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CENTRO DE FORMAÇÃO

PROFISSIONAL DO SEIXAL

PROJECTO DE SEGURANÇA E HIGIENE


DO TRABALHO - DEFINIÇÃO

(Foto)

Formanda: Sónia Varela


Formador: Dr. Vítor Alegria

Formação de 11/10 a 19/11/2010


PROJECTO DE SEGURANÇA E HIGIENE
DO TRABALHO - DEFINIÇÃO

Tema do Projecto:

Andaimes Fixos

(Foto)
Introdução
A OIT – Organização Internacional do
Trabalho

As origens da OIT - “O trabalho não é uma mercadoria”

Organização de carácter universal, a OIT tem as suas origens na


matriz social da Europa e da América do Norte do século XIX. Estas
regiões assistiram ao nascimento da Revolução Industrial, que gerou
um extraordinário desenvolvimento económico, muitas vezes à custa
de um sofrimento humano intolerável e graves problemas sociais. A
ideia de uma legislação internacional do trabalho surgiu logo no início
do século XIX em resposta às preocupações de ordem moral e
económicas associadas ao custo humano da Revolução Industrial.

No final do século XIX, os sindicatos começaram a desempenhar


um papel decisivo nos países industrializados, reivindicando direitos
democráticos e condições de vida dignas para os trabalhadores.

Argumentos humanitários, políticos e económicos a favor da


definição de normas internacionais do trabalho levaram à criação da
OIT.

O argumento inicial era de natureza humanitária. As condições a


que se encontravam sujeitos os trabalhadores, cada vez mais
numerosos e explorados sem qualquer consideração pela sua saúde,
pela sua vida familiar ou pelo seu desenvolvimento, eram cada vez
mais intoleráveis. Esta preocupação encontra-se claramente expressa
no Preâmbulo da Constituição da OIT, segundo o qual “existem
condições de trabalho que implicam para um grande número de
pessoas a injustiça, a miséria e privações...”.

O segundo argumento era de natureza política. Se as suas


condições de vida e de trabalho não melhorassem, os trabalhadores,
em número cada vez maior devido ao processo de industrialização,
criariam certamente distúrbios sociais, podendo mesmo fomentar a
revolução. O Preâmbulo da Constituição refere que a injustiça gera
um tal “descontentamento que a paz e a harmonia universais são
colocadas em perigo.” O terceiro argumento estava relacionado com
aspectos económicos. Em virtude dos inevitáveis efeitos de uma
reforma social sobre os custos de produção, qualquer sector
económico ou país que tentasse implementá-la ficaria em
desvantagem face aos seus concorrentes. No Preâmbulo afirma-se
que “a não adopção por uma nação de um regime de trabalho
realmente humano é um obstáculo para os esforços das outras
nações que desejam melhorar a condição dos trabalhadores nos seus
próprios países.”

Estes argumentos foram consagrados no Preâmbulo da


Constituição de 1919, que começa com a seguinte afirmação: “só se
pode fundar uma paz universal e duradoura com base na justiça
social.

A Constituição da OIT foi redigida entre Janeiro e Abril de 1919


pela Comissão da Legislação Internacional do Trabalho, constituída
pelo Tratado de Versalhes. Os autores do texto inglês, que a
Comissão utilizou como modelo, foram Harold Butler e Edward
Phelan, futuros directores da OIT.

A Organização demarcou-se, logo desde o início, do resto da


Sociedade das Nações, a antecessora da Organização das Nações
Unidas entre as duas guerras mundiais. Entre 1919 e 1920, foram
adoptadas nove convenções e dez recomendações.

A OIT até à II Guerra Mundial

Durante os primeiros quarenta anos da sua existência, a OIT


dedicou parte significativa dos seus esforços à elaboração de normas
internacionais do trabalho e à garantia da sua aplicação. No período
de vinte anos decorrido entre 1919 e 1939, foram adoptadas 67
convenções e 66 recomendações.

Inicialmente, as normas visavam sobretudo as condições de


trabalho: a primeira convenção, adoptada em 1919, regulamentava a
duração do trabalho, tendo estabelecido o famoso dia de trabalho de
oito horas e a semana de trabalho de 48 horas.
Em 1926, a Conferência Internacional do Trabalho criou um inovador
sistema de controlo de aplicação das normas, que ainda existe
actualmente. Foi criada para o efeito uma comissão de peritos
composta por juristas independentes, cuja missão consistia em
examinar os relatórios apresentados pelos governos sobre a aplicação
das convenções por eles já ratificadas. Todos os anos, a Comissão
apresentava o seu próprio relatório à Conferência. Desde então, o seu
mandato passou igualmente a abranger os relatórios sobre
convenções não ratificadas e recomendações.
Em 1932, após um mandato de treze anos durante o qual assegurou
uma forte presença da OIT em todo o mundo, Albert Thomas faleceu.
O seu sucessor, Harold Butler, foi rapidamente confrontado com os
problemas de desemprego massivo causados pela Grande Depressão.
Durante este período, representantes dos trabalhadores e dos
empregadores debateram ideias antagónicas sobre o tema da
redução da duração do trabalho, sem resultados significativos. Em
1934, sob a presidência de Franklin D. Roosevelt, os Estados Unidos,
que não pertenciam à Sociedade das Nações, tornaram se membros
da OIT.

Em 1944, os delegados à Conferência Internacional do Trabalho


adoptaram a Declaração de Filadélfia que, em anexo à Constituição,
constitui ainda hoje a Carta dos Fins e Objectivos da OIT. Esta
Declaração antecipou e serviu de modelo à Carta das Nações Unidas
e à Declaração Universal dos Direitos do Homem.

Da cooperação técnica a uma


parceria activa

O fim da Segunda Guerra Mundial marcou o início de uma nova era


para a OIT. A eleição do americano David Morse para o cargo de
Director-Geral da OIT, em 1948, coincidiu com o reforço da
actividade da Organização no domínio das normas do trabalho e com
o lançamento do seu programa de cooperação técnica.

As convenções adoptadas após a Segunda Guerra Mundial


centravam-se sobretudo nos direitos humanos (liberdade sindical,
eliminação do trabalho forçado e da discriminação), bem como em
questões mais técnicas relacionadas com o trabalho. Em 1948, foi
adoptada a importante Convenção (n.º 87) sobre a liberdade sindical,
que reconhecia formalmente o direito dos trabalhadores e dos
empregadores se associarem de forma livre e independente.
Posteriormente, foi criado um comité especial tripartido, o Comité da
Liberdade Sindical, com o objectivo de promover a plena aplicação
deste direito fundamental no mundo do trabalho. Este Comité tratou
de mais de 2 000 casos ao longo das últimas cinco décadas.
Em 1969, ano em que comemorou o seu 50.º aniversário, a OIT
foi distinguida com o Prémio Nobel da Paz. Durante a entrega deste
prestigiado prémio, o presidente do Comité do Prémio Nobel afirmou
que “a OIT teve uma influência duradoura sobre a legislação de todos
os países”, sendo ainda “uma das raras criações institucionais de que
a raça humana se pode orgulhar”.

A Declaração da OIT relativa aos princípios e direitos fundamentais


no trabalho, adoptada pela Conferência Internacional do Trabalho em
Junho de 1988, assinalou a reafirmação universal da obrigação,
imposta a todos os países membros da Organização de respeitar,
promover e aplicar os princípios relativos aos direitos fundamentais
objecto de algumas convenções da OIT, ainda que não as tivessem
ratificado. Estes direitos abrangem, nomeadamente, a liberdade de
associação (ou liberdade sindical), o reconhecimento efectivo do
direito de negociação colectiva, a eliminação de todas as formas de
trabalho forçado ou obrigatório, a abolição efectiva do trabalho
infantil e a eliminação da discriminação em matéria de emprego e de
profissão.

Em Março de 1999, o novo Director-Geral da OIT, o chileno Juan


Somavia, subscreveu o consenso internacional sobre a promoção do
conceito de sociedades abertas e economias abertas, desde que “gere
benefícios reais para o homem comum e para a sua família”. O Sr.
Somavia tem procurado “modernizar e orientar a estrutura tripartida
com o objectivo de impor os valores da OIT no novo contexto
mundial” face aos desafios da globalização. É o primeiro
representante do hemisfério sul a dirigir a Organização. É durante o
seu mandato que o BIT adopta os conceitos de "trabalho digno" e de
"globalização justa".
GLOSSÁRIO
Acidente de Trabalho

(Lei nº 98/2009, 4/09)

É aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho e produza


directa ou indirectamente lesão corporal, perturbação funcional ou
doença de que resulte redução na capacidade de trabalho ou morte.

(Extensão do conceito):

o No trajecto de ida e para o local do trabalho ou de regresso


deste, nos termos seguintes:

o Na execução de serviços espontaneamente prestados e de


que possa resultar proveito económico para o empregador;
o No local de trabalho, quando no exercício do direito de
reunião ou de actividade de representante dos
trabalhadores, nos termos do Código do Trabalho;

o No local de trabalho, quando em frequência de curso de


formação profissional ou, fora do local de trabalho, quando
exista autorização expressa do empregador para tal
frequência;

o No local de pagamento da retribuição, enquanto o


trabalhador aí permanecer para tal efeito;

o No local onde o trabalhador deva receber qualquer forma de


assistência ou tratamento em virtude de anterior acidente e
enquanto aí permanecer para esse efeito;

o Em actividade de procura de emprego durante o crédito de


horas para tal concedido por lei aos trabalhadores com
processo de cessação de contrato de trabalho em curso;

o Fora do local ou tempo de trabalho, quando verificado na


execução de serviços determinados pela entidade
empregadora ou por estes consentidos.

Descaracterização de Acidente de Trabalho:

(Artº 14º a 16º da Lei 98/2009:

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Aprendiz: Pessoa que aprende uma arte ou oficio.

Componentes materiais do trabalho: Local de trabalho, o


ambiente de trabalho, as ferramentas, as máquinas, equipamentos e
materiais, as substâncias e agentes químicos, físicos e biológicos e os
processos de trabalho.

Doenças Profissionais: são aquelas que são adquiridas na


sequência do exercício do trabalho em si, ou alteração da saúde
causados por condições nocivas presentes nos componentes
materiais do trabalho;

Empregador: Pessoa singular ou colectiva com um ou mais


trabalhadores ao seu serviço e responsável pela empresa ou
estabelecimento ou, quando se trate de organismos sem fins
lucrativos, que detenha competência para a contratação de
trabalhadores.

Estagiário:
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
XXX

Higiene do Trabalho: Propõe-se combater, de um ponto de vista


não médico, as doenças profissionais, identificando os factores que
podem afectar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando
eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de
trabalho que podem afectar a saúde, segurança e bem estar do
trabalhador).

Incapacidade (Determinação): é efectuada de acordo com a


Tabela Nacional de Incapacidades por acidentes e doenças
profissionais, elaborada e actualizada por uma comissão nacional.

Incapacidade Permanente: é a diminuição por toda a vida, da


capacidade física para o trabalho, podendo ser parcial, absoluta para
o trabalho habitual ou absoluta para todo e qualquer trabalho. (in Lei
98/2009, de 4 de Setembro – Artºs 19º).

Incapacidade Temporária: é a perda da capacidade para o trabalho


por um período limitado, podendo ser parcial ou absoluta, após o qual
o trabalhador retoma às suas actividades normais. Esta converte-se
em permanente decorridos 18 meses consecutivos, podendo o
Ministério Publico prorrogar o prazo até 30 meses. (in Lei 98/2009, de
4 de Setembro – Artºs 19º a 22º).

Lesão corporal: Qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele


ligeiro ou grave.

Local de trabalho: Todo o lugar em que o trabalhador se encontra


ou de onde ou para onde deva dirigir-se em virtude do seu trabalho,
no qual esteja directa ou indirectamente sujeito ao controlo do
empregador.

Perigo: A propriedade intrínseca de uma instalação, actividade,


equipamento, um agente ou outro componente material do trabalho
com potencial para provocar dano.

Pessoa Singular:
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Perturbação funcional: Prejuízo do funcionamento de qualquer


órgão ou sentido humano.

Prevenção: O conjunto de políticas e programas públicos, bem como


disposições ou medidas tomadas ou previstas no licenciamento e em
todas as fases de actividade da empresa, do estabelecimento ou do
serviço, que visem eliminar ou diminuir os riscos profissionais a que
estão potencialmente expostos os trabalhadores. (Conceito art.º 3º do
decreto-lei nº 441/ 91 de 14 de Novembro).

Protecção Colectiva: Medidas de protecção do conjunto de


trabalhadores, afastando-os do risco ou interpondo barreiras entre
estes e o risco. Dentro destas protecções, consideram-se as normas
de segurança e de sinalização.

Protecção Individual: Medida de protecção de um ou mais riscos,


em que se aplica ao trabalhador a respectiva protecção em
detrimento da protecção colectiva.

Representante dos Trabalhadores: O trabalhador eleito para


exercer funções de representação dos trabalhadores nos domínios da
saúde, segurança e higiene no trabalho.

Risco: A probabilidade de concretização do dano em função das


condições de utilização, exposição ou interacção do componente
material do trabalho que apresente perigo.

Risco Profissional: possibilidade de que um trabalhador sofra um


dano provocado pelo trabalho que desenvolve. Para quantificar um
risco valorizam-se conjuntamente a probabilidade de ocorrência do
dano e a sua gravidade.
Saúde no Trabalho: abordagem que integra além da vigilância
médica, o controlo dos agentes físicos, sociais e mentais que possam
afectar a saúde dos trabalhadores, representando uma considerável
evolução face às metodologias tradicionais da medicina do trabalho

Segurança do Trabalho: conjunto de metodologias adequadas, de


um instante de vista não médico, que visam a prevenção de
acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras, quer
através da avaliação e controlo dos riscos profissionais, quer
educando os trabalhadores a utilizar medidas preventivas.

Tempo de trabalho além do período normal de trabalho: O que


procede o seu início, em actos de preparação ou com ele
relacionados, e o que se lhe segue, em actos também com ele
relacionados, e ainda as interrupções normais ou forçosas de trabalho

Tirocinante:
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Trabalhador: Pessoa singular que, mediante retribuição, se obriga a


prestar um serviço a um empregador a, bem assim, o tirocinante, o
estagiário e o aprendiz que estejam na dependência económica do
empregador em razão dos meios de trabalho e do resultado da sua
actividade.

Trabalhador Independente: Pessoa singular que exerce uma


actividade por conta própria.
Legislação
Do Projecto:

Constitui uma empresa cuja actividade é Colocação de


Andaimes, a qual foi registada com o nome “Monta, Monta,
Lda.”

As instalações foram novas e obedeceram a plano de


ventilação e acessos francos.

Os recursos humanos são:

- 6 operarios montadores

- 2 Admnistrativos

Este projecto assentará na avaliação das medidas de


segurança e higiene para os 6 operários montdores.

Vistas todas as probabilidades de risco constato que são:

Exposição a Riscos Fisicos

Queda em altura

Queda ao mesmo nível

Exposição a riscos Quimicos

Xxxxxxx

Exposição a Riscos Biologicos


Medidas:

As Medidas serão:

Além de que se deve tomar em considerarção medidas de


protecção e segurança como sejam ergonomicas.

CONCLUSÃO

Após ter percorrido toda esta sequência de fases do


trabalho a que me propus concluo que ………………… e que
nesta actividade ………………………………..

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