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MERCHANDISING
NA PRÁTICA
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Digitalizado por: Anderson Domingues
Autor: Sebastião Nelson Freitas e Marcos Natali
Editor: José António Rosa
Coordenação: Fabiane Chaves Cávalieri Bumbeers
Capa e ilustrações: Ecram Arte Prod. Gráficas e José António Rosa
Revisão: Edméa Garcia Neiva e Marta Maria Rosa
Díagramação e Composição em Laser: Écran Arte - Tel.: 223-1631
Impressão e acabamento: Dag Gráfica e Editorial Ltda
95-4560 CDD-658.81
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Digitalizado por: Anderson Domingues
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Apresentação
A ÁGAPE é uma organização de treinamento e consultoria que atende as
empresas, sob medida, em todas as suas necessidades de desenvolvimento de pessoal.
Entre os serviços que oferece destacam-se:
• Apresentação de cursos
Vendas
• Psicologia e Técnicas de Vendas
• Vendas por Telefone
• Treinamento para Supervisores
• Treinamento para Gerentes
• Habilidades Gerenciais
• Administração do Tempo
• Desenvolvimento Gerencial
• Comunicação Empresarial
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Sumário
Capítulo 1 - Uma visão global..................................................................................................... 10
O que é Merchandising? ............................................................................................................. 11
O Merchandising através dos tempos ......................................................................................... 12
Merchandising é planejamento com os olhos postados no consumidor ..................................... 12
O merchandising no Brasil ......................................................................................................... 13
Pontos a considerar ao fazer Merchandising ............................................................................. 15
Resumindo: ............................................................................................................................ 15
Qual o papel do merchandiser? .................................................................................................. 16
Conhecimentos que são úteis ao merchandiser .......................................................................... 16
Em relação à empresa: ......................................................................................................... 16
Em relação aos produtos: ..................................................................................................... 16
Em relação ao mercado consumidor: .................................................................................. 16
Em relação às técnicas de vendas: ....................................................................................... 17
Em relação à psicologia das vendas: ................................................................................... 17
Em relação às funções do merchandiser:............................................................................ 17
Lembrete: .............................................................................................................................. 18
Esquematização do papel do merchandiser ................................................................................ 18
O que este livro fará por você? ................................................................................................... 19
Abordagem do merchandising voltado à indústria, ao comércio e à prestação de serviços ...... 19
Capítulo 2 - Histórico do merchandising .................................................................................... 20
A evolução do mercado varejista ................................................................................................ 21
A evolução dos supermercados no Brasil ................................................................................... 22
Retrato do varejo no Brasil ......................................................................................................... 23
Casos para exercícios ................................................................................................................. 24
Caso 1 ..................................................................................................................................... 24
Caso 2 ..................................................................................................................................... 25
Caso 3 ..................................................................................................................................... 25
Caso 4 ..................................................................................................................................... 26
Capítulo 3 - Marketing ................................................................................................................ 27
Composto mercadológico............................................................................................................ 29
Marketing-mix ............................................................................................................................. 32
Produto: ................................................................................................................................. 32
Preço: ..................................................................................................................................... 32
Promoção: .............................................................................................................................. 32
Pontos de distribuição: ......................................................................................................... 32
A importância do merchandiser no panorama de marketing...................................................... 33
Capítulo 4 - Técnicas de Merchandising ..................................................................................... 35
Introdução ................................................................................................................................... 36
Síntese de técnicas para aprimoramento do ............................................................................... 37
Merchandising............................................................................................................................. 37
Tipos de Compra ......................................................................................................................... 38
Premeditada .......................................................................................................................... 38
Sugerida ................................................................................................................................. 39
Impulsiva ............................................................................................................................... 39
Capítulo 5 - Onde fazer exposições............................................................................................. 40
O estudo da dinâmica do trajeto da loja ..................................................................................... 41
Ponto Quente ......................................................................................................................... 41
Ponto Frio .............................................................................................................................. 42
Fluxo da loja ............................................................................................................................... 45
Colocação na ponta de gôndola ........................................................................................... 45
Colocação em murais ............................................................................................................ 47
Colocação no centro dos corredores .................................................................................... 47
Colocação do produto ........................................................................................................... 48
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Capítulo 6 - A guerra nas gôndolas ............................................................................................. 49
Facing ......................................................................................................................................... 51
Os displays .................................................................................................................................. 52
Tipos de displays ......................................................................................................................... 53
Display mensagem................................................................................................................. 53
Display expositor ................................................................................................................... 53
Display self-venda ................................................................................................................. 53
Display misto ......................................................................................................................... 53
O que os displays podem fazer .................................................................................................... 54
O que os displays não podem fazer ............................................................................................. 55
Capítulo 7 - Materiais promocionais ........................................................................................... 59
Cartazes....................................................................................................................................... 60
Indicativos de preço .............................................................................................................. 60
Promocional ........................................................................................................................... 60
Canta-freguês ........................................................................................................................ 60
Características de um bom cartaz ............................................................................................... 61
Sugestões para afixar um cartazete ............................................................................................ 61
Como fazer um bom cartaz-preço ............................................................................................... 61
Diferença entre merchandising e abastecimento ........................................................................ 62
Qual o produto ...................................................................................................................... 63
Participação de mercado maior ........................................................................................... 64
Espaço .................................................................................................................................... 64
Capítulo 8 - Conhecimentos profissionais básicos do homem de Merchandising ...................... 65
Conhecimento de si mesmo ......................................................................................................... 66
Definição de personalidade .................................................................................................. 66
Origem da palavra personalidade ....................................................................................... 66
Fatores que influem na formação da personalidade .......................................................... 67
Relações humanas ....................................................................................................................... 69
Histórico ................................................................................................................................. 69
Conceito ................................................................................................................................. 70
Relações humanas no trabalho ............................................................................................ 70
Psicologia e Relações Humanas ................................................................................................. 71
Mecanismos de desajustamentos ................................................................................................. 74
Mecanismos anormais de ajustamento ............................................................................... 74
A colaboração ............................................................................................................................. 76
Relações Humanas e o merchandiser ......................................................................................... 77
Os dez passos do bom relacionamento humano .......................................................................... 78
O merchandiser e a empresa ....................................................................................................... 81
Conhecer o mercado ............................................................................................................. 81
As técnicas de vendas ............................................................................................................ 82
A psicologia de venda ........................................................................................................... 82
Termos técnicos empregados neste trabalho .............................................................................. 82
Capítulo 9 - Administração do tempo ......................................................................................... 85
Principais desperdiçadores de tempo no trabalho de merchandising ........................................ 87
Capítulo 10 - Criatividade ........................................................................................................... 88
Tecnologia .............................................................................................................................. 89
Competição ............................................................................................................................ 90
Economia ............................................................................................................................... 91
Todo dia é um dia novo ........................................................................................................ 92
Faço sozinho .......................................................................................................................... 92
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Capítulo 11 - Técnicas de vendas voltadas ao merchandiser ...................................................... 93
Perfil do merchandiser ................................................................................................................ 94
Personalidade do merchandiser.................................................................................................. 95
Técnicas de vendas no trabalho do merchandiser ...................................................................... 96
Técnicas de vendas ...................................................................................................................... 96
Objeções ................................................................................................................................. 99
Por que o cliente faz objeções? .......................................................................................... 100
Tipos de objeções ................................................................................................................ 100
Atitudes do vendedor frente ao cliente que objeta .................................................................... 101
Respeite ................................................................................................................................ 101
Responda.............................................................................................................................. 101
Escute ................................................................................................................................... 101
Exemplos de objeções pretextas ......................................................................................... 102
Exemplos de objeções sinceras ........................................................................................... 102
Como o merchandiser pode enfrentar melhor as objeções ....................................................... 103
Conclusão............................................................................................................................. 103
A demonstração................................................................................................................... 103
O merchandiser deve ser um vendedor de ideias ...................................................................... 104
Argumentação ..................................................................................................................... 104
Argumentação em favor das exposições ........................................................................... 104
Argumentação em favor dos materiais de ponto-de-venda ............................................. 105
Transforme o "não" em seu melhor estímulo para a venda ........................................... 105
Como perder um cliente em 12 lições ................................................................................ 106
Fatores negativos à formação da clientela ........................................................................ 108
Dicas para uma programação eficiente............................................................................. 109
Cartazismo ........................................................................................................................... 109
Cartazes ............................................................................................................................... 110
Características de um bom cartaz ..................................................................................... 110
Como fazer um bom cartaz-preço ..................................................................................... 111
Capítulo 12 - Promoção de vendas. ........................................................................................... 113
Dimâmica .................................................................................................................................. 114
Conceito .................................................................................................................................... 114
Definição ................................................................................................................................... 115
Campo de atuação da promoção de vendas.............................................................................. 117
Itens promocionais .............................................................................................................. 118
Acontecimentos e eventos promocionais ................................................................................... 119
Objetivos da promoção de vendas ..................................................................................... 119
Psicologia de compra e venda ............................................................................................ 120
A importância da promoção de vendas ............................................................................. 120
Função da promoção de vendas ......................................................................................... 122
Quando usar promoção de vendas .................................................................................... 122
Capítulo 13 - O treinamento do pessoal de merchandising....................................................... 123
O fascínio das prateleiras ......................................................................................................... 124
Um treinamento — uma profissão ............................................................................................ 126
Bibliografia consultada ............................................................................................................. 127
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Prólogo
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D urante muitos anos, notamos a necessidade de algo que mostrasse e, sobretudo,
sensibilizasse a indústria, o comércio e os serviços para a importância da
atividade do merchandising para os seus respectivos negócios
Notamos que há desconhecimento do que é, do que faz e do que faz para o cliente,
o trabalho de merchandising.
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Capítulo 1 - Uma visão
global
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O que é Merchandising?
Tanto a palavra quanto o conceito de merchandising apresentam as mais variadas
interpretações e diferentes definições.
No Dicionário da Propaganda dos anos quarenta, o termo foi definido como um
ajustamento, que compreendia atividades tais como a escolha do produto a ser
produzido ou estocado.
Tais atividades envolviam, segundo o autor, decisões sobre tamanho, aparência,
formato, embalagem, quantidades a serem fabricadas ou compradas, época de produzir
ou de comprar, política de preços a ser estabelecida, etc.
Em 1960, uma equipe de publicitários da agência de propaganda McCann Erickson
lançou o livro Técnica e Prática da Propaganda, onde duas definições foram citadas:
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O Merchandising através dos tempos
Tudo começou em 1924, com o professor Melvin Copeland, responsável pelo ensino de
Marketing na Harvard Business School e autor do livro Principies of Merchandising.
Essa ideia prevaleceu durante muitos anos, adotada por diversos autores até o ano de
1948, quando a American Marketing Association editou o seu famoso glossário e
definiu merchandising como sendo a operação de planejamento necessária para se pôr
no mercado o produto ou serviço certo, no lugar certo, no tempo certo, em quantidades
certas e no preço certo.
Essa definição parece ser mais abrangente e talvez, por isso, hoje tenha maior aceitação
entre os entendidos.
Isso implica avaliar seu desempenho quanto ao ajuste de embalagem, marca e design.
Quando se diz no lugar certo, subentende-se a seleção correta dos canais de
distribuição e as técnicas de exibição e esforços de promoção de vendas realizados para
facilitar o encontro cliente-produto.
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Por preço certo entende-se a formulação de um preço competitivo, que satisfaça aos
interesses de lucro do fabricante e do revendedor e, ao mesmo tempo, tenha a aceitação
dos consumidores.
O merchandising no Brasil
Por volta da década de cinquenta, com o surgimento dos self-services e sua consequente
expansão nos anos seguintes, as vitrines e as decorações internas foram cedendo lugar
para o trabalho de merchandising, com a missão de acelerar a rotação dos produtos no
ponto-de-venda.
Com o aparecimento do supermercado, houve uma alteração radical no
desenvolvimento da embalagem, na refrigeração, na disposição interna das lojas, na
apresentação dos produtos e nas técnicas e vendas.
Essa alteração repercute até os dias de hoje, não apenas no varejo de bens alimentícios,
mas praticamente em todos os campos da distribuição varejista.
O princípio básico de vendas de um supermercado pode ser assim caracterizado:
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Conceito: A simples tradução do original inglês "merchandising" como
"mercadização" não oferece uma ideia exata do seu significado.
No entanto, as ideias básicas de merchandising envolvem a técnica de apresentação de
produtos no ponto-de-venda, através de cinco aspectos reproduzidos esquematicamente
a seguir:
Cliente
Tempo Preço
Cliente certo: Quem é o cliente? Qual é seu hábito de compra? Quanto ele gasta? Essas
respostas definem o que seja o cliente certo, pois não se pode vender o produto "A" para
o cliente "B".
Quantidade certa: Há um limite que satisfaz ao cliente e a partir desse ponto nossas
tentativas de vender mais poderiam fracassar.
Tempo certo: A época mais indicada para a venda de cobertores, por exemplo, é o
inverno, pois é tempo de frio. Esse exemplo é simples, mas bem ilustrativo. Q produto
deve estar disponível quando o consumidor já foi despertado pela propaganda.
Preço certo: Manter um preço compatível com o mercado, um preço que seja
competitivo, é uma das principais armas mercadológicas.
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Pontos a considerar ao fazer Merchandising
Considerando a comunicação visual dentro do ambiente da loja, destacamos pontos
importantes que facilitarão a movimentação, a escolha e o conforto do cliente.
Destaque: Preferência: Ela se destaca dentro da loja? Foi dada preferência a artigos
em promoção?
Resumindo:
1. Merchandising é uma ferramenta a serviço de melhores vendas.
2. É um esforço planejado e não improvisado.
3. Deve ser avaliado constantemente, pois os esforços nesse sentido podem não ser os
melhores.
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Qual o papel do merchandiser?
O merchandiser (profissional da área de Merchandising) tem como atividade central
executar todo o trabalho de merchandising nos canais visitados, ocupando-se dos
produtos em ciclo de marketing em particular e, dos demais em geral, conforme a
programação de Marketing de sua empresa.
Para executar bem sua atividade, o merchandiser deve providenciar a colocação dos
materiais promocionais adequados, de acordo com as necessidades que observa,
conquistando espaços no ponto-de-venda e pesquisando os melhores locais no interior
das lojas, sempre seguindo as orientações recebidas da empresa e colocando em prática
tudo que sabe a respeito da arte do merchandising.
O merchandiser é um profissional altamente qualificado dentro do quadro de força de
vendas e de grande importância para os negócios da empresa.
Por esse motivo é fundamental que você, caro leitor, como profissional dessa área,
comece a "viver" a empresa em que trabalha, a partir deste momento; a conhecer
profundamente os produtos por ela fabricados; o mercado consumidor desses produtos;
as técnicas de vendas necessárias para vendê-los; a psicologia de vendas; enfim, todos
os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para se tornar o profissional que
a empresa espera que você seja.
Em relação à empresa:
• seu histórico;
• as políticas por ela adotadas;
• a filosofia empresarial;
• sua estrutura etc.
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Em relação às técnicas de vendas:
• a venda pessoal;
• a preparação das visitas;
• a abordagem;
• a demonstração;
• a argumentação;
• as objeções;
• a conclusão da venda;
• a preparação da próxima visita.
• a "promoção de vendas";
• os procedimentos administrativos;
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Lembrete: Para que o merchandiser possa comunicar bem a imagem de sua
empresa, ele necessita de:
Ação física
Constituindo-se de:
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O que este livro fará por você?
Muitos empresários, até mesmo muitos praticantes do merchandising, ainda não estão
conscientizados das alternativas que o tema oferece.
Este livro foi feito, em razão disso, procurando voltar-se às necessidades do mercado e,
muito especialmente, ao próprio especialista em merchandising.
Se considerarmos a existência de muita competição interna e externa que são cada vez
mais notórias nos dias de hoje, podemos atribuir-lhes um fator motivante para a
descoberta de novas frentes e novos conceitos cada vez mais abrangentes, onde o
merchandising não só é indicado como passa a ser um must (um dever)!
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Capítulo 2 - Histórico do
merchandising
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A evolução do mercado varejista
Um dos precursores dos atuais supermercados foi Frank Munsey que, insatisfeito com o
tipo de serviço prestado pelo comércio de comestíveis, decidiu abrir um negócio em
1896, que passou a atuar no regime de "pegue e pague".
Outro nome que deve ficar nessa galeria é o de Claurence Saun-ders, com os armazéns
Piggly Wiggly, especializados em produtos importados.
A revista Printer's Ink já devotava, em 1914, uma série de estudos sobre o fenómeno,
assinada por M. M. Zimmerman.
Nessa época, nos E.U.A., já existiam 2.030 organizações, com 24.000 estabelecimentos.
A denominação self-service (auto-serviço) começou a ser usada na Califórnia, por volta
de 1912.
Outras lojas foram surgindo, maiores e mais sofisticadas, até que, em 1930, surgiu em
Long Island, New York, no bairro de Jamaica, o primeiro supermercado, de Michael
Cullen.
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A evolução dos supermercados no Brasil
Foi o Frigorífico Wilson que instalou uma loja varejista desse tipo.
No mesmo ano, surgiu no Rio Grande do Sul um estabelecimento de cunho estatal, com
o nome de Campal, e uma iniciativa privada, o Supermercado Americano.
Pode-se afirmar que, desde seu surgimento no país, no começo da década de cinquenta,
os supermercados não passaram por qualquer mudança muito significativa. Como em
seus primeiros tempos, eles são ainda lojas com grande número de variedades de itens,
com vendas baseadas no sistema self-service e com pátios de estacionamento para seus
clientes.
A ideia básica, no entanto, permaneceu a mesma, desde que em 1930 Michael Pullen
reuniu inúmeras tendências já existentes, abrindo em Long Island o que hoje se
considera como o primeiro supermercado do mundo.
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Retrato do varejo no Brasil
A Nielsen Serviços de Marketing é uma empresa especializada em pesquisa que rastreia
informações sobre os pontos de vendas em todo o mundo.
É do Censo 94/95 - Estrutura do varejo brasileiro, que cobre uma área na qual se inclui
89% da população do país, extraímos os seguintes dados.
■Bares -50%
Maiores concentrações:
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Nielsen Brasil.
Os casos não têm resposta, é evidente, pois cada caso é um caso, cada situação é uma
situação diferente.
Caso 1
Você visita uma loja que é a terceira colocada em vendas, numa rede de supermercados
com oito lojas.
O gerente dessa loja tem total autonomia e sempre colabora com as solicitações do
vendedor da sua empresa. Tanto é verdade que os produtos da sua empresa estão bem
posicionados nos pontos permanentes e nos pontos extras.
Quando do lançamento de um produto novo, foi vendida uma grande quantidade para
fazer exposição em ponta-de-gôndola.
O trabalho foi feito e, por sinal, com excelente merchandising, porém, a rotação foi
mínima e há quase três meses está sem reposição.
O gerente está insatisfeito, pois nada foi feito nesse espaço de tempo para que
melhorassem as vendas.
Como não há possibilidade de transferência para as outras lojas da rede, como você
resolveria este problema?
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Caso 2
Você tem como cliente uma rede de supermercados com sete lojas.
Apenas uma delas possui estacionamento; todas tem oito check-outs e estão
subordinadas a um mesmo gerente comercial.
Esse gerente é uma pessoa sistemática, tem total autonomia sobre as lojas; o layout das
lojas é diferente de outras redes, isto é, os produtos são arrumados por embalagem,
ficando desagrupados.
Os espaços permitidos aos nossos produtos na gôndola são superiores aos dos
concorrentes. No entanto, encontramos pontos extras dos concorrentes e raramente dos
nossos produtos.
O nosso vendedor argumentou várias vezes sobre o layout das lojas, mas o gerente alega
que é uma filosofia da organização e, em seguida, muda de assunto.
Quando falamos em ponto-extra, ele pergunta: — "Quanto vocês vão me pagar pelos
pontos-extras?"
Ele não costuma reclamar da falta de produtos e sempre arranja um jeito de adquiri-los.
em outros lugares, se for o caso.
Caso 3
Você atende um dos grandes clientes da sua empresa; trata-se de uma organização com
dez lojas, otimamente localizadas e com estacionamento privativo.
Possuem em média 1.000 m de área de vendas; média de dez check-outs, bons layouts,
gôndolas com produtos bem distribuídos, ótimo abastecimento e bons pontos-extras de
nossos produtos.
Você tem observado a cada visita que nas lojas começaram a retirar os pontos-extras de
nossos produtos e diminuir nossa participação nas gôndolas.
Interpelado a respeito, o cliente informou o motivo: ele havia feito um pedido para as
dez lojas de 2.000 caixas de um determinado produto na sua empresa e constatou o
recebimento de apenas 600 caixas, sendo que seu vizinho, loja de menor porte e
expressão, recebeu 400 caixas apenas para uma de suas lojas.
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Caso 4
Você atende uma das principais lojas de uma organização de supermercados.
O gerente dessa loja quer realizar um trabalho de alto impacto com a realização de
merchandising.
Monte um plano de ação relacionando quantidade de caixas dos produtos, espaços nas
gôndolas e nos pontos-extras, fixação de material promocional, número de
colaboradores (promotores), locais para exposições, tempo na loja (início e fim), etc.
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Capítulo 3 - Marketing
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N as sociedades primitivas, as atividades comerciais eram praticamente inexistentes.
Com essa nova característica, todos os recursos foram utilizados com vistas a atender
possibilidades de troca cada vez maiores, produ-zindo-se cada vez mais.
Não obstante, com o passar do tempo, certos produtores ampliaram sua produção a
ponto de excederem a "Distribuição Garantida" e, assim, abriu-se campo para a figura
de um intermediário que trataria de colocar tais produtos excedentes.
Surgiu então, nos Estados Unidos, o Marketing Moderno, que se desenvolveu mais
acentuadamente a partir da segunda metade do século XIX, quando ainda era maior a
procura que a oferta.
Com o interesse de se produzir cada vez mais com custos cada vez menores, iniciou-se a
produção em série, o que possibilitou tornar-se a oferta maior que a procura.
A comercialização de produtos complicou-se cada vez mais, levando a uma crescente
preocupação de encontrar-se melhores métodos para a colocação no mercado de toda a
produção industrial.
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Surgiu uma total orientação das empresas para as vendas, o que paralelamente fez surgir
a concorrência cada vez maior e mais forte, objetivando-se a conquista de maiores fatias
do mercado.
Com novos tipos de canais de distribuição, criou-se, também, a propaganda como novo
apoio e arma para a atividade de vendas.
Outras circunstâncias viriam ainda orientar o rumo do comércio, tais como uma
sociedade rica, o fortalecimento da classe média da população, consumidores melhor
informados e mais exigentes, busca de conforto, comodidade pessoal e familiar, desejo
de segurança e afirmação social, etc, tudo isto levando a indústria a buscar a satisfação
do consumidor para sobreviver.
E isso é Marketing, ou seja, a atividade que viria a conceber um sistema eficiente (em
termos de uso de recursos) e correto (em termos de distribuição de produtos a todas as
partes interessadas) para dirigir o fluxo dos produtos e serviços de uma economia dos
produtores para os consumidores, atingindo os objetivos visados pela sociedade.
Composto mercadológico
Os mercados primitivos se desenvolveram com vistas a facilitar o sistema de trocas.
É fácil supor-se um grupo de cinco famílias, tendo cada uma delas uma aptidão especial
para a produção de certos produtos.
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Não obstante, permanecia a dificuldade de trocar-se um determinado produto por outro
de valor semelhante fato esse que tornava as transações muito demoradas.
Entretanto, o tempo utilizado nessas comercializações ainda era excessivo, o que veio a
dar lugar a um novo tipo de comerciante: aquele que adquiria a produção das famílias e
revendia as mercadorias acrescidas de uma taxa de serviços.
Este comércio sedentário foi, por assim dizer, o precursor do comércio varejista, tal qual
o conhecemos na atualidade.
• Merchandising.
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Estudando cada uma dessas atividades de maneira rápida e ob-jetiva, diremos que o
mercado para um determinado tipo de produto ou serviço surge ou deve vir ao encontro
de um desejo ou necessidade do consumidor, sem o que um lançamento estaria fadado
ao insucesso.
Após tais considerações, o produto pode ou não passar por uma pesquisa de mercado,
dependendo do ponto-de-vista do produtor, o qual deverá avaliar se tal teste será ou não
conveniente em face da concorrência e do ciclo de vida do produto, principalmente se
este estiver ligado ao fator "tempo" (sazonalidade).
Um produto sazonal só pode ser usado em determinadas ocasiões como, por exemplo,
festas juninas, Natal, determinadas estações do ano, etc.
Obtidos os resultados, será feita uma avaliação final, com vistas a eventuais alterações
que poderão ser processadas antes do lançamento final, efetuando-se assim o que
chamaremos de definição do produto e do mercado-alvo.
Inicia-se então a produção em massa, de acordo com as etapas de fabricação que variam
de produto para produto.
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Feita a distribuição, após o esforço de venda, inicia-se a campanha promocional, que
visará conquistar determinado público consumidor.
Marketing-mix
Produto:
Envolve o planejamento do produto ou serviço, mercado-alvo, linha e qualidade, marca,
embalagem/apresentação, assistência técnica, serviços, tamanho, aparência, cor, forma,
pesquisa de mercado, rótulo, grafismo.
Preço:
Envolve o nível de preço a adotar, política de preços, relação custo/lucro.
Promoção:
Envolve propaganda, publicidade, venda pessoal, promoção de vendas.
Pontos de distribuição:
Envolve a escolha dos canais de distribuição, distribuição física, de maneira que o
produto seja entregue de forma económica e rápida.
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A importância do merchandiser no panorama
de marketing
A importância do merchandiser no mundo do Marketing é subestimada demais e
merece conquistar uma relevância maior.
A grande verdade, não é uma crítica, é um fato, o "cara" está lá na sua mesa,
engravatado, perfumado e não sei o que mais, dando ordens a torto e a direito, mas ele
mesmo não vai ao campo, não vai buscar a informação principal.
Embora esteja centrado em resultados, ele não vai saber, por e-xemplo, o conteúdo em
primeira mão do relatório de um profissional — uma promotora, uma apresentadora.
Esses relatórios são de suma importância pois eles estão diretamente relacionados com o
consumidor.
É preciso que o merchandiser seja treinado e estimulado; veja bem que são duas coisas
diferentes — se o merchandiser estiver treinado mas não estiver estimulado (motivado),
a coisa não vai funcionar.
O homem de Marketing está muito preocupado com os conceitos e técnicas que ele
aprendeu e não exatamente com a prática dos conceitos e técnicas; ele joga muito na
mão do outro: — "O problema é seu"; na verdade o espírito da coisa seria dizer: — "O
problema é nosso."
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Digitalizado por: Anderson Domingues
A grande verdade é que muita informação se perde no escalonamento das funções.
Não é exagero afirmar que entre o homem de campo e o homem de Marketing não há
sintonia.
A física fez uma experiência interessante, onde testou o índice de resistência de duas
placas de metal isoladamente e depois as mesmas duas placas de metal colocadas uma
sobre a outra.
Foi então que descobriu que quando as placas eram colocadas uma sobre a outra,
aumentava sua resistência enormemente.
O paradigma da Sinergia afirma que "O todo resultante da soma de duas partes de
elementos de igual teor é maior que a soma de suas partes isoladas".
Com isso esperamos ter deixado claro que o conhecimento técnico, embora necessário,
não basta por si mesmo. É vital que o homem de Marketing marque sua presença no
campo, junto com o merchandiser.
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Introdução
Antes mesmo do advento do dinheiro, o homem já praticava o merchandising. Pode-se
dizer que o merchandising nasceu simultaneamente com o varejo, quando o comércio
era feito na base de troca de utilidades.
Nessa época eram comuns na Europa os vendedores ambulantes com seus carrinhos de
mão, oferecendo suas mercadorias expostas em montinhos desordenados, enfeitados
com cartazes de preço.
Tudo isso, porém, era feito de modo praticamente inconsciente, sem que fossem
aproveitadas realmente as vantagens oferecidas pelo merchandising.
Merchandising é o planejamento promocional do produto antes de ser lançado no
mercado. É a preparação da mercadoria para torná-la adequada às necessidades do
consumidor.
O Marketing define o que e onde vender. O merchandising como e por que vender.
Segundo definição da American Marketing Association, "merchandising é a operação
de planejamento necessária para se pôr no mercado o produto ou serviço certo, no lugar
certo, no tempo certo, em quantidade e preço certo".
Quase não tem fronteiras em muitas de suas áreas de atuação com promoção de vendas,
sendo quase sempre confundido com esta. Afinal, ambas as atividades atuam no ponto-
de-venda. Entretanto, merchandising usa a promoção como um meio para efetivar sua
estratégia e dar consecução a esta, recorrendo muitas vezes às ações promocionais
dirigidas a balconistas, lojistas revendedores e consumidor final, ou a todos eles.
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Merchandising é, portanto, complemento de outras formas de atividade publicitária, da
mesma maneira como os cartazes são complementares para a tevê como veículo de
publicidade, cada um fazendo um trabalho diferente, apesar de todos servirem para o
mesmo fim, informando e persuadindo o consumidor a comprar ou consumir deter-
minada marca.
Para que isso ocorra, necessário se torna que acompanhemos as mudanças que se vão
apresentando no mercado e aprimoremos as técnicas de merchandising, que têm papel
preponderante em todo esse
Ao Vendedor:
■ Aumenta as vendas.
Ao Cliente:
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Ao Consumidor:
Tipos de Compra
Premeditada
• a imagem da marca;
• a propaganda;
• o conhecimento do produto e o seu uso habitual;
• as recomendações de amigos e vizinhos.
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Sugerida
Acontece quando o consumidor decide a compra influenciado por terceiros. Ex.:
comerciante, demonstradora, etc.
Isso se dá quando o cliente:
• tem interesse;
• tem simpatia pela marca ou pelo vendedor;
• não quer perder venda por falta de produto;
• tem a sensação de vender "o que ele quer".
Impulsiva
Ocorre quando o consumidor, levado por um súbito desejo, adquire um produto em que,
conscientemente, não pensara.
Nesse caso, é preciso que o consumidor perceba o produto, seja motivado por ele,
verifique sua(s) utilidade(s) e finalmente se convença a levá-lo.
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Capítulo 5 - Onde fazer
exposições
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O estudo da dinâmica do trajeto da loja
Dentro da loja existem pontos que, dependendo da sua localização, poderão dar
resultados excelentes ou péssimos.
Por esse motivo temos que escolher os locais para a colocação das exposições com
extremo cuidado.
Ponto Quente
É o local, ou locais, do canal de vendas em que a venda de qualquer produto exposto é
maior por metro linear que a média do estabelecimento.
Para exemplificar, damos abaixo locais dentro da loja, tidos como pontos quentes
naturais.
• Coluna
• Linha diferente ao fluxo natural
• Caixas
• Serviço de acondicionamento
• Seções com tempo de espera (açougue, peixaria, frios, laticínios)
• Cabeceiras ou pontas de gôndolas
• Angulo exterior de uma estante mural
Displays
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Ponto Frio
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Corte em forma de bandeja
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Corte em diagonal com dobra
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Fluxo da loja
Faça a exposição nos pontos de melhor tráfego da loja.
Evite colocar expositores junto ao local onde são guardados os carrinhos ou logo nos
primeiros metros a serem percorridos pelos consumidores nas lojas.
O consumidor a essa altura ainda não estará psicologicamente preparado para realizar
compras por impulso.
Lembre-se de que a boa exposição é tão importante como a própria marca, uma vez que
o prestígio de uma marca não acelera a venda do produto, a não ser que seja:
• fácil de encontrar;
• fácil de ver;
• fácil de comprar, ou, em outras palavras:
A2 - Esta colocação é boa, porém não devemos esquecer que muitos consumidores têm
a tendência de se encaminharem diretamente à seção de carnes. É possível que não
tomem conhecimento dessa colocação.
Por essa razão este é um ponto que deve ser sempre muito bem trabalhado.
A4 - Esta colocação poderá atrair a atenção dos consumidores que vêm do segundo
corredor.
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A6 - Nesta colocação, vários fatores poderão influir na decisão de compra do cliente.
Vejamos: a) O consumidor poderá pensar que já comprou bastante; b) Muitos
consumidores, ao chegarem nesta colocação, já estarão pensando em passar pelo caixa e
sair do estabelecimento; nesse caso, já não estarão prestando atenção a nenhuma
exposição.
A7 - Nessa colocação, como alguns consumidores não se dirigiram aos caixas por
outros corredores, é bem provável que parem e comprem.
A8 - Colocação semelhante a A6.
Diante disso, concluímos que as colocações mais produtivas seriam A3 e A5, porém é
importante que observemos sempre o fluxo natural da loja e do ponto permanente dos
nossos produtos.
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Colocação em murais
Sabemos que a maioria dos consumidores transita ao longo do perímetro do
estabelecimento e é aí que se encontram algumas das melhores colocações.
Entretanto, nem todas as colocações nessa área podem ser consideradas pontos quentes.
BI - Essa colocação, desde que a exposição seja bem feita, poderá tornar-se produtiva,
obrigando o consumidor a comprar desde a sua entrada no estabelecimento.
B2 - Essa colocação não dá os resultados esperados pelas mesmas razões indicadas para
Al.
Por outro lado, devemos ter na lembrança que as exposições feitas nessa colocação
podem atrair a atenção dos consumidores de tal forma que poderão desviá-los também
do grupo específico desses produtos, expostos permanentemente nas prateleiras.
A colocação Cl, no entanto, também poderá fazer com que o consumidor compre logo
que entre no estabelecimento.
As colocações Cl e C2, por outro lado, poderão atuar como elementos "ganchos",
impedindo que os consumidores permaneçam mais tempo nesse local. Tudo dependerá,
como já dissemos, do espaço disponível.
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C4, C5 e C6 - Estas três colocações poderão atrair um maior número de consumidores
pelos corredores centrais. Tudo dependerá do espaço disponível e do produto a ser
exposto.
Deve-se lembrar de que, ao chegar a este ponto, os consumidores já devem ter feito
praticamente todas as suas compras.
Colocação do produto
Da mesma forma que devemos observar com extremo cuidado a colocação das
exposições ("merchandising promocional", pontos extras, etc.) também devemos estar
atentos para a boa colocação dos produtos.
São necessários alguns cuidados na colocação dos produtos nos seguintes casos:
a) Na estante superior das prateleiras ou gôndolas, deve-se evitar pilhas muito altas, pois
o consumidor, em certos casos, poderá ou não alcançar o produto ou não se atrever a
pegá-lo, por receio de que caia.
c) Não se deve deixar ocorrer ruptura de estoques, pois esse fator poderá influir na perda
dos espaços dedicados aos nossos produtos, trazendo, consequentemente, perda de
vendas.
d) Deve-se estar alerta à época de férias, temporadas, estações do ano e a tudo, enfim,
que possa ser útil para favorecer melhores posições e maiores vendas dos nossos
produtos.
e) Deve-se assegurar de que as estantes estejam bem abastecidas e com bom trabalho de
merchandising (cartões-preço, etiquetas, etc).
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Capítulo 6 - A guerra nas
gôndolas
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N a disputa pelo consumidor, vale tudo.
É a grande luta pela preferência do consumidor. Isso acontece todos os dias, nos pontos-
de-venda.
E muitas vezes acontece "jogo sujo" junto às prateleiras, tamanha é a vontade de ganhar
espaços.
Por isso quase todas as técnicas sofisticadas de merchandising baseiam-se numa área
semelhante ao supermercado.
Foram criados métodos de acelerar a venda dos produtos nas prateleiras, foram
elaborados cartazes específicos, "móbiles" e toda uma gama de materiais destinados a
chamar a atenção do consumidor para um determinado produto.
Isto levou os fabricantes a lançarem mão de métodos para convencer seus clientes de
que seu produto deveria ocupar esta ou aquela prateleira ou lugar determinado na
prateleira e de quantas frentes deveriam ser colocadas para se conseguir o máximo de
potencial de venda da loja.
Acontece que os espaços disponíveis dentro dos supermercados foram diminuindo, pois
novos produtos foram aparecendo e todos os fabricantes querendo espaço, destaque e
ótimas colocações para seus produtos.
O que fazer?
A resposta não é fácil, mas, a partir do momento em que se estabelecer um bom clima
na relação fornecedor/supermercadista, as portas estarão abertas e as negociações
certamente se tornarão mais amistosas.
Fonte: Revista Display n° 5
maio/junho 82.
Adaptação: S.N. Freita
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Facing
Facing é o gerúndio do verbo inglês to face, que quer dizer encarar ou, no gerúndio,
encarando, isto é, apresentar a face, a frente.
Entretanto, facing, no palavreado vulgar do varejo, quer dizer o espaço ou frente que um
determinado produto ocupa na gôndola de um supermercado, seja na posição horizontal
ou na vertical.
A maioria dos supermercadistas opina que isso é óbvio e pronun-cia-se favorável a esta
norma; porém, isso nem sempre acontece, por diversas razões. Como diz o Joelmir
Betting: "Na prática a teoria é outra".
Muitas vezes, observamos nas lojas de supermercados que produtos de maior rotação
não ocupam espaços compatíveis com o seu volume de vendas e aos produtos de menor
rotação é dada a vantagem de ocupar mais espaço.
• Falta do produto.
• Atrasos de pagamentos.
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Os displays
O display é considerado a mais quente de todas as técnicas de merchandising realizadas
nas lojas de supermercados.
Desde que usado corretamente, ele pode aumentar drasticamente as vendas e pode
adicionar excitamento visual para a loja.
■ Ter certeza de que é seguro obterem-se benefícios através das exposições dos
materiais nos pontos-de-venda, mostrando a relação entre o tempo mínimo empregado
que se leva para prepará-lo e o custo baixo da mão-de-obra e os resultados obtidos com
as vendas.
É certo que a maioria dos displays nas lojas são ainda preparados pelos clientes, de
maneira convencional. Em algumas situações, a má apresentação pelas próprias lojas
provoca atitude negativa do cliente para com os materiais pontos-de-vendas e seus
benefícios.
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Os displays, para se tornarem eficazes, devem satisfazer algumas características:
Tipos de displays
Display mensagem
Sua finalidade restringe-se a transmitir a imagem de um produto, de uma linha de
produtos ou de uma empresa.
Display expositor
Expõe a mercadoria, unicamente. O exemplo mais comum desse tipo de display é o
manequim em lojas de roupas.
b) Expõe a mercadoria.
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O que os displays podem fazer
1. Capitalizar tendências de venda por impulso. Os displays feitos para produtos que
provocam o impulso apresentam muito melhor resultado.
2. Estimular a pechincha.
3. Atrair tráfego adicional. Itens promocionais, localizados em áreas de pouco tráfego,
mas de visibilidade, podem atrair o tráfego para estas áreas.
4. Ser plataforma ideal para o lançamento de novos produtos. Os displays são ideais
para o lançamento de produtos novos porque, integrados com todo o programa
promocional, proporcionam o máximo de impacto e atração dos consumidores aos
pontos-de-venda.
5. Ajudar a tirar lucro das perdas. Sempre há itens não-lucra-tivos expostos com outros
itens lucrativos; relacionados, podem aliviar as perdas, que são compensadas pelo
lucro de um item sobre o outro.
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O que os displays não podem fazer
1. Os displays não podem mudar as atitudes de compra do consumidor. Se os
consumidores já têm formada uma atitude negativa de compra para com uma marca,
um tipo de produto,
um tipo de embalagem, o preço de venda ou qualquer outra característica tangível
ou intangível de um item, o emprego de display terá um efeito de venda pequeno,
independentemente de quão espetacular seja sua apresentação.
4. Os displays podem ser vítimas de sua localização. Muitas decisões são tomadas
sobre displays sem que se relacione o resultado das vendas com a sua localização na
loja. A intensidade do fluxo de tráfego e a exposição do display ao tráfego afeta
diretamente a sua performance de vendas. A localização do display deveria ser
estabelecida para cada característica do produto: é um item de impulso, exigindo o
máximo de tráfego, ou é um item de venda, que os consumidores procuram por si
só?
Cada dia que passa, várias mudanças ocorrem nessas prateleiras, tais como falta de
mercadoria, variação no número de frentes dos produtos, posições alteradas dos
produtos, colocação incorreta, etc. Por exemplo, a má colocação. Os maus métodos de
colocação provocam normalmente a diminuição de vendas do produto e a insatisfação
do cliente.
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Algumas experiências foram feitas em várias lojas, colocando-se produtos em
posições altas, propositalmente, nas prateleiras.
Aumento de frentes
(experiência realizada em duas semanas)
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Tudo isso pode ser um problema para o fabricante e o cliente, porque, sem uma
distribuição adequada das frentes dos produtos, é impossível que a loja alcance o
máximo de potencial de venda.
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Capítulo 7 - Materiais
promocionais
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F az parte das funções do merchandiser confeccionar cartazes, cartões-preço,
mensagens, etc. Assim ele terá de se familiarizar e e-xercitar elementos
básicos de desenho e a prática de letras e números.
Cartazes
O cartaz é um instrumento promocional que tem informações significativas e é
usado com o objetivo de transmitir uma mensagem que desperte a atenção do
consumidor e o estimule a adquirir determinado produto. Os cartazes podem ser de
vários tipos, dentre os quais podemos citar:
Indicativos de preço
É aquele que simplesmente informa o preço do produto. Normalmente é colocado
nas prateleiras, gôndolas, estrados, etc.
Promocional
É aquele que, além de informar o preço ou desconto, destaca ainda a mercadoria em
promoção, mostrando de maneira clara e objetiva nome, marca e conteúdo do produto.
É colocado no local da exposição.
Canta-freguês
É aquele cuja função é chamar a atenção dos consumidores para as exposições
existentes na loja. Deve ser afixado nas paredes, vitrines ou pendurado no teto.
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Características de um bom cartaz
Simplicidade — não deve ser complicado. Clareza — a linguagem deve ser
• Limpo.
• Com as letras maiores e mais grossas nas palavras que nos interessam destacar
mais e, sempre que possível, essas devem ser colocadas em primeiro lugar.
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Diferença entre merchandising e
abastecimento
Fazemos a seguinte pergunta:
Fazemos essa pergunta porque notamos que não há sintonia, porque há pessoas
especialistas em Marketing que só atuam como estrategistas, não havendo sintonia entre
o administrativo e o pessoal de campo.
— Você foi naquele supermercado? Seu itinerário tinha seis visitas, só fez três!
Quem cobra esse tipo de atitude não percebe que a vida do supermercado é muito
dinâmica e sofre alterações a toda hora.
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Qual o produto
Para começar, pega o produto; por exemplo, pega a "Maizena" da Refinações de
Milho Brasil. O primeiro estudo que você faz é sobre a participação de mercado.
Se ele não tem esse estudo, você — o profissional dessa área, — deve convencê-lo
— ele pode ser resistente:
— "Temos 3.000 itens aqui, tem que dar chance para todo mundo.”
Isso é argumento de todo mundo, todo dia — então você mostra para ele.
Você vai com dados. Muitas vezes nós até orientamos que uma empresa organizada
deixe na mão desse profissional merchandiser uma comunicação de Nielsen, que é um
instituto de pesquisa.
Por exemplo, a Nestlé deixa na mão de um garotão — "olha é para usar como
argumento, a Refinações não dá."
— "Escuta, olha o meu produto está com pouca frente, eu queria colocar mais
frente; aí fica aquela briga, põe não põe, deixa pôr, não sei o que e o da Nestlé chega
com fatos.
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Participação de mercado maior
• Requisita espaço.
• Mostra fatos.
Espaço
O espaço nas gôndolas deve ser o que o produto merece e não o que
gostaríamos.
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Capítulo 8 -
Conhecimentos
profissionais básicos do
homem de Merchandising
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Conhecimento de si mesmo
Definição de personalidade
Entre as várias definições existentes, podemos destacar a do psicólogo Erich
Fromm:
E nesse "festival de máscaras", cada qual tem uma maneira própria e única de
interpretar. Essa maneira própria e única de ser e de comportar-se é que é a
"personalidade".
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Fatores que influem na formação da personalidade
Sendo o homem um "ser" social, é claro que sofre a influência do meio onde vive,
ao mesmo tempo que procura influenciá-lo de alguma forma. Nesse jogo de influências
mútuas, torna-se vital o papel da personalidade.
Características físicas
Características de inteligência
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Características emocionais
Experiências vividas
"... com o passar do tempo, vivendo diferentes situações e aprendendo a cada nova
experiência, o indivíduo modifica um pouco suas características básicas de
personalidade..."
Conclusão
Ao nos esforçarmos para entender as diferenças entre as pessoas, vamos sempre
pensar em suas características: físicas, de inteligência, emocionais e em suas
experiências vividas. E vamos perceber como é bom viver num mundo de pessoas
diferentes.
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Relações humanas
Histórico
As relações humanas existem desde o princípio da vida humana na terra; todavia,
com esse nome, desde 1930, com o advento da Revolução Industrial.
Em 1835, Andrew Ure publicou uma obra intitulada The Philoso-phy of the
Manufactures, onde reconhecia os aspectos mecânicos, comerciais e sobretudo o
aspecto humano da manufatura. Entretanto, tanto as ideias de Owen quanto as de Ure
foram consideradas um tanto paternalistas.
Taylor mostrou que, da mesma forma que existia a melhor máquina para
desempenhar uma tarefa, existia também a melhor maneira de uma pessoa realizar o
seu trabalho.
Todavia, para que essa ideia tomasse corpo e impulso para receber o nome de
Relações Humanas, foi preciso que, no ano de 1930, El-ton Mayo — depois de realizar
várias experiências na indústria — anunciasse que "o homem era o fator mais
preponderante no mundo dos negócios e que ninguém sabia coisa alguma a respeito
desse fator".
Por esse fato, Elton Mayo foi considerado "O pai das Relações Humanas".
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Conceito
Relações Humanas é o reconhecimento dos fatores humanos em uma dada
situação e um esforço para a utilização de instrumentos humanos para a resolução dos
problemas gerados por essa mesma situação.
Isto acontece sempre que o indivíduo tenha que se relacionar dentro de um grupo
social, que poderá ser sua família, seus amigos, seu trabalho, etc.
Durante todo esse período até aqui, as Relações Humanas passaram por várias
fases, a saber:
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Fase mecanicista
Fase paternalista
Fase contemporânea
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1. Desejo de segurança
2. Desejo de correspondência
De tudo o que fazemos esperamos uma retribuição, sem que isso venha a ser
necessariamente egoísmo. O colaborador que se esforça além de sua obrigação
espera um dia ver sua boa vontade correspondida, através de uma promoção, de
um ato de tolerância ou de uma atenção especial.
4. Desejo de consideração
Todos nós queremos parecer melhor do que na realidade somos, para ganhar a
consideração dos outros. Todo elemento que demonstra a consideração que tem
por seus companheiros ganha amigos e aliados, com os quais pode falar e
trabalhar mais livre e alegremente.
a) Sentimento de Inferioridade
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professores, superiores, proibições, incapacidades, etc.) até nos afirmarmos
como pessoas independentes em nossas individualidades.
Somente então, quando tivermos consciência clara e precisa de nosso valor e de
nossa verdadeira posição, tanto na sociedade como no trabalho, é que alcançaremos,
sem maiores danos, a maturidade, ajustando-nos a nós mesmos e aos nossos
semelhantes.
Não raro, entretanto, uma repreensão ou um revés a que nos submetem fazem aflorar
novamente o sentimento de inferioridade, despertando um impulso de agressividade
para recuperar o terreno que se parece ter perdido. É o que acontece quando ferimos
a vaidade de alguém.
b) Narcisismo
São chamadas narcisistas as pessoas que têm uma ideia muito exagerada de seu
próprio valor e só se sentem bem em grupos onde são constantemente elogiadas e
onde seus possíveis méritos alcançam maiores dimensões. Essas pessoas estão
sempre enfatizando egoisticamente suas virtudes, falam muito na primeira pessoa e
só consideram seus gostos e preferências. Dentro do grupo de trabalho, dificilmente
se sujeitam às ordens e quase nunca respeitam os outros companheiros, in-
dispondo-se constantemente com eles.
c) Agressividade
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Mecanismos de desajustamentos
As energias mentais que constituem nossa personalidade estão em constante
movimentação, de maneira que a todo instante nos estamos ajustando.
a) Mecanismo de racionalização
b) Mecanismo de projeção
É o caso de pessoas que colocam nos outros os defeitos que são seus.
Ex: Quando usam de meios ilícitos nos jogos, dizem que houve
desonestidade por parte do juiz.
Ex: Se não podem comprar uma certa marca de automóvel, dizem que
ele "não presta".
Evidencia-se nas pessoas que, não tendo capacidade para inovar em seu
trabalho, acham que o processo atual é o melhor que pode existir.
Ex: Quando sofrem um revés, dizem logo: "É o destino... poderia ser
pior".
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e) Mecanismo de regressão
f) Mecanismo de escudeiro
Ex: A excessiva modéstia demonstrada por certos indivíduos pode ser um meio de
conquistar a benevolência ou a piedade dos outros.
h) Mecanismo de "avestruz"
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A colaboração
Que é colaborar?
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Relações Humanas e o merchandiser
Ministrar "Relações Humanas" aos merchandisers significa dar a eles elementos
indispensáveis para que, no exercício de sua vida profissional, possam ter com as
pessoas com quem lidam o mais saudável entendimento e as mais harmoniosas relações;
o que é desejável e útil a todos.
1. Qualidades morais
2. Qualidades psicológicas
3. Qualidades sociais
4. Qualidades físicas
São indispensáveis.
Ex: saúde, energia, vitalidade, bons hábitos de higiene pessoal (barba bem-feita,
cuidados no corte de cabelo, limpeza de pele, etc), boa visão, boa audição.
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Os dez passos do bom relacionamento humano
4. Evitar "pular" seu chefe imediato; quando o fizer, dar-lhe uma explicação.
9. Procurar deixar claras suas ideias, no caso de discussões em grupo, para evitar mal-
entendidos.
10. Ser modesto nas discussões; pensar que talvez o outro tenha razão e, se não,
procurar compreender-lhe as razões.
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As Relações Humanas podem e devem ser aplicadas nos mais diferentes campos de
atividade do homem, desde que estas atividades envolvam outros seres humanos.
■ Família.
■Clube. ■
■Vizinhança.
■Escola.
■Empresa
■etc.
Em todos os setores da vida profissional, encontramos problemas de Relações
Humanas. Ex: No serviço social, na administração de empresas, na educação, nos
esportes, nos partidos políticos, na liderança, na direção dos homens em geral, no
comércio e na indústria.
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Exemplos de problemas de Relações Humanas:
O estudo do fator humano nas organizações pode ser dividido em três partes
principais:
Adaptar o homem ao homem nada mais é do que criar dentro da empresa um sadio
ambiente de trabalho, um clima de confiança e de respeito entre as pessoas.
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2. Conheça o seu chefe
Além de conhecer a função de cada uma das pessoas da empresa, é importante
conhecer o seu superior, seu temperamento, suas individualidades.
4. Conheça a si mesmo
Precisamos de nos conhecer, antes de culparmos os outros ou criarmos
situações de conflito com as outras pessoas.
O merchandiser e a empresa
Para bem desempenhar suas funções, o merchandiser precisa conhecer sua
empresa, tanto no que se refere a seu funcionamento e estrutura interna, seus órgãos e as
relações entre eles, como também no que diz respeito a sua importância para a
sociedade.
Mas um conhecimento realmente útil vai muito além disso, abrangendo também o
conhecimento do produto, que vai desde a matéria-prima até o controle da qualidade,
incluindo os fornecedores, os processos de fabricação, a embalagem, as características,
as vantagens e os benefícios.
Conhecer o mercado
Para um correto conhecimento do mercado, que seja útil ao merchandiser, faz-se
necessário definir o público-alvo, definir as possibilidades de compra desse público-
alvo, bem como as possibilidades mer-
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As técnicas de vendas
Para um aprimoramento técnico satisfatório do merchandiser, é necessário o
máximo aprimoramento possível dentro das técnicas de vendas.
Não sendo este o escopo desta obra, recomendamos ao leitor que se reporte ao
"Você Pode Vender Mais" de autoria do Sebastião Nelson Freitas, co-autor desta obra,
publicado por esta mesma editora.
A psicologia de venda
Quanto à psicologia de vendas, você dispõe dos dois recursos mais usuais: a)
classificar seus compradores potenciais dentro dos tipos psicológicos e b) adotar a
classificação mais ampla dada pela PNL (Programação Neurolingiiística) através dos
Sistemas Repre-sentacionais.
Quanto aos tipos psicológicos, existem dezenas de tratados sobre o assunto e
estaríamos chovendo no molhado se os abordássemos novamente aqui.
Arte final
É a peça promocional ou o anúncio montado de forma definitiva para ser enviado à
produção mecânica. A arte final é preparada pelos arte-finalistas, profissionais
especializados em ilustração (ilustrador), texto (letrista) e montagem (paste-up-
mari).
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Broadside
Folhetão, peça ou conjunto de peças promocionais destinado ao vendedor,
promotor ou revendedor. Normalmente contém instruções sobre determinada
campanha de vendas ou de promoção.
Display
Expositor colocado no ponto-de-venda com a finalidade de expor o produto de
forma destacada.
Good will
Boa vontade, predisposição favorável em relação a um objeto ou a uma ação. Criar
good will para a empresa é agir no sentido de manter os clientes sempre receptivos
e favoráveis aos produtos, serviços e "políticas" da empresa.
Hot-spot
Lugar quente, melhor ponto da loja sob o ângulo de vendas.
Jingle
Mensagem publicitária gravada em disco ou fita magnética.
Layout
Esboço de material promocional. O layout normalmente é feito para dar ideia do
que será a arte final.
Mailing list
Listagem de mala-direta. Lista de nomes e endereços de pessoas ou firmas que
devem receber correspondência, folhetos e literaturas técnicas.
Mark down
Dedução; marcação para baixo; baixar o preço.
Mark up
Acréscimo; aumentar o preço.
■
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Mercado
No sentido económico é o conjunto de bens e serviços em uma região
determinada. Para os propósitos de Marketing, pode ser entendido como a
demanda real e potencial para um bem ou serviço.
Outdoor
Cartazes e painéis expostos em local aberto (ruas, estradas, etc.)
Plus
O que acrescenta ao produto para melhorar sua imagem e o seu desempenho.
"Somar" ao produto novos valores.
Política
Decisão tomada, preferencialmente por escrito, por uma empresa, determinando as
intenções da organização em determinadas circunstâncias, visando à coerência
setorial e à eliminação de repetições desnecessárias de instruções básicas.
Ponto-de-venda
Lugar onde o produto é oferecido ao consumidor.
Press release
Notícia para a imprensa, geralmente preparada pelo departamento de Relações
Públicas.
Volante
Anúncio impresso em folhas avulsas.
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Capítulo 9 - Administração
do tempo
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o fator tempo sempre foi edaqui para a frente será mais importante ainda para a
realização dos negócios.
O colaborador de campo deve estar atento para o tempo de deslocação entre uma
loja e outra, o tempo de estudo no depósito, o tempo de transporte de mercadorias do
depósito para a área de venda, o tempo de trabalho de colocação dos produtos, de
montagem de trabalhos
especiais, do tempo de relacionamento com todas as pessoas envolvidas, do tempo
despendido para as negociações, etc.
A administração eficaz do tempo começa pelo tempo que deverá ser utilizado e
não pelas tarefas a serem realizadas.
É preciso saber, antes de tudo, onde o seu tempo é realmente empregado, contando
as situações improdutivas que poderão afetar esse tempo.
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Eis algumas perguntas que poderão identificar problemas de administração de
tempo:
■ Falta de organização.
■ Falta de controle.
■ Falta de interesse.
■ Conversas fúteis.
■ Participar de rodinhas.
■ Problemas de relacionamento.
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Capítulo 10 - Criatividade
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O
ponto mais importante ao abordamos o tema Criatividade é aprender a
conviver com as mudanças. Há muitos fatores que contribuem para o
surgimento de mudanças que afetam diretamente o trabalho de merchandiser.
Pergunte-se:
O que posso acrescentar a meu produto, que o aperfeiçoe, que o torne mais
adequado ou mais vistoso para o consumo?
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Competição
Pergunte-se:
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Economia
E o que falar das possibilidades imensas que cada produto pode oferecer em
termos de variedade de preço, através de promoções e campanhas?
É sabido que o leite não pode ser estocado por muito tempo — salvo recursos
especiais como aqueles das embalagens Longa Vida', mas os queijos e o creme de leite
não sofrem esse tipo de problema.
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Todo dia é um dia novo
Um fator determinante que pode trazer-lhe grandes recursos criativos é a maneira
como você lida com o seu dia.
Se você considera cada dia dentro das mesmas perspectivas dos dias anteriores,
você ficará tão bitolado em seus pontos de vista, que deixará de perceber o novo.
Procure manter sua mente aberta e adote atitudes que lhe permitam a escolha de
caminhos novos e de novas alternativas.
Encare cada novo dia como um dia novo — predisponha-se ao que é novidade,
às alternativas novas, às possibilidades originais.
Faço sozinho
Um critério altamente limitante é pretender realizar todas as suas tarefas sozinho.
Quando você delega funções e obrigações, você está multiplicando suas forças e
aumentando suas chances de sucesso.
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Capítulo 11 - Técnicas de
vendas voltadas ao
merchandiser
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V
ender é, a um só tempo, arte e técnica.
Perfil do merchandiser
O profissional de merchandising tem outra categoria nos dias de hoje; é requerido dele
outra escolaridade, precisa ter muito mais iniciativa, criatividade, só que ele sofre pressões e
acaba se contentando em abrir caixas e colocar preços.
Se ele tiver mais liberdade — autonomia — aí sim você pode pedir que ele tenha
criatividade.
Por exemplo:
O Ter iniciativa
O Ser dinâmico
O Ser criativo.
O Ser persistente.
O Ser um hábil negociador
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Técnicas de vendas no trabalho do
merchandiser
Além de suas atividades normais, o merchandiser deve re-lacionar-se ao máximo e
a todo instante com os clientes de seu setor.
Técnicas de vendas
É o conjunto de meios utilizados pelo vendedor para convencer o cliente sobre as
vantagens e benefícios de sua oferta.
O vendedor deve estar sempre atento para suas próprias atitudes a fim de trabalhar
e transformar em positivas aquelas que percebe como incorretas, no decorrer de seu
trabalho.
Eis algumas áreas a que o homem de vendas deve estar atento para poder melhorar
seu desempenho e produtividade:
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2. Conhecimento do produto
— Margem comercial.
— Apresentação e conteúdo.
— Política de vendas.
— Apoios publicitários.
— Argumentação de vendas.
— Seu vocabulário.
— O saber ouvir.
— Seus gestos.
— Simpatia.
— Empatia.
— Seu argumentário.
— Sua cultura.
— O respeito à concorrência.
— Tom de voz.
— Respeito mútuo.
— Criatividade.
5 - Conhecimento da concorrência
— Razão social.
— Produtos que fabrica.
— Preços, condições.
— Políticas e filosofias.
— Orientar os clientes.
— Concluir a venda.
Objeções
Lembre-se: A primeira reação do ser humano diante de um estímulo qualquer é
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Por que o cliente faz objeções?
Por diversas razões; vejamos:
Tipos de objeções
■
precisão. Às vezes elas já são apresentadas no início da entrevista, ou, então, antes da
compra do cliente.
100
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Atitudes do vendedor frente ao cliente que
objeta
Respeite
• Aprove-o.
• Agradeça-lhe.
Responda
• Eu entendo, o senhor...
• Procure escutá-lo com polidez, com atenção e interesse. A objeção muitas vezes
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Exemplos de objeções pretextas
• Estou muito ocupado, não posso ouvi-lo agora.
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Como o merchandiser pode enfrentar melhor
as objeções
Para poder enfrentar uma objeção ao seu trabalho no canal-de-vendas, ele deve:
Conclusão
Concluímos que, para ter certeza de ter feito um bom trabalho no ponto-de-venda,
o merchandiser deve ter conquistado maiores e melhores espaços no ponto-de-venda e
ter usado corretamente os materiais promocionais. Então pode ter certeza de que estará
obtendo a aprovação do cliente para futuras visitas e, assim, contribuindo para o
progresso de sua empresa.
A demonstração
A demonstração é uma técnica empregada para o ensino dos trabalhos práticos.
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O merchandiser deve ser um vendedor de
ideias
O merchandiser deve mostrar aos clientes de seu setor como é vantajoso e necessário
seu trabalho e sua presença no canal-de-vendas, convencendo-os disso.
Argumentação
Para o merchandiser, a argumentação é o ato de dialogar, trocar ideias, sem querer
impô-las.
O merchandiser vende a ideia de uma exposição de material promocional e do
espaço linear da gôndola de um supermercado.
Como ele deve ser um ótimo comunicador, deve saber usar uma linguagem
adequada para cada profissional citado, criando em torno de si um ambiente alegre, que
o ajude em seu trabalho, isto é, que rentabilize seu trabalho no canal-de-vendas.
• Reaja em seguida.
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Como perder um cliente em 12 lições
1. Imponha sempre sua vontade
Você é o médico; o cliente é o paciente. Tudo o que você disser ele tem de fazer.
Afinal, é você que conhece o mercado, o produto, o canal-de-distribuição, a
Economia, a Administração, o Marketing... enfim, tudo.
2. Encare tudo com a maior superficialidade
Quando não tiver certeza de alguma coisa que o cliente deseja saber, chute. Com os
dois pés. Mostre que você é um génio.
O cliente não sabe nada. Ele é um "quadradão". Não aceite de jeito nenhum suas
ideias.
Não importa se o cliente está com dúvidas, se ficou satisfeito com as suas
explicações. Não se preocupe com mais nada além de vender.
Quem não tem dinheiro não devia se estabelecer. Se ele não tem dinheiro, então que
pare de comprar!
Se ele não vende, o azar é todo dele. Você cumpriu sua parte.
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8. Quando for demonstrar o produto, emocione-se
Gesticule muito, fale alto, abuse dos adjetivos e superlativos. Crie uma situação tal
que o cliente fique constrangido se não comprar.
9. Vá ao cliente predisposto a abrir as pernas
Quando for vender um produto use as seguintes frases:
...se o senhor quiser, eu mando...
...o senhor é quem sabe...
...quantas caixas o senhor quer?
...se o produto encalhar..., eu indenizo...
...por hoje, é só isso?
...sim senhor, sim senhor...
...o senhor não vai querer levar este produto?
Concorde sempre com ele.
10. Pressione o cliente. Venda tudo até o que ele não quer e
não precisa.
Você é o vendedor e vendedores têm fama de faladores. Você não pode deixar
o seu cliente falar, pois poderá perder o seu pedido.
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Fatores negativos à formação da clientela
Uma pesquisa americana, realizada com o propósito de determinar as causas
prováveis do insucesso em formar clientes, apresentou os seguintes números:
Indiferença do vendedor 9%
Falta de tato 7%
Pressão excessiva 6%
Má apresentação do produto 5%
Desconhecimento do artigo 3%
Atrasos na entrega 10%
Erros na entrega 7%
Procedimentos desleais 6%
Substituições indevidas 6%
Reclamações não-atendidas 4%
Preços elevados 14%
Mercadoria deteriorada 10%
Estabelecimento mal instalado 6%
Direção deficiente 6%
Propaganda malfeita 1%
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Dicas para uma programação eficiente
4. Estabeleça prioridades.
5. Procure adequar sua programação aos objetivos propostos pela empresa.
7. Faça uma coisa de cada vez, por ordem de importância, com início e fim.
9. Programe seu trabalho de maneira que fique algum espaço de tempo em aberto,
para ser utilizado em alguma emergência.
10. Harmonize seu tempo (24 horas) com seus objetivos de trabalho, lazer,
descanso e estudo.
Cartazismo
Faz parte das funções do merchandiser confeccionar cartazes, cartões-preço,
mensagens, etc. Assim ele se familiarizará e exercitará elementos básicos de desenho e a
prática de letras e números.
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Cartazes
O cartaz é um instrumento promocional que tem informações significativas e é
usado com o objetivo de transmitir uma mensagem que desperte a atenção do
consumidor e o estimule a adquirir determinado produto.
Os cartazes podem ser de vários tipos, dentre os quais podemos citar:
Indicativo de Preço
É aquele que simplesmente informa o preço dos produtos. Normalmente é
colocado nas prateleiras, gôndolas, estrados, etc.
Promocional
É aquele que, além de informar o preço ou desconto, destaca ainda a mercadoria
em promoção, mostrando, de maneira clara e ob-jetiva, nome, marca e conteúdo do
produto. É colocado no local da exposição.
Canta-freguês
É aquele cuja função é chamar a atenção dos consumidores para as exposições
existentes na loja. Deve ser afixado nas paredes, vitrines ou pendurado no teto.
ser clara e precisa. Legibilidade — deve ser limpo, bem escrito e legível.
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Como fazer um bom
cartaz-preço
• Limpo.
• Com as letras mais grossas e maiores nas palavras que nos interessam destacar
mais e, sempre que possível, essas devem ser colocadas em primeiro lugar.
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Capítulo 12 - Promoção de
vendas.
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Dimâmica
Há alguns anos atrás, a promoção de vendas não passava de mera subsidiária da
publicidade, ou seja, era encarregada de providenciar "empurrões" de vendas no
momento da escolha final do consumidor.
Conceito
Harry Simons, em obra publicada em 1950, afirma que a mais dinâmica das
definições de Promoção de Vendas consiste de apenas duas palavras: Promover
Vendas.
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Definição
Várias definições foram enunciadas por vários autores, todas elas girando em torno
do objetivo principal da promoção de vendas, que é estimular as vendas.
Por incrível que pareça, ainda nos dias de hoje, nos meios de marketing e
propaganda, faz-se muita confusão em torno do assunto "promoção de vendas".
Em primeiro lugar, existe o termo "promoção", cuja ideia é vasta. Envolve todo e
qualquer meio empregado pela empresa para se comunicar com seus mercados.
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A promoção sempre tende a oferecer algo ao consumidor, que se sente
recompensado quando adquire um produto.
Uma boa promoção é sempre melhor sucedida quando tem uma boa cobertura
publicitária e vice-versa.
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Itens promocionais
Os consumidores se amarram mais nos apelos que lhes possibilitem uma vantagem
económica.
Poderá também ser feita através de cupons, que deverão ser juntados à proporção que
o consumidor vai comprando o produto.
Cada cupom tem um valor e, quando a sua soma, atinge determi-
■
Brindes: é uma forma agradável de fazer com que o nome de determinada empresa
seja lembrado, suas mensagens tenham repercussão e, automaticamente, seja
favorecida na hora das decisões de compra.
Packs: são envoltórios que condicionam vendas combinadas, ofertas "Leve 3 Pague
2" ou que contenham um presente.
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Acontecimentos e eventos promocionais
■
• acelerar as vendas;
• bloquear a penetração da concorrência;
• aditar novas razões de consumo;
• reativar produto cujas vendas tenham entrado em declínio;
• divulgar um rtovo produto;
• aumentar a eficiência e a eficácia da força de vendas;
• injetar estímulos na rede de intermediários.
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Psicologia de compra e venda
A promoção de vendas baseia-se no conhecimento da natureza humana.
Para que alguém compre uma coisa, é preciso que na sua mente se desenvolvam
sucessivamente os seguintes estados:
a) a existência de uma necessidade;
b) a consciência dessa necessidade;
c) o conhecimento do objeto que pode satisfazê-la;
d) o desejo de satisfazê-la;
e) a decisão por determinado produto ou marca que, a seu ver, melhor satisfará o
desejo.
A promoção de vendas era tratada como alguma coisa que poderia até trazer
prejuízo para uma determinada marca.
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Promoção de vendas
Conceito
Existem várias formas de apoio que a promoção de vendas deve receber no canal-
de-vendas, de maneira que o produto tenha uma colocação de destaque:
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Função da promoção de vendas
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Capítulo 13 - O
treinamento do pessoal de
merchandising
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O fascínio das prateleiras
Há 62 anos, Michael Cullen, empregado de uma mercearia, abriu o primeiro
supermercado.
Nos primeiros anos da década de 50, quando os supermercados chegaram ao
Brasil, as donas de casa experimentaram uma emoção nova: o impulso de compra.
No velho armazém da esquina, elas adquiriam apenas o essencial. Mas ao
percorrerem aquelas prateleiras sortidas, eram tomadas pelo irrefreável desejo de encher
o carrinho com supérfluos.
Esse impulso consumista, provocado pelo contato direto entre o consumidor e a
mercadoria, transformou os supermercados em um sucesso de seis décadas.
As lojas de varejo já existiam na China há vários séculos antes de Cristo.
Durante a Renascença, os artesãos também vendiam seus trabalhos em lugares que
lembram os magazines de hoje.
O primeiro supermercado, no entanto, surgiu nos Estados Unidos, em 1930, em
meio à depressão económica.
A ideia foi de Michael Cullen, empregado de uma mercearia.
As vendas estavam caindo e Cullen resolveu escrever uma carta pregando uma
nova filosofia de comércio.
"Não temos a necessidade de continuar com nossos armazéns tradicionais",
sugeriu. "Devemos vender por auto-serviço, vender 300 artigos aos preços que nos
custam, 200 com lucro e o resto com 20% a 25% de lucro."
Cullen foi demitido — seus patrões não gostaram da ideia —, mas conseguiu abrir
seu próprio negócio no mesmo ano: o King Cullen Supermarket.
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O Supermercado carioca era o Nelson.
Nessa época, porém, o principal problema dos supermercados brasileiros não era a
algazarra que os consumidores faziam em suas instalações. Era o preço.
Nenhum deles conseguia vender mais barato do que as feiras livres, que não
pagavam aluguel, telefone, energia e impostos.
Os produtos do Sirva-se, por exemplo, eram 10% mais caros do que os das feiras.
A iniciativa deu certo. Agora o Grupo Paes Mendonça tem 85 lojas espalhadas
pelo País e quase 20 mil funcionários.
Fonte: O Estado de S. Paulo 18/6/92-pág. 12
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Um treinamento — uma profissão
Entre as vantagens que uma empresa pode oferecer a você, uma delas, e talvez a
mais importante, é a oportunidade de um treinamento sério e bem-estruturado na
profissão que você decidiu seguir.
A empresa consciente investe nesse treinamento porque acredita nele, porque
compreende a importância de contar com colaboradores cada vez mais eficientes e bem
capacitados. Mas ele é ainda mais importante para você.
Através dele você vai descobrir e tornar conscientes as suas aptidões em potencial
e transformá-las em um comportamento organizado e dirigido.
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Bibliografia consultada
Cursos Profissionais Globo — Marketing, Editora Globo, 1990.
Manual Nestlé do Promotor de Vendas
Manual Nestlé do Vendedor
Manual de Técnicas de Merchandising — Chambourcy
Relações Humanas no Trabalho (SENAC)
Merchandising - (Serviço de Publicidad y Promocion de Vendas Nestec Vevey)
Revista Display
Revista Supervarejo
Revista Progressive Grocer
Revista Supermercado Moderno
Revista Briefing
Almanaque Abril (1982)
Informativo Mc Cann
Apostila do SENAC sobre cartazismo
PIERRE, Gerard. Introdução ao Marketing, Vozes, 1973.
SIMÕES, Roberto. Introdução à Promoção de Vendas, Saraiva, 1977.
MC CARTHY, Jerome. Marketing Básico: Uma visão Geren-cial, Vol. 1 , 1976.
KOTLER, Philip & ARMSTRONG Gary. Principies of Marketing, Prentice-Hall, 1991.
CHASE, Cochrane & BARASCH, Kenneth L. Marketing Problem Solver, Chilton -
1977. ■
FREITAS, Sebastião Nelson. Você Pode Vender Mais, STS, 1992.
NATALI, Marcos. Programação Neurolingiiística Para a Sua Transformação, STS,
1994.
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