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26/02/2019

BPF
Profa. Dra. Fabiana Lícia

Conceito

“Boas Práticas de Fabricação é a parte da Garantia da


Qualidade que assegura que os produtos são
consistentemente produzidos e controlados, com
padrões de qualidade apropriados para o uso
pretendido e requerido pelo registro”

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Objetivos

Diminuição dos RISCOS inerentes a produção farmacêutica e que não podem ser
detectados somente no produto acabado.

Quais são os riscos?

■ Contaminação cruzada
■ Contaminação por partícula
■ Troca ou mistura de produtos

As BPF determinam que:


■ Realizar as qualificações e validações necessárias;

■ Sejam fornecidos todos os recursos necessários:


- pessoal qualificado e treinado;
- instalações e espaço adequados
- equipamentos, sistemas computadorizados e serviços adequados;
- materiais, recipientes e rótulos apropriados
- procedimentos e instruções aprovados e vigentes
- armazenamento e transporte adequados;
- instalações, equipamentos e pessoal qualificado para controle em
processo.

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Sanitização e Higiene

QUALIFICAÇÃO E VALIDAÇÃO

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PLANO MESTRE DE VALIDAÇÃO

RECLAMAÇÕES

■ o fabricante ou o detentor do registro deve informar as autoridades sanitárias


competentes quando “for detectado qualquer desvio significativo de qualidade no
processo de fabricação, deterioração de produto, roubo de carga ou quando estiver
sendo investigado qualquer outro problema que tenha impacto na qualidade do
produto

■ SAC

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Pessoal
■ Número suficiente
■ Qualificação
■ Treinamento
■ Higiene Pessoal
■ Organograma e responsabilidades

O pessoal chave responsável pela


produção, garantia da qualidade e
controle de qualidade

Instalações
Áreas de Armazenamento

Garantir estoque ordenado de matérias-primas, materiais de embalagem, produtos


intermediários, a granel e terminados

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Instalações
Área de Pesagem

Localizadas no almoxarifado ou na área de produção,


devendo ser específicas esse fim, possuindo sistema
de exaustão independente e adequado que evite a
ocorrência de contaminação cruzada.

Evita suspensão de partículas

Cabines de Pesagem e Amostragem de Fluxo

Instalações
Áreas de Produção

■ Áreas segregadas: antibióticos, certos


hormônios, substâncias citotóxicas,
sensibilizantes, biológicos
■ fluxo operacional contínuo
■ tratamento do ar na exaustão

Filtro HEPA

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Instalações As superfícies interiores (paredes, piso e teto) devem ser


revestidas de material liso, impermeável, lavável e resistente,
Áreas de Produção

Instalações
Áreas de Controle de Qualidade

■ Deve ser separados das áreas de produção


■ As áreas em que são empregados ensaios biológicos, microbiológicos ou de
radioisótopos devem ser separadas umas das outras e sistema de ar independentes
■ armazenamento de amostras, padrões de referência (se necessário, com refrigeração),
solventes, reagentes e registros.

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Equipamentos
■ instalados de forma a minimizar qualquer risco de erro ou contaminação
■ Tubulações identificadas
■ Os equipamentos devem ser limpos, conforme procedimentos de limpeza aprovados e validados
■ Não devem interferir na qualidade do produto

Reator em aço inox

Identificação das tubulações

Materiais
Nenhum material utilizado em operações tais como limpeza, lubrificação de equipamentos e controle de
pragas deve entrar em contato direto com o produto

Todos os materiais de entrada e os produtos terminados devem ser colocados em quarentena


imediatamente após o recebimento ou produção, até que sejam liberados para uso ou comercialização

Matérias-Primas
Material de Embalagem
Produtos Intermediários e a Granel
Produtos Intermediários e a Granel
Produtos Terminados
Materiais Reprovados, Recuperados e Reprocessados
Produtos Recolhidos
Produtos Devolvidos
Reagentes e Meios de Cultura
Padrões de Referência
Materiais Residuais

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Boas práticas de controle de qualidade


Documentos

Os métodos de controle de qualidade devem ser validados antes de serem adotados na rotina.

Os métodos analíticos compendiais não requerem validação

Todas as especificações de matérias-primas, materiais de embalagem e produtos terminados devem estar


devidamente autorizadas, assinadas e datadas, bem como mantidas pelo Controle de Qualidade ou
Garantia da Qualidade.

Devem também existir especificações relacionadas à água, aos solventes e aos reagentes utilizados na
produção.

Devem ser realizadas revisões periódicas das especificações para que sejam atualizadas conforme as
novas edições da farmacopeia nacional ou outros compêndios oficiais.

As farmacopeias, os padrões de referência e outros materiais de referência necessários devem estar à


disposição

Boas práticas de controle de qualidade

■ O CQ deve ser independente da produção


■ Cada fabricante deve possuir um departamento de Controle de Qualidade
■ deve estar sob a responsabilidade de uma pessoa com qualificação e experiência
■ instalações adequadas, pessoal treinado e procedimentos aprovados devem estar
disponíveis para amostragem, inspeção e análise de matérias-primas, materiais de
embalagem, produtos intermediários, a granel e terminados.
■ armazenar os padrões de referência, garantir a rotulagem correta, garantir que a
estabilidade dos ingredientes ativos e medicamentos seja monitorada, participar da
investigação de reclamações relativas à qualidade do produto e participar do
monitoramento ambiental.

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Ensaios para Matérias-Primas e Materiais de Embalagem

Ensaios de identificação devem ser realizados em amostras retiradas de todos os recipientes


de matéria-prima, caso não tinha sido adquirida por fornecedor qualificado.
Com a qualificação, é possível a isenção do teste de identificação em amostras de todos os
recipientes nos seguintes casos:
I - matérias-primas oriundas de uma planta mono produtora;
II - matérias-primas adquiridas diretamente do fabricante, ou em recipientes lacrados no
fabricante, no qual haja um histórico confiável e sejam realizadas auditorias regulares da
qualidade no sistema de garantia da qualidade do fabricante.
As matérias-primas fornecidas por intermediários, fabricante desconhecido ou não auditado
pelo fabricante do medicamento, matérias-primas fracionadas e matérias-primas utilizadas
para produtos parenterais devem passar por testes de identificação de todos os recipientes.

Amostras de referência
■ Amostras cada lote de produto terminado devem ser mantidas por, pelo
menos, 12 meses após o vencimento, exceto para Soluções Parenterais
de Grande Volume (SPGV), que devem ser conservadas por, no mínimo, 30
(trinta) dias após o vencimento.
■ As amostras de substâncias ativas devem ser retidas por, pelo menos, um
ano após o vencimento dos prazos de validade dos produtos finais aos
quais tenham dado origem.
■ Amostras de outras matérias-primas (excipientes) devem ser retidas pelo
período mínimo de dois anos após seu respectivo prazo de validade
■ As quantidades de amostras de materiais e produtos retidos devem ser
suficientes para possibilitar que sejam realizadas,pelo menos, duas
análises completas.

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Estudos de estabilidade
■ Avalia a qualidade e a estabilidade dos produtos terminados e, quando necessário, das
matérias-primas, dos produtos intermediários e a granel.
■ A estabilidade de um produto deve ser determinada antes da comercialização e deve ser
repetida após quaisquer mudanças significativas nos processos de produção, equipamentos,
materiais de embalagem e outras que possam influir na estabilidade do produto.
■ Estabelecer um programa de estudo de estabilidade com objetivo de determinar data e
especificações de validade;

ESTABILIDADE ACELERADO
ESTABILIDADE ACOMPANHAMENTO
ESTABILIDADE DE LONGA DURAÇÃO

PRODUTOS ESTÉREIS
■ A produção de preparações estéreis deve ser realizada em áreas limpas, cuja
entrada de pessoal e de materiais deve ser feita através de antecâmaras.
■ As operações de fabricação são divididas em duas categorias: a primeira, onde os
produtos são esterilizados terminalmente e a segunda, onde parte ou todas as
etapas do processo são conduzidas assepticamente.

ANTECÂMARAS EM SALAS LIMPAS

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PRODUTOS ESTÉREIS
Classificação de área Limpa

PRODUTOS ESTÉREIS
CONTROLE DE QUALIDADE

O procedimento do teste de esterilidade deve ser validado para cada produto.


A esterilidade dos produtos terminados é assegurada por validação do ciclo de esterilização

Esterilização por Calor


Esterilização por Calor Úmido

Esterilização por Calor Seco


Esterilização por Radiação

Esterilização por Gases e Fumigantes - óxido de etileno, vapores de peróxido de hidrogênio

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