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O pós-moderno, enquanto condição da cultura

nesta era caracteriza-se exatamente pela


incredulidade perante o meta-discurso
filosófico-metafísico com suas pretensões
atemporais e universalizantes.
Wilmar do Valle Barbosa

Os tempos vindouros serão um período de


stasis estilística, um período caracterizado não
pelo desenvolvimento cumulativo e linear de
um estilo único e fundamental, mas pela
coexistência de uma multiplicidade de estilos
diferentes numa estabilidade flutuante e
dinâmica
Leonard B. Meyer
Hoje, quando se chega ao estado almejado, o
mundo já mudou de novo, e mais uma vez
define-se um novo alvo. Essa revisão
fundamental de um modelo relativamente
simples tem profundas consequências para as
empresas e para os líderes gerenciais.
A sugestão implícita é que as organizações se
encontram em constante estado de transição.
Não se trata de fenômeno pouco duradouro,
nem de algo a ser gerenciado no processo de
criação do novo status quo. A transição é o
status quo, se isso é possível. O chão está em
constante movimento irregular sob nossos pés
e tudo indica que não parará tão cedo.
(Peter Topping)
FELICIDADE CONQUISTADA A QUALQUER PREÇO

CONSUMISMO COMO ESTILO DE VIDA

DECISÕES IRRACIONAIS

VIDA PANSEXUALIZADA

ATERRORIZADO PELO SILENCIO


VOYEURISMO PATOLÓGICO
ESPECTADORES DA DESGRAÇA
ALHEIA

AUTO-ESTIMA BIPOLAR (ALTA OU BAIXA DEMAIS)


CULTUADORES DO CORPO
SUPERAÇÃO DE CONFLITOS AO INVÉS DE SOLUÇÃO

BANALIZAÇÃO DE RELACIONAMENTOS

UTILITARISMO PRAGMÁTICO EM
TERMOS DE REALIZAÇÕES

ANSIEDADE EXACERBADA
CONSTRUÇÃO DE MITOS
PLURALIDADE DE EXPRESSÕES RELIGIOSAS

PERMANÊNCIA DAS RELIGIÕES TRADICIONAIS

FIM DO EXCLUSIVISMO DA INSTITUIÇÃO RELIGIOSA

PAN-ESPIRITUALIZAÇÃO DA VIDA

AUMENTO DA MÍSTICA RELIGIOSA

AUMENTO DO TRÂNSITO RELIGIOSO

ATENÇÃO ESPECIAL A QUESTÕES GLOBAIS

DISCURSO INTENSO SOBRE ALTERIDADE E DIREITOS HUMANOS

ATENÇÃO ESPECIAL SOBRE QUESTÕES DE ETNICIDADE


O Pensador, por Auguste Rodin, 1902

Prof. Ms. André de Barros Coelho


• País: França
• Área do conhecimento:
Antropologia, Sociologia, Filosofia
• Ateu.
• Formação: Direito, História e
Geografia.
• Judeu de origem sefaradita (declara-
se neo-marrano), fez parte do
Partido Comunista e atuou na
Resistência Francesa durante a
guerra, período em que adotou o
codinome Morin.
• Expulso do Partido Comunista em
1951 por suas posições
antistalinistas.

Universidade Federal do Amapá | Prof. Ms. André Coelho ©


• É pesquisador emérito do CNRS
(Centre National de la Recherche
Scientifique).
• Trabalha a transdisciplinaridade
entre as temáticas relacionadas à
comunicação, tendo sido, nas
décadas de 70 e 80, um dos
diretores do Centro de Estudos
Transdisciplinares da Escola de
Altos Estudos em Ciências Sociais.
• Afirma que apenas estudos de
caráter iner-poli-transdisciplinar
seriam eficazes para compreender a
complexidade dos problemas das
sociedades contemporâneas.

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• Sete saberes necessários à
educação do futuro:
– 1 – Erro e ilusão: não afastar o erro do
processo de aprendizagem, mas integrá-
lo ao processo, para que o
conhecimento avance.
– 2 – O conhecimento pertinente:
promover uma inteligência apta a referir-
se ao complexo, indo contra a
fragmentação. Tornar evidentes: o
contexto, o global, o multidimensional
(homem e sociedade multidimensionais)
e o complexo (ligação entre a unidade e
a multiplicidade)
– 3 – Saber: ensinar a condição humana
(homem, indivíduo mais-que-cultural).

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– 4 – Identidade terrena: a Terra é um
pequeno planeta que precisa ser
sustentado a qualquer custo
(sustentabilidade terra-pátria).
– 5 – Enfrentar as incertezas: ensinar que
a ciência deve trabalhar com a idéia de
que existem coisas incertas.
– 6 – Ensinar a compreensão: a
comunicação humana deve ser voltada
para a compreensão. A comunicação
hoje pode ser completa, mas não há
progressos voltados à compreensão.
– 7 – Ética do gênero humano: antropo-
ética, ancorada em 3 elementos:
indivíduo, sociedade e espécie . Não
desejar para os outros aquilo que você
não quer para você.

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• Morin citava com freqüência a
máxima de Karl Marx: “Qualquer
reforma no ensino e na educação
começa com a reforma dos
educadores.”

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• O pensamento de Morin sobre a
questão israelo-palestina é contra a
unilateralidade de pensamento:
"o câncer israelo-palestino se
formou, alimentando-se, por um
lado, da angústia histórica de um
povo perseguido no passado e de
sua insegurança geográfica; por
outro, da infelicidade de um povo
perseguido no seu presente e
privado de direitos políticos"
(texto intitulado Israel-Palestina: O
Câncer, publicado em 2002 no
jornal Le Monde.)

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• País: Suíça
• Área do conhecimento: Teologia e
Filosofia
• É sacerdote da Igreja Católica desde
1954.
• Professor de teologia em Tübingen
(Alemanha) desde 1960 até 1996.
• Escreveu o livro “Infalível? Um inquérito”
(1970), refutando o dogma da
infalibilidade papal, motivo pelo qual o
Vaticano, em 1979, revogou a licença de
Küng ensinar teologia em seu nome.

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• Defende o fim da obrigatoriedade do
celibato clerical.
• Defende maior participação laica e
feminina na Igreja católica, num retorno
à teologia baseada na mensagem da
Bíblia.

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• País: Alemanha
• Área do conhecimento: Filosofia e
Sociologia
• Foi assistente de Theodor Adorno no
Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt
(1956-1959).
• Opõe-se em parte ao pensamento
iluminista – cujo sistema racional,
“aprisionado” pela lógica instrumental,
encobre a dominação.
• Acredita, porém, no potencial
emancipatório da razão, tal qual crê o
Iluminismo.

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• Considerado o principal herdeiro da
Escola de Frankfurt, procurou superar o
pessimismo dos fundadores da escola
quanto às possibilidades de realização
do projeto moderno, tal como formulado
pelos iluministas.
• Desenvolve estudos acerca do
conhecimento e da ética.
• Considera a racionalidade comunicativa
como um processo “aprendente”, no
qual a existência da falibilidade é de
suma importância – “evolução” por meio
dos erros.
• Contra a arbitrariedade e a coerção nas
decisões políticas.

Universidade Federal do Amapá | Prof. Ms. André Coelho ©


• País: Itália
• Área do conhecimento: Filosofia e Política
• Discípulo de Luigi Pareyson.
• Estudou com Karl Löwith e Hans-Geor
Gadamer.
• Professor de Estética na Universidade de
Turim.
• Para ele, a partir das filosofias de
Nietzsche e principalmente de Heiddeger,
instaura-se uma crise irreversível nas
bases cartesianas e racionalistas do
pensamento moderno.

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• Sua proposta filosófica é uma resposta à
crise das grandes correntes filosóficas dos
séculos XIX e XX – a dialética de Hegel, o
marxismo, a fenomenologia, a psicanálise
e o estruturalismo.
• Pensamento fraco X Pensamento forte:
– Pensamento fraco: uma espécie de niilismo.
Aceitando-se o peso do erro e do efêmero, a
verdade torna-se criação, jogo e retórica.
– Pensamento forte: baseado em sistemas
ideológicos, como o marxismo e a religião cristã,
em que a verdade é absoluta e imutável.
• Enfraquecimento do ser como chave de
leitura para o mundo pós-moderno.

Universidade Federal do Amapá | Prof. Ms. André Coelho ©


• Para Vattimo, é necessário o
enfraquecimento gradual do pensamento
até chegar-se a um marxismo
enfraquecido, o qual seria base ideológica
capaz de ilustrar a verdadeira beleza do
comunismo e apta, na práxis de uma
perspectiva política concreta, a superar
qualquer pudor liberal.

Universidade Federal do Amapá | Prof. Ms. André Coelho ©

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