Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SÃO PAULO-SP
2018
II
SÃO PAULO-SP
2018
III
IV
Examinadora: ........................................................................................................
Drª Caroline Cristiano Real
Universidade de São Paulo
Examinadora: ........................................................................................................
Profª. Drª Sandra Regina Alouche
Universidade Cidade de São Paulo
Presidente:.............................................................................................................
Profª. Drª Raquel Simoni Pires
Universidade Cidade de São Paulo
V
Dedicatória
AGRADECIMENTOS
maior.
na minha capacidade.
companheirismo.
MUITO OBRIGADA!
VII
RESUMO
ABSTRACT
Short and long periods of acrobatic training induce plastic changes in areas
involved with motor control and performance motor improvement. However, to date
these training periods have not been sufficient to demonstrate the plastic mechanisms
involved with relatively permanent changes in retention and / or transfer behavior or
ability that are indicators of motor learning itself. Therefore, our purpose was to
evaluate the expression of synaptic proteins synaptophysin (SYP) and synapsin (SYS)
and the early growth response protein 1 (Egr-1) in the prefrontal cortex (CPF), motor
cortex (Cx M) , striated (CPu), hippocampus (HP) and cerebellum (CB) after long-term
of acrobatic training (8 weeks) with retention period, and motor behavior. For this
study, 36 rats were randomly divided into 3 groups: sedentary (SED, n = 12), acrobatic
(AC, n = 12) and acrobatic retention (ACR, n = 12). The animals were analyzed for the
raised beam test before and after training. The acrobatic training was performed
3x/ week, during 8 weeks, 5 trials. The ACR group trained the same period and spent
15 days without the practice of the activity and soon after this period were exposed the
same task for the application of the retention test. The synaptic proteins, SYP and SYS,
and Egr-1 protein were evaluated by immune histochemistry techniques. The motor
behavior was analyzed by the performance in the execution of the task throughout the
training. Our results revealed that the AC and ACR groups showed significant
improvement in motor performance (58% and 56%, respectively) throughout the
training when compared to the beginning, but with no differences between them. In the
elevated beam test, the ACR group showed a decrease in time and increased distance
compared to the initial data. Synaptic and Egr-1 protein showed a significant increase
of the immunoreactivity in the AC and ACR groups in relation to the sedentary in all
areas analyzed. However, when ACR was compared to AC, ACR promoted increase of
SYP in pre-limbic (PL) and secondary motor cortex (Cx M2), increase of SYS in
pre-limbic (PL), infra-limbic (IL), HP and decrease in CPu, as well as the increase of
Egr-1 positive nuclei in all sub-areas of CPF, Cx M, CPu, cerebellar granular layer and
decrease in HP. In short, long-term acrobatic exercise with retention promoted
improved performance and motor learning, and shifted the performance of the trained
XI
task to a similar condition, along with significant plastic changes in areas of the nervous
system involved with permanent changes in behavior and with retention.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
secundário (Cx M2) dos grupos SED, AC e ACR, juntamente com os gráficos da
densidade média de células............................................................................................. 56
Figura 16. Imagens digitais de cortes coronais ilustrando o padrão de marcação da
sinaptofisina (SYP) no estriado dorsomedial (CPu DM) e estriado dorsolateral
(CPu DL) dos grupos SED, AC e ACR, juntamente com os gráficos da densidade óptica
relativa. ........................................................................................................................... 58
Figura 17. Imagens digitais de cortes coronais ilustrando o padrão de marcação da
sinapsina I (SYS) no estriado dorsomedial (CPu DM) e estriado dorsolateral (CPu DL)
dos grupos SED, AC e ACR, juntamente com os gráficos da densidade óptica
relativa.............................................................................................................................59
Figura 18. Imagens digitais de cortes coronais ilustrando o padrão de marcação das
células da proteína (Egr1+) no estriado dorsomedial (CPu DM) e estriado dorsolateral
(CPu DL) dos grupos SED, AC e ACR, juntamente com os gráficos da densidade média
de células.........................................................................................................................60
Figura 19. Imagens digitais de cortes coronais ilustrando o padrão de marcação da
sinaptofisina (SYP) nas subáreas hipocampais (CA1 e CA2) dos grupos SED, AC e
ACR, juntamente com os gráficos da densidade óptica relativa.....................................62
Figura 20. Imagens digitais de cortes coronais ilustrando o padrão de marcação da
sinapsina I (SYS) nas subáreas hipocampais (CA1 e CA2) dos grupos SED, AC e ACR,
juntamente com os gráficos da densidade óptica relativa...............................................63
Figura 21. Imagens digitais de cortes coronais ilustrando o padrão de marcação das
células da proteína (Egr1+) nas subáreas hipocampais (CA1 e CA2) dos grupos SED,
AC e ACR, juntamente com os gráficos da densidade média de células........................64
Figura 22. Imagens digitais de cortes coronais ilustrando o padrão de marcação da
sinaptofisina (SYP) e sinapsina I (SYS) nas camadas molecular e de células de Purkinje;
e das células da proteína (Egr-1+) na camada granular do cerebelo dos grupos SED, AC
e ACR, juntamente com os gráficos da densidade óptica relativa e da densidade média
de células..............................................................................................................66
Tabela 1. Representação das mudanças significativas de SYP, SYS e Egr-1 nas áreas
encefálicas ...................................................................................................................... 67
XIV
- AMPA: alfa-amino-3-hidroxi-metil-5-4-isoxazolpropiónico
- CB: cerebelo
- CPu: estriado
- Cx M: córtex motor
- HP: hipocampo
- SED: sedentário
- SYP: sinaptofisina
- SYS: sinapsina-1
XVI
SUMÁRIO
RESUMO .....................................................................................................................VIII
ABSTRACT .....................................................................................................................X
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 18
3. JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 34
4. OBJETIVOS ............................................................................................................... 35
5. MATERIAIS E MÉTODOS....................................................................................... 36
6. RESULTADOS .......................................................................................................... 44
7. DISCUSSÃO .............................................................................................................. 68
7.2.3 Estriado........................................................................................................... 73
8. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 78
1. INTRODUÇÃO
Vários estudos têm demonstrado que a prática dos exercícios requer a síntese de
proteínas e é provável que estas proteínas sintetizadas durante a prática estejam
envolvidas com a plasticidade (Brockett, 2015; Ferreira et a.l,2011; Real et a.l, 2015).
As mudanças plásticas desencadeadas pelo exercício envolvem alterações em várias
proteínas tais como: neurofilamentos (NF) (Garcia et al.,2012), proteína associada ao
microtúbulo 2 (MAP2) (Derksen et al., 2007), aumento de fator neurotrófico derivado
do encéfalo (BDNF) e seu receptor (Klintsova et al., 2004), proteínas de vesículas
sinápticas como a sinapsina I (SYS) (Ying et al., 2005; Molteni et al.,2004; Vaynman et
al., 2004) e sinaptofisina (SYP) que estão envolvidos na formação de vesículas, eficácia
da liberação de neurotransmissores, bem como da proteína de resposta de crescimento
precoce (Egr-1) que contribui para modificações estruturais e funcionais das sinapses
(Wang et al.,2014; Davis et al., 2003).
19
2. REVISÃO DA LITERATURA
Por muito tempo, acreditou-se que o sistema nervoso central (SNC), não poderia
ser modificado após seu desenvolvimento, e que lesões neste seriam permanentes. Hoje
sabemos da sua capacidade de modificar sua organização morfofuncional e da grande
adaptabilidade em função de suas experiências ou como tentativa de regeneração em
resposta ao ambiente circundante (Stein,1995; Rosenzweig e Bennett, 1996; Mora et al.,
2007; Barouki et al., 2012). Dependendo das características do meio e do estilo de vida,
as alterações plásticas podem ser reforçadas ou degradadas (Adkins et al., 2006), e
estasalterações podem ser responsáveis pela aprendizagem motora, memória e
plasticidade do SNC (Arida et al., 2011).
informações são mantidas por um período curto (minutos até algumas horas) são
denominadas memórias de curta duração e quando a disponibilização da informação é
maior (semanas, meses ou anos) são chamadas memórias de longa duração.
O córtex motor (Cx M) está subdividido em área motora primária e áreas pré-
motoras (áreas motoras secundárias ou de associação). A área motora primária é
responsável pela execução do movimento e está localizada no giro pré-central e na
região posterior do lobo frontal. Já as áreas pré-motoras são responsáveis pela
orientação interna e planejamento do movimento, resultando em movimentos mais
complexos (Kandel, 2003; Guyton, 2006; Lent, 2015).
núcleos amigdalóides. O putâmen está separado do núcleo caudado pelo braço anterior
da cápsula interna; devido a aparência estriada dessas pontes celulares o núcleo caudado
e putâmen são referidos coletivamente como neo estriado ou apenas estriado, e o núcleo
acumbens é chamado de estriado ventral (Onla-Or e Winstein, 2001). Cerca de 90% das
células que compõe o estriado são os neurônios com espinhas dendríticas e projeções
GABA-érgicas. Essas células são alvos importantes da aferência cortical. O estriado é o
destinatário da eferência do córtex cerebral e dos núcleos talâmicos. As projeções do
córtex motor primário e do somatossensorial, chegam ao putâmen, enquanto que o
córtex pré-motor, áreas motoras suplementares e pré-frontais se projetam para o
caudado. Já o globo pálido interno e a substância reticulada são as estruturas de saída do
estriado (Kiernan, 2003).
inclui o GD, o subículo, o hipocampo propriamente dito, além dos córtices entorrinal,
perirrinal e paraipocampal (Shepherd, 1990).
Por fim, o cerebelo (CB), última área estudada está localizado na fossa posterior
dos hemisférios cerebrais, e tem participação na coordenação motora, atuando em três
diferentes aspectos funcionais: manutenção do equilíbrio corporal; regulação do tônus
muscular; e o controle da harmonia e precisão dos movimentos. É subdividido
funcionalmente em vestíbulo cerebelo,recebe informações sensoriais diretas dos núcleos
vestibulares, e é essencial para o controle do equilíbrio e dos movimentos oculares
reflexos; espinocerebelo recebe extensas aferências sensoriais, visual, proprioceptiva e
vestibular e tem papel de coordenar, sobretudo, os movimentos das porções distais dos
membros, especialmente mãos e dedos, além de regular o tônus muscular e a postura;
cerebrocerebelo recebe projeções provenientes dos córtices sensoriomotores, e tem
papel fundamental no controle dos movimentos voluntários, bem como na
aprendizagem e na memória dos movimentos (Lent, 2015).
Ele recebe aferências das áreas sensoriais e motoras corticais. As aferências
projetam-se primeiramente para o córtex cerebelar que por sua vez não envia eferências
diretas para outras regiões. Dele a informação passa pelos núcleos profundos
localizados na porção central do cerebelo. Os axônios que se originam dos núcleos
cerebelares profundos mais mediais podem fazer sinapses diretamente sobre
interneurônios espinhais, mas a maioria termina sobre os núcleos dos feixes
extrapiramidais. As eferências dos núcleos mais laterais influenciam as regiões corticais
motoras (Gazzaniga, 2006). Nele selecionamos a região paramediana, que é ativada
durante o movimento dos membros utilizados no exercício acrobático que é uma
atividade motora complexa que exige coordenação e equilíbrio, recrutando intensamente
o cerebelo (Joyal et al., 1996; Manzoni, 2007).
34
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Animais
0,3% em água destilada, mantendo-se os cortes neste banho até que a reação fosse
evidenciada. Atingida a imunorreatividade desejada com o desenvolvimento de
coloração marrom clara, os cortes foram removidos da solução com DAB e imersas em
tampão PB 0,1M. Depois de nova série de lavagens em tampão fosfato 0,1M com o
objetivo de remoção do excesso de reagente, os cortes foram colocados sobre lâminas
de vidro gelatinizadas e colocadas em placa quente para secar, e em seguida hidratada
em água destilada por 1 minuto, banhadas em solução de tetróxido de ósmio 0,1% por
15–30/segundos, desidratadas por uma série de alcoóis em concentrações crescentes,
clareadas com Hemo-De (Fisher) e cobertas com lamínulas, tendo como meio de
montagem o Permount (Sigma).
A análise qualitativa do material foi realizada utilizando um microscópio de luz
(Nikon E1000) acoplado a uma câmara digital e as quantificações foram realizadas com
o programa Image J (NIH). A análise semi-quantitativa da densidade óptica relativa foi
realizada em 5 animais de cada grupo, sendo analisado 5 cortes dos quais foram
capturados 6 campos do CPF, 4 campos do Cx M, 4 campos do hipocampo , 4 campos
do CPu e 2 campos do CB (Figura 5). A metade desses campos foi obtida do hemisfério
direito e a outra metade do hemisfério esquerdo, mas a análise feita em conjunto. As
regiões de interesse foram identificadas baseadas no atlas Paxinos e Watson (2005).
Analisamos regiões entre os planos em relação ao bregma sendo para o CPF 3,72-
2,52;CxM 2,52-1,56; CPu1,80-0,36; HP 2,92-3,36 e CB 14,08-12,30.
42
5. RESULTADOS
Figura 6. Tempo médio gasto para realizar as tarefas motoras ao longo do treinamento
acrobático de ratos. ****p<0,0001 refere-se à diminuição da segunda, terceira, quarta,
quinta, sexta, sétima, oitava semana do AC e ACR e do período de retenção do ACR
(décima semana) comparado a primeira. #p<0,01 refere-se à diminuição significativa do
tempo comparado a semana anterior nos dois grupos experimentais. (AC) acrobático e
(ACR) acrobático retenção.
Figura 7. Tempo médio gasto para realização da tarefa motora na trave elevada nos
momentos pré e pós-treinamento dos animais estudados.*** p=0,0005, (I) momento
pré-treinamento e (F) momento pós-treinamento
límbico (IL) os dados revelaram que o AC induziu aumento (ca.76%; 1,7 ± 0,15) SYP
quando comparado ao SED (t= -4,36; p=0,02), mas não quando comparamos os grupos
AC e ACR (0,07) (Figura 10).
Figura 12. Imagens digitais de cortes coronais ilustrando o padrão de marcação das
células da proteína de resposta ao crescimento precoce 1 (Egr1+) nas subáreas do córtex
pré-frontal (CPF) dos grupos SED (sedentário), AC (acrobático) e ACR (acrobático
retenção), juntamente com os gráficos da densidade média de células. CA (cingulado
anterior); PL (pré-limbico); IL (infra-límbico)-*p=0,02 e **p=0,01.
53
Figura 15. Imagens digitais de cortes coronais ilustrando o padrão de marcação das
células da proteína de resposta ao crescimento precoce 1 (Egr1+) no córtex motor
primário (Cx M1) e córtex motor secundário (Cx M2) dos grupos sedentário (SED),
acrobático (AC) e acrobático retenção (ACR), juntamente com os gráficos da densidade
média de células. *p=0,03 e **p=0,01.
57
O AC induziu aumento (ca. 340%; 4,4 ± 0,1 e ca. 430%; 5,3 ± 0,02,
respectivamente) significante de SYS na região CPu DM e CPu DL em relação ao SED
(t= -14,14; p=0,01 e t= -25,22; p=0,01, respectivamente) (Figura 17). Entretanto, entre
os grupos ACs, o ACR apresentou uma diminuição (ca.30%; 0,7 ± 0,02 e ca. 38%; 0,62
± 0,02, respectivamente) significativa de SYS no CPu DM e CPu DL comparado ao AC
(t= -10,60; p=0,01 e t= -19,00; p=0,01, respectivamente) (Figura 17).
Figura 18. Imagens digitais de cortes coronais ilustrando o padrão de marcação das
células da proteína de resposta ao crescimento precoce 1 (Egr-1+) no estriado
dorsomedial (CPu DM) e estriado dorsolateral (CPu DL) dos grupos sedentário (SED),
acrobático (AC) e acrobático retenção (ACR), juntamente com os gráficos da densidade
média de células. *p=0,02 e **p=0,01.
61
A densidade óptica relativa da SYP mostrou-se aumentada (ca. 250%, 3,5 ± 0,2
e ca. 150%, 2,5 ± 0,33, respectivamente) nas regiões CA1 e CA2 apenas frente ao
exercício AC em relação ao SED (CA1–t= -11,93; p=0,01 e CA2– t= -4,44; p=0,01),
mas sem mudanças entre os grupos ACR e AC (p=0,35 e p=0,87, respectivamente)
(Figura 19).
O AC induziu aumento (ca. 310%, 4,1 ± 0,1 e ca. 136%, 2,3 ± 0,06,
respectivamente) de SYS nas regiões CA1 e CA2 em relação ao SED (t= -36,26; p=0,01
e t= -10,55; p=0,01, respectivamente). Já entre os grupos AC e ACR, o ACR induziu
um aumento (ca. 36%, 1,36 ± 0,1 e ca. 46%, 1,46 ± 0,05, respectivamente)
estatisticamente significante nas regiões CA1 (t= -4,43; p=0,01) e CA2
(t= -6,95; p=0,01) (Figura 20).
Figura 21. Imagens digitais de cortes coronais ilustrando o padrão de marcação das
células da proteína de resposta ao crescimento precoce 1 (Egr-1+) nas subáreas
hipocampais (CA1 e CA2) dos grupos sedentário (SED), acrobático (AC) e acrobático
retenção (ACR), juntamente com os gráficos da densidade média de células. *p=0,03 e
**p=0,01.
65
5.3.5. Cerebelo
Tabela 1. Representação das mudanças significativas de SYP, SYS e EGR-1 nas áreas
encefálicas
6. DISCUSSÃO
Além disso, nossos dados mostram também uma fase de aquisição rápida,
seguida de uma de uma fase de consolidação de seqüências motoras, com uma mudança
gradual do desempenho motor na fase tardia do aprendizado corroborando com vários
estudos que utilizaram diferentes protocolos de treinamento (Kleim et al., 1996; Kleim,
Barbay, et al., 1998; Salame et al., 2016). Esta redução do tempo para execução da
tarefa motora complexa foi verificada em estudos anteriores (Klintsova et al., 2004;
Garcia et al., 2012; Salame et al., 2016), sugerindo a existência de mudanças
comportamentais, tais como diminuição de hesitações e da necessidade de estímulos
manuais, sendo atribuída a aprendizagem. Embora não quantificado, observou-se uma
redução do número de erros quanto ao deslocamento das patas e quedas entre um
obstáculo e outro, e uma melhor coordenação entre os membros na realização das
tarefas motoras durante o circuito corroborando com dados de Salame e colaboradores
(2016). A estabilização do desempenho motor foi atingida na sexta semana e persistiu
após os quinze dias sem nenhuma prática.
aprendizagem de uma tarefa locomotora complexa pode ser aprimorada quando os erros
são aumentados com base no nível de habilidade inicial dos sujeitos. E somando-se aos
achados acima, podemos sugerir também que a falta de experiências cognitivas
anteriores e a experiência emocional anterior (quedas) pode explicar esse resultado,
onde nesse caso a transferência foi nula.
forma esses dados parecem sugerir que o AC foi capaz de induzir mudanças plásticas
relacionadas à eficiência sináptica, sinaptogênese e ativação neuronal em áreas
envolvidas tanto com o planejamento, correções e execução motora. Assim, esses dados
suportam a idéia que as proteínas envolvidas na atividade e função dos neurônios são
dinamicamente alteradas durante o processo de aquisição e consolidação da
aprendizagem motora e que nem sempre uma maior mobilização neuronal quer dizer
uma maior eficiência (Salame et al., 2016). A seguir discutiremos cada região
separadamente.
Os nossos dados revelaram que o grupo ACR induziu aumento das proteínas
sinápticas nas subáreas PL e IF, e aumento de mobilização neuronal em todas as
subáreas do CPF comparado ao AC.
6.2.3 Estriado
6.2.4 Hipocampo
6.2.5 Cerebelo
O cerebelo tem sido considerado como sendo uma área fundamental para a
aprendizagem de habilidades motoras (Hikosaka et al., 1995) e está relacionado com
atividades sensoriais e de comportamento evocado (Wang et al., 2014). Nossos dados
do AC corroboram em parte com estudos anteriores do nosso grupo, mas avaliando ou
diferentes idades ou diferentes períodos de treinamento, que revelaram que o exercício
77
7. CONCLUSÃO
8. LIMITAÇÃO DO ESTUDO
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BEST, J. R. et al. Larger Lateral Prefrontal Cortex Volume Predicts Better Exercise
Adherence Among Older Women: Evidence From Two Exercise Training Studies. J
Gerontol A Biol Sci Med Sci, v. 72, n. 6, p. 804-810, Jun 1 2017. ISSN 1079-5006.
BLACK, J.E. et al. Learning causes synaptogenesis, whereas motor activity causes
angiogenesis, in cerebellar cortex of adult rats. Proc Natl Acad Sci U S A, v. 87, n. 14,
p. 5568-72, Jul 1990.
CAMPOS, L.A. et al. Altered circadian rhythm reentrainment to light phase shifts in
rats with low levels of brain angiotensinogen. Am J Physiol Regul Integr Comp
Physiol, v. 290, n. 4, p. R1122-7, Apr 2006.
DASH, P.K.; HEBERT, A.E.; RUNYAN, J.D. A unified theory for systems and cellular
memory consolidation. Brain Res Brain Res Rev, v. 45, n. 1, p. 30-7, Apr 2004.
82
DING, Y. et al. Functional improvement after motor training is correlated with synaptic
plasticity in rat thalamus. Neurol Res, v. 24, n. 8, p. 829-36, Dec 2002.
DOYON J, B.H. Reorganization and plasticity in the adult brain during learning of
motor skills. Curr Opin Neurobiol., v. 15, n. 2, p. 161-7, 2005.
DOYON, J.; UNGERLEIDER, L.G. Functional anatomy of motor skill learning. In:
(Ed.). Neuropsychology of memory, 3rd ed. New York, NY, US: Guilford Press,
2002. p.225-238.
GERFEN, C.R. Synaptic organization of the striatum. J Electron Microsc Tech. Nov
1988;10(3): 265-81.
GRILLNER, S. et al. Mechanisms for selection of basic motor programs--roles for the
striatum and pallidum. Trends Neurosci, v. 28, n. 7, p. 364-70, Jul 2005.
83
GUYTON , A. H., JE. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2006.
HARDT, O.; NADER, K.; NADEL, L. Decay happens: the role of active forgetting in
memory. Trends Cogn Sci, v. 17, n. 3, p. 111-20, Mar 2013.
HEUNINCKX, S. et al. Neural basis of aging: the penetration of cognition into action
control. J Neurosci, v. 25, n. 29, p. 6787-96, Jul 20 2005.
JONES, T.A. Multiple synapse formation in the motor cortex opposite unilateral
sensorimotor cortex lesions in adult rats. J Comp Neurol, v. 414, n. 1, p. 57-66, Nov 08
1999.
84
JOYAL, C.C. et al. Effects of midline and lateral cerebellar lesions on motor
coordination and spatial orientation. Brain Res, v. 739, n. 1-2, p. 1-11, Nov 11 1996.
KANDEL, E.; JESSELL, TM. Princípios da Neurociência. São Paulo: Manole, 2003.
KIM, H.T. et al. Specific plasticity of parallel fiber/Purkinje cell spine synapses by
motor skill learning. Neuroreport, v. 13, n. 13, p. 1607-10, Sep 16 2002.
KLEIM, J.A. et al. Cortical synaptogenesis and motor map reorganization occur during
late, but not early, phase of motor skill learning. J Neurosci, v. 24, n. 3, p. 628-33, Jan
21 2004.
KLEIM, J.A. et al. Motor learning induces astrocytic hypertrophy in the cerebellar
cortex. Behav Brain Res, v. 178, n. 2, p. 244-9, Mar 28 2007.
KLEIM, J.A. et al. Selective synaptic plasticity within the cerebellar cortex following
complex motor skill learning. Neurobiol Learn Mem, v. 69, n. 3, p. 274-89, May 1998.
KLEIM, J.A. et al. Synaptogenesis and Fos expression in the motor cortex of the adult
rat after motor skill learning. J Neurosci, v. 16, n. 14, p. 4529-35, Jul 15 1996.
KLEIM, J.A.; BARBAY, S.; NUDO, R. J. Functional reorganization of the rat motor
cortex following motor skill learning. J Neurophysiol, v. 80, n. 6, p. 3321-5, Dec 1998.
85
KLINTSOVA, A.Y. et al. Altered expression of BDNF and its high-affinity receptor
TrkB in response to complex motor learning and moderate exercise. Brain Res, v.
1028, n. 1, p. 92-104, Nov 26 2004.
KOLB, B.; WHISHAW, I. Q. Brain plasticity and behavior. Annu Rev Psychol, v. 49,
p. 43-64, 1998.
LEE, H.K. et al. Regulation of distinct AMPA receptor phosphorylation sites during
bidirectional synaptic plasticity. Nature, v. 405, n. 6789, p. 955-9, Jun 22 2000.
LEWIS, M.M. et al. Task specific influences of Parkinson's disease on the striato-
thalamo-cortical and cerebello-thalamo-cortical motor circuitries. Neuroscience, v. 147,
n. 1, p. 224-35, Jun 15 2007.
MA, L. et al. Changes in regional activity are accompanied with changes in inter-
regional connectivity during 4 weeks motor learning. Brain Res. 2010;1318:64-76.
MAGILL, R.A. Motor Learning and Control: Concepts and Applications. 8ª.
Boston : McGraw-Hill, 2007. 482.
MANZONI, D. The cerebellum and sensorimotor coupling: looking at the problem from
the perspective of vestibular reflexes. Cerebellum, v. 6, n. 1, p. 24-37, 2007.
MAREN, S.; AHARONOV, G.; FANSELOW, M.S. Neurotoxic lesions of the dorsal
hippocampus and Pavlovian fear conditioning in rats. Behav Brain Res, v. 88, n. 2, p.
261-74, Nov 1997.
MATTSON, M. P. Neuroprotective signaling and the aging brain: take away my food
and let me run. Brain Res, v. 886, n. 1-2, p. 47-53, Dec 15 2000.
MONFILS, M.H.; PLAUTZ, E.J.; KLEIM, J.A. In search of the motor engram: motor
map plasticity as a mechanism for encoding motor experience. Neuroscientist, v. 11, n.
5, p. 471-83, Oct 2005.
MORA, F.; SEGOVIA, G.; DEL ARCO, A. Aging, plasticity and environmental
enrichment: structural changes and neurotransmitter dynamics in several areas of the
brain. Brain Res Rev, v. 55, n. 1, p. 78-88, Aug 2007.
ONLA-OR, S.; WINSTEIN, C. J. Function of the 'direct' and 'indirect' pathways of the
basal ganglia motor loop: evidence from reciprocal aiming movements in Parkinson's
disease. Brain Res Cogn Brain Res, v. 10, n. 3, p. 329-32, Jan 2001.
87
REAL, C.C. et al. Different protocols of treadmill exercise induce distinct neuroplastic
effects in rat brain motor areas. Brain Res, v. 1624, p. 188-98, Oct 22 2015.
SALMONI, A.W.; SCHMIDT, R.A.; WALTER, C.B. Knowledge of results and motor
learning: a review and critical reappraisal. Psychol Bull, v. 95, n. 3, p. 355-86, May
1984.
STEIN DG, B.S., WILL B. Brain repair. New York Oxford: Oxford University Press,
1995.
TAMAKOSHI, K. et al. Motor skills training promotes motor functional recovery and
induces synaptogenesis in the motor cortex and striatum after intracerebral hemorrhage
in rats. Behav Brain Res, v. 260, p. 34-43, Mar 01 2014.
89
VERTES, R.P. Interactions among the medial prefrontal cortex, hippocampus and
midline thalamus in emotional and cognitive processing in the rat. Neuroscience, v.
142, n. 1, p. 1-20, Sep 29 2006.
WALKER, M. P. et al. Sleep and the time course of motor skill learning. Learn Mem,
v. 10, n. 4, p. 275-84, Jul-Aug 2003.
YIN, H. H. The sensorimotor striatum is necessary for serial order learning. J Neurosci,
v. 30, n. 44, p. 14719-23, Nov 03 2010.
YING, Z et al. Exercise restores levels ofneurotrophins and synaptic plasticity following
spinal cord injury, Exp.Neurol. 2005;193: 411–419.