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O Siscomex

O Sistema Integrado de Comércio Exterior teve seu início em 1992, informatizando os processos de exporta-
ção. Em 1997 entrou em vigor o Siscomex importação e o sistema se consolidou com a criação de um fluxo único
de informações e integração de todos os intervenientes, tornando possível o registro de declarações e informa-
ções conforme fluxo pré-estabelecido, constituindo assim, uma padronização dos procedimentos.

Anos mais tarde, foram criadas versões web do sistema, com mais funcionalidades e facilidades, em uma nova
plataforma. As transformações ocorreram em 2010 e 2012 para exportação e importação, respectivamente.

O Sistema tem como gestores:

Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB, responsável pelas áreas aduaneira e tributária;

Secretaria de Comércio Exterior – SECEX, responsável área administrativa;

Banco Central do Brasil – BACEN, responsável pelas áreas financeira e cambial.

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Portal Único Siscomex

Projeto iniciado em 2013 para reformular os processos de importação, exportação e trânsito aduaneiro, buscando
mais eficiência e harmonização de processos de comércio exterior, tendo como base: Integração dos intervenien-
tes, Redesenho de Processos e Tecnologia da Informação.

Integração entre os órgãos do governo (22 participantes) e o setor privado (importadores, exportadores, des-
pachantes, transportadores, etc.) a fim de gerar cooperação para o funcionamento do Portal Único e eliminação
de duplicidade nos procedimentos e documentos. Seguindo esta dinâmica, têm-se então o a difusão de informa-
ções, metodologia uniforme e ferramentas compartilhadas, ou seja, unir competências para dinamizar o comércio
exterior.

O Redesenho de Processos acontece em razão da importância de adequar operações à evolução do comércio


exterior, tendo em vista atender novas necessidades criadas a partir de políticas públicas voltas ao meio am-
biente, segurança alimentar, proteção aos consumidores, entre outras. Para cada nova necessidade dos órgãos
intervenientes, novos procedimentos são implantados, sendo assim, os processos precisam ser atualizados,
buscando sempre eficiência e eliminação de etapas desnecessárias.

A Tecnologia da informação é crucial para efetivar a integração, informatização e reformulação dos processos,
desenvolvendo ferramentas capazes de compartilhar informações contidas em um sistema, com os demais que
delas necessitem.

Com as práticas acima, estima-se:

Redução de prazos e custos;


Transparência e Previsibilidade;

Simplificação.

Breve Histórico Siscomex

• Exportação 1992;

• Importação 1997;

• NovoEx 2010;

• Importação Web 2012;

• DU-E 2017.

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O que é Declaração Única de Exportação (DU-E)?

D
ocumento eletrônico que define o enquadramento da operação de exportação e compreende informa-
ções de natureza aduaneira, administrativa, comercial, financeira, fiscal e logística, que caracterizam a
operação de exportação dos bens por ela amparados.

Concluída a DU-E, a mesma dará origem ao despacho aduaneiro de exportação e servirá de base para o controle
aduaneiro e administrativo das operações de exportação.

Sobre seu funcionamento

As funcionalidades da DU-E estão disponíveis no Portal Único Siscomex, onde é possível ter acesso paralelo à
outras etapas e informações do processo de exportação, sendo estes: Tratamento Administrativo, LPCO (Licen-
ças, Permissões, Certificados e Outros Documentos à Exportação) e CCT (Controle de Carga e Trânsito), con-
forme imagem a seguir:

O processo então proporciona compatibilidade e integração de informações, pois a DU-E é instruída por uma
NF-e que fornecerá dados básicos para a elaboração do documento de maneira automática e fará a vinculação
da Declaração com o sistema SPED-Fiscal. Além disso, o LPCO assim como o CCT tem a possibilidade de serem
iniciados paralelo à DU-E.

O Fluxo abaixo demonstra o funcionamento simplificado do novo processo de exportação:

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Elaboração

A elaboração da DU-E acontece em três passos (telas).

Dentro das Informações Gerais, os principais dados a serem preenchidos são:

CNPJ/CPF do declarante; Forma de exportação

Moeda; O exportador pode realizar exportação, por umas das


três formas:
Forma de exportação;
Exportação Própria;

Referência Única da carga (RUC);
Exportação por meio de operador de remessa ex-

Unidade da Receita Federal no local de despacho; pressa ou postal;
Recinto aduaneiro no local de despacho; Exportação por conta e ordem de terceiro.

Unidade da Receita Federal no local de embarque;
Recinto aduaneiro no local de embarque.
Referência Única da carga (RUC)
É um número de rastreio/registro de carga que segue um padrão
Na segunda etapa, Notas Fiscais,
recomendado pela Organização Mundial das Aduanas (OMA).
é necessário informar somente: Com este código é possível consultar a localização da carga.
O código RUC é composto por até 35 caracteres, com o seguin-
te formato: ano – país – exportador – década – referência do
Chave de Acesso da NF-e.
operador.
Ano em que é gerada a RUC. Por exemplo, “7” se foi gerada em
Na etapa de número 3, 2017 e “8” se gerada em 2018.
encontra-se o Detalhamento dos itens, País onde a RUC foi gerada. No caso do exportador brasileiro,
utiliza-se BR.
onde os principais campos são:
Exportador, utiliza-se os primeiros 8 dígitos do CNPJ, ou 11 dí-
gitos em caso de CPF.
Década do ano em que é gerado o registro. Exemplo, “1” se
gerada em 2017, 2 se gerada em 2020.
Referência informada pelo exportador, deve conter de 1 a 23
caracteres.
*Caso o exportador não gere um número, o sistema irá
emitir.

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Destaque da NCM;
Dados do Ato Concessório
Peso Líquido;
Caso o processo possua regime de Drawback, será necessário
Condição de Venda; informar dados do ato concessório.
Enquadramento; *Drawback – Regime Aduaneiro Especial com o intuito de in-
País de Destino. centivar as exportações brasileiras. Concede aos seus benefi-
ciários suspensão ou eliminação de tributos sobre insumos ad-
quiridos no exterior (importação) ou no mercado interno com o
objetivo de serem empregadas na produção de bens que serão
Informação adicional dependendo da NCM
exportados. A concessão é feita através de um pedido de Ato
e seu destaque (atributo): Concessório, que especifica informações sobre a carga e vali-
dade do regime.

Dados de LPCO;
Dados Exportação temporária
Informação adicional dependendo Caso o processo seja uma exportação temporária será neces-
do enquadramento: sário informar prazo em dias em que a mercadoria ficará no
exterior e dossiê que concede o regime.
Dossiê exportação temporária – A exportação temporária é um
Dados do Ato Concessório; regime aduaneiro especial que necessita de autorização para
Dados Exportação temporária. ser utilizado, ele oferece suspensão do pagamento do impos-
to de exportação. A empresa interessada deve abrir um dos-
siê eletrônico com informações e documentos solicitados pela
RFB, caso deferido, é possível exportar sob amparo do regime.

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Licenças, Permissões, Certificados e Outros Documentos à Exportação – LPCO

É um módulo dentro do Portal Único que permite o relacionamento dos exportadores com órgãos anuentes do
comércio exterior e entidades da administração pública federal, visando atender requisitos para realizar uma
operação de exportação.

O módulo proporciona acesso aos formulários de pedidos de documentos referentes aos tratamentos administra-
tivos de competência de cada órgão anuente na exportação.

A vinculação do LPCO à Declaração Única de Exportação acontece no momento em que se informa o número do
documento em campo específico do item da DU-E a que se refere a exigência, conforme figura abaixo:

Quando uma mercadoria necessitar de LPCO, é proibida sua saída do país sem o devido documento emitido
pelo órgão competente.

** Observar que nem todas as mercadorias são passíveis de licenciamento.

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Controle de Carga e Transito - CCT

É o módulo que realiza o controle da carga de exportação, tais como sua custódia, localização e movimentação
em todas as etapas do despacho aduaneiro. O controle se dá por meio de funcionalidades, entre elas:

*Recepção de Carga;

*Entrega de Carga;

*Consolidação ou Desconsolidação de Carga;

*Unitização e Desunitização de carga;

*Manifestação de Embarque;

*Consulta de Estoque.

Vantagens do Novo Processo de Exportação

Um dos principais benefícios da implementação deste novo processo é a eliminação de mais ou menos 14% dos
documentos requeridos no processo antigo, além de:

• Eliminação de algumas etapas do processo, pois o documento armazena informações aduaneiras, tributá-
rias, fiscais, financeiras, administrativas e de logística;

• Ligação entre a SEFAZ e a Receita Federal;

• Conferência automatizada de todas as informações;

• Expectativa de redução de 40% do prazo médio para a operação de exportação.

Esse conjunto de benefícios torna o país mais competitivo dentro do mercado internacional.

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