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V OLUM E I
I RINEU BI CUDO
EDITORA DA
SBHMAT
SÉRIE TEXTOS DE HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
EDITOR GERAL JoHN A. FossA
V OLUME l
IRINEU Brcuoo
DEP. DE MATEMÁTICA, UNESP ( RIO C!AI{O)
Tradutor
'''"'"~·~~~ dirc•t ,unl' nlr do grego feita por l rineu Bicudo- parte da tradução da
u lu .1 tud,1 pnr lllflc•u lhllldo, Carlos Henrique B. Cooç;~lvcs e Henrique G. Murachco
Editora da
SBHMat
200 1
SOCIEDADE BRASILElRA DE HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
SUIIMat
<'uixa Postal, 68
l l'i00-970, Rio Claro/SP
Brasi l
mai I:sbhmat@rc.unesp.br
l'
APRESENTAÇÃ0--------------------------------------------05
pREFÁCIO--------- -----------------------------------------07
DE FI N IÇOES -----------------------------------------------09
P oSTIH AI)OS ----------------------------------------------11
NoçOI·}i CoMUNS------------------------------------------ 11
ELEMLiN'I'O l ----------------------------------------------13
ELEMENTO 2 ---------------------------------------------14
ELEMENTO 3 ----------------------------------------------15
Et.EM 1\NTO 4 ----------------------------------------------16
ELEMENTO 5 ----------------------------------------------18
ELEMENTO 6 ---------------------------------------------20
ELEMENTO 7 --------------------------------------- ------21
ELEMENTO 8 ---------------------------------------------23
ELEMENTO 9 ---------------------------------------------2 5
ELEMENTO 10 --------------------------------------------26
ELEMENTO 11 ---------------------------------------------27
Elemento 12 ---------------------------------------------29
Elemento 13 ---------------------------------------------3 1
Elemento 14 ---------------------------------------------33
Elemento 15 ---------------------------------------------3 5
Elemento 16 ---------------------------------------------3 6
Elemento 17 ---------------------------------------------3 8
Elemento 18 ---------------------------------------------3 9
Elemento 19 ---------------------------------------------40
Elemento 20----------------------------------------------41
Elemento 21 ----------------------------------------------42
Elemento 22-----------------------------------------------44
Elemento 23-----------------------------------------------46
APRESENTAÇÃO
I~ lcmcnto 24-----------------------------------------------48
I ~I cmen to 25---------------------------------------------5 o
I ~ I cmcnto 26---------------------------------------------5 2
Elemento 27---------------------------------------------5 5 Série Textos de História da Matemática originou-se
Elemento 28---------------------------------------------56
Elemento 29---------------------------------------------5 8
A com os preparativos para o N Seminário da História
dn Matemática, patrocinado pela SBHMat e realizado na cidade de
Elementa 30---------------------------------------------60 Nutul, no Cnmpus da UFRN, de 08 a 11 de abril de 2001. Com o
Elemento 3 l---------------------------------------------61 11111 11In dt• tomur os minicursos mais significantes para os participantes, a
EIementa 32---------------------------------------------62 I )u dw 111 du SBHMat sugeriu que os ministrantes dos referidos
Elemento 33---------------------------------------------64 lllllllllii'Sos O(..'Veriam preparar textos de apoio aos mesmos. Os textos
E! ementa 34---------------------------------------------6 5 1u1t, sc1imn necessariamente limitados ao conteúdo dos minicursos, mas
Elemento 35---------------------------------------------6 7 ~ 'IIUil 1 pequenas obras de referência sobre os temas abordados. Desta
Elemento 36---------------------------------------------68 lw 11111, esses textos não seriam apenas materiais auxiliares das
Elemento 37---------------------------------------------69 IIJlH'srutnl(tks, mas verdadeiros livros independentes, que trariam
Elemento 38---------------------------------------------70 p1 <lVt'll o u todos os leitores, mesmo os que não participaram no N
Elemento 39---------------------------------------------71 SNIIM. ( 'om isto, pretende-se contribuir de forma mais atuante e
Elemento 40---------------------------------------------72 w ncn.: ta ao desenvolvimento da História da Matemática entre nós,
Elemento 41-------------------------------------------,-73 ht·n 1como proporcionar aos pesquisadores desta área um maior fórum
Elemento 42---------------------------------------------74 para o dchat c e para a divulgação dos seus resultados.
Elemento 43---------------------------------------------76 <) presente volume, Vol.l da Série, é uma tradução do primeiro
Elemento 44---------------------------------------------77 hv1o dos 1·,'/C'mentos de Euclides. Uma das mais importantes obras na
Elemento 45---------------------------------------------79 I I1stú1iu Ja Matemática, os Elementos é uma sistema-tização de uma
Elemento 46---------------------------------------------81 gra11dc parte do conhecimento geométrico da época e é entre as
Elemento 47---------------------------------------------82 primeiras obras matemáticas a serem escritas usando o método
Elemento 48---------------------------------------------84 .1xi< ltllútie<). l ~mbomsabemos, hoje, que contémváriosdefeitoslógicos,
c1u 1idndo c a clarc7.a com os quais o seu autor o preparou fizeram dos
I•/, '1111'1/lt )\ llllliTlodclo exemplar de exposição matemática através dos
~l~n dus All1 ugoru lttltava uma tradução brasileira do próprio grego
ck'ISI I 11llJ'Kll1nnll'ohm./\ tradução do Pro( Bicudo, feita como mesmo
rutdndul' dml·:tJIdo original, vem, felizmente, a preencher esta lacuna.
John A. Fossa
Editor Geral da Série
Textos de História da Matemática
PREFÁCIO
Irineu Bicudo
1 1 I'IUMIIIHl 1,IVRO l lt'f> E u:MrNros uE Euo.rot;:;
DEFINIÇÕES
9
Irincu Bicudo ll l 'lllr..llll<n I .IVI<O nos Ü.J.;MENros or:.EucLIDES
10 11
O PRIMEIRO Llvtw oos ELEMENTos DE EucuoE.s
1
SOBRE A RETA LIMITADA DADA, CONSTRUIR
UM TRIÂNGULO EQUILÁTERO
I I
lríneu Bicudo O JIHIMI\mo Liv ltO nos F:u:MtNms DE E unu>I·S
2 3
COLOCAR NO PONTO DADO UMA RETA IGUAL l E DUAS RETAS DESIGUAIS DADAS, TIRAR DA
À RETA DADA MAIOR UMA RETA IGUAL À MENOR
Sejam o ponto dado o A e a reta dada a BC; 'preciso, então, Sejam as duas retas dadas desib>uais, as AB, C, das quais
col~car: no ponto A, uma reta igual à reta dada, a BC. Fique, seja maior a AB; é preciso, então, tirar da maior, a AB uma reta
e~tao, ligada uma reta, a AB, a partir do ponto A até o ponto B, e igual à menor, a C. Fique colocada no ponto A a AO, igual à
seJa construido, sobre ela, um triângulo equilátero, o DAB, e fiquem reta C; e com um centro, o A, e um raip, o AD, fique traçado
prolongadas retas, as AE, BF, sobre uma reta com as DA, DB, e um círculo, o DEF.
com um centro, o B, e um raio, o BC, fique traçado um círculo o
CGH, e, de novo, com um centro, o D, e um raio, o DG, fique c
traçado um círculo, o GU. Como, de fato, o ponto B é centro do
círculo CGH, a BC é igual à BG. De novo, como o ponto -D é 0
centro do círculo IJG, a DJ é igual à DG, das quais a DA é igual à
DB. Portanto, uma restante, a AJ, é igual a uma restante, a BG. E
Mas a BC também foi provada igual à BG; portanto, cada uma das 8
AI, BC é igual à BG. Mas as coisas iguais à mesma coisa são
iguais entre si; portanto, também a AJ é igual à BC. Portanto, no
ponto d~do , o A, jaz uma reta, a AJ, igual à reta dada a BC; 0 que
era preciso fazer.
E como o ponto A é centro do círculo DEF, a AE é igual à
AD; mas também a C é igual à AD. Portanto, cada uma das
AE, C é igual à AD; assim, também a AE é igual à C.
Portanto, tendo das duas retas desiguais dadas, as AB, C
está tirada da maior, a AB, a AE, igual à menor, a C; o que era
preciso fazer.
14 15
.....
lnneu Bicudo ( 11 'l i t~lltll 1 1V1co 111 r, ü 1 Ml Nros m. Euc t.nws
4
CASO DOIS TRIÂNGULOS TENHAM OS DOIS
LADOS RESPECTIVAMENTE IGUAIS [AOS] DOIS
LADOS E TENHAM O ÂNGULO IGUAL AO
ÂNGULO, O CONTIDO PELOS LADOS IGUAIS,
TERÃO TAMBÉM A BASE IGUAL À BASE, E O
1•c >is o triângulo ABC sendo ajustado sobre o triângulo DEF e
TRIÂNGULO SERÁ IGUAL AO TRIÂNGULO, E OS
1 ndo colocado o ponto A sobre o ponto De a reta AB sobre a
ÂNGULOS RESTANTES SERÃO, 1)I•', o ponto B também se ajustará sobre o E , pelo ser a AB igual
1\ 1)E. Sendo ajustada, então, a AB sobre a DE, também a reta AC
RESPECTIVAMENTE, IGUAIS AOS ÂNGULOS
t IIJW!luró sobre a DF pelo ser o ângulo sob BAC igual ao sob
RESTANTES, SOB OS QUAIS OS LADOS IGUAIS 1 IW; assim, também o ponto C se ajustará sobre o ponto F, pelo
t•r·, de novo, a AC igual à DF. Mas, certamente, também o B se
SE ESTENDEM
IIJIIstou sobre o E. Assim, uma base, a BC, se ajustará sobre uma
hlll{l', ~~ EF. Pois se o B, tendo se ajustado sobre o E, e o C, sobre
Sejam dois triângulos, os ABC, DEF, tendo os dois lados, ,, I:, a base BC não vier a se ajustar sobre a EF, duas retas conteriam
os AB, AC, respectivamente, iguais aos dois lados, os DE, DF, 1111111 úrca; o que é impossível. Portanto, a base BC se ajustará
o AB ao DE e o AC ao DF, e um ângulo, o sob BAC, igual ao 'lohrc a 1 ~1 : c será igual a ela. Assim também um todo, o triângulo
sob EDF; digo que também uma base, a BC é igual a uma base, AIH ', se ajustará sobre um todo, o triângulo DEF, e será igual a
a EF, e o triângulo ABC será igual ao triângulo DEF, e os ângulos d1', c: c>s ângulos restantes se ajustarão sobre os ângulos restantes e
restantes serão, respectivamente, iguais aos ângulos restantes, !lc 11h, iguais a eles, o sob ABC ao sob DEF, e o sob ACB ao sob
sob os quais os lados iguais se estendem, o sob ABC ao sob I >JII ;
DEF, e o sob ACB ao sob DFE. l'mtanto, caso dois triângulos tenham os dois lados,
""IH·ctivumente, iguais [aos] dois lados, e tenham o ângulo
1p11.ll ao ângulo, o contido pelas retas iguais, também terão a
lu t 'lt 1gual ã base igual, e o triângulo será igual ao triàngulo, e
,,,. ,lugu los restantes serão, respectivamente, iguais aos ângulos
ll''lluutcs, sob os quais se estendem os lados iguais; o que era
JH l' liSO J')fOVar.
16 l7
lrineu Bicudo 1 1111 IIIIHI I I V I(Ilil()h l:I.IMI:N'I'OS DEEUCI.LDCS
• I•, c' iHuul a uma toda, a AG, das quais a AB é igual à AC,
PROLONGADAS AINDA MAIS AS RETAS
tll•tlllltl o, uma restante, a BF~ é igual a uma restante, a CG. Mas a
IGUAIS, OS ÂNGULOS SOB A BASE SERÃO li lt1111hém f(>i provada igual à GB; então duas, as BF, FC, são,
•• l lt't Ii vn rncnte, iguais a duas, as CG, CB; também um ângulo, o
IGUAIS ENTRE SI
,,,h BH' é igual a um ângulo, o sob CGB, e uma base deles é
lllllllllll, u BC; portanto, também o triângulo BFC será igual ao
Seja um triângulo isósceles, o ABC, tendo o lado AB I• t 1tgt tio CG B, e os ângulos restantes serão, respectivamente, iguais
igual ao lado AC e fiquem prolongadas retas, as BD, CE, sobre 111111 ugu los restantes, sob os quais se estendem os lados iguais;
uma reta com as AB, AC; digo que o ângulo sob ABC é igual P•lll n111 o o sob FBC é igual ao GCB, e o sob BCF ao sob CBG.
ao sob ACB, e o sob CBD ao sob BCE. <'•" 'to, de tàto, um todo, o ângulo sob ABG, foi provado igual a um
Fique, pois, tomado sobre a BD um ponto ao acaso' o F, lt1d1 >, o 5ngulo sob ACF, dos quais o sob CBG é igual ao sob BCF,
e fique tirado da maior, a AE, a AG, igual à menor, a AF e pntltutlo, um restante, o sob ABC, é igual a um restante, o sob
fiquem ligadas as retas FC, GB. A< 'Jl; c estão junto à base do triângulo ABC. Mas o sob FBC
luruhélll lüi provado igual ao sob GCB; e estão sob a base.
A Portanto, nos triângulos isóceles, os ângulos junto à base
'lilo ig11ais entre si, e, tendo sido prolongadas as retas iguais, os
llllf.tlllos sob a base serão iguais entre si; o que era preciso provar.
D E
18 19
lrineu Bicudo l i I 'IUMIIIU > I .IVRO nos Cl.cMENro:; DE Euo.mES
6 7
CASO os DOIS ÂNGULOS DE UM TRIÂNGULO '1l >1\RE A MESMA RETA, OUTRAS DUAS RETAS,
SEJAM IGUAIS ENTRE SI, TAMBÉM OS LADOS, QUE 1\I•:S PECTIVAMENTE IGUAIS A DUAS MESMAS
SE ESTENDEM SOB OS ÂNGULOS IGUAIS, SERÃO I{P'I'AS, NÃO SERÃO CONSTRUÍDAS EM UM E
IGUAIS ENTRE SI <H JTRO PONTO, NO MESMO LADO, TENDO
AS MESMAS EXTREMIDADES QUE
S~ja um triângulo, o ABC, tendo o ângulo sob ABC igual
ao ângulo sob ACB; digo que também um lado, o AB, é igual a AS RETAS DO COMEÇO
um lado, o AC. Pois, se o AB é desigual ao AC, um deles é o
maior. Seja maior, o AB, e fique tirado do maior, o AB, a DB, Pois, se possível, sobre a mesma reta a AB, outras duas
igual ao menor, o AC, e fique ligada a DC. tl'lns, as AO, DB, respectivamente, iguais às duas mesmas retas,
11'1 A(', CR, sejam construídas em um e outro ponto, o C, e o D,
A
uo mesmo lado, tendo as mesmas extremidades, de modo a
'll' l l' ll1 u CA igual à DA, tendo a mesma extremidade com ela, o
A, cu CB à DB, tendo a mesma extremidade com ela, o B, e
l1quc ligada a CD.
20 21
lrincu Bicudo ti'IIMIIIUl l .tvRo nos ELE.MENros m-: EucuDES
c
B
F
22 23
Irincu Bicudo 1 I'111MI,IIHI I .IVRO oos E LEM ENros DE Eucutll:s
B c
24 25
I rit1êu Bicudo 1 11 'tuMtii<O l .tvRo o os ELEMENTOs DE EucuoFS
10 11
BISSECCIONAR A RETA LIMITADA DADA ' I 'JV\ÇAR UMA LINHA RETA EM ÂNGULO REfO
COM A RETA DADA A PARTIR DO PONTO
Seja a reta limitada dada, a AB; é preciso, então,
bisseccionar a reta limitada AB. DADO NElA
Seja constnúdo sobre ela um triângulo equilátero, o ABC, e
fique bisseccionado o ânbTUlo sob ACB pela reta CD; digo que a Sejam a reta dada, a AB, e o ponto dado sobre ela, o C; é
reta AB está bisseccionada no ponto D. p1 cciso, então, pelo ponto C traçar uma linha reta em ângulo
A D B F
26 27
lrineu Bicudo ll i 110MHmO LIVRO DOS ELEMENTOS DE EUCLIOFS
A wG~E
D
B
28 29
lrineu Bicudo O P RIMEIRo LNRO DOS ELEM ENros DE E u c LIDES
D B c
Se, de fato, o sob CBA é igual ao sob ABD, são dois retos.
E, se não, fique traçada, a partir do ponto B, a BE em (ângulo)
reto com a [reta] CD; portanto, os sob CBE, EBD são dois retos;
também, como o sob CBE é igual a dois, os sob CBA, ABE,
fique adicionado um comum, o sob EBD; portanto, os sob CBE,
EBD são iguais a três, os sob CBA, ABE, EBD. De novo, como
o sob DBA é igual a dois, os sob DBE, EBA, fique adicionado
um comum, o sob ABC; portanto, os sob DBA, ABC são iguais
a três, os sob DBE, EBA, ABC. Mas, também os sob CBE, EBD
foram provados iguais aos mesmos três; e as coisas iguais à mesma
coisa também são iguais entre si; portanto, também os sob CBE,
Imo são iguais aos sob DBA, ABC; mas os sob CBE, EBD são
30 31
Irineu Bicudo o PRIMEIRO LIVRO DOS ELEMENT'O S DE EUCL.IOES
dois retos; portanto, também os sob DBA, ABC são iguais a dois 14
retos.
Portanto, caso uma reta, tendo sido alteada sobre uma reta,
faça ângulos, fará ou, em verdade, dois retos, ou iguais a dois CASO, SOBRE ALGUMA RETA E NO PONTO
retos; o que era preciso provar. SOBRE ELA, DUAS RETAS, NÃO JACENTES,
NO MESMO LADO, FAÇAM OS ÂNGULOS
ADJACENTES IGUAIS A DOIS RETOS, AS
RETAS ESTARÃO, UMA COM A
OUTRA, SOBRE UMA RETA
c B D
32 33
lrineu Bicudo O PRIMEfRO LIVRo oa; ELEMENros n E EucuoFS
D c
Pois, como uma reta, a AE, está alteada sobre uma reta, a
CD, fazendo ângulos, os sob CEA, AED, portanto, os ângulos sob
CEA, AED são iguais a dois retos. De novo, como uma reta, a
DE, está alteada sobre uma reta, a AB, fazendo ângulos, os sob
AED, DEB, portanto, os ângulos sob AED, DEB são iguais a dois
retos.
E também os sob CEA, AED foram provados iguais a dois
retos; portanto, os sob CEA, AED são iguais aos sob AED, DEB.
Fique subtraído um comum, o sob AED; portanto, um restante, o
sob CEA, é igual a um restante, o sob BED; do mesmo modo,
então, será provado que também os sob CEB, DEA são iguais.
Portanto, caso duas retas cortem uma a outra, fazem os ângulos
no vértice iguais um ao outro; o que era preciso provar.
[Corolário:
Disso, então, é evidente que, caso duas retas cortem uma a
oulra, farão os ângulos na interseção iguais a quatro retos.]
34 35
Irineu Bicudo 0 PRIMEIRO LlVRO DOS E LEMEN'rO S DE E UCLIDES
A F
36 37
lrineu Bi.cudo O PRIMEIRO LIVRO DOS E LEMENroS DE EucLmFS
17 18
Os Dors ÂNGULOS DE TODO TRIÂNGULO, Ü MAIOR LADO DE TODO TRIÂNGULO
TOMADOS DE TODA MANEIRA, SÃO MENORES SUBTENDE O MAIOR ÂNGULO
DO QUE DOIS RETOS
Seja, pois, o um triângulo, o ABC, tendo o lado AC maior
do que o AB; digo que também um ângulo, o sob ABC, é maior
. Seja um triângulo, o ABC; digo que os dois ângulos do do que o sob BCA.
triânf,:rulo ABC, tomados de toda maneira, são menores do que
dois retos. A
D
c
Fique, pois, prolongada a BC até o D. E como de um Pois, como o AC é maior do que o AB, fique colocada a
triângulo, o ABC, um ângulo, o sob ACD, é exterior, é maior AO igual à AB, e fique ligada a BD.
do que o interior e oposto, o sob ABC. Fique adicionado um Como também de um triângulo, o BCD, um ângulo, o sob
comum, o sob ACB; portanto, os sob ACD, ACB são maiores ADB, é exterior, é maior do que o interior e oposto, o sob DCB.
do que os sob ABC, BCA. Mas, os sob ACD, ACB são iguais a E o sob ADB é igual ao sob ABD, visto que também um lado,
dois retos; portanto, os sob ABC, BCA são menores do que o AB, é igual ao AD; portanto, também o sob ABD é maior do
· dois retos. Do mesmo modo, então, provaremos que também que o sob ACB; portanto, o sob ABC é bem maior do que os
os sob BAC, ACB são menores do que dois retos e ainda os sob sob ACB.
CAB,ABC. Portanto, o maior lado de todo triângulo subtende o maior
Portanto, os dois ângulos de todo triângulo, tomados de Hngulo; o que era preciso provar.
toda maneira, são menores do que dois retos; o que era preciso
provar.
38 39
lrineu Bicudo O PRIMEIRO LrvRo DOS ELEMENI'OS DE EucLIDES
19
SOB O MAIOR ÂNGULO DE TODO TRIÂNGULO ÜS DOIS LADOS DE TODO TRIÂNGULO,
SE ESTENDE O MAIOR LADO TOMADOS DE TODA MANEIRA, SÃO MAIORES
DO QUE O RESTANTE
Seja um triângulo, o ABC, tendo o ângulo sob ABC maior
do que o sob BCA; digo que também um lado, o AC, é maior
do que um lado, o AB. Seja, pois, um triângulo, o ABC; digo que os dois lados
do triângulo ABC, tomados de toda maneira, são maiores do
A que o restante, os BA, AC do que o BC, e os AB, BC do que o
AC, e os BC, CA do que o AB.
B D
40 41
--------------------------------------~---
O PRIMEIKO I.rv&o uos ELEM ENrDS DE Eucum:s
\I
Irineu Bicudo
43
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lrineu Bicudo
O PRIMEIRO LIVRO oos E r.EMENros DE EucLIDES
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lrineu Bicudo
O PIUMHI<O LIVRO oos Er. I:M F.NJ'OS DE EucLmJ<S
a F
:~G A B
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Irineu Bicudo
O PKtM~.IKO LivRo n a; ELI::Mt:Nr·os DE EucunFS
B D
c
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Irineu Bicudo
O PRIMEIRO L i vRo nos Et.F.MFNros DE Eucr.mFS
25 também uma base, a BC, seria igual a uma base, a EF; e não é.
Portanto, um ângulo, o sob BAC, não é igual ao sob EDF; nem,
verdadeiramente, o sob BAC é menor do que o sob EDF; pois,
CASO DOIS TRIÂNGULOS TENHAM OS DOIS se fosse menor, também uma base, a BC, seria menor do que
LADOS, RESPECTIVAMENTE, IGUAIS AOS DOIS urna base, a EF; e não é; portanto, o ânt:,rulo sob BAC não é
menor do que o sob EDF. E foi provado que nem é igual;
LADOS, E TENHAM A BASE MAIOR DO QUE A portanto, o sob BAC é maior do que o sob EDF.
BASE, TAMBÉM TERÃO O ÂNGULO, Portanto, caso dois triângulos tenham os dois lados
respectivamente iguais a dois lados, e tenham a base maior do
O CONTIDO PELAS RETAS IGUAIS, que a base, terão também o ângulo, o contido pelas retas iguais
MAIOR DO QUE O ÂNGULO maior do que o ângulo; o que era preciso provar.
B
~c
50
51
lrineu Bicudo
O P RIMEIRo LrvRo oos ELEMENros DE Eucuu~s
ao EF; digo que também terá os lados restantes, respectivamente, ~t·stanlc, o sob BAC, é igual ao ângulo restante, o sob EDF.
iguais aos lados restantes, por um lado, o AB ao DE e, por Pois, se o BC é desigual ao EF, um deles é maior. Seja o BC
outro, o AC ao DF, e o ângulo restante ao ângulo restante, o 11 11 11o1~ se possível, e fique colocado o BH igual ao EF, e fique ligada
sob BAC ao sob EDP. 1 1\ li I: como, por um lado, o BH é igual ao EF, e, por outro, o
\I' m> I>E, então dois, os AB, BH, são, respectivamente, iguais a
d111 • os DE, EF; e contêm ângulos iguais; portanto uma base, a AH
l l):tllul a uma base, a DF, e o triângulo ABH é igual ao triângulo
I H 'I:, t.' ( >s fingulos restantes serão iguais aos ângulos restantes, sob
'' qtuw.. se estendem os lados iguais; portanto, o ângulo sob BHA
1 IJIIIItlnn sob EfD. Mas o sob EFD é igual ao sob BCA; então,
d• 11111 111 ugulo, o AHC, o ângulo exterior, o sob BHA, é igual ao
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53
lrineu Bicudo
() Pt~IMFmo L!vRo nos EI.EM t:Nros DE Eucum:s
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lrineu Bicudo O I'KIMI!IRO LivRo oc~ ELEMEN1·os DE EucuDES
- - - - · --
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Irineu Bicudo O PRIMEmo LrvRo DOS ELEMENTOS DE Eucw ws
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Ir in eu Bicudo O PKIMFIKO LtvHo IJ(}-; E1.n..t1 NJ os Dh Eucum::s
30 31
As PARALELAS À MESMA RETA SÃO PELO PONTO DADO, TRAÇAR UMA LINHA
TAMBÉM PARALELAS ENTRE SI RETA PARALELA À RETA DADA
Seja cada uma das AB, CD paralela à EF; digo que, Seja o ponto dado, o A, e a reta dada, a BC; é preciso,
também, a AB é paralela à CD.
então, pelo ponto A traçar uma linha reta paralela à reta BC.
Encontre, pois, as mesmas uma reta, a GI. E como uma
reta, a GI, encontrou retas paralelas, as AB, EF, portanto, o sob A
AGI é igual ao sob GHF. E-------,---- F
A ______ _QL B
B
-------~~---------
D
I c
---- I:,..._______D
ligada a AD; também, seja construída sobre a reta DA e no
C ponto sobre ela, o A, o sob DAE igual ao ângulo sob ADC; e
I lique prolongada uma reta, a AF, sobre uma reta com a EA.
E como uma reta, a AD, encontrando duas retas, as BC,
El:, lcz os ângulos alternos, os sob EAD, ADC, iguais entre si,
De novo, como uma reta, a GI, encontrou retas paralelas, portanto, a EAF é paralela à BC.
as EF, CD, o sob GHF é igual ao sob GID. Mas, também o sob Portanto, pelo ponto dado, o A está traçada uma linha reta,
AGI foi provado igual ao sob GHF. Portanto, também o sob a I ~ A f, paralela à reta dada, a BC; o que era preciso fazer.
AGI é igual ao sob GlD; e são alternos. Portanto, a AB é paralela
àCD.
[Portanto, as paralelas à mesma reta também são paralelas
entre si;] o que era preciso provar.
60
61
lrineu Bicudo 0 !'RIM I IKO (,I\'Klllll~ /:1 fM~N1'0S l>u bUCI.lDES
A
E
c D
62 63
lrincu Bicudo o J'J{IMIIW I.IVIWDth ELEMENTOS DE EucunE.'>
33 34
As RETAS LIGANDO AS IGUAIS E PARALELAS, ÜS LADOS E OS ÂNGULOS OPOSTOS DAS
DO MESMO LADO, TAMBÉM ELAS SÃO ÁREAS PARALELOGRÂMICAS SÃO IGUAIS
IGUAIS E PARALELAS ENTRE SI, E A DIAGONAL BISSECCIONA--AS
Sejam iguais e paralelas, as AB, CD, e liguem-nas, do Sejam uma área paralelogrâmica, a ABCD, e uma
mesmo lado, retas, as AC, BD; digo que também as AC, BD diagonal dela, a BC; digo que os lados e os. ângulo~ opostos do
são iguais e paralelas.
paralelogramo ACDB são iguais entre st, e a dtagonal BC
hissccciona-o .
c
Fique ligada a BC. E como a AB é paralela à CD, e a BC c D
encontrou-as, os ângulos alternos, os sob ABC, BCD são iguais,
um ao outro. Também, como a AB é igual à CD e a BC é Pois, como a AB é paralela à CD e uma reta, a B~, enco~trou
comum, duas, então, as AB, BC, são iguais a duas, as BC, CD; us, os ângulos alternos, os sob ABC, BCD, são igurus entr: st. De
lll lVO como a AC é paralela à BD, e a BC encontrou-as, os angulos
também um ângulo, o sob ABC, é igual a um ângulo, o sob
BCD; portanto, uma base, a AC, é igual a uma base, a BD, e o Hltcn~os, os sob ACB, CBD, são iguais entre si. Então os ABC,
triângulo ABC é igual ao triângulo BCD, e os ângulos restantes 1\( 'I) são dois triângulos, tendo os dois ângulos, os sob ABC, ~CA,
ll 'lllCct ivamente, iguais a dois, os sob BCD, CBD, e u:n lado tgual
serão, respectivamente, iguais aos ângulos restantes, sob os quais
"' gu1ostgu
· rus·, portanto,
os lad~s-iguais se estendem;·portanto, o ângulo sob ACB é igual 1111111111do ocomumaeles,oBC, sobreosan
1.1111h(·mos ·
' lados restantes serão, respectlvamen te, ·tgurus
· aoslados
ao sob CBA. E como uma reta, a BC, encontrando duas retas,
as AC, BD, fez os ângulo alternos iguais entre si, portanto, a ' "'~ltullcs, c 0 ângulo restante ao ângulo restante; portanto, ?.lado
AC é paralela à BD. Mas, foi provada também igual a ela. A1\ é igual a CD, e o AC ao BD, e ainda o â~gulo sob BAC e tgual
Portanto, as retas ligando as iguais e paralelas, do mesmo sob ( ·DB. E como o ângulo sob ABC é Igual ao sob B,~D, e o
11 o
lado, também elas são iguais e paralelas; o que era preciso soh ( 'BD ao sob ACB, portanto, um todo, o sob ABD, e tguaJ a
provar.
- · - - --·-··-
64
Irincu Bicudo ._) PKIMHlW 1.1\'1<<• nu-. Eu:lllc.NJOS DE Eucuor~<;
um todo, o sob ACD. Mas, também o sob BAC foi provado igual
ao sob CDB. 35
Portanto, os lados e os ângulos opostos das áreas
paralelogrâmicas são iguais entre si.
Digo, então, que também a diagonal bissecciona-as. Pois
ÜS PARALELOGRAMOS, OS QUE ESTÃO SOBRE
como a AB é igual à DC, e a BC comum, então duas, as AB~ A MESMA BASE E NAS MESMAS PARALELAS,
BC ~ão, respectivamente, iguais a duas, as CD, BC; també~
um angulo, o ~ob ABC, é igual a um ângulo, o sob BCD.
SÃO IGUAIS ENTRE SI
P~rtanto, tambem uma base, a AC, é igual à DB. E [portanto) 0
tnangulo ABC é igual ao triângulo BCD. Sejam paralelogramos, os ABCD, EBCF, sobre a mesma
Portanto, a diagonal BC bissecciona o paralelogramo hasc, a BC, e nas mesmas paralelas, as AF, BC; digo que o
ABCD; o que era preciso provar. A BCD é igual ao paralelogramo EBCF.
A D E F
66
lrineu Bicudo 0 l'RJM[,JRO LrvRo nos EtEMI'Nl'OS DE EucLIDlli
36 37
ÜS PARALELOGRAMOS, OS QUE ESTÃO SOBRE ÜS TRIÂNGULOS, OS QUE ESTÃO SOBRE A
BASES IGUAIS E NAS MESMAS PARALELAS, SÃO MESMA BASE E NAS MESMAS PARALELAS
IGUAIS ENTRE SI SÃO IGUAIS ENTRE SI
Sejam paralelogramos, os ABCD, EFGH, que estão sobre Sejam triângulos, os ABC, DBC,. sobre a m~~ma base, a
bases iguais, as BC, FG, e nas mesmas paralelas, as AH, BG; BC, e nas mesmas paralelas, as AD, BC; dtgo que o tnangulo ABC
digo que o paralelogramo ABCD é igual ao EFGH. é igual ao triângulo DBC.
F' G
B c
68 69
Irineu Bicudo O PRIMEIRO LrvRo DOS ELEMENros DE Eucr.roES
38 39
Os TRIÂNGULOS, OS QUE ESTÃO SOBRE BASES Os TRIÂNGULOS IGUAIS, OS QUE ESTÃO
IGUAIS E NAS MESMAS PARALELAS, SÃO SOBRE A MESMA BASE E DO MESMO LADO,
IGUAIS ENTRE SI TAMBÉM ESTÃO NAS MESMAS PARALELAS
Sejam triângulos, os ABC, DEF, sobre bases iguais, as Sejam triângulos iguais, os ABC, DBC, que estão sobre a
BC, EF, e nas mesmas paralelas, as BF, AD; digo que o triângulo mesma base, a BC e do mesmo lado; digo que também estão
ABC é igual ao triângulo DEF. nas mesmas paralelas.
Fique, pois, ligada a AO; digo que a AD é paralela à BC.
A D
B
c E F
70 71
lrineu Bicudo
O PRIMEmo LrvRo nos ELEM wros DE EuctmES
40 41
ÜS TRIÂNGULOS IGUAIS, OS QUE ESTÃO
CASO UM PARALELOGRAMO TENHA UMA
SOBRE BASES IGUAIS E DO MESMO LADO,
BASE, A MESMA, COM UM TRIÂNGULO E
ESTÃO TAMBÉM NAS MESMAS PARALELAS
ESTEJA NAS MESMAS PARALELAS, O
Sejam triângulos iguais, os ABC e CDE, sobre bases PARALELOGRAMO É O DOBRO DO TRIÂNGULO
iguais, as BC, CE, e do mesmo lado. Digo que estão também
nas mesmas paralelas. Pois tenha um paralelogramo, o ABCD, uma base, a
Fique, pois, ligada a AD; digo que a AD é paralela à BE. mesma, a BC, com um triângulo, o EBC, e esteja nas mesmas
paralelas, as BC, AE; digo que o paralelogramo ABCD é o
dobro do triângulo BEC.
72
73
Irineu Bicudo c l I'HtP..tiiiHl l .tvRo n a, f.t.fMENms DE EucLIDES
A
vF G
B
DZJ E c
74 75
lrineu Bicudo
( >JlRIMhiRO LlvHo Dos Er.EMEN'f'OS DE EuctmES
43 44
DE TODO PARALELOGRAMO, OS APLICAR À RETA DADA UM PARALELOGRAMO
COMPLEMENTOS DOS PARALELOGRAMOS EM IGUAL AO TRIÂNGULO DADO, NO ÂNGULO
TORNO DA DIAGONAL SÃO IGUAIS ENTRE SI RETILÍNEO DADO
G c
J E
76
77
lrineu Bicudo {) l'RlMEtRo LIVRO oos ELEMLN1'0S DE Euo.mE.c;
J
H A
78 79
lrineu Bicudo O l'RIMEJ~O LrvRo oos ELJ:.MENros nr:: EucLIDES
IHG; portanto, os sob FIH, IHG são iguais aos sob IHG, GHL.
Mas os sob Fffi, IHG são igual a dois retos; portanto, também os
46
sob IHG, GHL são iguais a dos retos. Então, sobre uma reta, a
GH, e no ponto sobre ela, o H, duas retas, a IH, HL,jazentes não SOBRE A RETA DADA, DESCREVER
no mesmo lado, fazem os ângulos adjacentes iguais a dois retos;
portanto, a lli está sobre uma reta com a HL; e como uma reta, a UM QUADRADO
HG, encontra paralelas, as TI..-, FG, os ângulos alternos, os sob LHG,
HGF, são iguais entre si. Fique adicionado um comum, o sob HGJ; Seja a reta dada, a AB; é preciso, então, sobre a reta, a
portanto, os sob LHG, HGJ são iguais aos sob HGF, HGJ. Mas os AB, descrever um quadrado.
sob LHG, HGJ são iguais a dois retos; portanto, também os sob
HGF, HGJ são iguais a dois retos; portanto, a FG está sobre uma c
reta com a GJ. E corno a FI igual e paralela à HG, mas, também a
HG à LJ, portanto, também a IF é igual e paralela à LJ; e retas, a o '(o;
80 81
lrineu Bicudo O Pl<tMEJJW LivRo nos ELEMENros DE EuctmFs
82 83
lrineu Bicudo o PRIMI.lRO LivRo uos ELEMENTOS Dh Eucr.mF.s
48 Mas, o sobre a DC é igual aos sobre as DA, AC; pois o ângulo s~b
DAC é reto; e o sobre a BC é igual aos sobre os BA, AC; pots,
está assumido; portanto, o quadrado sobre a DC é igual ao quadrado
CASO O QUADRADO, SOBRE UM DOS LADOS sobre a BC; e, assim, um lado, o DC, é igual ao BC; e como a DA
DE UM TRIÂNGULO, SEJA IGUAL AOS é igual à AB, e a AC é comum, então, duas, as DA, AC, são iguais
a duas, as BA, AC; também uma base, a DC, é it:.JUal a uma base, a
QUADRADOS SOBRE OS RESTANTES DOIS BC; pattanto um ânt:.JUlo, o sob DAC, [é] igual a um ângulo, o sob
LADOS DO TRIÂNGULO, O ÂNGULO CONTIDO BAC. E o sob DAC é reto; portanto, também o sob BAC é reto.
Portanto, caso o quadrado sobre um dos lados de um triângulo
PELOS RESTANTES DOIS LADOS DO seja igual aos quadrados sobre os restantes dois lados do triângulo,
TRIÂNGULO É RETO 0 ângulo contido pelos restantes dois lados do triângulo é reto; o
que era preciso provar.
Seja, pois, o quadrado sobre um lado, o BC, de um
triângulo, o ABC, igual aos quadrados sobre os lados BA, AC;
digo que o ângulo sob BAC é reto.
D B
A
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SI~ IUH ~l·t=x 1os 1>E l-IIs róRIA DA MATEMÁTICA
VOLUME I
EDITORA DA
SBHMAT