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Um fenômeno que pode ocorrer é o twist hackle que é a ramificação devido a rotação e
aparece na superfície de fratura como adagas muito estreitas e afiadas na forma de linhas
paralelas, assim como mostrado na figura 6. Quando o campo de tensões sofre um giro em
relação ao plano de propagação, a trinca poderia sofrer uma rotação, porém, é
energeticamente pouco favorável, o que é favorável é a trinca se ramificar em uma série de
retas não coplanares e paralelas.
A propagação das trincas pode ser influenciada pelo meio que está exposto, se por
acaso estiver exposto a um ambiente aquoso ou úmido, devido ao efeito da viscosidade. Se
uma parte da trinca é exposta a um meio úmido e outra um meio seco, aparece na superfície
da fratura o que se chama de linhas de escarpas, essas linhas são criadas pela intersecção
dos dois meios. Podem haver escarpas de desaceleração e na forma de serra. As de
desaceleração são geradas quando a trinca está propagando em meio seco e é desacelerada
pelo meio úmido, que absorve água por capilaridade.
Já as linhas de serra são gerados quando a trinca está propagando em meio úmido e
sofre uma elevação e uma queda de tensão, um pico de tensão, formando fraturas que
parecem montanhas, assim como mostrado na figura 8. Isso ocorre quando, na ausência de
água a trinca acelera, cavita e desacelera pela água.
Outras marcas importantes são as marcas de gaivota e os Wake Hackle que são
resultantes da combinação das linhas de Wallner e dos twist hackle em frente de um defeito,
como poro ou inclusão.
SLIDES
A quantidade de deformação nos materiais cristalinos varia em função dos tipos de
ligações, estrutura cristalina, microestrutura, condições de ensaio, estado de tensão.
Os materiais cerâmicos são inerentemente frágeis, cuja a fragilidade pode ser abaixada
por mecanismos extrínsecos como adição de fibras, microtrincas ou segunda fase (que nem a
ítria usada para estabilizar a zircônia) ou mecanismos intrínsecos, como o melhoramento da
fabricação que implica em um número menor de defeitos e uma maior tensão para que permita
a propagação.
Se a cerâmica for monocristalina a fratura será transgranular, porém, se for policristalina
pode ocorrer trans e intergranlunar, a fratura irá propagar para onde tiver menor energia. Isso
resulta a uma maior resistência a tração da cerâmica monocristalina
Os vidros que são amorfos, não possuem ordenação, logo não são formados cristais.
Com isso não há mecanismos de derformação plástica abaixo da Tg, tornando esses materiais
frágeis. O alívio de tensões nesses matérias se dá pela fratura que poderá ser propagada na
direção normal a tensão.
As cerâmicas possuem fortes ligações químicas (iônicas e covalentes), são frágeis e
não possuem deformação plástica, até mesmo cerâmicas amorfas, como os vidros, são frágeis.
As fraturas podem ocorre de forma intergranular ou clivagem e são susceptíveis a
concentrações de tensões externos, defeitos.
Há três tipos de falhas que podem ocorrer: por erro de projeto, falhas produzidas
durante o processamento ou falhas de serviço.
Quando o material está sob flexão origina os cantiever curl, como ilustrado na figura 7.
Uma outra forma de fratura é por tensões térmicas, causadas pela anisotropia do
coeficiente de expansão em cerâmicas não cúbicas. Isso ocorre quando uma cerâmica é
resfriada, assim aumenta as tensões internas, levando a microtrincas. A figura 8 ilustra como
ocorre esse fenômeno em uma alumina.