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Edição 1
Belém-PA
2021
4
https://doi.org/10.46898/rfb.9786558891147
Catalogação na publicação
Elaborada por Bibliotecária Janaina Ramos – CRB-8/9166
P474
Livro em PDF
ISBN: 978-65-5889-114-7
DOI: 10.46898/rfb.9786558891147
CDD 370.2854
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Conselho Editorial:
Prof. Dr. Ednilson Sergio Ramalho de Prof.ª Me. Neuma Teixeira dos Santos -
Souza - UFOPA (Editor-Chefe). UFRA.
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- IFMA. canti - UFPE.
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va - IFPA. res - UFPI.
Prof.ª Drª. Elizabeth Gomes Souza - Prof.ª Drª. Welma Emidio da Silva - FIS.
UFPA.
Diagramação: Bibliotecária
Laiane Borges. Janaina Karina Alves Trigo Ramos
Arte da capa: Assistente editorial
Pryscila Rosy Borges de Souza. Manoel Souza.
Imagens da capa:
https://www.canva.com/
Revisão de texto:
Júlio César da Assunção Pedrosa
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...................................................................................................................9
Profa. Dra. Paloma Rodrigues Siebert
Profa. Ma. Graciana dos Santos de Sousa
Prof. Dr. Tiago Henrique Rodrigues Siebert
CAPÍTULO 1
LEVANTAMENTO DAS PERCEPÇÕES DE PROFESSORES SOBRE O ENSINO
DE CIÊNCIAS NAS ESCOLAS QUILOMBOLAS DO MUNICÍPIO DE SANTA-
RÉM, PARÁ.............................................................................................................................13
CAMPOS, Andria Raiane Coelho
SIEBERT, Paloma Rodrigues
DOI: 10.46898/rfb.9786558891147.1
CAPÍTULO 2
ENSINAGEM DE FÍSICA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGE-
NA.............................................................................................................................................31
Tatiane Sousa Rabelo
Graciana dos Santos de Sousa
DOI: 10.46898/rfb.9786558891147.2
CAPÍTULO 3
RELATO SOBRE A PARTICIPAÇÃO DE UM CLUBE DE CIÊNCIAS ESCOLAR
NA FEIRA DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS DA MESORRE-
GIÃO DO BAIXO AMAZONAS........................................................................................51
PEREIRA, Douglas Farley Barroso
DOI: 10.46898/rfb.9786558891147.3
CAPÍTULO 4
TABUQUÍMICO: UMA PROPOSTA DE JOGO DE TABULEIRO PARA SOCIALI-
ZAÇÃO, REVISÃO E APRENDIZAGEM EM QUÍMICA ORGÂNICA....................67
LISBOA, Jarlisson Correa
COLARES, Niza Catarina Vaz
SALES, Reginaldo da Silva
SIEBERT, Paloma Rodrigues
CHAVES, Luciano de Sousa
DOI: 10.46898/rfb.9786558891147.4
CAPÍTULO 5
ESTRATÉGIA LÚDICA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA BIO-
LOGIA NO ENSINO SUPERIOR.......................................................................................83
DUARTE, Candria Tainá de Sena
DORABIATO, Milena Dias
AZEVEDO, Marcia Mourão Ramos
HAGE, Adriane Xavier
DOI: 10.46898/rfb.9786558891147.5
CAPÍTULO 6
OBSTÁCULOS DOCENTES NO PROCESSO DE ENSINO E DE APRENDIZA-
GEM DE FÍSICA PARA ALUNOS DEFICIENTES VISUAIS....................................101
CARVALHO, Eliane Cristina Mota de
SOUSA, Luísa Helena Silva de
8
CAPÍTULO 7
LEITURA DA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) FACE AO
PERFIL DOS PROFESSORES DE QUÍMICA, DA REDE PÚBLICA ESTADUAL,
SANTARÉM, PARÁ............................................................................................................119
SILVA, Thatiana Pereira da
SALES, Reginaldo da Silva
DOI: 10.46898/rfb.9786558891147.7
CAPÍTULO 8
SALA DE AULA INVERTIDA: UM EXPERIMENTO NO ENSINO DE MATEMÁ-
TICA.......................................................................................................................................141
SANTOS, Neylane Lobato dos
SANTOS, Rodrigo Medeiros dos
DOI: 10.46898/rfb.9786558891147.8
CAPÍTULO 9
O ENSINO DA GEOMETRIA PLANA RELACIONADO ÀS PINTURAS COR-
PORAIS E SUA IMPORTÂNCIA DENTRO DO GRAFISMO INDÍGENA MUN-
DURUKU...............................................................................................................................159
CARNEIRO, Andréia Castro de Deus
SILVA, Ociomeide Correa da
LIMA, Aline da Silva
DOI: 10.46898/rfb.9786558891147.9
CAPÍTULO 10
SISTEMAS DE NUMERAÇÃO: REGISTRO DE UMA EXPERIÊNCIA EM CLUBES
DE MATEMÁTICA.............................................................................................................173
LEÃO, Alzenira da Silva
RODRIGUES, Aroldo Eduardo Athias
DOI: 10.46898/rfb.9786558891147.10
CAPÍTULO 11
LEVANTAMENTO DOS DESAFIOS APRESENTADOS PELOS DISCENTES NA
TRANSIÇÃO DO 5º PARA O 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCO-
LA MUNICIPAL DA VILA CURUAI EM SANTARÉM, PARÁ................................191
COUTINHO, Patricia Silva
SIEBERT, Paloma Rodrigues
DOI: 10.46898/rfb.9786558891147.11
ÍNDICE REMISSIVO..........................................................................................................209
PESQUISAS E REFLEXÕES SOBRE O ENSINO
DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA NA REGIÃO DO
BAIXO AMAZONAS 9
APRESENTAÇÃO
O livro “Pesquisas e reflexões sobre o Ensino de Ciências e Matemática na re-
gião do Baixo Amazonas” é constituído de uma coleção de 11 artigos científicos que
buscam apresentar resultados de pesquisas, reflexões e relatos de experiências exitosas
no campo do Ensino de Ciências, Ensino de Biologia, Ensino de Física, Ensino de Quí-
mica e Ensino de Matemática. Sua organização se deu no âmbito do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará/Campus Santarém, e está vinculada ao
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da instituição. Os
resultados foram gerados por meio de ações e projetos de ensino e de pesquisa apli-
cados na Educação Básica e educação superior na região do Baixo Amazonas. Estes
trabalhos foram aprovados por uma comissão de pareceristas com ampla experiência
na área de Ensino de Ciências e Matemática.
Por fim, o capítulo 11, “Levantamento dos desafios apresentados pelos discen-
tes na transição do 5º para o 6º ano do Ensino Fundamental de Escola Municipal da
Vila Curuai em Santarém, Pará”, apresenta relevante contribuição para área de Edu-
cação ao abordar a transição dos discentes do 5º para o 6º ano do Ensino Fundamental.
O momento desta transição apresenta uma série de mudanças na vida do discente,
o que pode culminar no fracasso escolar. Assim, estes indicativos podem contribuir
para que ações sejam planejadas visando a minimizar as dificuldades por parte dos
discentes.
DOI: 10.46898/rfb.9786558891147.4
RESUMO
ABSTRACT
The following research is the result of the application of a board game entitled
Tabuquímico in a third year high school class of a private school in the city of Santa-
rém, Pará. This practice was performed with the purpose of verifying learning, interest
in the Organic Chemistry content and interaction and cooperation among students.
This work is a qualitative and applied study, in which we developed an exploratory
research. Case study, the data analysis was based on an open and closed question
questionnaire elaborated on the Google Forms digital platform to analyze the percep-
tions and significance of the study. methodology. Based on the responses and obser-
vation of the dynamics, we found that everyone enjoyed the playful activity and it is
interesting because it works in group cooperation and helps in the process of teaching
learning and reviewing topics of organic chemistry in a meaningful and fun way.
1 INTRODUÇÃO
LISBOA, Jarlisson Correa, COLARES, Niza Catarina Vaz, SALES, Reginaldo da Silva, SIEBERT, Paloma Rodrigues, CHAVES, Luciano
de Sousa
PESQUISAS E REFLEXÕES SOBRE O ENSINO
DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA NA REGIÃO DO
BAIXO AMAZONAS 69
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O ensino lúdico
A palavra lúdico vem do latim ludus e seu significado relaciona-se a brincar. Piaget
(1984) conceitua que
O jogo lúdico é formado por um conjunto linguístico que funciona dentro de um
contexto social; possui um sistema de regras e se constitui de um objeto simbólico
que designa também um fenômeno. Portanto, permite ao educando a identificação
de um sistema de regras que permite uma estrutura sequencial que especifica a sua
moralidade. (PIAGET, 1984, p. 84).
Como destacado por Piaget, o jogo lúdico deve ser sempre pensado dentro de
seu contexto social; assim, levando em consideração esse aspecto, o professor conse-
gue estabelecer uma relação com os conteúdos de forma mais prazerosa e significativa,
principalmente quando o lúdico envolve o cotidiano, o que faz o aluno relacionar o
saber apresentado com os seus conhecimentos precedentes.
Capítulo 4
TABUQUÍMICO: UMA PROPOSTA DE JOGO DE TABULEIRO PARA SOCIALIZAÇÃO, REVISÃO E APRENDIZAGEM EM
QUÍMICA ORGÂNICA
PESQUISAS E REFLEXÕES SOBRE O ENSINO
DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA NA REGIÃO DO
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Nessa mesma linha de pensamento, Vygotsky (1987) enfatiza que jovens em de-
senvolvimento – crianças e adolescentes – relacionam-se constantemente com o am-
biente, material e social, portanto, o processo de aprendizagem e o desenvolvimento
humano estão integralmente ligados. O autor também afirma que o jogo, como uma
ferramenta metodológica, estimula o aluno, torna sua participação mais efetiva, ajuda
na autoconfiança, e, se há competição, proporciona ao aluno uma maior atenção e cui-
dado; sendo assim, melhora suas aptidões linguísticas, mentais e de concentração, e
também oportuniza o trabalho em equipe.
Deve-se enfatizar que os jogos didáticos não devem ser uma prática de ensino
única no processo de ensino-aprendizagem, e sim um complemento, pois sozinho
pode deixar falhas, desta forma deve ser utilizado como um reforço metodológico dos
conteúdos de Química (ALBUQUERQUE, 2009).
LISBOA, Jarlisson Correa, COLARES, Niza Catarina Vaz, SALES, Reginaldo da Silva, SIEBERT, Paloma Rodrigues, CHAVES, Luciano
de Sousa
PESQUISAS E REFLEXÕES SOBRE O ENSINO
DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA NA REGIÃO DO
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Capítulo 4
TABUQUÍMICO: UMA PROPOSTA DE JOGO DE TABULEIRO PARA SOCIALIZAÇÃO, REVISÃO E APRENDIZAGEM EM
QUÍMICA ORGÂNICA
PESQUISAS E REFLEXÕES SOBRE O ENSINO
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e interação social, uma educação em que o aluno se torne o protagonista do seu proces-
so de ensino-aprendizagem, que promova situações em que busque seu senso crítico,
argumentativo, colaborativo, para seu desenvolvimento e crescimento significativo.
Nesse sentido, o jogo Tabuquímico foi elaborado para revisão e fixação dos con-
ceitos e nomenclaturas da Química Orgânica, uma mudança metodológica através da
ludicidade.
3 METODOLOGIA
LISBOA, Jarlisson Correa, COLARES, Niza Catarina Vaz, SALES, Reginaldo da Silva, SIEBERT, Paloma Rodrigues, CHAVES, Luciano
de Sousa
PESQUISAS E REFLEXÕES SOBRE O ENSINO
DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA NA REGIÃO DO
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encontradas no dia a dia; e nomenclatura para as cartas do nível difícil. Elas também
contemplam dicas para que o estudante descubra o composto escrito na carta, que está
logo abaixo da categoria. Algumas vantagens também foram inseridas, como a busca
de respostas em livros ou consulta a colegas, conforme a tabela 1.
Fácil Média
Difícil
Dar o nome da Funções orgânicas encontradas no
Nomenclatura
função orgânica dia a dia
Ácido carboxílico Propanona/acetona Penta-2-ol
Meu grupo funcional
1- Sou uma função
fica sempre no Sou um solvente;
hidroxilada;
carbono 1;
Possuo uma
3- Não faço ligações de hidrogênio; 3- Minha cadeia é linear;
carbonila e hidroxila;
4- Posso ser encontrado nas
4- Sou um álcool
Sou uma função estantes das casas ou em salão de
secundário;
oxigenada; belezas.
Faço ligação de
- DIREITO A CONSULTA
Hidrogênio.
Além das revisões, a turma foi dividida em 6 equipes de 3 alunos e duas de 4 alu-
nos. Houve a separação dos membros por meio de sorteio e notou-se alguma inquie-
tação, devido a equipes consideradas como “fortes” pelos discentes. Nesse sentido,
algumas informações acalmaram os ânimos, já que o jogo envolve sorte, cooperação,
conhecimento e lidar com pressão. Por sorteio, cada equipe recebeu o nome de uma
função orgânica (Álcool, Aldeído, Cetona, Ácido Carboxílico, Hidrocarboneto, Amina,
Amida e Éster) e os integrantes foram desafiados a trazer avatares caracterizados que
remetessem aos nomes de suas equipes. Em cada partida inicial, por escolha de um ter-
ceiro professor (professor de Química convidado), os avatares foram escolhidos como
mais característicos. Essa escolha deu para uma das equipes da disputa vantagem de
uma casa no início do jogo. Os avatares foram as peças que percorreram o tabuleiro.
Os estudantes tiveram 3 dias para estudo e preparação. Durante esse período, ob-
servou-se reunião de algumas equipes na escola e em outros lugares, além da procura
pelos orientadores do trabalho, para consulta de ideias sobre os avatares. As regras do
jogo foram previamente disponibilizadas em canal de comunicação da turma. Porém,
durante o jogo percebeu-se a necessidade de inclusão de novas normas, como penali-
zações em caso de uma equipe impedir a resposta da oponente.
equipes chega ao nanoKid ou com a vitória da equipe que estiver mais próxima ao
nanoKid (final do tabuleiro).
Como recurso complementar da etapa de revisão dos conteúdos também foi ela-
borado um resumo em plataforma digital Padlet, que Silva e Lima (2018) conceituam
como uma plataforma para construção de murais virtuais diversificados, colaborati-
vos e gratuitos. Este recurso proporciona a interação e envolvimento dos usuários,
que podem curtir, comentar, avaliar todas as postagens que estão disponíveis para
visualização e compartilhar (SILVA; LIMA, 2018). Possibilita ainda que os alunos ti-
rem dúvidas em qualquer momento, fazendo pesquisas em sites confiáveis, de modo
dinâmico entre professor e aluno.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na aula seguinte, com duração de 135 minutos, dá-se início aos preparativos do
jogo, com a mudança do layout da sala de aula, sorteio das equipes oponentes, leitura
Capítulo 4
TABUQUÍMICO: UMA PROPOSTA DE JOGO DE TABULEIRO PARA SOCIALIZAÇÃO, REVISÃO E APRENDIZAGEM EM
QUÍMICA ORGÂNICA
PESQUISAS E REFLEXÕES SOBRE O ENSINO
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O não comparecimento de três alunos implicou que uma equipe tivesse um mem-
bro apenas, que não trouxe o avatar. Consideramos a participação integral de todos os
estudantes e, para evitar constrangimentos, solicitamos voluntários de outras equipes
para compor a equipe desfalcada, e os alunos foram solícitos.
A nomeação dos avatares foi feita pelos alunos, conforme a figura 2, na sequên-
cia da esquerda para a direita: “Ester”, uma molécula de éster composta por jujubas;
a molécula do fenol feita com gengibre; “Amidinha”, uma embalagem com produto a
base de uréia no formato de boneco; “Dr. Benzeno”, um boneco inspirado em Harry
Potter com um porção de “petróleo” representando hidrocarbonetos; “Formiguinha”,
uma molécula de ácido carboxililico no formato de formiga, em alusão ao ácido fórmi-
co; uma garrafa vazia de etanol com diversas moléculas representadas; e “Adeíldo”,
representado por canela e baunilha, produtos ricos em aldeído cinâmico.
LISBOA, Jarlisson Correa, COLARES, Niza Catarina Vaz, SALES, Reginaldo da Silva, SIEBERT, Paloma Rodrigues, CHAVES, Luciano
de Sousa
PESQUISAS E REFLEXÕES SOBRE O ENSINO
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Nota-se que o jogo mudou a dinâmica da aula de Química, e isso também se des-
taca na pesquisa de Borges et al. (2016).
Aluno 7: “Apenas na resposta q[ue] precisa ser exatamente igual, acho q[ue] era
necessário isso apenas em nomenclatura.”
Conforme análise dos dados, identificou-se que o jogo despertou maior interesse
pelo tema de nomenclatura e identificação das funções orgânicas, havendo dessa for-
ma maior estudo pelo tema. A ludicidade promove o interesse pelos conteúdos abor-
dados, isso também se aplica na pesquisa de Barros et al. (2016).
No entanto, foi verificada uma maior preocupação no estudo dos nomes dos
compostos e menos na aplicabilidade das substâncias químicas cotidianas. Isso foi
evidenciado através da preferência em escolher cartas de nomenclaturas, classifica-
das pelo jogo como de nível difícil.
Capítulo 4
TABUQUÍMICO: UMA PROPOSTA DE JOGO DE TABULEIRO PARA SOCIALIZAÇÃO, REVISÃO E APRENDIZAGEM EM
QUÍMICA ORGÂNICA
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Categoria Nº de respostas
O jogo permite o trabalho em equipe
10
e cooperação entre os pares
O jogo facilita a aprendizagem e
8
revisão do conteúdo
O jogo permite a no raciocínio rápido 5
Quanto à estima voltada à disciplina, 8,3% dos alunos não consideraram a ativi-
dade como uma forma de maior simpatia por Química, e a mesma porcentagem dos
estudantes também não considerou que o jogo promoveu um maior interesse pelo
assunto funções orgânicas. Resultado similar pode-se observar na investigação de Bor-
ges et al. (2016), que obtiveram 13% de discordância, justificada pelo fato de não haver
o interesse pela disciplina, e, sendo assim, por não terem prestado atenção nas aulas,
apresentam dificuldade na compreensão da matéria.
Os jogos são de suma importância para aprendizagem dos estudantes, pois faci-
litam o ensino de Química (CUNHA, 2012). A autora afirma ainda que as vantagens da
utilização do jogo em sala de aula vão além da memorização de fórmulas e conceitos,
pois levam os alunos a compreender e desenvolver os conceitos químicos e aprender a
aplicá-los em contextos específicos, salientando-se que os estudantes saibam conceitos,
representações de fórmulas de Química, porque fazem parte dos currículos de forma-
ção (CUNHA, 2012).
Na avaliação dos pares, foi unânime a percepção dos alunos sobre seus colegas
quanto à preparação para a atividade e a importância que deram ao jogo. O envolvi-
mento dos alunos pelo “novo” permite que eles façam por conta própria a avaliação
do jogo, e, segundo Cunha (2012), esse comportamento deve-se ao jogo, no decorrer do
qual se tende a avaliar e analisar as ações como uma forma de autocontrole.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Capítulo 4
TABUQUÍMICO: UMA PROPOSTA DE JOGO DE TABULEIRO PARA SOCIALIZAÇÃO, REVISÃO E APRENDIZAGEM EM
QUÍMICA ORGÂNICA
PESQUISAS E REFLEXÕES SOBRE O ENSINO
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que a ludicidade deve ser rotineira no ambiente escolar. Demonstrou também que a
competitividade pode ser aliada da aprendizagem.
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, C. S. A utilização dos jogos como recurso didático no processo
de ensino-aprendizagem da matemática nas séries iniciais no estado do Amazonas.
2009. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Amazonas, Manaus, 2009.
BORGES, E. E. et al. Trilha das funções orgânicas: um jogo didático para o ensino de
Química. Conexões – Ciência e Tecnologia, 10, 133-140, 2016. Disponível em: <ht-
tps://doi.org/10.21439/conexoes.v10i4.1026>.
LISBOA, Jarlisson Correa, COLARES, Niza Catarina Vaz, SALES, Reginaldo da Silva, SIEBERT, Paloma Rodrigues, CHAVES, Luciano
de Sousa
PESQUISAS E REFLEXÕES SOBRE O ENSINO
DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA NA REGIÃO DO
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BRUICE, P. Y. Química Orgânica. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. V. 1.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
PIAGET, J. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: José Olympio, 1984.
Capítulo 4
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DE CIÊNCIAS E MATEMÁTICA NA REGIÃO DO
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SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
LISBOA, Jarlisson Correa, COLARES, Niza Catarina Vaz, SALES, Reginaldo da Silva, SIEBERT, Paloma Rodrigues, CHAVES, Luciano
de Sousa