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Índice

Contents
2 Introdução .............................................................................................................................. 2
3 Objectivo................................................................................................................................. 2
4 Definição do problema .......................................................................................................... 2
5 Justificativa ............................................................................................................................ 2
6 História da inflação ............................................................................................................... 3
7 O que é inflação?.................................................................................................................... 4
8 Causas da Inflação ................................................................................................................. 5
9 Os custos da inflação ............................................................................................................. 5
10 Os graus e os tipos de inflação .............................................................................................. 5
10.1 Inflação baixa.................................................................................................................. 5
10.2 Inflação galopante .......................................................................................................... 6
10.3 Híper inflação ................................................................................................................. 6
11 Impacto económico da inflação ............................................................................................ 7
12 Impacto sobre a distribuição da renda e da riqueza .......................................................... 7
13 Impacto sobre a eficiência económica .................................................................................. 7
14 O controlo da inflação ........................................................................................................... 8
15 Conclusão ............................................................................................................................... 8
16 Metodologia .......................................................................................................................... 10
17 Bibliografia ........................................................................................................................... 10

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Introdução

Desde o ano 2000 até nos tempos atuais, fazem-se sentir turbulentas variações no que concerne
aos preços do produto no mercado. Na primeira parte da década, a inflação acordou do seu longo
adormecimento, especialmente sob o impacto da subida dos preços do petróleo e dos alimentos.
Os preços subiram rapidamente, a seguir uma recepção profunda com início em 2007 levou à
queda abrupta dos preços das mercadorias e os países viram-se perante o período da inflação.
O presente trabalho ira debruçar-se a cerca da natureza da inflação e seu impacto no mercado.

Objectivo

O objectivo do presente trabalho é o de identificar os principais determinantes da inflação. A


despeito da vasta literatura associada à compreensão de processos inflacionários, opta-se por usar
um modelo simples, conforme Harberger – Hanson pela maior exigência, em termos de dados
estatísticos que caracterizam modelos mais sofisticados. Baseado na teoria quantitativa da moeda,
Harberger (1963) conduziu um trabalho sobre a inflação de preços no Chile, o qual se tornou
referência para estudos desse tipo. Hanson (1985) estendeu o modelo de Harberger de modo a
incorporar o custo das importações, um elemento importante e particularmente relevante no caso
de Angola. Como o modelo Harberger - Hanson é de longo prazo, tenta-se, por meio empírico,
pela introdução de desfasagens distribuídas, obter os efeitos sobre a inflação provocados por
mudanças nas variáveis explicativas ao longo do tempo.

Definição do problema

Qual é a dinâmica macroeconómica da inflação?


Porque a inflação coloca um desafio tão grande as autoridades económicas?

Justificativa

Este capítulo examina o significado e os determinantes da inflação e descreve as importantes


questões que surgem neste campo.

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História da inflação

Figura 1.
Este gráfico apresenta a história dos preços na Inglaterra desde o seculo XIII. Ao longo de todo
este tempo, em geral os preços aumentaram como indica a linha mais clara e, a linha mais escura
representa o trajetos dos salários reais (O salario dividido aos preços do consumidor). Os salários
reais oscilaram ate a revolução industrial.
A comparação das duas linhas mostra que a inflação não e necessariamente acompanhada por uma
redução de renda real, também os salários reais progrediram continuamente desde 1800, tendo
aumentado mais de dez vezes.

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Até a 2ª Guerra mundial houve em geral, uma combinação dos padrões Ouro-Prata e o padrão das
variações dos preços foi regular:
Os preços aumentavam em tempo de guerra e depois baixavam no período de estagnação de pôs-
guerra. Mas o padrão alterou-se significativamente apos a 2ª Guerra mundial, os preços e os
salários seguem agora em uma via de sentido único ascendente. Sobem rapidamente em períodos
de expansão económica e sobem menos em períodos de recessão.

Figura 2
Esta figura mostra a inflação do IPC no último meio seculos. A inflação nos últimos anos variou
em um intervalo estreito, flutuando principalmente em decorrência da volatilidade dos preços dos
alimentos da energia.

O que é inflação?

A inflação é entendida como um processo pelo qual ocorre um aumento generalizado nos preços
dos bens e serviços, definidos como sendo uma alta persistência e generalizada dos preços da
economia. Dentro deste conceito é importante que a inflação e um processo e não um facto isolado,
envolve aumentos contínuos e não esporádicos de preços e aumento generalizados de preços e não
isolados. Trata-se de um fenómeno universal, comum e praticamente todos os países variando
apenas de intensidade e de época para época.

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Causas da Inflação

Além do aumento na quantidade de moeda circulante, existem vários outros factores causadores
da inflação como, o aumento dos salários sem o aumento correspondente de mão-de-obra, o que
encarece os bens e serviços, assim como a antecipação de consumo, que ocorre quando o aumento
nos preços são percebidos pelos consumidores e os mesmos, por medida de precaução antecipam
compras, solicitam aumentos de salários e os bancos aumentam suas taxas de juros, etc.
Outros fatores que influenciam no aumento da inflação é quando o consumo interno de um país
fica próximo à sua capacidade produtiva, como precaução os empresários podem aumentar os
preços dos produtos e serviços.

Os custos da inflação

A inflação tem implicações negativas para a economia. Quando se fala dos custos associados à
inflação, é importante que se destaquem alguns: - Custos de incerteza - Custos de cobertura de
riscos - Custos de redistribuição da riqueza - Custos de sola dos sapatos (shoe-leather costs) -
Custos de menu - Custos de competitividade. Ao adicionarmos todos estes custos, chegaremos à
conclusão que o principal custo da inflação é que a moeda deixa de desempenhar as suas funções
básicas: padrão de medida, instrumento de troca, reserva de valor e meio de pagamentos diferido

Os graus e os tipos de inflação

Existem três graus de inflação:


Tal como as doenças as inflações apresentam diferentes níveis de gravidade que são:
 Inflação Baixa,
 Inflação galopante e,
 Híper inflação.

10.1 Inflação baixa

E caracterizada pelo aumento lento e previsível dos preços. Podemos definir como uma inflação
anual de um só dígito, quando os preços estão relativamente estáveis (as pessoas confiam na
moeda), porque ela mentem o seu valor de mês para mês e de ano para ano. As pessoas estão
dispostas a assinar contactos de longo prazo em temos nominais porque esperam os preços

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relativos dos bens que compram ou vendem não se alteram. A maioria dos países industrializados
teve a inflação baixa na última década.

10.2 Inflação galopante

Em uma inflação de dois ou três dígitos de 20 vírgula 100 ou 200% ao ano. Também e chamada
inflação muito alta. Esta é relativamente comum, em especial em países penalizados por governos
fracos, guerra ou revolução. Muitos países latino-americanos, como Argentina, Chile e o Brasil
tiveram taxas de Inflação de 50 a 700% ao ano nas décadas de 1970 e 1980, uma vez instalada a
Inflação galopante começam a surgir distorções económicas graves. De forma geral, a maior parte
dos contratos fica indexada a um índice de preços ou a uma moeda estrangeira como o dólar.
Nestas condições, a moeda perde o valor muito rapidamente, portanto as pessoas detém apenas o
montante mínimo de moedas necessárias para as transações diárias. Os mercados financeiros
esvaziam-se com a fuga de capitais para o exterior, as pessoas armazenam bens, compram casas e
nunca emprestam dinheiros a taxas de juro nominais reduzidas.

10.3 Híper inflação

Embora as economias pareçam sobreviver com uma inflação galopante, uma terceira e mortal
forma de inflação, ocorre quando surge a doença de híper inflação. Nada de positivo se pode dizer
sobre uma economia em que os preços estão aumentando milhões de percentagens ao ano.
As Híper inflações são particularmente interessantes para os estudantes de inflação por
evidenciarem os seus efeitos desastrosos.
O caso mais profusamente documentado de híper inflação que aconteceu na Republica Alemã nos
anos 1920.
O governo impulsionou a impressao de notas fazendo com que o preço e a moeda aumentassem
para o nível astronómico. De Janeiro de 1922 a Novembro de 1923 o índice de preços aumentou
de 1 para 10 biliões, se alguém possuísse divida Alemã no montante de 300 milhões de Marcos.
No inicio de 1922 com a mesma quantia não conseguiria se quer comprar algo notável 2 anos mais
tarde.

Os estudos revelam vários aspetos comuns das hiper inflações, primeiro a quantidade real da
moeda (medida pela quantidade da moeda dividida pelo nível do preço) e reduzida drasticamente
no final da hiper inflação Alemã.
A demanda real da moeda foi somente 1/30 do seu nível de anos antes, viam-se as pessoas de loja
em loja desfazendo-se do seu dinheiro como se fosse algo não valioso. Segundo os preços relativos

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tornaram-se altamente instáveis, em condições normais, o salario real de uma pessoa varia em uma
pequena percentagem e não varia de mês para outro.

Impacto económico da inflação

O impacto da inflação foi expresso eloquência por J.M Keynes, a medida que a inflação avança o
valor real da moeda varia de modo indomável, de mês para mês. Todas as relações permanentes
entre devedores e credores que constituem o fundamento do capitalismo, ficam de tal modo
desordenadas que perdem quase o significado e o processo de procura da riqueza degenera em um
jogo e uma lotaria.
Durante o período da inflação os preços e os salários não variam todos a mesma taxa, isto e,
ocorrem variações nos preços relativos. Em resultado da divergência dos preços relativos a dois
efeitos claros da inflação que são:
 Redistribuição da renda e da riqueza entre os diferentes grupos
 Distorções nos preços relativos e nas quantidades produzidas dos diferentes bens, ou por
vezes no produto e no emprego da economia como um todo.

Impacto sobre a distribuição da renda e da riqueza

O principal impacto deriva dos activos e das responsabilidades que as pessoas detém. As
desigualdades económicas, sociais e do desenvolvimento humano no Mundo, têm sido tema de
preocupação de diversas organizações e investigadores. O conceito de desigualdade sub entende
uma distribuição não uniforme, ou proporcional repartida pelos membros da sociedade, de
oportunidades, recursos, rendimentos, consumo, salários, acesso a serviços de saúde, educação e
outros serviços básicos. Mais importante do que a questão da maior ou menor igualdade na
distribuição, a razão por que a questão da desigualdade capta tanta atenção é a ideia de injustiça a
que a concentração de recursos e oportunidades está associada. Ou seja, quando se fala de injustiça
geralmente significa que algo não acontece por razões naturais ou mesmo divinas. A injustiça pode
ser contraposta à justiça, o que implica que a mudança de certas condições pode melhorar o estado
e condições de vida.

Impacto sobre a eficiência económica

Além da redistribuição das rendas, a inflação afecta a economia real em duas áreas específicas:
Ela pode prejudicar a eficiência económica e pode afectar o produto total.
A inflação prejudica a eficiência económica porque distorce os preços e os sinais dos preços. Em
uma economia com inflação reduzida, se o preço do mercado de um sobe, tanto os compradores
como os vendedores sabem que houve uma variação efetiva nas condições da oferta desse bem, e
podem reagir adequadamente.

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A inflação também distorce o uso da moeda, ela é um activo que rende taxa de juros nominal nula.
Se a taxa de inflação aumenta de 10% para 100% por cento por ano, a taxa de juro normal da
moeda cai de 0% para -10% ao ano. Não existe forma alguma de corrigir essa distorção.

O controlo da inflação

Existem diversos mecanismos que são accionados para controlar a inflação. Citando um exemplo,
nos Estados Unidos a Reserva Federal tenta influenciar a inflação através de instrumentos de
política monetária como as taxas de juro. O aumento das taxas de juro e a diminuição do
crescimento monetário são uma das formas privilegiadas para a prevenção da inflação. Os teóricos
defendem diferentes abordagens. Os monetaristas optam pelo aumento da taxa de juro como meio
para combater o aumento da oferta de moeda, ou seja, defendem a adopção de medidas de política
monetária; os Keynesianos enfatizam a redução da procura no geral, muitas vezes através da
política fiscal, fazendo uso do aumento dos impostos ou da redução dos gastos públicos. Outros
advogam o combate à inflação mediante a ancoragem das taxas de câmbio a uma outra moeda, de
um país de baixa inflação. No passado utilizaram-se outros métodos, como medidas de controlo
de rendimentos, através de salários e preços. Tendo a inflação origem quer na oferta, quer na
procura agregada, o seu combate passa pelo controlo das variáveis que influenciam ambos os
lados. A manutenção da estabilidade de preços é o objectivo de qualquer economia. Citando Alan
Greespan, antigo Presidente da Reserva Federal Americana – em termos práticos, a estabilidade
de preços significa que as alterações esperadas no nível médio dos preços são suficientemente
pequenas e suficientemente graduais ao ponto de não interferirem nas decisões dos agentes
económicos. O importante a reter desta citação é que, quando há estabilidade de preços todos nós
sabemos que o nosso dinheiro vai manter o seu valor ao longo do tempo.

Conclusão

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Diante das definições apresentadas pode-se dizer que inflação é o incremento de preços
independentemente de sua origem, isto é, para que exista inflação deverá existir esta pré-condição,
necessariamente. Assim sendo, acredita-se que a origem da inflação se deve a um conjunto de
factores. Percebe-se também que há vários tipos de inflação, onde as quais se diferem em
conceitos, porém, todas se enquadram em uma economia. Das mais relevantes tem-se: Inflação
Baixa, Inflação galopante e, híper inflação.

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Metodologia

Os dados desse estudo foram obtidos a partir de buscas online e livros. Foram utilizados artigos
científicos, matérias de revistas e alguns endereços virtuais que continham informações sobre o
assunto abordado, assim como realizado algumas pesquisas a bancos de dados como Google e
Bibliotecas eletrônicas no intuito de aprofundar e melhor embasar o desenvolvimento científico.

Bibliografia

1. MACROECONOMIA, 18ª Edição


Paul A. Sauelson
Institute Professor Emeritus
William D. Nordhaus
Sterling Professor of Economics
Yale University

2. ECONOMIA 19ª Edição


Paul A. Sauelson
Istitute Professor Emeritus
William D. Nordhaus
Sterling Professor of Economics
Yale University
3. Dicionário de lingua portuguesa,
4. Pequisas na internet:
ALÉM, A. C. Macroeconomia – teoria e prática no Brasil
Rio de Janeiro: Campus, 2010.

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