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SUBSTANCIAS E MISTURAS
Aspectos Gerais
Quando houver dados de ensaios disponíveis para a classificação de misturas, a classificação
deve ser baseada nesses dados. Senão, deve-se considerar os princípios de analogia:
1. Diluição;
2. Lote;
3. Concentração;
4. Misturas Substancialmente Similares
5. Cálculos
Deve-se levar em conta a confiabilidade dos métodos de ensaio nos quais o critério de classificação
se baseia. Por isso, os ensaios devem ser conduzidos com princípios de Boas Práticas de Laboratório
(GLP)
Um único resultado, proveniente de um estudo feito de acordo com o GLP e com resultados
estatísticos e biologicamente significativos, são suficientes.
Deve ser conservada e disponibilizada documentação adequada, por meio físico ou eletrônico, que
respalde e justifique a classificação de substâncias ou misturas.
CONCEITOS BÁSICOS
Ensaios Físico-Químicos
Ensaios Físico-Químicos
Propriedades Organolépticas
São propriedades da matéria percebidas pelos
sentidos.
Cor: a matéria pode ser colorida ou incolor. Esta
propriedade é percebida pela visão;
Propriedades Organolépticas
Sabor: uma substância pode ser insípida (sem
sabor) ou sápida (com sabor).
Esta propriedade é percebida pelo paladar;
Propriedades Organolépticas
Odor: a matéria pode ser inodora (sem
cheiro) ou odorífera (com cheiro).
Esta propriedade é percebida pelo olfato;
PROPRIEDADES
FÍSICO-QUÍMICAS
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
DENSIDADE DO LÍQUIDOS
(densidade em relação à água = 1)
Corrosividade
A corrosão pode ser explicada como a deterioração do material metálico
que se inicia na sua superfície por ação química ou eletroquímica de um
meio oxidante, agravada geralmente por esforços mecânicos.
Taxa de Queima
PROPORCIONALIDADE
ºC PONTO DE
IGNIÇÃO
PONTO DE
COMBUSTÃO
PONTO DE FULGOR
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
PONTO DE COMBUSTÃO
É a temperatura mínima na qual os gases desprendidos dos elementos combustíveis,
ao tomarem contato com uma fonte externa de calor, entram em combustão e
continuam a queimar mesmo se retirada a fonte de ignição.
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS
PONTO DE FULGOR
PONTO DE IGNIÇÃO
Limites de inflamabilidade
LIMITE INFERIOR DE EXPLOSIVIDADE OU DE INFLAMABILIDADE (LIE) -
“MISTURA POBRE”
Limites de Inflamabilidade
LIMITE SUPERIOR DE EXPLOSIVIDADE OU DE INFLAMABILIDADE (LSI) -
“MISTURA RICA”
Limites de inflamabilidade
LIMITE DE EXPLOSIVIDADE OU DE INFLAMABILIDADE – “MISTURA IDEAL”
LIMITES DE INFLAMABILIDADE
COMPOSIÇÃO QUÍMICA
CLASSIFICAÇÃO DE
PERIGOS FÍSICOS
Classificação Perigos Físicos
Explosivos
Gases inflamáveis
Aerossóis
Gases Oxidantes
Gases sob pressão
Líquidos Inflamáveis
Sólidos Inflamáveis
Substâncias e Misturas Autorreativas
Líquidos Pirofóricos
Sólidos Pirofóricos
Autoaquecimento
Substâncias e Misturas que em Contato com a
Água, desprendem Gases Inflamáveis
Líquidos Oxidantes
Sólidos Oxidantes
Peróxidos Orgânicos
Substâncias e Misturas Corrosivas para os metais
CONCEITOS BÁSICOS
Ensaios Toxicológicos
Ensaios Toxicológicos
AFIRMAÇÃO->TODOS OS PRODUTOS QUÍMICOS
TEM ALGUMA TÓXICIDADE
Ingestão: ao engolir a
substância tóxica;
CLASSIFICAÇÃO DE PERIGOS
á SAÚDE
Classificação Perigos à Saúde
Toxicidade Aguda
Corrosão e Irritação da pele
Lesões Oculares Graves/ Irritação Ocular
Sensibilização respiratória ou da pele
Mutagenicidade em células germinativas
Carcinogenicidade
Toxicidade à Reprodução e Lactação
Toxicidade Sistêmica para certos Órgãos-alvo - Exposição
Única
Toxicidade Sistêmica para Órgãos-alvo específicos - Exposição
Repetida
Perigo por Aspiração
Categoria de classificação:
Via de exposição Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3 Categoria 4 Categoria 5
Oral 5000
(mg/kg peso 5 50 300 2000
Ver critérios
corpóreo)
Dermal detalhados
(mg/kg peso 50 200 1000 2000 em Nota
corpóreo)
Gases
(ppmV) 100 500 2500 20000 5000
Vapores Ver critérios
(mg/L) 0,5 2,0 10 20
detalhados
Poeiras e Névoas em Nota
(mg/L) 0,05 0,5 1,0 5
Toxidade Aguda
Os valores de corte/limite de concentração para a toxicidade por inalação apresentados
nesta tabela baseiam-se em ensaio de exposição de 4 horas. Caso os dados de
toxicidade por inalação tenham sido gerados em períodos de exposição de 1 h, o valor
de CL50 deve ser dividido por um fator: de 2 para gases e vapores; e de 4 para poeiras
e névoas
Para algumas substâncias, a atmosfera de teste não será apenas um vapor, mas
consistirá de uma mistura de fases líquida e vapor. Para outras substâncias a atmosfera
de teste pode consisti de um vapor que está próximo a fase gasosa. Nestes últimos
casos, a classificação deve ser baseada em ppmV como segue:
Categoria 1 (100 ppmV), Categoria 2 (500 ppmV), Categoria 3 (2500 p
pmV), Categoria 4 (20000 ppmV).
Os termos “poeira”, “névoa” e “vapor” são definidos como se segue:
(i) Poeira: partículas sólidas de uma substância ou mistura em suspensão num gás
(geralmente ar);
(ii) Névoa: gotículas líquidas de uma substância ou mistura em suspensão num gás
(geralmente ar);
(iii) Vapor: forma gasosa de uma substância ou mistura liberada a partir de seu estado
líquido ou sólido.
Toxidade Aguda
Para se usar todos os dados disponíveis na classificação dos perigos da mistura,
certas suposições são feitas e são aplicadas quando apropriado na abordagem em
camadas:
1. Diluição
Se uma mistura estiver diluída com uma substância que tenha uma classificação de
toxicidade mais baixa ou equivalente à do ingrediente original menos tóxico, e da
qual não se espera que afete a toxicidade dos outros ingredientes, então a nova
mistura pode ser classificada como equivalente à mistura original.
Alternativamente, um cálculo pode ser aplicado.
Ex. Se uma mistura com um DL50 de 1000 mg/kg fosse diluída em volume igual de
água, o DL50 da mistura diluída seria de 2000 mg/kg.
Toxidade Aguda - Misturas
2. Lote
6. Aerossóis
7. Equação da aditividade
Para assegurar que a classificação da mistura seja precisa e que somente seja
necessário fazer cálculos uma vez para todos os sistemas, setores e categorias, a
estimativa de toxicidade aguda (ETA) dos ingredientes deve ser considerada como
segue:
(a)incluir ingredientes com toxicidade aguda conhecida, que caiam em qualquer uma das
categorias de toxicidade aguda;
(b) ignorar ingredientes que não apresentem toxicidade aguda (por exemplo, água, açúcar);
(c) ignorar ingredientes se os dados disponíveis vierem de teste de limite de dose (no
limite superior para a categoria de 4 para a via de exposição apropriada, tal como previsto
na Tabela 3.1.1) e não apresentar toxicidade aguda.
Toxidade Aguda - Misturas
7. Equação da aditividade
onde:
Ci é a concentração do ingrediente i.
n é o número de ingredientes, variando i de 1 a n;
ETAi é a estimativa de toxicidade aguda do ingrediente i;
ETAm é a estimativa de toxicidade aguda da mistura m;
7. Equação da aditividade
7.2 Dados não disponíveis para um ou mais ingredientes da mistura
Quando uma ETA não estiver disponível para um ingrediente individual da
mistura, mas informações disponíveis como as listadas abaixo puderem fornecer
um valor derivado da conversão, a segunda Equação pode ser aplicada.
Isso pode incluir a avaliação da(s):
(a) Analogia entre estimativas de toxicidade aguda oral, dérmica e inalação. Tal avaliação
pode exigir dados farmacodinâmicos e farmacocinéticos apropriados.
(b) Evidências de exposição humana que indicam efeitos tóxicos, mas não fornecem dados
de dose letal;
(c) Evidências de qualquer outro ensaio de toxicidade disponível para a substância que
indique efeitos tóxicos agudos, mas não necessariamente forneça dados de dose letal; ou
(d) Dados de substâncias proximamente análogas usando a relação estrutura/atividade.
Toxidade Aguda - Misturas
7. Equação da aditividade
7.2 Dados não disponíveis para um ou mais ingredientes da mistura
No caso de um ingrediente sem nenhuma informação considerável a ser usado em
uma mistura com uma concentração ≥ 1 %, conclui-se que à mistura não pode ser
atribuída uma ETA definitiva. Nessa situação, a mistura deve ser classificada com base
apenas nos ingredientes conhecidos, com a declaração adicional de que x % da mistura
consistem em um ou vários ingredientes com toxicidade aguda (oral, dérmica,
inalação) desconhecida. Esta declaração adicional deve ser colocada na FISPQ ou no
rótulo, ou em ambos.
7. Equação da aditividade
7.2 Dados não disponíveis para um ou mais ingredientes da mistura
𝟏𝟎𝟎 − 𝑪𝒅 𝑪𝒊
=
𝑬𝑻𝑨𝒎 𝑬𝑻𝑨𝒊
𝒏
Onde
Cd é a concentração dos ingredientes de toxicidade aguda desconhecida se > 10%;
ETAm é a estimativa de toxicidade aguda da mistura m;
n é o número de ingredientes variando i de 1 a n;
Ci é a concentração do ingrediente i;
ETAi é a estimativa de toxicidade aguda do ingrediente i.
Quando misturas contiverem ingredientes que não possuem dados de toxicidade aguda
para cada via de exposição, a estimativa da toxicidade aguda pode ser extrapolados a partir
dos dados disponíveis e aplicadas às vias adequadas.
Toxidade Aguda - Misturas
Toda a informação prévia disponível sobre um produto químico deve ser utilizada para
avaliar a real necessidade de se fazerem testes sobre irritação cutânea in vitro.
Geralmente, deveria ser dada ênfase a experiência e aos dados que se tenham em
relação aos seres humanos, seguido pelas experiências e testes realizados com animais
de experimentação e por fim a outras fontes de informação, embora se faça necessário
avaliar caso a caso.
Os dados sobre animais devem ser avaliados cuidadosamente, para verificar a real
necessidade da realização de testes in vivo de corrosão/irritação a pele. Por exemplo,
tais ensaios podem não ser necessários quando a substância submetida a ensaio não
tiver produzido até a dose limite, nenhuma irritação a pele em um ensaio de toxicidade
a pele aguda ou efeitos muito tóxicos em um teste de toxicidade cutânea aguda.
Corrosão e Irritação da Pele - Misturas
Concentração de ingredientes de uma mistura onde não se aplica a regra de adição, que
determinaria a classificação de uma mistura como corrosiva/irritante para a pele.
Uma possível corrosão de pele deve ser avaliada, para que seja evitada a
realização de ensaios oculares com substâncias corrosivas para a pele. Alternativas
in vitro que tenham sido validadas e aceitas podem ser usadas para a classificação.
Lesões Oculares Graves
e Irritação Ocular
Um irritante ocular de Categoria 1 (efeitos irreversíveis aos olhos) é um
material que causa:
a) efeitos na córnea, Iris ou conjuntiva de ao menos um animal que não são
esperados serem reversíveis ou que não foram reversíveis num período de 21
dias de observação, e/ou
b) pelo menos em 2 ou 3 animais testados houve resposta positiva de:
1.opacidade da córnea ≥ 3; e/ou
2. irite (irritação da íris) >1,5;
calculados como média dos resultados após 24, 48 e 72 horas da aplicação do
material.
Lesões Oculares Graves
e Irritação Ocular
Um irritante ocular de Categoria 2A é um material que produz uma
resposta positiva em pelo menos 2 de 3 animais testados de:
a) opacidade da córnea >= 1; e/ou
b) irite (irritação/inflamação da íris) >= 1; e/ou
c) vermelhidão da conjuntiva >= 2; e/ou
d) edema da conjuntiva (quemose) >= 2