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Introdução
O presente trabalho versa-se em torno do tema: Ginástica ao solo. Portanto, no seu
desenvolvimento far-se-a menção do conceito ginástica bem como a sua invenção e a
suas prática e os tipos de ginástica. Assim, a ginástica, tal como os demais elementos da
cultura corporal de movimento, foi engendrada e desenvolvida perante condições
sociais e históricas contraditórias e, no que lhe concerne, além de ser uma das primeiras
formas sistematizadas de prática corporal, em linhas gerais, hodiernamente ela figura
enquanto referência a todo tipo de actividade física sistematizada. Neste contexto, a
ginástica é um conceito que engloba modalidades competitivas e não competitivas e
envolve a prática de uma série de movimentos exigentes de força, flexibilidade e
coordenação motora para fins únicos de aperfeiçoamento físico e mental. Desenvolveu-
se, efectivamente, a partir dos exercícios físicos realizados pelos soldados da Grécia
Antiga, incluindo habilidades para montar e desmontar um cavalo e habilidades
semelhantes a executadas em um circo, como fazem os chamados acrobatas. Naquela
época, os ginastas praticavam o exercício nus (gymnos – do grego, nu), nos chamados
gymnasios, patronados pelo deus Apolo. A prática só voltou a ser retomada - com ênfase
desportiva e militar - no final do século XVIII, na Europa, estes avanços geraram a
chamada ginástica Moderna, agora subdividida. Anos mais tarde, a Federação
Internacional de Ginástica foi fundada, para regulamentar, sistematizar e organizar todas
as suas ramificações surgidas posteriormente. Já as práticas não competitivas,
popularizaram-se e difundiram-se pelo mundo de diferentes formas e com diversas
finalidades e praticantes. Estes movimentos naturais ou habilidades específicas do ser
humano, quando analisados e transformados, visando o aprimoramento da performance
do movimento, entendida aqui de acordo com vários objectivos como: economia de
energia, melhoria do resultado, prevenção de lesões, beleza do movimento entre outros,
passa a ser considerada como movimentos construídos (exercícios) ou habilidades
culturalmente determinadas.
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1.1.Delimitação dos Objectivos
Segundo Andrade (1997:26), “toda pesquisa deve ter objectivos claros e definidos, pois
assim torna mais fácil conduzir a investigação”.
Ginástica acrobática:
que tem como objectivo fazer acrobacias de forma que se tenha habilidade, força,
equilíbrio, flexibilidade e também é realizada em equipe;
Ginástica artística:
também é uma forma que se deve ter força, equilíbrio e habilidade, um exemplo, é o
cavalo de alças;
Ginástica rítmica:
esta modalidade envolve movimentos em forma de dança em variados tipos e
dificuldades e também com a utilização de pequenos equipamentos;
Ginástica de Trampolim:
nesta modalidade são usados um e dois trampolins para um ou dois atletas que devem
executar uma série de dez elementos(Brochado&Brochado,1988).
2.2.Principais Tipos de Ginástica
Ginástica Aeróbica – A ginástica aeróbica é uma forma de ginástica que antes era
conhecida como aeróbica esportiva. É uma disciplina na qual várias rotinas de
exercícios são realizada se, que podem ter movimentos de alta ou baixa intensidade, seja
fazendo exercícios de ginástica como saltos ou outros movimentos, através do uso de
alguns dispositivos. Como e noutras modalidades de ginástica, a música costuma ser
utilizada, sendo que o atleta tende a harmonizar os movimentos em relação a música
(Guiraldelli, 1991).
Ginástica Acrobática – Com origem das artes circenses, pode ser caracterizada pela
realização de exercícios de elasticidade, equilíbrio, destreza e força. É um Desporto
bastante dinâmico. É uma das modalidade mais novas do universo ginástico competitivo
e ainda não possui suas regras difundidas, cuja a prática também disponibiliza valor
pedagógico. Costuma-se fazer exercícios acrobáticos em grupos e, por isso, requer um
alto grau de confiança e concentração entre os seus participantes.
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podem dar saltos simples ou fazer combinações mais complexas de saltos. A pontuação
é baseada na dificuldade e nos segundos totais gastos no ar. As notas, que são de 0 a 10
são atribuídas ao ginasta por um júri, que geralmente é formado por cinco jurados
(Guiraldelli, 1991).
Ginástica Geral – É uma outra modalidade gímnica, conhecida com a disciplina em que
os exercícios coreográficos de ginástica são geralmente feitos com grupos de várias
pessoas, que podem variar bastante no número de praticantes, podem variar de poucas
pessoas para mais de cento e cinquenta. Estes grupos de ginastas podem ser formados
por mulheres, por homens ou ambos. A maioria dos exercícios coreográficos é realizada
de forma sincronizada e são mais comuns em eventos esportivos. É também conhecida
como um tipo de ginástica para todos porque é uma modalidade que pode ser exercida
por diferentes pessoas, independente deidade, classe social, género ou condições físicas
e técnicas (Guiraldelli, 1991).
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Já A Ginástica, em sua origem, era uma atividade que tinha o objetivo de preparar
fisicamente as pessoas para se tornarem soldados ou combatentes.
Com o passar do tempo, sua prática ganhou diversos elementos que a transformaram em
várias modalidades.
Independente da forma como é praticada, a Ginástica pode ser dirigida a muitas pessoas,
atletas ou não, trazendo alegria e bem estar para quem experimenta seus movimentos.
A evolução dos movimentos da Ginástica fez sua prática se desdobrar em diversas
modalidades.
Hoje, temos as ginásticas artística e rítmica que são esportes olímpicos, a ginástica
acrobática, que é muito utilizada pelos artistas circenses, a ginástica aeróbica, muito
praticada nas academias, dentre outras.
A prática da Ginástica é baseada em uma diversidade de movimentos corporais, que
exigem equilíbrio, força e coordenação motora.
Dentre os fundamentos básicos para a sua prática, contamos com vários movimentos
gerais que envolvem posições de equilíbrio, saltos, giros, a parada de mão, a estrela, a
ponte, o rodante e os rolamentos.
Exemplo:
Para praticar a cambalhota, você precisará de um local confortável como colchonete,
colchão ou carpete, para não se machucar.
Para fazer a cambalhota para frente, utilize uma folha de papel, segure-a com queixo,
pressionando-a contra o seu peito.
Essa posição irá proteger seu pescoço e o ajudará a executar o movimento correto.
Depois que conseguir executar corretamente, não precisará mais da folha.
Ginástica ao solo
Com este trabalho podemos perceber como se executam os exercícios, e também como
se pode ajudar.
O “pai” da ginástica ao solo é Tuccaro visto que foi ele que escreveu um livro em 1959
sobre saltos livres o qual veio dar vida á ginástica livre aquela a que nós chamamos hoje
em dia ginástica de solo.
A sua prática
Rolamento á frente
Como executar: * Mãos no solo á largura dos ombros e viradas a frente.
* Forte impulsão de membros inferiores
* Elevação da bacia
* Manutenção do corpo bem fechado sobre si próprio durante o enrolamento.
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* Repulsão efectiva das mãos no solo na parte final
Como ajudar:
Com uma mão na nuca para ajudar a encostar o queixo ao peito (e evitar lesões) e outra
na parte posterior das coxas ou nadegueiros para impulsionar o enrolamento.
Resumindo:
* Fecho * Impulsão de membros inferiores * Repulsão de membros superiores *
Abertura
Rolamento á retaguarda
Como executar: * Fechar bem os membros inferiores flectidos sobre o tronco (“joelhos
ao peito”)
* Flectir a cabeça para a frente de forma a encostar o queixo ao peito
* Colocação das mãos no solo a largura dos ombros e viradas para a frente
* Manutenção do corpo bem fechado sobre si próprio durante o enrolamento
* Fazer a repulsão das mãos no solo na parte final com vigor, de forma a elevar a cabeça
e não bater com ela no solo.
Foi em 1896, sob o efeito da criação da Federação Internacional de Ginástica, que
tiveram lugar nos Jogos Olímpicos provas desta modalidade. Só alguns anos mais tarde,
em 1932, foi inserido o programa de exercícios no solo, sendo Istvan Pelle, o primeiro
campeão olímpico nesta categoria.
Elementos gímnicos
Elementos gímnicos
Rolamentos à frente;
Rolamentos à retaguarda;
Pinos;
Roda e rodada;
Posição de equilíbrio;
Posição de flexibilidade.
Rolamento à frente
Rolamentos à frente
Execução:
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Colocar a nuca no colchão;
Projetar o corpo para a frente;
Manter os joelhos junto ao peito até ao fim do rolamento;
Levantar sem o apoio das mãos no solo;
Terminar em equilíbrio.
Rolamento à frente com membros inferiores afastados
Membros inferiores afastados
Execução:
Apoiar as palmas das mãos no solo, à largura dos ombros, com os dedos bem afastados;
Fletir a cabeça para a frente, juntando o queixo ao peito;
Estender os membros inferiores elevando a bacia;
Apoiar a nuca no solo;
Projetar o corpo;
Manter os membros inferiores unidos, afastando-os só no fim do movimento;
Apoiar as mãos entre os membros inferiores, na fase final, para ajudar o corpo a subir;
Com um pequeno salto, unir as pernas, ajudando com o apoio das mãos no solo;
Terminar em equilíbrio.
Rolamento à retaguarda
Execução:
Virar-se de costas para o colchão, com os membros superiores em extensão e no
prolongamento do corpo;
Colocar-se na posição de cócoras;i
Colocar as costas das mãos junto aos ombros, com as palmas da mão voltadas para cima
e com os dedos bem afastados;
Fletir da cabeça e colocar o queixo ao peito;
Projetar o corpo para trás, mantendo sempre os membros inferiores fletidos junto ao
peito;
Passar a cabeça entre os braços, dirigindo os pés para o solo;
Terminar em equilíbrio.
Rolamentos à retaguarda
Rolamento à retaguarda com membros inferiores afastados
Execução:
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Virar-se de costas para o colchão, com os membros superiores em extensão e no
prolongamento do corpo;
Colocar-se na posição de cócoras, juntando o queixo ao peito;
Desequilibrar o corpo para trás, mantendo sempre os membros inferiores junto ao peito;
Colocar as costas das mãos nos ombros, com as palmas das mãos viradas para cima, e
mantendo os cotovelos unidos, à largura dos ombros, até apoiar as palmas das mãos no
colchão;
Fazer a repulsão dos membros superiores até à sua extensão, no momento em que a
bacia passa por cima da cabeça;
Afastar os membros inferiores e dirigir os pés para o solo;
Terminar em equilíbrio.
Membros inferiores afastados
Pino de cabeça
Execução:
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Posição de equilíbrio
Ponte
Execução:
Colocar as mãos à largura dos ombros no solo com os dedos afastados;
Executar a repulsão dos membros inferiores até à extensão;
Ombros na vertical dos apoios, membros inferiores e bacia alta;
Membros inferiores unidos e em extensão com a planta dos pés no solo;
Olhar para as mãos e manter a posição durante três segundos.
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CONCLUSÃO
Com essa pesquisa, pode-se concluir que a ginástica é fundamental por diversos
benefícios corporais, educacionais entre outros motivos. Mas, ainda fica a confusão, de
saber que essa é importância e mesmo assim esse conhecimento está praticamente
extinto das aulas de educação física na escola.
Concluímos com a elaboração deste trabalho, que é sempre muito importante expandir o
nosso conhecimento, especialmente no que toca a assuntos relacionados com o nosso
bem estar, como é o caso de todos os tipos de atividade desportiva.
Podíamos também inferir, mais especificamente, que a ginástica de solo é uma
modalidade muito complexa tanto a nível técnico quanto a nível físico.
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