Você está na página 1de 9

 Introdução Histórica:

Os fenômenos magnéticos foram observados há pelo menos 2500 anos em fragmentos de


óxido de ferro imantados no oeste da Turquia, na antiga cidade Magnésia. Os imãs possuem
duas regiões distintas que se caracterizam por apresentarem características opostas, uma das
extremidades é denominada pólo sul e a outra pólo norte, esses polos são inseparáveis, ou
seja, quando cortamos um imã com o objetivo de separar os dois pólos cada pedaço formará
um novo imã. Quando dois polos iguais se aproximam eles se repelem e quando dois polos
opostos são aproximados eles se atraem.

Figura 1: Interações entre polos de um imã

O pólo norte dessas “pedras” denominadas imãs, apontam para o norte terrestre geográfico,
pois a própria Terra é um imã, esses pequenos imãs se alinham ao campo magnético terrestre,
apontando assim para o sul magnético e norte geográfico. Esse é o princípio de funcionamento
de uma bússola.

Figura 2: Imãs interagindo com campo magnético terrestre

 Comportamento magnético das substâncias:


É possível também que algumas substâncias se comportem como imãs, dizemos então que
elas estão imantadas. O que ocorre é que em substâncias magnéticas (imãs) possuem
orientação concordante permanente e quando aproximamos outra substância, como por
exemplo níquel, aço e ferro, que não sejam naturalmente magnéticos mas possíveis de serem
imantados e portanto terem a sua organização elementar orientada. Formam-se assim objetos
que se comportam como imãs.

 Campo de indução Magnética:

Os imãs produzem um campo de indução magnética a esse se associa um vetor campo de


indução magnética . Esse vetor é sempre tangente às linhas de campo de indução
magnética. Essa linhas são orientadas do norte para o sul, conforme figura:

Figura 3: Linhas de Campo magnético e vetor indução magnética

 Lei de Biot-Savart:

A lei de Biot-Savart permite calcular o campo magnético em função de um fio de qualquer


formato que transporta corrente. A lei é determinada pela equação:

Sendo

 Campo de Indução Magnética de um condutor:

Oersted em 1820 notou que uma corrente que fluía por um condutor desviava uma agulha
imantada colocada nas vizinhanças deste, assumindo uma posição “praticamente”
perpendicular (sofre um desvio causado pelo campo magnético terrestre) ao plano do fio e ao
centro da agulha.
Figura 4: Posição do vetor campo magnético em relação ao condutor eletrizado

Ao longo do comprimento do condutor, em cada ponto, o campo magnético é sempre


perpendicular à corrente e as linhas de indução são concêntricas ao fio.

O sentido das linhas de campo de indução magnética foi estuda por Ampére que estabeleceu a
regra da mão direita para determiná-lo.

Figura 5: Regra da mão direita

 Campo de indução magnética de um fio retilíneo infinito:

Uma aplicação útil da lei de Biot-Savart é determinação de um campo magnético produzido por
um fio infinito em um ponto fora da direção do fio.
Figura 6: Deducao de campo magnético produzido por um fio infinito

Portanto,

Substituindo na lei de Biot-Savart,

Da geometria da figura temos:

Substituindo e resolvendo a integral:


 Campo de indução magnética de uma espira circular

Figura 7: Deducao de campo magnético produzido por uma espira

Por simetria a resultante se dará somente em x.

Aplicando a Lei de Biot-Savart:

Da geometria da figura temos:

Determinar dl:
Substituindo:

O mesmo vale para N espiras basta multiplicar a equação encontrada pelo número de espiras
correspondentes:

Da figura temos:

Elevando tudo ao cubo e dividindo por a:

Substituindo a equação (5) na equação (4):

Graficamente a relação entre B e x será:


Figura 8: Grafico do comportamento de B=f(x)

 Bobinas de Helmholtz:

Tem como função produzir um campo magnético praticamente uniforme em uma região
limitada entre duas bobinas circulares de mesmo raio a, colocadas paralelas e separadas pela
distância a.

O campo magnético produzido por uma corrente I em um ponto do espaço situado a uma
distancia x do centro e no mesmo eixo de uma bobina com N espiras circulares de raio a é
dado por:

Embora tenha seu domino definido por , vamos estudar apenas o intervalo .
Considerando x=0, reduzimos a equação (7) a seu valor máximo:

Quando , .

Fazendo uma analise das derivadas de , podemos prever o comportamento dessa função
e estudar como se comporta o campo de indução magnética em qualquer ponto do eixo da
espira.

Tomemos a equação (7) onde:

Substituindo D na equação (7):


Primeira derivada:

Como no ponto x=0 B=f(x) atinge seu valor máximo, para x>0 sua primeira derivada é negativa,
portanto é decrescente, ou seja, diminui de valor conforme se afasta da espira.

Segunda derivada:

Como quando , B=f(x) nunca chega a ser nula, assim concluímos que ocorre
inversão de concavidade (ponto de inflexão).

Concluímos que B=f(x) tem seu máximo em x=0, decresce a medida que nos afastamos de x=0

e cessa de decrescer rapidamente em e, a partir daí, tendendo a zero. Substituindo então


esse valor na equação (7) encontramos o campo resultante no centro da bobina de Helmholtz
(entre as duas espiras):

a= raio da espira

Figura 9: Bobinas de Helmholtz


 Balança de Torção:

A balança de torção utilizada no experimento segue o modelo de Henry Cavendish que utilizou
esse modelo para a determinação da constante da gravitação universal (G), presente na lei da
gravitação universal de Newton.

A balança é constituída basicamente de um pedestal estável, onde são esticados verticalmente


dois fios, entre eles prende-se um espelho pequeno que reflete um feixe de luz projetado por
alguma fonte (laser ou projetor) sobre uma escala e uma haste munida de um contra peso que
sofre as torções, desviando a luz refletida sobre a escala conforme são alteradas as grandezas
a serem medidas.

A haste s ser fixada é provida de um amortecedor que evita que oscilações externas interfiram
nos resultados obtidos.

Figura 10: Esquema de funcionamento de uma balança de torção de Cavendish

Você também pode gostar