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Educação em Saúde Bucal e

Grupos Educativos
Refletir sobre as ações em Educação em Saúde Bucal, conhecer os grupos 
educativos trabalhados pela equipe de saúde bucal e temas relacionados aos 
mesmos. 
    
   
A  Educação  em  Saúde  Bucal  apresenta  um  papel  relevante  na  prevenção  dos 
problemas  bucais,  pois  leva  o  indivíduo  a  ter  consciência  das  doenças  que 
podem  acometer  a  boca  e  das  medidas  preventivas  para  sua  prevenção. 
Contudo,  a  mesma  apresenta  um  problema  quando  se  discute  as  práticas  em 
educação em saúde bucal ​tradicionais​ e ​atuais​. 
  
As práticas ​tradicionais​ se desenvolvem da seguinte forma: 
  

a. baseado em transmissão de informações; 

b. mensagens  prontas,  aplicáveis  em  todos  os  lugares, 


todas as faixas etárias e camadas sociais; 

c. programas  partem  do  diagnóstico  técnico-estatístico  da 


doença, desconsiderando o diagnóstico social; 

d. caracteriza  o  indivíduo  apenas  através  de  seus  dentes, 


bactérias,  esquecendo-se  de  sua  boca,  seu  corpo,  seus 
prazeres, seus afetos; 

e. dente  se  apresenta  como  figura  viva  que  representa  os 


sentimentos  e  sensações  humanas  –  limpeza,  alegria, 
dor, tristeza. 

  
Já as práticas ​atuais​ se empenham em: 
  

a. enfocar  o  indivíduo,  seu  corpo,  seus  desejos,  sua 


inserção na realidade social; 

b. considerar a realidade do indivíduo; 

c. utilizar o diálogo como ponto de partida; 


d. superar  a  tradicional  regra  do  reforço  punitivo  onde  a 
doença é vista como não cumprimento de regras. 

  
Diante  disso,  percebe-se  que  se  as  práticas  tradicionais  continuarem  a  serem 
executadas,  o  profissional  não  terá  êxito,  já  que  a  dinâmica  da  sociedade  nos 
cobra  uma  maior  interação,  e  a  partir  disso,  após  conhecê-la,  pode-se  propor 
mudanças. 
  
A atuação em Educação em Saúde Bucal é dividida em cinco etapas: 
  

1. Identificar  o  problema,  com  o  pensamento  de  “o  que 


precisa  melhorar”  nesta  comunidade,  neste  público  que 
irá trabalhar. 

2. Resultado  visado,  ou  seja,  o  que  se  quer  a  curto  e  em 


longo prazo. 

3. A  Adequação  do  conteúdo  ao  nível  e  dos  meios 


utilizados,  ou  seja,  pra  quem  vou  falar,  e  como  eles  vão 
me entender. 

4. Os  bloqueios  na  comunicação  que  poderão  atrapalhar  a 


eficácia  da  atividade  de  educação  em  saúde  bucal,  como 
crenças, costumes, etc. 

5. A  última  etapa  é  a  Avaliação,  para  verificar  o  que  deu 


certo? O que precisa melhorar? Aonde está o erro e como 
posso  mudar  minha  estratégia  para  melhorar  a  minha 
performance? 

  
Na prática de educação em Saúde Bucal, são desenvolvidos três domínios: 
  
● Domínio  Cognitivo​,  o  qual  trabalha  o  compartilhamento 
de  informação,  para  que  o  sujeito  receptor  tenha 
conhecimento,  de  como  ocorre  à  doença,  de  como 
preveni-la.  Além  disso,  envolve  o  comportamento 
intelectual dos participantes. 
● Domínio  Afetivo​,  neste é o momento crucial da atividade 
em  Educação  em  Saúde  Bucal,  no  qual  se  estabelece  a 
confiança  dos  participantes  naquele  que  está 
desenvolvendo  a  atividade  educativa,  já  que  o  mesmo 
apresenta  receptividade  da  mensagem  passada  e  a 
valoriza, o que acarreta na sua colaboração. 
● Domínio  Psicomotor​,  que  corresponde  à  habilidade 
motora  dos  participantes  em  executar  sua  higiene  oral 
(geralmente  em  crianças,  na  escovação  supervisionada). 
Com  isso,  leva  o  participante  a  ter  o  auto  cuidado  e  o 
controle consciente de sua saúde bucal. 
  
Em  toda  a  prática  educativa  deve-se  desenvolver  a  orientação  de ​higienização 
bucal​,  a  qual implica na orientação sobre o uso do fio dental antes da escovação 
dentária.  Sobre  a  escova  de  dente,  a  orientação  que  deve  ser  de  cabeça 
pequena-média,  de  cerdas  macias  e  de  tamanho  igual,  pois  executa  uma  boa 
remoção  de  biofilme  bacteriano.  Quanto  ao  creme  denta,  a  orientação deve ser 
de  pouco  creme dental (do tamanho de um grão de feijão cru), e não do formato 
de  uma  onda  como  é  observado  em  propagandas,  o  que provoca desperdício de 
dentifrício. 
Quanto  à  técnica  de  escovação  há  várias  técnicas,  contudo,  recentemente, 
percebe-se  que  muitas  vezes  a  técnica  que  o  paciente  executa  é  a  melhor 
técnica,  desde  que  siga  uma  sequencia  de  dentes,  para  que  todos  tenham  o 
biofilme  removido,  e  manter  uma  boa  saúde  bucal.  O que não se pode esquecer 
é  a  escovação  da  língua,  tanto  com  o  limpador  de  língua  como  com  a  escova, 
contudo,  a  mesma  sem  creme  dental,  ou  apenas  a  espuma  resultante  da 
escovação dentária. 
Sobre  o  uso  de  enxaguatório  é  recomendado ao paciente a sua orientação que o 
mesmo  não  substitui  a  escovação,  ou  seja,  o  mesmo  é  um  elemento  adicional 
para manter a saúde bucal. 
  

Grupos Educativos
  
● Bebês 
Geralmente  neste  grupo,  trabalha-se  com  a  gestante  e  lactante,  e  ressalta-se 
que  a  Saúde  Bucal  tanto  da  Mãe,  como  do  bebê,  irá  refletir  na  Saúde  Geral  dos 
mesmos.  Por  isso,  a  mãe  deve  ser  conscientizada  de  evitar  beijar  na  boca  da 
criança,  limpar  com  a  boca  a  chupeta  quando  cai  no  chão,  ou  experimentar  a 
comida  na  mesma  colher  que  a  criança  fará  uso,  uma  vez  que  a  microbiota  da 
mãe  poderá povoar a boca do bebê, pois o mesmo (bebê) apresenta as janelas de 
infecções  (primeiro  momento  na  erupção  do  primeiro  dente,  e  no  segundo 
momento  na  erupção  do  primeiro  molar  permanente),  o  que  permite com mais 
facilidade esta contaminação. 
A  amamentação  deve  ser  estimulada,  também  conhecida  como  sucção 
nutritiva,  já  que  promove  o  desenvolvimento  ortopédico  facial,  o qual favorece 
a  formação  orgânica  das  crianças.  Contudo,  devem-se  ter  cuidados  quanto  ao 
momento  de  amamentar,  ou  seja,  o  selamento  hermético  do  seio  com  a 
cavidade  oral  da  criança,  que  estimula  a  respiração  nasal.  Ademais,  a 
amamentação apresenta um valor psicológico, afeto entre a mãe e o filho. 
Quando  a  criança  é  aleitada  com  mamadeira,  ocorre  a  estagnação  de  leite  na 
boca  da  criança  que  provoca  a  fermentação  e  acidez  bucal,  o  que  torna 
importante  a  higienização,  que  deve  ser  realizada  até  a  irrupção  do  primeiro 
dente  como  água  filtrada  e  fralda/  gaze,  todavia,  sobre  esta  higiene  autores 
indicam  realizar  à  noite.  A  partir  do  momento  que  os  dentes  irromperem  a 
higienização  será  realizado  com  os  instrumentos  de  higiene:  fio  dental,  escova 
de dentes e dentifrícios. 
Para  este  grupo  também  deve  ser  alertado  sobre  os  maus  hábitos,  conhecido 
como  sucção  não  nutritiva,  como  a  chupeta,  madeira  e  dedo,  já  que  podem 
provocar  deformidades  faciais.  Por  isso  orienta-se  o  emprego  de  bico 
ortodôntico, e a remoção precoce (até dois anos) dos mesmos. 
  
● Crianças de 2-6 anos (Pré-Escolares) 
Para  este  grupo  a  abordagem  deve  ser  de  maneira  simples-lúdica-diminuitiva, 
trabalhar  o  tema  de  alegria  x  dor,  ou  seja,  se  a  saúde  bucal  delas  estiver 
adequada,  elas  não  ficaram  triste  (sentido  de  não  terem  dor) e poderão realizar 
suas atividades com alegria. 
Deve-se  evitar  o  tema  FEIO  X  BELO,  pois  este  grupo muitas vezes articula uma 
criança  mais  necessitada  (problemas  sócio-econômicos),  como  portadora  de 
doença bucal, o que muitas vezes isso não ocorre. 
A  abordagem  deve  ser  realizada  com  frases  curtas,  rápidas  e  claras. 
Empregam-se  brincadeiras  e  meios  lúdicos  em  grupo  (como  teatros, fantoches, 
desenhos,  etc).  Trabalham-se  os  conceitos  de  higiene  e  alimentação  com  este 
grupo.  Pode-se  realizar  a  escovação  supervisionada  do  grupo,  uma  vez  que  é 
uma forma prazerosa quando se trabalha com criança. 
Sobre  as  doenças  bucais,  desenvolve  apenas  a  doença  cárie.  A  mesma  é 
explicada  como  um  buraquinho  no  dente  que  às  vezes  doe,  e  que  foi  feito  pelo 
bichinho  que  mora  no  dente,  e  sua  origem foi pela alimentação açucarada e má 
higienização. 
Salienta-se  para  o  grupo  que a dor de dente atrapalha os estudos, não consegue 
dormir,  chora.  Além  disso,  deve-se  orientar  que  todos  os  alimentos  são  bons 
quando  se  realiza  a  higiene  bucal  e  que  todos serão maus se a higienização não 
for  realizada.  Todavia,  deve-se  relembrar  ao  grupo,  que  os  pais  devem 
supervisionar a higiene bucal. 
  
● Crianças de 7-10 anos (escolares) 
Este  grupo  já  apresenta  uma  boa  coordenação  motora,  ou  seja,  independência 
da  manutenção  da  saúde  bucal  sem  a  supervisão  dos  pais.  Podem-se  empregar 
frases mais complexas e elaboradas, como também questões lúdicas. 
Trabalham-se  preferencialmente  com  a  questão  de  imagem,  com o emprego de 
fotografia/imagens de bocas com problemas bucais. 
Além  dos  temas  apresentados  pelo  grupo  dos  pré-escolares,  aqui  se  pode 
explicar a função de cada grupo de dente (molar-canino-incisivo). 
A  doença  cárie  é  abordada  no  início  com  a  apresentação  da  composição  do 
dente  (esmalte-dentina-polpa),  que  a placa bacteriana não é tratada mais como 
bichinhos,  ou  seja,  são  bactérias  que  vivem  ou  alojam  nos  dentes.  E  a  lesão  de 
cárie  se  inicia  com  um  ponto  preto  no  esmalte,  que  evolui  e  atinge  a  dentina, 
quando  a  pessoa  reclama  de  dor,  mas  ela  passa.  Contudo,  quando  atinge  a 
polpa,  ocorre  uma  dor  intensa  e  que  pode  parar  de  doer,  que  neste  momento 
necrosou  a polpa. Tudo isso decorre da falta ou erro na escovação, e que, a cárie 
é  resultado  da  interação da placa nos dentes, como também da má higienização 
e  dieta  (frequência  de  consumo  de  açúcar,  que  poderá  acarretar  em  outras 
doenças, como hipertensão, diabetes, etc.). 
Orienta-se sobre a transmissibilidade da cárie, principalmente pelo beijo, já que 
é  um  grupo  que  está  na  pré-adolescência  e  apresenta  curiosidades  sobre  este 
tema. 
Sobre  como  a  cárie  interfere  no  cotidiano,  explica-se  que  a  dor  de  dente 
atrapalha  os  estudos, não consegue dormir, e executar as atividades diárias. Por 
isso, enfatiza que deve procurar por um profissional, com regularidade. 
Quanto  ao  tema  de  higienização  será  o  mesmo  praticado  no  grupo  de 
pré-escolares,  contudo,  dará  também  ênfase  para  a  troca  da  escova  de  dente, 
que  deve  ser  realizada  a  troca  a  partir  do  momento  em  que as cerdas perderem 
sua  posição  inicial,  e  não  apenas  de  3  em  3  meses,  como  popularmente  é  dito, 
pois  quem  escova  com  força  acaba  estragando  mais  rápido.  E  sobre  o  tema  de 
prevenção  explica-se  para  este  grupo  a  importância  do  uso  do  flúor,  e  que  o 
mesmo  pode  ser  por  aplicado  na  escola  por  meio  de  bochecho  e no consultório 
odontológico. 
  
● Adolescentes 
Para  este  grupo,  podem-se  empregar  gírias,  e  realizar  analogias,  já  que  é  a 
realidade  deste  grupo.  Pode-se  empregar  uma  diversidade  de  modelos 
educativos  (teatro,  fantoches,  filmes,  palestras,  conversa  em  grupo,  entre 
outras).  Todavia,  deve-se  enfatizar  a  importância  social  da  saúde  bucal,  para 
falar  bem;  evitar  o  mau  hálito,  arrumar  emprego;  no  relacionamento 
interpessoal; para a digestão, entre outros temas. 
O  adolescente  tem  responsabilidade  total  sobre  sua  saúde  bucal,  por  isso, 
pode-se  trabalhar  com temas de atualidades (clareamento, tipo de alimentação, 
piercing),  bem  como  experiências  anteriores  que  os  mesmos  apresentam 
dúvidas (tratamentos, sensibilidade ou até mesmo dor dentária). 
Neste  grupo,  não  se  fala  apenas  sobre  o  problema  da  cárie  dentária,  mas  sobre 
doença periodontal, traumatismo e câncer bucal. 
Sobre  a  cárie  dentária  será  abordado  semelhante  ao  grupo  de  7-10  anos, aqui a 
lesão  de  cárie  deve  ser  explicada  como  buraco  no  dente  devido  à 
desmineralização  do  esmalte  dental,  que  é  resultado  da  má  higiene  bucal 
atrelada  a  uma  dieta  açucarada  e  o  dente  (tripé  da  doença  pelo  ciclo  de  Keys). 
Orientam-se  sobre  o  tipo  de  alimentação  também,  principalmente  sobre  a 
frequência  de  açúcar,  alimentos  refinados,  chocolates,  uma  vez  que  o  Brasil  é 
um  país  produtor/exportador  de  açúcar,  e  o  mesmo  muitas  vezes  tem  valor 
sentimental,  e que muitas pessoas precisam comer doce/chocolate diariamente, 
para se sentirem felizes. 
Para  este  grupo  deve  trabalhar  o  tema  de  bulemia  e  anorexia,  muitas  vezes 
praticada  pelos  jovens,  sem  o  conhecimento  que  afeta  a  saúde  bucal,  já  que 
favorece  aparecimento  de  lesões  cariosas  e  não  cariosas.  Ademais,  orientar 
aqueles  que  realizam  práticas  de  musculação,  pois  muitos  realizam 
simultaneamente o apertamento dental. 
Com  relação  à  doença  periodontal,  demonstra  a  diferença  entre  a  gengivite  e a 
periodontite.  A  gengivite  é  o  sangramento  da  gengiva,  a  qual  se  apresenta 
avermelhada  e  inchada,  muitas  vezes  articulada  a  mudanças  hormonais  que 
ocorre  neste  grupo  ou  pela  má  higiene.  Já  a  periodontite  ocorre  a  perda  óssea, 
no  qual  o  dente  apresenta  mobilidade,  e  esta  é  a  evolução  da  gengivite  e 
geralmente,  resultado  de  por  problemas  sistêmicos  (diabetes,  AIDS, 
imunológicos, etc). 
Referente  ao  câncer  bucal,  o  que  se  trabalha  com  este  grupo  é  a  noções  de 
fatores  que  provocam  câncer,  como  fumo,  álcool,  drogas,  sol,  prótese  mal 
adaptadas, dentes quebrados. 
O  traumatismo  dental  é  divulgado  neste  grupo,  uma  vez  que  nesta  faixa  etária 
se  realiza  muitos  esportes.  A  orientação  é  de que se houver o traumatismo com 
a  avulsão  do  dente  (sair  da  boca),  o  mesmo  deve  ser  guardado  debaixo  da 
língua,  e deverá buscar imediatamente um cirurgião-dentista até duas horas. Se 
ocorrer  apenas  fratura  ou  mobilidade  dentária  o  profissional  deve  ser 
procurado.  Contudo,  deve  ser  orientado  da  possibilidade  de  escurecimento 
dental, o que compromete muitas vezes a estética. 
Sobre  a  prevenção  das  doenças,  serão  aplicados  os  mesmos  temas  do  grupo 
anterior.  Além  disso,  a  doença cárie e a periodontal serão trabalhadas juntas, já 
que  apresentam  o  biofilme  dentário  como  fator  etiológico.  Será  orientada  a 
escovação  dentária,  como  a  sequencia  de  fio  dental,  escovação  dentária, 
escovação  da  língua.  Todavia,  será  enfatizado  a  este  grupo  que  o  enxaguatório 
poderá ser usado como acessório e não como substituto da escovação. 
Para  aqueles  que  usam  piercing,  ou  tem  interesse  em  colocar,  deve-se  orientar 
quanto a higiene do mesmo. 
  
● Adultos 
Este  grupo  pode-se  empregar  a  linguagem  normal,  com  o  uso  de  palavras 
técnicas.  Muitas  vezes  o adulto que está em uma palestra, atividade educativa é 
responsável pela saúde bucal de filhos, é cuidador de idoso. 
Os  temas  trabalhados  serão  os  do  grupo  dos  adolescentes,  entretanto,  se  dará 
ênfase  para  os  maus  hábitos  bucais  que  podem  desencadear  o  câncer  bucal, 
como  o  álcool  e  o  fumo  que  desenvolvem  manchas  nos  dentes,  descamação  da 
mucosa, periodontopatias, mau hálito e alteração no paladar. 
Na  questão  de  prevenção  de  doenças  bucais,  será  semelhante  ao  grupo  dos 
adolescentes.  Entretanto,  é  adicionado  a  limpeza  das  próteses  dentária,  uma 
vez  que  este  grupo  apresenta  mais  perda  dentária.  Para  este  grupo  deve  ser 
orientado  que  todas  as  noites  as  prótese  devem  ser  higienizadas  com  escova 
dura  (a  escova  dura  é  recomendada  apenas  para  este  caso)e  ao  dormir,  as 
mesmas  devem  removidas  e  colocadas  em  um  copo  com  água.  Uma  vez  por 
semana,  as  próteses  que  apresentam  metal,  devem  ser  imersas  na  água  com  ¼ 
de  colher  de  sopa  de  bicarbonato  de  sódio.  Já  as  próteses  sem  metal,  será 
empregado  água  com  ¼  de  colher  de  sopa  de  água  sanitária.  Atualmente,  já 
existem produtos para a limpeza de próteses. 
  
● Idosos (Cuidadores) 
Para  a  realização  de  educação  em  Saúde  Bucal  para  este  grupo  tem-se 
dificuldade  já  que  os  mesmos  apresentam  alterações  fisiológicas  (ex:  como 
surdez,  dificuldade  de  movimentação),  alterações  psicológicas  (ex:  tornam-se 
mais  vulneráveis)  e  alterações  bucais  (ex:  perdas  dentárias,  câncer  bucal,  cárie 
dentária, etc). 
Os  mesmos  devem  ser  submetidos  a  acompanhamento  odontológico  constante 
para a detecção precoce e prevenção de câncer bucal. 
Por isso, trabalham-se os mesmos temas do grupo do adulto. 
  
● Pacientes Especiais (Gestantes) 
Para  este  grupo,  trabalham-se  os  mesmos  temas  do  grupo  do  adulto.  Contudo, 
no  tema  de  prevenção  também  é  enfatizado  a  consulta  odontológica,  uma  vez 
que  este  grupo  apresenta  muitos  mitos  e  crenças  populares  sobre  este 
acompanhamento.  Orientar  que  o  tratamento  deverá  ser  realizado  na  segunda 
metade  do  período  da  manhã,  e  em  um  período  curto,  já  que  há  um  incomodo 
pelo peso do feto. 
É  importante  o  acompanhamento  odontológico  nesta  fase,  uma  vez  que 
gravidez  não  é  doença  e  sim  um  momento  muito  especial.  Todavia,  a  gestante 
apresenta  alterações  Fisiológicas  (ex:  peso,  retenção  de  líquidos),  psicológicas 
(ex:  emotiva)  e  bucais  (ex:  alta  prevalência  de  gengivite,  presença  de  tumor 
gravídico,  alterações  na  saliva  e  flora  bucal),  as  quais  a  gestante  deve  ser 
esclarecida, com o intuito de ter uma gravidez sem intercorrências. 

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