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ARQUEÓLOGOS RESPONSÁVEIS
ELIANY SALAROLI LA SALVIA
JULIMAR QUARESMA MENDES JUNIOR
Coordenação Técnico-científica
Dra. Eliany Salaroli La Salvia
Ms. Julimar Quaresma Mendes Junior
Endereço: Rua Dr. Basílio Santiago, 264 – Centro – Conceição do Mato Dentro/MG –
CEP 35860-000
Fones: (31) 3868-1299, (31) 93627478
E-mail: arkeosconsultoria@gmail.com
likalasalvia@gmail.com
Equipe:
Renato Saad Panunzio – Historiador
Natália Gomes de Sousa – Arqueóloga
Endosso Institucional:
2
LISTA DE FIGURAS
3
LISTA DE TABELAS
4
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................6
2 BREVE DESCRIÇÃO REGIONAL ..........................................................................................8
3 DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO.....................................................................................9
3.1 - GEOLOGIA REGIONAL .......................................................................................................9
3.2 - ASPECTO GEOMORFOLÓGICO......................................................................................... 11
3.3 – ASPECTO CULTURAL ....................................................................................................... 12
4 OBJETIVOS ..................................................................................................................... 13
5 METODOLOGIA .............................................................................................................. 13
5.1 – RECONHECIMENTO DE ÁREA ......................................................................................... 14
5.2 – INTERVENÇÕES ARQUEOLÓGICAS .................................................................................. 14
5.3 – LABORATÓRIO ............................................................................................................... 14
6 CONCEITUAÇÃO ............................................................................................................. 15
7 RESUTADOS OBTIDOS .................................................................................................... 17
7.1 - ÁREAS SEDIMENTARES PESQUISADAS ............................................................................ 19
7.2 – EDUCAÇÃO PATRIMONIAL ............................................................................................. 26
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 27
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 28
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1 INTRODUÇÃO
6
Figura 1: Mapa de Localização da Barragem de rejeitos e pilha de estéril/rejeito
7
2 BREVE DESCRIÇÃO REGIONAL
8
É importante ressaltar que a Região Central sempre abrigou a sede político-
administrativa de Minas, primeiramente em Ouro Preto e, posteriormente, em Belo Horizonte,
a partir de 1897. Cabe destacar que Belo Horizonte teve um importante papel polarizador no
processo de desenvolvimento industrial desta região, em especial a partir da criação da Cidade
Industrial, em 1941. Assim, a capital mineira afirmou sua liderança não somente como centro
administrativo, mas também econômico.
Por sua vez, o município de São Joaquim de Bicas, onde serão instaladas a maior parte
da barragem e da pilha de estéril/rejeito faz parte dessa complexa região central mineira, que
tem suas origens atreladas à descoberta e exploração do ouro no século XVIII.
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O embasamento constituído por rochas graníticas e gnáissicas polimetamorfizadas,
migmatitos e rochas máficas e ultramáficas, representa segmentos crustais estabilizados
durante o Neoarqueano (Figuras 02 e 03).
10
Figura 3: Coluna Estratigráfica do Q.F.
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superfícies de aplainamento. Contrastes bastante significativos, principalmente em setores
onde movimentos tectônicos produziram desnivelamentos acentuados, alternam áreas
aplainadas com picos e cristas elaboradas em quartzitos, xistos e itabiritos e grandes
escarpamentos geralmente orientados por fraturas.
Acerca do patrimônio cultural de São Joaquim de Bicas sabe-se muito pouco, apenas
que existem dois bens tombados pelo poder público municipal, que são a Igreja Nossa Senhora
da Paz e a Fazenda Carmo da Cunha, cadastrados no IEPHA.
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4 OBJETIVOS
5 METODOLOGIA
Para que os objetivos deste trabalho fossem atingidos, foi desenvolvida uma
metodologia que compreende três estágios dentro de um conjunto de técnicas de prospecção
extensiva e intensiva: Reconhecimento de área, Intervenções Arqueológicas e Laboratório.
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m x 1m e maiores ou através de quadrículas de 1 m x 1m, geralmente utilizadas em abrigos sob
rocha e grutas.
Após a prospecção extensiva nos pontos elencados durante a sua execução realizou-se
as intervenções subsuperficiais pra averiguação de potencial arqueológico, já que em
superfície não foram evidenciados vestígios arqueológicos. Tais intervenções foram realizadas
através de furos de tradagem espalhados pelas áreas sedimentares superficiais. Os
caminhamentos, furos de tradagem foram registrados em GPS modelo Garmin 62 cs e o
levantamento fotográfico dos furos e da paisagem também foi realizado.
5.3 – Laboratório
Após a realização das campanhas de campo durante esta etapa, foram analisados os
dados obtidos, tratados os registros em GPS e fotográfico, verificação de locais e referências e,
elaboração do relatório final com resultados obtidos e considerações finais e atividades de
educação patrimonial com o objetivo de divulgar o trabalho arqueológico na região.
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6 CONCEITUAÇÃO
Criado Boado (1999) e Morais (1999) salientam que a arqueologia da paisagem é uma
estratégia de trabalho que pode ser utilizada como uma ferramenta de gestão, estudo do
vestígio arqueológico e compreensão do solo, além da importância do passado do homem e os
modos de se adaptar, modificar, utilizar, organizar e compreender o espaço onde viveu. É uma
estratégia de investigação e identificação, para reconstrução da paisagem arqueológica e seu
processo de mudanças atual.
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sendo passível de ser analisado como artefato arqueológico e enquadrando-se no campo de
investigação.
Para vários autores a arqueologia da paisagem não se difere da cultura material, pois
ambas tem o mesmo contexto. Porto (2013, p. 24) acrescenta que “a arqueologia, a paisagem,
dinâmica e operante socialmente, é o macroartefato que abriga os demais artefatos humanos,
pois nele o mesmo está contido os testemunhos do modo de vida dos grupos humanos e a sua
forma de produzir cultura, material e imaterial sobre o espaço desde o passado, observando
suas vertentes até os dias atuais”.
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7 RESUTADOS OBTIDOS
17
Figura 6: Mapa de localização das intervenções arqueológicas
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A seguir estão as descrições das intervenções subsuperficiais realizadas nas áreas
sedimentares superficiais e a educação patrimonial realizada.
- Área Sedimentar 01: Platô e meia encosta, vegetação rasteira com árvores espaçadas, pasto,
passagem do córrego Elias (Figuras 7 e 8).
Coordenadas: UTM 23K 580019/7776293
Altitude: 863 m
Precisão: 3 m
19
Figura 7 e 8: Vista geral da AS01
20
- Área Sedimentar 02: Platô e meia encosta, vegetação rasteira com árvores espaçadas, pasto
(Figuras 13 e 14).
Coordenadas: UTM 23K 0578667/ 7775604
Altitude: 982 m
Precisão: 3 m
21
F28 Sedimento cascalho de coloração alaranjada,
0578733 7775296 1013
profundidade 18 cm (Figura 20).
F29 Sedimento cascalho de coloração alaranjada,
0578789 7775376 1007
profundidade 40 cm.
22
Figura 17: Furo 19. Figura 18: Furo 22.
- Área Sedimentar 03: Área de baixada entre colinas, drenagem, com pequenos platôs. Área
alagadiça com barragens, meia encosta com vegetação fechada (Figura 21 e 22).
Coordenadas: UTM 23K 0579073/ 7775520
Altitude: 947 m
Precisão: 3 m
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F32 Sedimento areno-argiloso de coloração alaranjada.
0579275 7775604 939 Furo parou em rocha, profundidade 30 cm (Figura
23).
F33 Sedimento areno-argiloso de coloração alaranjada.
0578981 7775692 946
Furo parou em rocha, profundidade 25 cm.
F34 Sedimento areno-argiloso de coloração
0579590 7775996 899
avermelhada, profundidade 60 cm.
F35 Sedimento areno-argiloso de coloração
0579577 7775905 914
avermelhada, profundidade 35 cm (Figura 24).
F36 Sedimento areno-argiloso de coloração
0579528 7775912 916
avermelhada, profundidade 45 cm.
F37 Sedimento areno-argiloso de coloração
0579607 7775816 940
avermelhada, com cascalho, profundidade 27 cm.
F38 Sedimento areno-argiloso de coloração
0579662 7775691 961 avermelhada, com cascalho, profundidade 22 cm
(Figura 25).
F39 0579581 7775745 958 Cascalho, profundidade 10 cm.
F40 Sedimento areno-argiloso de coloração marrom
0579502 7775764 932 avermelhado, com raízes. Furo parou em rocha,
profundidade 50 cm.
F41 Sedimento areno-argiloso de coloração
0579439 7775736 933 avermelhada, bastante concrecionado. Furo parou
em rocha, profundidade 25 cm (Figura 26).
F42 Sedimento arenoso de coloração marrom claro. Furo
0579821 7776069 907
parou em rocha, profundidade 40 cm.
F43 Sedimento arenoso de coloração alaranjada,
0579796 7776126 898
profundidade 40 cm.
F44 Sedimento arenoso de coloração marrom escuro,
0579757 7776143 873 próximo ao córrego, profundidade 56 cm (Figura
27).
F45 Sedimento areno-argiloso de coloração vermelho
0579671 7776041 900
alaranjada, compactado, profundidade 75 cm.
F46 Sedimento avermelhado sem horizonte "A",
0579464 7775836 918
arenoso, vegetação arbustiva, profundidade 57 cm.
F47 Sedimento avermelhado sem horizonte "A",
0579381 7775774 925
arenoso, pasto, profundidade 40 cm (Figura 28).
F48 Sedimento avermelhado sem horizonte "A",
0579320 7775691 936
arenoso, pasto, profundidade 50 cm.
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Figura 21 e 22: Vista geral da AS03.
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Figura 27: Furo 44. Figura 28: Furo 47.
A área prospectada trata-se de uma área na sua maioria plana, porém rodeada de
serras. Não há moradores no entorno, apenas minerações. O povoado mais próximo Nossa
Senhora da Paz, conhecido popularmente de Farofa, fica a aproximadamente 10 km do
empreendimento.
Orlando da Silva Passos (Figura 29), caseiro no entorno da área trabalhada, informa
que em outra área foi encontrado “trem véi de gentil” referindo-se ao material cerâmico de
índio quando lhe foi perguntado. Na região havia uma fazenda a qual foi alagada por água de
uma barragem que arrebentou e arrastou tudo o que tinha pela frente.
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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Infelizmente não foi uma área que pode contribuir com registros da presença humana
pretérita para uma compreensão acerca da ocupação pré-histórica do Quadrilátero Ferrífero,
apesar da importância local para o Quadrilátero Ferrífero, tanto quanto ao patrimônio cultural
como acerca do desenvolvimento econômico.
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Solicita-se por fim ao IPHAN a ANUÊNCIA para a obtenção de Licença Prévia (LP) para a
área da barragem de rejeito e pilha de estéril / rejeito, conforme as considerações
apresentadas neste relatório.
Tal solicitação é feita com base na execução das etapas previstas nos artigos 1, 2, 3 e 4,
da portaria IPHAN 230 de 07 de dezembro de 2002.
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9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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