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07 a 09 de junho de 2016

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB


JEQUIÉ- BA

1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB

REITOR

Prof. Dr. Paulo Roberto Pinto dos Santos

VICE-REITOR

Prof. M.Sc. Fábio Félix Ferreira

PRÓ-REITORA DE GRADUAÇÃO

Profa. Dra. Talamira Taita Rodrigues Brito

PRÓ-REITORA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Profª. Dra. Alexilda Oliveira de Souza

PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO E ASSUNTOS COMUNITÁRIOS

Profa. M.Sc. Maria Madalena Souza dos Anjos Neta

PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO

Adriano Rodrigues Brandão Correia

CHEFIA DE GABINETE DA REITORIA

Profa. M.Sc. Regina Márcia Amorim de Souza

ASSESSORIA DE PLANEJAMENTO

Andréia Yano

DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS

Prof. M. Sc. Francislene Cerqueira Alves

COORDENADOR DO COLEGIADO DO CURSO DE LETRAS

Prof. M. Sc. Marcos Salviano Bispo Queiroz

2
COMISSÃO ORGANIZADORA

COORDENAÇÃO GERAL
Rosely Costa Silva Gomes (Presidente)
Marcia do Couto Auad (Vice- presidente)

SECRETÁRIO
Marcos Salviano Bispo Queiroz

COMITÊ EXECUTIVO
Coordenação de Comunicação
Marivone Borges de Araújo Batista
Coordenação de Publicações
Jurgen Alves de Souza
Maria Luzia Braga Landim
Coordenação de Infraestrutura e Logística
Carla da Silva Lima
Coordenação de Promoção Cultural
Domingos Ailton Ribeiro de Carvalho (Lançamento de livros)
Valéria Lessa Mota (Sarau artístico-literário)
Coordenação de Acessibilidade
Marina Helena Chaves Silva

COMITÊ CIENTÍFICO
André Luiz Faria
Adriana Maria de Abreu Barbosa
Ana Sayonara Fagundes Britto Marcelo
Anisio Assis Filho
Carla da Silva Lima
Cristiane Barreto
Domingos Ailton Ribeiro de Carvalho
Lilian Fonseca Lima
Marcia do Couto Auad
Maria Afonsina Ferreira Matos
Marilete Calegari Cardoso
Marivone Borges de Araújo Batista
Marta Luciana Reis Rocha
Rosely Costa Silva Gomes
Sonilda Sampaio Santos Pereira
Vivian Antonino

3
Caderno de
Programação e Resumos

Os resumos foram transcritos de acordo com os originais enviados à comissão organizadora do evento, sendo,
portanto, de inteira responsabilidade de seus autores.

07 a 09 de junho de 2016
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
JEQUIÉ- BA
4
APRESENTAÇÃO
A sentença proferida pela Esfinge a Édipo e aos habitantes da cidade de Tebas, quando da
proposição do seu enigma, apresenta-se a nós como um convite à reflexão sobre esse objeto de mil
facetas que a todo instante nos impele à decifração: a linguagem.
Partindo da temática geral - Linguagem em ação - a VI Semana de letras da UESB -
Jequié pretende explorar esse objeto na potencialidade de sua abrangência que comporta não
apenas a linguagem verbal, mas movimentos faciais e corporais, gestos, olhares, cores, sons, traços
e formas. Trata-se, pois, de uma proposta de reflexão sobre a linguagem em sua diversidade de
manifestações, em seus variados níveis de análise e vieses teórico-metodológicos, bem como nos
processos de ensino-aprendizagem.
O evento pretende integrar estudantes de graduação e pós-graduação, professores da rede
pública e privada de ensino, pesquisadores e profissionais de diversas áreas interessados na
temática, por meio de mesas-redondas, palestras, debates, relatos de experiências, apresentações
culturais, minicursos, oficinas, apresentações de trabalhos, etc.
A VI Semana de Letras é uma ação do Colegiado do Curso de Letras em conjunto com
suas respectivas áreas e do Departamento de Ciências Humanas e Letras da Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia - Campus de Jequié.
Agradecemos aos colegas do DCHL que, de forma generosa, nos ajudaram a construir esse
evento, seja pela proposição de mesas-redondas e grupos temáticos, minicursos e oficinas, seja pela
participação nas demais atividades que compõem a nossa programação.
Agradecemos a participação de todos os pesquisadores cujos textos compõem este volume e
os recebemos com satisfação. Desejamos que encontrem um ambiente propício para a troca de
experiências.
Saudações cordiais!

A Comissão Organizadora

5
SUMÁRIO

PROGRAMAÇÃO
PROGRAMAÇÃO GERAL...............................................................................................................12
PROGRAMAÇÃO GRUPOS TEMÁTICOS....................................................................................18

RESUMOS

MESAS-REDONDAS

LITERATURA, CIDADE E EXÍLIO................................................................................................31

LINGUAGEM EM AÇÃO: FUNCIONAMENTOS DISCURSIVOS


LINGUAGEM JORNALÍSTICA: O USO DE TEXTOS DE JORNAIS E REVISTAS COMO
SUPORTE PEDAGÓGICO NA SALA DE AULA...........................................................................31
ADVÉRBIOS MODALIZADORES: DESCRIÇÃO E ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
SINTÁTICO E SEMÂNTICO ..........................................................................................................31
DISCURSO, INTERPRETAÇÃO E SENTIDO................................................................................32

MINHA LÍNGUA EM SUA BOCA: ASPECTOS DA TRADUÇÃO/INTERPRETAÇÃO DA


LIBRAS PARA A LÍNGUA PORTUGUESA...................................................................................33

A ESCRITURA CRIATIVA E FICCIONAL


PROSA E FICÇÃO: A LIBERDADE CRIATIVA E OS CUIDADOS TÉCNICOS........................33
DECIFRANDO A LINGUAGEM DA LITERATURA DE CORDEL.......................................33

RESUMOS

GRUPOS TEMÁTICOS: LINGUÍSTICA

GT: LÍNGUA E SOCIEDADE: ESTUDOS SOCIOLINGUÍSTICOS ......................................35

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

A VARIAÇÃO DO MODO SUBJUNTIVO: UM ESTUDO DO PORTUGUÊS POPULAR..........36


A VARIAÇÃO “TU” E “VOCÊ” NA FALA DE JEQUIÉ-BA .......................................................36
AS ESTRATÉGIAS DE RELATIVIZAÇÃO EM ANÚNCIOS DE JORNAIS BAIANOS DO SÉC.
XIX.....................................................................................................................................................37
A CONCORDÂNCIA VERBAL DO PORTUGUÊS ORALIZADO DE FALANTES DA ZONA
RURAL DE CACHOEIRA-BA.........................................................................................................38
SOCIOLINGUÍSTICA QUANTITATIVA, CAMPO, CIDADE E A APLICAÇÃO DA REGRA
DE CONCORDÂNCIA VERBAL COM A 3º PESSOA DO PLURAL...........................................38
CONCORDÂNCIA DE NÚMERO NO SINTAGMA NOMINAL NO FALAR RURAL DE
JEQUIÉ-BA .......................................................................................................................................39
A ANÁLISE DO USO DO PRONOME OBLÍQUO “SE” EM ARTIGOS DE OPINIÃO EM
ESCOLA DE NÍVEL MÉDIO...........................................................................................................39
A VARIAÇÃO DA FORMA NOMINAL GERÚNDIO NO FALAR DA POPULAÇÃO URBANA
DE CACHOEIRA NA BAHIA..........................................................................................................40

6
A CONSTITUIÇÃO DO MUNICÍPIO DE CORDEIROS E ALGUNS ASPECTOS DO FALAR
“BAIANEIRO”...................................................................................................................................40
A CONCORDÂNCIA VERBAL EM PRODUÇÕES TEXTUAIS DE GRADUANDOS DE I
SEMESTRE........................................................................................................................................41
APAGAMENTO DE PRONOMES REFLEXIVOS NA CIDADE DE JEQUIÉ..............................41
MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA, BAHIA - UM ESTUDO SOB A PERSPECTIVA
SÓCIO-HISTÓRICA.........................................................................................................................42
TRATAMENTO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM LIVROS
DIDÁTICOS.......................................................................................................................................43
AFINAL, COMO SÃO TRATADAS AS VARIEDADES LINGUÍSTICAS NO LIVRO
DIDÁTICO?.......................................................................................................................................43
UM ESTUDO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NA COMUNICAÇÃO DE JOVENS E
ADOLESCENTES QUE JOGAM VIDEOGAME EM JEQUIÉ-BA: A EXISTÊNCIA DE UM
DIALETO “GAMER”........................................................................................................................44
A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR: CONTRIBUIÇÕES PARA O
APERFEIÇOAMENTO LINGUÍSTICO DOS ALUNOS................................................................45
ATIVIDADE DIDÁTICA PARA O ESTUDO DO OBJETO DIRETO ANAFÓRICO:
PRODUÇÃO TEXTUAL, ANÁLISE LINGUÍSTICA E
VARIAÇÃO.......................................................................................................................................45
A LINGUAGEM NAS REDES SOCIAIS................................................................................46
ESTUDO LINGUÍSTICO SOBRE OS FALARES REGIONAIS E SEUS VARIANTES
PRESENTES NA MUSICA “TIRANA” DE ELOMAR FIGUEIRA MELLO................................47
ESTUDO SOBRE OS FENÔMENOS LINGUÍSTICOS PRESENTES NA POESIA AI! SE SÊSSE,
DO POETA ZÉ DA LUZ...................................................................................................................47
ANÁLISE DE FENÔMENO LINGUÍSTICO NA OBRA DE XANGAI.........................................48
ABC DO SERTÃO.............................................................................................................................49
ANÁLISE DA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ORAL: TEORIA X PRÁTICA ..........................49
AUTISMO EM FOCO: UMA REFLEXÃO SOBRE A INCLUSÃO DO AUTISTA NA
ESCOLA.............................................................................................................................................50

GT: PRÁTICAS ORAIS EM SALA DE AULA – DA PESQUISA TEÓRICA AO LIVRO


DIDÁTICO........................................................................................................................................51

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE E A INEFICÁCIA DO TRABALHO COM GÊNEROS


ORAIS NA ESCOLA.........................................................................................................................51
PRÁTICA DE OFICINAS COM ORALIDADE...............................................................................51
PENSANDO EM ORALIDADE PARA A SALA DE AULA.........................................................52
A IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA DO PIBID NO DESENVOLVIMENTO DA
ORALIDADE: APRENDIZAGENS PARA FORMAÇÃO DOCENTE...........................................53

RESUMOS

GRUPOS TEMÁTICOS: LITERATURA

GT: LITERATURA, POESIA E CIDADE....................................................................................56

7
COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

A URBE SEDUTORA: UMA ANÁLISE DO COMPLEXO METAFÓRICO MULHER-CIDADE-


ÁGUA EM JOÃO CABRAL DE MELO NETO...............................................................................56
O TRIUNFO DA ESCRITA A PARTIR DAS NULIDADES: IMAGENS DA CIDADE NA
POESIA DE WALY SALOMÃO......................................................................................................57
REALIDADE E PROCESSO DE CRIAÇÃO POÉTICA (MULHER PROLETÁRIA - JORGE DE
LIMA) ................................................................................................................................................58
UMA LEITURA À LUZ DA SEMIÓTICA DO TEXTO CIDADE AUTOMEDICADA .................58

GT: MEMÓRIA E REGIONALISMO LITERÁRIO..................................................................59

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

A IMPORTÂNCIA DA MULHER NO CANGAÇO: ANÉSIA CAUAÇU......................................59


TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA COMO UM RECURSO DA ADAPTAÇÃO E
CONSERVAÇÃO DA CULTURA POPULAR EM HOJE É DIA DE MARIA, DE CARLOS
ALBERTO SOFFREDINI..................................................................................................................60
REIFICAÇÃO E METAMORFOSE: A INVASÃO DO OUTRO NO UNIVERSO DE PAULO
HONÓRIO EM “SÃO BERNARDO” DE GRACILIANO RAMOS................................................60
ANESIA CAUAÇU E O CANGAÇO DE JEQUIÉ...........................................................................61
MEMÓRIA E ESTÓRIA DOS CAUSOS DE UM SERTÃO QUE ESTÁ EM TODA PARTE EM
JOÃO GUIMARÃES ROSA.............................................................................................................62

GT5: FILIAÇÃO E EMANCIPAÇÃO NA LEITURA: 25 ANOS DO ESTALE......................63

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

PÁGINAS FORMANDO LEITORES............................................................................................63


EMILIA VAI À ESCOLA: UMA PESQUISA EXPERIMENTAL COM PRÁTICAS DE LEITURA DA
OBRA ADULTA LOBATEANA NO ENSINO MÉDIO.....................................................................64
GRUPO DE PESQUISA E EXTENSÃO EM LOBATO- GPEL 11 ANOS..................................64
EMÍLIA VAI À ESCOLA: EXPERIMENTOS COM PRÁTICAS DE LEITURA DA OBRA
LOBATEANANO ENSINO FUNDAMENTAL I...............................................................................65
PROJETO LETRAS DE NOSSA TERRA.....................................................................................66
PROJETO MEMÓRIAS DAS ESCRITORAS BRASILEIRAS NA ESCOLA................................66
GRUPO DE ESTUDOS EM TEORIAS DO DISCURSO GETED...................................................67
PROGRAMA ESTAÇÃO DA LEITURA..........................................................................................67

GT: QUESTÕES DE GÊNEROS: AUTORIA E PERSONAGENS NA LITERATURA


INFANTIL E JUVENIL..................................................................................................................68

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

INTERTEXTUALIDADE E ESTUDOS DE GÊNERO EM A MOÇA TECELÃ DE MARINA


COLASANTI.....................................................................................................................................69
LITERATURA BRASILEIRA NA ESCOLA: MEDIANDO A LEITURA DE AUTORIA
FEMININA.........................................................................................................................................69
ENSINANDO A SER MULHER: ROMANCES DE AUTORIA FEMININA NOS CATÁLOGOS
DA CASA GARRAUX (1860-1900) ................................................................................................70
DESCONSTRUINDO O GÊNERO NAS OBRAS DE ANA MARIA MACHADO.......................71

8
RESUMOS

GRUPOS TEMÁTICOS: ENSINO

GT7: ALÉM (E COM) DAS MATRIZES EPISTEMOLÓGICAS DA LINGUÍSTICA


APLICADA A ALFABETIZAÇÃO, OS PILARES TÉCNICO-PEDAGÓGICOS DO
ENSINO E DA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA MATERNA
ESCRITA..........................................................................................................................................73

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

ALFABETIZAR LETRANDO A PARTIR DA LITERATURA INFANTIL...................................73


AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA E O DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA
FONOLÓGICA..................................................................................................................................74
ALFABETIZANDO E LETRANDO COM O MÉTODO SOCIOLINGÜÍSTICO A PARTIR DA
PALAVRA GERADORA..................................................................................................................75
DIAGNÓSTICO DO NÍVEL DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA..............................75
O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DA LEITURA E ESCRITA A PARTIR DO
GÊNERO TEXTUAL HISTÓRIA EM QUADRINHOS (HQS).......................................................76
AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DA LEITURA DE CRIANÇAS DITAS
NORMAIS..........................................................................................................................................77
O GÊNERO RESENHA SOB A ÓTICA DA CRÍTICA GENÉTICA..............................................77
RELATO DE EXPERIÊNCIA: UMA ABORDAGEM SOBRE O MÉTODO
SOCIOLINGUÍSTICO.......................................................................................................................78
OS SABERES DOCENTES DOS PROFESSORES QUE ATUAM NAS TURMAS DE
ALFABETIZAÇÃO: UM ESTUDO NA ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ AUGUSTO BARRETO
EM JEQUIÉ – BAHIA.....................................................................................................................79

GT8: ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA EM ESCOLAS PÚBLICAS – REFLEXÕES E


RELATOS DE EXPERIÊNCIAS...................................................................................................79

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL NAS


ESCOLAS PÚBLICAS DE CORDEIROS – BAHIA.......................................................................80
OS GÊNEROS TEXTUAIS DIGITAIS E O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NA ESCOLA
PÚBLICA...........................................................................................................................................81

GT9: FORMAS LÚDICAS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO COM CRIANÇAS


PEQUENAS......................................................................................................................................82

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL: A RELEVÂNCIA DA


LITERATURA INFANTIL NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO DA
CRIANÇA..........................................................................................................................................82
UMA REFLEXÃO SOBRE AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NOS ESPAÇOS ESCOLARES DA
EDUCAÇÃO INFANTIL..................................................................................................................83
UMA REFLEXÃO SOBRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL EM
UMA CRECHE NO MUNICÍPIO DE JEQUIÉ/BA..........................................................................84

9
RELATO DE EXPERIÊNCIA: TÉCNICAS LÚDICAS DE INCENTIVO A LEITURA E
VALORIZAÇÃO DA CULTURA NEGRA E INDÍGENA VIVENCIADA COM EDUCADORES
DE SERIES INICIAIS E FUNDAMENTAL I..................................................................................84
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A APLICAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA
LETRAMENTO DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL.....................................................85
ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A LUDICIDADE COMO
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM..............................................................................86
A PRÁTICA FORMATIVA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL E
A CONSTRUÇÃO DE SABERES LÚDICOS..................................................................................87
BRINCAR COM AS PALAVRAS E IMAGENS: RELATO DO PROJETO BRINCA SOL – UESB
RELATO DE EXPERIÊNCIA ACERCA DA UTILIZAÇÃO DE JOGOS PARA ANÁLISE DAS
HIPÓTESES DE ESCRITA DE CRIANÇAS...................................................................................87
LUDICIDADE COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NO ENSINO DA LEITURA E ESCRITA
PARA CRIANÇAS MENORES DE 06 ANOS DE IDADE.............................................................89
O LÚDICO NAS EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS ADQUIRIDAS EM ESTÁGIO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE PÚBLICA DE JEQUIÉ.........................................................89
A LUDICIDADE NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO
INFANTIL..........................................................................................................................................90
PRÁTICAS DE LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA ESCOLA TAYLOR
EGÍDIO..............................................................................................................................................91

GT10: ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS:


UM OLHAR E MÚLTIPLAS LINGUAGENS.............................................................................91

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

LEITURA, LEITOR E INCLUSÃO: UMA RELAÇÃO DE AMOR...............................................92


A LITERATURA E O OLHAR MIDIÁTICO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NA ESCOLA
DO COLÉGIO DA POLICIA MILITAR DE JEQUIÉ-BA...............................................................92
TEORIA E PRÁTICA: REFLEXÕES SOBRE A DOCÊNCIA........................................................93
A LITERATURA E O OLHAR MIDIÁTICO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO, DA ESCOLA
ESTADUAL MARIA JOSÉ DE LIMA SILVEIRA, DA CIDADE DE JEQUIÉ/BA......................94
PROJETO DE ESTÁGIO “MOSTRA DE CINEMA CINE 5 MINUTOS - A LITERATURA E O
OLHAR MIDIÁTICO DOS ALUNOS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO DO COLÉGIO
MODELO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES”.................................................................................94
POETAS DA TERRA DO SOL....................................................................................................95

GT11: ANÁLISE DAS COMPETÊNCIAS LEITORAS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE


LÍNGUA PORTUGUESA...............................................................................................................96

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

A CONTRIBUIÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO PORTUGUÊS - LÍNGUA E CULTURA PARA A


FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE....................................................................................96
ANÁLISE DE ATIVIDADES DE LEITURA EM LIVRO DIDÁTICO..........................................97
ANÁLISE DOS GÊNEROS DISCURSIVOS NO GUIA DE ESTUDO DE LÍNGUA
PORTUGUESA DO PROGRAMA FEDERAL PROJOVEM URBANO........................................97
DISCUSSÃO ACERCA DA CONCEPÇÃO DE LINGUAGEM NO CONTEXTO DO LIVRO
DIDÁTICO.........................................................................................................................................97
MODELOS DE INVESTIGAÇÃO DA LINGUÍSTICA COGNITIVA COMO ELEMENTOS
PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES PROFICIENTES...............................................................98
10
O GÊNERO CHARGE NO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA............................99
O GESTAR II DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA INVESTIGAÇÃO DAS ATIVIDADES DE
COMPREENSÃO TEXTUAL...........................................................................................................99
PORTUGUÊS – LINGUAGENS: LITERATURA, PRODUÇÃO DE TEXTO E GRAMÁTICA:
UMA BREVE ANÁLISE.................................................................................................................100

RESUMOS

GRUPOS TEMÁTICOS: ARTES

GT12: ENSINO DE DRAMATURGIA NO AMBIENTE ESCOLAR......................................102

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

ARREMESSOS DO (POSSÍVEL) LUGAR DO TEXTO DRAMÁTICO: ENSINO DA


CONSTRUÇÃO DRAMATÚRGICA NO PIBID...........................................................................102
UM OLHAR NO ESPELHO: POSSÍVEIS REFLEXÕES SOBRE AS MEMÓRIAS DOS
ESTUDANTES NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DRAMATÚRGICA................................103
DA SALA DE ENSAIO À SALA DE AULA: PERCURSOS INOVADORES PARA O ENSINO
DE DRAMATURGIA NA ESCOLA..............................................................................................104
DRAMATURGIA NO PIBID: NOVOS CONTATOS DRAMATÚRGICOS................................104
DRAMATURGIA EM SALA: REFLEXÕES SOBRE PRÁTICAS DE ESCRITAS
DRAMÁTICAS................................................................................................................................105
DRAMATURGIA COMO REPRESENTAÇÃO DO EU: REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA DE
CRIAÇÃO DRAMATÚRGICA NA REDE DE ENSINO BÁSICA...............................................106

RESUMOS

MINICURSOS

LÍNGUA FRANCESA PARA INICIANTES..................................................................................108


CRIAÇÃO LITERÁRIA..................................................................................................................108
O PORQUÊ DE SE DISCUTIR GÊNERO: PROPOSTAS METODOLÓGICAS.........................109
A LIBRAS E O ENSINO DE PORTUGUÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA PARA SURDOS....109
ASPECTOS DA CONSTITUIÇÃO DA AUTORIA...................................................................... 110

RESUMOS

OFICINAS

CANOVACCIO: A DRAMATURGIA DA AÇÃO..........................................................................112


APRENDENDO A SER LEDOR: PRÁTICA DE LEITURA PARA PESSOAS CEGAS.............112

11
PROGRAMAÇÃO

07/06/2016 (terça-feira)

18h30min
CREDENCIAMENTO
Local: Foyer do Auditório Waly Salomão

19h
SOLENIDADE DE ABERTURA
Local: Auditório Waly Salomão

19h30min
Homenagem: 25 anos do Programa Estação da Leitura
Coordenação: Profa. Dra. Maria Afonsina Ferreira Matos
Local: Auditório Waly Salomão

20h
MESA-REDONDA
Literatura, Cidade e Exílio
Palestrantes
Adriana Maria de Abreu Barbosa (UESB)
Ana Sayonara Fagundes Britto Marcelo (UESB)
Anísio Assis Filho (UESB)
Raimundo Lopes Matos (UESB)
Local: Auditório Waly Salomão

18h às 22h
EXPOSIÇÃO
1. Leitura, leitor e inclusão: uma relação de amor
Coordenação: Márcia do Couto Auad
Local: Foyer do Auditório Waly Salomão

08/06/2016 (quarta-feira)

8h às 12h
MINICURSOS
1. Língua francesa para iniciantes CH: 8h
Ministrante: Zilda de Oliveira Freitas (UESB)
Nº de participantes: 15 (quinze)
Local: Pavilhão Administrativo Professor Milton Almeida Rabello – LELIN
2. Criação literária CH: 8h
Ministrante: Raimundo Lopes Matos (UESB)
Nº de participantes: 30 (trinta)
Local: Laboratório e Memória – LM
3. O porquê de se discutir gênero: propostas metodológicas CH: 8h
Ministrantes: Jeane da Silva Rosário (UESB); Mariana Tane Neves Vasconcelos (UESB)
12
Nº de participantes: 30 (trinta)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 02
4. A libras e o ensino de português como segunda língua para surdos CH: 8h
Ministrantes: Thamires Oliveira de Souza (NAIPD/UESB); Léia Silva Santos (IFBA);
Jaiara Farias (NAIPD/UESB)
Nº de participantes: 40 (quarenta)
Local: Anfiteatro do Pavilhão Manoel Soares Sarmento Filho
5. Aspectos da constituição da autoria CH: 4h
Ministrante: Carla da Silva Lima
Nº de participantes: 20 (vinte)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 03

8h às 12h
OFICINAS
1. Canovaccio: a dramaturgia da ação CH: 8h
Ministrante: Alda Fátima de Souza (UESB)
Nº de participantes: 15 (quinze)
Local: Auditório Waly Salomão

2. Aprendendo a ser ledor: prática de leitura para pessoas cegas CH: 8h


Ministrante: Erijane Ferreira (NAIPD/UESB); Fernanda Marcelo (NAIPD/UESB); Sally da
Conceição Soares (NAIPD/UESB)
Nº de participantes: 20 (vinte)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 04

8h às 12h
EXPOSIÇÕES
1. Leitura, leitor e inclusão: uma relação de amor
Coordenação: Márcia do Couto Auad
Local: Foyer do Auditório Waly Salomão
2. Produções em HQ: A construção histórica da disciplina Língua Portuguesa no Brasil
Coordenação: Ítalo Chaves, Poliana Carvalho e Viviane Oliveira; Fabiana Oliveira, Islane
Brito e Juliane Dias
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento
12h
Intervalo para almoço

14h – 18h
MINICURSOS
1. Língua francesa para iniciantes CH: 8h
Ministrante: Zilda de Oliveira Freitas (UESB)
Nº de participantes: 15 (quinze)
Local: Pavilhão Administrativo Professor Milton Almeida Rabello – LELIN
2. Criação literária CH: 8h
Ministrante: Raimundo Lopes Matos (UESB)
Nº de participantes: 30 (trinta)
Local: Laboratório e Memória – LM
3. O porquê de se discutir gênero: propostas metodológicas CH: 8h
Ministrantes: Jeane da Silva Rosário (UESB); Mariana Tane Neves Vasconcelos (UESB)
Nº de participantes: 30 (trinta)

13
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 01
4. A libras e o ensino de português como segunda língua para surdos CH: 8h
Ministrantes: Thamires Oliveira de Souza (NAIPD/UESB); Léia Silva Santos (IFBA);
Jaiara Farias (NAIPD/UESB)
Nº de participantes: 40 (quarenta)
Local: Anfiteatro do Pavilhão Manoel Soares Sarmento Filho

14h – 18h
OFICINAS
1. Canovaccio: a dramaturgia da ação
Ministrante: Alda Fátima de Souza (UESB)
Nº de participantes: 15 (quinze)
Local: Auditório Waly Salomão

2. Aprendendo a ser ledor: prática de leitura para pessoas cegas


Ministrante: Erijane Ferreira (NAIPD/UESB); Fernanda Marcelo (NAIPD/UESB); Sally da
Conceição Soares (NAIPD/UESB)
Nº de participantes: 20 (vinte)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 06

18h30min
MESA-REDONDA
Minha língua em sua boca: aspectos da tradução/interpretação da Libras para a Língua
Portuguesa
1. Da Língua Brasileira de Sinais à Língua Portuguesa: os desafios da
tradução/interpretação
Palestrante: Ana Paula Piedade Melo Sacramento (NAIPD)
2. A função do Tradutor/Intérprete
Palestrante: Márcio Gonçalves dos Santos (NAIPD)
3. O processo de interação sob a ótica do surdo
Palestrante: Manoel de Jesus Santos (UESB)

Mediadora: Francislene Cerqueira (UESB)


Local: Auditório Waly Salomão

18h30min às 22h
EXPOSIÇÕES
1. Leitura, leitor e inclusão: uma relação de amor
Coordenação: Márcia do Couto Auad
Local: Foyer do Auditório Waly Salomão
2. Produções em HQ: A construção histórica da disciplina Língua Portuguesa no Brasil
Coordenação: Ítalo Chaves, Poliana Carvalho e Viviane Oliveira; Fabiana Oliveira, Islane
Brito e Juliane Dias
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento

20h

SESSÕES DE COMUNICAÇÃO ORAL (GTS)


Sessão 1
Língua e Sociedade: Estudos Sociolinguísticos I

14
Coordenadora: Vivian Antonino (UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 01
Sessão 2
Práticas Orais em Sala de Aula – da Pesquisa Teórica ao Livro Didático
Coordenador: André Luiz Faria (UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 02
Sessão 3
Literatura, Poesia e Cidade
Coordenador: Anisio Assis Filho (UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 03
Sessão 4
Memória e Regionalismo Literário
Coordenador: Domingos Ailton (UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 04
Sessão 5
Análise das Competências Leitoras nos Livros Didáticos de Língua Portuguesa
Coordenadora: Rosely Costa Silva Gomes (UESB)
Local: Seminário II - CAP
Sessão 6
Estágio Supervisionado em Língua Portuguesa e Literaturas: Um Olhar e Múltiplas Linguagens
Coordenadora: Marcia do Couto Auad (UESB)
Local: Anfiteatro do Pavilhão Manoel Soares Sarmento Filho

09/06/2016 (quinta-feira)

8h30min
MESA-REDONDA
Linguagem em ação: funcionamentos discursivos
Palestrantes:
Marivone Borges
Domingos Ailton Carvalho
Rosely Costa Silva Gomes
Local: Auditório Waly Salomão

10h às 12h
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO ORAL (GTS)
Sessão 7
Língua e Sociedade: Estudos Sociolinguísticos II
Coordenadora: Vivian Antonino (UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 01
Sessão 8
Filiação e Emancipação na Leitura: 25 Anos do Estale
Coordenadoras: Maria Afonsina Ferreira Matos (UESB) e Carla da Silva Lima (UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 02
Sessão 9
Ensino de Língua Estrangeira em Escolas Públicas – Reflexões e Relatos de Experiências
Coordenadora: Marta Luciana Reis Rocha (UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 03
Sessão 10
Questões de Gêneros: Autoria e Personagens na Literatura Infantil e Juvenil
Coordenadoras: Adriana Maria de Abreu Barbosa (UESB); Ana Sayonara Fagundes Britto Marcelo
(UESB)
15
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 04

10h
EXPOSIÇÕES
3. Leitura, leitor e inclusão: uma relação de amor
Coordenação: Márcia do Couto Auad
Local: Foyer do Auditório Waly Salomão
4. Produções em HQ: A construção histórica da disciplina Língua Portuguesa no Brasil
Coordenação: Ítalo Chaves, Poliana Carvalho e Viviane Oliveira; Fabiana Oliveira, Islane
Brito e Juliane Dias

12h
Intervalo para almoço

14h – 18h
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO ORAL (GTS)
Sessão 11
Língua e Sociedade: Estudos Sociolinguísticos III
Coordenadora: Vivian Antonino (UESB)
Local: LM – Laboratório e Memória
Sessão 12
Além (e com) das Matrizes Epistemológicas da Linguística Aplicada a Alfabetização, Os Pilares
Técnico-Pedagógicos do Ensino e da Aprendizagem da Língua Materna Escrita
Coordenadora: Sonilda Sampaio Santos Pereira (UESB)
Local: Seminário II - CAP
Sessão 13
Formas Lúdicas de Alfabetização e Letramento com Crianças Pequenas
Coordenadoras: Lilian Fonseca Lima (UESB); Marilete Calegari Cardoso (UESB)
Local: LABE – Laboratório de Educação
Sessão 14
Ensino de Dramaturgia no Ambiente Escolar
Coordenadora: Cristiane Barreto (UESB)
Local: Anfiteatro do Pavilhão Manoel Soares Sarmento Filho

18h
MESA-REDONDA
A escritura criativa e ficcional
1. Prosa e Ficção: a liberdade criativa e os cuidados técnicos
Palestrante: Tom Lira (Escritor)
2. Decifrando a Linguagem da Literatura de Cordel
Palestrante: José Valter Pires (Academia Brasileira de Literatura de Cordel)

Mediador: Domingos Ailton Ribeiro de Carvalho (UESB)


Local: Auditório Waly Salomão

19h30min
SOLENIDADE DE ENCERRAMENTO
Sarau Artístico Literário
Local: Auditório Waly Salomão

LANÇAMENTO DE LIVROS
Local: Auditório Waly Salomão
16
GRUPOS TEMÁTICOS
PROGRAMAÇÃO

17
GRUPOS TEMÁTICOS

PROGRAMAÇÃO

08/06/2015 (quarta-feira)
20h às 22h
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO ORAL

Sessão 1

GT: LÍNGUA E SOCIEDADE: ESTUDOS SOCIOLINGUÍSTICOS I


Coordenadora: Vivian Antonino (UESB)
Local: Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 01

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

1. A VARIAÇÃO DO MODO SUBJUNTIVO: UM ESTUDO DO PORTUGUÊS


POPULAR
Vânia Raquel Santos Amorim (UESB); Valéria Viana Sousa (UESB); Jorge Augusto Alves
da Silva (UESB)

2. A VARIAÇÃO “TU” E “VOCÊ” NA FALA DE JEQUIÉ-BA


Priscila Sabrina Feitosa da Silva (UESB); Táila Porto dos Santos (UESB); Juvanete F. Alves
Brito (UESB)

3. AS ESTRATÉGIAS DE RELATIVIZAÇÃO EM ANÚNCIOS DE JORNAIS


BAIANOS DO SÉC. XIX
Juvanete Ferreira Alves Brito (UESB)

4. A CONCORDÂNCIA VERBAL DO PORTUGUÊS ORALIZADO DE FALANTES


DA ZONA RURAL DE CACHOEIRA-BA
Karine Ribeiro de Souza (UESB); Luiz Eduardo Simões de Burgos (UESB)

5. SOCIOLINGUÍSTICA QUANTITATIVA, CAMPO, CIDADE E A APLICAÇÃO DA


REGRA DE CONCORDÂNCIA VERBAL COM A 3º PESSOA DO PLURAL
Catiele Maia Santana (UESB); Jamille Almeida Santos (UESB)

6. CONCORDÂNCIA DE NÚMERO NO SINTAGMA NOMINAL NO FALAR RURAL


DE JEQUIÉ-BA
Cristiano Conceição (UESB); Erivaldo Souza Andrade (UESB); Juvanete Ferreira Alves
Brito (UESB)

7. UM ESTUDO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NA COMUNICAÇÃO DE JOVENS E


ADOLESCENTES QUE JOGAM VIDEOGAME EM JEQUIÉ-BA: A EXISTÊNCIA
DE UM DIALETO “GAMER”
Isadora de Almeida Quaresma (UESB)

18
Sessão 2

GT: PRÁTICAS ORAIS EM SALA DE AULA – DA PESQUISA TEÓRICA AO LIVRO


DIDÁTICO
Coordenador: André Luiz Faria (UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 02

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

1. A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE E A INEFICÁCIA DO TRABALHO COM


GÊNEROS ORAIS NA ESCOLA
Camila Aguiar (UESB/PIBID); Jaqueline Souza de Jesus (UESB/PIBID); Orientador: André
Luiz Faria

2. PRÁTICA DE OFICINAS COM ORALIDADE


Ângela Souza Silva (UESB/PIBID); Thaís dos Santos Nascimento (UESB/PIBID);
Orientador: André Luiz Faria

3. PENSANDO EM ORALIDADE PARA A SALA DE AULA


Maria Estela Sousa Gomes (SUPERVISORA PIBID/UESB); Maria de Fátima Nunes
(SUPERVISORA PIBID/UESB); Orientador: André Luiz Faria

4. A IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA DO PIBID NO DESENVOLVIMENTO DA


ORALIDADE: APRENDIZAGENS PARA FORMAÇÃO DOCENTE
Jéssica Rodrigues Souza (UESB/PIBID); Taires de Jesus Costa (UESB/PIBID); Orientador:
André Luiz Faria

Sessão 3

GT: LITERATURA, POESIA E CIDADE


Coordenador: Anisio Assis Filho (UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 03

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

1. A URBE SEDUTORA: UMA ANÁLISE DO COMPLEXO METAFÓRICO


MULHER-CIDADE-ÁGUA EM JOÃO CABRAL DE MELO NETO
Edelvito Almeida do Nascimento (UESB)

2. O TRIUNFO DA ESCRITA A PARTIR DAS NULIDADES: IMAGENS DA CIDADE


NA POESIA DE WALY SALOMÃO
Vanessa Caroline Silva Santos (UESB); Anísio Assis Filho (UESB)

3. REALIDADE E PROCESSO DE CRIAÇÃO POÉTICA


(MULHER PROLETÁRIA - JORGE DE LIMA)
Raimundo Lopes Matos (UESB)

4. UMA LEITURA À LUZ DA SEMIÓTICA DO TEXTO CIDADE AUTOMEDICADA


Criscilene Pereira Santos (UESB); Erivaldo Souza Andrade (UESB)

Sessão 4
19
GT: MEMÓRIA E REGIONALISMO LITERÁRIO
Coordenador: Domingos Ailton (UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 04

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

1. A IMPORTÂNCIA DA MULHER NO CANGAÇO: ANÉSIA CAUAÇU


Talita Cordeiro Rocha

2. TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA COMO UM RECURSO DA ADAPTAÇÃO E


CONSERVAÇÃO DA CULTURA POPULAR EM HOJE É DIA DE MARIA, DE
CARLOS ALBERTO SOFFREDINI
João Gabriel Carvalho Marcelino

3. REIFICAÇÃO E METAMORFOSE: A INVASÃO DO OUTRO NO UNIVERSO DE


PAULO HONÓRIO EM “SÃO BERNARDO” DE GRACILIANO RAMOS
Roseli Meira Gomes Rocha (UNEB)

4. ANESIA CAUAÇU E O CANGAÇO DE JEQUIÉ


Kalyane Bárbara Oliveira Novaes

5. MEMÓRIA E ESTÓRIA DOS CAUSOS DE UM SERTÃO QUE ESTÁ EM TODA


PARTE EM JOÃO GUIMARÃES ROSA
Jeanne Cristina Barbosa Paganucci (UESC)

Sessão 5

GT: ANÁLISE DAS COMPETÊNCIAS LEITORAS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE


LÍNGUA PORTUGUESA
Coordenadora: Rosely Costa Silva Gomes (UESB)
Local: Seminário II - CAP

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

1. A CONTRIBUIÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO PORTUGUÊS - LÍNGUA E CULTURA


PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE
Edmila Silva de Oliveira (UESB); Jaile Barbosa Bomfim (UESB)

2. ANÁLISE DE ATIVIDADES DE LEITURA EM LIVRO DIDÁTICO


Alicelma Meira (UESB); Jamile Cristiane Oliveira Santos (UESB)

3. ANÁLISE DOS GÊNEROS DISCURSIVOS NO GUIA DE ESTUDO DE LÍNGUA


PORTUGUESA DO PROGRAMA FEDERAL PROJOVEM URBANO
Maria do Carmo Almeida Souza (UESB); Vania Raquel Santos Amorim (UESB)

4. DISCUSSÃO ACERCA DA CONCEPÇÃO DE LINGUAGEM NO CONTEXTO DO


LIVRO DIDÁTICO
Barbara Santana Cardoso (UESB)

5. MODELOS DE INVESTIGAÇÃO DA LINGUÍSTICA COGNITIVA COMO


ELEMENTOS PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES PROFICIENTES
20
Samuel dos Santos Calheira (UESB)

6. O GÊNERO CHARGE NO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA


Rafaele Menezes Galvão (UESB)

7. O GESTAR II DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA INVESTIGAÇÃO DAS


ATIVIDADES DE COMPREENSÃO TEXTUAL
Adriano Rodrigues Santa Cruz (UFBA)

8. PORTUGUÊS – LINGUAGENS: LITERATURA, PRODUÇÃO DE TEXTO E


GRAMÁTICA: UMA BREVE ANÁLISE
Filipe Almeida (UESB)

Sessão 6

GT: ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURAS: UM


OLHAR E MÚLTIPLAS LINGUAGENS
Coordenadora: Marcia do Couto Auad (UESB)
Local: Anfiteatro do Pavilhão Manoel Soares Sarmento Filho

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

1. LEITURA, LEITOR E INCLUSÃO: UMA RELAÇÃO DE AMOR


Almir Santos Oliveira (UESB); Leandro Silva de Almeida (UESB); Thiena Miranda Santos
(UESB)

2. A LITERATURA E O OLHAR MIDIÁTICO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO


NA ESCOLA DO COLÉGIO DA POLICIA MILITAR DE JEQUIÉ-BA
Carlos Felício de Jesus Valverde (UESB); Catiele Maia Santana (UESB)

3. TEORIA E PRÁTICA: REFLEXÕES SOBRE A DOCÊNCIA


Daniel Santos dos Santos (UESB); Mariana Tane Neves Vasconcelos (UESB)

4. A LITERATURA E O OLHAR MIDIÁTICO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO,


DA ESCOLA ESTADUAL MARIA JOSÉ DE LIMA SILVEIRA, DA CIDADE DE
JEQUIÉ/BA
Adriane Santos Almeida (UESB)

5. PROJETO DE ESTÁGIO “MOSTRA DE CINEMA CINE 5 MINUTOS - A


LITERATURA E O OLHAR MIDIÁTICO DOS ALUNOS DO 1º ANO DO ENSINO
MÉDIO DO COLÉGIO MODELO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES”
Quellen Brenda Ferraro Santana (UESB)

6. POETAS DA TERRA DO SOL


Maria Beatriz Duarte Miranda (UESB)

09/06/2015 (quinta-feira)

10h às 12h
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO ORAL

21
Sessão 7

GT: LÍNGUA E SOCIEDADE: ESTUDOS SOCIOLINGUÍSTICOS II


Coordenadora: Vivian Antonino (UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 01

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

1. A ANÁLISE DO USO DO PRONOME OBLÍQUO “SE” EM ARTIGOS DE OPINIÃO


EM ESCOLA DE NÍVEL MÉDIO
Carlos Felício de Jesus Valverde (UESB)

2. A VARIAÇÃO DA FORMA NOMINAL GERÚNDIO NO FALAR DA POPULAÇÃO


URBANA DE CACHOEIRA NA BAHIA
Mariana Tane Neves Vasconcelos

3. A CONSTITUIÇÃO DO MUNICÍPIO DE CORDEIROS E ALGUNS ASPECTOS


DO FALAR “BAIANEIRO”
Lóide Luz Gusmao Ribeiro (UESB)

4. A CONCORDÂNCIA VERBAL EM PRODUÇÕES TEXTUAIS DE GRADUANDOS


DE I SEMESTRE
Dalila Fernandes Silva (UESB)

5. APAGAMENTO DE PRONOMES REFLEXIVOS NA CIDADE DE JEQUIÉ


Jádilla Leite Moreira (UESB)

6. MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA, BAHIA - UM ESTUDO SOB A


PERSPECTIVA SÓCIO-HISTÓRICA
Kércia Rosario Fiuza Oliveira (UESB); Elisângela Gonçalves (UESB)

Sessão 8

GT: FILIAÇÃO E EMANCIPAÇÃO NA LEITURA: 25 ANOS DO ESTALE


Coordenadoras: Maria Afonsina Ferreira Matos (UESB)
Carla da Silva Lima (UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 02

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

1. PÁGINAS FORMANDO LEITORES


Ana Sayonara Fagundes Britto Marcelo (UESB)

2. EMILIA VAI À ESCOLA: UMA PESQUISA EXPERIMENTAL COM PRÁTICAS


DE LEITURA DA OBRA ADULTA LOBATEANA NO ENSINO MÉDIO
Gizelen Santana Pinheiro (UESB)
Orientadora: Maria Afonsina Ferreira Matos (UESB)

3. GRUPO DE PESQUISA E EXTENSÃO EM LOBATO- GPEL 11 ANOS


Amanda Silva Cardoso(CEL/UESB)
Ingrid Braga Souza(CEL/UESB)
22
Orientadora: Maria Afonsina Ferreira Matos (UESB)

4. EMÍLIA VAI À ESCOLA: EXPERIMENTOS COM PRÁTICAS DE LEITURA DA


OBRA LOBATEANA NO ENSINO FUNDAMENTAL I
Filipe Pereira Almeida (UESB)
Amanda Silva Cardoso (UESB)
Gizelen Santana Pinheiro (UESB)
Orientadora: Maria Afonsina Ferreira Matos (UESB)

5. PROJETO LETRAS DE NOSSA TERRA


Amanda Silva Cardoso (CEL/UESB)
Gizelen Santana pinheiro (CEL/UESB)
Orientadora: Maria Afonsina Ferreira Matos (UESB)

6. PROJETO MEMÓRIAS DAS ESCRITORAS BRASILEIRAS NA ESCOLA


Manuela de Jesus (UESB)
Orientadora: Adriana Maria de Abreu Barbosa (UESB)

7. GRUPO DE ESTUDOS EM TEORIAS DO DISCURSO GETED


Adriana Maria de Abreu Barbosa (UESB)

8. PROGRAMA ESTAÇÃO DA LEITURA


Gizelen Santana Pinheiro (UESB)
Sâmia Lima (UESB)
Orientadora: Maria Afonsina Ferreira Matos (UESB)

Sessão 9

GT: ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA EM ESCOLAS PÚBLICAS – REFLEXÕES E


RELATOS DE EXPERIÊNCIAS
Coordenadora: Marta Luciana Reis Rocha (UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 03

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

1. O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO


FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE CORDEIROS – BAHIA
Sérgio Cordeiro da Silva (UESB); Marta Luciana Reis Rocha(UESB)

2. OS GÊNEROS TEXTUAIS DIGITAIS E O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NA


ESCOLA PÚBLICA
Marildo de Oliveira Lopes (UESB); Márcia Helena de Melo Pereira (UESB)

Sessão 10

GT: QUESTÕES DE GÊNEROS: AUTORIA E PERSONAGENS NA LITERATURA


INFANTIL E JUVENIL
Coordenadoras: Adriana Maria de Abreu Barbosa(UESB); Ana Sayonara Fagundes Britto Marcelo
(UESB)
Local: Pavilhão Manoel Soares Sarmento – Sala 04

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS
23
1. INTERTEXTUALIDADE E ESTUDOS DE GÊNERO EM A MOÇA TECELÃ DE
MARINA COLASANTI
Jeanne Cristina Barbosa Paganucci (UESC); Gildélia Gurunga Sóglia (UESC)

2. LITERATURA BRASILEIRA NA ESCOLA: MEDIANDO A LEITURA DE


AUTORIA FEMININA
Manuela de Jesus (UESB); Orientadora: Adriana Maria de Abreu Barbosa (UESB); Co-
Orientadora: Ana Sayonara Fagundes Britto Marcelo (UESB)

3. ENSINANDO A SER MULHER: ROMANCES DE AUTORIA FEMININA NOS


CATÁLOGOS DA CASA GARRAUX (1860-1900)
Clara Carolina Souza Santos (Unicamp); Márcia Abreu (Unicamp)

4. DESCONSTRUINDO O GÊNERO NAS OBRAS DE ANA MARIA MACHADO


Adriana Maria de Abreu Barbosa (UESB)

12h
Intervalo para almoço

14h – 18h
SESSÕES DE COMUNICAÇÃO ORAL (GTS)

Sessão 11

GT: LÍNGUA E SOCIEDADE: ESTUDOS SOCIOLINGUÍSTICOS III


Coordenadora: Vivian Antonino (UESB)
Local: Local: LM – Laboratório e Memória

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

1. TRATAMENTO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM LIVROS DIDÁTICOS


Didimari Santana dos Santos (UESB); Rafaela Santtos Jandiroba (UESB); Vivian Antonino
(UESB)

2. AFINAL, COMO SÃO TRATADAS AS VARIEDADES LINGUÍSTICAS NO LIVRO


DIDÁTICO?
Mariana Neves Lima (UESB)

3. A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR:


CONTRIBUIÇÕES PARA O APERFEIÇOAMENTO LINGUÍSTICO DOS ALUNOS
Jéssica Rodrigues Souza (UESB); Taires de Jesus Costa (UESB); Vívian Antonino (UESB)

4. ATIVIDADE DIDÁTICA PARA O ESTUDO DO OBJETO DIRETO ANAFÓRICO:


PRODUÇÃO TEXTUAL, ANÁLISE LINGUÍSTICA E VARIAÇÃO
Josiane dos Anjos Guimarães Silva (UESC)

5. A LINGUAGEM NAS REDES SOCIAIS


Ana Caroline Oliveira Souza (Colégio Batista Taylor-Egídio); Jésica Santos Almeida
(Colégio Batista Taylor-Egídio); Hildacy da Silva Mota Dias (UESB/Colégio Batista
Taylor-Egídio)

24
6. ESTUDO LINGUÍSTICO SOBRE OS FALARES REGIONAIS E SEUS VARIANTES
PRESENTES NA MUSICA “TIRANA” DE ELOMAR FIGUEIRA MELLO
Anselmo Nascimento (UESB); Camila Aguiar (UESB); Josineide Mello (UESB); Narailma
Santanta (UESB); Manoel Sena (UESB)

7. ESTUDO SOBRE OS FENÔMENOS LINGUÍSTICOS PRESENTES NA POESIA AI!


SE SÊSSE, DO POETA ZÉ DA LUZ
Ângela Souza Silva (UESB); Camila Teixeira Garcia (UESB); Gabriela Machado Silveira
(UESB); Jeandson Palma Oliveira (UESB); Laiana Brito Silva (UESB)

8. ANÁLISE DE FENÔMENO LINGUÍSTICO NA OBRA DE XANGAI


Claudelice Carvalho (UESB); Debora Amaro (UESB); Ednalva Santos (UESB); Gecilda
Luz (UESB); Meirilande Souza (UESB)

9. ABC DO SERTÃO
Izana Caires Melo (UESB); Lívia da Guarda Araújo (UESB); Maria Beatriz Duarte Miranda
(UESB); Marta Luiza Sampaio Meira (UESB); Tainá Santos Oliveira(UESB)

10. ANÁLISE DA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ORAL: TEORIA X PRÁTICA


Vilma Oliveira Da Silva (UESB); Chaene de Souza Dias Araújo (UESB); Vivian Antonino
da Silva (UESB)

11. AUTISMO EM FOCO: UMA REFLEXÃO SOBRE A INCLUSÃO DO AUTISTA NA


ESCOLA
Geronice Lima Santos (UESB); Rosana Ferreira Alves (UESB)

Sessão 12

GT7: ALÉM (E COM) DAS MATRIZES EPISTEMOLÓGICAS DA LINGUÍSTICA


APLICADA A ALFABETIZAÇÃO, OS PILARES TÉCNICO-PEDAGÓGICOS DO
ENSINO E DA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA MATERNA ESCRITA
Coordenadora: Sonilda Sampaio Santos Pereira (UESB)
Local: Local: Seminário II - CAP

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

1. ALFABETIZAR LETRANDO A PARTIR DA LITERATURA INFANTIL


Carolina Silva Lima (UESB); Daiane de Jesus Andrade Pereira (UESB); Jaqueline dos
Santos Silva (UESB); Jessica Santos Fonseca (UESB); Poliana dos Santos Silva (UESB)

2. AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA E O DESENVOLVIMENTO DA


CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
Débora Santos de Oliveira (UESB); Pollianna Pinheiro da Silva (UESB); Micaella
Rodrigues dos Santos (UESB); Vírgilio Sena de Oliveira Filho (UESB); Rosely Galvão
(UESB)

3. ALFABETIZANDO E LETRANDO COM O MÉTODO SOCIOLINGÜÍSTICO A


PARTIR DA PALAVRA GERADORA
Gervanilda Silva Santos (UESB); Maria da Paz dos Santos Sodré da Silva (UESB); Simone
Souza Silva (UESB); Ivana Conceição de Deus Nogueira (UESB)

25
4. DIAGNÓSTICO DO NÍVEL DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA
Maria da Glória Santos Vidal (UESB)

5. O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DA LEITURA E ESCRITA A


PARTIR DO GÊNERO TEXTUAL HISTÓRIA EM QUADRINHOS (HQS)
Naiana de Souza Ferreira (UESB); Rosana Ferreira Alves (UESB)

6. AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DA LEITURA DE CRIANÇAS DITAS


NORMAIS
Patrícia Santos Aguiar (UESB); Elizete Souza (UESB)

7. O GÊNERO RESENHA SOB A ÓTICA DA CRÍTICA GENÉTICA


Anne Carolline Dias Rocha Prado (UESB); Juliana Araújo Oliveira (UESB); Márcia Helena
de Melo Pereira (UESB)

8. RELATO DE EXPERIÊNCIA: UMA ABORDAGEM SOBRE O MÉTODO


SOCIOLINGUÍSTICO
Celma de Souza Dormande (UESB); Monique Pereira Cabral (UESB)

9. OS SABERES DOCENTES DOS PROFESSORES QUE ATUAM NAS TURMAS DE


ALFABETIZAÇÃO: UM ESTUDO NA ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ AUGUSTO
BARRETO EM JEQUIÉ – BAHIA.
Daiane de Oliveira Valasques (UESB); Conceição Maria Alves Sobral (UESB)

Sessão 13

GT9: FORMAS LÚDICAS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO COM CRIANÇAS


PEQUENAS
Coordenadoras: Lilian Fonseca Lima (UESB); Marilete Calegari Cardoso (UESB)
Local: Local: LABE – Laboratório de Educação

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

1. ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL: A RELEVÂNCIA DA


LITERATURA INFANTIL NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE
CONHECIMENTO DA CRIANÇA
Sara de Jesus Santos (UESB); Verônica Nascimento de Jesus (UESB)

2. UMA REFLEXÃO SOBRE AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NOS ESPAÇOS


ESCOLARES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Cleane de Jesus Oliveira (UESB); Daiane Soares Santos (UESB); Danilo de Oliveira Dias
(UESB); Mileide de Jesus Santos (UESB)

3. UMA REFLEXÃO SOBRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO


INFANTIL EM UMA CRECHE NO MUNICÍPIO DE JEQUIÉ/BA
Joelma Gomes Orrico (UESB); Marlene Gomes Dos Santos (UESB)

4. RELATO DE EXPERIÊNCIA: TÉCNICAS LÚDICAS DE INCENTIVO A LEITURA


E VALORIZAÇÃO DA CULTURA NEGRA E INDÍGENA VIVENCIADA COM
EDUCADORES DE SERIES INICIAIS E FUNDAMENTAL I
Mariane de Jesus Santos (UESB)

26
5. O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A APLICAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS
PARA LETRAMENTO DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Sally da Conceição Soares Oliveira (UESB); Vanusa Souza Correa (UESB)

6. ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A LUDICIDADE


COMO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Flávia Oliveira Encarnação (UESB); Gervanilda Silva Santos (UESB)

7. A PRÁTICA FORMATIVA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO


INFANTIL E A CONSTRUÇÃO DE SABERES LÚDICOS
Juliana Ferreira Oliveira (UESB); Maria da Paz dos Santos Sodré da Silva (UESB)

8. BRINCAR COM AS PALAVRAS E IMAGENS: RELATO DO PROJETO BRINCA


SOL – UESB
Lilian Fonseca Lima (UESB); Marilete Calegari Cardoso (UESB)

9. RELATO DE EXPERIÊNCIA ACERCA DA UTILIZAÇÃO DE JOGOS PARA


ANÁLISE DAS HIPÓTESES DE ESCRITA DE CRIANÇAS
Adriana Ribeiro Ferreira (UESB)

10. LUDICIDADE COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NO ENSINO DA LEITURA E


ESCRITA PARA CRIANÇAS MENORES DE 06 ANOS DE IDADE
Adriana Ribeiro Ferreira (UESB)

11. O LÚDICO NAS EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS ADQUIRIDAS EM ESTÁGIO


NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE PÚBLICA DE JEQUIÉ
Jussara Guimarães do Nascimento (UESB); Maria da Paz dos Santos Sodré da Silva
(UESB); Rosangela de Jesus (UESB)

12. A LUDICIDADE NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO


INFANTIL
Maria da Glória Santos Vidal (UESB); Vanusa Silva de Souza (UESB)

13. PRÁTICAS DE LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA ESCOLA


TAYLOR EGÍDIO
Amanda Nery da Silva(UESB); Darciane Vieira Barros (UESB); Evelyn Oliveira Correia
(UESB); Ivigne Silva Pontes (UESB); Luan Micael Bispo Santos (UESB); Patricia Soares
Oliveira(UESB); Talita Costa Oliveira (UESB)

Sessão 14

GT: ENSINO DE DRAMATURGIA NO AMBIENTE ESCOLAR


Coordenadora: Cristiane Barreto (UESB)
Local: Local: Anfiteatro do Pavilhão Manoel Soares Sarmento Filho

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

1. ARREMESSOS DO (POSSÍVEL) LUGAR DO TEXTO DRAMÁTICO: ENSINO


DA CONSTRUÇÃO DRAMATÚRGICA NO PIBID
Emanuelle Sousa Nascimento (UESB)

27
2. UM OLHAR NO ESPELHO: POSSÍVEIS REFLEXÕES SOBRE AS MEMÓRIAS
DOS ESTUDANTES NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DRAMATÚRGICA
Nágela de Jesus Almeida (UESB)

3. DA SALA DE ENSAIO À SALA DE AULA: PERCURSOS INOVADORES PARA O


ENSINO DE DRAMATURGIA NA ESCOLA
Uillian Pereira de Jesus (UESB)

4. DRAMATURGIA NO PIBID: NOVOS CONTATOS DRAMATÚRGICOS


Lincoln Aguiar Santos (UESB)

5. DRAMATURGIA EM SALA: REFLEXÕES SOBRE PRÁTICAS DE ESCRITAS


DRAMÁTICAS
Leonam Carvalho Sandes (UESB)

6. DRAMATURGIA COMO REPRESENTAÇÃO DO EU: REFLEXÃO SOBRE A


PRÁTICA DE CRIAÇÃO DRAMATÚRGICA NA REDE DE ENSINO BÁSICA
Joadson do Prado Brito Silva (UESB)

28
Resumos

07 a 09 de junho de 2016
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB
JEQUIÉ- BA

29
MESAS-REDONDAS

30
LITERATURA, CIDADE E EXÍLIO

Adriana Maria de Abreu Barbosa (UESB)


Ana Sayonara Fagundes Britto Marcelo (UESB)
Anísio Assis Filho (UESB)
Raimundo Lopes Matos (UESB)

RESUMO

“Na outra noite sonhei que estava sentada no meio-fio com papel, lápis e assobios vazios me
dizendo...” Desta visão de Ana Cristina Cesar (ou de Jack Kerouac) emerge uma cidade entre o
sonho e a (hiper)realidade, entre a solitude e a multitude. A literatura tem se constituído como uma
linguagem dos medos, dos desejos, dos horrores, das surpresas, alegrias e belezas também ofertados
pelas práticas do viver, do dizer e do ser citadinos. Esta mesa propõe discutir as tessituras destes
falares, dos processos de insulamento e exílio que produzem a cidade que nos habita e que nós
habitamos. A cidade e seus sítios de signos advindos da solidão de sua escrita são o fulcro que nos
reúne e de parte da literatura moderna/contemporânea. Estas abordagens pretendem trazer alguns
aspectos do imenso painel criado por um exercício daquela solitude urbana. Este painel é imenso,
advertimos, mas as falas, que o acionam e compõem esta mesa, querem apenas recuperar alguns
exemplos desta parcela da literatura, o que é uma tarefa difícil, pois “é sempre mais difícil/ancorar
um navio no espaço”.

LINGUAGEM EM AÇÃO: FUNCIONAMENTOS DISCURSIVOS

LINGUAGEM JORNALÍSTICA: O USO DE TEXTOS DE JORNAIS E REVISTAS COMO


SUPORTE PEDAGÓGICO NA SALA DE AULA

Domingos Ailton Ribeiro de Carvalho (UESB)

RESUMO

Os jornais e as revistas são uma importante fonte para pesquisa e obtenção de informação sobre o
mundo atual e para formação de leitores.. A utilização de jornais e revistas possibilita também a
produção textual, estimulando o uso de diferentes gêneros textuais de imprensa (artigo,
reportagem, fotojornalismo); o conhecimento de diferentes funções e níveis de linguagem
presentes nos jornais; noções gramaticais diversas; recursos de pesquisa, do trabalho coletivo e
interdisciplinar; estratégias que ajudem a firmar a identidade dos alunos. O jornal e a revista
permitem não somente a leitura da palavra, mas também a leitura do mundo, através da grande
variedade de informações neles contida. Além de discutir os fatos com os alunos, o professor
poderá comparar a leitura do jornal e da revista impressos com sua versão na internet, discute a
diagramação (o motivo pelo qual uma notícia aparece em cima e outra embaixo da página, em
títulos com letras maiores ou menores) e aborda as diferentes maneiras de tratar o mesmo tema —
comparando com outras publicações ou com telejornais. Os alunos passam também a conhecer a
linguagem jornalística utilizada nas redações, compreendo assim jargões como lide,
manchete, nota, pauta, reportagem dentre outros.

ADVÉRBIOS MODALIZADORES: DESCRIÇÃO E ANÁLISE DO COMPORTAMENTO


SINTÁTICO E SEMÂNTICO

Marivone Borges de Araújo Batista (UESB)


31
RESUMO

As gramáticas tradicionais descrevem o advérbio como uma palavra invariável que modifica o
verbo, o adjetivo e o advérbio, acrescentando-lhe uma circunstância. Tal conceito, entretanto, se
confirma em apenas algumas ocorrências, pois, comumente, defrontamo-nos com advérbios que
podem aplicar-se à sentença e ao discurso. Da mesma maneira, muitos advérbios classificados como
de modo não qualificam uma ação ou um estado, mas funcionam como modalizadores do conteúdo
da asserção. Os advérbios modalizadores têm como característica expressar alguma intervenção do
falante na definição de validade de seu enunciado: modalizar quanto ao dever, restringir o domínio,
definir a atitude e até, avaliar a própria formulação linguística. Assim, o presente estudo discute o
comportamento sintático-semântico dos advérbios modalizadores presentes em 16 entrevistas das
páginas amarelas da revista Veja concedidas em 2009 e 2010, por homens e mulheres que ocupam,
ou não, cargos políticos. Insere-se na linha de estudo funcionalista, cujos pressupostos básicos são
encontrados em Castilho e Castilho (1993), Ilari et al (1990) entre outros.

DISCURSO, INTERPRETAÇÃO E SENTIDO

Rosely Costa Silva Gomes (UESB)

RESUMO

Propomo-nos na presente comunicação, em consonância com a temática geral dessa VI Semana de


letras, refletir sobre uma questão controversa que vem mobilizando estudos desde os tempos mais
remotos: a interpretação. Posicionamentos discordantes marcam a constituição teórica desse
conceito que se encontra orientado ora pela tentativa de fechamento à equivocidade, ora pela total
liberdade de atribuição de sentidos. Assim, há quem defenda uma abertura ao infinito na liberdade
do sujeito no diz respeito à atribuição de sentidos às produções discursivas, mas há aqueles que
afirmam: “alguma coisa existe que a mensagem efetivamente não pode dizer” (ECO, 2000, p.XVII).
Essa constatação nos remete a um questionamento: é possível fixar limites à interpretação, a quem
cabe determinar o sentido verdadeiro? Longe de ser uma questão esgotada, a produção dos sentidos
é, como podemos observar, terreno aberto a especulações. Em suas reflexões sobre a temática da
interpretação, Orlandi destaca que “diante de qualquer objeto simbólico, somos instados a dar
sentido, a significar” (ORLANDI, 2004, p. 89). Alerta, entretanto, para o fato de que “os sentidos
nunca estão soltos. Há sempre, na injunção a significar, condições para que eles sejam x e não y,
para que eles tenham uma direção, que constitua uma posição do sujeito. Há, pois, mecanismos de
controle dos sentidos. A injunção à interpretação tem sua forma e suas condições”. (ORLANDI,
2004, p. 89). A partir dessas considerações, busca-se nesta comunicação discutir como a análise dos
procedimentos discursivos utilizados na elaboração das materialidades discursivas pode contribuir
para a explicitação dos processos de significação, haja vista que conforme Pêcheux (2002), “todo
enunciado é intrinsecamente suscetível de tornar-se outro, diferente de si mesmo, se deslocar
discursivamente de seu sentido para derivar para um outro”. A reflexão tomará como materialidade
uma propaganda de lenços umedecidos veiculada pela TV aberta e fechada, a partir de que se
pretende identificar quais os mecanismos utilizados pela instância de produção a fim de constituir
um suposto efeito de evidência a respeito da finalidade do objeto apresentado aos consumidores.

32
MINHA LÍNGUA EM SUA BOCA: ASPECTOS DA TRADUÇÃO/INTERPRETAÇÃO DA
LIBRAS PARA A LÍNGUA PORTUGUESA

Ana Paula Piedade Melo Sacramento (NAIPD)


Márcio Gonçalves dos Santos (NAIPD)
Manoel de Jesus Santos ( UESB)

RESUMO
Esta mesa-redonda foi idealizada para estimular a reflexão e o debate sobre aspectos relativos à
Língua Brasileira de Sinais, a sua importância no processo de construção de identidade e cultura
Surdas. Ao contrário da Língua Portuguesa que se caracteriza por ser oral-auditiva, a Libras possui
uma estrutura linguística própria, constituindo-se como visuo-gestual. O uso dessa língua é cada
vez maior entre pessoas surdas, possibilitando o diálogo, a aprendizagem, enfim trocas
significativas entre elas, bem como com as pessoas ouvintes que a conhecem e a utilizam como
meio de comunicação. Outro aspecto que será tratado nessa mesa: a tradução e a interpretação da
Língua Brasileira de Sinais para a Língua Portuguesa e vice-versa. Numa sociedade fortemente
opressora e excludente, pautada nos padrões de normalidade, as pessoas surdas ainda enfrentam
muitas barreiras, sobretudo as atitudinais, em função dos estigmas e estereótipos presentes no
imaginário social. Esses e outros aspectos serão tratados pelos expositores, a partir do lugar que
ocupam, seja pela condição de ser surdo ou profissional intérprete de Libras. Daí o tema dessa
mesa-redonda: “Minha Língua em sua Boca”.

A ESCRITURA CRIATIVA E FICCIONAL

PROSA E FICÇÃO: A LIBERDADE CRIATIVA E OS CUIDADOS TÉCNICOS

Tom Lira (Escritor)

RESUMO
A apresentação terá por finalidade discutir a produção de textos ficcionais, abordando cada uma das
fases do processo construtivo, com especial atenção à liberdade criativa e às necessárias
ponderações relacionadas aos cuidados de ordem técnica na elaboração textual: concepção da ideia
central e construção mental (apresentação, problematização e desfecho); pesquisa (ambientação,
cenário, cronologia, história etc...); conhecimento de mundo; construção dos personagens; trabalho
produtivo; inspiração ou transpiração; possibilidades e mudanças de percurso durante a produção
textual; escolha vocabular; verossimilhança; a visão especial sobre as coisas comuns como essência
fundamental à produção artística.

DECIFRANDO A LINGUAGEM DA LITERATURA DE CORDEL

José Walter Pires


(Academia Brasileia de Literatura de Cordel)

RESUMO

33
O “cordel”, oriundo de além-mar, aqui chegando a bordo de caravelas, em elementar manifestação,
só ganhou a forma atual tempos depois no Brasil. Tendo ancorado inicialmente na Bahia, daí
velejou para Pernambuco, onde encontrou solo propício para a semeadura, mas frutificou na
Paraíba, com Leandro Gomes de Barros, considerado o pai do cordel brasileiro, ao final do século
XIX, consolidando-se pelo século XX. Criação genuína, sem quaisquer influências, cultivou a sua
linguagem própria, como intérprete da nossa brasilidade, em forma e conteúdo intrínsecos, para
contar as histórias de um povo nos seus diversos matizes, suas lendas, seu folclore, o mundo
encantado e misterioso dos episódios de outras plagas, além de ter sido a cartilha do sertão , através
da qual muitos aprenderam a “leitura” e recebiam as notícias vindas de longe e recitadas aos
costumes sertanejos, através desses livretos, vendidos nas feiras, passados de mão em mão, nas
quermesses, nos festejos, pelos inúmeros poetas que se aventuravam sertão a dentro ou por pessoas
afeitas a essa cultura popular que, aos poucos, ia se enraizando pelos povoados, vilas e cidades
nordestinas. O cordel tornou-se “a crônica popular do século XX, em toda a sua grandeza, porque
expressa a cosmovisão das nossas origens e as raízes nordestinas na linguagem do povo”, como diz
Mark Curran, um francês pesquisador do cordel. Nenhuma outra linguagem teve essa função no
Brasil. Os poetas cordelistas, os cantadores, os repentistas foram se multiplicando, e o cordel teve
um momento áureo, sobretudo nas regiões nordestinas, onde as cantorias ocorriam e alguns poetas
chegaram a conseguir um animador patamar de vendas, consideradas as intempéries. Só não
podemos entender, diz Aderaldo Luciano, poeta pesquisador, em seu clamor pela verdade, porque
“Leandro Gomes de Barros, João Martins de Ataíde, Francisco das Chagas Batista, José Camelo de
Melo Resende, Antônio Teodoro dos Santos, Manuel de Almeida Filho, Joaquim Batista de Sena
Apolônio Alves e outros tantos poetas não figuram nos manuais de literatura brasileira”. O cordel
sempre enfrentou dificuldades. Sofreu preconceitos, foi estigmatizado como literatura de menor
valor, contudo resistiu heroicamente e se tornou atemporal. Espalhou-se pelo Brasil. Chegou ao
sudeste, São Paulo e Rio de Janeiro, surgiram inúmeras academias regionais, foi criada a Academia
Brasileira de Literatura de Cordel – ABLC, em setembro de 1988, com o objetivo de difundir e
perenizar o cordel pelo Brasil e o Mundo, lutando para abrir outros espaços, até chegar às soleiras
das Faculdades de Letras, na atualidade, sendo objeto de trabalhos acadêmicos, ensejando a
pesquisa sobre a produção e as perspectivas do que se chama de “novo cordel”, sem fugir das suas
características básicas, centradas na métrica, no ritmo, na rima, na oração, diante da diversidade da
temática experimentada no dia a dia. A grande luta do momento é o tombamento do Cordel como
Patrimônio Cultural do Brasil, objetivo já em curso através das ações do IPHAN e dos poetas
encampados nessa luta, consagrando de vez a importância dessa literatura por ser de inteiro
reconhecimento e, sobretudo, Justiça.

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GRUPOS TEMÁTICOS

LINGUÍSTICA

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GT1: LÍNGUA E SOCIEDADE: ESTUDOS SOCIOLINGUÍSTICOS

Coordenadora: Vivian Antonino (UESB)

RESUMO
Os estudos sociolinguísticos trazem reflexões que têm sempre como base a indissociabilidade entre
língua e sociedade. As análises realizadas dentro da Sociolinguística Variacionista observam as
variações sistemáticas, dentro de uma heterogeneidade estruturada na comunidade de fala; não há
um caos linguístico, e sim um sistema associado à heterogeneidade da língua falada. Considera-se a
língua em seu contexto sócio-cultural, visto que parte considerável das explicações para a variação
observada no uso da língua se baseia em fatores extralinguísticos, não apenas em fatores internos ao
sistema linguístico. Diante dessa constatação irrefutável de que toda língua é naturalmente
heterogênea, é também incontestável a ideia de que toda língua está sujeita a variação e, portanto, a
mudança. Tendo em vista o que foi mencionado, nota-se que a diversidade linguística é uma
característica inata a todas a línguas naturais, sendo, portanto, necessário que se realizem estudos
frequentes com tal cunho a fim de se refletir sobre este aspecto da língua em âmbito diversos. Neste
GT, portanto, discutir-se-ão diferentes aspectos da língua, sob a perspectiva da Sociolinguística,
seja num viés variacionista, analisando os diversos níveis da língua, ou no diálogo com o ensino de
língua portuguesa, problematizando questões que envolvam a prática docente e a diversidade
linguística.

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

A VARIAÇÃO DO MODO SUBJUNTIVO: UM ESTUDO DO PORTUGUÊS POPULAR

Vânia Raquel Santos Amorim (UESB)


Valéria Viana Sousa (UESB)
Jorge Augusto Alves da Silva (UESB)

RESUMO

Neste trabalho, investigamos a variação/estratificação do modo subjuntivo em orações completivas


introduzidas pelo complementizador que e em orações parentéticas iniciadas pelo que na língua
falada de Vitória da Conquista-BA. A pesquisa conjuga pressupostos teóricos da Sociolinguística e
do Funcionalismo, tomando como referência, sobretudo, Weinreich, Labov , Herzog (2006) ;
Labov (2008) e Hopper (1991); Neves (1997) e Givón (2001, 2011). O nosso objetivo está
centrado em investigar indícios de variação do modo subjuntivo, levando em conta fatores de ordem
estrutural e social. Em termos gerais, o resultado dessa pesquisa, do ponto de vista sociolinguístico,
sinaliza uma variação estável e, do ponto de vista funcionalista, encontra respaldo no Processo de
Gramaticalização.

A VARIAÇÃO “TU” E “VOCÊ” NA FALA DE JEQUIÉ-BA

Priscila Sabrina Feitosa da Silva (UESB)


Táila Porto dos Santos (UESB)
Juvanete F. Alves Brito (UESB)

RESUMO

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Este trabalho trata da variação pronominal “tu” e “você” no português oral da cidade Jequié-Ba. O
interesse surgiu depois que observamos a maneira como falam os nativos em seu cotidiano nas
feiras, ruas, salões e academias em todos os lugares, percebemos que os pronomes em questão são
usados por toda faixa etária, gênero, estratificação social e escolaridade. O objetivo geral foi
promover um estudo sobre a realização do “tu” e “você” na fala dos moradores de Jequié e
identificar os fatores linguísticos e extralinguísticos que influenciam na escolha de um e não de
outro pronome e a relação destes com as formas verbais de segunda e terceira pessoas. Também
iremos investigar de acordo com os estudo sociolinguísticos, como essa variação está
correlacionada a variável estilística e sociais, uma vez que dependendo do grau de intimidade e da
faixa etária entre os falantes e o grupo social a que pertence, também são meios que ajudam na
preferência de uma variante. E ainda veremos como as duas formas são aceitas, e porque os falantes
na maioria não fazem concordância com o verbo. A metodologia usada para a constituição do
corpus é a da sociolinguística quantitativa, uma vez que operou com números e tratamento
estatístico dos dados coletados. As entrevistas serão realizadas com um gravador de áudio, onde
faremos perguntas sobre o cotidiano, com temas diversos, para que o entrevistado sinta-se mais à
vontade para estabelecer, desde já, um ambiente mais amigável. Após a coleta dos dados, serão
feitas as transcrições das entrevistas adotando-se uma série de convenções. Os participantes deste
estudo, foram 5 homens e 5 mulheres de diferentes faixas etárias e grau de escolarização. Como
referencial teórico consultamos algumas gramáticas tradicionais como, Bechara (2001), Cunha e
Cintra (1985). Após as coletas de dados iremos analisar qual o pronome predomina e os fatores que
contribuíram e influenciaram pra tal predominância.

AS ESTRATÉGIAS DE RELATIVIZAÇÃO EM ANÚNCIOS DE JORNAIS BAIANOS DO


SÉC. XIX

Juvanete Ferreira Alves Brito (UESB)

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo analisar as estratégias de relativização empregadas em anúncios de
jornais baianos do século XIX, levando em consideração o resultado geral das ocorrências e a
frequência e o percentual das ocorrências de acordo com a função sintática do pronome relativo.
Segundo Tarallo (1983), há três tipos de estratégias de relativização no Português Brasileiro: a)
relativa padrão, iniciada por qualquer dos pronomes relativos; b) relativa cortadora, iniciada apenas
pelo pronome relativo que, cortando-se os sintagmas preposicionados exigidos pela regência e c) a
relativa lembrete, iniciada pela pronome relativo que, preenchendo-se o lugar vazio com outro
pronome co-referencial do relativo. De acordo com ele, a relativa cortadora surgiu no Português
Brasileiro na segunda metade do séc. XIX, como resultado de uma mudança que ocorreu no sistema
pronominal. Utilizou-se como referencial teórico Tarallo (1983, 1996a) e Kato (1996). A amostra
analisada é composta por 309 anúncios de jornais baianos do séc. XIX que faz parte do Corpus
diacrônico do Projeto Interinstitucional Para a História do Português Brasileiro (PHPB). Ao final
deste estudo, verificou-se que apesar da estratégia de relativização padrão ser a mais empregada em
anúncios de jornais baianos do séc. XIX, a construção relativa cortadora apresentou um percentual
significativo, começando a competir com a variante padrão em ambientes preposicionados.
Observou-se que a estratégia cortadora foi a que teve melhor desempenho a partir da segunda
metade do século XIX, passando a competir com a construção padrão em ambientes em que a
presença da preposição é exigida pela regência. Constatou-se que, em relação função sintática do
pronome relativo em ambiente preposicionado, a construção relativa padrão é mais favorecida
quando o pronome exerce a função de objeto indireto, com percentual de 75% de realização,
ficando em segundo lugar a posição de oblíquo, com 73% de ocorrências. Verificou-se que a

37
estratégia relativa cortadora é mais favorecida na função sintática de oblíquo, com 27% das
ocorrências e, em segundo lugar, a posição de objeto indireto com 25% de realização.

A CONCORDÂNCIA VERBAL DO PORTUGUÊS ORALIZADO DE FALANTES DA


ZONA RURAL DE CACHOEIRA-BA

Karine Ribeiro de Souza (UESB)


Luiz Eduardo Simões de Burgos (UESB)

RESUMO

Esta pesquisa foi desenvolvida como estudo analítico do português popular da região rural de uma
das cidades do recôncavo baiano, Cachoeira. O corpus foi constituído por meio de amostras de fala
vernáculas coletadas no povoado do Saco em Cachoeira-BA, com a finalidade de realizar uma
análise da concordância verbal relacionada a 3º pessoa do plural, partindo de princípios teóricos e
metodológicos da Teoria da Variação. Para realizar o estudo, foram considerados fatores
extralinguísticos que afetam o fenômeno em questão: a) Faixa etária; b)Escolaridade; c) Sexo. Os
resultados constatados através dos dados coletados demonstraram as peculiaridades e variações no
português popular de Cachoeira, apresentando as condições da realização da concordância verbal.

SOCIOLINGUÍSTICA QUANTITATIVA, CAMPO, CIDADE E A APLICAÇÃO DA


REGRA DE CONCORDÂNCIA VERBAL COM A 3º PESSOA DO PLURAL

Catiele Maia Santana (UESB)


Jamille Almeida Santos (UESB)

RESUMO

Este artigo apresenta o resultado da análise de concordância verbal de 3º pessoa do português


brasileiro em textos de alunos do 7º ano do ensino fundamental II. O material foi recolhido em duas
instituições distintas, uma localizada na cidade de Jequié, que é o Colégio Municipal Stela Câmara
Dubois e outra situada no campo, no distrito de Jequié, a Escola Municipal Etelvino Torres de
Oliveira. Este trabalho é baseado na Teoria Sociolinguística, a qual leva em consideração a língua
em seu contexto social. O presente estudo tem como objetivo apresentar o resultado da análise dos
textos dos discentes das duas escolas, comparando os resultados do campo com os da cidade. O
tema se torna interessante, pois contribui para mostrar se existem diferenças entre as escolas da
cidade e as do campo em relação ao aspecto pontuado. Embasando o trabalho, observaram-se
estudos de: Preti (2003) Antunes (2009) PNL (2008); Callou & Leite (2002); Monteiro (2000),
entre outros. A metodologia utilizada foi à abordagem quantitativa juntamente com suportes
teóricos como base para discussão dos pontos abordados. O resultado do estudo revelou a igualdade
tanto na utilização da concordância verbal 3º pessoa do plural como na não utilização da regra pelos
alunos das duas intuições, ou seja, campo e cidade obtiveram os mesmos resultados no que se refere
ao aspecto pontuado. Além disso, a resultado também mostrou que nos textos analisados encontrou-
se um número maior de ocorrências de acordo com norma vigentes na gramática normativa do que
discrepâncias, mostrando que as escolas que foram forte de investigação estão cumprindo seu papel
no que se refere a preparação do alunado para o uso da norma padrão em textos escritos. Dessa
forma, o presente estudo deve ser apreciado como uma contribuição para os discentes do curso de
Letras e para a área da Sociolinguística, possibilitando o entendimento de aspectos relacionados a
concordância verbal, nos espaços, campos e cidade.
38
CONCORDÂNCIA DE NÚMERO NO SINTAGMA NOMINAL NO FALAR RURAL DE
JEQUIÉ-BA

Cristiano Conceição (UESB)


Erivaldo Souza Andrade (UESB),
Juvanete Ferreira Alves Brito (UESB)

RESUMO

Trata-se de uma abordagem comparativa entre a gramática normativa e falares de uma comunidade
situada na zona rural de Jequié. Este trabalho se justifica por comparar as variações dos falares e
escritas de moradores com idade entre vinte e oitenta anos, ambos os sexos e de cor negra, na
marcação do sintagma nominal de número com as normas de uso da gramática tradicional. Quanto
ao objetivo, pretende-se comparar as diferenças de uso que os falantes utilizam em seu viver diário
com referência aos termos apresentados pela gramática normativa observando especificamente a
não marcação do primeiro elemento com a marcação do segundo. No tocante ao referencial teórico,
o trabalho vem com respaldo da gramática normativa de Rocha Lima (2011), pesquisas na área da
sociolinguística de Bagno (2016) e Lemos (2013). Sobre a metodologia, valeu-se de discussões das
variações linguísticas e na investigação que começou a partir de uma percepção das variações nos
falares, através de entrevistas gravadas em vídeo e áudio, realizada com quinze falantes, como
também com questionários aplicados aos entrevistados. Após investigação e análise do material
recolhido nas entrevistas, percebeu-se que, os falantes da referida região apresentam uma variação
na marcação do sintagma nominal de número, caso específico e com um número reduzido de falante
quanto a marcação do primeiro elemento e não marcação do segundo como por exemplo: “um
reais”, ocorrência de maior atenção em falantes do sexo masculino e com idade acima de cinquenta
anos. Conclui-se que, dada a importância dos estudos sociolinguísticos e a influência do
desenvolvimento sócio-cultural, ocorrido com esta comunidade, esta variação ocorre em número
maior de falantes acima de cinquenta anos. Este trabalho, apesar de modesto, pretende ser uma
contribuição valiosa às áreas da sociolinguística, literatura e sócio-cultural.

A ANÁLISE DO USO DO PRONOME OBLÍQUO “SE” EM ARTIGOS DE OPINIÃO EM


ESCOLA DE NÍVEL MÉDIO

Carlos Felício de Jesus Valverde (UESB)

RESUMO

A sociolinguística é um ramo da linguística que estuda a língua em sociedade através de um sistema


que é constituído por meio de regras variáveis. Ela observa os reflexos sistemáticos que existe na
linguagem, seja no passado ou no presente, a fim de identificar os padrões de comportamento
linguístico. Este trabalho tem como objetivo principal analisar o uso do pronome oblíquo “se”
(colocado anteposto ou posposto ao verbo) em texto escrito, mais precisamente, em Artigos de
Opinião em escola de nível médio. Verifica-se também neste estudo se quem mais utiliza o clítico
“se” são pessoas do sexo masculino ou do sexo feminino. Trata-se de um trabalho de suma
importância, já que, atualmente, as dificuldades em associar o uso do pronome “se” antes do verbo
(próclise) ou depois dele (ênclise) podem ocorrer com alunos (nível médio ou superior) e até em
professores (nível médio ou superior). A coleta de dados foi realizada no Colégio da Polícia Militar
(CPM) de Jequié-BA durante o período de Estágio Supervisionado II, - tendo como os responsáveis
pela colaboração desta pesquisa, os alunos do 2ª ano A matutino em 2015. Foi utilizado como
39
embasamento teórico as gramáticas normativas de Bechara (2009), “Moderna Gramática
Portuguesa”, e Rocha Lima (2011), “Gramática Moderna da Língua Portuguesa”, além desses, a
dissertação de mestrado de Monteiro (2012) que discute sobre a Cliticização Pronominal. Dos 28
artigos analisados, em apenas 18 deles encontrou-se ocorrências do pronome “se”, com o maior
número, a próclise apresentou um total de 31 ocorrências, enquanto que a ênclise apresentou apenas
10 ocorrências. Verificou-se ainda que nos alunos de sexo feminino os casos proclítico e enclítico
foram maior, já no de sexo masculino, em ambos os casos, foram menor. Os resultados obtidos na
pesquisa foram relevantes. Por meio dela, pode-se verificar a maior e a menor ocorrência proclítica
e enclítica no sexo masculino e no sexo feminino. Os casos estavam concomitantemente
relacionados com o que os compêndios gramaticais apresentavam, assim como as questões
apontadas por Monteiro (2012).

A VARIAÇÃO DA FORMA NOMINAL GERÚNDIO NO FALAR DA POPULAÇÃO


URBANA DE CACHOEIRA NA BAHIA

Mariana Tane Neves Vasconcelos

RESUMO

Esta pesquisa tem por objetivo observar a fala da população urbana de Cachoeira na Bahia e apontar
o fenômeno de variação linguística presente na ausência da variante padrão do português brasileiro
“–ndo” do gerúndio. As perspectivas adotadas para comparação entre variante padrão e variante
popular estão orientadas pelo português popular brasileiro e português culto brasileiro à luz dos
gramáticos, Carlos Henrique da Rocha Lima, Evanildo Bechara, Celso Ferreira da Cunha e Luís
Filipe Lindley Cintra do ponto de vista da gramática normativa, Mário Perini, na perspectiva da
gramática descritiva, bem como, do teórico Willian Labov, que fundamenta esta pesquisa do ponto
de vista da Sociolinguística. Vale lembrar que os dados aqui analisados fazem parte do Projeto “A
Constituição dos corpora do português culto e do português popular das cidades baianas de Jequié e
Cachoeira” coletados pelo pesquisador Luiz Eduardo Simões de Burgos, sendo que, para este
trabalho, das entrevistas realizadas contaremos apenas com seis informantes: três do sexo masculino
e três do sexo feminino. Considerando que as diferenças linguísticas entre uma população de uma
mesma comunidade podem ser expressivas, no intuito de preservar a qualidade da pesquisa, foram
selecionados informantes de idades correspondentes, ou seja, para cada informante do sexo
feminino de idade X foi escolhido um informante de sexo masculino de idade também X ou da
mesma faixa etária. Da mesma maneira, a característica “nível de escolaridade” foi empregada. Este
trabalho de observação provou que o nível de escolaridade não é fator único e preponderante na fala
dos moradores da Comunidade urbana de Cachoeira. Daí a importância dos estudos
sociolinguísticos que orientam as pesquisas no âmbito da língua no sentido de comprovar que as
mudanças ocorridas não são produtos de coincidência.

A CONSTITUIÇÃO DO MUNICÍPIO DE CORDEIROS E ALGUNS ASPECTOS DO


FALAR “BAIANEIRO”

Lóide Luz Gusmao Ribeiro (UESB)

RESUMO

O objetivo do presente estudo é investigar a relação existente entre língua e sociedade, a fim de
mostrar como os falantes da cidade Cordeiros-BA se comportam em relação ao uso do português
brasileiro enquanto língua falada no sudoeste da Bahia, considerando a interferência de aspectos
sociais, culturais e linguísticos presentes na fala desta localidade. Observa-se que, na cidade de
40
Cordeiros-BA, o português brasileiro falado atualmente apresenta alterações que podem ser vistas
como resultante do contato linguístico entre baianos e mineiros, levando em consideração um fato
comum observado na cidade de Cordeiros que é a mudança de muitas pessoas do município baiano
para algumas cidades do Estado de Minas Gerais, tais como São João do Paraíso, Salinas, Montes
Claros, entre outras. Desse contato linguístico, surge, então, o que se costuma denominar, na região
de Cordeiros, de “falar baianeiro”, ou seja, este falar resultaria da mistura do falar mineiro e do falar
baiano. Sendo assim, esta pesquisa baseia-se nos pressupostos teórico-metodológicos da
Sociolinguística Variacionista (LABOV, 1972) e na Teoria da Variação e Mudança Linguística
(WEINREICH, LABOV & HERZOG, 2006 [1968]), e parte, portanto, do pressuposto de que a
maneira como as sociedades se organizam influencia o modo de falar dos indivíduos que fazem
parte de uma determinada comunidade de fala, como é o caso da cidade de Cordeiros-BA, cujo
tema abordado, neste estudo, entende as variações linguística como um fenômeno geral e universal
que está presente em todas as línguas naturais.

A CONCORDÂNCIA VERBAL EM PRODUÇÕES TEXTUAIS DE GRADUANDOS DE I


SEMESTRE

Dalila Fernandes Silva (UESB)

RESUMO

Tendo em vista as tantas regras prescritas pelas gramáticas de Cunha e Cintra Bechara, e os
inúmeros julgamentos acerca de "certo" e "errado" para com o uso ou cancelamento de
concordância verbal. Com base em textos de Luchese, Labove e Vieira, grandes pesquisadores no
âmbito da linguística, buscamos esclarecer neste trabalho que não temos “erros” e “acertos”
referente ao uso da língua, e sim, variantes de um fenômeno linguístico. Para desenvolver este
trabalho tivemos como corpus textos produzidos por graduandos de primeiro semestre da cidade de
Jequié. É importante salientar, que verificamos a partir de dados qualitativos e quantitativos as
instâncias em que os informantes aplicam ou não as maracas de CV. Nesta perspectiva, de 40
informantes encontramos 15 dados em que os falantes apagaram as marcas de concordância. A
grosso modo, compreendemos que as universidades procuram orientar os discentes a produzirem
textos utilizando a norma culta, mas, somos convictos que tal objetivo só será atingido se partirmos
do pressuposto de que quais quer que sejam as variantes linguística, presentes nas aulas, sejam
validas e analisadas pelo docente.

APAGAMENTO DE PRONOMES REFLEXIVOS NA CIDADE DE JEQUIÉ

Jádilla Leite Moreira (UESB)

RESUMO

O uso do pronome reflexivo tem sido objeto de estudo de muitos estudiosos do português. A partir
desses estudos têm se notado que os clíticos estão passando por um processo de modificação. No
que se refere aos clíticos reflexivos, há um questionamento a respeito de sua relevância linguística
para a formação do português brasileiro. A partir de fundamentos teóricos da sociolinguística
varacionista (LABOV, 2008), (LUCCHESI, 2003) e SOUZA (2011), este artigo apresenta um
estudo acerca do apagamento clítico reflexivo na fala de moradores idosos com pouca ou nenhuma
escolaridade da cidade de Jequié, na busca por evidências que identificam o uso, não uso, e o uso
não padrão do mesmo, através de uma análise das entrevistas, assim como a sua importância no que
tange o ensino de Língua Portuguesa na sala de aula. O referido artigo foi composto a partir da
seleção dos informantes, gravação das entrevistas, transcrição das entrevistas e análise dos dados.
41
Os resultados obtidos dos dados foram favoráveis à hipótese levantada de que, há o apagamento do
pronome reflexivo, na fala dos idosos, já que a não realização dos pronomes reflexivos é algo mais
comum, uma vez que, com a presente pesquisa, verificou-se que é maior a porcentagem da sua não
realização (54,55%) do que sua realização (45,45%). A partir dessa pesquisa, nota-se que o estudo
da sociolinguística permite evidenciar as modificações na nossa língua, assim como discussões
acerca da forma como o professor da educação básica ensina a Língua Portuguesa na sala de aula. O
estudo do apagamento do pronome reflexivo na cidade de Jequié mostra um pouco da realidade das
modificações na oralidade da população da cidade, a partir de estudos de teóricos renomados na
linguística e através das entrevistas coletadas. Conclui-se que o apagamento do fenômeno estudado
ocorre de forma significativa, e que como a própria sociolinguística trata, não se pode considerar
erro, e sim, variação linguística, marcada por fatores referentes às suas condições como: sexo,
situação social, escolaridade, espaço geográfico e etc.

MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA, BAHIA - UM ESTUDO SOB A


PERSPECTIVA SÓCIO-HISTÓRICA

Kércia Rosario Fiuza Oliveira (UESB)


Elisângela Gonçalves (UESB)

RESUMO

Cada vez mais, tem-se sentido a necessidade de se conhecer a história do português brasileiro, o que
só se torna possível na medida em que se estudam as variedades dessa língua. Segundo
pesquisadores como Mattos e Silva (1999), uma forma de se conhecer a língua de um povo é
conhecer a sua sócio-história - aspectos que condicionarama sua formação: econômicos,
demográficos, sociais, históricos, educacionais... Partindo desse pressuposto, nosso objetivo nesta
pesquisa é compreender a sócio-história do município de Vitória da Conquista, Bahia, para, então,
procedermos à constituição de um corpus oral, ou seja, à seleção dos informantes e,
consequentemente, à coleta de dados (por meio de entrevistas), segundo os critérios da
Sociolinguística Variacionista (LABOV, 1972). Julgamos imprescindível a realização de uma
análise dos fatores sócio-históricos que influíram na formação da variedade linguística falada na
Região Sudoeste, a começar pela capital regional do sudoeste baiano, Vitória da Conquista. Para
tanto, estamos procedendo a um levantamento histórico, demográfico, sócio-econômico, bem como
sobre o processo de escolarização desse município. Tal pesquisa é de extrema importância, pois, ao
conhecermos a história de um povo, podemos resgatar e preservar a tradição daqueles que
contribuíram para que chegássemos ao ponto em que nos encontramos, ou seja, é uma oportunidade
única de compreendermos nossa identidade. Por meio desse estudo, estaremos contribuindo,
consequentemente, para a compreensão da formação sócio-histórica do português brasileiro, uma
empreitada a que se dedicaram grandes estudiosos, como Serafim da Silva Neto (1950), Antônio
Houaiss (1985), Mattos e Silva (1999), e a que se têm dedicado tantos outros pesquisadores
brasileiros. A partir das pesquisas que temos desenvolvido sobre a formação histórica do município
de Vitória da Conquista em museus, bibliotecas, sites da internet, livros e artigos científicos, em
comparação com a análise feita por Callou & Avelar (2002) sobre a história do falar carioca,
chegamos às seguintes conclusões preliminares: (i) enquanto no Rio de Janeiro, verificam-se
diferenças entre falares de acordo com diferentes regiões da cidade, por exemplo, a Zona Sul, onde
está a maioria dos bairros com alto IDH (cf. relatório do PNUD), foi aquela cujos falantes
incorporaram um maior número de marcas do português europeu, já que foi para onde se dirigiram
maior parte dos imigrantes; (ii) no município de Vitória da Conquista, não é possível diferenciar
uma pessoa de uma dada localidade por seu falar. Isso porque, ao que parece inicialmente, esse
município foi se formando a partir de um ponto central (o da região da igreja onde os índios que
aqui habitavam foram dizimados) e se espraiando para outras partes. Ao contrário do Rio de Janeiro
42
que já consistiu em capital do país, logo atraindo a vinda de muitos portugueses, a região de Vitória
da Conquista foi se formando a partir das famílias de alguns bandeirantes portugueses e de outros
moradores do estado vizinho (Minas Gerais) e de seu contato com seus escravos e os poucos
indígenas que aqui restaram.

TRATAMENTO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA EM LIVROS DIDÁTICOS

Didimari Santana dos Santos (UESB)


Rafaela Santtos Jandiroba (UESB)
Vivian Antonino (UESB)

RESUMO

O presente texto tem por objetivo observar como as manifestações linguísticas são abordadas em
livros didáticos de português da 6ª série do ensino fundamental e suscitar uma reflexão dos
conceitos de “certo” e “errado”. Para tanto, tomamos como corpus dois exemplares, o primeiro
elaborado por Willian Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães, intitulado Português
Linguagens (4ª edição reformulada, 2006) e o segundo elaborado por Dileta Delmanto e Maria da
Conceição Castro (12ª edição reformulada-2006 1ª tiragem- 2007), intitulado Português: Ideias e
linguagens, ambos foram aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD-2008). Esta
pesquisa tem como foco fazer um diálogo entre a Sociolinguística, o Ensino da Língua e as
manifestações linguísticas, assim tomamos como base teórica, principalmente, os estudos de Bagno
(2001, 2002,2006). Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) discutem com muita
objetividade essa questão, convidam a escola e os professores a apresentar os valores sociais
atribuídos a cada variedade linguística, contribuindo, assim, na formação de cidadãos capazes de se
exprimir de modo competente tanto oralmente quanto por escrito, a fim de que transformem a
sociedade na qual estão inseridos.Quando uma criança é inserida no espaço escolar, uma das
prioridades no início da aprendizagem é justamente a de aprender a ler e escrever, entretanto as
escolas priorizam a linguagem verbal e dão mais valor à escrita do que à oralidade. Esta situação é
notória, principalmente no ensino da gramática normativa, no qual desconsideram as variações
linguísticas, desprezando tudo o que não siga a norma padrão (NP), ou seja, as ditas “formas erradas
ou feias”, diferentes das gramaticais que são “certas e bonitas", como se estas fossem a única forma
de manifestar a língua. Nesse sentido, considerando que nos livros observados as variantes não
serão estudadas e analisadas dentro do contexto sociolingüístico, sugerimos, ao final, uma proposta
de atividade para que essa questão seja mais trabalhada, visando um olhar crítico sobre as
possibilidades de produção linguística de acordo ao contexto em que ele seja produzido.

AFINAL, COMO SÃO TRATADAS AS VARIEDADES LINGUÍSTICAS NO LIVRO


DIDÁTICO?

Mariana Neves Lima (UESB)

RESUMO

O presente texto se fundamenta na sociolinguística, traz à luz uma investigação focada no livro de
Marcos Bagno (2007) “Nada na língua é por acaso”, especificamente o capítulo 6. Este último trata
da variação linguística dos livros didáticos brasileiros. O livro didático escolhido para investigação
foi “ Português Linguagens: literatura, produção de texto e gramática (2004)”, dos autores Willian
Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães. O objetivo da pesquisa é demonstrar as lacunas
encontradas nos livros didáticos, em relação à sociolinguística, a fim de que a relação
43
ensino/aprendizagem, nas escolas públicas, não passe de demagogia, mas realmente efetivada, de
modo satisfatório. Quanto ao referencial teórico, utilizou-se BAGNO (2007) e (2002) e LUCCHESI
(2009), principalmente, quando se entende, como referenciou esse último autor que, o fenômeno
psíquico- -biológico da linguagem humana é a-histórico se encerra no indivíduo, sua manifestação
objetiva é inextricavelmente coletiva e a fortirori sócio-histórica. No que tange a metodologia, ela
se desenvolverá de maneira qualitativa, de modo que se possa expor, dentre tantas impressões sobre
o texto, as consideradas mais cruciais: a relação de língua e sociedade; a heterogeneidade da língua.
O fenômeno escolhido para análise fora colocação pronominal. Assim sendo, a pesquisa conseguiu
confirmar a hipótese do trabalho: o estudo da variação linguística não é privilegiado de forma
significativa nesse livro didático, haja vista que tal coleção continua padronizando o que seria “o
certo e o errado”,e, por isso, privilegia uma determinada variedade ( norma-padrão) em detrimento
de outra (informal\ coloquial). Em conformidade com LUCCHESI (2009), pode haver um novo
olhar sobre os estudos linguísticos, quando as pessoas compreenderem e, por conseguinte, passarem
para as salas de aula que (...) a língua, conquanto os seus falantes não percebam isso, está mudando
contínua e permanentemente, e esse processo ininterrupto de mudança “corrompe” de tal maneira
o seu funcionamento que não é possível compreender como uma língua funciona, sem compreender
como ela muda.

UM ESTUDO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NA COMUNICAÇÃO DE JOVENS E


ADOLESCENTES QUE JOGAM VIDEOGAME EM JEQUIÉ-BA: A EXISTÊNCIA DE UM
DIALETO “GAMER”

Isadora de Almeida Quaresma (UESB)

RESUMO

O presente estudo aborda a variação linguística em caráter dialetal ou variação diastrática (em razão
da convivência entre grupos sociais) de quatro indivíduos que constituem o grupo cultural dos
“gamers” da cidade de Jequié-BA. A pesquisa está focada na fundamentação do objeto de estudo da
Sociolínguistica, que é a análise dos padrões lingüísticos dentro de uma comunidade de fala (speech
community). A cultura é, segundo definições pela própria Sociolinguística, um traço marcador de
identidade social, linguística, cultural, seja esta qual for. De acordo com pesquisas na área, cada
grupo social possui características que obedecem a um contexto determinado de comunicação, em
se tratando do contexto comunicativo entre gamers, percebe-se a presença de uma linguagem
própria, dotada de termos, gírias, e expressões, muitas das vezes recheadas de estrangeirismos,
principalmente oriundo da língua inglesa, - o que leva a acreditar na hipótese de um dialeto
(socioleto) gamer. Portanto, neste trabalho, apresento a variação linguística encontrada na
linguagem própria – dialeto – de indivíduos que jogam videogames na cidade de Jequié, estado da
Bahia. Para tal, fez-se toda uma pesquisa em torno da história desse advento da tecnologia – os
videogames -, suas histórias e as variadas formas que isso possui influência na vida dos jogadores,
se atentando principalmente à investigação da existência de uma linguagem própria ou dialeto que
circula nos grupos sociais de jogadores. A linha teórica conta com contribuições de Labov e Herzog
(1978), Tarallo (1986), Cunha (1989), Dubois (1978) para elucidar questões relativas a variedade
linguística e os traços do dialeto, e conceituações de SANTOS (2003), em torno da definição da
cultura e seu importante papel da construção e afirmação da identidade social, corroborado à
Aguilera (2008) a respeito do papel da língua como principal instrumento pelo qual se afirma a
identidade de um grupo. Os resultados puderam concluir a existência de um dialeto gamer falado na
cidade de Jequié-BA, e que pode se estender a caráter universal, já que se trata do linguajar próprio
de uma comunidade linguística definida, sendo também uma forma da variação. A análise
linguística pôde detectar vocábulos, - com estrangeirismos ou não-, na maioria das situações
comunicativas entre os indivíduos dentro do contexto do jogo, e suscitou questões também
gramaticais, como se pode observar nas sentenças dialéticas: Eu não tenho as manha!, ou “Os noobs
44
de hoje em dia”, que dispõem de uma sintaxe bastante interessante, uma vez que no primeiro caso, a
marca da variação se encontra pela omissão/ausência da concordância nominal, sobretudo porque
este é um traço da fala popular, coloquial, logo variação, e no segundo caso, em que se percebe o
uso de um empréstimo lingüístico pela detecção da presença da palavra inglês noob. Desse modo,
esta pesquisa Sociolingüística busca encontrar os padrões de fala de um determinado grupo social,
embasado na Sociolinguística, sendo este a tribo dos gamers. Com o estudo em campo, pode-se
perceber que a linguagem gamer faz parte do dia a dia dos jogadores, tornando-se, dessa maneira, o
traço marcador da comunidade linguística a que ele pertence.

A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE NO AMBIENTE ESCOLAR: CONTRIBUIÇÕES


PARA O APERFEIÇOAMENTO LINGUÍSTICO DOS ALUNOS

Jéssica Rodrigues Souza (UESB)


Taires de Jesus Costa (UESB)
Vívian Antonino (UESB)

RESUMO

Discute-se a importância da oralidade no espaço escolar, bem como as contribuições para o


aperfeiçoamento da comunicação oral dos discentes. Tem por objetivo geral a análise dos livros
didáticos do 8º e 9º ano das coleções Para Viver Juntos e Projeto Teláris, trabalhadas,
respectivamente, na Escola Municipal Adolfo Ribeiro, município de Jequié-BA(zona urbana) e na
Escola Municipal Santo Antônio, situada no município de Mirante-BA(zona rural. Contém como
embasamento teórico, as contribuições de Ronald Beline(2003) sobre Sociolinguística, que é uma
vertente que tem por intuito estudar o comportamento linguístico do falante dentro de uma
comunidade de fala, e as discussões de Luís Marcuschi(2001, 2007), Gerd Santos(1982) e Michael
Stubbs(1986), a respeito da Oralidade como prática social, além da recomendação dos Parâmetros
Curriculares Nacionais(PCNs), sobre a necessidade de se trabalhar os gêneros orais em sala de aula.
Os resultados encontrados, a partir desta pesquisa, revelam que os livros didáticos ainda tratam a
Oralidade de maneira secundária, destinando espaços mínimos para os exercícios propostos, e
mostram também que algumas atividades, apesar de ser intituladas orais, nada mais são do que
respostas às perguntas do texto trabalhado pelo livro. Ainda é demonstrado que os LDs priorizam
atividades escritas e dedicam um espaço maior para explicitar questões relativas a regras
gramaticais. Por fim, sugerimos uma sequência didática como proposta de exercício oral,
possibilitando assim o aperfeiçoamento da competência comunicativa.

ATIVIDADE DIDÁTICA PARA O ESTUDO DO


OBJETO DIRETO ANAFÓRICO:
PRODUÇÃO TEXTUAL, ANÁLISE LINGUÍSTICA E VARIAÇÃO

Josiane dos Anjos Guimarães Silva (UESC)

RESUMO

Os documentos oficiais para o ensino da língua portuguesa preconizam o trabalho pautado nos
gêneros, tendo como eixos principais as práticas de leitura, produção textual e análise linguística. É
preciso ter ainda a sensibilidade em considerar também a complexidade e heterogeneidade da língua
nos diversos fenômenos. As pesquisas sociolinguísticas atuais têm se dedicado a variação
linguística e suas implicações no processo de ensino e aprendizagem. Para a sociolinguística,
frequentemente existirão formas linguísticas em variação, isto é, formas que são usadas ao mesmo
45
tempo ou ainda formas que concorrem entre si. O objeto direto anafórico do português brasileiro,
por exemplo, ocorre como objeto nulo, SN anafórico, como pronome tônico de 3ª pessoa, além do
clítico acusativo. Essas ocorrências entram em conflito com o ensino tradicional da gramática
normativa, que considera somente o último exemplo como “correto”. Seguindo uma metodologia de
quantificação laboviana, Oliveira (2007) investigou a frequência quantitativa de preenchimento das
variantes do objeto direto anafórico em textos escritos por estudantes do ensino fundamental. Como
conclusão, percebeu-se que o objeto nulo (52%) foi a variante preferida para retomar um objeto
direto. Em segundo lugar, os alunos utilizaram o pronome tônico (23%); em terceiro, o clítico
acusativo (17%). A variante menos utilizada foi o SN anafórico com apenas 8% dos dados.
Entendemos que pesquisas como essas podem contribuir para melhorar a qualidade do ensino,
porque evidenciam a realidade linguística dos usuários da Língua Portuguesa, problematizando
questões que envolvam a prática docente e a diversidade linguística. Sendo assim, a partir do
resultado da pesquisa empreendida por Oliveira (2007), objetivamos apresentar uma sequência
didática para demonstrar que é possível estudar fenômenos linguísticos em sala de aula,
considerando-se os eixos da produção textual, analise linguística e variação. Nesse sentido, iremos
propor uma atividade pautada na metodologia da Sequência Didática (SD), conforme Dolz,
Noverraz e Schneuwly (2004). Pretendemos oferecer um trabalho com o gênero fábula para o 7º
ano do ensino fundamental, cujo enfoque principal será o uso da linguagem oral (ouvir, falar e
interagir) e escrita (leitura e produção escrita de texto), considerando a análise e reflexão sobre a
língua. A escolha do 7º ano se justifica por ser a série cujo currículo propõe o estudo dos
complementos verbais (objetos). A alternativa pelo gênero fábula é proposital por ser um gênero de
tipo narrativo que necessita atenção especial nas retomadas, para que os textos não apresentem itens
repetitivos na referência de termos. O trabalho com gêneros textuais, por meio de sequências
didáticas ampliam o conhecimento sobre a função social do texto, seu contexto de produção, sua
organização composicional, além de evidenciar suas marcas linguísticas, contribuindo efetivamente
para o letramento do educando.

A LINGUAGEM NAS REDES SOCIAIS

Ana Caroline Oliveira Souza (Colégio Batista Taylor-Egídio)


Jésica Santos Almeida (Colégio Batista Taylor-Egídio)
Hildacy da Silva Mota Dias (UESB/Colégio Batista Taylor-Egídio)

RESUMO
O presente trabalho objetiva apresentar reflexões críticas sobre a linguagem nas redes sociais. A
linguagem vem se modificando a cada dia, devido o uso nas redes sociais. Estamos vivendo a era da
globalização, um momento cheio de tecnologias e a marca disso é a velocidade com que as
informações se propagam. Diante disso, percebemos que as formas de comunicação passaram a ser
rápidas e práticas e a língua percorreu o mesmo caminho, tornando-se direta e objetiva. A sociedade
onde vivemos tem exigido agilidade na comunicação. Por esse motivo, recorremos ao meio de
comunicação mais fácil, a internet. A internet é um misto de informações, e com isso se tem criado
uma linguagem própria para se utilizar nesse meio, uma linguagem mais dinâmica onde as pessoas
se comunicam de acordo com a oralidade e isso vem gerando grandes polêmicas na sociedade. Por
isso, a língua vem sofrendo constantes modificações no aspecto semântico-lexical, decorrente do
surgimento das variedades dialetais na web. Para realização desta pesquisa decidimos
metodologicamente pela pesquisa qualitativa do tipo etnográfica porque fomos ao encontro de
jovens adolescentes para saber do seu convívio com a internet e a linguagem utilizada nessas redes.
Amparamo-nos teoricamente, dentre outros, nas questões fundamentais para o estudo da linguagem
nas redes sociais de teóricos como: no ensino da gramática (TRAVAGLIA, 2009) e (JUNIOR,
2009) a relação entre a internet e os novos gêneros textuais. Os resultados da nossa pesquisa são
46
parciais, mas revelam uma tendência linguística a uma comunicação não formal da língua, um
usuário competente da língua materna, de sua gramática interna, e de alguns usuários competentes
da norma culta exigida em determinados lugares de fala e, sobretudo, da demanda de interação
comunicativa que exige a compreensão e a produção de textos quer como leitor, ouvinte, falante ou
escritor.

ESTUDO LINGUÍSTICO SOBRE OS FALARES REGIONAIS E SEUS VARIANTES


PRESENTES NA MUSICA “TIRANA” DE ELOMAR FIGUEIRA MELLO

Anselmo Nascimento (UESB)


Camila Aguiar (UESB)
Josineide Mello (UESB)
Narailma Santanta (UESB)
Manoel Sena (UESB)

RESUMO

O objetivo geral deste trabalho é abordar uma análise referente aos diferentes falares brasileiros, bem
como uma pesquisa sobre as diversidades linguísticas presentes na música Tirana do cantor e compositor
Elomar Figueira Mello cuja vida e a obra também foram estudadas. Tendo como base os trabalhos de
Darcília Simões (2006), analisamos linguisticamente o fenômeno de variação nos seguintes casos: Inriba,
U’a, Pissui, Fazeno, Cuano e Dexei. Unidade vocabular: inriba, forma padrão: em riba (cf. em cima de),
fenômeno fono-ortográfico: aglutinação + metafonia da vogal pretônica; explicação do fenômeno:
metafonia também chamada dilação vocálica é um tipo particular de assimilação, uma vez que só
intervêm vogais e estas não são contíguas. Unidade vocabular: u’a, forma padrão: uma, fenômeno fono-
ortográfico: distinção gráfica da vogal nasal e da vogal nasalizada; explicação do fenômeno: a vogal nasal
distingue significados na língua (como em canto & cato); a vogal nasalizada é uma mera variante fônica,
em que a impressão de abafamento nasal não gera fonema, não influi na significação (como em lama,
dama, muito). [JMB, 1994]. Unidade vocabular: pissui, forma padrão: possui, fenômeno fono-ortográfico:
assimilação parcial do /o/ pelo /u/; explicação do fenômeno: tipo de modificação que um fonema sofre
por estar em contato com um fonema vizinho, do qual adquire traços articulatórios e ao qual se torna mais
semelhante; coarticulação [Representa economia de movimentos articulatórios e desempenha papel
importante na mudança linguística.] [Houaiss, s.u.]. Unidades vocabulares: fazeno e cuano, formas
padrões: fazendo e quando, fenômeno fono-ortográfico: síncope; explicação do fenômeno: síncope é
perda de substância fônica no interior do vocábulo. Neste caso, dá-se a redução da marca morfêmica do
gerúndio nd para n- (escreveno por escrevendo); (Mattos e Silva, 1997: 57). Unidade vocabular: dexei,
forma padrão: deixei fenômeno, fono-ortográfico: monotongação; explicação do fenômeno: simplificação
de ditongos românicos (Silva Neto, 1956: 102) por assimilação total da semivogal à base. Em virtude do
que foi observado, este trabalho é de suma relevância educacional e, sobretudo social, pois ao estudarmos
os falares regionais, especialmente nos estados nordestinos e ao estabelecermos rápidas considerações da
sociolinguística no sentido de valorizar as variantes regionais na ambiência escolar, fazendo com que
essas variações sejam vistas não como algo exótico, diferente, ou “errado”, em alguns casos, mas como
parte do todo que constitui nossa língua. Assim, as múltiplas variações observadas no sistema linguístico
ocasionadas por diversos fatores linguísticos e extralinguísticos dão uma ideia multicolorida da língua,
realçando seu caráter maleável, diversificado. Tal imagem corresponde a uma realidade evidente e
desconhecê-la ou não levá-la em consideração o suficiente, significa ter uma concepção mutilada da
língua.

ESTUDO SOBRE OS FENÔMENOS LINGUÍSTICOS PRESENTES NA POESIA AI! SE


SÊSSE, DO POETA ZÉ DA LUZ

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Ângela Souza Silva (UESB)
Camila Teixeira Garcia (UESB)
Gabriela Machado Silveira (UESB)
Jeandson Palma Oliveira (UESB)
Laiana Brito Silva (UESB)

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar o estudo da vida e obra do poeta Severino de
Andrade Silva, mais conhecido como Zé da Luz, realizado pelos (as) graduandos em Licenciatura
em Letras na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB. O intuito principal do presente
trabalho é estudar os fenômenos linguísticos ocorridos no português brasileiro, tendo como material
de análise a poesia Ai se sêsse, embasando-se, teoricamente, no estudo do trabalho de Darcila
Simões (2006). A partir da poesia, destacamos algumas variantes para serem analisadas, sendo elas,
as palavras: Nois, Juntim, Drumisse, Assubisse e Tulice. A primeira unidade vocabular destacada,
Nois, a qual possui sua forma padrão correspondente ao vocábulo Nós, sofre um fenômeno fono-
ortográfico chamado de Epêntese, que consiste no acréscimo de uma vogal no interior da palavra. A
unidade Juntim, forma padrão Juntinho, sofre um fenômeno fono-ortográfico caracterizado pela
despalatalização do seguimento mediante a assimilação com o segmento anterior. Na palavra
Drumisse, forma padrão Dormisse, ocorre um fenômeno fono-ortográfico conhecido como
Metátase, no qual há uma mudança de um fonema para outro lugar na sílaba. A unidade vocabular
Assubisse, forma padrão Subisse, sofre um fenômeno fono-ortográfico chamado de Prótese, que
incide em um acrescentamento de um fonema no início do vocábulo. O último vocábulo analisado
corresponde à Tulice, forma padrão Tolice, no qual ocorre um fenômeno fono-ortográfico
conhecido como Metátase, que sofre uma mudança de um fonema para outro lugar na sílaba. Deste
modo, este trabalho tem grande relevância no âmbito cultural, educacional e social, pois, além de
resgatar a memória e obra do poeta Zé da Luz, um marco na representatividade da cultura
nordestina, também busca chamar atenção para a diversidade linguística presente no Brasil,
enfatizando que não há diferenciação de falares “ricos ou pobres” ou variantes regionais “melhores
ou piores”, “bonitas ou feias”. Sendo assim, o consideramos um trabalho libertador, que
conscientiza a população, e o meio acadêmico, através de pesquisas científicas que comprovam a
pluralidade do falar brasileiro.

ANÁLISE DE FENÔMENO LINGUÍSTICO NA OBRA DE XANGAI

Claudelice Carvalho (UESB)


Debora Amaro (UESB)
Ednalva Santos (UESB)
Gecilda Luz (UESB)
Meirilande Souza (UESB)

RESUMO

O presente estudo sobre análise linguística teve como objetivo geral analisar a obra de Eugênio
Avelino, popularmente conhecido como Xangai, cuja vida e obra foram contextualizada. Este
trabalho foi de extrema importância para examinar os diferentes falares brasileiros visto que, há
uma pluralidade de falares em nosso país ocorrido pelo processo de colonização. Tomamos para
estudo a letra da música ABC do preguiçoso, de autoria desconhecida, mas interpretada
primeiramente por Xangai e, com base nos trabalhos de Darcília Simões, em seu livro
“Considerações sobre a fala e a escrita fonologia em nova chave”, (2006), analisamos
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linguisticamente o fenômeno da variação dos seguintes casos: Alevanta - forma padrão: levanta,
esse é o fenômeno fono-ortográfico chamado Prótese que é o acrescentamento de fonema no início
do vocábulo; Procê - forma padrão: para você, o fenômeno linguístico que acontece nesse vocábulo
é a juntura inter vocabular ou sândi que (vem de “sandhi”, da antiga gramática hindu, termo que
significa “colocar juntamente”), ocorre em fronteira de duas palavras; Entonce forma padrão: então,
o fenômeno linguístico é paragoge que é adição de segmento final; Nóis forma padrão (nós)
fenômeno linguístico é epêntase que significa acrescentamento de fonema no interior da vogal;
Bassora forma padrão: vassoura, o fenômeno linguístico é a sonorização (ou abrandamento) é o
caso em que o som surdo /v/ torna-se sonoro /b/. A realização desse trabalho foi de extrema
relevância tanto educacional quanto social, pois tornou-se um instrumento libertador, nos
permitindo conhecer a estrutura e o funcionamento da língua e nos levou a compreender
cientificamente os fenômenos linguísticos bem como as explicações lógicas desses falares
diferentes.

ABC DO SERTÃO

Izana Caires Melo (UESB)


Lívia da Guarda Araújo (UESB)
Maria Beatriz Duarte Miranda (UESB)
Marta Luiza Sampaio Meira (UESB)
Tainá Santos Oliveira(UESB)

RESUMO

O presente trabalho sobre análise linguística consiste em apresentar o estudo dos fenômenos
linguísticos presentes na obra do autor Luiz Gonzaga, cuja vida e a obra também também foram
estudadas, com o intuito de analisar as variações linguísticas existentes dentro do território
brasileiro. Para tal, foi utilizada a letra da música “ABC do Sertão” e a análise realizada a partir dos
trabalhos de Darcilia Simões (2006), foi fundamental para analisar linguisticamente (observando,
também, os fatores extralinguísticos: social, geográfico e histórico-cultural), os fenômenos
variacionais dos seguintes casos: a unidade vocabular “pros” que corresponde à forma padrão “para
os” e em relação ao fenômeno fono-ortográfico equivale à “juntura intervocabular” ou “sândi” que
ocorre em fronteira de duas palavras; a unidade vocabular “lê” que corresponde à forma padrão
“ler” e em relação ao fenômeno fono-ortográfico equivale à “apócope” que é o apagamento do
seguimento final, produzindo formas apocopadas; a unidade vocabular “pissilone” que corresponde
à forma padrão “ypsilon” e em relação ao fenômeno fono-ortográfico equivale à “assimilação” que
é um tipo de modificação que um fonema sofre por estar em contato com um fonema vizinho, do
qual adquire traços articulatórios e ao qual se torna mais semelhante. Em suma, foi um estudo de
grande relevância, pois fomentou a discussão e a percepção da riqueza que o pluralismo linguístico
engloba e mostrou-se essencial para a formação de um caráter educacional e social enquanto
instrumento libertador.

ANÁLISE DA AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ORAL: TEORIA X PRÁTICA

Vilma Oliveira Da Silva (UESB)


Chaene de Souza Dias Araújo (UESB)
Vivian Antonino da Silva (UESB)

RESUMO

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A língua é o principal instrumento de comunicação e interação entre os seres humanos. A fala a que
a criança está exposta (input) é vista como importante fator de aprendizagem da linguagem, antes de
aprender a falar, a criança possui os primeiros contatos com a fala em seu meio familiar, neste
ambiente, ela aprende valores, crenças e normas que regem a sociedade e a cultura a qual estar
inserida. As primeiras tentativas das crianças em direção as narrativas, realizam-se com a mediação
do adulto como interlocutor, o amadurecimento das estruturas linguísticas ocorre aos poucos, com o
surgimento de novos campos de socialização, o qual permite a criança gradualmente assumir um
papel ativo e independente do adulto interlocutor, tornando-se um narrador autônomo e criativo. A
relação estabelecida entre os sujeitos e a realidade se faz sempre mediada pelo outro, pois por meio
da linguagem ocorre à interação entre os sujeitos, a comunicação, os conhecimentos e as relações
interpessoais. Com o intuito de compreender melhor, o que alguma teorias e teóricos discutem sobre
o desenvolvimento infantil no tocante ao processo de aquisição da linguagem, fez-se uma análise da
teoria em consonância com a prática mediante a observação/intencional de crianças no período da
aquisição da linguagem. Buscou-se observar crianças de diferente faixa etária, sexo, cultura, cor e
região, afim de constatarmos como esse processo ocorre nos mais variados episódios de infância.
Na análise, levou-se em consideração a vertente sociointeracionista que revaloriza os processos
básicos do diálogo, dividindo-os em três: Especularidade – identificação entre os sinais dos dois
interlocutores; Complementariedade – incorporação de parte ou de todo o enunciado, ou gesto, do
interlocutor - complementação criativa e Reversibilidade de Papéis - no qual parceiros do diálogo
assumem o papel do outro, instituindo-o como interlocutor. Esta pesquisa baseou-se em algumas
correntes teóricas, como a Behaviorista de Noam Chomsky, Cognitivismo de Jean Piaget e o
Sociointeracionismo de Lev Vigostki, além da influência de alguns pesquisadores, tais como:
Antonino (2008), Mussalim (2001), Scarpa (2001), Skinner (1957), Teixeira (1988 e 1995) e
Vigostki (1998). Com a análise, pode-se perceber o reflexo dos três processos básicos do diálogo,
no entanto, a maioria das falas foram marcadas pela especularidade e complementaridade. Isso
demostra que a criança fala ainda com algumas limitações com referências a fala do adulto, não
equivale ao fato dela não saber falar, mas sim devido ainda está construindo suas hipóteses acerca
da língua utilizada em seu meio. Com este estudo, passamos a compreender o processo de aquisição
da linguagem, reconhecendo que neste percurso cada pessoa possui um tempo, o qual precisa ser
respeitado.

AUTISMO EM FOCO: UMA REFLEXÃO SOBRE A INCLUSÃO DO AUTISTA NA


ESCOLA

Geronice Lima Santos (UESB)


Rosana Ferreira Alves (UESB)

RESUMO

Este estudo busca refletir sobre a inclusão do autista No espaço escolar em que se procura averiguar
como ocorre o processo de aprendizagem dos envolvidos e inseridos em instituições de ensino da
rede básica. O objetivo deste estudo é evidenciar os mecanismos de escolarização de alunos autistas
a partir do suporte especializado realizado pelo profissional mediador da ação pedagógica, neste
caso, o professor. O método utilizado para realização desse estudo consistiu na pesquisa
bibliográfica, ou seja, na leitura de livros, jornais, revistas, artigos online etc. que nos subsidiaram
com elementos teóricos para construir o estudo em questão. No que refere às questões da inclusão,
destacaram-se grandes iniciações nos espaços escolares e sociais, necessitando de maior efetivação,
no que tange a políticas nacionais de inclusão, devendo ocorrer a partir da adequação destes
ambientes, qualificação profissional dos envolvidos no processo de escolarização, capazes de
propiciar ao autista, subsídios de desenvolvimento cognitivo da aprendizagem, da linguagem e da
interação social destes indivíduos não só na escola, mas em toda sociedade. As conclusões indicam
50
que existe necessidade de apropriação do saber lidar com as dificuldades dos alunos autistas pelos
professores, havendo assim, a emergente necessidade de se estabelecer estratégias de formação
continuada e apropriação de ações de trabalho que auxiliem a estes de modo a proporcionar o
avanço no seu desenvolvimento em seus vários aspectos. Assim sendo, este estudo se estrutura com
intenções pré-estabelecidas que é de colaborar com as discussões que envolve o fenômeno do
transtorno do espectro autista, visando com isso, tornar mais claras este assunto que, atualmente tem
sido amplamente debatido, principalmente nos meios acadêmicos, tendo em vista, estes indivíduos
encontrarem-se inseridos no contexto escolar.

GT2: PRÁTICAS ORAIS EM SALA DE AULA – DA PESQUISA TEÓRICA


AO LIVRO DIDÁTICO
Coordenador: André Luiz Faria (UESB)

RESUMO

O objetivo do GT é ressaltar a importância das práticas orais nas aulas de língua portuguesa, fazendo
reflexões a partir de aspectos que dizem respeito à justiça social e ao respeito aos direitos humanos.
Relacionamos o tema direitos humanos à oralidade por acreditarmos que tais direitos abrangem a
valorização da igualdade na diferença por meio de diálogos que envolvem alunos, professores e toda
comunidade escolar. As ideias que embasam as pesquisas do grupo estão vinculadas às discussões
realizadas no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Letras da
UESB, através do subprojeto “O continuum língua oral – língua escrita no ensino fundamental”,
realizado em duas escolas municipais da cidade de Jequié, na Bahia. O referido subprojeto discute a
controvérsia oralidade versus escrita, vistas como ações dicotômicas. Nesta primeira etapa,
desenvolvemos e elaboramos ações metodológicas que foram aplicadas em oficinas, cujos resultados
serão apresentados nas exposições orais realizadas pelos membros do grupo. Usando como
fundamentos teóricos Marcuschi (2001), Elias (2011), Bentes (2007), Fávero, Andrade & Aquino
(2005), Crescitelli (2011), Reis (2011), Magalhães (2012), Cyranka (2012) e Milanez (1993), entre
outros, pretendemos atestar que questões da fala pública são transpassadas por questões de natureza
política e ideológica.

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

A IMPORTÂNCIA DA ORALIDADE E A INEFICÁCIA DO TRABALHO COM


GÊNEROS ORAIS NA ESCOLA

Camila Aguiar (UESB/PIBID)


Jaqueline Souza de Jesus (UESB/PIBID)
Orientador: André Luiz Faria

RESUMO

O objetivo deste trabalho é fazer uma análise sobre a importância das práticas de oralidade na
escola, com a finalidade de desenvolver o domínio discursivo dos alunos, domínio segundo o qual
se estende desde a uma conversação informal até uma mais formal. Tendo como base os trabalhos
de Lucia Furtado de Mendonça Cyranka e Tânia Guedes Magalhães (2012), iniciamos uma breve
discussão acerca do exercício da oralidade em sala de aula, enfatizando as possíveis limitações
enfrentadas pelos alunos, como, por exemplo, o silenciamento e a resistência do corpo docente em
trabalhar com recursos relacionados à oralidade. Em virtude das exigências de uso da modalidade
oral, é preciso levar em conta a relação fala/escrita, pois estas se entrelaçam num “continuum” que
51
aborda novas perspectivas, apresentando a hipótese de que existem mais semelhanças que
diferenças entre estas duas modalidades. De acordo com as novas tendências de estudo nessa área,
não se pode mais tratar a fala e escrita de maneira estanque e rígida. Estas devem ser vistas dentro
de um quadro mais amplo das práticas sociais e dos gêneros textuais. O fato é que as práticas de
oralidade, como, por exemplo, debates, seminários e entrevistas, não ocupam lugar de grande
importância nas metodologias adotadas e, quando são trabalhados, os resultados são considerados
insignificantes e normalmente desconsiderados, porque este gênero é usualmente abordado como
um item de menos valia no âmbito escolar. Além disso, é preciso refletir sobre a variação linguística
e desenvolver as capacidades cognitivas do aluno, conduzindo-o a perceber as possíveis adequações
de uso, bem como combater preconceitos relacionados ao comportamento e à linguagem humana.
Em virtude do que foi observado, este trabalho é de suma relevância educacional e, sobretudo
social, visto que ao estudarmos a oralidade como uma ferramenta fundamental em sala de aula,
acreditamos contribuir para a formação de indivíduos ativos, críticos e cientes de suas opiniões,
desenvolvendo neles competências que os levariam a transitar nos diversos níveis discursivos de
nossa sociedade.

PRÁTICA DE OFICINAS COM ORALIDADE

Ângela Souza Silva (UESB/PIBID)


Thaís dos Santos Nascimento (UESB/PIBID)
Orientador: André Luiz Faria

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar as experiências das oficinas promovidas por
intermédio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID -, subprojeto de
Letras do ensino fundamental, concretizado na Escola Municipal Stela Câmara Dubois, realizado
pelas graduandas Ângela Souza Silva e Thaís dos Santos Nascimento do curso de licenciatura em
Letras da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), campus de Jequié, com desígnio de
efetivar a oralidade como uma nova abordagem para a inserção do texto oral no âmbito escolar, sem
deixar de considerar a importância do contínuo existente entre a oralidade e escrita. Em vista disso,
tivemos nosso trabalho embasado teoricamente nos textos- Oralidade e escrita- de Marcuschi e- O
Ingresso do texto Oral em Sala de Aula – de Mercedes Cunha e Amália Salazar Reis. Dessa forma,
como método de realizar a aplicação da oficina, disponibilizaram-se pressupostos dinâmicos que
poderiam aproximar a atenção dos alunos para atividade. Então, os alunos foram orientados a se
unirem em duplas e produzirem histórias em quadrinhos com temas livres, apoiando-se na
criatividade a partir dos mecanismos da produção escrita e da imagem para supostamente suas
reproduções orais serem gravadas. Notadamente, a partir desse trabalho, foi possível observar que,
apesar dos alunos demonstrarem em seus textos escritos marcas de variações dos usos linguísticos
em seus cotidianos, ao saberem que estavam sendo gravados, esforçaram-se na tentativa de
organizarem os seus discursos, evidenciando assim que o termo oralidade não se traduz apenas pela
fala, mas pelos mecanismos de organização que são utilizados através desse objeto da língua para
obter o resultado esperado por aquele que o utiliza. Portanto, a importância de trabalharmos com
inserção da oralidade deverá ser aplicada de modo a considerar que deve haver um equilíbrio com a
escrita, pois, ao desenvolver as habilidades linguísticas, não se deverá valorizar uma em detrimento
da outra, mas um parâmetro para a formação dos estudantes de língua portuguesa que poderão
desenvolver de forma competente o uso da língua.

PENSANDO EM ORALIDADE PARA A SALA DE AULA

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Maria Estela Sousa Gomes (SUPERVISORA PIBID/UESB)
Maria de Fátima Nunes (SUPERVISORA PIBID/UESB)
Orientador: André Luiz Faria

RESUMO

O presente trabalho Pensando em oralidade para a sala de aula traz uma breve análise da
modalidade oral que é trabalhada na escola. Há dois anos vem sendo realizadas oficinas em 2
horas/aulas com turmas dos 8º e 9º anos nos turnos matutino e vespertino nas Escolas Municipais
Adolfo Ribeiro e Stella Câmera de Dubois. No decorrer desse período, observamos o quanto o fazer
pedagógico voltado para a oralidade não é trabalhado de forma sistemática pela escola e o quanto é
fundamental para o desenvolvimento sócio intelectual do nosso aluno. Para melhor compreender
esse universo, realizamos leituras diversas sobre a temática. A partir daí analisamos a oralidade
como uma linguagem a que somos submetidos para inter-relacionar uns com os outros e a única da
qual não abdicamos durante a vida. Entretanto, promover a oralidade no âmbito escolar não é tarefa
tão simples, uma vez que vai desde a resistência, sileciamento e desmotivação dos alunos ao
comodismo, despreparo e desinteresse do professor. Contudo, é preciso criar estratégias de
aprendizagem em que o aluno desenvolva sua habilidade de fala. Assim, mesmo cientes das
inúmeras dificuldades em propiciar a todos uma participação efetiva nas atividades orais, os
bolsistas da Universidade Estadual do Sudoeste – Campus de Jequié - Subprojeto de Letras,
mostram-se empenhados para organizar e ministrar as oficinas em que a língua oral é utilizada
como uma relevante tarefa da escola, visto que essa modalidade visa à formação integral do aluno,
tornando-o mais participativo, pois, na maioria das vezes, demonstra timidez, medo de se expressar,
desmotivação, restando aos bolsistas à complexa missão de instigá-lo o tempo inteiro para participar
das mesmas com mais afinco. Nesse sentido, o aluno percebe que é integrante de uma sociedade e
que ele necessita constantemente rever sua atuação. Cabe à escola compreender que não se deve
apenas ensinar o aluno a ler e a escrever, é essencial instruí-lo a relacionar a diversas práticas
sociais. Para tanto, é primordial a inclusão da oralidade no plano de curso de todas as disciplinas e a
criação de projetos em que essa modalidade esteja mais presente. Sendo assim, é crucial adotar
estratégias que promovam um ambiente agradável e estimulante para que ele possa se expressar de
forma segura, proveitosa e enriquecedora juntos aos colegas. Acreditamos que as sequências
didáticas que envolvem a oralidade tornam-se instrumentos valiosos para a formação do cidadão,
sobretudo em suas relações socioverbais.

A IMPORTÂNCIA DA EXPERIÊNCIA DO PIBID NO DESENVOLVIMENTO DA


ORALIDADE: APRENDIZAGENS PARA FORMAÇÃO DOCENTE

Jéssica Rodrigues Souza (UESB/PIBID)


Taires de Jesus Costa (UESB/PIBID)
Orientador: André Luiz Faria

RESUMO

Este trabalho discute a importância da experiência do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação


à Docência (PIBID) na formação docente, consistindo numa proposta de apresentação sobre as
vivências das bolsistas durante a participação do projeto. Tem por objetivo geral mostrar as
aprendizagens que foram adquiridas através do programa, percebendo se de alguma forma este
contribuiu para que os alunos obtivessem uma outra visão sobre o que seria a oralidade. Além disso,
a inserção deste tema no contexto escolar, permite que o professor reflita o assunto sob a ótica de
um continnum em que tanto o texto oral como escrito fazem parte da modalidade da língua. O
53
estudo realizado contêm, como embasamento teórico, as recomendações dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (1998) sobre o trabalho com a oralidade na escola, a análise dos livros
didáticos Português - Língua Portuguesa 8º ano e 9º ano da coleção Para Viver Juntos, das autoras
Ana Elisa de Arruda Penteado, Eliane Gouvêa Lousada, Greta Marchetti, Heidi Strecker e Maria
Virgínia Scopacasa , Greta Marchetti, Heidi Strecker e Mirella L. Cleto, a análise das gramáticas,
Nova Gramática do Português Contemporâneo (2013), de Celso Cunha & Lindley Cintra, e
Moderna Gramática Portuguesa (2009), de Evanildo Bechara e as discussões de Marcuscki (2007)
entre outros autores que abordam a temática da Oralidade. A pesquisa foi desenvolvida por meio de
um estudo qualitativo em que se pretendeu a partir das observações feitas com a turma do 8 º ano B,
turno matutino, da Escola Municipal Adolfo Ribeiro, bairro São Judas Tadeu, do município de
Jequié-BA, verificar as aprendizagens que os educandos foram adquirindo durante o período de
convívio em sala de aula. Com relação ao tipo de pesquisa, esta foi de cunho bibliográfico, partindo
das leituras de livros, artigos científicos, e de periódicos. Já no que refere a prática escolar foram
utilizados questionários e as próprias discussões desenvolvidas em classe para que assim pudesse
ser observados quais assuntos mais instigavam os discentes a participarem das oficinas, bem como
suas respectivas sugestões de melhorias para as apresentações Assim, ao considerarmos o PIBID
como uma forma de preparar o graduando para carreira docente, acreditamos que a participação
neste programa se faz necessária para nossa formação como futuros professores, pois, através do
projeto, temos o contato direto com inúmeras realidades, possibilitando assim, repensar numa
prática que atenda às necessidades da turma trabalhada.

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GRUPOS TEMÁTICOS

LITERATURA

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GT3: LITERATURA, POESIA E CIDADE
Coordenador: Anisio Assis Filho (UESB)

RESUMO

As cidades guardam, na sua existência singular, outras cidades que ao passo que lhes completam,
apresentam uma diversa e antônima constituição repleta de outras: as cidades se escrevem e ajudam
a se compor. Sobre as cidades são forjados sítios de signos que captam variações quase
imperceptíveis de sua existência, mas que surgem e revelam-se mais duradouros e concretos (e
contrariamente, são também etéreos e movediços) que a própria cidade real. A lírica contemporânea
revela uma memória cultural capaz de redimensionar os espaços que construímos e eternizamos
pela paixão, desejo, deslumbramento, horror, fantasia, o que representa, ao mesmo tempo, a
ratificação e descoberta de objetos e experiências talvez só criados e oferecidos nas cidades, por
conta da sua organização, estratificação, falares, regras, códigos reivindicados exclusivamente ao
mundo citadino, cuja palavra e sentido da vida urbana são catalisadas pelo eu poético e solitário das
cidades, “numa linguagem ora obscura e de fascinante desconcerto, ora misteriosa e enigmática”(
FRIEDRICH, 1991). Esta proposta de Grupo Temático objetiva trazer à discussão questões que
flexionam sobre a representação da cidade presente na poesia brasileira cuja produção cria uma
série de imagens, a exemplo das cidades monumentais e seu caráter oscilante, de “atemorizar e
assustar aquele que a olhava”, “expressar poder” e causar – a partir “de todos os recursos da arte” –
“um terror respeitoso”, como nos diz Mumford (1998); a cidade como antinomia do campo
(WILLIAMS, 2001), das (grandes) estruturas anti-orgânicas, produções anti-naturais, dos
monumentos e emblemas (muros, muralhas, torres, igrejas, arranha-céus, shoppings, parques
centrais) que a auto-representam; ou as cidades transitórias (não-monumentais), concebidas pelo
olhar do passante, pelo viajante que transita a urbes (BENJAMIN, 1989), pelo simples
deslocamento, pelos transportes e confecção discursiva dos percursos e/de espaços urbanos
(CERTEAU, 1994), captada dos “não-lugares” (AUGÉ, 2010); ou a cidade racionalista, centrada
em valores burgueses/capitalistas; a cidade labiríntica, “dos becos-sem-saída, onde se ouvem vozes
dissonantes e marginais, polis perversa em que os vícios tem lugar, os corpos se vendem, a
insubmissão reina, alheia, muito alheia à medida” (ALVES, 1998), uma cidade obscura (como o são
os labirintos), desertificada e com uma população canhestra à ordem, de densidade demográfica
trágica, formada por traficantes e viciados, cafetões e prostitutas, ladrões e receptadores, uma
miscelânea de corrupção e conflito, uma cidade labirinto de textos que “remete a outro, que por sua
vez conduz a um terceiro, e assim sucessivamente”, uma cidade feita pelo discurso, para confundir,
desorientar (GOMES, 2008). Ou ainda, a cidade ideal dentro da real, onde aquela “nada mais é que
um ponto de referência em relação ao qual se medem os problemas” desta, a qual, conclui Argan
(2005), “pode, sem dúvida, ser concebida como uma obra de arte que, no decorrer da sua
existência, sofreu modificações, alterações, acréscimos, diminuições, deformações, às vezes
verdadeiras crises destrutivas”, e cuja construção resgatam, entre tantas coisas, a cidade da
nostalgia (da natureza, da infância, dos vultos), a cidade da cidadania cultural(das festas de largo,
dos espetáculos e suas casas, dos bares) a cidade dos sonhos.

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

A URBE SEDUTORA: UMA ANÁLISE DO COMPLEXO METAFÓRICO MULHER-


CIDADE-ÁGUA EM JOÃO CABRAL DE MELO NETO

Edelvito Almeida do Nascimento (UESB)

56
RESUMO

O estudo aqui apresentado centra-se na maneira como João Cabral de Melo Neto constrói um
complexo metafórico em torno dos símbolos cidade, mulher e água, apontando para a busca de uma
unidade primordial. Nesse complexo, a cidade de Sevilha e a amada fundem-se amalgamadas pelo
sentido de liquidez. Esse complexo pode ser observado desde o primeiro livro de João Cabral,
Pedra do sono (de 1942), passando por outros como Fábula de Anfion (de 1947), O cão sem plumas
(de 1950), O rio (de 1953) e Morte e vida severina (de 1956). Mas nesses livros a ocorrência é
bastante dispersa. Apenas em Sevilha andando (de 1990), livro em torno do qual se estabelece
nossa análise, a metáfora surge plenamente. A presente comunicação é parte na discussão que
apresentamos num dos capítulos da dissertação que defendemos no mestrado em Estudos Literários
da Universidade Estadual de Feira de Santana, em 2014. Naquele trabalho, pudemos iniciar pelo
conceito de modernidade e, mais precisamente, de lírica moderna (em que se situa a obra de
Cabral), apontando para a presença do tema da metrópole na poesia, apresentando, assim, esse
momento histórico como uma modernidade dessacralizada. A seguir, expusemos como a poesia, a
seu modo, opera, nas palavras de Roberval Pereyr (2012), evocando Ernst Cassirer, uma
ressacralização da linguagem, sustentada em elementos dos mitos, do sonho e da magia. Fizemos,
em seguida, um breve estudo de como a busca pela unidade primordial, por meio do complexo
metafórico, está presente em vários livros do Poeta João Cabral de Melo Neto. A dissertação é
encerrada com uma análise do livro Sevilha andando (1990), onde a cidade, a mulher e a água se
combinam de modo a fazer ressurgir os elementos de uma suposta linguagem primeira. Fazemos
aqui uma breve apresentação dos resultados obtidos naquele estudo, enfocando, principalmente, a
análise que fizemos na parte final da dissertação. Assim, mostramos como, no livro Sevilha
andando, se opera o complexo metafórico do qual fazem parte os elementos cidade, mulher e água.
Antes, porém, observamos, na poética de João Cabral algumas, ocorrências anteriores de paisagens
da cidade de Sevilha, visto que, a partir de determinado ponto de sua obra, o poeta demonstrou uma
verdadeira fixação pela ligação Pernambuco-Espanha. Para conceituar melhor essa fixação,
indicamos ainda como se opera nessa temática o elemento erótico. Em seguida, partimos para o
objetivo em si (o complexo metafórico mulher-cidade-água) por meio da análise de alguns poemas
de Sevilha andando.

O TRIUNFO DA ESCRITA A PARTIR DAS NULIDADES: IMAGENS DA CIDADE NA


POESIA DE WALY SALOMÃO

Vanessa Caroline Silva Santos (UESB)


Anísio Assis Filho (UESB)

RESUMO

O seguinte estudo investigativo desenvolve-se a partir da obra Me Segura Qu’eu Vou dar um Troço,
do autor Waly Salomão, onde irá expor aspectos referentes à imagem da cidade presentes na obra
que apontem para a ocorrência do porte/consumo/uso de psicoativos ilícitos como mola propulsora
da produção literária do autor. Para isto, utiliza-se dos conceitos de imagem como cifra de condição
humana e conciliadora de opostos no poema enquanto tensão (PAZ, 1996), e da cidade enquanto
protetora e repressora agindo no sentido de reprimir os sujeitos que representem ameaça à dinâmica
social da cidade (ROLNIK, 1995) e nas palavras de Philippe Willemart “Contrariamente ao que se
pensa, a escritura literária não representa o escritor”. Enquanto resultado, apresentam-se os
dispositivos repressores e as instituições de poder. A partir disso, a ocorrência do claustro na vida
de Waly Sailormoon será o ponto de partida deste flanar escrito pelas imagens da cidade onde “a
57
construção de instituições fechadas e isoladas procura confinar, sob vigilância permanente, uma
população marginal que desafia e ameaça a fluidez da máquina-cidade” (ROLNIK, p. 61).

REALIDADE E PROCESSO DE CRIAÇÃO POÉTICA


(MULHER PROLETÁRIA - JORGE DE LIMA)

Raimundo Lopes Matos (UESB)

RESUMO

Trata-se de uma leitura da realidade como elemento influenciador do processo de criação poética no
aspecto geral e, em especial, no contexto específico do segundo momento do movimento
modernista brasileiro - 1930 a 1945 -, conhecido como Fase de Construção ou como Fase
Ideológica, num instante em que o País estava submetido a práticas políticas, entendidas por voz
militantes políticas e ideológicas como sendo nazifascistas. A opção pelo tema foi motivada pela
relação próxima entre realidade e poesia e por ambas estarem inter-relacionadas e/ou imbricadas,
considerando-se o papel social da mensagem poética como um produto do poeta, o qual é um ser
político e com responsabilidades sociais; além disso, por ser o autor um dos expoentes da segunda
geração modernista brasileira, geração esta que tinha como um dos seus focos a construção
ideológica num contexto em que o homem brasileiro e, especialmente, o paulistano, era explorado
pelo sistema capitalista crescente, nos termos em que insinua o poema em análise. A leitura tem
como objetivo ressaltar a imbricação da realidade com a poesia e desta com aquela, tomando, como
exemplo, o Brasil no período histórico supracitado. Como embasamento teórico, inicia-se com o
próprio poema “Mulher Proletária” do poeta modernista e alagoano Jorge de Lima, cujo texto
apresenta a mulher como fornecedora de “anjos” para o Senhor Jesus e “braços” para o senhor
burguês, linguajar indicial, em terminologia semiótica, de um discurso marcadamente ideológico e
identificado com o contexto de então; são usados, também, estudos da história literária brasileira,
bem como a semiótica peirceana. Quanto à metodologia adotada, parte-se de uma leitura ampla e
profunda do texto escolhido à luz do referencial teórico mencionado. Quanto à conclusão, o
trabalho se apresenta como um contributo aos estudos literários e conclui que a poesia, se sentido
lato e no escopo do poema em apreço, está influenciada e comprometida com a transformação
social e com o seu momento histórico.

UMA LEITURA À LUZ DA SEMIÓTICA DO TEXTO CIDADE AUTOMEDICADA

Criscilene Pereira Santos (UESB)


Erivaldo Souza Andrade (UESB)

RESUMO

Trata-se de uma abordagem à luz da semiótica peirceana com suas fases de construção:
primeiridade, segundidade e terceiridade. “Cidade automedicada”, do livro A cidade nossa de cada
dia, de autoria de Raimundo Matos. O trabalho se justifica por comparar o corpo humano com o
corpo citadino, mostrando que, da mesma maneira que o corpo humano automedicado poderá sofrer
consequências danosas e prejuízos irreparáveis ao seu bem-estar, e bem como da sociedade, uma
cidade sem gestores eficientes e com ações eficazes, motivará a cada morador agir ao seu bel prazer
comprometendo os espaços geográficos e sociais, por exemplo. Quanto ao objetivo pretende-se
comparar a existência, “manutenção e administração” do corpo humano com a administração da
cidade. No tocante ao referencial teórico, o trabalho vem com respaldo da semiótica nos termos de
Maria Lúcia Santa Ella Braga, de Raimundo Lopes Matos, bem como abordagens atuais da mídia
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jornalística sobre a importância, o cuidado e a vivência da cidade. Sobre a metodologia, valeu-se da
investigação de contos literários e com abordagens interdisciplinares sobre literatura e cidade; a
leitura do texto cidade automedicada à luz das discussões atuais sobre as condições em que se
encontram nossas cidades e alguns questionamentos feitos para com as pessoas, que se
automedicam tentando solucionar o seu problema sem pensar nas consequências que trará a si
mesmo e consequentemente à família, estendendo-se à sociedade em geral. Após investigação feita,
observou-se, que o autor trata da importância do cuidado e responsabilidades com os aspectos
sociais administrativos, que estão no interior da cidade, como objeto de valor para a sociedade da
mesma forma em que, a conservação do corpo deve ser feita com a orientação de um profissional da
saúde. Conclui-se que, dada a importância e necessidade que temos de cuidar com
responsabilidades do nosso corpo para o nosso bem-estar, deve-se cuidar também com
responsabilidade do espaço de vivência social neste caso a cidade. Esta pesquisa, apesar de
modesta, pretende ser uma contribuição valiosa às áreas literária, cultural e social.

GT4: MEMÓRIA E REGIONALISMO LITERÁRIO


Coordenador: Domingos Ailton (UESB)

RESUMO

Este Grupo de Trabalho contempla estudos sobre a influência da memória individual e coletiva e do
regionalismo na produção literária baiana e brasileira. O texto literário é um monumento, um lugar
de memória no qual se lê o imaginário de um período, cuja crítica será também a expressão de um
conjunto de representações coletivas. Antônio Candido ao se reportar à obra rosiana, afirma que o
texto de Guimarães Rosa está “solidamente plantada no que se poderia chamar a universalidade da
região” (CANDIDO, 2006), o que representa uma “direção contrária à histórica insistência em
separar o regional do universal como se os dois fossem categorias opostas, especialmente como se a
boa obra de arte necessitasse rejeitar seu status regional para adquirir certa atemporalidade”
(PELINSER, 2014). Representativas obras literárias brasileiras são documentos da memória cultural
e expressam a singularidade da diversidade regional do Brasil.

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

A IMPORTÂNCIA DA MULHER NO CANGAÇO: ANÉSIA CAUAÇU

Talita Cordeiro Rocha

RESUMO

Este resumo faz parte de um trabalho de conclusão de curso. O objetivo é analisar a história de
Anésia Cauaçu, uma das mulheres pioneiras no Cangaço baiano. A historiografia tradicional no
cangaço privilegiou nos seus estudos os homens, apesar das mulheres estarem presente em seu
meio. Estas começaram a entrar no cangaço em meados do século XIX e início do século XX. As
novas abordagens historiográficas têm refletido sobre a importância da mulher dentro do Cangaço.
Sendo assim, esse estudo se insere neste debate, que compreende as formas de transgressões das
mulheres em uma sociedade machista. Deste modo, Anésia Cauaçu que nasceu na região baiana de
Jequié e entrou para o Cangaço no final dos oitocentos, representa na história, uma mulher que
desafiou as imposições nos lugares femininos, obtendo um papel relevante no Cangaço. Através de
um levantamento bibliográfico, no qual envolverá Domingos Ailton Ribeiro de Carvalho e outros,
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pretende-se contribuir para os estudos do cangaço, gênero e entender o cotidiano de mulheres
“comuns”, mas que foram revolucionárias em suas escolhas.

TRADUÇÃO INTERSEMIÓTICA COMO UM RECURSO DA ADAPTAÇÃO E


CONSERVAÇÃO DA CULTURA POPULAR EM HOJE É DIA DE MARIA, DE CARLOS
ALBERTO SOFFREDINI

João Gabriel Carvalho Marcelino

RESUMO

Este trabalho tem o objetivo de estudar a relação da tradução intersemiótica como um recurso para a
conservação da memória cultural de um povo, observando na obra Hoje é dia de Maria (2005),
baseada na obra de Carlos Alberto Soffredini, como a teoria da adaptação é evidenciada na obra
para transmitir os poemas e elementos culturais do folclore e da cultura popular brasileira. Para esse
fim, serão observados também elementos do estilo e do trabalho do teatrólogo Carlos Alberto
Soffredini, assim como a estética e os recursos utilizados na adaptação do trabalho do autor e que
foram empregados por Luís Alberto de Abreu e de Luiz Fernando Carvalho na tradução entre texto
escrito e audiovisual; nesse sentido observaremos também a influência das técnicas de produção
coletiva que são aplicadas na tradução intersemiótica, e também a adaptação da pesquisa cultural no
aspecto cientifico para o texto literário. Este estudo é de cunho explicativo uma vez que busca
evidenciar como a tradução intersemiótica pode ser um recurso da conservação da cultura e da
memória popular, utilizando para isso a metodologia da pesquisa de revisão bibliográfica. Para esse
estudo utilizam-se os trabalhos de Linda Hutcheon (2013), Julio Jeha (2004), Marcel Álvaro de
Amorim (2013), Luís da Câmara Cascudo (2002), Adélia Nicolete (2004), Renata Soffredini
(2010), entre outros. Com essa pesquisa observou-se a utilização da pesquisa cultural no teatro
mambembe, resgatando o estilo, as técnicas e a forma de exposição utilizada no teatro popular, que
são também um meio de divulgação e propagação do folclore e da cultura popular em uma forma de
mídia antes oral, e no caso do corpus desse estudo, na mídia audiovisual. Portanto a pesquisa
apresenta a utilização do recurso da intersemiose a relacionando com a fluidez cultural, observando
as adaptações que as narrativas orais sofrem entre as diferentes mídias e as diferenças de período
cultural e temporal.

REIFICAÇÃO E METAMORFOSE: A INVASÃO DO OUTRO NO UNIVERSO DE PAULO


HONÓRIO EM “SÃO BERNARDO” DE GRACILIANO RAMOS

Roseli Meira Gomes Rocha (UNEB)

RESUMO

Esta proposta de trabalho visa analisar o mecanismo de “reificação” empreendido por Paulo
Honório na obra São Bernardo de Graciliano Ramos. (LIMA, 1969) Além disso, busca-se perquirir
como ocorreu a invasão do outro – que sempre fora menosprezado pelo protagonista, e a sua
influência no processo de transformação no personagem citado. Pretende-se privilegiar, no corpus
desta pesquisa, para tentar descobrir a natureza da interação entre as personagens, sua ligação com
o regime econômico, uma vez que, de acordo com a leitura feita, Paulo Honório é descrito a todo o
momento como alguém que concebe o mundo a partir dos aspectos quantitativos e não qualitativo,
ou seja, o ter acima do ser. (ALMEIDA, 1999) A abordagem do modo como o personagem-
narrador Paulo Honório se relaciona com os outros, que estão a sua volta, se faz necessário para
compreender a influência do sistema capitalista, ao qual estava intrinsecamente arraigado, no seu
comportamento interpessoal. Contudo, a engenhosidade com que romance é escrito conduz,
também, a outras possibilidades, que podem explicar os motivos que levaram Paulo Honório a ver
60
os outros (esposa, amigos, funcionários...) como cosias a serem dominadas, como por exemplo, a
sua “alma agreste”, que, segundo o narrador, lhe abonou com características danosas. (RAMOS,
1976, p. 105) A ambição de Paulo Honório para conseguir ascender socialmente passa por cima de
tudo e sem apresentar nenhum tipo de remorso, isto porque, “o próximo lhe interessa na medida em
que está ligado aos seus negócios, e na ética dos números não há lugar para o luxo do desinteresse.”
(CANDIDO, 1992, p. 25) De acordo com Lafetá (1996, p. 206), a personalidade reificadora de
Paulo Honório o conduz ao sentimento de propriedade que “leva-o a considerar todos que o cercam
como coisas que se manipula à vontade e se possui.” Como se pode observar, também, no texto
“Ficção e confissão: Ensaios sobre Graciliano Ramos”, no qual enfatiza que este “romance é, mais
do que um estudo analítico, verdadeira patogênese deste sentimento [de propriedade].” (CANDIDO,
1992, p. 24 grifo nosso) É necessário ressaltar, que a obra mencionada será estudada em
consonância tanto com os críticos contemporâneas a sua publicação quanto com a crítica recente,
privilegiando textos que aborde, entre outras coisas, sobre: história e comportamento social; a
analogia entre sistema capitalista e comportamento interpessoal; o conceito de reificação; a
organização social e política do Brasil na década de 30 e a organização social e política do Brasil
atual. Assim sendo, é importante ressaltar que, dentre as diversas possibilidades de analisar o
romance “São Bernardo”, para o corpus deste estudo, optou-se por uma pesquisa voltada para uma
análise crítica baseada em fatos históricos que possam traçar ligações socioeconômicas com o
enredo do romance supracitado, porque, apesar deste romance ter sido publicado na década de 30,
continua sendo bem recebido pelos leitores contemporâneos, visto que, não há marcas de tempo que
o caracterize como uma representação artística pertencente a uma época ou comunidade social
específica, pois se trata de uma obra de caráter universal.

ANESIA CAUAÇU E O CANGAÇO DE JEQUIÉ

Kalyane Bárbara Oliveira Novaes

RESUMO

A chegada do século XXI provocou uma profunda rediscussão o papel da mulher dentro da
sociedade. História de mulheres que fizeram avançar o século XX, as relações entre mulher e
sociedade, tendo em vista os espaços conquistados, o exercício de poder e o respeito adquirido
dentro do mercado de trabalho e nas relações familiares. Ao analisar o contexto histórico e sua
relação com a construção do gênero, fez-se necessária a caracterização do objeto: Anésia Cauaçu
personagem histórica presente no romance de Domingos Ailton. A personagem possue
representações instigantes no romance Anésia Cauaçu, onde na obra de Domingos Ailton a mulher
é uma personagem heroica que lidera um bando de cangaceiros da região de Jequié. A relação de
gênero dentro do bando é o ponto de partida para a investigação da atuação feminina no cangaço.
Domingos Ailton construiu sua narrativa tendo personagem feminina significativa para se pensar as
representações das mulheres no século XX e os espaços em que se exercia a vida política. A mulher
é peça-chave nesse romance para se investigar a sociedade, as relações entre público e privado, os
direitos civis e políticos, sexualidade, raça e classe no Brasil durante o período em que o
coronelismo e as disputas de terra serviram de incentivo para a formação dos bandos de
cangaceiros. A linguagem e a textualidade presentes na narrativa de Domingos auxiliaram e
justificaram a construção do mito Anésia Cauaçu, pois a personagem se estabelecia com
determinadas atitudes ou decisões que ganhavam uma áurea mitológica, desenvolvendo ações que
historicamente não eram consideradas naturais para uma mulher. Anésia passou a ser símbolo de
poder, força e respeito no imaginário popular. Esses elementos foram os que a tornaram um mito. A
literatura foi um meio de corroborar com a construção do mito, solidificando e firmando a sua
imagem lendária dentro da comunidade. Anésia representa atualmente um exemplo da participação
feminina através do poder dentro da sociedade, simbolizando a força política das mulheres na
construção da história. A relação entre História e Literatura perpassa por diversas discussões onde
61
cada uma das áreas de conhecimento possui as suas especificidades. Na literatura o autor tem uma
maior liberdade de criar personagens fictícios, atuando em um cenário histórico e reconstruindo a
história, se assim desejar. Já o historiador precisa se respaldar em fontes que provem o que ele está
produzindo, limitando sua imaginação. Partir de duas premissas: uma que situa os romances de
ficção como representações da realidade, tendo sido escritos por sujeitos inseridos em um tempo,
um espaço e com uma história; a outra que percebe a literatura como um espaço e um meio muito
utilizado para a reprodução das ideologias na sociedade moderna, de forma que as questões de
ordem políticas são apresentadas e naturalizadas para o senso comum através, também, destas
produções de ficção. Diante destas premissas, busco analisar o romance que retrata a atuação
feminina na esfera pública do sertão brasileiro no século XX – através da produção que representa e
constroem a realidade ao propor a manutenção ou a transformação da ordem social. Para investigar
a história do Brasil em meados do século XX através da literatura e notando o espaço destinado e
ocupado pelas mulheres.

MEMÓRIA E ESTÓRIA DOS CAUSOS DE UM SERTÃO QUE ESTÁ EM TODA PARTE


EM JOÃO GUIMARÃES ROSA

Jeanne Cristina Barbosa Paganucci (UESC)

RESUMO

O presente trabalho apresenta alguns resultados da pesquisa de Mestrado em Letras: Linguagens e


Representações da Universidade Estadual de Santa Cruz (Ilhéus/BA), defendida em dezembro de
2015, intitulada “Diadorim e a representação de gênero em Grande Sertão: Veredas”. João
Guimarães Rosa, no cenário nacional e também externo, destacou-se pela primazia em traduzir em
palavras, o mundo, as coisas, e, indubitavelmente, a representação literária dos seres, do humano e
do sertão, universalizando-os. Nos idos de 1954, surge o Grande Sertão: Veredas, numa tessitura
ficcional, que evidenciou, em suas estórias e causos pitorescos, a diferença em relação à literatura
produzida até ali. Em Rosa, a linguagem, os seres e as personagens fluem num mundo, sem nele
estar, percorrendo e assumindo trilhas da representação imaginária, com repercussão psicossocial e
cultural, mas também geográfica, da fauna e flora. Nesse sertão roseano, Diadorim e Riobaldo
encerram o mundo, em experiências metafísicas da presença na ausência (DERRIDA,2004).
Grande Sertão: Veredas é uma das produções literárias mais instigantes de João Guimarães Rosa e
da literatura ocidental, indubitavelmente. Considerada como unicum na literatura brasileira, cuja
estranheza de escrita, um corpo estranho no que diz respeito às suas obras em totalidade. Nosso
trabalho pretende apresentar, dentro do primeiro capítulo intitulado “Falando de representação”,
resultados os quais delineiam, na perspectiva histórica e social, a memória, no que tange à
representação social, de uma abordagem sobre a literatura roseana e as condições pelas quais a
prosa foi conduzida de uma realidade externa ao texto para a ficção literária e suas imbricações com
o sociocultural. Além disso, a literatura como representação em Grande Sertão: Veredas, cujo
enfoque vê na representação ficcional as condições que caracterizam o Sertão dentro do panorama
de lutas e embates da representação, contextualizando a arte literária e a representativa teatralização
das personagens analisadas. A narrativa de Guimarães Rosa constitui um divisor de águas na
literatura brasileira, revelando um Sertão representado por uma linguagem peculiar, jamais
encontrada em outras narrativas. Apreender as realidades humanas é uma das mais relevantes
tarefas da literatura, cuja ramificação encontra-se nos recônditos das representações. A literatura
como fonte histórica não causa tanta polêmica como em outros tempos, e na contemporaneidade,
verifica-se a fonte literária com inúmeras possibilidades de leitura, concebendo o universo cultural e
valores sociais, assim como as experiências subjetivas dos agentes no tempo. Terry Eagleton (2006,
p.12) em Teoria da Literatura: uma introdução, afirma que “A definição de literatura fica
dependendo da maneira pela qual alguém resolve ler, e não da natureza daquilo que é lido” e
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compreende que “Um segmento de texto pode começar sua existência como história ou filosofia, e
depois passar a ser classificado como literatura; ou pode começar como literatura e passar a ser
valorizado por seu significado arqueológico” (2006, p.13). Longe de uma perspectiva beletrista de
ver o literário, vemos a narrativa de Guimarães Rosa tributária do contexto sócio-econômico-
cultural, que lhe dá origem e esse chega-nos circunscrito a condições enunciativas de produção,
plasmadas por complexa multiplicidade e ambivalência de sentido, via ficção, em que a mulher/
personagem Diadorim é fruto das memórias de um narrador, no masculino. O trabalho utiliza o
arcabouço teórico dos seguintes autores: Antonio Cândido, Anatol Rosenfeld, Beth Brait, Serge
Moscovici, Terry Eagleton, Walter Benjamin.

GT5: FILIAÇÃO E EMANCIPAÇÃO NA LEITURA: 25 ANOS DO ESTALE


Coordenadoras: Maria Afonsina Ferreira Matos (UESB)
Carla da Silva Lima (UESB)

RESUMO

Filiação e Emancipação em leitura: 25 anos do Estale, objetiva discutir práticas de leitura realizadas
ao longo da existência do Programa de Pesquisa Ensino e Extensão intitulado Estação da Leitura-
ESTALE. Nas discussões, será considerada a relação do leitor com as linguagens configuradas a
partir dos processos de filiação e emancipação em leitura: do horizonte cultural de origem à
decifração do outro. Para tanto, serão apresentadas atividades das experiências do programa em
campo analisadas à luz da Estética da Recepção e da Sociologia da Leitura.

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

PÁGINAS FORMANDO LEITORES

Ana Sayonara Fagundes Britto Marcelo (UESB)

RESUMO

O projeto de extensão ‘Páginas formando leitores’ visa incentivar a criação de salas comunitárias de
leitura em bairros da cidade de Jequié-BA e o desenvolvimento de atividades de incentivo à leitura
por discentes do curso de Letras e outras licenciaturas da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia – UESB, campus de Jequié. O projeto é vinculado ao Programa Estação da Leitura e possui
como base teórica os estudos sobre Estética da Recepção e a Sociologia da Leitura, visando à
constituição de leitores e mediadores de leitura, atuando na UESB, em instituições de ensino e
espaços comunitários de Jequié. Busca-se o envolvimento com comunidades organizadas e escolas
públicas, procurando mobilizá-las para a criação de acervo, através de doações e aquisições de
livros; além da busca de um espaço para a implantação da sala de leitura no bairro. O projeto atua
na formação e organização de acervos, desenvolvendo atividades de incentivo à leitura, como
círculo e oficinas de leituras, mini-cursos, leituras dramáticas, criação de histórias faladas e escritas,
ilustrações de histórias, criação de paródias, de murais e jornais, entre outras. O projeto também tem
por objetivo discutir sobre a obra amadiana, levando os participantes à reflexão sobre a importância
de se preservar a memória da literatura baiana. Estas ações são desenvolvidas por professores e
graduandos no curso de Letras Vernáculas, entre outros interessados em colaborar com o
desenvolvimento de atividades lúdicas de incentivo à leitura. Espera-se com o projeto, incentivar a
constituição de novos leitores, e de novos profissionais da área de Letras e outras licenciaturas,
conscientes de um olhar crítico e reflexo sobre a própria prática, além de fortalecer as relações entre

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a UESB e a comunidade externa, exercendo o papel democrático que cabe à educação de despertar
de forma desafiadora no outro, o interesse pela leitura.

EMILIA VAI À ESCOLA: UMA PESQUISA EXPERIMENTAL COM PRÁTICAS DE


LEITURA DA OBRA ADULTA LOBATEANA NO ENSINO MÉDIO

Gizelen Santana Pinheiro (UESB)


Orientadora: Maria Afonsina Ferreira Matos (UESB)

RESUMO

Sabendo da importância de Lobato para a construção de um “estilo brasileiros” e conscientes que a


leitura de suas obras é de fundamental importância para construção do homem enquanto agente no
mundo e na formação crítica e moral do leitor é que elaboramos tal projeto. Com a execução do
projeto, objetiva-se desenvolver experimentos com práticas de leitura da obra adulta de Monteiro
Lobato, entre alunos de 1ª a 3ª séries do Ensino Médio, buscando investigar a recepção, o diálogo
dos pesquisados com os textos mediante uma proposta de intervenção elaborada a partir dos
resultados da primeira etapa desta pesquisa, ou seja, o quadro diagnóstico traçado pelas
investigações de 2009/2010. O referido projeto tem como objetivos específicos: Promover oficinas,
círculos de leitura, gincana literária com histórias dos livros adultos de Monteiro Lobato; Coletar
opiniões dos professores e alunos sobre as oficinas, os círculos de leitura e a gincana literária;
Motivar os alunos propondo atividades lúdicas e didáticas; Construir as referências necessárias para
facilitar o diálogo leitor/texto; Observar a produção de sentido sobre os textos pesquisados;
Perceber o papel/significado da leitura da obra adulta de Lobato no processo de formação dos
leitores pesquisados; Produzir material para publicação nessa área de estudos. É nesse cabedal de
informações que os estudos desse projeto se apoiam para levar práticas de leitura do texto adulto
lobateano no Ensino Médio. A partir dessas e de outras referências, como Roger Chartier, Michel
Certau, fundamentando-se nos dados estatísticos apresentados inicialmente e nas orientações das
teorias da leitura mais especificamente as fundadas na Sociologia da leitura, irá à escola, tentando
compreender a recepção dos textos e das obras adultas de Monteiro Lobato na escola. O projeto
“Emília vai escola uma Pesquisa Experimental com Práticas de Leitura da obra adulta lobateana no
Ensino Médio” ofereceu recursos humanos e materiais para estudantes e professores se vejam de
modo diferente enquanto produtores de sentido e vejam as obras adultas como “Urupês”,
“Negrinha”, “O presidente Negro”, “Cidades Mortas” e tantas outras obras, como espaço de (re)
construção de significados.

GRUPO DE PESQUISA E EXTENSÃO EM LOBATO- GPEL 11 ANOS

Amanda Silva Cardoso(CEL/UESB)


Ingrid Braga Souza(CEL/UESB)
Orientadora: Maria Afonsina Ferreira Matos (UESB)

RESUMO

O grupo de Pesquisa e Extensão em Lobato- GPEL faz parte dos projetos do Centro de Estudos da
Leitura e foi fundado por Alunos do Curso de Letras da UESB de Jequié, uniram-se para, dentro do
Centro de Estudos da Leitura- CEL, fundar um grupo de pesquisa e extensão no qual pudessem
aprofundar seus estudos no maravilhoso mundo literário do escritor Monteiro Lobato. Assim, em 18
de abril de 2005 foi criado o Grupo Pesquisa e Extensão em Lobato- GPEL que há dez anos tem se
dedicado exclusivamente à produção de conhecimento sobre a vida e a obra de Monteiro Lobato em
diferentes atividades: reuniões de estudo, projetos de pesquisa, disciplinas de graduação, pós-
64
graduação lato sensu e extensão à comunidade. Dentro do GPEL desenvolve-se os seguintes
projetos: Emília Vai à Escola: Um estudo das condições e práticas de leitura da obra lobateana no
Ensino Fundamental; Emília Vai à Escola: Um estudo de condições e práticas de leitura da obra
lobateana no Ensino Fundamental II; Emília Vai à Escola: Um estudo de condições e práticas de
leitura da Obra adulta de Monteiro Lobato no Ensino Médio; Emília vai à Escola: Uma pesquisa
experimental com a obra lobateana no Ensino Fundamental I. Esses projetos são desenvolvidos em
parceria com o GPEL e atuam nas escolas de Jequié e região juntamente com as disciplinas
Literatura VI e III do curso de Letras, vai a campo em uma aula que integra Pesquisa, Ensino e
Extensão na área de Literatura Infantil e Juvenil, levando a literatura lobateana até estudantes da
escola básica. Dentro do grupo também promovemos eventos com as obras Lobatianas que são:
Encontro Sobre Monteiro Lobato - EMOL; Workshop em Lobato; Workshopinho em Lobato e as
reuniões do grupo de estudos esses eventos também são realizados nas escolas públicas de Jequié e
região, também no espaço da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB no espaço do
Centro de Estudos da Leitura.

EMÍLIA VAI À ESCOLA: EXPERIMENTOS COM PRÁTICAS DE LEITURA DA OBRA


LOBATEANA NO ENSINO FUNDAMENTAL I

Filipe Pereira Almeida (UESB)


Amanda Silva Cardoso (UESB)
Gizelen Santana Pinheiro (UESB)
Orientadora: Maria Afonsina Ferreira Matos (UESB)

RESUMO

Este projeto tem por objetivo desenvolver oficinas com práticas de leitura da obra de Monteiro
Lobato, entre alunos de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental I, buscando investigar a recepção, o
diálogo dos pesquisados com os textos mediante uma proposta de intervenção elaborada a partir dos
resultados da primeira etapa desta pesquisa, ou seja, o quadro diagnóstico traçado pelas
investigações de 2008/2009. Nesse sentido, o presente estudo se justifica pelo fato de que se propõe
realizar experiências onde novas práticas serão desenvolvidas no intuito de promover o diálogo
entre os leitores/pesquisados e a Literatura em questão. Assim, na crença de que os resultados dessa
pesquisa poderão oferecer aos professores, pesquisadores, estudantes de Letras, Pedagogia, alunos
do IFBA e demais interessados no tema, subsídios para a reflexão sobre o significado de ler Lobato
nos espaços da educação formal e de seu lugar na formação dos leitores, lança-se a proposta desta
investigação. Embora o quadro de condições e práticas encontradas no campo de pesquisa não
favoreça o acesso ao Sítio do Pica-pau Amarelo, obra de Lobato verificou-se, através de
questionários aplicados e de entrevistas orais realizadas, o interesse dos alunos em conhecer sua
biografia e ler suas obras. Na segunda etapa propõe-se observar a recepção dos textos do Sítio do
Pica-pau Amarelo entre os referidos alunos e de descrever os resultados das oficinas/experiências,
levantando reflexões sobre significado dessas leituras nos espaços de educação formal. Durante os
experimentos realizados com os estudantes da escola básica percebemos como eles se reconhecem
nas obras do escritor Monteiro Lobato e como a ludicidade propostas pelas obras tornam as
atividades de sala de aula, mais prazerosas, claro quem num conteúdo apresentado nas obras é
suprimido, pois a literatura nos proporciona transitar por vários assuntos da contemporaneidade, A
pesquisa tem como fundamentação teórica Lajolo (1984), Solé (1998), Silva (1995), Brandão
(1985), Bajard (1992), Macedo (2010), Zilberman (1998), entre outros.

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PROJETO LETRAS DE NOSSA TERRA

Amanda Silva Cardoso (CEL/UESB)


Gizelen Santana pinheiro (CEL/UESB)
Orientadora: Maria Afonsina Ferreira Matos (UESB)

RESUMO

O Projeto Letras de Nossa Terra foi um projeto de pesquisa executado pela equipe do Centro de
Estudos da Leitura da UESB- Jequié, que objetivou realizar práticas de leitura com textos de quatro
autores baianos: Waly Salomão, Pacifico Ribeiro, Luís Coutrim e Jorge Amado, entre estudantes do
Ensino Fundamental II de uma escola pública do município. Visa à investigação da recepção desses
textos pelos leitores, estimulando a produção de dados e apresentação dos resultados. O projeto tem
como orientação as teorias Recepcionais e a Sociologia da leitura, baseando-se nos seguintes
autores: Zilberman (1990), Yunes (2005), Silva (2002), entre outros. A orientação metodológica
tem como aporte a pesquisa-ação, Gil (2008), Barbier (2008), Thiollent (2005), pois neste tipo de
pesquisa os envolvidos estabelecem ações coletivas na resolução de um problema, no caso
específico da comunidade pesquisada, as deficiências de leitura. Assim, esta proposta encontra-se
de acordo com as propostas de fortalecimento da Educação Básica, sendo contemplada pelo Edita
de Popularização da Ciência e Tecnologia da FAPESB, e reconhecido, como projeto de pesquisa
relevante, pelo CNPQ (Edital Universal 14/2012). O referido projeto teve como objetivos
específicos, investigar as praticas de leitura entre estudantes do Ensino Fundamental II de uma
escola pública da cidade de Jequié; Valorizar a produção literária de autores baianos, sobretudo
jequieenses: Waly Salomão, Luiz Coutri, Pacifico Ribeiro e Jorge Amado; Promover ações de
valorização da afirmação da identidade local através do delineamento do perfil dos escritores: estilo,
temática recorrente, construções imagéticas presentes no texto; Promover o gosto pela leitura. O
campo de pesquisa do referido projeto foi a Escola Municipal A.R na cidade de Jequié-BA,
localizada na microregião do Médio Rio de Contas. Assim, foram realizadas as atividades previstas
no cronograma(abertura do projeto na escola, apresentação da propostas aos estudantes, leitura do
texto dos autores escolhidos, círculos de leitura, entrevista com o escritor Lúiz Coutrim o único
autor que ainda estava vivo e a elaboração de um perfil para cada autor estudado e finalizamos o
projeto com a analise dos dados coletados na realização da pesquisa.

PROJETO MEMÓRIAS DAS ESCRITORAS BRASILEIRAS NA ESCOLA

Manuela de Jesus (UESB)


Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
Orientadora: Adriana Maria de Abreu Barbosa (UESB)

RESUMO

Este projeto tem corpus livros de literatura infantil e juvenil de cinco autoras brasileiras (a saber,
Ana Maria Machado, Zélia Gattai, Silvia Orthof, Marina Colasanti e Adriana Falcão) e busca
alargar esse corpus na investigação de autoras baianas desconhecidas e contemporâneas. Os livros
serão objeto de estudo e análise na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia em parceria com
docentes de duas escolas públicas da cidade de Jequié, a saber: Colégio Estadual Luis Viana Filho e
Ginásio Municipal Dr. Celi de Freitas. O resultado dos estudos será transformado em ações
pedagógicas que visam melhorar a qualidade do ensino e aprendizagem de literatura e leitura. As
intervenções pedagógicas nas escolas visam à produção de livros digitais por docente e discentes,
potencializando a escrita crítica, criativa e lúdica a partir do contato com o texto literário. Embasa
nossa investigação, a Crítica Feminista que procura dar visibilidade ao trabalho empreendido por
mulheres escritoras na cultura brasileira. Há interesse em investigar estéticas e temáticas abordadas
66
pelas autoras em especial o trabalho com temas relacionados a identidade de gêneros, conceitos de
feminilidade e masculinidade, relações de gêneros e sexualidades. Os seus objetivos específicos
conhecer, ler e apreciar a literatura Infantil e Juvenil escrita por autoras brasileiras nos séculos XX e
XXI. Sendo assim, destacar na análise das obras a contribuição das autoras na discussão das
temáticas: identidade e gênero e sexualidade. Estimular a produção textual de discentes de ensino
fundamental e médio em diferentes gêneros textuais, partindo da intertextualidade das autoras
estudadas. Incentivar a produção cultural em diferentes linguagens, partindo das temáticas e da
apreciação das autoras estudadas, promover nas escolas parceiras a reativação e resignificação do
espaço sala de leitura / biblioteca escolar. O principal objetivo é melhorar a qualidade de ensino e
aprendizagem de literatura, dando visibilidade a escrita de autoria feminina em textos literários
infantis e juvenis presentes na escola pública brasileira.

GRUPO DE ESTUDOS EM TEORIAS DO DISCURSO GETED

Adriana Maria de Abreu Barbosa (UESB)

RESUMO

O Grupo de Estudos em Teorias do Discurso-GETED criado em 2007 atua na UESB, campus de


Jequié, integra e é parceiro do (programa ESTAÇÃO DA LEITURA, cadastrado na plataforma do
CNPq e tem atuado com ações regulares nesta Instituição no viés das seguintes linhas de pesquisa:
1) discurso, cultura e ensino de língua materna, com ênfase em leitura e produção textual e 2)
discurso, cultura e construção de identidades de gênero. Para tanto, embasa-se nos estudos em
Teorias do Discurso(e não apenas na Análise do Discurso Francesa) por entender que os mesmos
fundamentam práticas discursivas de ação e inter-ação sociais. E como tal são ferramentas valiosas
no ensino-aprendizagem da leitura crítica e da escrita autoral. Nossas ações incluem: a) encontros
quinzenais de estudo: leitura e resenha de textos teóricos com discentes da graduação e pós-
graduação assim como egressos e comunidade; b) ciclo de palestras com intuito de divulgação dos
trabalhos acadêmicos produzidos pelos membros do grupo; c) publicação de artigos e livros; d)
ciclo de leitura com a temática do gênero, em especial, a divulgação da literatura de autoria
feminina em língua portuguesa. e) produção de material didático para o ensino de língua e produção
textual. Tendo em vista , o escopo dos trabalhos desenvolvidos nos últimos cinco anos entendemos
que o grupo necessita de ampliar suas estruturas para garantir a qualidade dessas ações, sendo assim
o grupo entende que é chegada a hora de se estabelecer como um programa. O GETED é um grupo
que nasceu em 2007, e nesse tempo desenvolveu atividades de leitura, pesquisa e produção textual.
Como resultado lançou o livro “Prática de Leitura e Escrita em Língua Portuguesa” pela editora
PACCO. Também, como devolução para comunidade interna e externa operacionalizou o Ciclo de
Palestras como forma de oportunizar um espaço dialógico de construção de saberes que muito
colaborou para o desenvolvimento da competência comunicativa e construção de consciências
críticas das pessoas que participaram. Por tudo isso, acreditamos que é preciso consolidar o Grupo
como forma de institucionalizar as ações e ampliá-las.

PROGRAMA ESTAÇÃO DA LEITURA

Gizelen Santana Pinheiro (UESB)


Sâmia Lima (UESB)
Orientadora: Maria Afonsina Ferreira Matos (UESB)

RESUMO

O Trabalho de pesquisa experimental, financiado pelo CNPQ, FAPESB e UESB. Vem sendo
desenvolvido, desde 2002, pelo Centro de Estudo da Leitura – CEL/UESB, em instituições de
67
educação, assistência, hospitais, associações... da cidade de Jequié/BA e microrregião, interior do
nordeste brasileiro. Dentro do Programa Estação da Leitura – ESTALE, essa pesquisa é realizada
pelos projetos: 1) No Reino da Imaginação: experimentos com Literatura Infanto-juvenil; 2) Emília
vai à Escola: uma pesquisa experimental com a obra de Monteiro Lobato no Ensino fundamental
II. O objetivo é desenvolver experimentos com Literatura Infanto-juvenil entre crianças,
adolescentes, adultos... Sua metodologia articula pesquisa, ensino e extensão - através de disciplinas
de graduação e pós em Letras, da linha de Pesquisa Didática da Leitura e das ações do Grupo de
Pesquisa e Extensão em Lobato- GPEL - viabilizando a promoção de leitura, a investigação de
práticas leitoras e das condições de leitura nos espaços de educação formal. Assim, o conhecimento,
produzido academicamente, é partilhado e enriquecido quando os estudantes/pesquisadores
elaboram, aplicam e observam os experimentos quanto à recepção dos textos e à metodologia de
trabalho. Teatro, literatura popular, poesia, contos de fada, o Sítio do Picapau Amarelo, textos
contemporâneos... tudo se torna objeto de atenção. São desenvolvidas de cinco a oito ações por
semestre sob a forma de um programa de oficinas, totalizando mais de setenta experiências
realizadas. Os resultados, colhidos da observação direta feita pelos pesquisadores, das fichas de
avaliação e dos depoimentos dos pesquisados, analisados qualitativamente, apontam para o
significado e relevância do projeto no que tange às reflexões da Estética da Recepção e da
Sociologia da Leitura em torno de temas relacionados à produção de significados e à formação de
leitores: da iniciação à emancipação. É observada a recepção de textos, as possibilidades de
interação leitor/texto, literatura/outras linguagens e a reação dos pesquisados à metodologia de
trabalho empregada nas oficinas de leitura. Essa curiosidade tem dois motivos: a desconfiança em
relação à afirmação corrente nas escolas de que os alunos de hoje não leem ou não gostam de ler; o
lugar de destaque da literatura infanto-juvenil, oral ou escrita, no processo de iniciação como
leitores, verificado em relatos de aprendizado de intelectuais brasileiros e estrangeiros. Para
aplicação dos experimentos, elaboram o plano de revisão teórica através de pesquisa bibliográfica.
Essa revisão de literatura é apresentada sob a forma de seminários em sala de aula. Na segunda
etapa, elaboram os projetos de pesquisa para experimento em campo, conforme as orientações
científicas e roteiro, previamente preparado pela orientadora; preparam o material (textos, livros,
filmes, vídeos, atividades impressas, jogos educativos...) para as oficinas de leitura; constituem o
corpus de análise, considerando os dados relacionados à recepção dos textos e metodologia de
trabalho. Na terceira etapa, os alunos/pesquisadores analisam o corpus e elaboram o relatório de
pesquisa para publicações e/ou comunicações em eventos. Nossos estudos são pautados em
BARTHES (1977), CHARTIER (1990), PENNAC (1998), SILVA (1999), ZILBERMAN (2003),
dentre outros.

GT6: QUESTÕES DE GÊNEROS: AUTORIA E PERSONAGENS NA


LITERATURA INFANTIL E JUVENIL
Coordenadoras: Adriana Maria de Abreu Barbosa(UESB)
Ana Sayonara Fagundes Britto Marcelo (UESB)

RESUMO

Marisa Lajolo na década de oitenta (1989) já nos advertia que só em Lobato, há uma ruptura da
visão doméstica da mulher com a criação do primeiro matriarcado da literatura infantil brasileira, a
saber, o Sítio do Picapau Amarelo. Este grupo de trabalho se interessa por perscrutar
representações de gênero na literatura infantil e juvenil contemporânea. No projeto Memórias de
escritoras na Escola, nos últimos dois anos, temos nos dedicado a estudar autoras brasileiras e já
observamos o papel dessas escritoras em revisitar os conceitos de feminino e masculino,
questionando crenças sobre papéis de gênero. Apoiadas nos estudos de gênero e na Crítica
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feminista, reconhecemos a literatura infantil e juvenil como espaço de tecnologias de gênero
(Lauretis, 1994). Tomamos assim como corpus de pesquisa obras infantis e juvenis assinada por
mulheres e ou as representações do feminino e do masculino em personagens de obras infantis
diversas.

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

INTERTEXTUALIDADE E ESTUDOS DE GÊNERO EM A MOÇA TECELÃ DE MARINA


COLASANTI

Jeanne Cristina Barbosa Paganucci (UESC)


Gildélia Gurunga Sóglia (UESC)

RESUMO

O presente trabalho apresenta uma análise do conto A moça tecelã de Marina Colasanti e sua
relação com os estudos de gênero, compreendendo nesse contexto a intertextualidade em sua
tessitura. Num construto diferenciado dos contos tradicionais, Colasanti expõe a imagem da mulher
enquanto senhora e escrava do seu próprio destino, nos recônditos das tramas envolventes do poder,
da submissão e do empoderamento da mulher no contexto sociocultural. O conto aborda o papel
histórico-social da mulher, a intertextualidade nos elementos mitológicos presentes, a (re)
construção e desconstrução do conto de fadas, partindo do ato de tecer a própria vida. A
representação social da mulher, no fio da meada do tempo vem carregada de palavras e imagens que
revelam, a partir da análise do discurso, uma apropriação do poder e da submissão, do contexto
medieval para a mulher contemporânea. O mito de Penélope da Odisseia de Homero se entrelaça
com o conto analisado por conta da ação do tear, da costura, que envolve o trabalho de refazer e
realizar a costura que representa os anseios e desventuras das mulheres, mas também o destino
como imposição. A lenda de Aracne (mitologia clássica) e o conto de Colasanti reveem as questões
de poder, castigo e convencimento, tornando as protagonistas senhoras e escravas dos seus sonhos e
desejos realizados no campo do social. A complexidade dos mitos e sua inter-relação com as
representações sociais existentes na sociedade revelam que no decorrer do tempo os elementos
mitológicos fazem-se perceber mais presentes e arraigados no interior das relações socioculturais.
Do sagrado ao profano, os mitos explicam no interior da cultura, no social, a natureza complexa e
dialógica com a qual se impõem, enquanto representações que invadem a encenação do que é tido
como real. O arquétipo da Rainha Penélope é uma representação da moça tecelã, que parte da
esteira social medieval, fluindo no imaginário da mulher contemporânea, numa reescritura e
revisionismo do gênero, abrindo o leque para a discussão em torno do empoderamento e da
subversão. O trabalho tem o objetivo de discutir acerca dos estudos de gênero, a partir da análise do
discurso, dos estudos feministas e pós-feministas e da psicologia social, apresentando a análise do
conto supracitado. Para essa análise, utiliza-se o escopo teórico de Adriana Barbosa, Fernanda
Mussalim, Judith Butler (2014), Maria Cristina Martins (2015), Sandra Sacramento (2014), Serge
Moscovici (2014), Simone de Beauvoir.

LITERATURA BRASILEIRA NA ESCOLA: MEDIANDO A LEITURA DE AUTORIA


FEMININA
Manuela de Jesus (UESB)
Orientadora: Adriana Maria de Abreu Barbosa (UESB)
Co-Orientadora: Ana Sayonara Fagundes Britto Marcelo (UESB)

RESUMO

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Este trabalho tem como objetivo conhecer, ler e apreciar a literatura Infantil e Juvenil escrita por
autoras brasileiras nos séculos XX e XXI incentivando a produção cultural em diferentes
linguagens, partindo das temáticas e da apreciação as obras estudadas. As atividades de leitura
foram desenvolvidas em um colégio estadual da rede pública, situada na cidade de Jequié, Bahia,
estabelecendo-se com ações mediadas por pesquisadores voluntários do Projeto de Pesquisa
Memórias das Escritoras Brasileiras na escola. Trata-se de obras de autoras femininas brasileiras em
ações pedagógicas que visam melhorar a qualidade do ensino e aprendizagem da leitura literária,
cujo principal foco é tornar os discentes um ser questionador e crítico através das temáticas
apresentadas nas obras. Tendo em vista que o desenvolvimento da habilidade de leitura dos alunos
é uma preocupação no ambiente escolar, faz-se necessária que essa prática se torne criativa, crítica e
lúdica a partir do contato com o texto literário. Utilizamos como procedimento metodológico o
estudo do texto “O Segredo Da Rua 18”, da escritora Zélia Gattai. Considerando a nossa
intervenção pedagógica no contexto escolar, propomos incentivar a - leitura de obras de autoria
feminina no processo de incentivo à leitura. Para atingir nosso objetivo, incentivamos, além da
leitura de obras literárias, produções textuais, produções de cartazes e leitura de vídeos relacionados
à temática proposta. “Estudar literatura de autoria feminina é dar a essa literatura a oportunidade de
um novo juízo e valorização.” (BARBOSA, 2011, p.96)Dentro dos processos de ações mediadas em
sala, exercitamos a autoavaliação a respeito das dificuldades existentes quanto à leitura e a
capacidade de produção escrita. . Incentivamos a ampliação de seus olhares a partir da literatura de
autoria feminina, com temáticas que sugerem discussões acerca da identidade de gêneros, conceitos
de feminilidade, tornando-os com um olhar mais crítico.

ENSINANDO A SER MULHER: ROMANCES DE AUTORIA FEMININA NOS


CATÁLOGOS DA CASA GARRAUX (1860-1900)

Clara Carolina Souza Santos (Unicamp)


Márcia Abreu (Unicamp)

RESUMO

Parisiense radicado em São Paulo, Anatole Louis Garraux atuou como um mediador cultural
(passeur culturel) entre o Brasil e a França (1860-1900). O mercador foi o negociante principal de
um empreendimento de grande sucesso, conhecido como Casa Garraux. O exemplo de Anatole
Louis Garraux é particularmente interessante para entender como um mediador cultural pode ser o
disseminador de uma ideia no plano nacional e internacional. A Casa Garraux preparou catálogos
com romances disponíveis para encomenda a partir de quaisquer das lojas associadas à empresa,
espalhadas em muitos pontos do Império e fora dele. Os catálogos da Casa Garraux podem mostrar
as sincronias de leituras entre o lado europeu e brasileiro do oceano. Em seu uso inicial, o catálogo
da casa Garraux foi um mediador para a troca dos livros por dinheiro. A utilidade do catálogo era
facilitar a escolha dentre as variadas obras e aquelas que mais se adaptassem aos estudos e ao gosto
do comprador. A partir dos catálogos, os negociantes da Casa Garraux indicaram bibliografia
brasileira e estrangeira para leitores das Américas e da Europa. Dentre estes romances, existiu uma
grande quantidade de escritoras desconhecidas para nós, leitores do século XXI, mas que
escreveram bastante e alcançaram muito sucesso entre os anos cinquenta e noventa do século XIX.
No âmbito da História Cultural, estudar catálogos permite discriminar estratégias comerciais e
identificar as políticas mais racionais da empresa. Estes catálogos seriam documentos reveladores
das projeções culturais dos criadores dos documentos publicitários tanto sobre a vida dos leitores
contemporâneos à primeira circulação dos romances como sobre os romances com autoria feminina.
Para esta análise literária, selecionamos nos catálogos as autoras mais editadas e menos editadas da
segunda metade do século XIX até o final do século, extraindo algumas possíveis análises para essa
permanência ou apagamento destes romances nas histórias literárias. Com estes dados, podemos
70
conhecer as modalidades nas quais as obras foram identificadas, mostrando o grau de liberdade dos
editores para a classificação de cada obra quando comparados com a História Literária mais
tradicional e podemos revelar as dependências entre uma obra e outra, explicando a sensação de
dominação que um livro parece exercer sobre o outro. A estratégia comercial da Casa Garraux
transformou o cenário de livros brasileiro em conexão com muitas partes do mundo ocidental.
Algumas destas romancistas permaneceram editados até o século XX, o que demonstra interesse
contínuo sobre os assuntos abordados nas obras e projeção do autor no campo literário. A projeção
destas romancistas a partir das estratégias comerciais da Casa Garraux movimentou o debate
literário da época e impactou as opiniões das pessoas sobre a sociedade da época.

DESCONSTRUINDO O GÊNERO NAS OBRAS DE ANA MARIA MACHADO

Adriana Maria de Abreu Barbosa (UESB)

RESUMO

Este trabalho inscreve-se numa área de estudos da Literatura que revisa a historiografia literária
brasileira de modo a dar visibilidade a mulheres escritoras e suas contribuições nos campos das
Artes e da Cultura. Em especial neste projeto, debruçamo-nos sobre a obra infantil e juvenil,
comparando-a a obra adulta da escritora brasileira Ana Maria Machado. Sobre os temas das obras
de da autora premiada com um Hans Christian Andersen1, fala-nos Marisa Lajolo (2004): “ela
(Ana) traz para seus livros o perfil feminino, o respeito pela pluralidade cultural, os conflitos da
sexualidade.” Ana Maria Machado integra um grupo de mulheres escritoras que pratica o que
conceituamos como um revisionismo contemporâneo nos contos de fadas. E neste revisionismo há
um forte relevo na desconstrução das identidades fixas do masculino e do feminino, apostando na
literatura como lócus de tecnologias de gênero (Lauretis, 1994) e, portanto, como um espaço onde o
gênero é construído e reconstruído. O texto literário de Ana Maria Machado abriga o discurso
feminista no seu interdiscurso, fazendo ecos de dissonâncias, gerando conflitos e incertezas nas
verdades propagadas socialmente que investem em relações hierarquizadas entre os gêneros que
ainda são vistos de forma dicotomia e desigual, na qual o feminino ainda é o segundo sexo. Na
contramão dessas certezas históricas, a literatura anamachadiana oferece a meninas e adolescentes
impactante prosa que tematiza esses conflitos, sem entretanto, se tornar panfletária ou didática.

1
O mais prestigioso prêmio internacional para autores de livros para crianças e jovens conferido pelo International
Board on Books for Young People.
71
GRUPOS TEMÁTICOS

ENSINO

72
GT7: ALÉM (E COM) DAS MATRIZES EPISTEMOLÓGICAS DA
LINGUÍSTICA APLICADA A ALFABETIZAÇÃO, OS PILARES TÉCNICO-
PEDAGÓGICOS DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM DA LÍNGUA
MATERNA ESCRITA
Coordenadora: Sonilda Sampaio Santos Pereira (UESB)

RESUMO

O objetivo desse Grupo Temático é fomentar a discussão em torno do ensino e da aprendizagem do


sistema de escrita alfabética da língua materna, enfatizando a larga matriz epistemológica já
produzida no campo da linguística aplicada a alfabetização e levantar a possibilidade do insucesso
do alfabetismo dever-se, também, a inobservância de pilares técnico-pedagógicos indispensáveis ao
ensino e a consequente aprendizagem da lecto-escrita. Dessa forma, nosso foco é reunir pesquisas
em torno da prática alfabetizadora interacionista, sociointeraciosta, progressista, libertadora e
radical buscando o alargamento do olhar de forma a contemplar outras variáveis, além das
linguísticas, intrínsecas ao processo de alfabetização. Há quinze (15) anos temos desenvolvido um
estudo sobre ensino e aprendizagem da língua materna com camponeses, na Escola Estadual Rural
Taylor-Egídio – Jaguaquara – Bahia. Escola residencial com pedagogia de alternância. Pesquisa
longitudinal qualitativa do tipo etnográfico que já discutiu sobre as complexidades do processo de
ensino e de aprendizagem do sistema de escrita alfabética; pontuou os vazios na prática dos
alfabetizadores; acompanhou a formação contínua dos professores e propôs aprofundamento dos
suportes linguísticos. Atualmente, quando de maior amadurecimento, a pergunta que move o estudo
é: Para além dos conhecimentos linguísticos, o ensino da língua materna exige quais competências
pedagógicas? Em torno dessa pergunta, propusemos competências técnico-pedagógicas para o
ensino da leitura e da escrita língua materna. Assim, considerando o grau de complexidade do
processo de alfabetização, este trabalho propõe dezesseis pilares técnico-pedagógicos e apresenta
resultados das avaliações externas realizadas no espaço da pesquisa, nos cinco (5) últimos anos.
Nosso Grupo Temático contemplará trabalhos que apresentem discussões teóricas, discussões
teórico-analíticas, resultados de pesquisa e relatos de experiências de professores alfabetizadores
participantes (ou não) dos programas governamentais de alfabetização na “idade certa”. Os
trabalhos deverão possibilitar a autorreflexividade do docente de tal forma que a aprendizagem da
leitura e da escrita, pelo alfabetizando, esteja em estreita relação de dependência com o ensino do
alfabetizador.

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

ALFABETIZAR LETRANDO A PARTIR DA LITERATURA INFANTIL

Carolina Silva Lima (UESB)


Daiane de Jesus Andrade Pereira (UESB)
Jaqueline dos Santos Silva (UESB)
Jessica Santos Fonseca (UESB)
Poliana dos Santos Silva (UESB)

RESUMO

Este trabalho tem como tema central o processo de alfabetizar letrando a partir de literaturas infantis
e outros diversos portadores textuais, com base nas autoras Juanice Vasconcelos e Eliana Araújo
(2009). Segundo as autoras, o trabalho com a literatura na infância contribui para a aprendizagem
73
da leitura e da escrita. A referida literatura envolve a criança em práticas de letramento, a qual é
significante para a aquisição da língua escrita. Ainda segundo as autoras, o uso de diferentes
gêneros textuais amplia a compreensão da escrita na alfabetização. O cantinho da leitura com
diversidade textual é de suma importância durante o processo de alfabetização e letramento. Com
isso, notamos que é indispensável no processo de aquisição da língua escrita materna que as
crianças estejam imersas em práticas de letramento. O professor deve propiciar a criança um
ambiente alfabetizador, no qual contará com cantinho de leitura com diversidade textual, bem como
deve expor nas paredes da sala de aula textos nos quais as crianças possam visualizar e ter um
contado direto com os mesmos. Também tomamos como base os estudos da autora Arlete Alves
Corrêa (2009), nos quais podemos ressaltar que o jogo linguístico estimula o processo de
compreensão das crianças acerca da língua escrita enquanto sistema de representação. Trabalhar
com jogo linguístico através de alfabeto móvel, a criança cria hipóteses sobre a língua escrita, e com
isso faz representações da mesma. Tomamos também como referencial teórico os estudos de Kely
Cristina Nogueira Souto (2009), nos quais percebemos que as atividades de desenho nas práticas de
ensino para as crianças de seis anos são significativas e estas devem ser orientadas de modo que as
crianças saibam o que e para que desenhar. Com as atividades de desenhos orientadas as crianças
desenvolvem a língua escrita através da oralidade, as quais podem, depois de desenhar, apresentar
seu desenho, contando o que desenho e porque desenhou aquilo. As autoras citadas informam o seu
olhar sobre os dados que sustentam sua interpretação teórica sobre o sujeito da aprendizagem e
sobre o objeto a ser conhecido que é a escrita. Concluímos que a participação ativa da criança no
processo de construção da escrita implica no contato com diferentes tipos de textos, leituras de
histórias compartilhadas cotidianamente, contatos diretos com livros, jornais, embalagens entre
outros textos que circulam socialmente. Desta forma, a criança irá perceber as diferenças existentes
entre o que é falado e o que é escrito.

AQUISIÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA E O DESENVOLVIMENTO DA


CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

Débora Santos de Oliveira (UESB)


Pollianna Pinheiro da Silva (UESB)
Micaella Rodrigues dos Santos (UESB)
Vírgilio Sena de Oliveira Filho (UESB)
Rosely Galvão (UESB)

RESUMO

O presente estudo tem como tema a aquisição do sistema de escrita e o desenvolvimento da


consciência fonológica. Pretendemos discutir sobre os primeiros contatos da criança com marcas
gráficas impressas em livros, cadernos, cartazes, os quais dão início a um longo processo de
construção de esquemas conceituais cujo primeiro desafio consiste em distinguir o que é desenho do
que é escrita. Temos como objetivos: a) analisar o processo de aquisição da linguagem oral e escrita
da criança; b) identificar e analisar os períodos de escrita que todo sujeito percorre durante o seu
processo de alfabetização. Os referidos períodos são: o icônico e o não icônico. Estudamos o
processo de construção das formas de diferenciação e o momento marcado pela fonetização da
escrita, que se inicia no período silábico e culmina no alfabético. Este trabalho pretende demonstrar
que o desenho e a brincadeira são formas de linguagem a serem exploradas no processo de
alfabetização, pois através do desenho a criança representa o mundo a sua volta e a partir daí
compreende que poderá também desenhar a sua fala. E, por fim, o trabalho discute a respeito do
desenvolvimento da consciência fonológica das crianças pequenas e sugere a necessidade de uma
abordagem sistemática do sistema fonológico ao longo do processo de alfabetização. Daí, ao
elaborar a proposta de ensino, é preciso considerar diferentes níveis de abordagem através da

74
atividade pedagógica. O estudo tem como base teórica as autoras: Sara Mourão Monteiro e Mônica
Correia Baptista (2009).

ALFABETIZANDO E LETRANDO COM O MÉTODO SOCIOLINGÜÍSTICO A PARTIR


DA PALAVRA GERADORA

Gervanilda Silva Santos (UESB)


Maria da Paz dos Santos Sodré da Silva (UESB)
Simone Souza Silva (UESB)
Ivana Conceição de Deus Nogueira (UESB)

RESUMO

Este trabalho tem por finalidade apresentar nossas experiências como Bolsistas de Iniciação à
Docência nos Anos Iniciais, utilizando como base para as ações em sala de aula o método
sociolinguístico de Mendonça e Mendonça (2007), realizada na Escola Municipal Vilma Brito
Sarmento na cidade de Jequié-Ba., em 2015, nas turmas do 4º e 5º Ano do Ensino Fundamental
I.Que tem como tema alfabetizando e letrando com o método sociolinguístico a partir da palavra
geradora.As atividades desenvolvidas na escola objetiva a apropriação da leitura e da escrita pela
criança, tendo em vista a descoberta que a palavra escrita representa a palavra falada. Seguimos os
passos do método sociolinguístico que é uma readaptação daconcepção de Paulo Freire associado às
ideias da Psicogênese da Língua Escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, que são
construtivistas. O método sociolinguístico se utiliza das seguintes etapas: codificação - é a
representação de um aspecto da realidade expresso na palavra geradora; descodificação – é a leitura
da realidade expressa na palavra geradora; análise e síntese – da palavra geradora com o objetivo do
aluno descobrir que a palavra escrita representa a palavra falada e fixação da leitura e da escrita–
que faz a revisão da análise das sílabas da palavra e a representação de suas famílias silábicas; por
fim é escolhida a palavra geradora - através do universo vocabular da comunidade. Nossa
metodologia foi do tipo etnográfica, tivemos a oportunidade de observar, aplicar diagnostico,
analisar os déficit na leitura e escrita dos alunos além das problemáticas que são enfrentados na sala
de aula, visando alcançar o aprendizado desses alunos.As atividades propostas foram pensadas a
partir dos níveis de escrita dos alunos identificadasnaprimeira análise das atividades de diagnóstico.
Os estudiosos que utilizamos como base teórica foi: Mendonça e Mendonça (2007); Pimenta e Lima
(2004); Ferreiro e Teberosky (1999); Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa
(1997, p.15); Naspolini, (1996). Os resultados do nosso trabalho foram positivos, pois ao
realizarmos a análise da segunda atividade de diagnostico, percebemos que houve um avanço dos
alunos que saíram do nível silábico para o silábico/alfabético e aqueles que estavam no nível
silábico/alfabético agora estão escrevendo alfabeticamente com erros ortográficos. Podemos dizer
que o trabalho em conjunto tem surtido efeito, os nossos estudos, pesquisas e reflexões tem
contribuído para o avanço dos alunos, assim também o trabalho diário das professoras que
procuram sempre meios para impulsionar o processo de desenvolvimento de seus alunos.
Concluímos que a experiência vivida no Pibid nos tem proporcionado encarar os dilemas naturais
da sala de aula, pois a cada intervenção nos sentimos mais seguras para atuar no ensino
fundamental.

DIAGNÓSTICO DO NÍVEL DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA

Maria da Glória Santos Vidal (UESB)

RESUMO

75
O presente trabalho apresenta o diagnóstico da linguagem escrita de 2 crianças na faixa etária de 5 e
outra 6 anos que estão no processo de aquisição da leitura e escrita. A atividade foi realizada no 21
de setembro de 2015, em Escolas da Rede Pública Municipal da Cidade de Jequié. Tendo como
suporte teórico textos trabalhados em sala de aula a qual deram sustentabilidade para realizarmos e
analisarmos os níveis de desenvolvimento da lectoescrita, ao qual estão envolvidas as crianças. Na
metodologia do trabalho utilizamos como suporte letras do alfabeto confeccionadas em material
emborrachado; para que elas reconhecessem as letras do seu nome; e atividades de registros da
escrita livres e de auto ditado. Diante da proposta do trabalho observamos as reações das crianças e
o comportamento das crianças durante a execução das atividades, visando relatar um parecer
descritivo do diagnóstico do nível de aquisição da linguagem escrita. Das atividades, foi utilizada
uma consignas para entrevistas e escrita das crianças as quais tinham espaços para a escrita e outra
um auto ditado, assim, aplicamos a mesma atividade para as duas crianças e utilizamos também,
como suporte concreto um alfabeto móvel colorido. A aplicabilidade deste trabalho nos dá
aprofundamento do conteúdo trabalhado da teoria da psicogênese da língua escrita de Emilia
Ferreiro e Ana Teberosky que foi divulgado no Brasil no inicio da década de 80, e uma
compreensão sistematizada como ocorre esse aprendizado em diferentes etapas e níveis de
desenvolvimento da criança. Pudemos compreender que as crianças são capazes de pensar a escrita
e organizar sua ideias expressando através dos desenhos e dos rabiscos, fazendo hipóteses de como
funciona a escrita mesmo sem conhecer o alfabeto da língua padrão. Assim a teoria da psicogênese
da língua escrita de Ferreiro e Teberosky serviram-nos de suporte para compreender as hipóteses da
escrita que são elaboradas por toda criança ou individuo em processo de aprendizado da
lectoescrita. Compreendendo e provando que o individuo não é uma tábua rasa, mas que o sujeito,
antes de entrar na escola, tem ideias sobre a escrita, visto que ao participar de uma sociedade
grafocêntrica, ele está rodeado de práticas de letramento sendo um sujeito capaz de construir e
adquirir seu conhecimento. Portanto, cabe ao professor mediar e criar estratégias sistematizadas
para que este indivíduo tenha contato e interação com as práticas da leitura e escrita e haja
apoderamento deste conhecimento para suas práticas sociais.

O DESENVOLVIMENTO DAS HABILIDADES DA LEITURA E ESCRITA A PARTIR DO


GÊNERO TEXTUAL HISTÓRIA EM QUADRINHOS (HQS)

Naiana de Souza Ferreira (UESB)


Rosana Ferreira Alves (UESB)

RESUMO

Este trabalho apresenta investigação de como o gênero textual História em Quadrinhos (HQs) pode
contribuir para o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita. O quadro teórico advém de
estudos de Bawarshi e Reiff (2013), Marcuschi (2003), Mendonça (2003), Kato (1999), Cagliari
(2001), Messias (2006), Soares (2008) e Lima (2003). A metodologia estabelecida para o
desenvolvimento desse artigo é de cunho bibliográfico e de caráter qualitativo, isto é, baseia-se na
leitura de livros, revistas, artigos on-line que abordam o tema em questão. Entende-se que o gênero
textual HQs, por apresentar um texto atraente, de uma linguagem fácil e clara, vem colaborar de
forma significativa para o desenvolvimento de habilidades essenciais que ajudam nos processos da
leitura e da escrita. Sendo assim, as HQs contribuem para que o educando adquira estratégias de
organização textual, uma vez que ajudarão o aluno a criar diferentes textos, com características
definidas e que atendam suas funções comunicativas, além de favorecerem o desenvolvimento da
capacidade interpretativa a partir da mistura semiótica das linguagens não verbal e verbal nelas
apresentadas. Desse modo, compreende-se que a leitura de HQs ajuda o aluno a ativar o conjunto de
saberes, seja ele linguístico ou não, que somados, facilitarão a compreensão do texto. Por
conseguinte, as HQs trazem para a sala de aula diferentes situações cotidianas, e é através da ajuda
dos diversos contextos apresentados e da presença de aspectos multimodais que constituem esse
76
tipo de texto é que o aluno terá facilidade de se apropriar da leitura e escrita. Finalizando, o que se
pode ver é que, o trabalho realizado em sala de aula a partir desse gênero discursivo (HQs) é
considerado um método válido e eficaz que facilita a aprendizagem de variadas técnicas que ajudam
os discentes a se tornarem leitores e escritores competentes, sem falar que suas muitas ferramentas
podem ajudar o docente a alfabetizar numa perspectiva de letramento.

AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DA LEITURA DE CRIANÇAS DITAS


NORMAIS

Patrícia Santos Aguiar (UESB)


Elizete Souza (UESB)

RESUMO

Este trabalho ainda em processo de construção irá abordar as dificuldades de aprendizagem na


leitura em crianças ditas normais das séries iniciais, de escola particular, trazendo-nos uma reflexão
quanto ao papel do alfabetizador e de uma prática alfabetizadora comprometida com ensino
aprendizagem de crianças nessa fase inicial de aprendizagem escolar. Dessa forma, o objetivo
principal deste projeto é analisar as principais dificuldades apresentadas na aquisição da leitura e os
aspectos constitutivos de uma prática alfabetizadora significativa, bem como, as estratégias usadas
pelas crianças para aprenderem a ler. E específicos refletir sobre os usos da leitura tanto na escola
como fora dela; Identificar aspectos de uma prática de alfabetização na perspectiva do letramento;
Reconhecer as principais dificuldades da criança na aquisição da leitura. Para a elaboração dessa
pesquisa, será utilizado o método de pesquisa bibliográfica, ou seja, teórica, articulando-se em
várias discussões, focando aspectos qualitativos, baseada na consulta de alguns autores que
abordam sobre o tema, para melhor entender o processo de alfabetização e seus aspectos
característicos. Irei utilizar também a pesquisa de campo para uma observação deste processo de
aprendizagem na sala de aula. Sendo assim, pretende-se que o resultado dessa pesquisa auxilie ao
alfabetizador e pesquisadores do tema a melhorarem suas práticas alfabetizadoras, contribuindo de
forma positiva neste processo.

O GÊNERO RESENHA SOB A ÓTICA DA CRÍTICA GENÉTICA

Anne Carolline Dias Rocha Prado (UESB)


Juliana Araújo Oliveira (UESB)
Márcia Helena de Melo Pereira (UESB)

RESUMO

A Crítica Genética é uma área da literatura que dá ao texto a perspectiva de processo. Neste
trabalho, propomos fazer uma ligação dessa área com a linguística, pois propomos analisar uma
resenha acadêmica escrita por uma dupla de alunos universitários sob a perspectiva processual.
Estamos encarando a produção escrita como resultado de um trabalho de construção, realizado em
uma dimensão temporal que inclui esboços, plano de texto, composição, até chegar às correções
finais. Para analisar os dados processuais dessa resenha, fizemos uso dos recursos teórico-
metodológicos da Crítica Genética. De acordo com Salles (1992), o trabalho do geneticista começa
com a elaboração do prototexto, que configura uma série de ações que têm como propósito tornar
legíveis os documentos processuais de obras de grandes escritores. Estas operações seriam as
seguintes: 1. Constituir o dossiê integral dos documentos disponíveis da obra em questão, reunindo
e autenticando todo o material; 2. Organizar o dossiê dos documentos obedecendo a uma finalidade;
3. Especificar, datar e classificar cada fólio desse dossiê; 4. Decifrar e transcrever o dossiê. Se
transportarmos a metodologia utilizada pela Critica Genética e a forma de coleta de seu material de
77
análise para a nossa, podemos dizer que a nossa coleta de "manuscritos", primeira etapa do
geneticista no sentido de estabelecer o prototexto, foi previamente planejada, pois: fizemos a opção
pela escrita conjunta, para que pudéssemos gravar a conversa que a dupla manteria entre si durante
a elaboração do texto; elegemos uma dupla do curso de Ciências da Computação da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Vitória da Conquista; escolhemos como tema para a
resenha o curta-metragem Vida Maria; a dupla deveria assistir ao filme e, em seguida, escrever sua
resenha. Solicitamos aos escreventes que não apagassem as modificações que fizessem na primeira
versão do texto, ou seja, que mantivessem as “rasuras”. Por último, os estudantes deveriam “passar
o texto a limpo”; uma semana após a elaboração do texto, fizemos uma entrevista com os dois
estudantes, questionando-os a respeito das operações de reescrita que realizaram; tudo isso foi
registrado em áudio. Todos esses recursos para a coleta de dados foram pensados de antemão no
intuito de termos disponível um "manuscrito" o mais completo possível para o estudo do processo
da escrita de nossa resenha. Para a realização da segunda etapa do geneticista, a organização do
dossiê dos documentos, fizemos a transcrição dos áudios, tanto do momento da produção da resenha
quanto da entrevista. Com isso, não tivemos dificuldade em estabelecer uma ordem cronológica das
etapas do processo do texto em análise. Uma vez que essas transcrições já nos deram acesso à
ordem cronológica de cada operação, não houve necessidade da realização da terceira etapa do
trabalho do geneticista. Finalmente, cumprimos a última ação, refletindo sobre as operações
realizadas pelos alunos e interpretando-as. Desta forma, deciframos e transcrevemos nosso "dossiê",
estabelecendo nosso prototexto, para, então, interpretá-lo, procurando desvendar os mistérios desta
criação verbal. É esse trabalho que pretendemos mostrar.

RELATO DE EXPERIÊNCIA: UMA ABORDAGEM SOBRE O MÉTODO


SOCIOLINGUÍSTICO

Celma de Souza Dormande (UESB)


Monique Pereira Cabral (UESB)

RESUMO

Este presente documento discorre sobre a experiência que tivemos durante o estágio nos anos
iniciais do ensino fundamental no Ginásio Municipal Doutor Celi de Freitas (GMDCF) em Jequié-
Ba. Aplicamos o projeto de intervenção de título Educando com Virtudes: resgatando as
virtudes através de histórias infantis, onde tínhamos por objetivo contribuir para a alfabetização e
letramento das crianças do 3º ano C, que compunham a sala na qual foi aplicado o projeto. O
diferencial do projeto era exatamente as influencias teóricas utilizadas para sua elaboração, pois nos
desafiamos a aplicar o Método Sociolinguístico (MS) de Onaide e Olympio Mendonça, que trás
inovações na forma de alfabetizar, sendo um dos objetivos também observar a prática desse método
e seus resultados. Buscamos para tanto nos ater as leituras de autores que influenciaram no próprio
Método Sociolinguístico como Paulo Freire (1987) (1996) e o Método Paulo Freire de alfabetização
de jovens e adultos (EJA), Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (1999), Emília Ferreiro (1993), assim
como também algumas contribuições construtivistas, que se tornaram dentre outras influencias, a
base teórica do nosso relatório final. Uma vez estando no espaço escolar, entendidas do papel de
pesquisadoras que desempenhávamos, da relevância do processo de alfabetização e tendo também
como base as avaliações diagnósticas dos níveis de Sistema de Escrita Alfabética (SEA) de todos os
alunos da sala, feitas antecipadamente, - sendo essa é uma parte fundamental no método, pois, é a
partir desse diagnóstico que podemos trabalhar com cada aluno ou grupo de alunos com atividades
diferentes, ou seja, de acordo com seus níveis de escrita -, aplicamos o projeto durante o período de
regência de quinze dias, e podemos perceber claramente avanços quanto a leitura e escrita dos
alunos. Dentre outros fatores, entendemos que os progressos devem-se ao fato das atividades por
níveis de escrita, pois uma vez que são desafiados e se apropriam de algo que se adeque as suas
capacidades atuais, isso vem a facilitar o aprendizado dos alunos. Podemos concluir que Onaide e
78
Olympio Mendonça partindo de suas experiências e reflexões em sala de aula, ao lançar luz sobre a
importância das atividades por níveis e demais atributos que contem o método, conseguiram de
forma louvável construir um modelo prático a ser seguido com a certeza de bons resultados.
Evidente que cada professor adaptará o método a realidade de seus alunos, por se tratar de algo bem
flexível e também inovador, bem receptível, mas que muitos professores ainda não tiveram acesso.
São muitos os questionamentos sobre a alfabetização e qual a melhor forma de alfabetizar, esse
método que nos auxiliou durante o período de estágio, vem a reafirmar as tentativas e buscas pelas
inovações que o processo educacional tende a passar.

OS SABERES DOCENTES DOS PROFESSORES QUE ATUAM NAS TURMAS DE


ALFABETIZAÇÃO: UM ESTUDO NA ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ AUGUSTO
BARRETO EM JEQUIÉ – BAHIA.

Daiane de Oliveira Valasques (UESB)


Conceição Maria Alves Sobral (UESB)

RESUMO

Este artigo teve como objetivo propor situações de reflexão sobre questões que fundamentam a
prática do professor no processo da alfabetização e do letramento na turma do Projeto Ler + da
Escola Municipal José Augusto Barreto, localizada na Comunidade da Cachoerinha, zona rural do
Município de Jequié (BA). O referido Projeto, destina-se a alunos com idade entre 9 a 14 anos que
estão em defasagem escolar por não conseguirem alcançar êxito nos seus estudos e têm como meta
restituir o direto que lhes foi conferido à educação e ao desenvolvimento da capacidade de aprender,
ao pleno domínio pelo aluno, da leitura, da escrita e do cálculo, assim como de elementos essenciais
para sua formação pessoal e exercício integral de sua cidadania. Para viabilizar o objetivo deste
trabalho, aponto de forma breve a dimensão pedagógica do Projeto Político Pedagógico da Escola
Municipal José Augusto Barreto e a Proposta Pedagógica do Projeto Ler +, com o desafio de
verificar por certo se temos em nosso município uma escola para todos, capaz de oferecer
oportunidades de atendimento educacional que prevejam as necessidades, as limitações, as
potencialidades e os interesses de cada aluno e de educadores mediadores do processo de
aprendizagem, mais especificamente da aprendizagem da leitura e da escrita. Dispondo de fontes
teóricas como: Emilia Ferreiro e Ana Teberosky (1999); Manoelle Silveira Duarte e Juliane Cláudia
Piovesan (2013); Magda Soares (2001); Paulo Freire (1996); Maria Inês Bizzotto Soares, Maria
Luisa Aroeira e Amélia Porto (2010); Clermont Gauthier (1998); Maurice Tardif (2002); Luis
Carlos Cagliari e Gladys Cagliari (1998), busco a partir das minhas vivências e das concepções
teóricas aqui abordadas, associar a teoria à prática da alfabetização e do letramento na atualidade e
os praticados nas turmas do Projeto Ler +, convicta que a prática do professor precisa ser avaliada e
renovada constantemente numa perspectiva de mudança pessoal e profissional. O Projeto Ler + um
meio que viabiliza o aluno dar prosseguimento aos seus estudos em turmas compatíveis com o de
sua idade, todavia, dispor todos esses alunos que apresentam algum tipo de dificuldade de
aprendizagem em uma única sala, exige do Professor competências profissionais que a graduação
muitas vezes não abrange. Ser um Professor do Ler + é defrontar-se todos os dias com situações de
conflito, que exigem preparo e estratégias, que venham contribuir de forma significativa com o seu
agir docente. Ou seja, é ser um profissional reflexivo, agente de sua própria formação, e estimulador
da formação do outro.

GT8:ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA EM ESCOLAS PÚBLICAS –


REFLEXÕES E RELATOS DE EXPERIÊNCIAS

79
Coordenadora: Marta Luciana Reis Rocha (UESB)

RESUMO

Um dos maiores questionamentos quanto ao ensino de língua estrangeira na escola pública é em


relação à sua eficácia e/ ou utilidade, uma vez que há várias crenças (por parte da família, do
estudante e às vezes do próprio professor) dando conta de que não se aprende inglês/ espanhol
durante essas aulas e os próprios alunos costumam argumentar em relação à necessidade da
disciplina. Desta forma, o ensino de língua estrangeira em escola pública, constante nos Parâmetros
Curriculares Nacionais, tem sido bastante discutido nos últimos anos, com menor preocupação na
utilização de métodos tradicionais e/ ou revolucionários e maior ênfase no objetivo, na efetividade,
na motivação do aprendiz e qualificação do professor. A fim de investigar e buscar formas para
motivar aluno e professor a transformar a disciplina Língua Estrangeira (seja ela inglês ou espanhol)
não só num instrumento para decifrar as inúmeras palavras, frases e textos em língua estrangeira a
que estamos expostos em nosso cotidiano devido ao mundo globalizado, como também em
ferramenta para construção da cidadania, algumas escolas e/ou professores implantam projetos,
realizam experiências, partindo do esforço coletivo ou individual. O objetivo desse grupo temático é
compartilhar os relatos de experiências que buscaram modificar o processo ensino-aprendizagem de
língua estrangeira na escola pública, bem como apresentar resultados finais ou parciais de pesquisas
e projetos nesse âmbito, além de abrir espaço para discussões teóricas a respeito do tema. A
preocupação do quadro teórico-metodológico aqui se apoia no repensar da atuação do professor de
língua estrangeira na escola pública, aliada à sua formação docente e qualificação e o caráter
sóciointeracional da disciplina. São esperados nesse Grupo Temático os relatos de experiência, as
discussões teórico-analíticas, as apresentações finais ou parciais de resultados de pesquisas ou
projetos dentro do tema proposto. Cada trabalho inscrito poderá contemplar mais de uma dessas
formas, devendo estar devidamente fundamentados e apresentados de forma clara.

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL


NAS ESCOLAS PÚBLICAS DE CORDEIROS – BAHIA

Sérgio Cordeiro da Silva (UESB)


Marta Luciana Reis Rocha(UESB)

RESUMO

O presente trabalho tem como principal objetivo a reflexão sobre o ensino de Língua Inglesa nos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental, e apresenta um projeto desenvolvido nas escolas públicas de
Cordeiros – Ba, considerando que o ensino de Língua Estrangeira se constitui não apenas por uma
necessidade, mas acima de tudo como um direito de cada criança para desenvolver suas
competências e habilidades ao longo de sua vida escolar, conforme o parágrafo 5º do Art. 26 da
LDB Nº 9.394/96. Entretanto, é preciso mais que leis e parâmetros curriculares para garantir a
qualidade e eficácia do ensino de língua estrangeira nas escolas públicas brasileiras, pois muitas
vezes as condições na sala de aula (carga horária reduzida, classes superlotadas, pouco domínio das
habilidades orais por parte da maioria dos professores, material didático reduzido a giz e livro
didático etc.) acabam inviabilizando o ensino das quatro habilidades comunicativas. Assim, é cada
vez mais comum nossas escolas públicas apresentarem altos índices de reprovação em LI,
principalmente no 6º ano do ensino fundamental. O projeto analisado foi articulado em módulos de
estudo, valorizando sobretudo o vocabulário, visando alcançar as turmas do 4º e 5º anos. Para esta
análise foram utilizadas conversas informais com a comunidade escolar (gestores, professores,
coordenadores pedagógicos, monitores, pais e alunos), além de levantamento estatístico junto à
80
Secretaria Escolar do Centro de Educação Municipal Lindolfo Cordeiro Landi. O trabalho nos
permitiu verificar a eficácia do projeto em estudo, principalmente, a partir da melhoria crescente
dos índices de aprovação na disciplina de Língua Inglesa no 6º Ano do Ensino Fundamental.

OS GÊNEROS TEXTUAIS DIGITAIS E O ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NA ESCOLA


PÚBLICA

Marildo de Oliveira Lopes (UESB)


Márcia Helena de Melo Pereira (UESB)

RESUMO

Compreendendo as novas demandas da contemporaneidade impostas à escola, este estudo objetiva


refletir sobre a relevância de novas práticas pedagógicas no ensino de língua inglesa mediadas pelos
gêneros textuais digitais no ciberespaço. Esse ensino na escola pública tem se mostrado bastante
limitado no que diz respeito a desenvolver nos estudantes as competências comunicativas
necessárias ao exercício da cidadania no mundo contemporâneo. Nesse sentido, Os Parâmetros
Curriculares Nacionais – PCNs para o Ensino Fundamental (1988) e os PCNs para o Ensino Médio
(2006), ao tratar do ensino de línguas estrangeiras, enfocam a importância da promoção de uma
abordagem pedagógica voltada para a cidadania, para a inclusão, sugerindo práticas de ensino por
meio do multiletramentos e multimodalidades de ferramentas educacionais, incluindo o advento das
novas tecnologias nesse contexto. Segundo os PCNs, o ensino de língua estrangeira deve
desenvolver as habilidades de leitura, escrita e comunicação oral contextualizada. Infelizmente,
atingir esses objetivos no ensino de língua inglesa tem se mostrado um desafio, frente à falta de
motivação dos alunos gerada por práticas tediosas e sem contexto e pela ausência de significado
real desse idioma para a vida dos estudantes. Ao adotar uma abordagem meramente linguística e
instrumental, a escola dissocia a aprendizagem de um idioma e os valores sociais, culturais,
ideológicos imbricados nele. Para atingirmos nossos propósitos, realizamos uma pesquisa
bibliográfica acerca do tema. Primeiramente, trazemos as diferentes abordagens utilizadas no ensino
de língua inglesa que encontramos em Leffa (1988) para enfatizarmos que a abordagem de
gramática e tradução (AGT) é a mais comumente utilizada pelos professores de inglês. Em segundo
lugar, discutimos os postulados de Moita-Lopes (2005) acerca da interface entre a inclusão
linguística e a inclusão digital, quando salienta a promoção de comunicações multisemióticas e do
letramento computacional no ensino-apredizagem do inglês. Ancoramo-nos, também, em Castells
(2000), que retrata as mudanças sociais provocadas pelas tecnologias digitais na atualidade. No que
diz respeito à relevância da utilização dos gêneros textuais digitais no ensino de língua inglesa,
conforme incentivado pelos próprios PCNs, refletimos sobre a teoria dos gêneros textuais de
Mikhail Bakhtin (2004). Este pensador, influenciado pelo materialismo dialético, supera as
correntes de estudos linguísticos marcadas pelo objetivismo abstrato ou positivista e o subjetivismo
idealista. Bakhtin (2004) se opõe à concepção de língua marcada apenas por um sistema abstrato de
formas linguísticas ou da enunciação monológica isolada, ou pelo ato psicofisiológico de sua
produção. Para ele, o signo linguístico é social e ideológico, relacionando a 2 consciência individual
com a interação social. Segundo a tese bakhtiniana dos gêneros textuais, a enunciação ocorre em
diferentes esferas sociais, com finalidades diversas e formas textuais variadas, que se são definidas
como gêneros textuais. Marcuschi (2003; 2005; e 2008) reforça o vínculo dos gêneros textuais com
a vida social e cultural. Esses pressupostos teóricos nos fazem concluir que o ensino de língua
inglesa mediado pelos gêneros digitais da internet criam um ambiente de ensino-aprendizagem
inovador, colaborativo e de promoção de valores de inclusão linguística, inclusão digital, e
cidadania planetária.

81
GT9: FORMAS LÚDICAS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO COM
CRIANÇAS PEQUENAS
Coordenadoras: Lilian Fonseca Lima (UESB)
Marilete Calegari Cardoso (UESB)

RESUMO

O GT “Formas lúdicas de alfabetização e letramento com crianças pequenas” abre o diálogo


entre pesquisadores e pesquisadoras que se dedicam ao estudo da infância e educação, fazendo uma
interfase entre alfabetização, letramento e a ludicidade. Seu objetivo é promover uma reflexão em
torno dos processos de alfabetização e letramento na educação infantil, explorando as possibilidades
da pesquisa na compreensão das formas lúdicas que favoreçam a imersão das crianças nas
diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas, de vários gêneros e formas de expressão:
gestual, verbal, plástica, dramática e musical, que permitem e favorecem o envolvimento das
crianças em práticas sociais de leitura e escrita. O GT propõe-se a reunir trabalhos em forma de
comunicações científicas resultantes de pesquisas concluídas ou em andamento e relatos de
experiência, relacionados com os seguintes eixos temáticos: criança em ambiente letrado; o brincar
e o imaginário; literatura infantil na creche e escola; planejamento do processo de alfabetização e
letramento; rotina no cotidiano, espaço de leitura e escrita.

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL: A RELEVÂNCIA DA


LITERATURA INFANTIL NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO
DA CRIANÇA

Sara de Jesus Santos (UESB)


Verônica Nascimento de Jesus (UESB)

RESUMO

O presente trabalho que tem por título: Estágio supervisionado em Educação infantil: A relevância
da literatura infantil no processo de construção de conhecimento da criança. Trata-se de um
relatório de estágio supervisionado realizado pelas acadêmicas de pedagogia da Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia. Cujo principal objetivo é trazer reflexões acerca da experiência do
estágio para formação de futuros docentes, estabelecendo relações entre a teoria e a prática
profissional, como também ressaltar a importância da literatura infantil na construção de uma
aprendizagem significativa e prazerosa na educação infantil.Trabalhar com contos infantis é
possibilitar a criança um caminho de engrandecimento onde a imaginação, emoções e sentimentos
ganham espaço para florescerem. A mesma leva a criança à descoberta do mundo, proporcionando
um momento mágico onde a fantasia e a realidade estão profundamente ligadas, fazendo com que a
criança viaje, descubra e atue num mundo mágico; podendo naquele momento modificar a realidade
seja ela boa ou ruim. O estágio foi realizado na Creche Santa Tereza localizada na cidade de Jequié,
no estado da Bahia, se deu em três etapas: Observação, cooparticipação e regência. Durante as
etapas acima citadas desenvolvemos atividades que são cabidas a um educador, tais foram: Criação
de um projeto que teve como título: “Era uma vez: trabalhando com os clássicos da literatura
infantil”; Planos de aulas; Atividades; Brincadeiras lúdicas, entre outras. Todas as atividades foram
pensadas, planejadas e desenvolvidas com o intuito de propiciar a imaginação, descoberta,
interação, contribuindo assim para um desenvolvimento amplo dos educandos. Foram utilizados
alguns referenciais teóricos para a construção desse trabalho como Tardif (2002), Pimenta (2004),
Dayrell (1997), Ostetto (2012), Luckesi (2011), Nóvoa, (1999), Nunes (2009), Freire (1968) e
82
Coelho (2005), autores e autoras que fazem abordagens sobre o exercício da docência destacando a
importância de mobilizar os saberes em sua prática cotidiana, a formação do professor. A
experiência de estágio, fora uma experiência rica e gratificante no sentido de que nos trouxe novos
saberes que são inerentes ao ambiente escolar, como também aprimoramento da prática docente
através do desenvolvimento e aplicação das atividades. O contato, a interação e o desenvolvimento
das crianças nas atividades que propomos foram momentos ricos e desafiadores que nos instigavam
cada vez mais a querer estar envolvidas neste processo transformador que é a educação. Vale aqui
destacar a importância do estágio na formação docente que é a pratica do que o graduando vem
estudando durante todo o curso, mas é nesse momento que realmente consegue perceber o que é
necessário pra ser professor, buscando respostas e formas de conduzir um bom trabalho pedagógico.

UMA REFLEXÃO SOBRE AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NOS ESPAÇOS ESCOLARES


DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Cleane de Jesus Oliveira(UESB)


Daiane Soares Santos(UESB)
Danilo de Oliveira Dias(UESB)
Mileide de Jesus Santos(UESB)

RESUMO

A presente pesquisa tem por objetivo analisar as concepções de criança pequena no espaço escolar
da educação infantil, bem como investigar e discutir as práticas pedagógicas de professores da
referida modalidade de ensino, no intuito de investigar se os mesmos concebem em suas aulas
atividades de forma lúdica, sobretudo trazer reflexões para discorrendo sobre propostas que visam
elencar os princípios e finalidade da educação infantil, em que se tem como pilares o cuidar, brincar
e educar. De acordo com Machado (1999, p. 87), a compreensão que se têm sobre as instituições da
pré-escola e creche é que as mesmas vêm sendo estereotipadas, ou seja, pelo uso do termo
escolinha. De modo que as práticas que são evidenciadas no ensino fundamental, são praticadas na
educação infantil, das crianças em fileiras, dos exercícios de memorização e repetitivos, das normas
e regras. Neste sentido, se faz necessário a reflexão sobre a concepção de criança pequena, nos
diferentes níveis de aprendizagem e desenvolvimento da mesma, pois é importante definir o
conceito que se tem sobre infância, diferenciando dos outros. Para tanto, o entendimento ainda
equivoco das práticas de professores, das instituições de ensino é de que a criança de 0 a 6 anos,
estão em constante perigo, ou seja, não podem brincar, estão restritas apenas as salas de aulas.
Segundo Machado (1999, p. 87), expõe que a concepção de educação infantil está associada na
valorização das brincadeiras, na criança ativa, que possui curiosidade e imaginação para construir
seus próprios saberes. Nesta vertente, a visão que se tem sobre a criança ainda continua sendo de
que a mesma está restrita ao pequeno conhecimento, da incapacidade que é criada pelos adultos de
que a criança pequena não tem saber, é vazia, ou seja, “um ser sem luz”. Em consonância,
utilizamos como arcabouço teórico, Machado (1999) que aborda sobre a concepção de criança
pequena, na qual a mesma sucinta diálogos que propicia fomentar projetos para creches, pré-
escolas, ou centros de educação infantil, Kishimoto (2007) que discute a relevância e diferença do
jogo, brinquedo e brincadeira na educação infantil, Santiago (2011) apresenta a importância da
formação continuada dos coordenadores, fazendo o diálogo com as tendências pedagógicas e a
influência na pré- escola brasileira, Luck (2011) trazendo a reflexão sobre os princípios, objetivos e
tipos de participação presentes no sistema escolar. Na metodologia realizamos o estudo etnográfico,
com um trabalho de observação participante, pois como defende André (2009, p. 34) ‘A pesquisa do
tipo etnográfico, que se caracteriza fundamentalmente por um contato direto do pesquisador com a
situação pesquisada, permite reconstruir os processos e as relações que configuram a experiência
escolar diária’.Tivemos como campo de pesquisa duas creches com pré-escolas do munícipio de
Jequié-Ba, na qual analisamos os espaços, observamos e participamos das atividades desenvolvidas
83
na sala de aula. Assim, a pesquisa se encontra em andamento, com resultados preliminares, na qual
foi possível constatar que as práticas pedagógicas que elencam os pilares educar, cuidar e brincar,
se encontram apenas no cuidar.

UMA REFLEXÃO SOBRE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL


EM UMA CRECHE NO MUNICÍPIO DE JEQUIÉ/BA

Joelma Gomes Orrico (UESB)


Marlene Gomes Dos Santos (UESB)

RESUMO

Este texto foi elaborado a partir dos registros das atividades de estágio, desenvolvidas na disciplina
Estágio Supervisionado em Educação Infantil, que foi realizada em dupla pelas discentes do VII
Semestre, sob orientação da professora Lílian Lima Fonseca, constando as observações do espaço
físico, o cotidiano escolar e apontando o processo de construção do Projeto de Estágio, dos planos
de aula, estudo de textos de teóricos que abordam sobre o período de estágio e sobre a ação docente.
O texto evidencia o percurso da elaboração do projeto que foi realizado a partir das nossas
observações, bem como de indicação da gestão escolar, o projeto intitulado “Era uma vez:
Trabalhando com os Clássicos da Literatura Infantil – Branca de Neve e os Sete Anões,
Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos”. Projeto esse que visou desenvolver a oralidade e
imaginação das crianças, associando situações das histórias com situações reais do seu do seu dia-a-
dia, como por exemplo, como é a família, como é a casa, etc. O mais prazeroso desse projeto foi ver
as crianças ouvindo e reproduzindo as histórias contadas, elas prestavam atenção e memorizavam as
histórias de forma significativa. A cada semana foi trabalhada uma história diferente. A primeira foi
a dos Três porquinhos. Foi a que eles mais gostaram. Utilizamos diversas formas lúdicas para
contá-la: livros, fantoches, dedoches, aventais. Como trabalho final dessa história construímos o
livro do Reconto, onde os alunos pintaram os personagens da história, construíram as cassas dos
porquinhos, de tijolo, madeira e palha. Escrevemos o reconto feito por eles e montamos o livro.
Ficou muito lindo. Pudemos ver como eles aprenderam e gostaram da história. Em nossas reflexões
analisamos que o período do Estágio Supervisionado em Educação Infantil configurou-se num
importante instrumento no processo de formação do docente, pois ele oportunizou o
discente/estagiário a vivenciar o cotidiano escolar, as ações pedagógicas, bem como todas as
relações inerentes a esse ambiente, tais como: relação professor/aluno, ensino/aprendizagem,
comunidade/escola. Nesse sentido, o estágio constituiu-se em uma importante ferramenta de
aprendizado, de aquisição do conhecimento e principalmente, da aquisição da nossa identidade
docente.

RELATO DE EXPERIÊNCIA: TÉCNICAS LÚDICAS DE INCENTIVO A LEITURA E


VALORIZAÇÃO DA CULTURA NEGRA E INDÍGENA VIVENCIADA COM
EDUCADORES DE SERIES INICIAIS E FUNDAMENTAL I

Mariane de Jesus Santos (UESB)

RESUMO

O presente relatório objetiva refletir e analisar a prática pedagógica docente em sala de aula no
estágio supervisionado, bem como intervir sobre esta de forma a buscar a melhoria do ensino-
aprendizagem oferecido às crianças da educação infantil pública, na faixa etária de 05 a 06 anos de
idade, na Escola do Centro Comunitário Lagoa Dourada, na cidade de Jequié-BA, no ano de 2015.
Como suporte teórico foi utilizado: Contreras (2012), Kishimoto (1997) RCNEI (2001) e Stadler
84
(2004) que versam sobre o ensino-aprendizagem de forma lúdica/prazerosa na educação infantil;
Bloom (1973), Lima (2003), Marx e Engels (1986) e Tyler (1975) que dão orientações sobre
avaliação escolar; André (1999), Ostetto (2000), Pimenta (1995) e Pimenta e Lima (2010), que
discorrem sobre o estágio como via de acesso fundamental a formação do profissional educador
como pesquisador. Ao concluir este relatório pude perceber que ainda a muito a se fazer na
educação infantil, a muito que ser melhorada, a desenvolver nas escolas para que haja uma
educação de qualidade e que este constitui um desafio que nós professores atuantes ou em formação
temos que vencer. Mudar a cara da educação infantil pode ser e é uma das grandes cobiças dos
profissionais da educação pública no Brasil, no entanto para que isso ocorra é necessário uma boa
dose de interesse, proatividade, competência e comprometimento. Ancoradas nestas informações
procuramos fazer um projeto e planos de aula que privilegiasse as brincadeiras, o imaginário das
crianças, desenvolvesse a relação interpessoal e preceitos morais, incentivasse a interação,
cooperação e respeito, ampliação do vocabulário através da contação de histórias infantis e vídeos
animados. O momento de maior apreciação das crianças eram as atividades lúdicas, como a
confecção das caixas de lixo recicláveis que depois virou basquete. Uma atividade que fizemos no
dia da consciência negra e que obteve resultado surpreendente foi à dinâmica da boneca branca e
boneca preta, onde percebemos que eles demostravam serem avessos a cor negra. Durante todo o
dia fizemos atividades na tentativa de desmitificar aquele pensamento deles, mostrando por meio de
exemplos como era bom ser pertencente à etnia negra, que as prós eram negras e adoravam a cor
delas.

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A APLICAÇÃO DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA


LETRAMENTO DOS ALUNOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Sally da Conceição Soares Oliveira (UESB)


Vanusa Souza Correa (UESB)

RESUMO

Este trabalho é o resultado da experiência do Estágio Supervisionado em Educação Infantil que


aconteceu numa Escola no município de Jequié – Bahia, sob a orientação da professora Ms.
Conceição Maria Alves Sobral, entre os dias 19 de Outubro a 04 de Dezembro de 2016. Com o
tema: “O Estágio Supervisionado e a aplicação de atividades lúdicas para letramento dos alunos da
educação infantil”, o presente trabalho objetiva relatar as experiências lúdicas de letramento
desenvolvidas durante o período de Estágio do curso de Pedagogia da UESB, campus de Jequié. O
Estágio esteve dividido em observação, coparticipação e regência supervisionada, sendo momentos
de grande importância para a mobilização de saberes, aprofundamento de conhecimentos e reflexão
das práticas do cotidiano da escola pública. Como aportes teórico-metodológicos temos: a utilização
de situações corriqueiras de educar alicerçadas nas brincadeiras e no cuidado, baseados nas
Diretrizes Nacionais para educação infantil; o entendimento da escola como espaço naturalmente
lúdico concordando com Kishimoto; e a compreensão da afetividade, do movimento, da inteligência
e da formação do eu interligados nas práticas pedagógicas dos educadores, favorecendo a formação
integral da criança, como sugere Wallon. É importante salientar que as atividades que foram
desenvolvidas contribuíram de forma significativa para o aprendizado infantil, pois estavam
baseadas em brincadeiras, dinâmicas, histórias, música e contos infantis. Neste trabalho a
brincadeira é entendida como linguagem infantil, já que ao brincar as crianças recriam e repensam
os acontecimentos vivenciados, favorecendo a autoestima e possibilitando o desenvolvimento da
percepção, da imaginação, da fantasia e dos sentimentos. Atendendo a proposta temática da escola,
o projeto de intervenção, intitulado “Valores para vida”, utilizou os diversos significados do Natal
para a sociedade com a finalidade de trabalhar valores e princípios que versem sobre: amor,
solidariedade, amizade, respeito ao próximo, gratidão e confiança, aproveitando para ampliar as
habilidades dos educandos através de práticas de letramento de educação infantil. Como resultados
85
da aplicação do projeto percebeu-se uma estreita relação entre aprender e brincar, sendo favorável a
utilização de atividades lúdicas nas habilidades que beneficiam o aprendizado da leitura e da escrita.
Com relação aos princípios e valores – tema central das aulas – foi notório que os mesmos precisam
se tornar vivências diárias e não apenas tema de um projeto de estágio, tendo em vista a importância
de um ambiente harmonioso para os alunos terem êxito na aprendizagem. Enfim, a experiência do
estágio permitiu a vivência do que se constitui a escola pública no município de Jequié, tornando
possível a aplicação de forma significativa dos conhecimentos aprendidos na Universidade.

ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A LUDICIDADE COMO


PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Flávia Oliveira Encarnação (UESB)


Gervanilda Silva Santos (UESB)

RESUMO

Esse trabalho apresenta relato das experiências vivenciada no Estágio Supervisionado em Educação
Infantil, realizado no Centro de Convivência Infantil Casinha do Sol, na cidade de Jequié-BA, no
turno vespertino, na turma B2, no segundo semestres de 2015, sendo uma atividade avaliativa
obrigatória no 7° semestre do curso de pedagogia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.
O tema Estágio Supervisionado na Educação Infantil: a ludicidade como processo de ensino e
aprendizagem, tem por objetivo relatar, socializar e refletir sobre as práticas educativas realizadas
de forma lúdica durante o estágio supervisionado e os saberes adquiridos pelas estagiarias em seu
processo de formação. Para isso, problematizamos os aspectos teóricos e práticos, trazendo algumas
reflexões sobre a formação docente, as concepções de educação infantil, dando ênfase a ludicidade
no espaço escolar, bem como o relato das experiências vivenciadas no chão da escola pelas
estagiarias. Para tanto, o estágio aconteceu em etapas, nas quais foram desenvolvidas atividades
numa perspectiva do tipo etnográfica dentre as quais a observação, entrevista, relato de observação,
construção de projeto, planos diários e materiais didáticos pedagógicos, que colaboraram para a
determinação da dinâmica do estágio, fornecendo a base para a construção do projeto desenvolvido
durante a regência. Os principais teóricos que utilizamos para fundamentar nosso trabalho foram:
Pimenta e Lima (2004, 2010), Lemme (2005), Canário (2006), Araújo (2007), Barbosa (2007),
Cardoso, Nogueira, Lima (2011), L, Vygotsky (1991), Kishimoto (1997), Gauthier (1998) e Brasil
(1989). Durante o estágio a prática pedagógica fundamentou-se na teoria sócio-interacionista, que
parte da concepção de que a criança é um sujeito social e histórico. Neste sentido, a aprendizagem é
construída progressivamente, por meio do convívio social e da interação com outras pessoas. Deste
modo, as atividades foram desenvolvidas de forma lúdica, rica em conteúdo visual e concreto, pois
a brincadeira é uma forma divertida de se educar, onde o aluno não é um mero observador, passivo
e distante, mas sim, ativo, questionador, participativo, na construção do seu próprio saber. Nesta
perspectiva, percebe-se a importância da tríade: educar, cuidar e brincar que são direitos
constitucionais da criança. Uma vez que o cuidar, o educar e o brincar são ações indissociáveis, que
precisam ser agregadas dentro das instituições de modo que possam contribuir de maneira
significativa para o desenvolvimento dos educando. Após o término do Estágio Supervisionado,
podemos dizer que a interação entre professor/ aluno e as atividades realizadas de forma lúdica
contribuíram significativamente no desenvolvimento e construção dos saberes tanto das crianças,
quanto dos docentes. Concluímos que o estágio Supervisionado em Educação infantil é de suma
importância para a nossa formação, pois é nesta etapa que temos a oportunidade de conviver com a
realidade escolar. Diante de tal experiência foi possível fazer uma articulação entre os estudos
teóricos da nossa formação acadêmica com a prática, contribuindo para o nosso processo formativo
e profissional.

86
A PRÁTICA FORMATIVA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL E A CONSTRUÇÃO DE SABERES LÚDICOS

Juliana Ferreira Oliveira (UESB)


Maria da Paz dos Santos Sodré da Silva (UESB)

RESUMO

Este texto relata as experiências do Estágio Supervisionado em Educação Infantil, do curso de


Pedagogia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB – campus de Jequié-Ba. Com o
tema A prática formativa do estágio supervisionado na educação infantil e a construção de saberes
lúdicos, tem por objetivo refletir sobre os saberes docentes construídos nesta etapa da formação. A
experiência vivenciada durante o estágio é fundamental para a formação do futuro professor em
relação aos conhecimentos sobre aprendizagem das crianças, e entendemos que quanto mais lúdico
for possibilitará resultados e aprendizagens positivas. No processo educativo infantil o brincar, o
educar e o cuidar são fatores indispensáveis ao desenvolvimento integral da criança, e assim os
jogos, as brincadeiras e o cuidado devem estar inseridos em todas as atividades pedagógicas
destinadas aos pequenos, possibilitando-lhes um universo de relações e construções mentais no
desenvolvimento da linguagem, da socialização, da motricidade, da coordenação motora e espacial,
da atenção e outros aspectos necessários ao processo de aprendizagem nesta etapa da educação
básica. Nesse processo, o educador tem papel singular ao propiciar condições emocionais,
corporais, afetivas e éticas favoráveis para a aprendizagem e formação individual das crianças. Esse
processo, viabilizado por meios lúdicos, pode ser utilizado como uma ferramenta através das
brincadeiras e outras ações, facilitando a aprendizagem e trazendo benefícios tanto para as crianças
como para sociedade. A realização do estágio aconteceu em etapas, nas quais foram desenvolvidas
atividades numa perspectiva do tipo etnográfica tais como observação, entrevista, relato de
observação, construção de projeto, planos diários e materiais didáticos pedagógicos. A soma desses
elementos colaborou para a determinação das dinâmicas do estágio aplicadas de forma lúdica. Para
desenvolvimento desse trabalho utilizamos como base teórica de estudo autores como: Kishimoto,
(1997); Alves, Fontes e Muricy, (2013); Corsino (2009); Gauthier (2006); Pimenta (2004); Pimenta
e Lima (2004); Vasconcellos (2000); Dayrell, (1997); Kamii e Devries (1991); e Vygotsky (1989).
Nessas circunstâncias, o estágio supervisionado em educação infantil do curso de pedagogia, se
constitui uma sólida base para que nós futuras professoras possam compreender os desafios, os
dilemas e os prazeres naturais existentes na sala de aula, na gestão da classe, no tempo e rotina
escolar podendo estabelecer relações entre teoria e prática. É um momento decisivo para nossa
formação profissional onde começamos a nos sentir profissionais seguras, autônomas e reflexivas.
Considerando esse conjunto de fatores espera-se contribuir com conhecimentos que possibilitem
promover a reflexão e o debate sobre a formação de professores, as práticas formativas,
desenvolvimento e aprendizagem infantil através da ludicidade de forma contundente. Por fim,
podemos dizer que o estágio supervisionado foi o início para que nós futuras professoras
convivêssemos com a realidade escolar visto que, foi durante o estágio que descobrimos as várias
faceta da educação e o que há por detrás delas. Sendo assim, o período em que se destina ao estágio
serviu de parâmetro entre o que é visto na teoria e o que é realizado na prática.

BRINCAR COM AS PALAVRAS E IMAGENS: RELATO DO PROJETO BRINCA SOL –


UESB

Marilete Calegari Cardoso (UESB)


Lilian Fonseca Lima (UESB)

RESUMO
87
A leitura na educação infantil tem um papel fundamental, envolvendo os aspectos cognitivos,
sensíveis e culturais. Até bem pouco tempo, o aspecto cognitivo era pouco considerado educação
infantil, e esta etapa de ensino não estava integrada na educação básica. A Lei de Diretrizes e Bases
da Educação 9.394/96, assim como as Diretrizes Curriculares Nacional da Educação Infantil vieram
garantir este espaço à educação de 0 a 6 anos, bem como a ampliação do conhecimento através do
brincar, da música, leitura ou/e contação de histórias. Práticas de leitura para as crianças têm um
grande valor em si mesmas, não sendo sempre necessárias atividades subsequentes, como o desenho
dos personagens, a resposta de perguntas sobre a leitura e etc. Tais atividades só devem se realizar
quando fizerem sentido e como parte de um projeto mais amplo. Caso contrário, pode-se oferecer
uma ideia distorcida do que é ler. No entanto, como garantir o direito da criança brincar,
experimentar atividades que lhe despertam o prazer para leitura de mundo, a criatividade e a
imaginação, no espaço de creche? Qual a contribuição da Universidade no sentido de garantir às
crianças estes direitos? Contribuir com a comunidade acadêmica em projetos que fortalece o papel
do lúdico na formação de crianças leitoras, e formar professores que trabalhem coma a leitura na
perspectiva lúdica são duas contribuições possíveis. Este trabalho, portanto, tem como objetivo
relatar uma das ações do projeto de extensão Brinca Sol: Brincar de contar histórias, desenvolvido
na Creche Casinha do Sol pertencente à UESB/Jequié-Bahia, contribuindo na construção da
subjetividade e da sensibilidade do professores e graduandos em formação, quando muitas
experiências de leituras ganharam consistência, visando sobretudo o desenvolvimento de uma
metodologia que priorize as atividades de leitura através da estreita relação com o lúdico. Será
relatado neste trabalho, no primeiro momento, como e quais foram às atividades desenvolvidas no
projeto brincando com a leitura, e, no segundo momento, sobre a avaliação dos resultados
encontrados do ponto de vista da proposta geral e da participação dos envolvidos. Acreditamos que
este trabalho subsidia tanto aos educadores que atuam em Creche, como também aos alunos de
graduação dos Cursos de Pedagogia, e principalmente as crianças que se envolveram com nossas
atividades de leitura e ludicidade, nos mais variados espaços, como escolas e creches.

RELATO DE EXPERIÊNCIA ACERCA DA UTILIZAÇÃO DE JOGOS PARA ANÁLISE


DAS HIPÓTESES DE ESCRITA DE CRIANÇAS

Adriana Ribeiro Ferreira (UESB)

RESUMO

O processo de construção da lacto-escrita tem sido alvo de discussões no mundo da educação, tendo
em vista que o ofício de alfabetizar é um grande desafio para os professores e devido às novas
exigências que emergem na sociedade atual, o que significa dizer que este não um processo de
simples codificação e decodificação de signos, ou seja, é um processo que deve proporcionar
autonomia ao aluno e considerá-lo como sujeito que também constrói conhecimento. Assim,
compreender como acontecem os níveis de escrita do aluno é um fator de fundamental importância
para que o professor possa desenvolver práticas pedagógicas que contribuam efetivamente para a
aprendizagem do aluno. Dito isso, o presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência de
diagnosticar e analisar os níveis de escrita através dos estudos da Psicogênese da Língua Escrita
com alunos entre 6 a 8 anos de idade, que estão cursando o segundo ano do Ensino Fundamental I
numa escola do Município de Jaguaquara-BA. Como embasamentos teóricos foram utilizados os
pressupostos de Ferreiro (1981) e Ferreiro e Teberosky (1999). A constatação e a análise dos níveis
de escrita dos alunos foram realizadas após um estágio de observação requisitado pela professora da
disciplina Investigação da Cultura Escolar II, onde foi realizada uma pequena atividade diagnóstica
de escrita e interpretação de texto, bem como, a utilização de um jogo de sílabas móveis para a
intervenção com os alunos. Durante a intervenção pode-se perceber, que o jogo se mostrou eficaz

88
no intercâmbio de informações, e que esta estratégia pode realmente contribuir para a aprendizagem
do aluno de uma forma prazerosa.

LUDICIDADE COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NO ENSINO DA LEITURA E


ESCRITA PARA CRIANÇAS MENORES DE 06 ANOS DE IDADE

Adriana Ribeiro Ferreira (UESB)

RESUMO

Embora alguns estudiosos ainda critiquem a inserção da leitura e escrita no ensino para crianças
menores de 06 anos de idade, na Educação Infantil, a criança pequena deve experimentar às
diversas formas de linguagens, sejam elas verbais, textuais, musicais, etc., o que exige que as
práticas pedagógicas do professor nessa etapa da educação sejam norteadas pelas brincadeiras e
interações que contribuam para a aprendizagem da criança. Haja vista, que a brincadeira mantém o
imaginário da criança ativo, fazendo com que a mesma desenvolva o domínio da linguagem
simbólica e atribua significados aos elementos da realidade e simbólicos. Por isso, o presente
trabalho tem por objetivo refletir acerca da importância da ludicidade no processo de alfabetização e
letramento na infância. A metodologia utilizada foi à pesquisa qualitativa, do tipo participante. O
instrumento utilizado foi a entrevista com cinco professoras da Educação Infantil. Foram utilizados
como referência os autores como, MACHADO (1996), KISHIMOTO (1998), PIMENTEL (2007),
LUCKESI, SILVA, COSTA E OLIVEIRA (2013), ROJO (1998), SOARES (2009). Os dados
coletados e posteriormente analisados reforçaram que, os jogos, as brincadeiras de faz de conta, a
música, o teatro, entre outros, são recursos lúdicos que oferecem oportunidades de aprendizagem e
de desenvolvimento para a criança em vários aspectos. As professoras consideram as estratégias
lúdicas como elementos condutores no processo na alfabetização e letramento da criança pequena.
Por fim, a partir da realização do estudo, conclui-se que as brincadeiras e atividades lúdicas
proporcionaram às crianças pequenas que sejam inseridas no processo de alfabetização e
letramento, através de teatros, músicas, fantoches, poesias, textos literários infantis, parlendas,
contos e reconto desenhos (que é a representação gráfica das histórias).

O LÚDICO NAS EXPERIÊNCIAS FORMATIVAS ADQUIRIDAS EM ESTÁGIO NA


EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE PÚBLICA DE JEQUIÉ

Jussara Guimarães do Nascimento (UESB)


Maria da Paz dos Santos Sodré da Silva(UESB)
Rosangela de Jesus (UESB)

RESUMO

O presente resumo pretende abordar relato de traços lúdicos nas experiências vividas no estágio
remunerado promovido pela Prefeitura Municipal em parceria com o Centro de Integração
Empresa-Escola – CIEE, na escola Municipal Antônio Padre Molina em Jequié-Ba, Tendo como
tema o lúdico nas experiências formativas adquiridas em estágio na educação infantil da rede
pública de Jequié. Com finalidade de informar a importância e a contribuição do programa em
nosso processo de formação e graduação no curso de pedagogia, o qual nos proporciona está
inserido no “chão da escola” antes mesmo do estágio regular da disciplina. Trazendo como objetivo
a importância da ludicidade na sala de aula para aquisição do conhecimento dos alunos na educação
infantil. Essas experiências vividas no estágio são fundamentais na formação do futuro professor
educador para o desenvolvimento de uma prática educativa de qualidade. Na Educação Infantil
percebemos que as atividades lúdicas estimulam positivamente às crianças, pois elas brincam,
jogam e se divertem, além de se desenvolverem por estarem em contato com um universo escolar
89
prazeroso e desafiador, com oportunidades para seu desenvolvimento. As atividades lúdicas
também podem ser consideradas tarefas do dia-a-dia na educação infantil, pois o uso dessa prática
juntamente com o interesse do professor educador, contribui para uma boa adaptação na instituição
e no alcance dos desígnios pedagógico. Os primeiros anos da criança na escola são determinantes
para o seu desenvolvimento, pois é nesse período que ela está construindo sua identidade sócio
afetiva, intelectual, física, e adquirindo novos conhecimentos e habilidades naturais como as de
linguagem, motricidade, coordenação motora e atenção. Destacamos ainda que o trabalho lúdico
por meio dos jogos e brincadeiras com fins pedagógicos, explora muito a criatividade e a auto-
estima no processo de ensino-aprendizagem, pois as crianças manipulam com espontaneidade. A
disponibilidade do professor em formação e da escola em trabalhar uma metodologia de forma
lúdica é de fundamental importância para a aquisição do conhecimento da criança em seu processo
de aprendizagem, e também para a escola e todos os sujeitos inserido nela. Nossa metodologia para
construção desse trabalho foi qualitativa com observações diárias, conversas com as professoras, e
em respostas de questionário para CIEE. Utilizamos como base teórica estudiosos como:
Kishimoto, (1997); Vasconcellos (2000); HOHMAN; BANET, WEIKART, 1984, P.178; PCNs
(2006). A realização do nosso estágio em pedagogia acontece semanalmente com carga horária de
20h00s, nas quais auxiliamos as professoras nas atividades, numa perspectiva compreender os
prazeres, desafios e dilemas encontrados e como são enfrentados na sala de aula. consideramos esse
estágio uma base para nós tornamos professoras educadoras estabelecermos relações entre teoria e
prática. Dessa forma, o estagio nos possibilita estudos e ensinamentos para desempenharmos um
trabalho significativo que nos tornará reflexivas e autônomas.

A LUDICIDADE NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO


INFANTIL

Maria da Glória Santos Vidal (UESB)


Vanusa Silva de Souza (UESB)

RESUMO

O presente trabalho trata-se de uma pesquisa acerca da ação educativa na creche Municipal Alaor
Coutinho (CAIC), realizado no período entre 08 e 19 de junho, durante a disciplina Investigação da
Cultura Escola I, do curso de Pedagogia da UESB, campus de Jequié. O objetivo desse estudo foi
compreender e identificar como a professora regente da sala de infantil utiliza a ludicidade no
processo de ensino aprendizagem. Nesta atividade de pesquisa utilizamos o método, observação não
participante, visto que desenvolveríamos um trabalho de sondagem por meio de coleta de dados
através da observação e por meio de entrevista com a regente da sala e conversas informais com a
equipe administradora da unidade de ensino. O estudo ancorado por Vygostsky (1998), Campos
(1986), compreendemos que no período da educação infantil o brincar é de grande importância,
pois as crianças aprendem melhor quando esse professor tem inserido em seu planejamento, jogos
e brincadeiras lúdicas no processo de experiência e aprendizagem da criança. O brincar nesta
perspectiva assume um papel de alta relevância na infância, pois, por meio desse fenômeno os
processos de descoberta, desenvolvimento e aprendizagem se tornam mais significantes e
prazerosos, e, com enorme significado na vida da criança tornando importante para a evolução das
habilidades na infância. No alcance dos resultados constatamos, que o cotidiano da sala era sempre
igual: atividades repetitivas, mecânicas. Revelando um cenário típico de como se encontra a
situação das nossas escolas públicas e destaca quanto tempo é desperdiçado no dia-a-dia da sala de
aula com a rotina que, se limita as seguintes ações como, filas, lanches e brincadeiras fora de hora,
cantos e orações. Não notamos a sensação de prazer que envolve as crianças em atividades lúdicas,
e nenhum desenvolvimento de interação com professores e colegas, visto que a professora os
repreendiam se estas levantassem dos seus lugares. Por fim, afirmando teorias as quais abordam as

90
dificuldades que alguns educadores têm em perceber a importância da brincadeira no processo de
ensino e aprendizagem.

PRÁTICAS DE LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL DA ESCOLA TAYLOR


EGÍDIO

Amanda Nery da Silva(UESB)


Darciane Vieira Barros (UESB)
Evelyn Oliveira Correia (UESB)
Ivigne Silva Pontes (UESB)
Luan Micael Bispo Santos (UESB)
Patricia Soares Oliveira(UESB)
Talita Costa Oliveira (UESB)

RESUMO
O principal objetivo do trabalho é analisar as práticas de Letramento na Educação Infantil da Escola
Taylor Egídio, localizada na cidade de Jaguaquara, no turno matutino. A observação foi realizada
no dia 18 de setembro de 2015, das 8 h às 10 h nas salas do g3, g4 e g5. Para a análise do processo
em estudo, foi aplicada a pesquisa qualitativa, além da pesquisa bibliográfica, através da consulta de
textos propostos pelas professoras Rosângela e Sonilda, docentes dos respectivos componentes
curriculares: Alfabetização I e Linguística Aplicada a Alfabetização, sobre o tema em questão,
tendo como suporte teórico Cecília Goulart (2006), Emília Ferreiro (1985), Silmara Coelho (2010),
Paulo Freire (1984) e Magda Soares (1998). Para a concretização da prática, fizemos o trabalho de
campo. As crianças da Escola observada estão imersas em eventos de letramento. Percebemos
então, que algumas práticas se repetiram nas diferentes salas, pois se tratava de uma questão política
da escola. A democracia e os mais variados tipos de respeito foram exemplos de ensinamentos que
se fez presente em todas as turmas visitadas, respeito esse que começa pelo professor que não deve
se considerar a chave do conhecimento, mas dar condições para que a criança descubra-o, tornando-
se fundamental adotar o seu ponto de vista, o que nos faz refletir sobre a importância de pensar a
ação educativa como uma prática democrática e participativa, que dê voz e vez aos alunos, assim
também como sobre a importância das práticas de letramento na educação infantil que além de
ampliar a leitura do mundo pode auxiliar os processos de aprendizagem, tendo o professor grande e
fundamental importância nesse processo de mediação dos saberes, a fim de levar as crianças sempre
a refletirem sobre o mundo e a sociedade em que vivem. Sendo assim, trazer as práticas de
letramento para a Educação Infantil não é nenhum equivoco, é necessário, pois é lá que a criança
vai ampliar o seu nível de letramento.

GT10: ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM LÍNGUA PORTUGUESA E


LITERATURAS: UM OLHAR E MÚLTIPLAS LINGUAGENS
Coordenadora: Marcia do Couto Auad (UESB)

RESUMO

Este GT pretende ser um espaço para relatos de experiências de alunos do Curso de Letras, a partir
do trabalho realizado nos estágios supervisionados em Letras, que tenham utilizado uma ou mais
linguagens na sua concepção e/ou aplicação. A proposta consiste em apresentação do projeto e da
linguagem, bem como os resultados. Tal, apresentação deve estar embasado nos PCN do Ensino
Fundamental e/ou Médio e, nas concepções de Língua Portuguesa, Leitura, Literatura e Produção
91
Textual que contemplam tais práticas. O olhar sobre as diversas linguagens deve ser entendido
como um espaço para práticas pedagógicas que envolvam linguagens como música, cinema, vídeo,
mídia, multimídia, imagens dentre outras. As propostas podem ser de estágios já realizados ou em
andamento que possuam resultados preliminares.

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

LEITURA, LEITOR E INCLUSÃO: UMA RELAÇÃO DE AMOR

Almir Santos Oliveira (UESB)


Leandro Silva de Almeida (UESB)
Thiena Miranda Santos (UESB)

RESUMO

O trabalho Leitura, Leitor e Inclusão: Uma Relação de Amor tem como objetivo possibilitar a
leitura de maneira interativa do poema “Poema a Gonçalves Dias”, do autor Valdeck de Jesus, a
todos, com um enfoque nas pessoas com deficiência visual. Baseado no poema foi desenvolvido um
projeto, visando promover acessibilidade entre o poema e o deficiente visual. Para um
embasamento metodológico foram utilizados dois textos: “COMO E POR QUE LER POESIA” de
Moriconi(2002), segundo o autor, “Toda linguagem tem seu quê de poesia. Mas a poesia é o “que”
da linguagem está mais em pauta. A poesia brinca com a linguagem. Chama atenção para
possibilidade de sentido”. A poesia é uma linguagem que atinge os sentidos, uma leitura que
proporciona prazer, daí envolver a poesia como leitura inclusiva é um caminho para expansão da
inclusão na leitura; a leitura leva o indivíduo a ter intimidade com as palavras, e torna a pessoa
deficiente participante da sociedade, dando a ela a oportunidade de explorar suas limitações. O
segundo texto é “O DESAFIO DA LEITURA” de Solé (1998), ele afirma que “a leitura é um
processo de interação entre o leitor e o texto; neste processo tenta-se satisfazer os objetivos que
guiam sua leitura”. A leitura tem seu propósito e para se chegar até ele é preciso analisar,
compreender e interpretar. Não é apenas despertar as capacidades intelectuais, mas descobrir e
instigar os interesses pela leitura e pela poesia. Essa afirmação é concordante com os PCN’s (1988),
preconizam a atenção à diversidade da comunidade escolar e baseiam-se no pressuposto de que a
realização de adaptações curriculares pode atender a necessidades particulares de aprendizagem dos
alunos. Consideram que a atenção à diversidade de se concretizar em medidas que levem em conta
não só as capacidades intelectuais e os conhecimentos dos alunos, mas, também, seus interesses e
motivações. Foi construída uma maquete sobre o poema “Poema a Gonçalves Dias” de Valdeck
Almeida de Jesus. Esta maquete contém materiais que retratam quatro ambientes que são descritos
no texto poético do autor. Os visitantes puderam tocar em lugares diferentes da maquete explorando
outros órgãos sensoriais que podem ser ativados no processo de leitura. Foram transcritas partes do
poema em Braille e em língua portuguesa. Houve também uma minimaquete na qual os visitantes
montaram um ambiente que seja diferente do que é retratado no poema, levando o leitor a refletir
sobre questões ligadas ao meio ambiente. Para tanto, houve uma busca na Associação Jequieense de
Cegos (AJECE), auxiliando na transcrição do poema em Braille. Neste trabalho procurou-se
desenvolver o processo de leitura do poema contemporâneo, tornando-o acessível ao deficiente
visual, por meio do sistema Brailler.

A LITERATURA E O OLHAR MIDIÁTICO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO NA


ESCOLA DO COLÉGIO DA POLICIA MILITAR DE JEQUIÉ-BA

Carlos Felício de Jesus Valverde (UESB)


92
Catiele Maia Santana (UESB)

RESUMO

O Estágio Supervisionado é uma experiência que proporciona ao Estagiário o preparo à docência.


Dessa forma, o presente trabalho é de suma importância porque compartilha conhecimentos da
melhor maneira entre docente e discente, e vai além dos parâmetros da Literatura. O objetivo deste
trabalho é mostrar o processo de desenvolvimento do projeto Cine 5 minutos, que foi trabalhado na
disciplina Estágio Supervisionado II, no 2º ano A do ensino médio, no Colégio da Policia Militar
(CPM) nacidade de Jequié-BA, em 2015. Orientados pela professora Marcia do Couto Auad,
ministrante da disciplina de Estágio, a proposta foi associar os conteúdos de língua portuguesa,
literatura e produção textual, de modo interdisciplinar através da realização da mostra de cinema:
Cine 5minutos, com vídeos feitos por alunos do ensino médio, a partir de obras da literatura
brasileira, com duração de cinco minutos. Feito isso, foram formados 5 grupos com 7 pessoas e
apresentado aos alunos o livro “Dom Casmurro”, de Machado de Assis. Foi pedido para que eles
fizessem também a leitura do livro e escolhessem um fragmento, ou o capítulo (ou mais de um
capítulo) que se pretendia trabalhar, a fim de fazer uma releitura do livro de forma criativa e
transformá-lo no vídeo de curta duração, com no máximo 5 minutos. Utiliza-se dos PCNs nível
médio,“Língua, texto e ensino: outra escola possível” deAntunes (2009), “Português no Ensino
Médio e Formação do Professor” de Bunzem e Mendonça (2006), entre outros, para embasamento
teórico do trabalho. O resultado do trabalho solicitado esteve acima do que se esperava porque os
alunos foram bem criativos na construção dos vídeos. Apesar das dificuldades comentadas por eles
durante a execução, a apresentação do trabalho foi um sucesso. Todas as 5 equipes apresentaram
seus trabalhos, respeitadas as regra de elaboração do vídeo. O trabalho foi de fato muito satisfatório,
já que foi uma proposta que mexia com concepções interdisciplinar, levando o aluno a interagir com
a literatura machadiana e com conteúdos midiáticos.

TEORIA E PRÁTICA: REFLEXÕES SOBRE A DOCÊNCIA

Daniel Santos dos Santos (UESB)


Mariana Tane Neves Vasconcelos (UESB)

RESUMO

É durante o processo de formação que o aluno de graduação do Curso de Licenciatura tem a


oportunidade de entrar em contato com as teorias e tendências metodológicas acerca da prática de
ensino, como por exemplo, os tipos de abordagens e as práticas de oralidade e produção textual que
envolve o ensino de língua, seja no âmbito da Literatura, Gramática e/ou Produção de Texto. A
realização do Estágio Supervisionado é uma exigência das licenciaturas para o cumprimento de
requisitos práticos, uma vez que durante esse período é que o graduando pode aliar conhecimento e
prática, universidade e ambiente escolar. O Estágio Supervisionado tem como objetivo analisar as
práticas mediante a teoria e buscar desenvolver competências visando o desempenho ao atuar como
docente. O presente estudo visa socializar o trabalho concretizado durante o período de regência no
Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães, no qual foi realizado o desenvolvimento e diálogo dos
conteúdos das disciplinas Língua Portuguesa e Redação do 1º ano do ensino médio propiciando ao
aluno o gosto pela leitura, produção textual e discussão dos diversos aspectos e elementos que
compõem os gêneros literários, contribuindo para o desempenho das competências comunicativa,
textual e linguística, propostas nos Parâmetros Curriculares Nacionais. Aliado a esse
desenvolvimento de competências a metodologia desse trabalho foi baseada no ensino produtivo
93
proposto por Travaglia que visa o contato com diversos tipos textuais, bem como a inserção de
outras linguagens e tipos textuais que possibilitem o interesse pela leitura, haja vista que na
passagem do ensino fundamental para o ensino médio há um declínio em relação à leitura de
autores/textos canônicos. Tendo em vista isso, o projeto de estágio concentra-se na junção de textos
da literatura periodizada pelos livros didáticos com novas linguagens que se desenvolveram a partir
de leitura de imagens, músicas atuais e vídeos. Como produto final do trabalho desenvolvido,
obtivemos cinco vídeos de cinco minutos cada. Tais vídeos foram construídos a partir da relação
dos conteúdos trabalhados em Literatura (Trovadorismo), Redação/Produção Textual (Descrição) e
Gramática (Figuras de Linguagem) com cinco músicas selecionadas pelos estagiários. A produção
dos vídeos ocorreu parte na própria escola (três vídeos), parte em ambientes extras (2 vídeos). Para
tanto, durante as aulas os grupos de 5 a 7 componentes foram divididos conforme afinidade entre os
próprios alunos. A produção dos cinco vídeos de cinco minutos cada, proposta do nosso projeto de
estágio, se tornou possível porque o ensino-aprendizagem só se efetiva de forma processual e,
dentro desse processo é preciso ter em vista que ser professor é lidar com diversos contextos em
sala de aula, isso faz com que o projeto de estágio se torne algo maleável, algo que tem e deve se
modificar conforme o processo que leva a legitimação da educação.

A LITERATURA E O OLHAR MIDIÁTICO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO, DA


ESCOLA ESTADUAL MARIA JOSÉ DE LIMA SILVEIRA, DA CIDADE DE JEQUIÉ/BA

Adriane Santos Almeida (UESB)

RESUMO

Na contemporaneidade há uma grande necessidade de fazer com que os alunos se interessem pelo
conteúdo da aprendizagem, para isso, uma das alternativas encontradas é justamente dar ao aluno a
oportunidade de conhecer e aprender por meio das tecnologias da informação e comunicação, já que
essa é uma ferramenta que faz parte da vida quotidiana dele e, de acordo com os PCNs (2000) seu
estudo deve permear o currículo escolar e suas disciplinas. O presente trabalho apresenta um relato
de experiência sobre o desenvolvimento do projeto “Mostra de Cinema Cine 5 minutos”, o qual foi
desenvolvido no Estágio Supervisionado II e aplicado em turmas do 1º ano, do Ensino Médio, da
Escola Estadual Maria José de Lima Silveira, da cidade de Jequié/BA. A principal finalidade deste
projeto foi a produção de vídeos a partir de textos literários, sendo que a produção desses vídeos foi
uma atividade interdisciplinar já que para a confecção dos mesmos o aluno utilizou conhecimento
de Língua Portuguesa, Literatura, Redação e Oralidade. O desenvolvimento desse projeto foi
dividido em nove etapas, as quais consistiram em: seleção dos conteúdos, escolha das obras
literárias, formação dos grupos e produção de resumos, montagem do projeto para o vídeo,
apresentação oral do projeto, reestruturação do projeto e organização da filmagem, gravação do
vídeo, realização da mostra de cinema com os vídeos produzidos e avaliação do resultado. O
resultado final desse projeto foi a mostra de cinema realizada com três vídeos produzidos a partir
dos contos: Felicidade Clandestina de Clarice Lispector, Doce de Tereza de Flavia Savary e do
romance Agora estou sozinha de Pedro Bandeira. Enfim, esse projeto aliou as tecnologias de
informação e comunicação às metodologias utilizadas em sala de aula e foi de extrema importância
para a prática docente no ensino médio, visto que foi uma estratégia para ensinar os conteúdos
usando algo que atualmente os alunos tanto gostam: as novas tecnologias.

PROJETO DE ESTÁGIO “MOSTRA DE CINEMA CINE 5 MINUTOS - A LITERATURA


E O OLHAR MIDIÁTICO DOS ALUNOS DO 1º ANO DO ENSINO MÉDIO DO COLÉGIO
MODELO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES”

Quellen Brenda Ferraro Santana (UESB)

94
RESUMO

Com o avanço das novas tecnologias e ferramentas da informação, é necessário analisar sobre a sua
utilização em sala de aula pensando na otimização do ensino. Nessa perspectiva, segundo os PCNs
(2000), o uso de novas tecnologias no ensino torna-se relevante ao dar ênfase aos recursos
expressivos da linguagem verbal relacionados aos textos e contextos. Este trabalho apresenta o
relato de experiência acerca do desenvolvimento do Projeto "Mostra de Cinema Cine 5 minutos". O
referido Projeto foi desenvolvido na fase da regência do Estágio Supervisionado II, no Colégio
Modelo Luís Eduardo Magalhães, na turma do 1º Ano do Ensino Médio. Um dos objetivos do
Projeto foi a produção de vídeos realizada pelos alunos que tiveram como base textos literários e
letras de músicas analisados em sala de aula, que no seu desenvolvimento houve
interdisciplinaridade entre conteúdos das áreas de conhecimento de Língua, Literatura e Produção
textual. A aplicação do Projeto foi composta por nove etapas, sendo elas, a seleção dos conteúdos,
sorteio dos textos literários e letras de músicas, organização dos grupos e produção de resumos,
montagem do projeto para o vídeo, apresentação oral do projeto, em forma de seminário,
reestruturação dos projetos e organização da filmagem, gravação dos vídeos, realização da mostra
de cinema, com a exibição dos vídeos produzidos, e, por fim, a avaliação do resultado. O resultado
final desse Projeto foi a mostra de cinema realizada com três vídeos que tiveram como base a
música "De volta pro meu aconchego", de Dominguinhos, a música "Olhos nos olhos", de Chico
Buarque e a Cantiga de João Garcia. Em vista disso, a proposta do Projeto de Estágio e sua
aplicação foi de suma relevância, pois os estudantes usaram o seu conhecimento sobre os recursos
tecnológicos que fazem parte de sua realidade, e perceberam que tais recursos podem tornar-se um
meio didático utilizado pela escola. Além disso, a leitura, a elaboração de resumos, reescrita e
interpretação de textos contribuíram para aperfeiçoar a escrita e a oralidade do aluno, bem como seu
interesse em querer aprender mais.

POETAS DA TERRA DO SOL

Maria Beatriz Duarte Miranda (UESB)


RESUMO

O presente estudo tem por objetivo apresentar as experiências e atividades desenvolvidas no


decorrer do processo das reuniões e intervenções realizadas para o Pibid – Programa Institucional
de Bolsa de Iniciação à Docência –, com linha de ação EJA – Educação de Jovens e Adultos –,
dentro do Subprojeto Interdisciplinar UESB/Capes, Campus de Jequié, analisando, através de um
panorama educacional e social, a importância do programa e do seu viés multifacetado para a
educação básica, e o impacto que este projeto causa – no que tange a aprendizagem –, tanto na vida
dos alunos da educação básica quanto na vida dos discentes do curso de licenciatura em Letras, que,
por suas vezes, se tornarão os educadores do amanhã. A atividade relatada se constitui em uma
Oficina Literária denominada Poetas da Terra do Sol, realizada no CEEP, com o intuito de
aproximar os alunos do universo literário, assim como, apresentar obras de autores da própria região
que se consagraram através dos seus escritos – destacando-se a autora Maria Lúcia Ramos Prisco,
cuja vida e obra também foram estudadas – visando incentivar a leitura e a escrita, também a
transpassar para os alunos a importância da apreciação e valorização da marca regionalista muito
vista nas poesias da autora em questão, explorando, a partir de uma perspectiva multilateral do
Programa PIBID, a releitura dos versos poéticos nas diversas manifestações culturais, tais como:
teatro, música, dança, arte, entre outros. O embasamento teórico do trabalho se ancora nas
concepções sobre gêneros textuais e ensino de Marcuschi (2008, 2010) e Dionísio, Machado e
Bezerra (2010). Em suma, o estudo mostrou-se relevante para fomentar discussões acerca do caráter
interventivo que o Programa possui e crucial para compreender até onde as ações que ele
desenvolve interferem na aprendizagem dos alunos da escola e estimula os licenciandos à prática
em sala de aula, funcionando como ponte para a construção do saber.
95
GT11: ANÁLISE DAS COMPETÊNCIAS LEITORAS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE
LÍNGUA PORTUGUESA

Coordenadora: Rosely Costa Silva Gomes (UESB)

RESUMO

Com a publicação dos documentos oficiais (PCNs e OCNs), instaura-se, a partir da década de 90, a
proposta de um novo enfoque para o ensino de Língua Portuguesa, com base em uma perspectiva
textual e, sobretudo, contextual e que define como um dos principais objetivos do ensino de Língua
Portuguesa a formação de um leitor competente. A concepção de linguagem como forma de ação e
interação no mundo e como processo de construção de sentidos reverbera a adoção do texto como
unidade e o gênero discursivo como objeto de ensino de Língua Portuguesa. Nessa perspectiva, o
ato de ler ganha novas definições bem como o perfil leitor, o qual deve ser capaz de, entre outras
habilidades, antecipar sentidos e ativar conhecimentos prévios relativos aos textos, identificar a
finalidade de textos de diferentes gêneros, identificar as marcas linguísticas que evidenciam o
locutor e o interlocutor de um texto. Essa perspectiva teórico-metodológica, fundamentada nos
estudos de Mikhail Bakhtin e Lev Vygotsky, entre outros, perpassa também as propostas de
avaliações de âmbito nacional, a exemplo da Prova Brasil e do ENEM (Exame Nacional do Ensino
Médio), criado em 1998 pelo Ministério da Educação e que vem se firmando como canal de acesso
às universidades públicas federais. Esse último aspecto relaciona-se diretamente ao interesse das
discussões que se pretende instaurar no presente GT: o perfil leitor exigido nos exames oficiais e o
formado nas escolas. A comparação justifica-se pela possibilidade de se avaliar em que medida a
escola tem contribuído para a garantia de acesso dos egressos do ensino médio ao nível superior.
Partindo-se do pressuposto de que o livro didático é ainda nos dias atuais o grande instrumento de
trabalho do professor, este GT receberá propostas de trabalhos que investiguem qual o perfil leitor
constituído nos livros didáticos de Língua Portuguesa, com o objetivo de verificar se as questões
propostas nesses materiais didáticos contribuem para o desenvolvimento das competências e
habilidades definidas na Matriz de Referencia de Língua Portuguesa do Sistema Nacional de
Avaliação da Educação Básica (SAEB), documento que tem orientado a elaboração de instrumentos
de avaliação oficial no Brasil.

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

A CONTRIBUIÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO PORTUGUÊS - LÍNGUA E CULTURA PARA


A FORMAÇÃO DO LEITOR COMPETENTE

Edmila Silva de Oliveira (UESB)


Jaile Barbosa Bomfim (UESB)

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo analisar as atividades relacionadas à leitura presentes no livro
didático Português - Língua e Cultura destinado ao 2º ano do Ensino Médio, publicado pela Editora
Base Editorial em 2013. A presente análise é realizada tendo como referencial teórico as Matrizes
de Referência do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), com ênfase nas
habilidades e competências necessárias para a formação do perfil do leitor competente. As matrizes
contribuem de maneira significativa para o processo de avaliação de conteúdos, na perspectiva de
competências e habilidades que os alunos deveriam dominar em determinada série. Elas foram
elaboradas através de uma consulta nacional, levando em consideração os conteúdos trabalhados
96
nas escolas do país. Nesse sentido, o exercício de analisar um livro didático observando os tópicos e
descritores apresentados na matriz do Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB permite
compreendermos se a elaboração das questões está de acordo com o que exigem as competências e
habilidades definidas na Matriz. Essa análise levará em conta algumas habilidades discursivas
consideradas essenciais nas situações de leitura, esta que é fundamental para o desenvolvimento de
outras áreas do conhecimento, bem como para o exercício da cidadania. Os resultados apontam que
o livro didático investigado contribui parcialmente para a formação do leitor competente.
Entendemos que a competência de leitura é um recurso valioso, que habilita o estudante a interagir
com os outros, sendo apto a discutir e participar de maneira ativa de tudo o que ocorre em sua volta.
Logo, analisar as Matrizes de Referência do SAEB foi uma atividade de suma importância para nós
enquanto discentes, e futuros docentes de Língua Portuguesa, a fim de que, saibamos de forma
coerente e cercada de êxito, quais competências exigir e quais habilidades esperar e ajudar a
desenvolver nos alunos, além de poder contribuir para uma educação justa e transformadora.

ANÁLISE DE ATIVIDADES DE LEITURA EM LIVRO DIDÁTICO

Alicelma Meira (UESB)


Jamile Cristiane Oliveira Santos (UESB)

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar atividades de leitura presentes no livro didático de
Língua Portuguesa do 9º ano da coleção Perspectiva das autoras Norma Discini e Lucia Teixeira.
Tal análise é realizada na perspectiva teórica das matrizes de referências do SAEB. Os resultados
apontam que as atividades de leitura propostas formam competentes leitores. Por serem
interdisciplinares tais atividades requerem do aluno várias habilidades.

ANÁLISE DOS GÊNEROS DISCURSIVOS NO GUIA DE ESTUDO DE LÍNGUA


PORTUGUESA DO PROGRAMA FEDERAL PROJOVEM URBANO

Maria do Carmo Almeida Souza (UESB)


Vania Raquel Santos Amorim (UESB)

RESUMO

Este trabalho investiga o tratamento dado aos gêneros textuais no livro didático Guia de Estudo da
Unidade Formativa I, na disciplina de Língua Portuguesa, do Projeto Federal Projovem Urbano. A
pesquisa será desenvolvida à luz da linguística sociointeracional, tomando como referência,
sobretudo, Backtin (1952, 1992), Brasil (1997), Geraldi (1996), Marcuschi (2001, 2011), Possenti
(1996) e Soares (1998). Temos como objetivo verificar se há consonância entre as práticas
pedagógicas de leitura e escrita do Projovem Urbano com as propostas dos Parâmetros Curriculares
Nacionais, assim como, se os temas abordados contribuem para o desenvolvimento do processo de
letramento do público estudantil destinado a esse projeto. O resultado dessa pesquisa mostra que o
tratamento dos gêneros textuais no livro didático não contempla as propostas básicas estabelecidas
pelos PCNs, pela forma tradicionalista de propor tanto a leitura como a produção escrita. Ainda
podemos perceber que o gênero textual se faz presente, mas sua exploração se dá de maneira
descontextualizada, não proporcionando, dessa forma, o desenvolvimento da competência
discursiva, nem o uso efetivo da língua nos diversos contextos de interlocução dos alunos.

DISCUSSÃO ACERCA DA CONCEPÇÃO DE LINGUAGEM NO CONTEXTO DO LIVRO


DIDÁTICO
97
Barbara Santana Cardoso (UESB)

RESUMO

Compreendemos a leitura como um elemento fundamental para a emancipação do ser humano


enquanto sujeito crítico e agente de seu conhecimento. Entretanto, para que a mesma cumpra com
essa expectativa, este processo deve ir muito além da mera decodificação de aspectos linguísticos,
ou seja, é necessário ultrapassar os preceitos, muitas vezes estabelecidos pela escola e seguidos
maioria dos professores, de ler apenas para responder questões, uma vez que é primordial deixar o
sujeito ser autor de seu próprio conhecimento, dando possibilidade de o mesmo criar estratégias de
leitura e interpretações enquanto ser pensante. Quase sempre o professor não está consciente da
teoria linguística ou do método que embasa o seu trabalho, pois muitas vezes, não ocorre uma
reflexão sobre os pressupostos da metodologia que adota em sala de aula, chegando mesmo a não
saber exatamente o que está fazendo e qual o objetivo pretendido com os seus procedimentos.
Diante disso, este artigo pretende discorrer sobre as concepções de linguagem baseadas e,
consequentemente será feita uma análise acerca da concepção de leitura que sustenta a proposta
metodológica dos autores do livro ‘Português Linguagens’ do sétimo ano/ensino fundamental.
Sabemos que o processo de estudo, principalmente nas series inicias do ensino é pautado em muitas
leituras, construções de textos. É um verdadeiro construir/ desconstruir típico desse momento de
conhecimento. Diante do exposto fica a critério do professor optar por métodos que favoreçam e/ou
enriqueçam sua estratégia de trabalho. No que se refere à coleta dos dados, podemos afirmar que os
autores apresentam uma proposta mista, uma vez que eles fazem mais uso de duas grandes
concepções: A linguagem como interação e como instrumento de comunicação. Não podemos
classificar uma concepção como melhor ou pior que outra; entendemos que muita coisa ainda deve
ser mudada na forma de ensinar, apenas o ensino de caráter normativo, e de certa forma, engessado
não é suficiente para garantir que o conhecimento do aluno seja abrangente. Existem métodos e
formas diferentes de cada profissional lidar, cabendo a ele escolher a que mais contemple seu estilo
de trabalhar. Mas vale salientar que levar o aluno a interagir com o texto e com o que ele escreve é
primordial, uma vez que o trabalho em sala pode se tornar mais prazeroso tanto para o educando
quanto para o educador.

MODELOS DE INVESTIGAÇÃO DA LINGUÍSTICA COGNITIVA COMO


ELEMENTOS PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES PROFICIENTES

Samuel dos Santos Calheira (UESB)

RESUMO
Os estudos em Linguística Cognitiva defendem a perspectiva teórica que a linguagem consiste em
uma conceptualização da percepção humana do mundo, a mesma é um novo paradigma no que
tange aos estudos científicos da relação linguagem e cognição. Este artigo visa a uma proposta de
contribuição na divulgação dos principais modelos de estudo da Linguística em destaque e de
corroborar como estes modelos são apresentados no livro didático por meio do ensino de Língua
Portuguesa para a formação de habilidades de leituras como a antecipação de sentidos no ato da
leitura, a ativação de conhecimentos prévios, com o objetivo de formar leitores competentes,
segundo as habilidades definidas pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB).
Partindo do entendimento do funcionamento da linguagem, como base na dinâmica dos usos
linguísticos em meio a experiência do sujeito no ato da comunicação, este estudo tem como
proposta dar ênfase para a divulgação dos domínios da cognição humana os quais incluem o
processo de categorização que consiste em um ato de comunicação para estabelecer o agrupamento
de categorias, com base nas semelhanças de suas propriedades, por meio da organização do
conhecimento em categorias que se organizam por relações de semelhanças de família que origina o
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modelo de protótipo. Por fim, destacar os estudos dos esquemas imagéticos que são analisados pelas
representações das experiências corporais, sensoriais e perceptuais de nossos movimentos no
espaço, de nossas experiências na manipulação de objetos e com as interações perceptuais. Deste
modo, por meio das abordagens expostas, os modelos de categorização, protótipo e esquemas
imagéticos são de notória importância para uma proposta concisa de investigação que se possa
compreender a abordagem da linguagem como parte integrante da cognição humana, na dinâmica
entre pensamento e linguagem por intermédio de fatores sociais e culturais que atuam para a
formação de leitores proficientes. Neste sentido, discutem-se as abordagens de Lilian Ferrari
(2011), Irène Tamba (2006), Mário Eduardo Martelotta e Roza Palomanes (2013), Roberta Pires de
Oliveira (2012), entre outros.

O GÊNERO CHARGE NO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Rafaele Menezes Galvão (UESB)

RESUMO

O presente trabalho, tem por objetivo discutir como a charge é abordada no livro didático, tendo
como base para a análise o livro “Português: Linguagens” de William Roberto Cereja e Thereza
Cochar Magalhães. Em busca de uma melhor contextualização serão apresentados conceitos de
gênero através do ponto de vista de diferentes autores que abordam o tema, como Bakhtin (1997),
Marcuschi (2005), Mouco (2007), Schneuwly e Dolz (2004) e outros. É notável, tendo em vista os
diversos estudos sobre o assunto, a importância de levar cada vez mais o trabalho com os gêneros
textuais para a sala de aula, uma vez que é possível, por meio do trabalho com os diferentes textos
de circulação social, propor atividades que explorem, além dos aspectos formais, outros elementos
textuais que contribuem para o processo de interação. A charge é uma crítica humorística de um
fato ou acontecimento específico. É a reprodução gráfica de uma notícia já conhecida do público,
segundo a percepção do desenhista. Apresenta-se tanto através de imagens quanto combinando
imagem e texto. A charge absorve a caricatura em seu ambiente ilustrativo. (MOUCO, 2007, p. 05).
Para os PCN’s, a leitura é o processo pelo qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e
interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o
autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem, etc. Não se trata de extrair informação, decodificando
letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção,
antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. E o uso desses
procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido permitindo tomar decisões diante de
dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições
feitas. (BRASIL, 1998, p. 69-70). Após as reflexões teóricas e sobre o livro didático, foi feita a
análise do livro e concluímos que a charge é pouco explorada no material, isso confirma-se no fato
de termos encontrado apenas três. Portanto, o gênero charge especificamente, ainda tem um longo
caminho a percorrer nos livros didáticos. Todavia, de modo geral, é possível dizer que os gêneros
textuais vêm evoluindo e cada vez mais são levados a sala de aula e em grande parte isso se deve as
orientações do PCN’s para o ensino de Língua Portuguesa.

O GESTAR II DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA INVESTIGAÇÃO DAS ATIVIDADES


DE COMPREENSÃO TEXTUAL

Adriano Rodrigues Santa Cruz (UFBA)

RESUMO

99
A Secretaria de Educação da Bahia adotou o Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar II
(GESTAR II) em 2011. Por isso, vários alunos da rede estadual recebem material didático para o
estudo de Língua Portuguesa - LP, cuja base de ensino-aprendizagem encontra-se nos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs) da disciplina mencionada. Considerando isso, a pesquisa a ser
apresentada tem como objetivo investigar as atividades de compreensão e interpretação de textos
presentes nos livros didáticos do Ensino Fundamental II do programa supracitado, de modo a
verificar o que cada tipologia de pergunta encontrada, entre os cadernos escolhidos dessas obras,
significa para a formação leitora. Para tanto, tem-se como fundamentação teórica a Linguística
Textual, tendo em vista sua fase sociocognitivista-interacionista (KOCK, 2004), mas, sobretudo, a
bakhtiniana (ALVAREZ; HEINE, 2012), no entanto, esta última ainda não se consolidou nos
estudos do texto. No que se refere aos aspectos metodológicos, tendo como base Marcuschi (2008),
Heine et al, (2014) e Striquer (2010), tem sido realizada uma pesquisa de natureza qualitativa,
classificada como bibliográfica e documental, procedendo-se ao levantamento e classificação das
perguntas relativas aos textos, bem como sua organização, identificação e numeração em uma
planilha e, em seguida, realizando-se a apuração do percentual de cada tipologia encontrada para a
análise dos dados. O que se tem encontrado é uma quantidade relevante de perguntas que fazem o
leitor ir além da materialidade linguística, tais como as que contribuem para o estudante fazer
inferência, ter posicionamento crítico, estabelecer relação com o texto lido e sua realidade, tão
importantes para a formação de um leitor mais crítico. Entretanto, têm sido encontradas também
perguntas que não são de compreensão/interpretação textual, tais como as objetivas, pois são
responsáveis por fazer o leitor ficar apenas na superfície textual, embora tenham certa importância.
Além disso, foram encontradas perguntas cujo foco recai sobre o autor, nos livros analisados. Essas
questões expõem alguns indícios de um possível descompasso entre o perfil de leitor postulado no
Guia Geral do programa (BRASIL, 2010) e algumas atividades de leitura dos livros do GESTAR II
de LP, o que remete a um leitor passivo diante do texto (KOCK; ELIAS, 2008). É sabido que os
PCNs de LP (BRASIL,1998) compreendem a leitura como uma atividade sociointerativa de
produção de sentido e, portanto, postulam um leitor ativo, capaz de mobilizar uma série de
conhecimentos para compreender os diversos textos que circulam socialmente. Apesar do exposto,
as conclusões parciais permitem afirmar que as atividades propostas nos livros didáticos analisados
em questão contribuem para o desenvolvimento das habilidades e competências preconizadas pela
Matriz de Referência de Língua Portuguesa do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica
(SAEB), cuja base também se encontra nos PCNs de LP.

PORTUGUÊS – LINGUAGENS: LITERATURA, PRODUÇÃO DE TEXTO E


GRAMÁTICA: UMA BREVE ANÁLISE

Filipe Almeida (UESB)

RESUMO

Este trabalho analisa questões contidas no livro didático de Língua Portuguesa, intitulado Português
– Linguagens em conexão, escrito por William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães; que
atende ao ensino médio, utilizado na rede pública de ensino. O objetivo consiste em identificar se a
proposta apresentada nos livros didáticos de Língua Portuguesa contribui para a formação do perfil
leitor contemplada pela proposta do SAEB. O referencial teórico é composto pela matriz de
referência do SAEB, que fornece descritores que propõem as competências de leitura a serem
desenvolvidas pelos alunos ao longo de suas trajetórias na educação básica. Após a análise do
objeto de estudo, concluiu-se que o livro, ao menos nos trechos averiguados, cumpre a proposta de
formação do perfil leitor proposto pela matriz de referência do SAEB.

100
GRUPOS TEMÁTICOS

ARTES

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GT12: ENSINO DE DRAMATURGIA NO AMBIENTE ESCOLAR
Coordenadora: Cristiane Barreto (UESB)

RESUMO

Refletir através de relatos de experiências, metodologias ou pesquisas em andamento sobre a


constatação de que a estrutura do gênero da Poética, a Dramática não é explorada no Ensino
Fundamental e no Ensino Médio, da mesma maneira que as outras categorias, a Lírica e a Épica.
Questiona-se se os professores de Literatura ou Língua Portuguesa possuem formação adequada
acerca dos gêneros e, por isso, dão ênfase apenas à Lírica e à Épica. Indaga-se também se
professores de Teatro, licenciados, possuem formação adequada para o ensino de Dramaturgia nas
escolas. Muitas escolas particulares e públicas contratam professores para ensinarem Teatro sem se
preocuparem com sua formação acadêmica. Não se questiona se os mesmos possuem graduação na
área de Licenciatura em Artes Cênicas ou em Teatro. O que se coloca aqui é a possibilidade da
inserção do ensino de Dramaturgia ou de Literatura dramática no meio escolar, assim como os
outros gêneros da Poética. Isso ampliaria o conhecimento dos alunos no que se refere à formação
leitora. Além disso, experiências interdisciplinares em ambientes escolares podem orientar
professores de Língua Portuguesa e Artes/ Teatro no sentido da possibilidade do encontro, da
partilha de saberes.

COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS

ARREMESSOS DO (POSSÍVEL) LUGAR DO TEXTO DRAMÁTICO: ENSINO


DA CONSTRUÇÃO DRAMATÚRGICA NO PIBID

Emanuelle Sousa Nascimento (UESB)

RESUMO

Apresento uma experiência de estudantes de Licenciatura em Teatro, da Universidade Estadual do


Sudoeste da Bahia (UESB-Campus Jequié) com oficinas de incentivo à construção dramatúrgica no
PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) financiado pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que surgiu a partir da
experimentação do grupo de estudantes bolsistas, do subprojeto de “Jogos Performativos”, com o
objetivo de desenvolver um projeto tripé no Ensino Médio com oficinas de: incentivo à construção
dramatúrgica, estudo e prática de Viewpoints e de direção de cena, respectivamente, no período de
2015.2, cada oficina com dois meses de duração. Ao finalizar o projeto na escola, realizamos uma
mostra cênica com os estudantes que participaram ativamente dos encontros. Destaco apenas a
experiência com a construção do texto dramático, que teve como metodologia etapas-estímulo, em
que a cada encontro, focava-se em apresentar um tema que era utilizado como inspiração ou
estímulo para a escrita: imagens, letras de músicas, recortes de jornais. Reflito acerca da
importância em levar a produção dramatúrgica para o Ensino Médio neste programa de iniciação à
docência, apresentando suas repercussões e resultados a partir dessa experiência. Esta iniciativa,
dentro do subprojeto de “Jogos Performativos”, é uma compilação de ideias pensadas a partir das
demandas do Ensino Médio. O incentivo à construção dramatúrgica na escola aparece como uma
necessidade para os estudantes, principalmente porque muitos desconhecem o dramático enquanto
gênero literário, ou seja, o épico e o lírico são os gêneros mais estudados, mas ainda é pouca a
iniciativa da inserção do drama. Refletiremos através de diálogos com autores como: Anatol
102
Rosenfeld (2000) acerca dos gêneros literários, e Rosemari Calzavara (2009; 2013) sobre a inserção
do ensino do texto dramático na escola, e discutiremos sobre as diversas possibilidades de construir
esse tipo de texto, que é pensado para o palco, e que pode conter, desta forma, elementos da cena
inclusos (indicações de iluminação, de figurino, de cenário, de maquiagem, de musicalidade), e
principalmente, indicação de ação. Tornou-se importante nessas oficinas do PIBID, sobretudo,
apresentar brevemente o olhar sobre o texto na história do teatro, ressaltando que pensar em
escrever para a cena não só remete ao teatro de palco italiano, nem apenas textos dramáticos com
narrativa linear (histórias com início, meio e fim), e sim, pensar que é possível, atualmente,
construir textos com estruturas diversificadas, como por exemplo, presenças de intertextualidade,
narrativas fragmentadas, jogo de palavras, poesia concreta, músicas, contos, dentre outros. Como se
sabe, este subprojeto desde sempre direcionou suas propostas para a experimentação criativa em
teatro, então, por que não incentivar a escrita dramatúrgica na escola? É importante ressaltar que a
finalidade deste programa de iniciação à docência não é a formação de artistas, e sim produzir o
máximo de fruição artística e estética com estudantes da rede pública de ensino, e não apenas
restringi-los ao espaço escolar, mas também levá-los a espetáculos que acontecem na cidade,
realizar mostras cênicas e apresentar em outros espaços quando possível, como praças públicas,
ruas, e na universidade. Ao final da proposta das oficinas de construção dramatúrgica,
contabilizamos 18 (dezoito) textos escritos pelos estudantes, fato que consideramos relevante para
nosso aprendizado enquanto docentes, bem como para a escola e para seus estudantes.

UM OLHAR NO ESPELHO: POSSÍVEIS REFLEXÕES SOBRE AS MEMÓRIAS DOS


ESTUDANTES NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DRAMATÚRGICA

Nágela de Jesus Almeida (UESB)

RESUMO

Busco através deste trabalho, trazer um relato das experiências vivenciadas por mim, estudante do
curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus Jequié-
BA, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID- CAPES), do
subprojeto de Teatro - “Jogos Performativos”, linha de ação Ensino Médio sob a coordenação da
professora Dra. Cristiane Barreto e supervisão da professora Antonieta Brito, com os estudantes do
Colégio Estadual Luiz Viana Filho, na cidade de Jequié- BA, tendo como configuração do plano de
curso, o objetivo de incentivar o ensino de dramaturgia no contexto escolar. As oficinas foram
desenvolvidas no período de julho a setembro de 2015, com carga horária de 03 (três) horas
semanais, na Sala de Informática do colégio citado. O foco de investigação desse texto é a reflexão
de como as memórias pessoais dos estudantes podem interferir no processo de construção
dramatúrgica, pois decorrer da oficina de Dramaturgia observou-se que muitas das construções dos
textos dramáticos, os mesmos traziam relatos de suas lembranças, questionamentos e sentimentos
muito pessoais. Assim sendo, duas composições dramatúrgicas dos alunos traziam fatos reais que
aconteceram com eles. Foi possível perceber que, muitas vezes, eles não tinham a “coragem” de
discutir em público suas inquietações e através de personagens fictícios, acabavam falando deles
mesmos. Para iniciar o projeto na escola, houve a priori uma preparação entre os bolsistas com
experimentações de escritas dramatúrgicas a partir de diversos estímulos propostos pela professora
e coordenadora do subprojeto em questão. Essas experiências serviram de suporte teórico-prático
para a iniciação das oficinas com os jovens estudantes. Como metodologia, adotamos alguns dos
procedimentos utilizados na vivência anterior, com a introdução de Jogos teatrais sistematizados
por Viola Spolin (2008) e outros jogos improvisacionais de Augusto Boal (2002), como preparação
para o processo de criação das cenas. Portanto, pode-se refletir que esse processo do ensino de
Dramaturgia no contexto escolar foi importante para os estudantes, principalmente quando levamos
um gênero literário que não é tão estimulado pelos professores da Educação Básica, geralmente são
mais ressaltados os gêneros lírico e épico em relação ao dramático. Além do mais os estudantes
103
puderam compreender que suas memórias podem servir de estímulo para a criação em dramaturgia.
Faz-se necessário considerar que, durante a minha trajetória como estudante do Ensino Médio
nunca tive contato com textos dramáticos na escola, somente quando recorria a livros para leitura
pelo próprio interesse, ou seja, não havia incentivo por parte dos professores. Foi possível perceber
que, apesar de haver conteúdos nas disciplinas de Língua Portuguesa, os quais são conteúdos
relacionados ao gênero dramático, esse tipo de texto teatral dificilmente é trabalhado na escola,
tampouco estimulado na prática de leitura.

DA SALA DE ENSAIO À SALA DE AULA: PERCURSOS INOVADORES PARA O


ENSINO DE DRAMATURGIA NA ESCOLA

Uillian Pereira de Jesus (UESB)

RESUMO

O intuito do subprojeto em Teatro “Jogos Performativos”, linha de ação Ensino Médio, sempre foi o
de utilizar da linguagem teatral para inserir, dentro da escola, a possibilidade de entender a arte
como atividade humanista e de oportunizar inúmeras discussões. Se partirmos do pressuposto que o
teatro em si é um processo criativo justamente pelo seu despertar, pois, assim como Fernando
Peixoto (1981) sinaliza que mantem o esforço do homem em sua batalha pela libertação ou pela
cotidiana luta pela construção de uma nova sociedade. Embora tenhamos tido poucos encontros, as
oficinas de dramaturgia, desenvolvida pela professora Dra. Cristiane Barreto, como arsenal
preparatório para a intervenção na escola, foram de suma importância para compreender a
problemática existente entre leitura e escrita dentro do ambiente escolar. Ler e escrever por muito
tempo foram “propriedades” no campo das Letras. Mas, por que nossos professores de Língua
Portuguesa não inserem o ensino da dramaturgia na sala de aula? Logo no início, a oficina foi
oportuna para perceber o quão anda defasado o ensino sobre esse gênero, que muitas vezes gera até
discussões sobre ser literário ou não. Os professores de Língua Portuguesa sentem-se despreparados
para falar, ou mesmo ensinar, sobre o gênero dramático, assim como os próprios professores de
teatro não se preocupam em despertar dramaturgos na escola. Os resultados desta oficina, ou seja,
os escritos dramáticos dos bolsistas do PIBID e também os retornos avaliativos sobre o momento,
mostraram que o esforço deve estar no educador que se propõe a dispor de uma aula prazerosa,
fazendo uso dos recursos e estímulos que são propícios à criação. Além de palpáveis, pois
produzimos diversos textos dramatúrgicos a partir de estímulos como imagens, fotografias,
microcenas e músicas. Os resultados também foram satisfatórios, pois gerou a oportunidade do
debate e da contemplação de que ensinar dramaturgia na escola, além de ser uma novidade, seria
também mais um espaço no campo da arte para que os alunos pudessem se permitir como criadores,
inseridos na sociedade e agente modificadores dessa. Todavia, a partir do momento que o professor
de teatro entender isso e usar a seu favor. Nessa oportunidade, pudemos compreender como o
teatro se insere na estrutura escolar, e concluímos que a linguagem teatral, na educação, é uma forte
e importante ferramenta para construção do ser, sendo, então, a dramaturgia, uma inovadora opção
para se trabalhar não só conceitos teatrais e as possíveis discussões sobre determinado assunto, mas
também promover a leitura e escrita na sala de aula.

DRAMATURGIA NO PIBID: NOVOS CONTATOS DRAMATÚRGICOS

Lincoln Aguiar Santos (UESB)

RESUMO

104
O estudo da dramaturgia no âmbito escolar é pouco explorado, fazendo com que a visão dos alunos
acerca do texto dramático perpasse apenas a escrita mais conhecida, tradicional ou clássica.
Visando despertar nos estudantes um novo olhar sobre a dramaturgia, nós, como bolsistas do PIBID
– Subprojeto de Teatro: Jogos Performativos, iniciamos uma oficina de dramaturgia no Colégio
Estadual Luiz Viana Filho para o Ensino Médio que teve carga horária total de 8 encontros.
Realizamos leituras e produções de textos dramáticos diversos com os alunos, principalmente no
intuito de despertar novos caminhos para a dramaturgia contemporânea. Porém, antes de iniciarmos
os trabalhos com esta metodologia, trouxemos para a sala de aula, conceitos básicos desta escrita e
estímulos aleatórios, para então, introduzirmos formatos de textos dramáticos mais especificamente
direcionados. Desta forma, depois de já habituados ao formato de uma estrutura dramática, e
trabalhando com a produção desses textos, os alunos passaram a ter contato com outras de suas
configurações, direcionadas a diversos estilos teatrais, como: textos para Teatro Épico, Teatro do
Absurdo e Teatro Realista. Cada um desses estilos foi levado à sala de aula como modelo para que
fossem lidos, reconhecidos e estimulassem uma nova produção. Ao todo, os alunos produziram
aproximadamente doze textos dramáticos, dos quais, quatro foram lidos por eles mesmos durante
uma mostra no próprio colégio. Vários outros estudantes assistiram às leituras dos textos, e os
autores/alunos puderam experimentar novas formas da produção dramatúrgica. A experiência
compartilhada possibilitou um entendimento maior da precariedade do ensino público quando se
trata das produções textuais em geral, e em particular, a percepção do pouco contato com as
variadas formas de processo dramatúrgico que os alunos possuem. Além disso, a partir desses
estudos pudemos avaliar, também, nosso fazer docente. Pois, o trabalho com a dramaturgia no
ambiente escolar precisou ser delicado e detalhado, desenvolvendo então, uma metodologia
aplicável às outras oficinas, que serão, futuramente, executadas por nós pelo mesmo programa e em
outras experiências. Enfim, percebemos o crescimento dos alunos com relação ao texto dramático e
com a própria escrita formal (ortografia, etc.), e entendemos a importância prática de uma atividade
como essa para a manutenção do teatro na educação em geral.

DRAMATURGIA EM SALA: REFLEXÕES SOBRE PRÁTICAS DE ESCRITAS


DRAMÁTICAS

Leonam Carvalho Sandes (UESB)

RESUMO

A pesquisa aqui relatada foi experimentada no Subprojeto em Teatro - Jogos performativos - linha
de ação: Ensino Médio, desenvolvida no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência –
PIBID, no período de março a setembro de 2015. O presente trabalho se desenvolve a partir do
entendimento de que a sala de aula é um grande palco, de encruzilhadas, onde permite diversas
aprendizagens, e as aprendizagens aqui, se cruzam no ensino de Dramaturgia. Ao longo do processo
de aplicação das oficinas, foram escritos pelos educandos, nove textos dramatúrgicos que
posteriormente culminou numa leitura dramática aberta a todos os envolvidos no ambiente escolar.
Cada texto desenvolvido pelos educandos seguiu o entendimento próprio de cada um sobre o objeto
de estudo da oficina. Nos primeiros escritos, identificamos dificuldades que influiriam no
entendimento do que seria a escrita de textos para teatro, além de encontrarmos com frequência
elementos característicos de romances e contos nas produções dos educandos. As oficinas de
dramaturgia, além do experimentar a escrita de textos dramáticos, também proporcionava aos
educandos um contato com exercícios e jogos teatrais (Viola Spolin, 2007), que contribuíram para
um melhor entendimento do que se pretendia a proposta, e dessa forma, poderiam ter uma vivência
maior com o teatro além do texto. Experimentar o ensino de Dramaturgia em sala de aula é mediar
diversos conhecimentos, que são de fundamental importância para o processo de formação dos
educandos, e para o processo de formação de professores. Mais do que um processo formativo, a
105
escrita dramatúrgica é também, um processo de criação e de diversão, nos quais os educandos são
estimulados a criar histórias a partir da sua imaginação, e é rico imaginar. Estabeleceu-se então, a
partir das oficinas, um espaço vivo de trocas onde os envolvidos nesse trajeto, puderam desenvolver
seus olhares no caminho de investigação acerca do criar textos dramáticos, e também no refletir a
importância desse exercício criativo (Ingrid Koudela, 2015), exercício que considero de suma
importância, mas que, não me foi oportunizado em minha trajetória escolar.

DRAMATURGIA COMO REPRESENTAÇÃO DO EU: REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA


DE CRIAÇÃO DRAMATÚRGICA NA REDE DE ENSINO BÁSICA

Joadson do Prado Brito Silva (UESB)

RESUMO

A dramaturgia é um ato criativo. Drama vem do grego que significa ação e turgia erguer, assim
consiste em erguer ações. O texto dramático na educação brasileira ainda é pouco discutido dentre
os gêneros literários estudados no ensino formal. O que leva o estudante á desconhecer a existência
e a forma como são criados os textos dramáticos encenados pelos atores de teatro. Além desse fator,
desconhece também um meio de criação em que a imaginação pode ser exercitada e a partir dela
nascerem histórias e personagens que ganham vida nos palcos. Sendo assim, o presente resumo visa
refletir sob a prática dramatúrgica vivenciada com os estudantes do Ensino Médio do Colégio
Estadual Luiz Viana Filho, na cidade de Jequié- BA, através do subprojeto de Teatro “Jogos
Performativos”, no Ensino Médio que faz parte do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (PIBID- CAPES) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus Jequié
(UESB/JQ), sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Cristiane Barreto. Antes, foi necessário que nós bolsistas
experimentássemos primeiro as atividades que seriam propostas para depois iniciarmos as oficinas
no colégio. Após experenciarmos, como objetivo principal de nossa prática, começamos o
exercício dramatúrgico com os estudantes através de estímulos com músicas, notícias de jornais,
frases e jogos improvisacionais. Como finalização das oficinas, dentre os textos que foram criados,
cada estudante pôde escolher entre suas criações um texto para uma mostra pública por meio de
leitura dramática na própria unidade de ensino. A partir da atividade proposta, percebemos que as
criações, mesmo com os estímulos dados, apresentavam no interior de seus personagens e enredos
questões próprias de cada criador, e que puderam ser indiretamente explicitados e refletidos a partir
da expressão artística. Além do exercício com os estímulos para o desenvolvimento de uma
dramaturgia, foi utilizado durante as aulas jogos de Augusto Boal (1998) para o aquecimento
criativo. Portanto, a prática exercida reverberou de forma positiva tanto para nós bolsistas que
estávamos experimentando a docência, quanto para aqueles que experienciaram pela primeira vez a
criação dramatúrgica.

106
MINICURSOS

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LÍNGUA FRANCESA PARA INICIANTES

Zilda de Oliveira Freitas - (UESB)

RESUMO

Este minicurso se destina a quem pretende desenvolver a habilidade da leitura de textos escritos
originalmente em língua francesa, viabilizando a compreensão de textos originais e o acesso à
produção cultural francesa que ainda não foi traduzida para a Língua Portuguesa (sites, artigos em
revistas etc). Além de ensinar a Língua Francesa como língua instrumental, a competência para se
comunicar também será privilegiada durante o minicurso ora proposto. Desde o início da
aprendizagem, as atividades permitirão uma comunicação autêntica durante as aulas, com a
compreensão escrita e oral, a partir de exercícios e diálogos entre os participantes. O diálogo
referido terá continuidade, mesmo após a conclusão do minicurso, através da participação em
grupos e salas de bate-papo gratuitos e on line. O método utilizado para desenvolver a expressão
oral será o Panorama da Língua Francesa, que se fundamenta em uma análise da Língua Francesa
a partir de capacidades e competências. A administração destas capacidades orais e escritas deverá
permitir ao iniciante se comunicar de maneira simples em situações da vida cotidiana. As
competências desenvolvidas durante o minicurso prepararão o cursista para a atividade de tradução
de textos acadêmicos, com total independência. Para a leitura, a metodologia utilizada será a
observação do texto como um todo, a fim de apreender o significado de forma global. A partir daí,
deverá ocorrer o reconhecimento de palavras já estudadas com a ampliação gradativa e constante do
vocabulário. Por fim e portanto, pretende-se capacitar o aluno para a comunicação oral e tradução
de textos.

Número de Participantes: 15 (quinze)

CRIAÇÃO LITERÁRIA

Raimundo Lopes Matos (UESB)

RESUMO

Trata-se do estudo do processo de criação do texto literário e como esse processo é desenvolvido
por seus signatários, conforme afirmações de autores estudados. A relevância do tema está no
conhecer a etiologia da obra literária em geral e de uma obra específica recortada para estudo, por
exemplo. Objetiva abordar o itinerário da obra literária: concepção, desenvolvimento e texto final.
O referencial teórico se constitui das categorias semióticas: primeiridade, secundidade e
terceiridade; a Crítica Genética, nos termos em que é abordada por Cecília Almeida Salles, além de
afirmações de escritores sobre como criam os seus textos. Como metodologia, recorre-se a aulas
expositivas com a participação da turma e discussões de textos sobre criação literária. O estudo será
um contributo aos amantes das letras e aos que buscam saber o que se passa na solidão de um autor
na criação da sua obra.

Número de Participantes: 30 (trinta)

108
O PORQUÊ DE SE DISCUTIR GÊNERO: PROPOSTAS METODOLÓGICAS
Jeane da Silva Rosário (UESB)
Mariana Tane Neves Vasconcelos (UESB)

RESUMO

Por entendermos que o gênero é um construto social e plural, não cabe colocarmos sempre numa
“caixinha” feminino e masculino, pois, existem inúmeras representações de ser homem e ser
mulher. Essa discussão fez com que a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) publicasse, em
2015, um Manifesto pela igualdade de gênero na educação: por uma escola democrática, inclusiva e
sem censuras, onde se afirma que o conceito de gênero está baseado em parâmetros científicos de
produção de saberes sobre o mundo. Gênero, enquanto um conceito identifica processos históricos e
culturais que classificam e posicionam as pessoas a partir de uma relação sobre o que é entendido
como feminino e masculino. É, nesse sentido, que o conceito de gênero tem sido historicamente útil
para que muitas pesquisas consigam identificar mecanismos de reprodução de desigualdades no
contexto escolar. Nesse minicurso, apresentaremos algumas discussões bem como sequências
didáticas que apontam para atividades que promovem habilidades referentes a conteúdos acerca do
gênero além de sugestões de sua aplicação em sala de aula. As aplicações práticas dessas sequências
didáticas apontam para a necessidade de ampliar nossa reflexão acerca do tema. É interessante
salientar que propostas como estas são importantes, pois explicitam a distância ainda existente entre
a teoria e a prática. Buscamos nesse minicurso apontar possibilidades de reflexão sobre o tema. Por
esse motivo, esta proposta se torna relevante, por aproximar teoria (conceito) e prática (sequências
didáticas). O minicurso vai oferecer aos participantes a oportunidade de discutir e vivenciar
propostas que favorecem a construção do conhecimento sobre o gênero. Sendo assim, propomos
para as aulas de língua portuguesa e literatura, atividades eficientes para o enriquecimento da
prática escolar. Prática essa, que proporcionará ao educando uma aprendizagem mais expressiva,
favorecendo assim o conhecimento acerca desta temática. Buscamos através desta proposta,
apresentar as discussões teóricas acerca da temática; apontar possibilidades práticas sobre o tema e
orientar a produção de uma sequência didática. A base teórica que fundamenta nossa proposta parte
das discussões sobre gênero presentes no texto Letramento e identidade: (re) construção das
identidades sociais de gênero da Doutora Flávia Silveira Dutra, além dos temas transversais dos
PCNs e do Caderno Secad Gênero e diversidade sexual na escola: reconhecer diferenças e superar
preconceitos.

Número de Participantes: 30 (trinta)

A LIBRAS E O ENSINO DE PORTUGUÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA PARA SURDOS

Thamires Oliveira de Souza (NAIPD/UESB)


Léia Silva Santos (IFBA)
Jaiara Farias (NAIPD/UESB)

RESUMO

Atualmente, a legislação vigente assegura às pessoas surdas o direito de se comunicar em sua


própria língua, a Libras, e o aprendizado da Língua Portuguesa como segunda língua. Nesse
sentido, a Lei nº 10.436/2002 (BRASIL, 2002) representou a oficialização desse idioma, o qual foi
regulamentado mediante decreto nº 5.626/2005 (BRASIL, 2005). Outra conquista obtida pelo
segmento surdo: o direito de dispor de intérpretes de Libras para mediar a comunicação com os
109
ouvintes, profissão que foi oficialmente reconhecida mediante aprovação da Lei 12.319/2010
(BRASIL, 2010). Cada vez mais o profissional intérprete de Libras tem sido requisitado para atuar
em sala de aula, na Educação Básica, ensino superior e em outros espaços sociais. Por certo, o
campo de atuação desse profissional tende a ser bastante promissor em função das mobilizações das
pessoas surdas e de seus familiares pela conquista de direitos básicos. Por enquanto, observa-se que
é ainda incipiente o número de intérpretes de Libras para atuar na educação, sem falar a carência de
cursos de graduação nessa área. Essa oficina, portanto, tem como objetivo geral oportunizar aos
participantes o conhecimento, ainda que preliminar, da Libras e a importância do ensino da Língua
Portuguesa como segundo idioma para surdos. A metodologia prevista para a realização das
atividades caracteriza-se por ser teórico-prática, de modo a estimular nos participantes o interesse
para aprender esse idioma. As atividades serão divididas em dois momentos: no primeiro é
destinado à reflexão sobre a identidade e a cultura surda; no segundo, os participantes poderão optar
entre o conhecimento da Libras ou o ensino da Língua Portuguesa como segunda língua para
surdos.

Número de Participantes: 40 (quarenta)

ASPECTOS DA CONSTITUIÇÃO DA AUTORIA

Carla da Silva Lima (UESB)

RESUMO

No contexto entre os anos de 1960 e 1970, período em que, de maneira bastante evidente na
Filosofia e nas Ciências Humanas, criticam-se as concepções psicologizantes e humanistas de
sujeito, insere-se a discussão sobre o conceito de autoria, cujos desdobramentos levam ao
questionamento do primado do autor. Sírio Possenti, em trabalhos de 2001 e 2002, propõe
hipóteses bastante interessantes e produtivas a respeito da noção de autoria. Buscando discutir os
conceitos de enunciação, autoria e estilo no interior da Análise do Discurso, Possenti (2001)
propõe que estes sejam redefinidos e inscreve sua análise no paradigma indiciário, considerando
que a autoria se encontra por “indícios” e não por marcas objetivas (que fariam coincidir
necessariamente marcas com presença de autoria). Ao considerar os indícios a serem levados em
conta para atribuição da autoria, inclui, reportando-se às pesquisas de Authier-Revuz, duas
categorias discursivas referidas pela autora – as formas metaenunciativas de como “dar voz a
outros” e de como “manter distância” – na categoria de indícios de autoria. Neste minicurso,
tentaremos explorar essas questões a partir da análise de redações do ENEM 2013, a fim de apontar
alguns critérios mais produtivos, que possam nortear a avaliação dos textos escolares e,
consequentemente, orientar o trabalho com produção de texto na escola, no Ensino Fundamental e
Médio.
Nº de participantes: 20 (vinte)

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OFICINAS

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CANOVACCIO: A DRAMATURGIA DA AÇÃO

Alda Fátima de Souza (UESB)

RESUMO

A proposta da oficina ora apresentada para a VI Semana de Letras da UESB/Jequié, intitulada


“Linguagem em Ação: Decifra-me ou te devoro” traz como construção dramatúrgica a ação através
dos Canovaccios. Os roteiros básicos para encenação dos comediantes Dell’Arte na Europa dos
séculos XVI e XVII eram chamados de Canovaccio e traduziam de forma simples o que os
personagens da Commedia Dell’Arte deveriam fazer em cena, de modo que o texto e demais
situações eram improvisados sob à luz da ação e reação. Este tipo de dramaturgia centrado na ação,
partia muito da oralidade construída apropriadamente para o período e o momento, sendo possível
uma elaboração na atualidade com base nesses conceitos. Poucos foram os roteiros que chegaram
até nós, porém alguns dramaturgos, à exemplo de Carlos Goldoni, elaboraram textos completos para
o teatro, evidenciando os enredos das troupes da Commedia Dell’Arte. Com esta oficina os
participantes terão uma breve abordagem sobre a construção corporal de personagens como:
Arlequim, Pantaleão, Doutor, Capitão e Briguella, os personagens tipos da Commedia Dell’Arte,
estes mantinham a tradição de transmitir às próximas gerações seus conhecimentos de forma oral e
gestual. Ao passo que também entenderão a construção dos roteiros a partir da ação na própria cena.
Tomando como base alguns referenciais teóricos que abordam a temática, tais como: História do
Teatro: das origens aos nossos dias (Leon Moussinac); História Mundial do Teatro (Margot
Berthold); Manual Mínimo do Ator (Dario Fo) e participação em palestras e oficinas ao longo de
mais de 15 anos, é possível elaborar uma oficina de curta duração que envolva a criação e a ação,
possibilitando o enquadramento desta oficina dentro da temática do evento. Ao final pretende-se
fazer uma breve cena com os envolvidos.

Número de Participantes: 15 (quinze)

APRENDENDO A SER LEDOR: PRÁTICA DE LEITURA PARA PESSOAS CEGAS

Erijane Ferreira (NAIPD/UESB)


Fernanda Marcelo e Sally da Conceição Soares (NAIPD/UESB)

RESUMO

O foco desta oficina é a leitura, prática fundamental para o ser humano pela possibilidade de, por
meio dela, conhecer a si, aos outros e o mundo. Não há aprendizagem sem leitura, pois ela é fonte
de criatividade, de inspiração e de imaginação. Todo o ser humano, inclusive as pessoas cegas,
devem ter acesso à leitura, desde a mais tenra idade, de igual modo que as crianças videntes, quando
os pais passam a ler as histórias infantis ou quando as criam a partir de imagens presentes nos
livros. Para alguém que tem impedimentos visuais, a leitura pode ser viabilizada de três formas, a
saber: o Sistema Braille, o uso de computador e o auxílio do ledor. No primeiro caso, a pessoa cega
lê com os dedos; no segundo, a leitura é obtida com a ajuda de leitores de tela, a exemplo dos
softwares DosVox e do Virtual Visual. Esta oficina tratará especificamente da leitura que é mediada
por outrem, denominado ledor ou ledora. De caráter teórico e prático, essa oficina oportunizará aos
participantes compreender o papel do ledor, além de experienciar essa função, a qual difere do leitor
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comum pelo domínio de uma metodologia que abrange a prática de leitura de textos impressos e de
imagens (parada ou em movimento), em diferentes formatos e gêneros. À dicção e boa leitura,
juntam-se também um conhecimento técnico e a observância de princípios éticos e estéticos. O
ledor é atualmente um profissional para mediar o aprendizado da pessoa com deficiência na escola,
ensino superior, sendo requisitado em vestibular e em concursos para preenchimento de vagas no
serviço público. Há lugar também para o ledor no processo de fruição da literatura, tão necessária
para o desenvolvimento da criança, do jovem e do adulto com deficiência visual, bem como no
acesso aos jornais, revistas e outras fontes de informação.

Número de Participantes: 20 (vinte)

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