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Universidade Católica de Pelotas

Curso Superior de Engenharia Civil


Disciplina: Engenharia dos Materiais

Estudo do Aço

Acadêmicas: Amanda Maciel

Andressa Edon Lopes

Andressa Faustini

Carolina Fontoura

Mayara Rodrigues

Vanessa Espineli

Grupo: 2

Pelotas, 04 de junho de 2014.


1. Introdução

No atual estágio de desenvolvimento da sociedade, é impossível


idealizar o mundo sem a utilização do ferro e do aço tanto na questão
socioeconômica, quanto nas relações humanas.
E sim, ferro e aço são, historicamente considerados, produtos diferentes.
No Brasil, em especial, alguns eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as
Olimpíadas em 2016 estão sendo grandes motivadores para execução de
obras importantes no país como construções de estádios e obras de
infraestrutura (saneamento básico, rede elétrica e ampliação de rodovias), nas
quais o aço, é, senão, o material mais utilizado ou um dos mais importantes.

2. Origem

Evidências mostram que as tribos nômades nos desertos da Ásia Menor


(extremo oeste da Ásia) recolhiam o ferro metálico que era encontrado em
meteoritos, há cerca de 4.500 anos. Existem registros que também era
encontrado na região da Groenlândia.
Porém, acredita-se que o ferro foi descoberto por volta de 6.000 a 4.000
a.C., quando pedras de minério estavam protegendo uma fogueira e, devido ao
calor, elas derretiam e quebravam, formando pequenas bolas que brilhavam.
Como era um material difícil de conseguir, o ferro era considerado um metal
precioso.
A grande mudança na evolução do ferro aconteceu em 1856, quando o
homem descobriu como produzir aço. Por ser mais resistente que o ferro
fundido e ter a possibilidade de ser produzido em grandes quantidades, se
tornou matéria-prima para muitas indústrias.
O aço é basicamente uma liga de ferro e carbono, e sua origem se deu
com a invenção de fornos que permitiam não só corrigir as impurezas do ferro,
como adicionar propriedades para resistência ao desgaste, ao impacto, à
corrosão, etc. Em decorrência disto e pelo seu baixo custo, o aço passou a
representar cerca de 90% de todos os metais consumidos na indústria.
O aço, hoje, já é um material dito corriqueiro no cotidiano, mas para sua
fabricação exige técnica que na medida em que o tempo passa deve ser
acompanhada e renovada, ou seja, de forma cíclica.

3. Classificações e Aplicações

A classificação dos aços não obedece a um único critério, existindo


classificações quanto à composição química, processamento, microestrutura,
propriedades ou mesmo aplicações a que se destinam. Basta uma rápida
verificação dos índices de diversas publicações dedicadas ao assunto e logo se
constatará que os aços estão classificados sob vários critérios quando o
desejável seria que se utilizasse de um único parâmetro de classificação.
Podem ser agrupados sob três classificações gerais, conforme a tensão de
escoamento mínima especificada:
-Aços carbono: aproximadamente 195 a 260 Mpa;
-Aços de alta resistência e baixa liga (ARBL) 290 a 345 Mpa;
-Aços liga tratados termicamente 630 a 700 Mpa.

Abaixo segue uma classificação mais especifica do material:

3.1 Aços ferramenta para trabalho a quente

Se destinam a fabricação de ferramentas utilizadas no trabalho a quente


de aços, ligas não ferrosas, etc.. Suas principais características são:
-Elevada resistência ao revenimento;
-Elevada resistência mecânica a quente;
-Boa tenacidade e polibilidade;
-Grande resistência à abrasão em temperaturas elevadas;
-Boa condutividade térmica;
-Elevada resistência à fadiga;
-Boa resistência a formação de trincas térmicas.
Essas características conferem às ferramentas a capacidade de
resistir às solicitações mecânicas a que estão sujeitas, apesar de serem
aquecidas pelo material que está processado.
Elementos químicos como Cr, Mo, V e W é que conferem essas
propriedades ao se juntarem ao carbono, que nesses aços está entre 0,30 e
0,60% formando carbonetos que contribuem para a obtenção das propriedades
requeridas nos aços. Com tratamentos térmicos adequados essas qualidades
se completam. O Ni é adicionado quando se necessita de maior tenacidade.

3.2 Aços para moldes

Aços para moldes usados para transformação de plásticos são


frequentemente associados à designação P20. A norma ASTM A 681
estabelece uma faixa de composição química para este aço, que já não
engloba todas, e principalmente as mais usuais versões atualmente existentes.
P20 portanto, transformou-se em sinônimo de um grupo de aços e moldes para
transformação de plásticos. Principais propriedades:
-Usinabilidade;
-Resistência uniforme;
-Polibilidade;
-Soldabilidade;
-Excelente resposta à texturização e nitretação.

3.3 Aços Rápidos

São estes os principais tipos de aços utilizados em ferramentas,


face aos seus característicos de alta dureza no estado temperado e retenção
da dureza a temperaturas em que o gume cortante da ferramenta se torna
vermelho, devido ao calor gerado na usinagem.
Seu característico principal é a capacidade de operar em
velocidades e outras condições de corte que podem elevar a temperatura do
gume cortante da ferramenta a cerca de 550°C-600°C, durante a operação de
usinagem. Nessas temperaturas, os aços em estudo retêm a dureza que lhes
permite ainda continuar na operação de usinagem; ao resfriar , após realizada
essa operação readquirem a dureza original. Este característico é chamado de
dureza a quente e constitui a mais importante propriedade dos aços rápidos.
Além disso, devido ao alto teor de carbono e ao elevado número de carbonetos
de liga, o que confere ao aço uma resistência ao desgaste superior a de outros
tipos de aços para ferramentas, tornando sua durabilidade maior. Sua
composição é tal que os torna facilmente endurecíveis por têmpera através da
secção inteira, mesmo pelo resfriamento em óleo ou em banhos de sal; nessas
condições, a tendência a empenamento ou ruptura, no resfriamento por
têmpera, é menor, desde que certas precauções – como suporte adequado das
peças durante o aquecimento, em vista as temperaturas de austenização
serem muito elevadas – sejam tomadas. São de difícil retificação, exigindo
maiores cuidados.

3.4 Aços Inoxidáveis Martensíticos

Estes aços caracterizam-se por serem aços cromo, contendo


entre 11,5% e 18,0%; eles tornam-se martensíticos e endurecem pela têmpera.
Dentro deste grupo podem ser considerados três classes:
1) Baixo carbono, também chamado tipo “turbina”;
2) Médio carbono, também chamado tipo “cutelaria”;
3) Alto carbono, também chamado tipo “resistente ao desgaste”.
As características mais importantes destes aços são:
-São ferro magnéticos;
-Podem ser facilmente trabalhados, tanto a quente como a frio,
sobretudo quando o teor de carbono for baixo;
-Apresentam boa resistência à corrosão quando exposto aos tempo, à
ação da água e de certas substâncias químicas; à medida que aumenta o teor
de carbono, fica prejudicada a resistência à corrosão, o que, entretanto, é
compensado pelo alto teor de cromo;
-Normalmente, não são suscetíveis à precipitação de carbonetos nos
contornos de grão; . o níquel melhora a sua resistência a corrosão, o melhor
aço inoxidável martensítico de vista de resistência à corrosão, é o 431, devido
ao baixo carbono, alto cromo e presença de níquel;
A têmpera também melhora a resistência a corrosão, pois
contribui para evitar a possibilidade de precipitação de carbonetos.
Para a construção metálica só tem interesse analisarmos os
chamados aços estruturais, tais aços são assim denominados tem
características de resistência e outras propriedades adequadas ao uso em
elementos estruturais que suportam cargas. Suas aplicações principais são:
3.5 Aços Carbono

Aços Carbono (mais usual em construção metálica) Segundo a NBR


6215 aço carbono é aquele não contém elementos de liga isto é, apenas teores
residuais de Cr = 0,20%, Ni = 0,25% etc e no qual os teores de Si e Mn não
ultrapassem limites máximos de 0,60% e 1,65% respectivamente. São
classificados em função do teor de carbono.

a) Baixo Carbono: C £ 0,30% . Limite de resistência: 440 N/mm²


Características: Boa tenacidade, conformabilidade e soldabilidade;
Baixa temperabilidade.
Aplicações: Pontes, edifícios, navios, vagões, caldeiras, tubos gerais,
estruturas mecânicas, etc.

b) Médio Carbono: 0,30% < C £ 0,50% . Limite de resistência: 440 a 590


N/mm².
Características: Média conformalidade e soldabilidade; Média
temperalidade.

c) Aço de Alto Carbono: Limite de resistência: 590 a 780 N/mm²


Características: Má conformabilidade e soldabilidade. Altas
temperaturas e resistência ao desgaste.
Aplicações: Peças metálicas, parafusos especiais, implementos
agrícolas, trilhos e rodas ferroviárias, etc.

3.6 Aços de alta resistência a corrosão atmosférica (Aços patináveis ou


aclimáveis).
Por se tratar de aço composto pela mistura de várias ligas como, Cu, Ni,
Cr, etc, é conhecido como aço de baixa liga. São largamente utilizadas no
Brasil e conhecidas pelos seus nomes comerciais: Niocor, COS-AR-COR, SAC
e mais genericamente CORTEN. Sua resistência a corrosão está relacionada
com a atmosfera em que o material é aplicado, assim sendo, em atmosfera
marinha severa e atmosferas industriais agressivas é obrigatória a aplicação de
revestimento, em obras sem revestimento, atenção especial do projetista deve
ser dada a pontos de estagnação evitando retenção de água ou resíduos
sólidos, que favorecem desenvolvimento da corrosão.
Também existem aços com características especiais, como o aço
resistente à corrosão atmosférica, um fenômeno que exige atenção,
principalmente quando se vai utilizar estruturas de aço aparente. Existem
alguns tipos de aços que não precisam de proteção adicional, possuem a
capacidade de resistir a esse tipo de corrosão de forma bastante superior aos
aços comuns e são chamados aços patináveis.
Aplicações: Estradas de ferro e fabricação de vagões de carga.

4. Propriedades Mecânicas

As propriedades do aço podem variar de acordo com sua composição


química e teor de carbono, garantido uma grande diversidade de aplicações
práticas.
O aço apresenta um comportamento dúctil com regimes de deformação
elástica e plástica. Todo material quando submetido a solicitações externas
deforma-se, o comportamento elástico de um material é a capacidade que o
mesmo tem em retornar sua forma e dimensões originais quando retirado os
esforços externos sobre ele. Quando o material já não consegue recuperar sua
forma e dimensões originais, é porque o mesmo é submetido a tensões que
ultrapassam um certo limite (chamado de limite elástico), no qual o material
sofre uma deformação permanente.
Até certo nível de tensão aplicada, o material trabalha no regime
elástico-linear, onde a constante de proporcionalidade é denominada módulo
de deformação longitudinal ou módulo de elasticidade. Ultrapassado o limite de
proporcionalidade, tem lugar a fase plástica, na qual ocorrem deformações
crescentes sem variação de tensão (patamar de escoamento). O valor
constante dessa tensão é a mais importante característica dos aços estruturais
e é denominada resistência ao escoamento. O valor máximo da tensão antes
da ruptura é denominado resistência à ruptura do material.
Os diversos tipos de aço são classificados e denominados por normas
nacionais (NBR) e internacionais (ASTM) de acordo com sua aplicação e
propriedades mecânicas (principalmente a resistência ao escoamento e
resistência à ruptura, no caso de aços estruturais).

5. Propriedades Gerais

Suas propriedades são de fundamental importância, especificamente no


campo de estruturas metálicas, cujo projeto e execução nelas se baseiam. Não
são exclusivas dos aços, mas, de forma semelhante, servem a todos os metais.
Em um teste de resistência, ao submeter uma barra metálica a um esforço de
tração crescente, ela irá apresentar uma deformação progressiva de extensão,
ou seja, um aumento de comprimento. Através da análise deste alongamento,
pode-se chegar a alguns conceitos e propriedades dos aços:
A elasticidade é a propriedade do metal de retornar à forma original,
uma vez removida a força externa atuante.
Ao maior valor de tensão para o qual vale a Lei de Hooke, denomina-se
limite de proporcionalidade. Ao ultrapassar este limite, surge a fase plástica,
onde ocorrem deformações crescentes mesmo sem a variação da tensão: é o
denominado patamar de escoamento. Alguns materiais – como o ferro fundido
ou o aço liga tratado termicamente – não deformam plasticamente antes da
ruptura, sendo considerados materiais frágeis. Estes materiais não apresentam
o patamar de escoamento.
A plasticidade é a propriedade inversa à da elasticidade, ou seja, do
material não voltar à sua forma inicial após a remoção da carga externa,
obtendo-se deformações permanentes. A deformação plástica altera a
estrutura de um metal, aumentando sua dureza.
Ductilidade é a capacidade do material de se deformar sob a ação de
cargas antes de se romper, daí sua grande importância para previnir acidentes
em uma construção, por exemplo. A fragilidade, oposto à ductilidade, é a
característica dos materiais que rompem bruscamente, sem aviso prévio (um
dos principais fatores responsáveis por diversos tipos de acidentes ocorridos
em pontes e navios).
A resiliência é a capacidade de absorver energia mecânica em regime
elástico, ou seja, a capacidade de restituir a energia mecânica absorvida. Já a
tenacidade é a energia total, plástica ou elástica, que o material pode absorver
até a ruptura. Assim, um material dúctil com a mesma resistência de um
material frágil irá requerer maior energia para ser rompido, portanto é mais
tenaz.
A fluência acontece em função de ajustes plásticos que podem ocorrer
em pontos de tensão, ao longo dos contornos dos grão do material. Estes
pontos de tensão aparecem logo após o metal ser solicitado por uma carga
constante, e sofrer a deformação elástica. Após esta fluência ocorre a
deformação continua, levando a uma redução da área do perfil transversal da
peça (denominada estricção). Tem relação com a temperatura a qual o material
está submetido: quanto mais alta, maior ela será, porque facilita o início e fim
da deformação plástica. Nos aços, é significativa para temperaturas superiores
a 350° C, ou seja, em caso de incêndios.
É importante citar ainda a fadiga, sendo a ruptura de um material sob
esforços repetidos ou cíclicos. A ruptura por fadiga é sempre uma ruptura frágil,
mesmo para materiais dúcteis.
Por fim, temos a dureza, que é a resistência ao risco ou abrasão: a
resistência que a superfície do material oferece à penetração de uma peça de
maior dureza. Sua análise é de fundamental importância nas operações de
estampagem de chapas de aços.

6. Estrutura do Aço

O aço, como os demais metais, se solidifica pela formação de cristais,


que vão crescendo a diferentes direções, formando os denominados eixos de
cristalização. A partir de um eixo principal, crescem eixos secundários, que por
sua vez se desdobram em novos eixos e assim por diante até que toda a
massa do metal se torne sólida. O conjunto formado pelo eixo principal e
secundários de um cristal é denominado dendrita. Quando duas dendritas se
encontram, origina-se uma superfície de contato e ao término do processo de
cristalização, formam cada uma os graõs que compõem o metal, de modo que
todos os metais, após sua solidificação completa, são constituídos de inúmeros
grãos, justapostos e unidos.
6.1 Esquema estrutural de uma dentrita

A formação de cristais no ferro ocorre segundo dois tipos de reticulados:


o Ø e ß. Ambos fazem parte de um sistema cristalino cúbico, ou seja, a
unidade básica do cristal tem a forma de um cubo. No primeiro tipo de
reticulado (Ø) denominado cúbico de corpo centrado (CCC), ao isolar-se a
unidade básica do cristal, verifica-se que os átomos de ferro localizam-se nos
oito vértices e no centro do cubo, enquanto que no segundo (ß) agora
denominado cúbico de face centrada, os átomos ficam posicionados nos oito
vértices e no centro de cada face do cubo.

Estrutura cúbica de corpo centrado e cúbica de face centrada:


representação esquemática e tridimensional

Além do ferro, o aço apresenta em sua constituição carbono e elementos


de liga. Estes elementos vão formar junto com o ferro uma solução e, de
acordo com a temperatura e a quantidade de carbono presente, haverá a
presença de um determinado tipo de reticulado.
O aço é constituído de um agregado cristalino, cujos cristais (grãos) se
encontram justapostos. As propriedades dos aços dependem muito de sua
estrutura cristalina, ou seja, de sua composição química, do tamanho dos
grãos, de sua uniformidade. Os tratamentos térmicos bem como os trabalhos
mecânicos modificam em maior ou menor intensidade alguns destes aspectos
(arranjo, dimensões, formato dos grãos) e, conseqüentemente, podem levar a
alterações nas propriedades de um determinado tipo de aço, conferindo-lhe
características específicas: mole ou duro, quebradiço ou tenaz, etc.
Quando solidifica, a 1538 ᵒC, apresenta uma estrutura cúbica de corpo
centrado, a fase (delta). Continuando o resfriamento, ocorre uma mudança de
fase á 1394 ᵒC, com os átomos de ferro sofrendo um rearranjo para uma
estrutura cúbica de faces centradas, a fase (gama). Á 912 ᵒC ocorre um novo
rearranjo cristalino e o ferro volta a apresentar uma estrutura cúbica de corpo
centrado, a fase (alfa). Abaixo da temperatura de 768 ᵒC (ponto Curie) o ferro
passa a apresentar um corportamento magnético, sem no entanto apresentar
qualquer mudança na estrutura cristalina. O carbono forma uma solução sólida
intersticial com o ferro.
Com isto, obtém-se uma liga de baixo custo e com possibilidades de
uma grande variação nas propriedades dependendo do teor de carbono e do
tratamento térmico utilizado.

7. Falhas e Patologias

Os problemas existentes em estruturas de aço são denominados de


patologias. As patologias são decorrentes de diversas causas tais como:
• Movimentação da estrutura provocada por variações térmicas e
higroscópicas;
• Sobrecargas excessivas ou concentração de tensões;
• Deformabilidade excessiva;
• Corrosão;
• Incêndio.
As patologias não têm sua origem concentrada em fatores isolados. A
origem das patologias pode estar ligada a uma das etapas da vida útil da
estrutura metálica:
• Concepção estrutural;
• Fabricação;
• Montagem;
• Utilização;
• Manutenção.
Principais Causas das Falhas:
• Falhas de projeto e de detalhamento;
• Falhas nos processos e detalhes construtivos;
• Falhas de manutenção ou ausência de manutenção preventiva;
• Utilização indevida da estrutura.

As patologias das estruturas podem ser divididas em três categorias:


Adquiridas: procedentes de atuação externa;
Transmitidas: Hábitos ou desconhecimento técnico do pessoal de
fabricação ou montagem da estrutura;
Atávicas: Resultantes de má concepção de projeto. As estruturas
atingidas por patologias precisam de uma recuperação;
• As manutenções facilitam o trabalho e tornam menos dispendioso as
correções;
• Cada sistema tem suas características e seus cuidados específicos;
• A durabilidade das estruturas depende desses cuidados com os
detalhes no projeto, do nível de exposição da estrutura e de sua proteção.

A diminuição da ocorrência patológica requer:


• Projetos com detalhamento mais elaborado;
• Interação com projetistas de outras partes da estrutura;
• Interação com o pessoal de fabricação e montagem;
• Escolha de materiais eficientes;
• Atualização profissional constante;
• Manutenção preventiva.

Conclui-se ainda que o estudo das patologias nas estruturas metálicas


necessita ser tratado de forma mais acurada, sistematizando os dados
coletados através de inspeções visuais para manter um controle maior sobre o
desenvolvimento das patologias e suas causas.
8. IMPORTÂNCIA TECNOLÓGICA DO AÇO

8.1 O AÇO NA HISTÓRIA

No período conceituado de “Revolução Industrial” nos séculos XVIII e


XIX, surgem uma série de invenções técnicas que vão modificar as condições
de produção em diversos setores da indústria. Na indústria metalúrgica Darby
substitui o carvão vegetal pelo carvão mineral no tratamento do ferro. Em 1784,
Corty desenvolve o processo de “puddlage” (fabricação do aço submetendo-se
o ferro fundido à ação do oxigênio), através da manipulação manual com
bastões onde o ferro líquido se transformava em aço. O processo, entretanto,
era lento e pouco produtivo, até que em 1856, Henry Bessemer, um engenheiro
metalurgista do Reino Unido, desenvolve o processo de Bessemer, esta
invenção tinha como principal objetivo o da remoção de impurezas do ferro
pela oxidação com o ar soprado através do ferro fundido. A oxidação aumenta
assim a temperatura da massa do ferro e mantém em estado fundido. Este
processo apresentou vantagens, pois permitia produzir uma melhor qualidade e
quantidade de aço, reduzindo também o tempo de produção. O aço resultante
foi mais forte e mais durável, permitindo que estruturas maiores e mais
duradouras fossem construídas.
O processo Siemens-Martin de 1864, que tornou possível derreter metal
escovado em aço, foi mais um marco na produção de aço. E a indústria de aço
continuou se desenvolvendo: processos ainda melhores significavam que uma
maior quantidade de aço de alta qualidade poderia ser produzida com menos
trabalho manual.
Outro processo implantado comercialmente a partir de meados do
século XX, é o processo elétrico (FEA) onde energia elétrica é transformado
em energia térmica, usualmente usado para produzir aço a partir da sucata
e/ou gusa adquirido de terceiros (sólido).
Em 1912, cientistas da siderúrgica de Krupp na Alemanha,
acidentalmente descobriram como fabricar aço à prova de ferrugem. O aço
inoxidável é composto de ferro, cromo e níquel e é usado em tecnologia
médica, por exemplo.
Hoje o aço representa um material de alta tecnologia. Por exemplo, o
aço de alta potência e ductilidade (HDS em inglês) é capaz de fazer “zonas de
amasso inteligente”: a idéia é que o material, que deforma facilmente, se torne
mais duro depois de uma colisão por meios de transformações estruturais,
oferecendo mais proteção. Carrocerias de veículos feitas com este tipo de “aço
deformado” não só aumentam a segurança como também contribuem com a
redução do consumo de energia por serem especialmente mais claras.

8.2 SISTEMA CONSTRUTIVO EM AÇO

O sistema construtivo em aço apresenta vantagens significativas sobre o


sistema construtivo convencional:

Liberdade no projeto de arquitetura - A tecnologia do aço confere aos


arquitetos total liberdade criadora, permitindo a elaboração de projetos
arrojados e de expressão arquitetônica marcante.
Maior área útil - As seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente
mais esbeltas do que as equivalentes em concreto, resultando em melhor
aproveitamento do espaço interno e aumento da área útil, fator muito
importante principalmente em garagens.
Flexibilidade - A estrutura metálica mostra-se especialmente indicada nos
casos onde há necessidade de adaptações, ampliações, reformas e mudança
de ocupação de edifícios. Além disso, torna mais fácil a passagem de utilidades
como água, ar condicionado, eletricidade, esgoto, telefonia, informática, etc.
Compatibilidade com outros materiais - O sistema construtivo em aço é
perfeitamente compatível com qualquer tipo de material de fechamento, tanto
vertical como horizontal, admitindo desde os mais convencionais (tijolos e
blocos, lajes moldadas in loco) até componentes pré-fabricados (lajes e painéis
de concreto, painéis "drywall", etc).
Menor prazo de execução- A fabricação da estrutura em paralelo com a
execução das fundações, a possibilidade de se trabalhar em diversas frentes
de serviços simultaneamente, a diminuição de formas e escoramentos e o fato
da montagem da estrutura não ser afetada pela ocorrência de chuvas, pode
levar a uma redução de até 40% no tempo de execução quando comparado
com os processos convencionais.
Racionalização de materiais e mão-de-obra- Numa obra, através de processos
convencionais, o desperdício de materiais pode chegar a 25% em peso. A
estrutura metálica possibilita a adoção de sistemas industrializados, fazendo
com que o desperdício seja sensivelmente reduzido.
Alívio de carga nas fundações - Por serem mais leves, as estruturas metálicas
podem reduzir em até 30% o custo das fundações.
Garantia de qualidade - A fabricação de uma estrutura metálica ocorre dentro
de uma indústria e conta com mão-de-obra altamente qualificada, o que dá ao
cliente a garantia de uma obra com qualidade superior devido ao rígido controle
existente durante todo o processo industrial.
Antecipação do ganho - Em função da maior velocidade de execução da obra,
haverá um ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel e pela rapidez
no retorno do capital investido.
Organização do canteiro de obras - Como a estrutura metálica é totalmente
pré-fabricada, há uma melhor organização do canteiro devido entre outros à
ausência de grandes depósitos de areia, brita, cimento, madeiras e ferragens,
reduzindo também o inevitável desperdício desses materiais. O ambiente limpo
com menor geração de entulho oferece ainda melhores condições de
segurança ao trabalhador contribuindo para a redução dos acidentes na obra.
Reciclabilidade - As estruturas podem ser desmontadas e reaproveitadas.
Preservação do meio ambiente - A estrutura metálica é menos agressiva ao
meio ambiente pois além de reduzir o consumo de madeira na obra, diminui a
emissão de material particulado e poluição sonora geradas pelas serras e
outros equipamentos destinados a trabalhar a madeira.
Precisão construtiva - Enquanto nas estruturas de concreto a precisão é
medida em centímetros, numa estrutura metálica a unidade empregada é o
milímetro. Isso garante uma estrutura perfeitamente aprumada e nivelada,
facilitando atividades como o assentamento de esquadrias, instalação de
elevadores, bem como redução no custo dos materiais de revestimento.
9. MELHORAMENTO DAS PROPRIEADES DO AÇO

Por mais controlado que seja o processo de fabricação do aço, é


impossível produzi-lo sem essas impurezas. E elas, de certa forma, têm
influência sobre as propriedades desse material.
Quando adicionadas propositalmente são consideradas elementos de
liga, conferindo propriedades especiais ao aço. Às vezes, elas ajudam, às
vezes, elas atrapalham. Assim, o que se deve fazer é controlar suas
quantidades.
A tabela abaixo mostra de forma sucinta a influência dos principais
elementos de liga nas propriedades do aço.

Manganês

O manganês é a impureza encontrada em maior quantidade no aço (até


1,65%). Na produção do aço, ele é adicionado para auxiliar na desoxidação do
metal líquido e para neutralizar o efeito nocivo do enxofre. Nesse processo, ele
se combina primeiro com o enxofre e forma o sulfeto de manganês (MnS). Isso
aumenta a forjabilidade do aço, a temperabilidade, a resistência ao choque e o
limite elástico.

Fósforo

O fósforo é um elemento cuja quantidade presente no aço deve ser


controlada, principalmente, nos aços duros, com alto teor de carbono. Quando
ultrapassa certos limites, ele faz o aço ficar mais duro ainda e, por isso, mais
frágil a frio. Isso quer dizer que a peça de aço, com valores indesejáveis de
fósforo, pode quebrar facilmente quando usada em temperatura ambiente.
Em aços de baixo teor de carbono, por outro lado, seu efeito nocivo é menor,
pois nesse caso o fósforo auxilia no aumento da dureza, e também aumenta a
resistência à tração, a resistência à corrosão e a usinabilidade.

Silício

É um agente desoxidante na produção do aço. Aumenta a resistência à


corrosão e a resistência à tração, mas prejudica a soldagem. O silício aumenta
significativamente a resistividade elétrica do aço e, por isso, aços com silício
são amplamente usados em núcleos magnéticos (motores, transformadores,
etc) devido às menores perdas com as correntes parasitas que se formam.

Níquel

O níquel altera a alotropia do ferro e teores acima de 25% fazem reter a


austenita em temperaturas usuais, fazendo um aço austenítico, que é não
magnético e bastante resistente à corrosão.

Cromo

O Cromo aumenta a temperabilidade do aço e contribui para a


resistência ao desgaste e dureza. Percentagens mais altas de cromo são
encontradas em aços resistentes a altas temperaturas.
Aços com cromo são mais fáceis de usinar do que aços com níquel de
resistência mecânica similar.
Molibdênio

O Molibdênio aumenta a temperabilidade e reduz as temperaturas de


têmpera. Também ajuda a aumentar a dureza ao rubro e a resistência ao
desgaste. O molibdênio é um dos constituintes de alguns aços rápidos, aços
resistentes a corrosão e altas temperaturas.

Vanádio

Refina a estrutura do aço, impedindo o crescimento dos grãos. Forma


carbonetos duros e estáveis e é usado em aços para ferramentas para
aumentar a capacidade de corte e dureza em altas temperaturas.

Alumínio

Outro elemento que é adicionado ao metal líquido para auxiliar na


desoxidação é o alumínio. Ele é usado para "acalmar" o aço, ou seja, para
diminuir ou eliminar o desprendimento de gases que agitam o aço quando ele
está se solidificando.

10. Construções mistas (aço/concreto):

Identificação dos elementos estruturais

Nos edifícios, os elementos estruturais que compõem o sistema


estrutural podem ser divididos didaticamente em lajes, vigas e pilares ou a
união destes elementos que devem ter resistência mecânica, estabilidade,
rigidez, resistência à fissuração e a deslocamentos excessivos para poderem
contribuir de modo efetivo na resistêncial do edifício.
Para melhorar a resistência às ações do vento, podem ser
dispostos painéis verticais constituídos por pilares paredes ou elementos de
contraventamento vertical como as diagonais.
Lajes mistas

Esse sistema consiste na utilização de uma fôrma permanente


nervurada de aço, como suporte para o concreto antes da cura e da atuação
das cargas de utilização. Após a cura do concreto, os dois materiais, a fôrma
de aço e o concreto, solidarizam-se estruturalmente, formando o sistema misto.
A fôrma de aço substitui então a armadura positiva da laje
São varias as funções das fôrmas de aço empregadas nas lajes mistas.
Além de suportarem os carregamentos durante a construção e funcionarem
como plataforma de trabalho, contraventam a estrutura, distribuem as
deformações por retração, evitam a fissuração excessiva do concreto,
apresentam vantagens como a possibilidade de dispensa do escoramento da
laje e a facilidade oferecida à passagem de dutos e instalações.

Vigas mistas

As vigas mistas são resultado da associação de uma viga de aço com


uma laje de concreto ou mista,cuja ligação é feita por meio dos conectores de
cisalhamento, geralmente soldados à mesa superior do perfil. As lajes de
concreto podem ser moldadas in loco, com face inferior plana ou com fôrma de
aço incorporada, ou ainda, podem ser formadas de elementos pré-fabricados.
Uma das vantagens da utilização de vigas mistas em sistemas de pisos é a
resistência e a rigidez propiciados pela associação dos elementos de aço e de
concreto, o que possibilita a redução da altura dos elementos estruturais,
economizando material.
As vigas mistas podem ser simplesmente apoiadas ou contínuas. As
simplesmente apoiadas ajudam para a maior eficiência do sistema misto, pois a
viga de aço trabalha à tração e a laje de concreto à compressão.
Com relação ao método construtivo, pode-se optar pelo não
escoramento da laje devido à necessidade de velocidade de construção. Por
outro lado, o escoramento da laje pode ser apropriado caso seja necessário
limitar os deslocamentos verticais da viga de aço na fase construtiva.
Pilares mistos

Os pilares mistos, são constituídos por um ou mais perfis de aço,


preenchidos ou revestidos de concreto. A combinação dos dois materiais em
pilares mistos propicia além da proteção ao fogo e à corrosão, o aumento da
resistência do pilar. Essa combinação ajuda para o aumento na rigidez da
estrutura aos carregamentos horizontais. A ductilidade é outro ponto que
diferencia os pilares mistos, os quais apresentam um comportamento mais
"dúctil" quando comparados aos pilares de concreto armado.
Existem também outras vantagens, tal como a ausência de fôrmas, no
caso de pilares mistos preenchidos, possibilitando a redução de custos com
materiais, mão-de- obra e agilidade na execução.
Os pilares mistos revestidos caracterizam- se pelo envolvimento, por completo,
do elemento estrutural em aço. A presença do concreto como revestimento,
além de propiciar maior resistência, impede a flambagem local dos elementos
da seção de aço, fornece maior proteção ao fogo e à corrosão do pilar de aço.
A principal desvantagem desse tipo de pilar é a necessidade de utilização de
fôrmas para a concretagem, tornando sua execução mais trabalhosa,
comparada ao pilar misto preenchido.

11. Utilização mais comum do aço:

Conforme o gráfico abaixo, é possível observar que atualmente o


aço tem sua utilização concentrada na construção civil. Isso se deve ao fato de
que cada vez mais tem se aproveitado as características vantajosas do aço na
construção, mostrando ser um mercado promissor e com um grande potencial
de crescimento. Seu diferencial está em ser um material homogêneo, tenaz e
resistente e possuir um custo menor que outros materiais usados utilizados,
logo, ele é possível executar um projeto de forma eficiente e com um preço
menor.
Em uma construção, é notável a presença do aço na estrutura metálica,
que pode usada em grandes construções, como pontes, viadutos, edifícios,
entre outros, em médias construções, como galpões, silos, passarelas e ainda
em pequenas construções, como casas, estrutura de telhados, quiosques,
postos de gasolina e etc. Além disso, pode ser utilizado nas esquadrias, no
piso, na estrutura do telhado e inclusive nas paredes.
Por meio da praticidade que é construir com o aço e grande eficiência
que as estruturas metálicas possuem, necessitando de menores prazos (é
possível fabricar a estrutura e fazer a fundação ao mesmo tempo), evitando os
desperdícios de material, já que é possível reciclar boa parte do material e é
produzido pouca quantidade de entulho, faz com que o aço seja cada vez mais
usado na construção civil, ou seja, uma obra limpa, rápida e de alta qualidade,
pois é resistente mecanicamente, muito durável e adaptável a qualquer projeto.
Além disso, pode-se citar como vantagem também o baixo custo com logística,
pois a estrutura em aço é muito leve, permitindo a redução de cargas na
fundação.

Fonte: site http://www.acobrasil.org.br/site/portugues/aco/aplicacoes--


bens-capital.asp
12. Aplicações mais comum e inovações tecnológicas:

Neste tópico, serão mostradas obras incomuns e novas


tecnológicas que utilizam o aço nos dias de hoje.
Estrutura de aço usada para “sepultar” o reator 4 de Chernobyl
Um projeto de US$ 2 bilhões está sendo feito, com o objetivo de
construir um “sarcófago” de proteção em torno do reator da usina de
Chernobyl. São necessário em torno de 250 mil trabalhadores da construção
civil para a realização do projeto, chamado de NSC ( Novo Confinamento
Seguro, sigla traduzida para o português). O projeto consiste,
basicamente, em um arco gigante feito de aço, com 90 metros de altura, que
irá proteger a região ao redor do reator e do sarcófago já existente, caso este
estre em colapso. O projeto, iniciado em 1992, tem previsão para estar
finalizado em 2015. A demora se explica pelo seu tamanho, além de ser alto,
precisa ser largo o suficiente para cobrir um campo de futebol. Além disso,
devido a radioatividade, não é possível construído no local do acidente, e sim a
quilômetros de distancia, e será levado por meio do transporte ferroviário.
A principal complicação está em uma chaminé acima do reator, que
precisa ser retirada antes de se colocar a estrutura, a chaminé é cortada e
retirada aos poucos, através de um guindaste. Qual erro de cálculo ou uma
falha no guindaste é capaz de lançar radioatividade na atmosfera, além disso,
os trabalhadores tem um tempo máximo que podem ficar no local, por isso,
esse processo precisa ser lento e ser feito com extremo cuidado. Essa
estrutura de 26.000 toneladas é projetada para durar em torno de 100 anos,
funcionando como uma “solução temporária”.

Catedral feita de aço

Como prova de que o aço é um material adaptável a qualquer projeto, foi


feito em 2002 a Catedral Casa da Benção, em Taquatinga/DF, uma cobertura
toda em aço. A arquitetura segue o modelo antigo de construção, no entanto o
material utilizado é atualizado, o aço, permitindo uma bela arquitetura e
velocidade na execução. A obra possui mais de 40 toneladas de aço, em
tesouras treliçadas, terças, tubos, chapas e cantoneiras. Para vedação da
cobertura foi utilizado um sistema especial, para igrejas, que fornece conforto
térmico e bloqueia a passagem de sons tanto de dentro para fora, como de fora
para dentro. Este sistema basicamente consiste na telha inferior perfurada para
combater a reverberação, forrada com uma camada de lã de rocha,
posteriormente uma chapa lisa sobre a mesma, mais uma camada de lã de
rocha e finalmente a telha superior.

Metalúrgico desenvolve método inovador para produção de liga metálica

Um metalúrgico de Ohio, Estados Unidos, descobriu um novo


para fabricar o aço, que é 7% mais forte e mais leve e possui uma capacidade
30% maior de ser transformado em objetos menores e barras, sem perder sua
resistência. Além disso, o processo leva cerca de 10 segundos. O material é
exposto a uma temperatura de 1100º e logo depois é dado um banho de
resfriamento, tudo em 10 segundos. Em comparação com o aço mais utilizado,
o Martenístico, o processo dura cerca de horas e aço é colocado sob uma
temperatura de 900º.
Após a descoberta do metalúrgico, foram feitos estudos para comprovar
esse novo processo, e a explicação encontrada foi a seguinte: a liga possui em
sua estrutura interna o maternístico, mas na realmente não é ele, nesse
material se tem a presença do bainite e compostos ricos em carbono. Quando
o aço tradicional é aquecido ele se transforma em austenita, que, como o
aquecimento e resfriamento mais lento, se dissolve. No novo método, o
aquecimento e resfriamento são tão rápidos que não há tempo para a
dissolução completa da austenita, deixando o aço com a estrutura formada por
martenístico, bainite e compostos de carbono, essa formação permite que o
material fique mais dúctil. Isso pode ser uma grande mudança na indústria
mundial, principalmente na automobilística, que poderá produzir carros mais
leves, resistentes (seguros) e com melhor aproveitamento de combustível.
Light Steel Framing

O método construtivo Light Steel Framing é um sistema que utiliza perfis


de aço galvanizado como principal elemento estrutural. São estruturas que não
utilizam tijolo ou cimento. Quanto ao dimensionamento, o mais usual são perfis
de 90x38mm para paredes, espaçados a cada 60cm, na obras térreas e 40cm
no térreo de obras com pavimentos superiores. Também encontramos no
mercado perfis 150/200/250mm, que geralmente são usados para produção de
lajes e entrepisos. No Brasil a espessura de alma de perfil mais usada é a de
0,95mm, porém temos no mercado brasileiro perfis com
0,85, 1,28 e 1,65mm de espessura. Como vantagens desse sistema
pode-se citar: menor tempo de construção e retorno de investimento,
construção sustentável, gerando uma obra limpa, fabricação da estrutura em
paralelo com a execução das fundações, menor custo de mão de obra sendo
80% em materiais e 20% de mão-de-obra, versatilidade, permite executar
qualquer modelo arquitetônico, melhor controle do canteiro de obras. Além
disso, essa obra possui: maior conforto termoacústico, menor custo de
manutenção, melhor controle da umidade no ambiente interno, fácil limpeza e
conservação, preservação do meio ambiente, emite 5 vezes menos CO²
quando comparado com o sistema convencional, recebe a construção sem
patologias comuns dos sistemas tradicionais, a estrutura é imune a ação de
insetos.
Quanto aos revestimentos, que são parafusados nos perfis de aço,
pode-se usar o gesso acartonado, placa cimenticias para a parte externa e
placa OSB, para dar mais resistência a parede. No interior, entre as placas,
pode-se usar isopor ou lã de vidro, que são isolantes termoacusticas e ainda a
membra TYPAR, para o controle da entrada de umidade da parede.
Assim, pode-se dizer que os sistemas de construção à seco se
apresentam diante da grande demanda por habitações, como uma solução
para obras econômicas, porem estamos diante de um produto extremamente
bem resolvido tecnologicamente, resultado em obras infinitamente melhores
em qualidade de acabamento, instalações e desempenho.
13. Conclusão

Por meio deste trabalho, foi possível notar a importância do aço para a
sociedade, pois esse esta presente em diversas áreas do cotidiano. Seja nas
utilidades domésticas, nos meios de transporte, em embalagens, na agricultura
e principalmente na construção civil. Graças as suas vantajosas características,
esse material é essencial para a evolução tecnológica nas construções.
Além disso, com os investimentos nesse campo, foi possível reduzir
drasticamente os impactos da produção desse material no meio ambiente e ao
mesmo tempo produzir cada vez mais com uma quantidade menor de matéria-
prima.
Por isso, pode-se dizer que este trabalho foi de fundamental importância
para ampliar o conhecimento sobre este material tão usado atualmente e
aproximar-nos ainda mais da engenharia civil.
Referências:

http://www.cbca-acobrasil.org.br/#
http://www.acobrasil.org.br/site/portugues/index.asp
http://www.gerdau.com.br/
http://exame.abril.com.br/
www.profissionaldoaco.com.br/destaques
Revista Galileu
http://www.metalica.com.br/construcoes-metalicas-o-uso-do-aco-na-
construcao-civil

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