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FUNDEB e distribuição dos recursos da educação

Francisco Carlos Carvalho da Silva Brandão1

O Fundeb é um fundo especial criado pela Emenda Constitucional nº 53/2006 e


regulamentado pela Lei nº 11.494/2007 de âmbito estadual, formados por recursos
provenientes dos impostos, transferências e contribuição dos Estados, Distrito Federal e
Municípios, e complementado por recursos federais, para aplicação exclusiva na educação
básica. O principal objetivo do fundeb está no art. 2º de sua Lei em que fica claro quando
afirma o seguinte: “[...] manutenção ao desenvolvimento da educação básica pública e a
valorização dos trabalhadores em educação, incluindo sua condigna remuneração, observado
o disposto nesta Lei.”

A distribuição dos recursos da educação é feita com base no Censo Escolar. No


entanto, de acordo com a Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, art. 9º afirma que:

Para os fins da distribuição dos recursos de que trata esta Lei, serão consideradas
exclusivamente as matrículas presenciais efetivas, conforme os dados apurados no
Censo Escolar mais atualizado, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), considerando as
ponderações aplicáveis.

Logo, fica bem claro que todos os recursos distribuídos aos Estados, Distrito Federal e
aos Municípios devem ter muito atenção na hora de fornecer os dados e informações
coletados por ocasião da realização do Censo Escolar, já que os recursos do Fundeb são
calculados usando como referência o número de alunos declarados no Censo Escolar.

No Fundeb, semelhante ao que ocorria no Fundef, a União exercerá, obrigatoriedade,


as funções supletiva e redistributiva. Isso significa que efetuará complementação de recursos
aos Fundos, no âmbito de cada estado e no Distrito Federal, sempre que o valor médio
ponderado por aluno de cada unidade federativa não alcançar o valor mínimo por aluno
definido nacionalmente, a cada ano. Em outras palavras, além dos recursos originários dos
entes estaduais e municipais, os recursos federais integram a composição do Fundeb, a título
de complementação financeira, com o objetivo de assegurar o valor mínimo nacional por

1
Pós-graduado em Psicologia da Educação – Universidade Estadual do Maranhão – Núcleo de Tecnologias para
Educação – ano de conclusão: 2016. Pós-graduado em Gestão, Orientação e Supervisão Escolar pela Faculdade
de Tecnologia Equipe Darwin (FTED) na cidade de Águas Claras em Brasília (DF) – ano de conclusão: 2011.
Graduado em Matemática/UFMA (2012), em Filosofia/FAEME/UFMA (2008) e em Pedagogia/URCA (2006).
aluno/ano a cada estado ou Distrito Federal, em que esse limite mínimo não for alcançado
com recursos dos próprios governos.

Quando estudei o Ensino Fundamental em São Francisco do Brejão, os professores


que trabalhavam nas escolas além de receberam baixos salários, também passavam até de 6
meses sem ver a cor do dinheiro. Era na realidade uma calamidade pública no sistema
educacional brasileiro, que na verdade era de fato uma realidade a nível de Brasil. Contudo,
os prédio eram todos sucateados, faltavam carteiras nas salas de aulas, material didática, papel
para fazer as provas, em fim faltava tudo. Porém, com a criação do Fundef (1997-2006) a
educação ganhou outro tom e passou a melhorar as condições de trabalho nos
estabelecimentos de ensino. Com o Fundeb melhorou ainda mais a educação no Brasil.

Portanto, com certeza a mudança de Fundef para Fundeb teve uma melhora no sistema
educacional brasileiro, mas espera-se que com a criação do novo fundo que estar prevista para
2020 possa haver uma ampliada tanto na composição como na porcentagem de redistribuição
dos recursos desse fundo e que de fato se cumpra a meta financeira do Plano Nacional de
Educação (PNE) que prever aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB).

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