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Importância da Atividade Física para Crianças e Adolescentes

Objetivo principal
Desenvolver, estimular e aprimorar as habilidades motoras de crianças em diferentes
estágios das fases da infância.
Orientar os pais para que possam direcionar seus filhos para a prática de atividades
físicas.
Local da prática e atividades propostas
As atividades deverão ser realizadas em locais seguros, como ginásios, clubes e
centros de treinamento, podendo ser em locais públicos ou privados, desde que cumpram os
pré-requisitos de orientação.
Os jogos e brincadeiras devem ser coletivos, direcionado ao estágio motor geral da
turma, onde essa avalição deverá ser feita atráves de observação prévia com atividades pré-
determinadas para conhecer o perfil da turma.
É necessário que o caráter lúdico seja mantido, evitando o incentivo da
competitividade, pois durante a primeira fase dos movimentos especializados, muitos não
possuem os movimentos refinados, logo será previnido frustações, afim de não gerar
desencorajamento da prática. As atividades precisam corresponder com a fase motora das
crianças, sendo necessário que as atividades envolvam movimentos rudimentares (ficar de
pé, engatinhar e caminhar), movimentos fundamentais (correr, saltar, lançar, receber e
chutar) e movimentos especializados, que é o refinamento e aprimoramento das fases
motoras anteriores.

AUTOR FAIXA ETÁRIA FASE MOTORA CARACTERÍSTICAS


Movimentos
4 meses a 1 ano Agarrar, sugar e etc.
reflexos
Ficar de pé,
Movimentos
1 a 2 anos engatinhar,
rudimentares
caminhar e etc.
Correr, saltar,
Movimentos
GALLAHUE 2 a 7 anos lançar, receber,
fundamentais
chutar e etc.
Refinação e
7 a 13 anos acoplamentos dos
Movimentos movimentos.
especializados
Novos padrões de
A partir dos 14 anos
movimentos.
Quadro – 1 Comparação das Fases Motoras.

Estratégia para estimular a prática


As atividades devem ser bem selecionadas, devido a faixa etária, é recomendado
utilizar jogos e brincadeiras que envolvam o lúdico das crianças, atentando-se ao nível motor
geral da turma.
O lúdico proporciona alegria nos espaços em que se faz presente, ao
mesmo tempo em que possibilita a esperança de liberdade o mundo
todo, sugerindo também que há outras possibilidades para a vida
humana (ALVES, 1995, p.42).
É de suma importância uma análise dos jogos e brincadeiras conhecidos pelas
crianças, pois assim pode-se planejar de uma forma melhor as atividades, não sendo
necessário realizar atividades desconhecidas de início, muito menos utilizar apenas os jogos
conhecidos, pois para que as aulas não se tornem uma mesmice, o profissional deve saber a
hora e o momento certo para realizar cada atividade.
A prática das atividades precisam ser sempre cheias de criatividades, alegrias,
imitações, coisas que matenham a atenção das crianças na prática, para que sintam desejo e
prazer de realizar as brincadeiras sem perder a atenção.
De acordo com Piaget (1978, p.81), “A brincadeira favorece a autoestima das crianças
auxiliando a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa, contribuindo para
a interiorização de determinado modelo adulto”.
Logo uma criança que não brinca, não se desenvolve, pois brincar faz parte da
infância e deve ser matéria obrigatória para que possa amadurecer os seus aspéctos
motores, sociais e psíquicos.
Meio de conscientização para os pais e responsáveis sobre a importância da
prática de atividade física
A falta da prática de atividades físicas vem afetando as crianças de tal maneira que o
seu desenvolvimento motor, social e psíquico estão sendo prejudicados, devido a isso
profissonais da área da saúde (médico, nutricionista, psicólogo e educador físico) estão
trabalhando em conjunto para combater os males gerados pela geração da tecnologia. A
ausência de atividades também carrega consigo não só a falta de motricidade, além disso a
obesidade. Os números são alarmantes. Em 1974-1975 ambos os sexos e idades tinham uma
média 1,45 crianças e adolescentes com excesso de peso. Os dados de 2008-2009 mostram
que a média teve um aumento de 8,125, ficando com 9,575 de crianças e adolescentes de 5
a 19 anos brasileiros com excesso de peso, como podemos verificar no gráfico a seguir.

Gráfico 1. Evolução da frequência de excesso de peso no Brasil entre crianças e adolescentes.


Fonte: POF 2008-2009 – IBGE – Períodos 1974-1975, 1989, 2002-2003 e 2008-2009.
Quando analisados os dados da obesidade em 1974-1975 a média para ambos os
sexos e idades ficou em 7,7. Em 2008, após 34 anos, quando foi realizado o último senso,
crianças e adolescentes tiveram um aumento de 19,275 ficando com o número alarmante de
26,975.

Gráfico 2. Evolução da frequência de obesidade no Brasil entre crianças e adolescentes.


Fonte: POF 2008-2009 – IBGE – Períodos 1974-1975, 1989, 2002-2003 e 2008-2009.

A obesidade caminha na mesma direção de várias doenças, como a apneia,


diminuição da auto estima, problemas respiratórios, problemas cardíacos, risco de diabetes
e gordura no fígado, problemas cardíacos, estrias, desvio de coluna, lesões nas articulações,
pés inchados etc. A melhor estratégia para a prevenção de tais doenças são atráves do
estímulo para que as crianças pratiquem jogos e brincadeiras, pois assim elas terão um
crescimento e desenvolvimento o seu acervo motor, afetivo-social e psíquico, de forma
integral.
Venâncio e Freire (2005) contam que a infância é envolvida profundamente em atos
de brincadeiras e fantasias que são aspectos naturais do ser humano que tem como uma de
suas características a capacidade de brincar. Predominantes nas crianças, as brincadeiras
trazem significados importantes de seu mundo.
Brincar significa extrair da vida nenhuma outra finalidade que não seja ela mesma.
Em síntese, o jogo é o melhor caminho de iniciação ao prazer estético, à descoberta da
individualidade e à meditação individual, para Antunes (2012).
A brincadeira é a melhor estratégia para desenvolver as habilidades motoras
essenciais. Para Pimentel (2003), brincar e divertir-se são necessidades básicas do ser
humano.
Referências
MELO, Maria Edna de. Diagnóstico da Obesidade Infantil. Assosiação Brasileira para o
Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, São Paulo, p. 1-5, 2011. Disponível em: <
http://www.abeso.org.br/uploads/downloads/25/552fe98518b8a.pdf> Acesso em:
14/05/2019.
ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 18ª. ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2012.
PIMENTEL, G. G. A. Lazer: fundamentos estratégias e atuação profissional. Jundiaí, SP:
Fontoura, 2003.
VÊNANCIO, S.; FREIRE, J. B. O jogo dentro e fora da escola. Campinas, SP: Autores
Associados, 2005.
GALLAHUE D. L., OZMUN J. C., GOODWAY J. D.. Compreendendo o desenvolvimento motor:
bebês, crianças, adolescentes e adultos. 7ª Edição. Porto Alegre: AMGH, 2013. Disponível
em: < https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=R6xIAgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PR3&dq=desenvolvimento+motor+infantil+est%C3%
A1gios&ots=b-
YImYMRQ3&sig=LARviqvpMlA0FHcgXBWvMFHTwyY#v=onepage&q=desenvolvimento%20m
otor%20infantil%20est%C3%A1gios&f=false> Acesso em: 14/05/2019.
ALVES, Rubem. Histórias de quem gosta de ensinar. São Paulo: Ars Poética, 1995.

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