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PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE

PETRÓLEO
GIOVANI CAVALCANTI NUNES
CADEIRA ELETIVA DO CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
AULA 3 CONSTRUÇÃO DE POÇOS

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PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO GIOVANI CAVALCANTI NUNES
O SISTEMA DE PRODUÇÃO

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PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE PETRÓLEO GIOVANI CAVALCANTI NUNES
CONSTRUÇÃO DE POÇOS: PERFURAÇÃO E
COMPLETAÇÃO
• Etapa mais custosa de um empreendimento, em especial em aguas
profundas.
• Exploração:
– Busca de campos de petróleo
• Produção:
– Estabelecer da malha de poços do campo produtor. Com base nas características do
campo e conhecimento que se tem do reservatório define-se a posição ótima,
comprimento e trajetória dos poços produtores e de injeção de fluidos.
• A construção de poços consiste na perfuração e completação.
– Perfuração => estrutura física do poço.
– Completação => instalação dos equipamentos necessários ao funcionamento deste.

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PERFURAÇÃO: POÇOS DIRECIONAIS E
HORIZONTAIS

• Poços podem ser verticais


ou direcionais (e
horizontais) A
• Poços direcionais e l
horizontais. Vários poços t
podem ser perfurados a u
r
partir de uma mesma sonda.
a
• Poços horizontais podem
chegar a 10 km de distancia.
Afastamento

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PERFURAÇÃO: POÇOS DIRECIONAIS E
HORIZONTAIS

Afastamento/ Classificação
A
Altura
l
<2 Direcional Convencional t
u
Entre 2 e 3 Extended Reach Well (ERW)
r
a
>3 Severe Extended Reach Well (SERW)

Afastamento

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PERFURAÇÃO: POÇOS MULTILATERAIS

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PERFURAÇÃO
• Rotação de coluna com broca.
• Fluido de perfuração auxilia na remoção de fragmentos
de rocha, resfriamento da broca, etc.
• Ao atingir determinada profundidade a coluna de
perfuração é retirada do poço e uma coluna de
revestimento (tubo) de aço de diâmetro inferior ao da
broca é inserida no poço.
• O espaço entre a coluna de revestimento e a parede do
poço (dito espaço anular) é preenchido com cimento
visando isolar as rochas do reservatório e dar estabilidade
as paredes do poço.
• Os revestimentos são projetados (espessura de parede,
tipo de aço, etc.) para resistirem aos esforços de colapso,
pressão interna e tração.
• Após a cimentação uma nova broca de diâmetro menor
que o revestimento é utilizada para dar continuidade a
perfuração.

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SONDA DE PERFURAÇÃO

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SONDA
• Coluna de perfuração e acessórios
• Broca
• Sistema de Movimentação de Cargas
• Sistema Rotativo
• Sistema de Circulação do Fluidos
• Sistema de Segurança
• Sistema de Monitoração
• Motor de fundo

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COLUNA DE PERFURAÇÃO
• Aplica peso e transmite rotação à
broca, conduz o fluido de perfuração,
mantem o poço calibrado e garante a
inclinação e direção da perfuração.
• A coluna é projetada de forma a resistir
aos esforços introduzidos pela
perfuração do poço.
• A coluna é composta de comandos
(drill colar), elementos de tubos
responsáveis pela aplicação de peso
sobre a broca e tubos de perfuração. A
definição da quantidade de cada um
depende das formações a serem
perfuradas, da geometria do poço, etc.

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PERFURAÇÃO: BROCAS

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PERFURAÇÃO: FLUIDO DE PERFURAÇÃO
• Auxiliam no transporte até a superfície dos cascalhos gerados pela
broca
• Exercer pressão hidrostática sobre as formações rochosas do
reservatório para evitar o colapso das paredes do poço
• Resfriar a broca e a coluna de perfuração, lubrificar a coluna de
perfuração, transportar fragmentos de rochas, garantir a estabilidade
das paredes do poço, etc.
• Propriedades químicas e físicas adequadas a formação rochosa que será
perfurada.
• Podem ser a base de água, óleo ou gás. Os fluidos a base de água são os
mais usados por terem custo menor e serem menos poluentes.

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PERFURAÇÃO: FLUIDO DE PERFURAÇÃO
• Para auxiliar no transporte dos cascalhos até a superfície são adicionados
espessantes.
– Nos fluidos base água goma de xantana e bentonita são muito usadas. Busca-se que
em repouso o fluido retenha os cascalhos suspensos e que em movimento possa
fluir sem grande consumo de energia.
• Para exercer pressão sobre as formações a densidade dos fluidos base água é
alterada pela adição de sais.
– Baritina (BaSO4) a mais usada.
• Reboco é usado para evitar colapso das paredes.
– Deposição de partículas sólidas de tamanho ligeiramente menor que o tamanho dos
poros da rocha, se depositam pela penetração do fluido na formação rochosa.
Pressão exercida pelo fluido deve ser suficientemente alta.

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PERFURAÇÃO: FLUIDO DE PERFURAÇÃO

• O pH dos fluidos são controlados para evitar tanto a


corrosão dos equipamentos, quanto a dispersão das argilas
nas formações.
• Ao retornar para a superfície os fluidos devem ser tratados
para retirada dos cascalhos, ajuste de propriedades
químicas e físicas. Para isto as sondas de perfuração
possuem tanques de decantação, filtros, centrifugas,
hidrociclones e sistema de dosagem de produtos químicos.

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PERFURAÇÃO: SISTEMA DE SEGURANÇA
• Blowout Preventer – BOP (preventor de erupções).
Principal dispositivo de segurança.
– É dimensionado a partir do cálculo do gradiente de
pressão de poros e da estimativa da massa específica
de um possível fluido invasor do poço.
– É instalado sobre a cabeça do poço.
• A DHSV Down Hole Safety Valve é uma valvula de
segurança instalada dentro do poço.

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PERFURAÇÃO: BOP

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PERFURAÇÃO: MOTOR DE FUNDO
• Motor de Fundo. É usado na
construção de poços
direcionais.

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PERFURAÇÃO: PROJETO E FASES
• A perfuração é afetada pelo tipo e espessura das diversas
camadas de rochas.
• Projeto: cálculos estruturais ao longo da trajetória
– determinar os limites de pressões e tensões que podem levar
ao seu colapso
– valores máximos e mínimos da massa específica do fluido de
perfuração a ser utilizado, etc
• A trajetória do poço define as profundidades dos
revestimentos.
• O diâmetro destas fases é determinado pelo diâmetro da
broca utilizada. Exemplo 36”, 26”, 17 ½”, 12 ¼” e 8 ½”.
• Numero de fases varia de 3 a 8.

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PERFURAÇÃO: FASES DE REVESTIMENTO

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PERFURAÇÃO: FASES DE REVESTIMENTO
• CONDUTOR
– Primeiro revestimento, assentado na superfície (10 a 50m). Pode ser assentado
por cravação, jateamento ou perfuração com cimentação. Diametros típicos
são 30”, 20”, 13 3/8”.
• REVESTIMENTO DE SUPERFÍCIE
– É um revestimento estrutural. Serve de base de apoio para equipamentos de
segurança (BOP) e demais revestimentos. Tipicamente tem entre 100 e 600 m
de comprimento e, em poços em aguas profundas, têm entre 30” e 36”.
• REVESTIMENTO INTERMEDIÁRIO
– Tem a finalidade de evitar o desmoronamento das paredes da formação, isolar
o poço de formações com fluidos corrosivos ou contaminantes da lama de Coluna de
perfuração, evitar contato entre zonas com alta e baixa pressão. Perfuração
• REVESTIMENTO DE PRODUÇÃO
– Tem a finalidade de abrigar a coluna de perfuração onde irá ocorrer o fluxo dos
fluidos produzidos. Suporta as paredes do poço e isola os diversos intervalos
(zonas) de interesse. Diametros típicos são 9 5/8”, 7” e 5 ½”.

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PERFURAÇÃO: FASES DE REVESTIMENTO
• LINER
– Visa cobrir apenas a fase inferior do
poço. Fica ancorado na parte inferior
do revestimento anterior. Pode ser
usado em substituição ao
revestimento intermediário ou
revestimento de produção.

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PERFURAÇÃO TERRESTRE
• Em unidades terrestres uma sonda móvel efetua a perfuração dos
poços. O BOP fica posicionado na superfície na cabeça do poço.
• Mob e desmob” = mobilização e desmobilização de sondas,
plataformas, sistemas de ancoragem, etc.

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PERFURAÇÃO OFFSHORE AGUAS RASAS
Numa decorrência natural da produção terrestre, em campos marítimos localizados em laminas
dagua rasas (até 300 m) a perfuração é efetuada a partir de uma plataforma auto-elevável ou
fixa. A cabeça de poço e o BOP encontram-se na superfície.

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PERFURAÇÃO OFFSHORE AGUAS RASAS
• O condutor é cravado no solo marinho por
bate estacas ou pode ser cimentado após
perfuração com broca. Neste ultimo caso os
cascalhos são dispostos no fundo do mar.
• O revestimento é então instalado ligando o
poço à plataforma. Desta forma cascalhos e
fluidos de perfuração passam a fluir para a
plataforma dentro do revestimento (ou riser
de perfuração).
• Poços direcionais e horizontais são perfurados
visando drenar a máxima área possível do
reservatório. Há contudo limitações para o
comprimento destes poços de modo que em
reservatórios com grande extensão pode ser
necessário mais de uma plataforma.

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PERFURAÇÃO OFFSHORE AGUAS PROFUNDAS
Na perfuração em aguas profundas a cabeça do poço e o BOP são instalados no solo
marinho. A plataforma é flutuante. Neste caso o revestimento que conecta o poço a
plataforma é chamada de riser de perfuração ou drill pipe riser.

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PERFURAÇÃO OFFSHORE AGUAS PROFUNDAS
Instala-se no solo marinho a base na qual o condutor e revestimentos se sustentam.
Essa instalação pode ser feita com auxilio de guias.

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PERFURAÇÃO OFFSHORE AGUAS PROFUNDAS

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PERFURAÇÃO: INSTALAÇÃO SEM GUIAS

• A instalação em laminas daguas


profundas é feita sem guias sendo
denominada guidelineless.
• Uma base em forma de torpedo é
encravada no fundo do mar ao ser
largada de uma certa altura.
• A coluna de perfuração desce e
encaixa em alojador apropriado.
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PERFURAÇÃO OFFSHORE AGUAS PROFUNDAS
• Na instalação de risers de perfuração são usados
sistemas de compensação de movimentos verticais
para evitar danos pois são dutos rigidos.

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COMPLETAÇÃO
• Conjunto de operações destinadas a equipar o poço para produzir óleo
ou gas ou injetar fluidos nos reservatórios. Efetua-se a instalação dos
equipamentos da superfície do poço, condicionamento, avaliação da
qualidade da cimentação, canhoneio, instalação da coluna de produção,
troca dos fluidos presentes neste, etc.
• São instalados sistemas de segurança, medidores de temperatura e
pressao para monitoramento do fluido produzido, valvulas de gas lift ou
BCS (dependendo do método de elevação escolhido), etc.
• É portanto uma atividade intrinsicamente ligada ao sistema de
produção definitivo.

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COMPLETAÇÃO: CONDICIONAMENTO
• Limpeza.
– feita com broca e raspador para retirada de resíduos
de cimentação ou rebarbas de tubos que tenham
restado após a perfuração.
• Substituição do fluido presente no poço.
– Este deve possuir densidade que garanta a pressão
hidrostática necessária para impedir que os fluidos
do reservatório migrem para dentro do poço.
Normalmente trata-se de solução salina.

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COMPLETAÇÃO: CONDICIONAMENTO
• Canhoneio. Revestimento canhoneado é a mais comum.
– O revestimento da parte final do poço, onde consta o
intervalo de interesse (zona produtora) para a produção, é
inserido e cimentado.
– Posteriormente é efetuado seu canhoneamento pela
utilização de cargas explosivas.
• Quando ocorre mais de um intervalo de interesse é
possível efetuar a completação com coluna de produção
seletiva (com canhoneamento em intervalos distintos)
ou até duas colunas de produção onde cada uma produz
um intervalo.
• Perfilagem acústica verifica a qualidade da cimentação
do poço. Caso se verifique cimentação deficiente este
problema é corrigido pelo canhoneamento do local e
injeção de cimento.

Fonte: Thomas, J. E., FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA DEPETRÓLEO


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COMPLETAÇÃO: ÁRVORE DE NATAL e
COLUNA DE PRODUÇÃO
• Árvore de Natal: conjunto de válvulas instaladas na
parte superior (cabeça do poço).
– controlam a vazao dos fluidos produzidos, fecham o
poço em caso de vazamentos e permitem o
acoplamento de uma sonda.
– Este conjunto de valvulas permite o acesso futuro de
uma sonda em caso de necessidade de intervenção.
• Coluna de produção. Longa coluna com diversos
tubos e equipamentos (como a bomba BCS por
exemplo) com o objetivo de levar os fluidos
produzidos ate a superfície. As colunas mudam
conforme características do campo.

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COMPLETAÇÃO SECA
• Na completação seca a arvore de natal é
instalada na cabeça do poço ou seja na
superfície. Por conta disto é conhecida como
completação seca.
• A árvore de natal da completação seca é
chamada de arvore de natal seca (ANS) ou
árvore de natal convencional (ANC) ou ainda
“dry christmas tree”.

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COMPLETAÇÃO SECA: OFFSHORE
• Vantagens
– simplificação dos processos de completação e intervenção nos poços.
– Acesso direto ao poço e aos equipamentos da coluna de produção,
– Poços conduzidos juntos dentro de um tubulão até a plataforma, apresentando menor
perda de calor dos fluidos produzidos para a agua do mar. Assim minimiza-se tanto a
ocorrência de incrustações inorgânicas, orgânicas (como parafinas e asfaltenos), hidratos.
Evita aumento de viscosidade de óleos pesados.
• Sonda dedicada efetua a perfuração de todos os poços antes da chegada da
plataforma de produção. A perfuração dos poços é realizada com as cabeças de poço
numa mesma locação (template), impedindo que este trabalho seja feito
simultaneamente por diversas sondas.
• Atrasos na perfuração dos poços retarda início da produção => reduz fluxo de caixa.
• Aumento do fator de recuperação em reservatórios pela facilidade de perfuração de
novos poços = adensamento da malha de poços.
• As arvores de natal seca são de fácil acesso e manutenção.

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COMPLETAÇÃO MOLHADA

• Nos sistemas de produção


localizados em aguas profundas
tanto a arvore de natal quanto a
cabeça dos poços encontram-se no
leito marinho
• É denominada completação
molhada.

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COMPLETAÇÃO MOLHADA: RISERS
• Os fluidos produzidos são enviados até a plataforma de produção através de
dutos flexíveis, capazes de se adaptar aos movimentos das embarcações
flutuantes.
• São chamados de risers. Os risers utilizados na completação molhada podem
ser flexíveis ou rígidos e podem ser projetados para uma configuração Lazy
Wave (formato em S) ou Catenary (Catenaria Livre) visando reduzir os
esforços estruturais.

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COMPLETAÇÃO MOLHADA
• A completação molhada é indicada para reservatórios mais superficiais
(onde a perfuração direcional é prejudicada) e de grande extensão, nos
quais é requerida grande dispersão de poços para estabelecimento da
malha de drenagem adequada.
• Na completação molhada a plataforma de produção não precisa de sonda
de perfuração pois as intervenções são feitas com sondas flutuantes
específicas.
• Ao contrário da completação seca, na completação molhada pode-se
estabelecer um ritmo de perfuração maior, com diversas sondas perfurando
em paralelo, uma vez que os poços não necessitam se concentrar em uma
determinada locação. Dessa forma, é possível coincidir o final da perfuração
de alguns poços com a chegada dos equipamentos, construção e chegada da
UEP, antecipando a produção e, conseqüentemente, a receita.

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COMPLETAÇÃO MOLHADA
• A completação molhada permite tambem perfurar alguns poços
para produção em sistemas antecipados de produção, SPAs,
cujos resultados ajudam na definição da melhor malha de
drenagem definitiva. Esta flexibilidade permite desmembrar o
projeto em distintas fases de produção conhecidas como
módulos de produção do campo.
• A completação molhada ocasiona maior congestionamento de
dutos no leito marinho pois permite grandes comprimento de
linhas.
• Poços marginais (distantes) podem possuir completação
molhada em sistemas de lamina dagua profundas.
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