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A Crise de Dívida
A ordem econômica internacional após: elevado grau de mobilidade dos capitais era o
principal elemento na configuração dessa ordem (globalização financeira). Ocorreu uma
crescente autonomia no movimento dos capitais diante das necessidades de financiamento
corrente dos países. Circunstâncias históricas específicas é que são responsáveis por
condicionar os fatores que permitem, através da história, essas mudanças de regimes de
mais mobilidade financeira ou menos.
1. O estímulo mais importante para impulsionar essa nova ordem e acabar com a
ordem regulada de Bretton Woods foi o impulso à globalização e a mudança de
países-chave no sistema internacional.
a. A transnacionalização dos capitais americanos no pós-guerra criou fortes
competidores fora do espaço americano deteriorando a hegemonia produtiva
e comercial. O elemento essencial para a retomada da hegemonia foi a
subida na taxa de juros no final de 79; isso levou os países a se
condicionarem a dois movimentos:
i. obtenção de superávits comerciais para financiar o financiamento dos
déficits nas contas de capital
ii. realização de políticas monetárias e fiscais restritivas para reduzir a
absorção doméstica.
b. Nos EUA esse aumento na taxa de juros e crescente liberalização viabilizou
o financiamento dos déficits sem a necessidade de recorrer a ajustes mais
intensos.
2. O fato de os EUA ser a potência dominante, militar e politicamente, e possuir os
mercados de financeiros mais amplos levaram a sua moeda a se constituir na
principal reserva de riqueza financeira global. Isso alinhado ao fato da desregulação
e liberalização dos mercados financeiros nos países centrais faz com que essa
moeda se consolide como a principal dos mercados financeiros globais.
3. A partir de 1985 fica clara uma mudança no caráter do fluxo financeiro global,
mostrando uma dominância dos fluxos privados, dentre esses o investimento direto
em detrimento das finanças bancárias.
Essa primeira etapa da globalização se caracterizou pela exclusão das periferias, e assim
os países periféricos, ficando de fora desse novo fluxo, ficaram submetidos à chamada crise
da dívida, que se constituiu em um enorme racionamento do financiamento externo. O
financiamento que ocorria nesse período era em maior parte condicionado ao aval de
instituições como FMI, ou seja o fluxo que existia nesse período era em maior parte público.
Países Periféricos: Ásia e AL. A última região sofreu de maneira mais expressiva do que a
primeira com essa escassez de financiamentos. Houve, em realidade uma inversão de
preferência de investimentos nesse período. Uma análise mostra os diferenciado impactos
que poderiam acarretar dos choques externos nessas economias periféricas (no caso a
região asiática não sofreu de modo amplo com nenhum deles), os choques seriam: de
demanda, de relações de troca, de taxa de juros e de oferta de capital. O último aspecto é o
mais importante.