nº 1.322, de 21 de setembro de 2011. Veja abaixo a relação
dos demais valores, valores mínimos, segundo Portaria Ministerial. Anos iniciais do ensino
fundamental urbano: R$ 2.096,68 (Valor base). I - creche em tempo integral: a) pública: R$ 2.725,68
(Ponderação de 1,30); II - pré-escola em tempo integral: R$ 2.725,68 (Ponderação de 1,30); III - creche
em tempo parcial: a) pública: R$ 1.677,34 (Ponderação de 0,80);IV - pré-escola em tempo parcial: R$
2.096,68 (Ponderação de 1,00); V - anos iniciais do ensino fundamental urbano: R$ 2.096,68
(Ponderação de 1,00); VI - anos iniciais do ensino fundamental no campo: R$ 2.411,18 (Ponderação de
1,15); VII anos finais do ensino fundamental urbano: R$ 2.306,35 (Ponderação de 1,10); VIII - anos
finais do ensino fundamental no campo: R$ 2.516,02 (Ponderação de 1,20); IX - ensino fundamental
em tempo integral: R$ 2.725,68 (Ponderação de 1,30); XIV - educação especial: R$ 2.516,02
(Ponderação de 1,20); XV - educação indígena e quilombola: R$ 2.516,02 (Ponderação de 1,20); XVI -
educação de jovens e adultos com avaliação no processo: R$ 1.677,34 (Ponderação de 0,80); XVII -
educação de jovens e adultos integrada à educação profissional de nível médio, com avaliação no
processo: R$ 2.516,02 (Ponderação de 1,20)

Então, para acompanhar toda a gestão desses recursos existe o CACS - Conselho de Acompanhamento
e Controle Social do FUNDEB. No Módulo fundebtivemos também a oportunidade de fazer uma
reflexão sobre o nosso papel de cidadão na definição dos rumos da educação de nosso país e de nosso
município, mediante a participação e envolvimento nos conselhos dos programas do FNDE ou
conselhos escolares. Os conselhos precisam ter autonomia, transparência e socialização de
informações, visibilidade, integração, articulação e capacitação continuada. Os conselhos exercem,
portanto, uma função muito importante diante desses recursos que éo de fiscalizar e acompanhar as
aplicações efetuadas pelo poder executivo. 3FUNDEB E O FRACASSO ESCOLAR Embora o Governo
tenha tomado diversas providências para melhorar o “quadro” da educação básica, ainda existem
muitas deficiências nesta área; a Educação, em todas as suas etapas, continua sendo, ainda, um grande
desafio. Na política educacional brasileira, o forte investimento do governo federal na Educação à
Distância é uma das iniciativas que o Governo utiliza para que a Educação possa ser de boa qualidade
e que esteja ao alcance de todos. Além do financiamento da educação brasileira através do FUNDEB
temos a participação dos organismos internacionais – mais especificamente do Banco Mundial.
Quando dissemos que no “quadro” da educação básica brasileira existem muitas deficiências, temos
como referência os dados da educação do nosso município. Mais precisamente o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) que foi criado pelo Inep em 2007 e representa a iniciativa
pioneira de reunir num só indicador em dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da
educação. Então, mesmo sabendo que em 2011 a meta projetada para o município de Bom Jardim era
de 3.8e o município atingiu a média de 4.1prevista para 2013. E nos anos Finais do Ensino Fundamental,
mais precisamente no 9º Ano o índice atingido foi de 3.3em 2011, sendo que a meta exigida pelo MEC
era de 3.0 não nos dar o direito de dizer que a nossa educação básica seja de qualidade. Os índices
falam por si sós, e comprovam significativamente que a nossa educação tem melhorado, mas não vai
bem. De acordo, com Mota (2012), na rede municipal de Bom Jardim (MA), há ausência de creches e
pré-escolas abrangentes, e isso é um dos fatores que gera altos índices de evasão e repetência nas
séries iniciais do ensino fundamental. Desse modo, os alunos, sem creches e pré-escolas, entram
despreparados no 1º ano do ensino fundamental. E essa "deficiência" vai

4. acompanhá-los ao longo de toda sua vida escolar, permitindo a evasão, repetência e distorção
idade/série. Sem estímulo, grande parte da população estudantil acaba abandonando a escola. Mota
enfatiza ainda que o fracasso escolar contribuipara exclusão social do indivíduo. E as principais vítimas
são as crianças das camadas populares. Sendo, portanto, poucas as que chegam à última etapa da
educação básica, ou seja, ao ensino médio. Em Bom Jardim, por exemplo, existem mais de120 escolas
do ensino fundamental e apenas duas do ensino Médio. A LDB 9394/96 define que a Educação Infantil
é de responsabilidade dos municípios. Oferecida “em creches e pré-escolas” (BRASIL, 2007). Porém,em
nosso município, existeum grande descaso com a primeira etapa da educação básica, que é o alicerce
para a construção do futuro de um bom ensino fundamental, médio e estudos posteriores. Mesmo
sabendo que o Brasil investe muito pouco em educação, se comparado a outros países, os governantes
vêm com intuito de melhorar os investimentos destinados à educação, reformulando o fundo da
educação, como foi o caso do Fundef para Fundeb.O CACS DE BOM JARDIM Através das pesquisas e
entrevistas com Conselheiros do CACS de Bom Jardim, foi possível levantar informações relevantes
sobre a organização e atuação do Conselho, que tem, como uma das suas competências, “acompanhar
e controlar a repartição, transferência e aplicação dos recursos do fundo” (BOM JARDIM, 2007). De
acordo com a Lei nº 484/2007, de 13 de abril de 2007, que dispõe sobre a criação do CACS do FUNDEB
de Bom Jardim/MA, reza em alguns dos seus 14 (catorze) artigos: Art. 1 – Fica criado o Conselho
Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento dos
Profissionais da Educação – Conselho do FUNDEB, no âmbito do Município de Bom Jardim. Art. 2 – O
Conselho que se refere o Art. 1 é constituído por 10 (dez) membros titulares, acompanhados de seus
respectivos suplentes, conforme representação e indicação a seguir discriminados: I – dois
representantes da Secretaria Municipal de educação, indicado pelo Poder Executivo Municipal; II – um
representante dos professores das escolas públicas municipais; III – um representante dos diretores
das escolas públicas municipais; IV – um representante dos servidores técnico-administrativos das
escolas públicas municipais;
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreendemos com a experiência de estudo desse Curso sobre o FUNDEB, as características e


peculiaridades legais que devem permear a política pública de desenvolvimento da Educação
brasileira, no que se refere à formação e captação de recursos destinados a esse Fundo. Percebemos
também que a postura do poder executivo deve ser transparente na aplicação dos recursos desse
Fundo e na constatação das irregularidades, que são extremamente visíveis na execução desses
procedimentos em nossa região. A sociedade, de um modo geral, não participa de todo o processo de
gestão dos recursos do Fundeb, acompanhando as etapas relacionadas à previsão orçamentária,
distribuição, aplicação e comprovação do emprego desses recursos, por intermédio da participação no
Conselho de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb. De acordo com os dados da pesquisa, os
próprios conselheiros têm dificuldades de passar essas informações entre si e para sociedade, talvez
por não terem ou não procurarem ou por omitirem essas informações. A falta dessas informações
alimenta as deficiências da educação básica brasileira – em todas suas etapas –, gerando altos índices
de evasão e repetência nas anos/séries iniciais do ensino fundamental e médio. Portanto, o que
queríamos mesmo dizer com essa atividade é que o Conselho de Acompanhamento e Controle Social
do Fundeb é um colegiado formado por representações sociais variadas, como vimos no artigo 2 da
Lei nº 484/2007,e sua atuação deve acontecer com autonomia, sem subordinação e sem vinculação à
administração pública estadual ou municipal. Com essas características, o Conselho não é unidade
administrativa do governo local, porém sua atuação deve ser pautada no interesse público, buscando
o aprimoramento da relação formal e contínua com a administração pública local, responsável pela
gestão e aplicação dos recursos do Fundo, para que o acompanhamento seja efetivo.
4 REFERÊNCIAS

Ministério da Educação. Fundeb: Manual de orientação. Brasília: MEC, FNDE, 2008. _______.
Ministério da Educação (MEC). Módulo Fundeb. Brasília: MEC, FNDE, 2009. _______.Ministério da
Educação e do Desporto. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96. Disponível
em: www.mec.gov.br/legis/default.shtm. Acesso em: 20 out. 2007.
http://bomjardim.ambientesolucao.com/index.php?page=exibirNoticias&idNoticia=325 Acessado em
25/08/2012. MOTTA, Adilson.Possível explicação para o fracasso escolar & exclusão social.

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