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(Coaching) Coaching Vocacional - Maurício Sampaio
(Coaching) Coaching Vocacional - Maurício Sampaio
COACHING
VOCACIONAL
Uma nova estratégia para ajudar os jovens em
suas escolhas profissionais
© Editora DSOP, 2015
© Maurício Sampaio, 2015
Presidente
Reinaldo Domingos
Editora de texto
Renata de Sá
Projeto gráfico
Denise Patti Vitielo
Produção editorial
Amanda Torres Todos os direitos desta edição reservados
Sumário
à Editora DSOP.
Revisão
Av. Paulista, 726 | Cj. 1210 | 12o andar
Patrícia Dourado
Bela Vista | CEP 01310-910 | São Paulo - SP
Impressão Tel.: 11 3177.7800
Intergraf Indústria Gráfica Eireli www.editoradsop.com.br
Sampaio, Maurício
Coaching vocacional : uma nova estratégia para
ajudar os jovens em suas escolhas profissionais /
Maurício Sampaio. -- São Paulo : Editora DSOP,
2015.
ISBN 978-85-8276-134-2
15-05535 CDD-371.425
Índices para catálogo sistemático:
1. Coaching : Escolha profissional : Educação
371.425
Sumário
Parte quatro 64
Iniciando o processo de coaching 65
Introdução 6 Ferramentas & estratégias 66
Ganhe a confiança do seu coachee 69
Introdução
pela formação em coaching. E isso tem um motivo, as pessoas es-
tão mais infelizes no trabalho, com a vida profissional e com a car-
reira que escolheram. Para dar a volta por cima, acabam buscando
auxílio de profissionais especializados com métodos bem práticos.
tais como autoconceito negativo, falta de autoconhecimento, em São Paulo. E como pais que desejam proteger seus filhos,
crenças limitantes e outros aspectos que impediram que rea- principalmente pais que possuem um negócio, ela me convidou
lizassem uma escolha profissional mais assertiva. para trabalhar na escola.
Nesse sentido, o processo de coaching vocacional pode contri- Aceitei o desafio, porém a contrapartida era que eu deveria
buir e muito. Essa é uma ferramenta muito pragmática, com um cursar Pedagogia. E não é que eu me identifiquei com o curso.
poder muito grande de promover reflexões e novas estratégias. Foi por meio dele que consegui entender meu verdadeiro papel e
As pessoas que procuram uma formação, ou mesmo inciar, nesse foi durante esse período que entendi que minha vocação era, de
nicho de mercado, querem ajudar outras pessoas a se realizarem fato, ajudar pessoas, ensinar e aprender.
na vida pessoal, nos negócios, na empresa e na carreira.
Dali para frente, comecei a ver que, assim como eu, muitos
Costumo dizer que, quando uma pessoa realizar um curso jovens da escola em que eu era diretor do Ensino Médio, estavam
de formação em coach, principalmente voltado para as questões passando pelo tormento que passei. Foi a partir desse momento
de carreira e vocação, na verdade, está pagando por um serviço, que me dediquei fortemente às questões relativas à vocação e
mas recebendo dois em troca, uma vez que, além de colocar em orientação profissional.
Maurício Sampaio 15
intelectual, da procura da verdade no interior do homem. Sócrates le-
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vava seus discípulos a conceberem uma nova ideia, uma nova opinião
O coaching pode promover resultados
sobre o assunto. Por meio de questões simples, inseridas dentro de um
contexto determinado, a maiêutica dá luz a ideias complexas.
fantásticos, conheça alguns deles:
Em uma concepção mais contemporânea, o coaching teve seu
ponto de partida em 1996, com o americano Timothy Gallwey.
a Aprendizagem constante.
Ele, simplesmente, adaptou para o mundo corporativo técnicas
que utilizava com seus alunos, nas aulas de tênis. Segundo ele,
a Autoconhecimento e autoconsciência.
“o adversário dentro da nossa própria cabeça é mais poderoso
do que o que está do outro lado da rede”. Com isso, Gallwey de- a Melhora da autoestima e da qualidade de vida.
senvolveu uma abordagem diferenciada para ajudar as pessoas
a aperfeiçoarem seu jogo de tênis, ao invés de berrar com os alu- a Promoção do equilíbrio em todas as áreas da vida.
nos, como fazia a maior parte dos professores da época.
Você é autodirecionado?
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O que/qual? Você possui conhecimento básico sobre as questões de desenvolvimento de
carreira?
O seu trabalho é muito interessante, tanto que o tempo passa e você não sente?
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Como? Você considera “falhas” oportunidades para aprender e crescer?
Você consegue sustentar suas ideias e objetivos mesmo quando outros não
________________________________________
Quando?
concordam ou mesmo não o incentivam?
Você está disposto a sofrer riscos moderados para alcançar suas metas?
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Por que?
Você acredita que consegue estabelecer uma interação, comunicação apropriada,
trabalhando via telefone ou internet?
Você constantemente se prende em uma tarefa até que ela esteja completa?
APRENDIZADO
familiares. Conquistar seu cliente tem papel fundamental nesse pro-
cesso. Costumo dizer aos professores e educadores que a aceitação PESQUISA Análise de cenário
Caso você perceba isso, é preciso conversar com o jovem e, jun- Cada um tem o seu, constituído de vivências, experiências, inter-
tos, chegarem a um ponto de equilíbrio, não sendo duro demais, ferências culturais, sociais e familiares. Com o jovem, ainda existe
mas também não se tornando um grande amigo do seu cliente. um agravante: a imaturidade.
Você vai perceber que muitos jovens coachees que você aten-
derá não sabem ao certo justificar suas afirmações. Isso me faz
Encontre o Sherlok Holmes que existe lembrar o caso de um garoto que queria de qualquer forma se
dentro do seu coachee - Etapa da pesquisa tornar um grande cantor de banda de rock. Ele sabia tudo sobre
Assim como o famoso detetive Sherlok Holmes, que investiga música, conhecia os lançamentos, os melhores músicos, as gran-
os casos sem solução até mesmo para a famosa Scotland Yard, des turnês, os melhores CDs, só não sabia da rotina de trabalho,
faça seu cliente desvendar os mistérios por trás das possíveis do ambiente, das pessoas envolvidas em todo contexto, dos pro-
carreiras que ele pretende prestar vestibular. Pesquisar sobre o blemas de estrelismo que permeiam esse segmento, de como é
mercado educacional e suas possibilidades: universidades, facul- viver sob a luz da fama, o que é ficar longe de casa durante mui-
dades, diferentes modalidades de ensino, grade curricular. Além to tempo, das consequências de abdicar das grandes amizades.
De acordo com Crites, existe uma série de teorias que trata As teorias chamadas psicodinâmicas priorizam os fatores de
da escolha profissional sem se preocupar com o indivíduo, consi- ordem motivacional ou de processo a serem constituídos ao lon-
derando apenas as determinações externas, o ambiente e o con- go da história de vida da pessoa, enfatizando, em geral, as pri-
texto social. Ainda segundo o pesquisador, podemos classificar meiras experiências.
as teorias não psicológicas em três tipos distintos: teoria aciden-
Teorias desenvolvimentistas
tal, teoria econômica e teoria sociológica.
As teorias desenvolvimentistas surgiram para contestar ou-
Teorias psicológicas
tras teorias que têm como pressuposto que a escolha profissio-
Estabelecem os fatores sociais e ambientais como acessórios, nal ocorre pontualmente ou em um curto espaço de tempo. Dois
isto é, o que estaria em jogo seria a forma como a pessoa se desen- autores tiveram suma importância e fizeram suas contribuições.
volve e como ela se organiza em função dos fatores externos. De Para Super (1980), o desenvolvimento vocacional não se encer-
acordo com Crites, estão divididas em quatro grupos: traço e fator, ra ao final da adolescência, mas ao longo da vida da pessoa,
psicodinâmicas, desenvolvimentistas, tomadas de decisão. chegando até a aposentadoria. Ele propõe as seguintes fases
para o desenvolvimento vocacional: crescimento, exploração, es-
Teoria traço e fator
tabelecimento, manutenção e declínio.
A mais tradicional teoria dentro da orientação profissional
Teoria das tomadas de decisão
remonta ao início do século XX, quando as transformações na
esfera produtiva foram acompanhadas da necessidade de mão As teorias das tomadas de decisão são compostas por mo-
de obra adequada para suprir a crescente industrialização. Essa delos com origem na economia, que entendem o processo de
teoria parte do princípio de que as pessoas diferem em suas ha- escolha profissional como uma ação cognitiva. O processo par-
bilidades, interesses e traços de personalidade. Sendo assim, te da coleta, organização e análise das informações sobre si
isolando e quantificando as características pessoais e as caracte- próprio e sobre a realidade externa, a partir daí, avaliam-se as
rísticas das ocupações, seria possível adequar a pessoa ao posto oportunidade disponíveis e opta-se por aquela que garantir um
de trabalho. melhor retorno.
O autoconceito é fundamental em sua teoria e se relaciona Estabelecimento: tendo encontrado uma área de atuação no
à imagem que a pessoa constrói de si próprio, baseado no con- período anterior, faz esforços para se estabilizar. Esta fase está
tato com os seus valores, competências, aptidões e na relação subdividida da seguinte maneira: ensaio e estabilização (25 aos 30
com as pessoas que se encontram em seu entorno. Para o au- anos) – localização estável no mercado de trabalho, experiências
tor, as decisões vocacionais se iniciam na infância, perdurando profissionais realizadas e promoções almejadas; consolidação (31
até a idade adulta, com ênfase no aspecto sequencial do com- a 40 anos) – período criativo em que as promoções e experiências
portamento vocacional. Super apresenta cinco fases do desen- profissionais se consolidam, a pessoa pode definir o ponto máxi-
volvimento vocacional. mo de sua carreira e metas.
aDescobrir que existem problemas no meio imediato e na aIdentificar, entre muitas atividades, aquelas para as quais
sociedade, em geral, e tarefas para realizar. se mostram interesses duradouros.
relação ao meio sociocultural imediato do indivíduo. aOrdenar, segundo importância, as necessidades e os valores.
aReconhecer que a questão de orientação se coloca e que aEncontrar possibilidades que são consequentes às ne-
tem importância. cessidades e aos valores identificados.
aAceitar que a questão de orientação seja complexa e não aDecidir integrando todos os elementos já considerados.
ofereça respostas únicas e definitivas.
aRever as etapas da decisão e rever sua estabilidade e certeza. se limitar apenas a escolher uma profissão, mas também iden-
tificar, prever, preparar e alimentar o futuro ocupacional.
aOperacionalizar e planejar as etapas da decisão.
aAntecipar as dificuldades.
Dinheiro – O coachee se sente preso na sua escolha profis- Desconhecimento da realidade – A expressão popular “falar
sional porque acredita que apenas um ótimo salário vai trazer da boca para fora”. Discursar sem, ao menos, conhecer a realida-
sucesso e felicidade na carreira. de ou validar a fonte da informação.
AUTONOMIA
Capacidade de reiniciar o processo
66 COACHING VOCACIONAL Maurício Sampaio 67
Esse primeiro contato serve para conhecer seu cliente e tro-
Ganhe a confiança do seu coachee
car informações relevantes para o bom funcionamento do traba-
lho, por isso, ele deve ser bem dirigido, a ponto de não virar uma O jovem, nessa fase, é muito fechado para uma infinidade de
conversa sem propósito. É lógico que algumas conversas para- assuntos e, quando o foco da conversa for a escolha profissional,
lelas podem surgir, principalmente, no início, porém, não devem esse jovem tende a se fechar, ainda mais quando ele já vem com
durar muito tempo. pré-conceitos, imaginando que uma sessão de coaching se asse-
melha a uma sessão de terapia. Durante alguns anos, essa temá-
O processo de coaching vocacional para jovens, na fase da es-
tica foi tratada como uma atribuição de um profissional de saúde,
colha profissional, pode ser realizado em grupo, porém vai exigir
o que gerou uma conotação de resolver um problema, quando, na
de você mais habilidade e atenção. Sendo assim, realize muitas
verdade, estamos falando da promoção de soluções.
sessões individuais, caso seja sua primeira experiência como
coach, para depois atuar em grupo. Caso forme grupos, limite o Por isso, vá com calma nas perguntas! As armas de um coach
número de participantes. Para uma boa condução das sessões, são suas perguntas bem estruturadas. Abusar delas pode colocar
faça grupos de, no máximo, oito pessoas. Procure juntá-los em o coachee em uma situação desconfortável e fazê-lo tomar deci-
pares porque muitas atividades poderão ser desenvolvidas dessa sões equivocadas por pressão.
forma, também chamado de peer coaching.
Essa é uma parte muito importante para o sucesso de um uma sessão a mais.
programa de coaching vocacional. Como você leu nos capítulos Demonstre que você está atento e preocupado em ajudar e
anteriores, um programa de coaching é realizado em cinco etapas não somente em ser mais uma pessoa que cobra e exige. Dei-
e essa é a primeira delas. E, talvez, uma das mais importantes. xe claro que agora o seu coachee tem um grande parceiro com
É nesse primeiro encontro que o seu serviço será avaliado, quem pode contar.
desde sua aparência, estilo de comunicação até os resultados
que você já obteve. Para que você conquiste seu jovem coachee e
seus pais, logo nessa primeira etapa, algumas estratégias e cui- Formulando um contrato de trabalho
dados são muito importantes.
Após a conversa inicial com seu futuro coachee, relate, em voz
Apresente o processo de coaching, demonstre o maior pro- alta, os principais pontos acordados, expondo as necessidades
pósito que é contribuir para reduzir a margem de erro na escolha e expectativas dele. Chamo isso de espelhamento, quando você
profissional e, para que isso aconteça, mostre que você possui repete o que você entendeu e o seu coachee concorda, é como se
Se as duas partes estiverem de acordo, formule o contrato de Chegou um dos momentos mais difíceis e importantes de sua vida,
escolher uma profissão, iniciar a carreira, trilhar um caminho de su-
prestação de serviço. Solicite ao coachee e seu responsável que
cesso. Lembre-se daquele velho e sábio ditado: “a vida é uma caixinha
leiam atentamente e, depois, peça para que o responsável assine o de surpresas”.
documento. Jamais inicie um processo de coaching vocacional com
um menor de idade sem o consentimento dos pais ou responsáveis. Assim, este programa de coaching vocacional para jovens passa a ser
somente um instrumento balizador para tomada de decisões sobre
Se você estiver com um grupo de alunos de escola, peça que levem
suas ações. Passaremos por algumas etapas importantes, nas quais
para casa e tragam assinado. Mostre ao responsável que o contrato
você terá a oportunidade de desenvolver o autoconhecimento e
existe e é essencial. habilidades e competências de organização, pesquisa e planejamento.
O texto a seguir é somente um modelo para ser utilizado, e você Além disso, elas lhe demandarão muita seriedade, dedicação e
pode alterá-lo, conforme sua necessidade e realidade. O contrato é compromisso. Lembre-se de que este é só o primeiro passo para que
individual, por isso não deve ser assinado por um grupo de alunos. você mesmo possa comandar seu destino. Pesquise, converse, tire
dúvidas e esteja disposto a aprender, sempre!
Eu ,
estou de acordo com o texto acima.
, de de 20 .
Assinatura do aluno
Assinatura do responsável
Telefone do pai:
Obs.: Esse levantamento deve ser realizado na primeira sessão, depois na me-
tade e ao final do programa. Esses dados vão ajudar a identificar se o programa
está indo bem!
Modelo
Data Grau de decisão
10/5 80%
levantamento da maturidade vocacional tais variantes. Utilize a escala de 0 a 10, sendo 0 = nunca e 10 = sempre.
Um dos aspectos mais importantes ao iniciar o processo de 1 - Com qual frequência você pensa sobre sua futura pro-
coaching vocacional é fazer um levantamento do nível de maturi- fissão? (consciência da necessidade de escolher e decidir).
dade de seu coachee em relação à escolha profissional. Boa parte 2 - Dedica parte de seu tempo pesquisando sobre pro-
dos jovens escolhe suas futuras profissões por impulso ou inter- fissões existentes e novas profissões? (consciência da
necessidade de escolher e decidir).
ferências externas, isso é próprio da idade. Ao fazer esse levanta-
mento, você vai ter uma baliza de quais aspectos ainda não estão 3 - Sente-se seguro em relação à sua escolha? (conheci-
mento de si próprio).
maduros, ou seja, você vai perceber que, em muitos casos, o coa-
chee discursa sem fundamentos. 4 - Consegue descrever as atividades da profissão a ser
escolhida? (conhecimento da realidade educacional).
Os 7C’s da maturidade para escolha 5 - Acredita que a profissão escolhida lhe proporcionará
grandes oportunidades? (conhecimento realista do siste-
1º conhecimento de si próprio (autoconhecimento/autoconsciência);
ma econômico e da macrotendência).
2º conhecimento realista das influências; 6 - Acredita que suas habilidades possam te ajudar na
futura profissão? (conhecimento de si próprio).
3º consciência da necessidade de escolher e decidir;
7 - Sente-se influenciado por amigos ou familiares em sua
escolha? (conhecimento realista das influências).
4º consistência das preferências vocacionais;
8 - Você realmente conhece as modalidades e os
5º composição de uma carreira (começo, meio e fim); cursos oferecidos pelas universidades? (conhecimento da
realidade educacional).
6º conhecimento da realidade educacional;
9 - Você considera a opinião de seus amigos e familiares
7º conhecimento realista do sistema econômico e da macroten- muito importante? (conhecimento realista das influências).
dência. 10 - Você se considera um grande conhecedor de si mes-
mo? (conhecimento de si próprio).
A prática a seguir foi desenvolvida para você dar o primeiro 4 - Quais das opções anteriores você mais gosta, que considera serem as
mais importantes?
passo para essa descoberta. São perguntas que poderão ser re-
formuladas ou acrescentadas. Peça ao seu coachee que responda
e, em hipótese alguma, responda ou transcreva por ele. É neste
momento que ocorre uma profunda reflexão e aprendizado. Discu-
ta bastante cada questão. Descasque a cebola, procure encontrar
5 - Como você saberá que está vivendo por elas?
a essência das respostas. De nada vai adiantar se essa prática for
apenas mais um exercício.
Todos nós temos as nossas próprias crenças sobre diferentes aSou feio e meu grupo não me aceita.
coisas ou até sobre nós mesmos. Acreditar que você é muito tí-
aNão vou conseguir me tornar um bom profissional.
mido quando está diante de pessoas desconhecidas irá conduzi-
-lo a agir dessa mesma forma. Uma pessoa pode acreditar em aTodo mundo acredita que eu não tenho condições.
algo e, ainda assim, ter dúvidas. Acreditar em alguma coisa é dar
a isso mais de 50% de chance de ser verdadeiro. aMeus pais não gostam de mim.
É a certeza que se tem de alguma coisa. É uma tomada de aEsse trabalho de coaching vocacional não vai dar certo.
posição em que se acredita nela até ao fim: convicção, fé, conjun-
Você vai se deparar com várias situações em que as crenças
to de ideias sobre alguma coisa. Uma crença se transforma fre-
estão enraizadas. Sua missão será a de confrontá-las sem que
quentemente em uma verdade absoluta, em um mandamento,
se instale um conflito. Além da técnica apresentada, a sua ex-
em um dogma. Pode, como tal, balizar e ditar atitudes, escolhas
periência irá contribuir para lidar de forma mais assertiva com
e decisões. Por isso, identificá-la se torna imprescindível em um
essas situações.
processo de coaching vocacional.
3 - Quais são os seus maiores sonhos na vida? LAE = LEVANTAR EVIDÊNCIAS + ASSUMIR O CONTROLE
+ ENTRAR EM AÇÃO
SWOT é mais um recurso com o qual você pode contar para fazer ma positiva perante os amigos. Segue um exemplo da aplicação do
com que seu coachee descubra coisas maravilhosas sobre si mes- SWOT. Obviamente, você deverá contar com a sua criatividade e a
mo. Geralmente, essa ferramenta adotada no mundo coorporativo análise da situação em que se encontra o coachee.
reça, é nesse ponto em que a maioria dos jovens e das pessoas em Sou criativo.
geral sente dificuldade para responder. Falar dos fracassos ou das Me dou bem com todo mundo.
deficiências parece ser mais fácil, isso ocorre porque em uma cultura Tenho facilidade em lidar com as pessoas.
igual a nossa, falar que é bom em alguma coisa pode acarretar em
alguns conflitos, como estudar muito e ser taxado de nerd.
Trabalhando com as fraquezas (SWOT)
Não importa a situação, mas parece que, para muitos, falar pouco
Quais pontos precisam ser melhorados, suas principais fraquezas,
sobre si mesmo é uma questão de humildade e isso é um perigo! As
defeitos ou dificuldades? O que mais o incomoda em você mesmo?
pessoas que desconhecem ou não pretendem conhecer seu potencial
estão perdendo muitas oportunidades na vida. Com o jovem, isso deve Exemplos:
Trabalhando com as ameaças (SWOT) - Evite trabalhar a escolha do curso propriamente dita, deixe isso
para outro momento. O objetivo aqui é ajudar no desenvolvimento
Agora, é hora de promover a ação. Costumo brincar que é a hora de
da maturidade para a escolha profissional.
colocar o tubarão na banheira. Esse é o momento de colocar em xe-
que a realidade e visualizar os possíveis problemas, se algo não mu-
dar ou se o coachee não entrar em ação.
Definição de critérios ocupacionais trabalho de visualização, simulação e pesquisa. Durante essa ati-
(motivadores e interesses) vidade, você notará várias nuances no discurso de seu coachee.
Administração Jornalismo
Planejando e decidindo
Nada adianta levantar um mar de reflexões e soluções se não
Lidar com pessoas. Falar com o público.
forem colocadas em prática! Muitos processos de coaching ou
Trabalhar em local fixo. Trabalhar em ambiente mais
de orientação profissional acabam não surtindo resultados ex-
Trabalhar no computador. aberto.
pressivos, porque não dão continuidade àquilo que seria natural:
Muita responsabilidade. Viajar bastante. colocar em prática o aprendido. Isso acontece, principalmente,
Pesquisar. com o jovem, porque, como já vimos, é um indivíduo itinerante
e imprevisível, passivo de desistências relâmpagos. Cabe ao pro-
Pedagogia Engenharia fissional ajudá-lo na organização de suas ações.
TOMADA DE DECISÃO
Tomada de decisão Cliente:
curso em si oferece. De instituição para instituição, às vezes, o os cursos existentes; falamos sobre o mercado de trabalho e
as oportunidades, nas quais incluímos a questão de estágios.
curso pode ter alguns itens diferenciados, como no caso da grade
E, agora, temos que colocar esses aprendizados em prática,
de matérias oferecidas. Esse é um dos pecados mais cometidos
uma espécie de rota marítima, uma carta de navegação.
pelos jovens que desistem de um curso nos primeiros anos.
Lembre-se de que o trabalho ainda não terminou e está
A prática a seguir contribui para que o jovem faça esse levan-
longe de acabar. Este foi o primeiro passo para que você mes-
tamento de forma detalhada, tomando uma decisão mais asser-
mo possa comandar seu destino. Pesquise, converse, seja um
tiva e consciente sobre a sua escolha. O texto inicial apresentado verdadeiro “chato”, tire dúvidas e esteja disposto a aprender.
é uma forma de alertar o coachee para essa tarefa de muita res-
ponsabilidade e para que ele entenda sua participação no proces- Boa sorte e conte comigo para o que der e vier!
so. Você pode fazer o plano de voo, adaptando ao seu gosto, mas
não deixe de entregá-lo ao seu coachee.
Horário:
Investimento: (Opção B)
Localização:
Opção C Tradição:
Graduação dos profissionais:
Grade curricular (matérias):
Doutores: %
Modalidade: Mestres: %
Horário: Especialistas: %
Instalações: %
Investimento:
2º passo
3º passo
5 - Faça um levantamento e tabule os resultados se os alunos
que escolheram as mesmas faculdades que você estão conse- 4º passo
guindo uma colocação no mercado de trabalho. Geralmente, o
De 0 a 10 - sendo 0 pouco satisfeito e 10 muito satisfeito. De 0 a 10 - sendo 0 pouco satisfeito e 10 muito satisfeito.
1 - Companheiro?
1 - Reconheço minhas habilidades/talentos?
2 - Atuou com ética?
2 - Reconheço meus valores?
3 - Ajudou a clarear os caminhos?
3 - Reconheço minhas crenças?
4 - Ensina com facilidade e clareza?
4 - Estou mais focado no que eu quero?
5 - Conheçe sobre o tema?
5 - Conheço as possibilidades de mercado?
6 - Contribuiu para o processo de escolha?
6 - Conheço os cursos e universidades disponíveis?
7 - Paciente e compreensivo?
7 - Reconheço quando existem interferências externas?
8 - Motivador?
8 - Consigo me organizar melhor?
9 - Comunica-se com clareza e assertividade?
9 - Consigo planejar com maior facilidade?
10 - Possui metodologia de trabalho?
10 - Estou tomando decisões mais conscientes?
2 - Pesquisei?
4 - Acreditei no processo?
6 - Estava interessado?
8 - Tive aprendizados?
Durante esses anos todos como profissional nesse mercado, a Cuidados legais. Você está lidando com estudantes ado-
eu tive contato com muitas pessoas e muitas histórias, inclusive lescentes e jovens, grande parte menor de idade. Conhecer o
de outros profissionais, que me ajudaram a formular essas di- ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente - é importante. E as
cas valiosas para que você possa conquistar o sucesso que você questões legais de sua profissão, também. Veja com um conta-
merece e cumprir a sua missão de ajudar milhares de jovens em dor as despesas de se cadastrar como profissional autônomo. Já
suas escolhas profissionais. vi casos de escolas ou universidades deixarem de contratar pro-
fissionais por conta de registro. Sem registro, muitas empresas
não fazem contrato com terceiros.
Venho já há mais de 10 anos pesquisando e atuando no mer- 3. BUCKINGHAM, Marcus. Empenhe-se! Ponha seus pontos
cado, e hoje acabei me tornando uma referência no Brasil. fortes para trabalhar: 6 passos decisivos para alcançar a máxima
performance. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.
Muitos profissionais passaram a me procurar para saber mais
sobre o tema e, em 2008, formei a primeira turma do curso de 4. FILOMENO, Karina. Mitos familiares e escolha profissional:
formação em Coaching Vocacional. Em 2013, decidi atender mais uma visão sistêmica. São Paulo: Vetor, 1997.
pessoas espalhadas dentro e fora do país e transformei a forma-
5. FIGUEIREDO, Ana Beatriz Freitas. Orientação profissional:
ção em um curso 100% on-line.
o caminho das possibilidades. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2003.
Trata-se de um curso para quem deseja se especializar em
6. FRAIMAN, Léo. Guia prático do amadurescente: da escola para
orientação e coaching vocacional. Pelo fato de ser um curso total-
a vida adulta - 100 dúvidas. São Paulo - “Publicação Independente”.
mente on-line, isso facilita os participantes estabelecerem seus
próprios horários e, além disso, o custo para realização do curso 7. KRAUSZ, Rosa R. Coaching executivo: a conquista da lide-
tornou-se bem mais acessível! rança. São Paulo: Nobel, 2007.
©LUKE Fotografia
11. MELLO, Fernando Achilles F. O desafio da escolha profis-
sional. Campinas: Papirus, 2002.
Maurício Sampaio é empresário, educador, coach, especialista
12. MINARELLI, José Augusto. Empregabilidade: o caminho
em orientação educacional e vocacional. Fundador do Instituto
das pedras. São Paulo: editora Gente, 1995.
MS de Coaching de Carreira. Pós-graduado em Educação pela
13. PAULA, Maurício De. O sucesso é inevitável: Coaching e PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Espe-
carreira. São Paulo: Futura, 2005. cializado em Marketing Pleno pela Madia Marketing School. Espe-
cializado em Pensamento Estratégico e Gestão de Pessoas pela
14. PENTEADO, José Roberto Whitaker. Cartas a um jovem
FGV (Fundação Getulio Vargas). Formado em Leader & Executive
indeciso: transforme seu problema em oportunidades. Rio de Ja-
Coaching, com reconhecimento pelo Behavioral Coach Institute e
neiro: Elsevier, 2007.
pelo International Coaching Counsil - ICC.
15. SKIFFINGTON, Suzanne. Behavioral coaching: how to build
Exerceu o cargo de Coordenador de Programas para Juven-
sustainable personal and organizational strenght. Australia: Mc
tude do Governo do Estado de São Paulo. Autor do projeto social
Graw-hill, 2003.
“Rumo Profissional”, que ajuda jovens no desenvolvimento de
16. WHITMORE, John. Coaching para performance: aprimo- seus projetos de vida; colaborador do blog Juventude, da Revis-
rando pessoas, desempenhos e resultados: competências pesso- ta Exame, e ainda, palestrante e coach com mais de 5.000 horas
ais para profissionais. Rio de janeiro: Qualitymark, 2006. de atendimentos a adolescentes, jovens, pais e líderes. Maurício
é autor dos livros Escolha Certa e Influência Positiva, ambos pela
Editora DSOP.