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I

S
P Departamento de Engenharia e Tecnologia

T Instituto Superior Politécnico de Tecnologias e Ciências

E LABORATÓRIO DE OPERAÇÕES UNITÁRIAS

C RELATÓRIO Nº1
ESTUDO REALIZADO NO LABORATÓRIO:
UNIDADE DE CONDENSAÇÃO

Grupo I

Discentes:

01- Edmar João (2015 04 64)

02-Isaac Garcia Yoba (2015 07 28)

03- Luzineide Tomás (2015 02 07)

04- Neilando de Abreu (2015 42 01)

05- Rageth Gunza (2015 35 59)

O professor:

Letícia Torres

-----------------------------------

(Rubrica)

Abril/2019
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS

ÍNDIC

E
SIMBOLOGIA...............................................................................................................2
I- INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
II- OBJECTIVOS.......................................................................................................5
III- PARTE EXPERIMENTAL..................................................................................6
4.1 - MATERIAS E REAGENTES............................................................................6
4.2- ESQUEMAS DO EQUIPAMENTO....................................................................6
4. 3- PROCEDIMENTOS..........................................................................................7
IV- RESULTADOS E DISCUSSÕES.......................................................................9
V- CONCLUSÕES E SUGESTÕES........................................................................16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................17
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SIMBOLOGIA

Tabela 1. Simbologia das grandezas usadas na elaboração do relatório.

Grandeza Simbolo Unidade


Vazão Volumétrica F l/h
Vazão Mássica M Kg/h
Temperatura de entrada 1 T1 °C
Temperatura de saída 1 T2 °C
Temperatura do material 1 T3 °C
Temperatura de entrada 2 T4 °C
Temperatura de saída 2 T5 °C
Temperatura do material 2 T6 °C
Temperatura do sistema T7 °C
Fluxo de calor Q w
Condutividade Térmica K W/(m2*K)
Capacidade Calorífica Cp W/(m2*K)
Pressão P Bar
Densidade Ρ Kg/m3
Área A m2
Coeficiente global de
α ou U W/(m2*K)
transferência
**Os indicadores 1 e 2 são referências aos materiais, respectivamente cobre e material dourado.

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I- INTRODUÇÃO

O estudo de condensação deve seu estado atual ao trabalho pioneiro de Nusselt


(1916), que previu, a partir de uma análise teórica simplificada, o Coeficiente de
Transferência de Calor de vapor puro estacionário em condensação de filme sobre
uma placa plana vertical. Melhorias e modificações na solução teórica de Nusselt
foram feitas por um número de pesquisadores. O conhecimento do processo de
condensação é um importante pré-requisito para a modelagem e construção de um
condensador numa planta de processos industriais. Neste experimento foi usada a
unidade de condensação WL230, que está acoplada ao computador de modos a
facilitar a leitura e aquisição de dados importantes do processo de condensação,
proporcionando uma compreensão clara das diferentes formas de condensação. O
presente relatório teve como objetivo fazer uma síntese do que foi feito
laboratorialmente em relação ao experimento sobre condensação. Na prática foram
verificados dois tipos de condensações: condensação contínua (filme) e
descontínua (gotas). Foi realizada uma análise comparativa dos dois tipos de
condensação no referente à taxa de transfência de calor, e com os dados
experimentais foi possível verificar que o material dourado, na qual ocorria a
condensação descontínua, apresentou maior taxa de transferência de calor, e
portanto um maior coeficiente global de transferência de calor. Essa verificação foi
possível mediante a comparação da taxa de calor apresentada pelo, bem como nos
cálculos dos coeficientes de transferência globais calculados, em que o material
dourado apresentou um coeficiente de 27,722 W/(m2*K) e o material de cobre 9,275
(W/(m2*K).

Neste relatório foi verificado o efeito da pressão sobre a temperatura, esta


verificação foi possível mediante a realização de um gráfico que relaciona ambas as
grandezas, confirmando assim uma proporcionalidade direta entre as mesmas.

Um processo de condensação ocorre sempre que um vapor saturado entra em


contato com uma superfície cuja temperatura é menor que a temperatura de
saturação correspondente à pressão de vapor. Como consequência, o vapor
precipita como líquido. À medida que o vapor se condensa, o calor latente é
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desprendido e há fluxo de calor para a superfície. Dependendo da condição da


superfície fria, a condensação pode ocorrer de duas maneiras possíveis:
condensação do filme e condensação do tipo gota a gota.

Duas formas distintas de condensação são observadas: condensação contínua e


condensação descontínua.

Na condensação do filme, a superfície é coberta por um filme líquido de espessura


crescente, e essa “parede líquida” entre a superfície sólida e o vapor serve como
uma resistência à transferência de calor. O calor da vaporização é liberado à
medida que o vapor se condensa, passando por essa resistência antes de atingir a
superfície sólida e ser transferido para o meio do outro lado. Na condensação gota a
gota, no entanto, as gotículas deslizam para baixo quando atingem um determinado
tamanho, limpando a superfície e expondo-a ao vapor. Não há filme líquido neste
caso para resistir à transferência de calor. Como resultado, taxas de transferência
de calor que são mais de 10 vezes maiores do que aquelas associadas à
condensação do filme podem ser obtidas com a condensação gota a gota.

A vazão volumétrica da água necessária para o processo de condensação de


resfriamento a água pode ser calculada através da seguinte equação:

V̇ = (1)
ρc p ( T 2−T 1 )

Quando se fala de transferência de calor é necessário introduzir o conceito de


coeficiente global de transferência, que é a facilidade ou dificuldade com que
acontecerá a troca térmica no processo tendo em conta todas as resistências
associadas ao sistema. Este coeficiente que também é considerado como o inverso
da resistência total do sistema é representado por α ou U, e calculado pela seguinte
equação:
Q̇=αA ∆ T (2)

Benefícios:

Recuperar vapores através do sistema de condensação, entre outros benefícios,


possibilita a verificação da eficiência de um processo industrial, pois os vapores
emitidos são facilmente quantificados já que são convertidos ao estado líquido.
(AVERILL e ELDREDGE, 2016).

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II- OBJECTIVOS

Objectivo Geral

Estudar o princípio de funcionamento da unidade de condensação

Objectivos Especificos

Comparar o efeito da natureza material no processo de condensação;

Calcular os valores dos parâmetros de coeficiente de transferência de


calor de cada material;

Estudar a influência da pressão, temperatura no processo de


condensação.
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III- PARTE EXPERIMENTAL

4.1 - MATERIAS E REAGENTES


1. Água
2. Béquer
3. Jarra

4.2- ESQUEMAS DO EQUIPAMENTO

Figuras 1e 2- Unidades fixas (representativa e experimental)

Legenda:
1. Suporte principal, 2. Interruptor geral; 3. Interruptor do aquecedor; 4. Ajustador da
potência do aquecedor; 5. Display da pressão do recipiente; 6. Display da
temperatura do recipiente (T7); 7. Display da temperatura do tanque de água de
arrefecimento (F1, F2); 8. Display da temperatura da superfície do condensador (T3,
T6); 9. Display da temperatura de saída da água de arrefecimento (T2,T5);
10. Display da temperatura de entrada da água de arrefecimento (T1,T4); 11.
Interruptor da pressão; 12. Separador do condensado; 13. Recipiente; 14. Tubos do
condensador; 15. Bomba a Vácuo; 16. Válvula de ajustamento da bomba a Vácuo;
17. Válvula de controlo do arrefecimento da água; 18. Válvula de alimentação do
recipiente e de drenagem; 19. Aquecedor; 20, 21 e 24. Conexões; 22. Coletor de
gotas; 23. Entrada para interfase PC/Unidade.

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4. 3- PROCEDIMENTOS
i. Conectou-se a unidade a uma fonte de alimentação de água contínua
ii. Conectou-se a unidade a corrente eléctrica e ligou-se o interruptor geral
iii. Para encher o recipiente, conectou-se uma mangueira, a válvula de
drenagem ebsubmergiu-se a outra ponta em água destilada.
iv. Fechou-se a válvula de drenagem V4
v. Ligou-se a bomba de injeccão de agua via V3 e selecionou-se como pressão
do recipiente de 0.3 bar
vi. Abrir a válvula de drenagem V4. Encher o recipiente até a marca ( aprox. 1-2
cm acima do elemento de aquecimento)
vii. Ligou-se o aquecedor e selecionou-se 75 ºC para T7 a metade da potencia-
viii. Ajustou-se a potencia de injecção usando V3, de modo a evitar a fervura
excessiva da água e o derrame de agua na bomba de injecção de agua.
ix. O ar contido no sistema é removido depois de cerca de 3 minutos.
x. Desligou-se o aquecedor e a bomba de água.

Experimento 1: Determinação dos coeficientes de transferência de calor

i. Aqueceu-se o recipiente a uma temperatura dentro do intervalo de 75-100 ºC.


ii. Ajustou-se o caudal da água de arrefecimento para atingir a diferença de
temperatura desejada das superfícies (T3, T6) e a temperatura do vapor (T7).
iii. Ajustou-se a potência do aquecedor de modo a garantir uma temperatura do
vapor constante.
iv. Após verificar-se o processo de condensação nos tubos de condensação,
calibrou-se o sistema no computador de modos a anotar os valores dos
parâmetros analisados.
v. Anotaram-se as temperaturas e caudais numa tabela.
vi. Repetiu-se o procedimento por mais duas vezes.

Experimento 2: Influencia dos gases não condensaveis:

i. Gerou-se vapor usando a bomba de injecção de agua (aprox. 0.5bar)


ii. Abriu-se a valvula de drenagem V4 de modos a admitir a entrada de ar
iii. Fechou-se a valvula de drenagem novamente quando a pressão for 0.9 bar
iv. Observou-se a ifluência dos gases não condensaveis.
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Experimento 3: Influência da pressão:

Ligou-se o aquecedor

Selecionaram-se valores de pressão no intevalo de 0-2 bars, em intervalos


regulares de 0.1 bars e leu-se a temperatura da água correspondente a cada valor
de pressão.

Anotaram-se os valores numa tabela.

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IV- RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para que o primeiro experimento fosse mais preciso possível, foi necessário que os
caudais bem como as diferenças de temperatura nos dois matérias fossem iguais, e
apesar de pequenas diferenças inerentes ao manuseio do equipamento bem como
as margens de erro do mesmo, foi possível satisfazer estes requisitos, e os dados
são apresentados nas tabelas que se seguem abaixo.

Tabela 2- Valores estabelecidos para o processo (experimento 1.1)

F1 T1 T2 T3 F2 T4 T5 T6 T7
l/h ºC ºC ºC l/h ºC ºC ºC ºC
9,86 22,85 26,91 22,13 10,23 22,68 26,07 21,83 38,81
9,87 22,68 25,50 21,79 9,93 22,60 25,21 21,55 37,51
10,01 22,64 25,19 21,71 10,26 22,60 24,93 21,46 36,45
10,94 22,59 24,79 21,74 10,90 22,58 24,65 21,40 36,06
9,32 22,54 30,40 56,06 9,29 22,60 35,66 52,12 90,47
Fonte: Autor (2019)

Tabela 3- Valores fornecidos pelo software (experimento 1.1)

P q1 k1 α1 q2 k2 α2
bar W W/(m2*K) W/(m2*K) W W/(m2*K) W/(m2*K)
128.16
0.9065 0.9203 0,7687 111.313 0,7713 0,6556
6
0.9045 89.265 0.6649 0,5676 82.897 0,6093 0,5192
0.9068 81.744 0.6523 0,5548 76.678 0,6045 0,5118
0.9151 77.262 0.6245 0,5394 72.342 0,5812 0,4933
234.48
0.8931 0.3664 0,6814 387.841 0,6322 1,01110
1
Fonte: Autor (2019)

As tabelas 1 e 2 são as representações daquilo que foi obtido no laboratório a partir


das condições pré-estabelecidas pelo grupo, comprovado com os dados apontados
pelo grupo durante a prática experimental.
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Como é possível notar de acordo os registros a vazão de água a ser evaporada não
se manteve constante como era requerido, fazendo, então com que os outros
parâmetros também se alterassem, apesar disso as variações não foram tão
significativas estando num intervalo de 9,32 à 10,90 l/h.
Essa pequena mudança no valor da vazão foi devido à calibração do equipamento
no momento da prática.
Dos valores fornecidos pelo software, isto na tabela 2, é possível também fazer uma
análise comparativa e chegar a conclusão que no primeiro experimento o material
de cobre apresentou cuja condensação foi contínua ou em filme o coeficiente global
apresentou valores mais elevados e como consequência o fluxo de calor apresenta
valores mais altos, validando assim a afirmação: “O fluxo de calor é diretamente
proporcional ao coeficiente global de transferência de calor”, o que confirma a
seguinte expressão:
Tabela 1-Parâmetros Calculados (experimento 1.1)
Fonte: Autor(2019)

Q= α. A. ΔT

ρ1 Q1 α1(calculado) ρ2 Q2 α2(calculado) Erro1 Erro2

Kg/m3 KW W/(m2*K) Kg/m3 W W/(m2*K) % %


0,0621458
996,81 0,046325 0,76793 997,07 0,040236 0,654979 1 0,077034
0,0563331
997,07 0,032263 0,567005 997,07 0,029959 0,518637 7 0,05945
0,0522881
997,07 0,029543 0,554193 997,07 0,027711 0,511277 8 0,060693
0,0574704
997,07 0,027921 0,538769 997,07 0,026142 0,492725 7 0,063072
997,07 0,035816 0,745558 997,07 0,000583 0,012649 2,5349237 0,064186
0,0502876
996,568 0,084782 0,681016 995,677 0,140245 1,010597 2 0,038415
A tabela 3 é verificação do que foi fornecido pelo software, assim sendo foi
calculado os valores dos fluxos de calor e os respectivos coeficientes globais de

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transferência de calor dos dois materiais. Para tal algumas considerações foram
feitas:

1- O Cp da água foi considerando constante, isto, devido ao estado de


agregação em que se trabalhou.

2- A densidade da água foi calcula para cada variação de pressão e


temperatura.

Tabela 2-Valores estabelecidos para o processo (experimento 1.2)

F1 T1 T2 T3 F2 T4 T5 T6 T7
l/h ºC ºC ºC l/h ºC ºC ºC ºC
9,50 22,83 30,76 35,94 9,67 22,81 31,71 34,80 82,24
9,61 22,80 30,44 34,52 9,49 22,78 31,31 32,07 79,48
9,53 22,83 30,44 33,08 9,57 22,76 31,14 31,47 77,43
9,39 22,83 30,43 31,55 9,62 22,69 30,64 30,37 74,35
9,34 22,82 30,11 30,39 9,66 22,68 29,35 28,86 71,51
Fonte: Autor (2019)

Tabela 3-Valores fornecidos pelo software (experimento 1.2)

P Q1 k1 α1 Q2 k2 α2
bar W W/(m2*K) W/(m2*K) W W/(m2*K) W/(m2*K)
0.712 241,251 0.4351 0,5211 275.515 0,5011 0,5807
0.6656 234,704 0.444 0,522 258.709 0,4934 0,5456
0.638 23,181 0.4564 0,5227 256.411 0,508 0,5579
0.5965 228,306 0.4785 0,5335 244.901 0,5136 0,5569
0.5642 217,724 0.4834 0,5294 206.145 0,4531 0,4834
Fonte: Autor (2019)

Tabela 4- Parâmetros Calculados (experimento 1.2)

ρ1 Q1 α1(calculado) ρ2 Q2 α2(calculado) Erro1 Erro2


Kg/m3 KW W/(m2*K) Kg/m3 KW W/(m2*K) % %
996,318 0,086974 0,519198 996,318 0,097627 0,56871 0,190234 1,199039
996,318 0,084608 0,520134 996,318 0,094401 0,550293 0,18662 0,469349
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996,346 0,083567 0,520849 996,346 0,09205 0,553596 0,185102 0,430409


996,346 0,082305 0,531587 996,346 0,086168 0,541576 0,191275 1,532412
996,622 0,078506 0,527661 996,622 0,071897 0,465979 0,173943 1,742077
Fonte: Autor (2019)

Tabela 5- Valores estabelecidos para o processo (experimento 1.3)

F1 T1 T2 T3 F2 T4 T5 T6 T7
l/h ºC ºC ºC l/h ºC ºC ºC ºC
14,155 22,040 27,329 47,635 10,810 22,110 31,739 57,698 62,219
14,240 22,096 27,633 48,688 10,874 22,184 32,350 59,378 64,454
14,352 22,151 27,995 50,646 10,960 22,228 32,189 62,289 67,241
14,518 22,199 28,131 50,979 10,908 22,289 33,449 63,018 68,127
Fonte: Autor (2019)

Tabela 6- Valores fornecidos pelo software (experimento 1.3)

P Q1 k1 α1 Q2 k2 α2
Bar KW W/(m2*K) W/(m2*K) KW W/(m2*K) W/(m2*K)
0,239672
0.2125 3 63.854 1,6435 0,332959 94.338 7,3653
0,252397
0.2327 8 63.753 1,6009 0,353600 95.087 6,9661
0,268469
0.2595 0 63.666 1,6177 0,349184 87.224 7,0514
0,275651
0.27 1 64.161 1,6075 0,389272 96.693 7,6188
Fonte: Autor (2019)

Tabela 7-Parâmetros Calculados (experimento 1.3)

ρ1 Q1 α1 ρ2 Q2 α2 Erro1 Erro2
Kg/m3 KW W/(m2*K) Kg/m3 KW W/(m2*K) % %
1,64209 0,42557
997,02 0,086641 4 996,458 0,120396 7,361004 9 0,137586
1,59967 0,31091
997,02 0,091248 5 996,458 0,127875 6,963001 8 0,122507
996,99 0,097063 1,61659 996,430 0,126272 7,04789 0,34800 0,114503

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5 5
1,60639 0,18292
996,99 0,099663 8 996,430 0,140804 7,617011 9 0,108158
Fonte: Autor (2019)

As tabelas (4-9) são resultados da repetição do 1º experimento, uma vez que se fez
em triplicata de modos a analisar com maior propriedade e segurança, assim sendo
para as três vias achou-se a média e o respectivo erro do coeficiente global de
transferência, conforme é mostrado na tabela abaixo:

Tabela 8- Coeficientes globais medidos e calculados durante o experimento

ALPHA( ERR ALPHA(Do ERR


_____
Cobre) O1 urado) O2
Medido
0,6224 0,6424
1
Calcul
0,6424 0,5335
ado1
Medido
0,5257 0,5449
2
Calcul 0,565 4,032
0,5239 0,536
ado2 6% 6%
Medido
1,6174 7,2504
3
Calcul
1,6162 7,2472
ado3
“Média
0,9218 2,8126

Média 0,9275 2,7722
Fonte: Autor (2019)

De salientar que os valores apresentados nas tabelas relativos à caudais (F),


calores (Q) bem como os coeficientes (α e K) estão divididos por 10, assim sendo o
α(cobre) é de 9,275W/m2*K, e do material dourado de 27,722 W/m 2*K.

Nas tabelas (4-9), independentemente do facto de estar na forma de um filme


(contínuo) ou em gotas (descontinuo), o condensado representou uma resistência à
transferência de calor entre o vapor e superfície, e isto foi notório à medida que foi
realizado o segundo e terceiro experimento. Como esta resistência aumentou com a
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espessura do condensado, que por sua vez aumentou na direção do escoamento, a


utilização de superfícies verticais com pequena altura facilitou o processo.

Visando à manutenção de elevadas taxas de condensação e de transferência de


calor, a formação de gotas ou condensação descontínua foi melhor do que a
condensação em filme (contínua). Na condensação em gotas foi possível verificar
nos dois últimos experimentos que foram alcançadas maiores taxas de calor, em
mais de uma ordem de grandeza, daquelas associadas à condensação em filme.
Esse facto baseia-se no fenómeno que ocorre durante a condensação, durante o
primeiro experimento a condensação em filme apresentou maior taxa transferência
de calor devido à facto de ela condensar em toda superfície, não obstante a
condensação descontinua em que há formação de gotas, em uma fase inicial
condensou apenas sobre uma parte da superfície. No segundo e terceiro diferente
do que ocorreu no primeiro, a condensação sob o material de cobre (condensação
contínua) a transferência de calor foi menor, uma vez que o filme formado sobre a
superfície anteriormente constitui agora uma forma de resistência a transferência de
calor. Uma vez que o filme formado durante a própria condensação representa uma
forma de resistência a transferência de calor, essa taxa diminui significativamente
ao longo dos experimentos.

Por outro lado na condensação descontínua por haver superfície livre de


condensado, o vapor ascendente encontra uma menor resistência naquilo que é a
Pressão troca térmica, permitindo assim que as áreas em que não há
do
Vapor(b Temperat condensação efetiva aumentem a taxa de calor durante o
ar) ura (ºC) processo. Assim sendo é possível verificar que nos
0,1 30
0,2 60 experimentos 2 e 3 a troca térmica foi maior no processo
0,3 70 descontínuo.
0,4 76
0,5 81,4
Abaixo temos a tabela e o gráfico que ilustram a influência
0,6 86,1
0,7 90,6 da pressão em função temperatura e consequentemente no
0,8 94,6 sistema quando se trabalha a vacuo absoluto.
0,9 97,5
1 100,2
Tabela 9- Efeito da pressão sobre a temperatura
1,1 103,2
1,2 105,7
1,3 108,2
1,4 110,3
1,5 112,4
1,6 114,2
1,7 116,3
1,8 118 15
1,9 119,7
2 121,4
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PRESSÃO DO VAPOR VS
TEMPERATURA
2.5

2 PRESSÃO DO VAPOR VS
f(x) = 0.0296044723539296 exp( 0.0348055701646413
TEMPERATURAx )
1.5 R² = 0.993474677613331
CURVA IDEAL

0.5

0
20 40 60 80 100 120 140

Gráfico 1- Relação entre pressão de vapor e a temperatura

Sendo a pressão uma propriedade física que depende do valor da temperatura, a


prática realizada consistiu em demonstrar como é que o sistema iria se comportar
da mesma em função da mesma Quando se aumenta a temperatura a tendência é o
líquido vaporizar até atingir o equilíbrio termodinâmico com o vapor em termos
cinéticos. De acordo o valor obtido experimentalmente foi possível constatar que
existe uma proporcionalidade direta e exponencial entre o valor da pressão com o
aumento da temperatura, isso porque a moléculas ficam mais agitadas,
movimentam-se com maior velocidade e acabam por aumentar a pressão do
recipiente. De ressaltar que uma determinada substância pode ebulir e condensar
em temperaturas diferentes dependo da pressão do meio, por isso é importante
saber a o valor da mesma em operações que envolvam temperatura.

Um dos experimentos consistia em observar a influência dos gases não


condensáveis num sistema de condensão, com isso depois de pôr a unidade
operacional abriu-se a válvula de entrada que permitiu a entrada de ar no sistema, e
observou-se durante 10 minutos que a presença do mesmo diminui a quantidade de
calor transferido bem como causa uma alteração do fenómeno descrito no parágrafo
anterior, pois à medida que a temperatura aumentava a pressão decaia. Este
fenómeno acontece porque os gases não condensáveis podem acumularam-se em
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uma região próxima da parede de transferência de calor, bloqueando então o


contato direto do vapor e com a superfície de troca térmica, o que ocasionou uma
redução do coeficiente de transferência de calor, pois o vapor do refrigerante
difundiu-se através da camada de gás.

A falta de informação acerca da composição do material dourado complica a


discussão, quanto à consistência dos valores medidos experimentalmente. Pois a
sua condutividade térmica não corresponde a de ligas comuns nestes tipos de
materiais (pelo factor econômico e pelos valores medidos, pressupõe-se que seja
uma liga de cobre, excluindo o latão, pois a mesma apresenta um coeficiente global
de transferência inferior ao do cobre), mas isso se deve ao facto de que ao longo da
operação normal de trocadores de calor, as superfícies estão sujeitas à deposição
de impurezas dos fluidos, à formação de ferrugem ou a outras reações entre o fluido
e o material que compõe a parede. Isto aumenta a resistência à transferência de
calor entre os fluidos. Basta notar que a condutividade térmica do Cobre deveria
estar entre 4-12 W/m2*K, e do material dourado é de 45 W/m 2*K, porém o grupo
encontrou valores totalmente diferentes como mostram as tabelas 3, 5 e 8. No caso
do cobre o grupo foi mais exacto, mas para o dourado o mesmo não aconteceu,
embora como esperado o α(dourado) seja maior que o α(cobre).

.
V- CONCLUSÕES E SUGESTÕES
Foi possível verificar que a transferência de calor foi maior no material dourado uma
vez que o coeficiente global de transferência é 27,72245 W/(m2*K), maior do que no
material em que ocorria a condensação contínua, cujo coeficiente global de
transferência é de 9,27496W/(m2*K). A condensação em gotas é possível a partir do
revestimento de materiais com silicones, teflon, ouro (como foi o casa do
experimento) e uma variedade de ácidos graxos. Entretanto, esses revestimentos
perdem gradualmente sua eficácia devido à oxidação, deposição ou simplesmente
remoção e a condensação em filme acaba por ocorrer. Embora seja desejável se
obter a condensação descontínua em aplicações industriais, é frequentemente difícil
manter essa condição. Por este motivo e como os coeficientes convectivos na
condensação em filmes são menores do que aqueles associados a condensação à

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gotas, os cálculos de projeto de condensadores frequentemente se baseiam na


hipótese de que ocorre condensação em filme.

Os gases não condensáveis, geralmente, não estão presentes dentro do sistema.


Entretanto, eles podem aparecer em função de um processo de vácuo não
satisfatório como verificado no experimento 3, pela falha de vedação na região de
baixa pressão, quando opera em pressões abaixo da pressão atmosférica. Estes
podem se acumular no condensador, resultando em um fenômeno que reduz o
desempenho global do sistema, penalizando o desempenho através de uma
elevação artificial da pressão de condensação. Os gases não condensáveis
adicionaram sua pressão parcial à pressão da água no estado de vapor,
aumentando a pressão contra a qual foi necessário operar.

De salientar que se comprovou também que os fenômenos como deposições ou


corrosões que os materias sofrem ao longo do tempo de funcionamento afectam as
suas propriedades e por consequência a eficiência do processo.

Apesar de não se saber a composição do material dourado, sabe-se que não se


trata de qualquer classe de latão por possuir um α superior ao do cobre.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. AVERILL, B.; ELDREDGE, P. General Chemistry: Principles, Patterns, and


Applications. [S.l.]: Flat World Education, lnc, v. II, 2016.
2. INCROPERA, F.; DEWITT, D. P. FUNDAMENTOS DE TRANSFÊNCIA DE
CALOR E DE MASSA. 7 ed. ed. Rio de Janeiro: Grupo Editorial Nacional, v.
1, 2011.

3. REFRIGERACÇÃO marechal. site da refrigeracaomarechal, 2018. Disponivel


em: <http://refrigeracaomarechal.com.br/2018/01/03/o-condensador/>.
Acesso em: 21 Abril 2019.
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4. W. Rose, Dropwise Condensation Theory and Experiment: A« Review,


Proceedings of the Institution of Mechanical Engineers, vol. 216, pp. 115–128,
2002.

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