Você está na página 1de 5

Aula 2

Introdução à Educação Física Conversa Inicial

Profa Bárbara Schausteck de Almeida

História da educação física e das práticas


Temas da aula
corporais no Brasil

As ginásticas europeias
Conhecer as origens para entender as
A chegada dos esportes
mudanças no decorrer dos anos
Usos da educação física: militarismo,
Práticas corporais e sua relação com a
higienismo, eugenismo e ideologia/política
formação em educação física
Breve histórico da formação profissional

Imigração e clubes étnicos (século XIX)

As ginásticas europeias Preparação dos corpos (fortalecimento


muscular) e disciplina
Métodos ou escolas, com influência das
ciências biológicas

1
Método alemão Método sueco

Saúde física e moral (livre de vícios) de


Unidade nacional: instrução física das massas operários e soldados
Preparação para confrontos militares: corpos Caráter mais pedagógico – adotado no Brasil
fortes pelas escolas
Utilizado por militares no Brasil (1860-1912) Equipamentos: barras, cavalos, plintos, banco
sueco

Método francês

Baseado no método sueco


Busca por qualidades físicas para defesa e A chegada dos esportes
trabalho nas fábricas
Fez parte dos currículos nas escolas normais
no Brasil (1850), ministrada por militares
(Soares, 2017)

Mobilização social e interesses políticos


Financeiro
Fim do século XIX e começo do século XX:
Mídia (jornais)
Europa como referência de modernidade
Clubes
Organizações sociais e início das competições
Infraestrutura nas cidades
Práticas de elite: distinção social
Práticas de lazer
(Del Priore; Melo, 2009)

2
Militarismo: treinamento físico, disciplina,
A educação física para fins
militares e higiênicos defesa da pátria
Higienismo: hábitos higiênicos, prevenção de
doenças e cuidados com o corpo

Principais características

Primeiros professores nas escolas e demais


ambientes de prática A educação física para fins
eugênicos e político-ideológicos
Divulgação, defesa e objetivos das práticas
corporais para a sociedade
Para homens e com diversas restrições para
mulheres

Ideologia e política: povo forte, viril,


Eugenia (início do séc. XX): determinismo representante da nação
genético (darwinismo) às questões sociais Apropriação na Educação Física escolar por
No Brasil, transformado: hábitos poderiam militares
intervir na hereditariedade Competições internacionais (futebol):
unidade e mobilização

3
1851: Obrigatória nas escolas
(sob o nome de ginástica)
Formação profissional em
educação física Preparação por policiais (1910),
Exército (1922) e Marinha (1925)
1934: Escola de Educação Física
do Estado de São Paulo

1934: um ano de curso para instrutores de Até 1957, era um curso técnico
ginástica e mais um ano para professores de (sem exigência do atual ensino médio)
educação física 1969: maior carga horária
1945: formação de professor de dois anos 1987: quatro anos e criação do bacharelado
para três – currículo mais pedagógico (Souza Neto, 2004)

Observe a foto

Na Prática

Gabriel12/shutterstock

4
História da educação física e das práticas
corporais no Brasil

Influências presentes, com novos


Finalizando significados
Ginástica: cuidado com o corpo, estética,
“feminina” – inclui-se a competição
Esportes: popularização, ênfase na
competição

Usos da educação física:


Saúde e educação seguem em evidência
Referências
Preparação dos corpos para o trabalho
Formação: especialização, porém sem
valorização?

DEL PRIORE, M.; MELO, V. A. História do esporte


no Brasil: do império aos dias atuais. São Paulo: SOARES, C. L. Educação física: raízes
Unesp, 2009. europeias e Brasil. Campinas: Autores
LIMA, R. R. História da educação física: algumas Associados, 2017.
pontuações. Pesquiseduca, Santos, v. 7, n. 13, p. SOUZA NETO, S.; ALEGRE, A.; HUNGER, D.;
246-57, 2015. PEREIRA, J. Formação profissional de
SILVA, A. L. S. A perfeição expressa na carne: a Educação Física no Brasil: uma história sob a
educação física no projeto eugênico de Renato perspectiva da legislação federal no século
Kehl – 1917 a 1929. Dissertação (Mestrado em XX. Revista Brasileira de Ciência do Esporte,
Educação Física), Universidade Federal do Rio Campinas, v. 25, n. 2, p. 113-128, jan. 2004.
Grande do Sul, Porto Alegre, 2008.

Você também pode gostar