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(*) UZIEL SANTANA

Pornografia, Infanticídio, Pedofilia, Prostituição, Homossexualismo e


Aborto: os frutos da sociedade pós-moderna.
“De maneira que o anormal virou normal e o normal virou o anormal. De maneira que
tudo o que importa ser, ter ou fazer é relativo”.
Vivemos sob a égide de uma sociedade, onde os valores – sejam eles, individuais ou
sociais – cada vez mais, trazem em si o resultado da deturpação moral pela qual a
humanidade tem passado nas últimas décadas. Temos vivido uma completa inversão de
valores, de tal modo que não sabemos mais quais as balizas que o comportamento
humano deve ou precisa ter num contexto social.
Não temos mais modelos ou padrões. Tudo é relativizado, como se o ser relativo fosse a
panacéia do viver em sociedade. Não temos mais referenciais. Não sabemos mais
distinguir entre o certo e o errado, entre o belo e o feio, entre a verdade e a mentira,
entre o falso e o verdadeiro, entre o honesto e o desonesto, entre o bem e o mal, entre o
corrupto e o incorruptível. E pior que tudo isso: tentar estabelecer um padrão de
comportamento, onde balizas, como essas, sejam bem fincadas – como fizeram nossos
bisavós, avós e, alguns, pais (digo alguns, porque muitos, já impregnados pelos valores
da pós-modernidade, esqueçeram o bom caminho em que andaram e a boa prática das
primeiras obras) – é ser um ser humano “démodé”, “oldfashioned”, retrógrado,
ultrapassado, preconceituoso (como se queira denominar). Porque, como dizem os que
assim pensam, agem e falam: “tudo é relativo”, “tudo depende do ponto de vista”, “o
que para você é certo, para mim pode não ser”, como se o ser humano, individualmente,
fosse a medida de todas as coisas. E, aliás, foi, exatamente, porque o ser humano se
colocou como a medida de todas as coisas que chegamos ao atual estágio social: a pós-
modernidade.
Não queremos avançar no tema, porque vamos fazê-lo a partir da próxima semana,
numa nova série de artigos para este veículo de comunicação. Mas, preliminarmente, já
podemos dizer que: se vivemos essa crise de valores, essa crise de paradigmas, onde o
relativismo cultural nos esmaga, onde o egocentrismo é a mola mestra e propulsora das
nossas ações individuais e sociais, onde importa viver a vida, tão-somente, como ser
individual, onde o que vale é apenas o prazer pelo prazer – o hedonismo – é porque o
ser humano fincou as suas balizas no lugar errado, qual seja: em si mesmo. O homem
não é, em si mesmo, a medida de todas as coisas. Esse tem sido o grande erro da
humanidade. E os frutos dessa visão equivocada da existência do ser humano, enquanto
ser individual e social estão aí nas esquinas, nas cidades, nas televisões, nas instituições,
onde quer que exista um agrupamento de pessoas.
Da força do ser humano, nasceu a sua fraqueza. O “em si mesmo” tornou o ser humano
um “dependente”, um ser sem expectativa, sem ideal, sem propósito eterno, porque o
que vale é o “carpe diem” e a satisfação diária dos “meus interesses pessoais”, custe o
que custar. E quando eu satisfaço os interesses que estão no meu coração eu vou em
busca de outros interesses. E assim a vida passa, sem propósito existencial nenhum. A
sociedade pós-moderna enlaçou o ser humano na sua própria fraqueza, no seu próprio
egoísmo, no seu próprio hedonismo. E o resultado de tudo isso é a deturpação moral em
que vivemos, a letargia social na qual nos encontramos e o individualismo exacerbado
que cultivamos e ensinamos aos nossos filhos.
Mais ainda: como conseqüência desse agravo moral e dessa falta de balizas, de
modelos, de padrões de conduta, desse relativismo comportamental, de modo que não
conseguimos mais identificar o que é o bem e o que é o mal, o que temos é o aumento
indiscriminado das mazelas do comportamento humano.
Felizmente, há, AINDA, os que não se renderam aos valores pagãos da pós-
modernidade. Mais, especificamente, em algumas instituições e organizações sociais
percebemos que, ainda, existem homens e mulheres preocupados com o futuro da
humanidade, o bem-estar social e o bom comportamento humano.
Pensamos que é fulcrados nisso que as igrejas evangélicas e católicas em Sergipe têm se
unido num movimento histórico em defesa dos valores da vida e da família, contra toda
essa sorte de mazelas comportamentais que a mídia brasileira insiste em patrocinar
diuturnamente (é só pensarmos nos exemplos da Rede Globo – e os seus “7 pecados
capitais”, ou suas “duas caras” e da Rede Record que, em comerciais, incentiva o
aborto), como sendo práticas normais e que edificam as pessoas.
Desse modo, estará sendo lançada em 26 de outubro, das 14 às 17 horas, no plenário
da Assembléia Legislativa do Estado de Sergipe, a Jornada Nacional em defesa da
Vida e da Família.
Tal Jornada é uma iniciativa da Frente Parlamentar Evangélica, composta por 44
Deputados Federais e 2 Senadores da República Federativa do Brasil, e percorrerá as
capitais do Brasil, insurgindo-se contra os Projetos de Lei que tramitam no Congresso
Nacional e que vão de encontro aos valores basilares da Vida e da Família.
Os temas abordados nessa Jornada nacional são, exatamente, alguns dos principais
frutos comportamentais da sociedade pós-moderna, quais sejam: a pornografia, o
infanticídio, a pedofilia, a prostituição, o homossexualismo e o aborto. Os preletores do
evento serão: - PORNOGRAFIA: Profº Cláudio Rufino - Líder da Campanha Nacional
de Combate a Pornografia, escritor com mais de 10 obras publicadas na área, Pr. da
Assembléia de Deus do Rio de Janeiro - INFANTICÍDIO: Professora e Lingüística
Márcia Suzuki, presidenta do Movimento ATINI - Voz Pela Vida, palestrante
internacional do tema, (já esteve inclusive na ONU falando sobre o assunto), é também
missionária da JOCUM (www.vozpelavida.blogspot.com) - HOMOSSEXUALISMO -
Júlio Severo - Pesquisador e escritor, autor do livro "O Movimento Homossexual"
(Editora Betânia) e de diversos artigos em sites, jornais e revistas do mundo inteiro.
(www.juliosevero.blogspot.com) - PEDOFILIA - Dra. Rozangela Justino - psicóloga,
pesquisadora e escritora com especialização em psicodrama e presidente da ABRACEH
- Associação de Apoio ao Ser Humano e a Família (www.abraceh.org.br) - ABORTO -
Dr. Paulo Fernando - Advogado e escritor, líder da Associação Nacional Pró-Vida e Pró
- Família no Brasil, movimento ligado à Igreja Católica(www.providafamilia.org.br) -
PROSTITUIÇÃO: Henrique Afonso - Deputado Federal, professor Universitário de
filosofia e Pastor Presbiteriano no Estado do Acre.
A participação de Evangélicos e Católicos no debate de questões sérias como essas é de
suma e vital importância para o futuro da nossa sociedade e nos demonstra que,
felizmente, a letargia social em que estamos imersos ainda não atingiu a todos.
Tentando contribuir nesse sentido é que, da nossa parte, a partir da próxima semana,
vamos tentar desconstruir os ideais e valores que fundamentam a chamada pós-
modernidade, a era da cultura humana e social na qual estamos imersos.
(*)Advogado e Professor da UFS (ussant@ufs.br)

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