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OS 9 PASSOS DE UMA

campanha
inteligente

Aprenda como Otimizar


seu Tempo e Dinheiro
durante a Pré-campanha
e Campanha Eleitoral

EDU YOKOMIZO
{ Já se foi o tempo em que as campanhas eleitorais
eram amadoras e intuitivas. Hoje, as campanhas
têm que ser rápidas, modernas, interativas,
organizadas e planejadas.

Quanto mais inteligente e


}
organizada for a campanha mais
tempo o candidato terá para
conversar com os eleitores. 
E o que é uma Campanha Inteligente? É a campa-
nha que coloca o eleitor em primeiro lugar. É quan-
do o candidato planeja e prepara as várias etapas de
sua  campanha. Para isso, o candidato e sua equipe
devem entender que nos últimos anos muita coisa
mudou: o cenário político, o eleitor e o Brasil. Em 2018
o Brasil viverá uma das eleições mais emblemáticas
de sua história.
OS 9 PASSOS DE UMA
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Onde você se encaixa nesta nova realidade?


O brasileiro quer escolher alguém que devolva o míni-
mo de estabilidade política e econômica ao país. A um
ano das eleições vivemos um cenário político muito
diferente do que já vivenciamos. Por exemplo, a Lava
Jato já realizou centenas de prisões e condenações.
Grandes líderes políticos vivem um inferno: Lula, Dil-
ma, Aécio, Temer etc. Outros despontam, a exem-
plo de João Dória e Jair Bolsonaro.
Os maiores partidos - PT, PMDB e
PSDB - estão na berlinda. Caciques
políticos, empresários e Cartolas do
esporte estão presos. Poderosos
estão caindo. Máscaras estão se
desmanchando.

Muita coisa mudou e vai


continuar mudando.
As formas de relacionamento entre eleitor e

candidato mudaram.  A redes sociais estão cada

vez mais relevantes e influentes. As formas de

financiamento das campanhas mudaram. Os prazos

mudaram. O tempo da propaganda eleitoral em

Rádio e TV, que antes era de 90 dias, foi reduzido

para 45 dias.

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{ Então, se as mudanças estão aí é


preciso adequar a sua campanha a
essa nova realidade.
E o melhor caminho é adotar a Campanha
Inteligente. Isso significa ouvir mais as
pessoas, prestar atenção no que
elas dizem, dar respostas,
interagir, estar disposto

FALAR
a ouvir críticas e
opiniões, colher
ideias e entender
quais os medos X
e angústias que
fazem a população
sofrer.
OUVIR
Marketing do Falar x Marketing do Ouvir
Hoje, estamos vivendo a transição do Marketing do
Falar para o Marketing do Ouvir. Hoje, o candidato
deve ser bom de oratória, mas deve ser melhor na es-
cutatória. Ele deve se esforçar mais em conversar
do que em convencer.
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A Campanha Inteligente entende que vencer uma elei-


ção não é mais apenas sair às ruas divulgando suas
propostas e pedindo votos. Esqueça, também, aquela
história de que o vencedor é aquele que tem um obje-
tivo e corre atrás com garra, determinação e vontade.
Afinal, todos os candidatos entram com garra, deter-
minação e vontade de vencer. Vencer não é mais o
objetivo, vencer é a consequência de uma série de
ações executadas com eficiência e competência.

A Lista
E a partir desta série de ações é que criei A Lista. E dela
fazem parte, por exemplo, planejar, organizar, treinar
o discurso, conhecer o adversário, capacitar a equipe
e muitas outras atividades. A competente execução
dessa lista é que vai deixá-lo mais competitivo e mais
próximo da vitória. Mas, essa lista não é o tema deste
e-book, você pode Acessar A LISTA
clicando AQUI Agora mesmo!

A LISTA · Clique AQUI!

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Agora, vamos ao assunto deste e-book que


é ajudar você a dar os primeiros passos para
a construção da sua Campanha Inteligente.
Vamos aos 9 Primeiros Passos:

1.

Escreva e conte a sua história


Isso vai ajudá-lo a entender melhor quem é você e
porque é candidato. Então, antes de iniciar a sua
pré-campanha escreva sua história. Pode começar
escrevendo tudo o que você lembrar: quando e onde
nasceu, onde viveu, onde estudou, o que estudou, o
que aprendeu na escola e com a vida, o que fez de
mais importante para as pessoas e para os lugares
onde morou, o que fez de importante para a sua
cidade e seu estado, o que você já fez ou continua
fazendo e que melhora a vida das pessoas, enfim,
relembre a sua história.

Depois disso, mantenha só o que for importante para


sua campanha, ou seja, só aquilo que for chamar a

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atenção do eleitor e que ele vai considerar relevan-


te. As pessoas gostam de ouvir boas histórias. Esta
é uma técnica que comprovadamente funciona. Elas
querem saber no que você acredita, como você pensa
e o que você sente diante da realidade que as pes-
soas estão vivendo. 

Elas precisam - de alguma maneira - se identificar


com você, seja por um sentimento, por um sonho,
por uma esperança, por uma necessidade, uma ideia,
uma crença, uma dificuldade vivida, qualquer coisa
que crie um elo entre vocês.

A sua história tem que reforçar a imagem e o posi-


cionamento que você quer construir. Ela deve estar
conectada com a causa que você defende e com as
ideias que você vai defender quando eleito.

2.

Estabeleça a conexão com o eleitor


Não fique discursando apenas para convencer que
você vai fazer e acontecer. O eleitor já não acredita

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nesse “super - candidato”, aquele que vai resolver to-


dos os problemas do mundo. Se insistir nisso você
não conquista a atenção das pessoas.

Encoraje o eleitor a falar. Seja honesto. Saiba ouvir.


Chame as pessoas pelo nome. Destaque pontos em
comum entre voces. O eleitor tem que entender que
você está do lado dele. Use mais a palavra Sim do que
o Não. “Sim, eu entendo. Sim, você tem razão. Eu
compreendo a sua situação.” Estas são frases que
eliminam as primeiras rejeições e objeções que as
pessoas possam ter com relação a você. E a partir do
momento em que essa conexão está estabelecida, a
comunicação entre o eleitor e você flui com mais fa-
cilidade. 

3.

Não deixe para explicar depois


Construa uma boa explicação do porquê você é candi-
dato (ou pré-candidato). Comece explicando porque
tomou essa decisão em disputar a eleição. A sua res-
posta/justificativa tem que ter força suficiente para
despertar a atenção do eleitor. Essas são as primei-

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ras perguntas que vêm na cabeça do eleitor: “Porque


essa pessoa é candidata? Porque tem tanta vontade
de se eleger? Porque devo votar nela?”

Responda rapidamente, não deixe para responder


depois, em outra ocasião. Porque o eleitor mesmo
vai criar as respostas por você: “Ah, quer roubar! Tem
sede de poder. Só está pensando em se beneficiar e
ajudar os amigos e a família. Quer ser político para
poder ser importante. É mais um mentiroso, ladrão e
corrupto!” Portanto, não deixe o eleitor criar suas
próprias respostas porque nenhuma delas será
boa para você.

2
versões!

E você tem que ter duas versões dessa resposta: uma versão
estendida, mais longa e que pode ser utilizada em reuniões
quando dispõe de mais tempo; a outra é a versão reduzida -
de aproximadamente 30 segundos - e que você tem que ter
na “ponta da língua” para responder às pessoas que o abor-
dam na rua, na fila do banco ou em outra situação em que não
exista muito tempo para a conversa.

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4.

O poder das perguntas


Fazer as perguntas certas é tão ou mais importante
que ter as respostas na ponta da língua. A pergun-
ta tem o poder de aproximar as pessoas. A pergunta
tem o poder de fazer a outra pessoa se sentir impor-
tante. É porque, através da pergunta, você demonstra
interesse no outro. Mas, tem que prestar atenção na
resposta. Senão, vai soar falso. Seja honesto ao de-
monstrar interesse na conversa.

Quando pergunta, você está aprendendo sobre a


vida do eleitor. É a sua pesquisa particular. Vai co-
nhecer a opinião, o sentimento e as reclamações
das pessoas. É um material importante para elabo-
rar suas falas. E quanto mais você pergunta mais
enriquece seus discursos e seus comentários. As
pessoas começam a perceber que você conhece
a realidade delas e  que compartilha das mesmas
soluções para os seus problemas. Então, mais uma
vez, a conexão se estabelece.

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5.

Pesquise, estude, ouça com atenção


Cerca de 80% das pessoas não gostam de política e nem
de políticos. Então, como despertar a atenção desse pú-
blico? Falando dos interesses coletivos (saúde, educa-
ção, segurança etc.) e individuais (emprego etc.).

Ou seja, você só vai conseguir a atenção do público


se falar o que ele deseja e precisa ouvir. Não adian-
ta só falar de você, de como você é bom, honesto e
competente. Não adianta ficar exaltando suas qua-
lidades e virtudes. Entenda que o super-herói nessa
história é o eleitor. Ele é o personagem principal da
sua campanha eleitoral. A campanha é sua, mas
quem manda é o eleitor.

Por isso, faça a tarefa de casa: pesquise, estude, con-


verse, anote, pergunte, ouça com atenção. Faça isso
nas ruas, em reuniões, em visitas, em conversas, nas
redes sociais, enfim, saia do seu castelinho de poder
e interaja com as pessoas. Entenda que o eleitor é o
único com poder suficiente para definir quem vence
e quem perde. 

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Entenda que o momento não é dos melhores para os


políticos. O brasileiro precisa ser convencido e, mais
do que isso, estar motivado para sair de casa no do-
mingo, entrar numa fila e votar em você. E isso só vai
acontecer se ele entender e acreditar que você está,
de verdade, do lado dele e não vai virar as costas as-
sim que se eleger.

E como fazer isso? Primeiro escolha uma boa causa


para defender e que tenha força suficiente para mo-
bilizar um ou mais segmentos da sociedade; ou ele-
ja um inimigo em comum para combater (corrupção,
criminalidade, desemprego etc). As pessoas têm que
entender que vocês estão do mesmo lado, lutando
pelas mesmas coisas e que a campanha eleitoral é
apenas o começo desse trabalho.

Mostre como você vai continuar interagindo com o


eleitor depois de eleito e quais as ferramentas vai
utilizar para conversar e ouvir a população. Explique
como as pessoas poderão cobrar e acompanhar o
seu mandato. Isso pode ser feito, por exemplo, atra-
vés das redes sociais, de um site pessoal interativo,
de reuniões periódicas nas regiões, do Whatsapp ou
demais recursos que permitam essa interação.

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O eleitor precisa, no mínimo, ter a sensação de que


vai participar do seu mandato - mesmo que virtual-
mente - e estará representado quando as principais
decisões forem tomadas. Entenda que você precisa
dar ao eleitor um motivo para ele entrar em ação.
Isso é motivação.

6.

Não procure eleitores para as suas


propostas. Encontre propostas para
os seus eleitores
Você deve ter a sua Bandeira de campanha - que é a
causa que você defende - e que vai ser o seu diferen-
cial diante dos concorrentes. Isso também é importan-
te para mobilizar nichos e ganhar voluntários para sua
campanha. Mas, talvez a grande massa não esteja inte-
ressada neste tema. Então, não obrigue o eleitor a se
engajar na sua causa e nem fique o tempo todo procu-
rando apenas os eleitores que pensam como você. 

Portanto, vamos nos concentrar, também, nas pro-


postas e ideias para chamar a atenção do maior nú-
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mero possível de pessoas. Para isso, você deve ir para


as ruas, gastar sola de sapato, conversar, perguntar
e - principalmente - ouvir com atenção.

Anote tudo o que ouvir e no final do dia leia e selecio-


ne o material. Você vai se surpreender com as ideias
que surgirão das conversas. Isso é óbvio, porque nin-
guém conhece melhor os problemas do que aqueles
que os vivenciam no dia a dia. E é dessas pessoas que
você poderá ouvir boas alternativas e soluções, já que
elas pensam nisso boa parte do tempo.

7.

Utilize todos os canais


de comunicação
O ideal é que o maior número de pessoas saiba das
suas ideias, dos seus propósitos, dos seus objetivos,
das suas propostas, da sua história. O seu potencial
de alcance determina até onde as suas mensagens
vão chegar. E, em campanhas eleitorais, quanto mais
longe e quanto mais pessoas alcançar, melhor.
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E quando eu falo de canais de comunicação não pen-


se apenas em rádio, tv e internet. Estou falando de to-
dos os recursos que você tem à disposição para fazer
sua campanha (ou pré-campanha). Tudo é canal de
comunicação: sua família, amigos, companheiros de
serviço, parceiros do futebol, irmãos da igreja, cole-
gas da faculdade, enfim todas as pessoas e locais que
possam servir para você multiplicar sua candidatura
(pré-candidatura).

E, é óbvio, estou me referindo também aos canais de


comunicação mais usuais como, por exemplo, rádio,
tv, panfletos e internet. A internet e as redes sociais
serão tema de outro e-book considerando a gran-
de importância que terão nas próximas campa-
nhas eleitorais.

Mas, preocupe-se em manter a unidade das men-


sagens em todos os canais de comunicação. Seja
coerente. Por exemplo, as fotos que você utiliza no
perfil e capa do seu Facebook, Twitter, Instagram
etc estão ajudando a reforçar a imagem que pre-
tende consolidar? 

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8.

Saiba o grau de
vulnerabilidade do adversário
Existem candidatos que passam a campanha inteira
só falando mal dos adversários. Mas, isso nem sem-
pre resolve o problema. O primeiro cuidado que você
deve tomar é realizar uma pesquisa séria e bem-feita
para medir a aprovação, a intenção de voto e a rejei-
ção dos seus adversários. O índice que nos interes-
sa nesse momento é o de REJEIÇÃO. Ele vai servir de
parâmetro para saber o grau de vulnerabilidade de
cada um. Isso vai mostrar quem está mais vulnerável
às “batidas” durante a campanha. 

Os candidatos com menos de 15% de rejeição são


mais resistentes às “batidas”, “maldades” e ao tra-
balho de desconstrução de imagem. Por outro lado,
aqueles com mais de 30 ou 40% de rejeição são muito
vulneráveis às “surras” dos adversários. Criticá-los é
até crueldade de tão fácil que é. Isso acontece porque
existe uma grande parcela da população que também
tem vontade de “bater” nesses políticos.

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9.

Você é candidato
de oposição ou situação?
Sim, isso faz uma grande diferença na forma como
você vai se apresentar ao eleitor e conduzir a sua
campanha. As pesquisas vão indicar se você está em
vantagem ou desvantagem. Se o governo que você
defende estiver bem avaliado, basta pegar uma ca-
rona nessa onda positiva e incrementar com as suas
propostas. Por outro lado, se o o governo que você
apoia não estiver muito bem, reúna informações e
prepare-se para partir para a defesa apontando to-
dos os avanços (se é que aconteceram). Situação ou
oposição, isso é o que vai moldar o seu discurso.

Então, a avaliação e a aprovação popular do governo


é uma das lógicas que o eleitor encontra no meio do
caos para definir o seu voto. Ele pensa assim: se está
ruim vamos tirar, se está bom vamos manter. E a sua
candidatura será beneficiada ou prejudicada depen-
dendo do lado que você está.

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Espero que este e-book


possa ajudá-lo a estabelecer uma
conexão de qualidade com eleitor

Preparei estas dicas para você criar ou encontrar pontos


em comum com as pessoas. Pois é isso que vai despertar a
atenção sobre a sua pré-candidatura e candidatura.

Para finalizar, quero lembrar que nas campanhas mo-


dernas e inteligentes não há mais espaço para os can-
didatos que apostam apenas na sua garra, determi-
nação, força de vontade, eloquência e poder do seu
carisma. O inferno dos derrotados está cheio de can-
didatos com esse perfil. Hoje, os vitoriosos são aque-
les - é lógico que existem as exceções - que tem mais
informações, planejamento, organização, recursos e
que saiba valorizar a sua equipe e o eleitor.

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Estabeleça metas, organize sua agenda, delegue tarefas e co-


bre resultados, defina os responsáveis dos setores, defina tudo
o que precisa estar pronto dentro de seus respectivos prazos,
providencie todos os materiais e equipamentos necessários,
calcule um orçamento mínimo de campanha (isso vai extrapo-
lar, mas é importante que você tenha um parâmetro), enfim,
corra porque em campanhas eleitorais, por mais cedo que
comece, você sempre estará atrasado.

Obrigado, sucesso e nos vemos em breve!

Me acompanhe @edupolitico
nas redes sociais
/edupolitico
e você sempre
terá materiais /eduyokomizo
que vão ajudá-lo
@eduyokomizo
nessa caminhada

EDU YOKOMIZO
Eduardo Yokomizo é um apaixonado por campanhas eleitorais, pois envolve entender a
cabeça e os sentimentos do eleitor. E acredita que, ao orientar o candidato para obedecer
as verdadeiras demandas das pessoas, está preparando políticos melhores para a sociedade.
Eduardo participa de campanhas eleitorais desde 1988 e já atuou em todas as áreas
estratégicas de uma campanha. Trabalha profissionalmente com Marketing Político e
Eleitoral desde 1992. É, também, palestrante motivacional e de treinamento de candidatos.

É consultor credenciado pela Abcop - Associação Brasileira de Consultores Políticos e


integrante da ABJ - Associação Brasileira de Jornalistas. É formado em Processos Gerenciais e
tem MBA em Marketing.

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