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1. Introdução
O intento deste trabalho é chamar atenção à formação profissional em Educação Física no que
tange ao conteúdo ginástico e reflectir sobre os saberes que estes têm acumulado durante a sua
formação académica.
A ginástica, tal-qualmente os demais elementos da cultura corporal de movimento, foi
engendrada e desenvolvida perante condições sociais e históricas contraditórias e, no que lhe
concerne, além de ser uma das primeiras formas sistematizadas de prática corporal, em linhas
gerais, hodiernamente ela figura enquanto referência a todo tipo de actividade física
sistematizada. Embora de génese pré-histórica, ela foi metamorfoseando-se e, a datar século
XIX, pôde se observar, na Europa, a eclosão de diversos métodos ginásticos que influenciaram a
ginástica mundial. É nesta ordem de ideias que neste trabalho pretendo falar das características e
tipos de ginástica assim como da federação que rege a modalidade de ginástica em Moçambique.
Para a elaboração deste trabalho recorreu-se à revisão bibliográfica das obras fornecidas pelo
docente e de outras que versam sobre o assunto, bem como de artigos extraídos na internet.
Como forma de permitir melhor compreensão propomos a seguinte estrutura: Introdução, marco
teórico, conclusão e Bibliografia.
1.1.Objectivos do Trabalho
» Falar das características e tipos de ginástica assim como da federação que rege a modalidade
de ginástica em Moçambique.
» Definir os conceitos-chave;
2. Marco Teórico
2.1.Definição dos conceitos
Expressões como não se vai à machamba sem enxada ou não se vai à guerra sem arma são
bastante comuns nas conversas do dia-a-dia. Elas procuram chamar atenção para algo muito
básico para certa acção mas que foi esquecido. Neste tópico, apresentar-se-á a discussão dos
conceitos básicos, conceitos esses que nos acompanharão até ao fim deste trabalho, e sem a
compreensão dos quais podemos nos considerar, até certo ponto, “um agricultor sem enxada”.
Portanto, neste trabalho são consideradas como palavras básicas e frequentes em todo trabalho as
seguintes: Ginastica e Educação Física.
Ginástica
Em concordância com o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (apud SOUZA,
1997:45) “a palavra Ginástica vem do grego Gymnastiké e significa a “Arte ou ato de exercitar o
corpo para fortificá-lo e dar-lhe agilidade” e; conforme mencionamos precedentemente,
malgrado a sua génese seja pré-histórica, “foi meramente no fim do século XVIII e início do
século XIX que houve uma preocupação de definir a função da Ginástica e sua sistematização”
TOLEDO (1995:2), porquanto, em concordância com a locução de SOUZA, “ela era utilizada
como referência à todo tipo de actividade física sistematizada, cujos conteúdos variavam desde
as actividades necessárias à sobrevivência, aos jogos, ao atletismo, às lutas, à preparação de
soldados” SOUZA (1997:24)
SOUZA (1997:13) afirma que longe de ser, tão-somente, uma actividade específica, ginástica é,
pelo contrário, um grande campo de actuação (Figura 1), que, no que lhe concerne, pode ser
categorizado do seguinte modo:
Ginásticas de Competição
Reúnem todas as modalidades competitivas;
Ginásticas de Fisioterapia
Responsáveis pela utilização do exercício físico na prevenção ou tratamento de doenças;
Ginásticas de Demonstração
É representante deste grupo, a Ginástica Geral, cuja principal característica é a não-
competitividade, tendo como função a interacção social isto é, a formação integral do indivíduo
nos seus aspectos: motor, cognitivo, afectivo e social.
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A ginástica, na sua grande área, é um conhecimento em franco processo de extinção das aulas de
Educação Física nas escolas e de outros espaços não formais de educação. TEIXEIRA (2012:5).
Contudo, independentemente da área de actuação, a ginástica segue enquanto campo de
conhecimento significativo à formação profissional do profissional de Educação Física, e, em
virtude disso, é imperioso que, durante a formação, os futuros profissionais de Educação Física,
“aprendam a relacionar os movimentos gímnicos com a biomecânica, a fisiologia do exercício, a
anatomia aplicada e, também, com a sociologia, a antropologia e a filosofia” RINALDI &
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3. Conclusão
O ensino da Educação Física deve agregar-se três tendências: a noção de historicidade, em que se
reconhece a existência de uma “cultura corporal, resultado de conhecimentos socialmente
produzidos e historicamente acumulados pela humanidade que necessitam ser retraçados e
transmitidos para os alunos na escola; o sentido lúdico, que busca instigar a criatividade humana
à adopção de uma proposta produtiva e criadora de cultura, tanto no mundo de trabalho como no
do lazer e as experiências anteriores, que são determinantes para expandir a imaginação.
A ginástica, enquanto um dos conteúdos da cultura corporal na Educação Física escolar,
“contribui para a expansão do repertório motor da criança, proporciona experiências que
auxiliam no desenvolvimento de habilidades sociais de aspectos cognitivos, afectivos e físicos”
MINCIOTTI & FURTADO (2012:134). Mas juntamente com os jogos, exportes, danças e
outros, viabilizam actividades que provocam valiosas experiências corporais, enriquecedoras da
cultura corporal das crianças e que por seu turno, permitem “ao aluno a interpretação subjectiva
das actividades ginásticas, através de um espaço amplo de liberdade para vivenciar as próprias
acções corporais” SOARES (1992:77). Tudo isso, somado, configura-se como sendo uma
educação comprometida com as relações do homem no mundo e com o mundo como um todo.
Portanto, a Educação Física Escolar não deve ter por escopo distrair as crianças, extravasar as
energias, ou servir somente de instrumento para desenvolver as habilidades motoras. Pelo
contrário, nela deve ocorrer, similarmente, a produção de conhecimentos que visam o
desenvolvimento de qualidades como a cooperação, solidariedade, questionamento e
problematização da sociedade.
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4. Bibliografia
» SOARES, C. L. et all. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
» RINALDI, I.P.B.; SOUZA, E.P.M. A ginástica no percurso escolar dos ingressantes dos
cursos de licenciatura em educação física da Universidade Estadual de Maringá e da
Universidade Estadual de Campinas. Rev. Bras. Cienc. Esporte, Campinas, v.24, p. 159-173,
2003.