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1. Hipertireoidismo: Sintomas
2. Hipotireoidismo: Sintomas
3. Hipotireoidismo Congênito
4. Bócio
5. Cretinismo & Mixedema
6. Tireoidites
7. Câncer de Tireoide
8. Doença de Graves
1. Hipertireoidismo: Sintomas
O hipertireoidismo ocorre quando há uma produção excessiva dos hormônios da tireoide (T3 e T4). Em sua
forma mais suave, não apresenta sintomas facilmente diagnosticáveis ou apenas distúrbios como fraqueza
ou sensação de desconforto. Entretanto, em seu aspecto mais grave, a doença pode até matar. Há risco da
disfunção afetar a gravidez ou a fertilidade feminina, entre outros males.
Ocorre um aumento no volume da tireoide durante o hipertireoidismo, o que também pode ser associado a
outros sintomas, como:
Aceleração dos batimentos cardíacos acima de 100 por minuto (chamada taquicardia)
Intestino solto
Olhar fixo
Protusão dos olhos, com ou sem visão dupla (em pacientes com a Doença de Graves)
Acelerada perda de cálcio dos ossos com aumento do risco de osteoporose e fraturas.
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Entre as causas para o hipertireoidismo estão a Doença de Graves, o bócio, a existência de um nódulo
tóxico (que produz mais hormônio tireoideano que o necessário), tireoidite subaguda, silenciosa ou pós-
parto, ingestão excessiva de iodo (presente em comprimidos de alga, expectorantes ou em amiodarona,
usada em remédios para arritmia cardíaca) e a superdosagem de hormônio tireoideano.
2- Hipotireoidismo: Sintomas
Assim como o hipertireoidismo, o hipotireoidismo também causa um aumento de volume da tireoide.
Contudo, esse aumento não é acompanhado de mais produção dos hormônios tireoidianos, mas sim pela
queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina).
Como outros males da tireoide, o hipotireoidismo é mais comum em mulheres, mas pode ocorrer em
qualquer indivíduo independente de gênero ou idade. Os endocrinologistas orientam mulheres,
especialmente acima de 40 anos, a fazerem o auto-exame da tireoide regularmente. Entre os sintomas do
hipotireoidismo estão:
Depressão
Intestino preso
Menstruação irregular
Diminuição da memória
Cansaço excessivo
Dores musculares
Sonolência excessiva
Pele seca
Queda de cabelo
Ganho de peso
3- Hipotireoidismo Congênito
O hipotireoidismo congênito (HC) é um mal hereditário que impossibilita o organismo de gerar o hormônio
tireoidiano T4, impedindo o crescimento e desenvolvimento do recém-nascido. O HC é a causa mais
comum de retardo mental.
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É possível diagnosticar a doença e iniciar o tratamento evitando suas consequências. Porém é preciso que
seja feito na primeira semana de nascimento, por isso, a realização do Teste do Pezinho é fundamental. A
triagem neonatal detecta o HC. No Brasil, o Teste do Pezinho é obrigatório e em estados, como Santa
Catarina, a abrangência é de 100% dos nascidos.
A cura inclui administração de hormônio tireoidiano, sob rigoroso controle médico, para que o bebê fique
bom e tenha uma vida normal. Cerca de um a cada 4.000 recém-nascidos possuem esse distúrbio.
4- Bócio
O bócio, chamado popularmente de papo, é o aumento de volume na tireoide. Muitas das vezes está
associado ao Hipotireoidismo ou ao Hipertireoidismo mas essa associação não é necessária, ou obrigatória.
Muitos bócios apresentam nódulos e são chamados de Bócios nodulares, os quais não necessariamente
interferem com o funcionamento da tireoide e portanto não causam sintomas de hipo ou hipertireoidismo.
Bócio difuso: Pode ocorrer nas disfunções tireoidianas ou quando há deficiência de iodo.
Bócio nodular: Ele pode ser uninodular (apenas um nódulo) ou multinodular (mais de um bócio).
O bócio nodular é mais frequentemente diagnosticado após os 50 anos de idade. O paciente pode ter o
bócio há vários anos e somente diagnosticar quando surgem sintomas compressivos tais como dificuldade
para engolir ou rouquidão; ou ainda somente diagnosticar porque ele se tornou hiperfuncionante,
causando Hipertireoidismo. Outra situação que pode ocorrer é apresentar o diagnóstico somente ao se
investigar um hipotireoidismo associado.
Após o autoexame de palpação, os pacientes devem procurar um endocrinologista para um exame clínico
completo, para confirmação ou não do diagnóstico.
Além da palpação, exames de sangue e ultrassonografia devem ser solicitados pelo médico. Para avaliar se
há alteração do funcionamento da tireoide a dosagem de TSH é o melhor teste de investigação inicial.
O prosseguimento da investigação e o tratamento vai depender da causa, dos sintomas, da alteração (ou
não) do funcionamento da glândula e das características dos nódulos à ultrassonografia (em casos de
bócios nodulares).
5-Cretinismo e Mixedema
Cretinismo
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Geralmente causado por um hipotireoidismo prolongado, o mixedema é um edema duro e com aspecto de
pele opaca. O distúrbio ocorre cinco vezes mais frequentemente em mulheres do que nos homens.
Indivíduos com mixedema apresentam edemas na face e nas pálpebras formando "bolsas" sob os olhos.
Também ocorre o acúmulo de proteínas produzidas no hipotireoidismo.
5-Tireoidite
A tireoidite é um conjunto de doenças inflamatórias que afetam a glândula tireoide. Em alguns casos, o
paciente sente dores, mas em outros são os sintomas básicos do hipertireoidismo ou do hipotireoidismo.
As tireoidites são:
Tireoidite subaguda (ou tireoidite de Quervain): Não tem causa conhecida e resulta em um aumento
doloroso da glândula e na liberação de grandes quantidades de hormônio no sangue.
Tireoidite pós-parto: Cerca de 5 a 10% das mulheres manifestam hipertireoidismo leve a moderado alguns
meses após o parto. Nesses casos, o distúrbio costuma durar de um a dois meses e, freqqentemente, é
seguido por vários meses de hipotireoidismo antes do organismo se normalizar espontaneamente.
Entretanto, em alguns casos, a tireoide não se recupera, e o hipotireoidismo se torna permanente, sendo
necessária a reposição hormonal ao longo da vida.
Tireoidite silenciosa: O hipertireoidismo transitório pode ser causado por uma tireoidite silenciosa, uma
condição que parece semelhante à tireoidite pós-parto, mas não está relacionada à gestação e não é
acompanhada de dor na glândula.
Tiroidite crônica (ou Tireoidite de Hashimoto): É uma moléstia autoimune com a presença de
autoanticorpos que destroem o tecido tireoidiano. As manifestações da Tireoidite de Hashimoto são
extremamente variáveis, podendo ser do tipo hipo, hiper ou eutireoidismo. O principal sintoma é a
presença de um bócio indolor, que pode não aparecer no estágio avançado da doença.
Tiroidite fibrótica (ou Tireoidite de Riedel): Distúrbio fibro-inflamatório raro que pode causar
hipotireoidismo. As lesões causadas pela tiroidite fibrótica podem piorar de forma lenta e progressiva se
não forem tratadas. Em alguns casos, o tecido da tireoide pode ser totalmente destruído. Pacientes com
este mal costumam sentir falta de ar, sensação de sufocamento e disfagia.
6- Câncer de Tireoide
O câncer de tireoide e um tipo raro de câncer, que ocorre em aproximadamente 1% da população. Embora
seja três vezes mais frequente em mulheres, a doença afeta também homens. A faixa etária de maior risco
é entre 25 e 65 anos.
Aproximadamente 10% da população adulta têm nódulos tireoideanos, mas cerca de 90-95% são benignos.
A incidência do câncer de tireoide aumentou na última década, mas a mortalidade diminuiu. De acordo
com o tipo histológico, 75 a 90% dos casos são diagnosticados como câncer de tireoide papilar; 5 a 10%
como carcinomas foliculares, 3 a 5% como carcinomas medulares e 1% são anaplásicos.
O autoexame da tireoide pode ser útil na identificação de nódulos, mas é importante procurar um
endocrinologista para o diagnóstico e tratamento adequados. O diagnóstico precoce do câncer de tireoide
aumenta as chances de sucesso do tratamento.
FONTE: http://www.tireoide.org.br/disturbios/*