Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
40.5
406 BOLETIN DE LA OFICINA SANITARIA PANAMERICANA Noviembre 1984
a b c d î Total
Diagnóstico No % No % No % No % No % No %
a b c d e Total
Diagnóstico N” % No % No % No % No % No %
a b c d e Total
Dia.gnóstico N” % N” % No % No % N” % No %
Nota-se (tabela 7) urna maior percenta- ciosas não sáo preponderantes em nosso
gem de casos de deficiencia visual nos meio como causas de deficiencia visual,
hospitais-escolas, o que pode ser explica- pelo menos no que se refere às regiões ou
do por serem gratuitos e centros de refe- áreas estudadas. 0 II Encentro Norte-
rencia para o qual sáo encaminhados ou Nordeste de Oftalmologia de 1981 (4)
se dirigem espontaneamente os pacientes conclui igualmente náo serem a hipovita-
com casos mais graves. A análise das tabe- minose A, a oncocercose e tracoma causas
las de 1 a 5 mostra que as principais importantes de cegueira na região norte-
causas de deficiencia visual se mantêm as nordeste do Brasil.
mesmas nas diferentes instituicões estuda- Por outro lado relatórios sobre causas de
das, o que sugere a hipótese de nao haver cegueira na América do Su1 freqüente-
influencia de nivel sócio-econômico no mente citam trabalho realizado por Si-
seu aparecimento. Devido ao carater de mons em 1974 (7), em que 0 autor localiza,
gratuidade, é de se supor que o nível através de entrevista e estudo retrospectivo
sócio-econômico dos pacientes que procu- de prontuários hospitalares, 1 000 casos de
ram os servicos universitários estudados é cegueira por ano em nove estados do
mais baixo do que o nível daqueles que norte-nordeste brasileiro, causados por hi-
procuram as clínicas particulares referi- povitaminose A. 0 autor nao relata, po-
das neste levantamento. rém, o critério usado para o diagnóstico
Nas 8 000 criancas, apenas seis casos de dos casos, como enfatiza Roncada (8).
úlcera de córnea foram detectados, todos Quanto à hipovitaminose A, nao foi en-
eles em pacientes com mais de 7 anos. Es- contrada em nossa pesquisa como causa de
ses resultados vêm revelar que causas infec- lesão comeana bilateral em nenhum caso.
410 BOLETIN DE LA OFICINA SANITARIA PANAMERICANA Noviembre 1984
TABELA 6-Diagnósticos de pacientes portadores de deficiihcia visual por faixas etárias, 1982.
TABELA 7-Número de casos atendidos de deficientes visuais em relapáo dos náo deficientes, con.
forme locais de consulta, 1982.
REFERENCIAS
1. WHO urges massive support for prevention of Alderigo Neto, B. e Kahl, A. C. Investigacão
blindness MJ Health Educ 21:120, 1978. sobre a prevalencia de xeroftalmia através de
2. Temporini, E. R., Kara-José, N. e Rigolizzo, H. inquérito realizado junto a oftalmologistas
B. Envolvimento de pessoal da comunidade em brasileiros. Rev Suude Publica 12:151-156, 1978.
projeto de detec@io de ambliopia em pt$- 9. Regensteiner, D. B. W. e Kara;Tosé, N.
escolares. Apresentando ao Y congresso Condicões de diagnóstico e idade em que foram
Brasileiro de Prevencào da Cegueira, Curitiba operadas criancas com catarata congênita na
1982. (Documento mimeografiado.) cidade de Sáo Paulo. Ren Bras Oftalmol (em
3. Alves, M. R. e Kara-José, N. Úlcera de córnea em publicacão).
criancas. Causas predisponentes. Arq Bras 10. Kara José, N., Tajar, A. e Scarpí, M. J.
Oftalmol 43:131-132, 1980. Incidencia de ambliopia em 1 400 escolares da
4. Conclusões do II Encentro de Oftalmologia do cidade de Sáo Paulo, em 1975. 2n:Anais do 50
Norte-Nordeste Brasileiro, 1981. Ata do Conselho Congresso Latino Americano de Estrabismo,
Brasileiro de Oftalmologia, 1981. Guarujá, S.P., 1976. São Paulo, Loyola, 1976.
5. Neufeld, C. R. Estudo de 841 casos de cegueira pp. 319-324.
em 29 entidades de assistência ao cego do Estado ll. Macchiaverni, F. F. N., Kara-José, N., Rueda,
de São Paulo, 1974-1976. In. Anais da lo G., Pereira, V. L., Costa, N. N., Rangel, F. F e
Congresso Paulista sobre a Problemática da Favero, M. Levantamento oftalmológico em
Cegueira, 1977. escolares da primeira à quarta série do primeiro
6. Belfort, Jr., R. Levantamento dos casos de ce- grau na cidade de Paulínia, São Paulo. Arq Bras
gueira atendidos pelo ambulatório de Oftahnolo- Oftalmol42:289-294, 1979.
gia da Escola Paulista de Medicina no ano de 12. Kara-José, N., Alves, M. R., Bonanomi, M. B.
1965. Arq B1-a~ Oftalmol 35:28-33, 1972. C. e Soma, Jr. N. A. Ferimento perfurante de
7. Simmons, W. K. Xerophthalmia and blindness in globo ocular na infancia. Rev Bnzs Oftalmol
Northeast Brazil. AmerJ Clin Nutr 29:116, 1976. 40:243-254, 1981.
8. Roncada, M. J., Wilson, D., Adamo Netto, L.,
Kara-José et al. DEFICIl?NCIA VISUAL 413
Los autores estudiaron 8 000 niños de hasta años, ambliopía refraccional, catarata
15 años de edad atendidos en dos hospitales congénita y neuritis óptica; de 7 a 10 años y
universitarios y tres clínicas particulares en las también de ll a 15 años, ambliopía refraccio-
ciudades de Sao Paulo, Campinas y Goiânia nal, catarata congénita y nistagmo. Se destaca
(regiones sur y centro-oeste de Brasil). que la hipovitaminosis A, el tracoma y la
Encontraron 224 casos de deficientes visuales oncocercosis no son causas importantes de
(acuidad visual igual o inferior a 0,30/,) cuyas deliciencia visual. Se concluye con consideracio-
principales causas eran: de 0 a 3 años, catarata, nes sobre algunos puntos importantes de un
glaucoma y retinopatía congénitas; de 4 a 6 plan de prevención de la ceguera.