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EDIFICAÇÕES
Concurso Público para Analista de Controle Externo
do Tribunal de Contas da União
TCU 2009
RAFAEL DI BELLO
ENGENHEIRO CIVIL
abril/2009
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
• Como estes projetos são feitos? (grau de detalhamento dos projetos, técnicas
empregadas, divisão de responsabilidade entres os especialistas, produtos esperados etc.)
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
(2) Edificação (conj. elementos – def./artic. seg. princ./téc. de arqª e engª - para integrar
urbanização. Ex.: casas, hospitais, teatros, estações rodoviárias/ferroviárias/aeroportuárias,
armazéns, estádios, ruas/avenidas, parques/monumentos etc.) ;
(4) Instalação predial (conj. componentes construtivos – def./artic. seg. princ./téc. arqª e
engª - para integrar edificação e desempenhar serviços de condução de energia/ gases/
líquidos/ sólidos. Ex.: Instal. Hidráulicas e Sanitárias – águas
fria/quente/pluviais/esgotos/prev. Incêndio/gás; Instal. Elétricas –
ilum./energ./telef./alarme/automação/proteção contra raios; Instal. Mecânicas – elevadores,
escadas rolantes, ar-condicionado, bombas suc./recalque água, coleta/trat. lixo, oxigênio);
(5) Componente construtivo (conj. materiais def. e processados em conf. com princ./téc.
específicos para integrar elementos ou instalações. Ex.: portas, janelas, tijolos, blocos,
painéis, colunas, vigas, luminárias, interruptores, tubos, registros, ralos, pias etc.);
• Topografia (TOP);
• Sondagens e reconhecimento do solo (SDG);
• Arquitetura (ARQ);
• Fundações e Estruturas (EST);
• Instalações Elétricas (ELE);
• Instalações Mecânicas (MEC);
• Instalações Hidráulicas e Sanitárias (HID);
• Luminotécnica (LMT);
• Comunicação Visual (CMV);
• Paisagismo (PSG);
• Arquitetura de Interiores = Decoração (INT);
• Impermeabilização (IMP);
• “Outros”.
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
• Conforto Térmico;
• Conforto Acústico;
• Higiene;
• Segurança contra Incêndios;
• Segurança contra Intrusão e Vandalismo (sistemas de circuito fechado de TV e
alarmes);
• Ergonomia (entendimento das interações entre seres humanos e outros elementos de
um sistema para projetar a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de
um sistema: definição adotada pela Associação Internacional de Ergonomia - International
Ergonomics Association - IEA em 2000; Ver mais em NR 17 – Ergonomia no trabalho:
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_17.asp);
• Informática e automação predial (“edifícios inteligentes”);
• “Outras”.
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Etapas das Atividades Técnicas do Projeto de Edificação na iniciativa Privada,
pois veremos adiante que há diferenças para as obras públicas [Ref. 3 - NBR
13531/95, define as “siglas”]:
(a) Físicos:
• Planialtimétricos (topografia nos planos horizontal e vertical);
• Cadastrais (edificações, redes etc.);
• Geológicos (subsolo: solos/rochas), Hídricos (redes fluviais e disponib. de água);
• “Ambientais” (diversos), Climáticos (chuvas/ventos etc.), Ecológico (flora/fauna);
• “Outros”;
(b) “Técnicos” (ex.: disponibilidade de materiais de construção e de mão-de-obra);
(c) Legais e Jurídicos;
(d) Sociais;
(e) Econômicos/ Financeiros;
“Outros”.
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Etapas das Atividades Técnicas do Projeto de Edificação na iniciativa Privada
[Ref. 3 - NBR 13531/95, define as “siglas”]:
(6) Projeto Legal (PL): “representação das informações técnicas necessárias à análise e
aprovação, pelas autoridades competentes, da concepção da edificação e de seus
elementos e instalações, com base nas exigências legais (municipal, estadual e federal), e à
obtenção do alvará ou das licenças e demais documentos indispensáveis para as atividades
de construção”.
• Autoridades competentes: Prefeitura, Corpo de Bombeiros, Concessionários de Serviços
Públicos (água, energia, gás, telefonia), Meio Ambiente e Recursos Hídricos etc.
• Exigências Legais: “Código de Obras” (município), Normas dos bombeiros, Padrões das
Concessionárias etc.
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Etapas das Atividades Técnicas do Projeto de Edificação na iniciativa Privada
[Ref. 3 - NBR 13531/1995, define as “siglas”]:
(7) Projeto Básico (PB): “Etapa opcional destinada a concepção e à representação das
informações técnicas da edificação e de seus elementos, instalações e componentes, ainda
não completas ou definitivas, mas consideradas compatíveis com os projetos básicos das
atividades técnicas necessárias e suficientes à licitação (contratação) dos serviços de obra
correspondentes”.
PODE ATÉ SER OPCIONAL PARA A INICIATIVA PRIVADA, MAS CERTAMENTE NÃO PARA A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, CONFORME VEREMOS ADIANTE (DECRETO-LEI 2.300/1986 ->
RESOLUÇÃO CONFEA 361/1991 -> LEI DE LICITAÇÕES 8.666/1993 -> NBR 13531/1995 ???).
PELA LEI DE LICITAÇÕES, O TERMO “BÁSICO” NÃO PODE SER ENTENDIDO COMO “NÃO
COMPLETO”, “DISPENSÁVEL”... PELA LEI, “BASICO” TOMA O SENTIDO DE “AQUELE QUE
SERVE DE BASE” PARA TODOS OS ATOS ADMINISTRATIVOS POSTERIORES, POR ISSO DEVE
TER SOLUÇÃO ÚNICA (SEM NOVAS ALTERNATIVAS) E DEVE SER APROVADO PELA
AUTORIDADE COMPETENTE PARA COMPOR O EDITAL DA LICITAÇÃO.
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Etapas das Atividades Técnicas do Projeto de Edificação na iniciativa Privada
[Ref. 3 - NBR 13531/95, define as “siglas”]:
(8) Projeto para Execução (PE): “concepção e representação final das informações
técnicas da edificação e de seus elementos, instalações e componentes, completas,
definitivas, necessárias e suficientes à licitação (contratação) e à execução dos serviços de
obra correspondentes”.
1) Programa de Necessidades:
2) Escolha do Terreno:
• Levantamentos de dados do terreno (dimensões necessárias, ocupação na
vizinhança – Ex.: Escola (CIEP) ao lado de fábrica???, legislação local, infra-estrutura de
água/energia/acessos, facilidade de materiais/mão-de-obra para construção etc.);
• Importante avaliar:
(i) Topografia (custos com movimentos de terra);
(ii) Tipo de Solo (custos com rebaixamento do lençol freático e fundações/estruturas
reforçadas) - consultar moradores e empresas de sondagem com atuação
local (antes de efetuar as sondagens, para reduzir custos); e
(iii) Documentação do terreno (legalizado? pode ser adquirido?).
• A escolha do terreno deve ser feita antes dos estudos de viabilidade e
demais projetos;
• Após escolher o terreno, programar e executar as sondagens que
subsidiarão o estudo de viabilidade (fundações caras?) e o Projeto Básico.
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
4) Estudo Preliminar ou Anteprojeto (etapa pode ser suprimida, indo direto ao PB):
5) Projeto Básico:
“Art. 1º - O Projeto Básico é o conjunto de elementos que define a obra, o serviço ou o complexo
de obras e serviços que compõem o empreendimento, de tal modo que suas características
básicas e desempenho almejado estejam perfeitamente definidos, possibilitando a
estimativa de seu custo e prazo de execução.
Art. 2º - O Projeto Básico é uma fase perfeitamente definida de um conjunto mais abrangente de
estudos e projetos, precedido por estudos preliminares, anteprojeto, estudos de viabilidade
técnica, econômica e avaliação de impacto ambiental, e sucedido pela fase de projeto
executivo ou detalhamento.
(...)
§ 2º - A qualidade do projeto deverá ser assegurada em cada uma das fases, bem como a
responsabilidade técnica de seus autores.”
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Evolução de um Projeto (Cont.):
5) Projeto Básico:
• Definição Resolução CONFEA 361/1991 (Cont.):
5) Projeto Básico:
• Definição Resolução CONFEA 361/1991 (Cont.):
5) Projeto Básico:
• Definição Resolução CONFEA 361/1991 (Cont.):
“Art. 4º - O responsável técnico pelo órgão ou empresa pública ou privada, contratante da obra
ou serviço, definirá, obedecendo às conceituações contidas nesta Resolução, os tipos de
Projeto Básico que estão presentes em cada empreendimento objeto de licitação ou
contratação.
§ 1º - O nível de detalhamento dos elementos construtivos de cada tipo de Projeto Básico, tais
como desenhos, memórias descritivas, normas de medições e pagamento, cronograma físico,
financeiro, planilhas de quantidades e orçamentos, plano gerencial e, quando cabível,
especificações técnicas de equipamentos a serem incorporados à obra, devem ser tais que
informem e descrevam com clareza, precisão e concisão o conjunto da obra e cada uma de
suas partes.
§ 2º - Sempre que o porte da obra o permitir, o Projeto Básico, obrigatoriamente, deverá iniciar-
se pelo estabelecimento dos CRITÉRIOS DE PROJETO, de modo a fixar diretrizes de conduta
técnica e gerencial.”
5) Projeto Básico:
• Definição Lei 8666/1993 (art. 6º, inc. IX):
“IX - Projeto Básico - (...), devendo conter os seguintes elementos:
(...)
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações
provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo
para a sua execução;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua
programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados
necessários em cada caso;
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e
fornecimentos propriamente avaliados;”
• Projeto Básico deve ser padronizado para obras de fins idênticos (art. 11
da Lei 8666/93):
“As obras e serviços destinados aos mesmos fins terão projetos padronizados por tipos, categorias ou classes,
exceto quando o projeto-padrão não atender às condições peculiares do local ou às exigências específicas
do empreendimento.”
6) Projeto Executivo:
6) Projeto Executivo:
“A execução de cada etapa [LV, PN, EVTE, PB] será obrigatoriamente precedida da
conclusão e aprovação, pela autoridade competente, dos trabalhos relativos às
etapas anteriores, à exceção do projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido
concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde que também
autorizado pela Administração.”
• Segundo Ref. 4 – TCU: “O ideal é que o projeto executivo seja elaborado pela
administração, porém, se isso não for possível, deverá ser contratada empresa
para esse fim antes da licitação da obra, de modo a evitar futuras alterações e,
consequentemente, aditivos ao contrato.” (Contratar o projeto executivo antes da
licitação da obra não significa que ele deve estar pronto no momento da licitação da obra,
pois, como vimos, a obra pode ser licitada com o Projeto Básico).
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
“Art. 13. Os estudos, plantas, projetos, laudos e qualquer outro trabalho de engenharia, de
arquitetura e de agronomia, quer público, quer particular, somente poderão ser submetidos
ao julgamento das autoridades competentes e só terão valor jurídico quando seus autores
forem profissionais habilitados de acôrdo com esta lei.
Art. 14. Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos e atos judiciais ou
administrativos, é obrigatória além da assinatura, precedida do nome da emprêsa,
sociedade, instituição ou firma a que interessarem, a menção explícita do título do
profissional que os subscrever e do número da carteira referida no Ed. extra 56.
(...)
Art. 16. Enquanto durar a execução de obras, instalações e serviços de qualquer natureza, é
obrigatória a colocação e manutenção de placas visíveis e legíveis ao público, contendo o
nome do autor e co-autores do projeto, em todos os seus aspectos técnicos e artísticos,
assim como os dos responsáveis pela execução dos trabalhos.”
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
“Art. 24. A aplicação do que dispõe esta lei e a fiscalização do exercício das profissões nela
referidas serão, para a necessária harmonia e unidade de ação reguladas pelo Conselho
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA). (Redação dada pelo Decreto Lei
nº 620, de 1969)”
“Art 1º - Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer
serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à
‘Anotação de Responsabilidade Técnica’ (ART).
Art 2º - A ART define para os efeitos legais os responsáveis técnicos pelo empreendimento de
engenharia, arquitetura e agronomia.
§ 1º - A ART será efetuada pelo profissional ou pela empresa no Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), de acordo com Resolução própria do Conselho
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA).
§ 2º - O CONFEA fixará os critérios e os valores das taxas da ART ad referendum do Ministro do
Trabalho.
Art 3º - A falta da ART sujeitará o profissional ou a empresa à multa prevista na alínea ‘a’ do art.
73 da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, e demais cominações legais.”
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
“Art. 109. O custo global de obras e serviços executados com recursos dos orçamentos da União
será obtido a partir de custos unitários de insumos ou serviços iguais ou menores que a
mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da
Construção Civil (SINAPI), mantido e divulgado, na internet, pela Caixa Econômica Federal.
(...)
§ 5o Deverá constar do projeto básico a que se refere o art. 6o, inciso IX, da Lei no 8.666, de 1993,
inclusive de suas eventuais alterações, a anotação de responsabilidade técnica e declaração
expressa do autor das planilhas orçamentárias, quanto à compatibilidade dos quantitativos
e dos custos constantes de referidas planilhas com os quantitativos do projeto de
engenharia e os custos do SINAPI.
(...)”
• Logo, o responsável por levantar os quantitativos do projeto básico de
engenharia para elaboração da planilha orçamentária pode ser
responsabilizado por falhas e omissões graves/intencionais.
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
(a) altimetria:
- curvas de nível;
- pontos cotados;
- referência de nível (RNs);
(b) planimetria:
- limites ou rumos;
- acidentes topográficos;
- orientação magnética ou verdadeira;
- dimensões de terreno e área;
- detalhes planimétricos (árvores, postes, bueiros,
- afloramentos de pedras, pedras soltas, etc.);
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Atividades Técnicas: LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
(c) cadastro:
- numeração do terreno e dos terrenos vizinhos em relação ao logradouro;
- indicação de ruas ou estradas, com as respectivas dimensões (no caso de ruas, as
larguras das calçadas);
- indicação da projeção e do número de pavimentos das construções existentes;
- indicação da projeção e do número de pavimentos das construções limítrofes;
- áreas das construções.
“Elevação” = altimetria
“Planta” = planimetria
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Curvas de Nível [Ref. 5 - Borges]:
Observar que:
(a) A prof. é função do tipo de edifício, das características particulares de sua estrutura, de suas
dimensões em planta, da forma da área carregada e das condições geotécnicas e
topográficas locais; [Exemplode Auditoria: Obra de grande porte com sondagem terminando antes da
cota de arrasamento do tubulão; a cota da garagem subterrânea era mais profunda do que a região
explorada pela sondagem]
(b) A exploração deve ser levada a prof. tais que incluam todas as camadas impróprias ou que
sejam questionáveis como apoio de fundações, de tal forma que não venham a prejudicar a
estabilidade e o comportamento estrutural ou funcional do edifício;
(c) As sondagens devem ser levadas até a prof. onde o solo não seja mais significativamente
solicitado pelas cargas estruturais, fixando-se como critério aquela prof. onde: “acréscimo de
pressão no solo devido às cargas estruturais aplicadas” < 10% da “pressão geostática efetiva”
[ver figura a seguir: M = 0,1];
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Atividades Técnicas: ESTUDOS GEOLÓGICOS/ GEOTÉCNICOS
(d) Quando uma sondagem atingir camada de solo de compacidade ou consistência elevada, e
as condições geológicas locais mostrarem não haver possibilidade de se atingirem camadas
menos consistentes ou compactas, pode-se parar a sondagem naquela camada;
(e) Quando a sondagem atingir rocha ou camada impenetrável à percussão, subjacente a solo
adequado ao suporte da fundação, pode ser nela interrompida; nos casos de fundações de
importância, ou quando as camadas superiores de solo não forem adequadas ao suporte,
aconselha-se a verificação da natureza e da continuidade da camada impenetrável
(profundidade mínima a investigar é de 5 m).
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
• Importante: A água ocupa a maior parte dos vazios do solo; quando é submetida a
diferenças de potenciais, ela se desloca no seu interior; “Permeabilidade” é a
propriedade que os solos tem de permitir o escoamento de água através dos seus
vazios (avaliação é feita através do “coeficiente de permeabilidade”);
• A rocha é um agregado de um ou mais minerais, que é impossível de escavar
manualmente, que necessite de explosivo para o seu desmonte;
• Para maiores detalhes sobre mecânica dos solos, consultar Ref. 8 [Profª. Agda] e o
professor da disciplina de Auditoria de Obras Rodoviárias;
• Classificação dos solos de acordo com o diâmetro máximo dos “grãos” [Ref. 8 – Profª
Agda]:
FRAÇÃO LIMITES (ABNT)
Matacão de 25cm a 1m
Pedra de 7,6cm a 25cm
Pedregulho de 4,8mm a 7,6cm
Areia Grossa de 2,0mm a 4,8mm
Areia média de 0,42mm a 2,0mm
Areia fina de 0,05mm a 0,42mm
Silte de 0,005mm a 0,05mm
Argila Inferior a 0,005
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
PROJETO ARQUITETÔNICO [Ref. 1 - NBR 12722/1992]
• Estudo preliminar: “definição das alternativas viáveis de solução arquitetônica, para
estabelecimento de objetivos, por parte do responsável pelo empreendimento em forma de
esboço”;
• Projeto Definitivo:
Reparar no Norte
Magnético (N.M.)
Observar a direção
dos ventos e da
Iluminação (nascente
E poente)
Verificar a posição da
Edificação dentro do
terreno
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Perspectiva da implantação - Exemplo [Ref. 11 – Emanuel]:
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
PROJETO ARQUITETÔNICO [Ref. 10 - NBR 6492/1994]
Subsolo: “Este pavimento foi setorizado de modo que o serviço pudesse ser localizado em um único nível.
Sendo assim, neste pavimento encontram-se os depósitos de materiais e de equipamentos; depósitos de
comidas e de bebidas; depósito de material de limpeza (DML); elevadores de serviço, banheiros feminino e
masculino, acesso ao palco, podendo ser por escada ou elevador, uma circulação técnica que leva às
cabines de luz, som e vídeo da casa de show, além de um estacionamento com capacidade para 1000
automóveis, das quais 16 vagas são para PNE e 100 vagas para motos.
Localiza-se, também neste pavimento, o camarim e a plataforma da orquestra que possui três níveis de
elevação, de modo a conduzir a orquestra ao palco ou deixá-la ao nível da pista. Optou-se por este
sistema para que a orquestra inteira não precisasse entrar pelo mesmo local por onde os artistas
entrariam, dando uma privacidade tanto a estes como àqueles. (...)”
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Planta baixa – Exemplo: Subsolo [Ref. 11 – Emanuel] :
Térreo: “É no térreo onde está localizada a maior parte dos ambientes, dos espaços e das praças da casa de
show. O acesso dos artistas se dá pelas duas extremidades do palco da edificação, onde podem ser
encontrados banheiros sociais, sala de estar e concentração e camarins. Logo próximo, encontra-se uma
sala para a imprensa e uma copa para servir aos artistas e aos ‘holders’ que sempre os acompanham.
Mais ao sul do palco pode-se encontrar elevadores de serviço, doca, controle de entrada e de saída de
equipamentos e acesso para o subsolo.
O palco se encontra ao mesmo nível do acesso dos artistas, a oeste da edificação de forma centralizada. É
dotado de coxia e de ciclorama aos fundos, cortinas de boca na frente e o proscênio para a orquestra.
Mais ao centro tem-se a pista (salão principal), com uma área de 3.044,00 m² e uma capacidade para
15.250 pessoas, onde, nas laterais estão localizados os bares, banheiros, voltados, também, para PNE, e as
saídas de emergência com uma vazão de 20 pessoas por vês em cada lado.
O cálculo da capacidade foi baseado no modo como os bombeiros contam a quantidade de pessoas em
uma multidão, ou seja, em três níveis, o baixo, o confortável e o alto, dentro de 1 (um) metro quadrado.
O nível baixo contendo duas pessoas, o confortável, 4 pessoas e o alto (desconfortável) 6 pessoas por
metro quadrado. Foi utilizado para pista 5 (cinco) pessoas/m² e nos camarotes uma variação de 3 a 4
pessoas/m².
Por trás da pista de platéia, tem-se a cabine de controle de som, vídeo e iluminação — cujo acesso se dá
pelo subsolo, sala de segurança e enfermarias. (...)”
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Planta baixa – Exemplo: Térreo [Ref. 11 – Emanuel] :
Observar as linhas de
Corte (A-A e B-B)
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Planta baixa – Típica:
Observar a linha de
Corte (C-D)
1º Pavimento: “Podem-se encontrar, no primeiro pavimento, camarotes em três níveis de variação de altura,
camarotes individuais, bares, depósitos, sala de segurança, enfermaria e banheiros adaptados para PNE.
Os níveis em cada camarote podem ser alcançados com ajuda de escadas rolantes nas extremidades,
estas dotadas de um sistema destinado a pessoas com mobilidade reduzida, que não utilizam
essencialmente cadeiras de rodas, possibilitando a transposição entre os camarotes.
Ainda no 1º pavimento, encontram-se camarins reservados para artistas e personalidades que possam vir
a fazer presença nos espetáculos, além de camarins para os artistas que se apresentarão no momento.
Os camarotes possuem uma capacidade para 1.800 pessoas. (...)”
Coberta: “A coberta é dotada de uma simples estrutura de aço e concreto armado recobertos com telhas de
alumínio na parte do vão e policarbonato nas clarabóias. Duas torres laterais resguardam as caixas
d’água da edificação.
O heliporto, ponto de destaque, se fez necessário pelo fato do crescimento acelerado da cidade e do fato
de só se ter um heliporto em toda cidade (Hospital do Trauma), fazendo com que a polícia federal, que
comanda estes tipos de aeronaves, o utilize para facilitar suas operações.
O heliporto foi dimensionado visando o tamanho da maior aeronave que operará no local, logo, adotou o
modelo Sykosky S76. Foi executado com laje de concreto tipo Steel Deck. Para diminuir o peso próprio da
estrutura, na região dos balanços foram aplicadas chapas metálicas com piso.”
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Planta baixa – Exemplo: 1º Pavimento [Ref. 11 – Emanuel] :
Observar as linhas de
Corte (A-A e B-B)
Observar a estrutura
da cobertura (aço e
Concreto armado)
Notar a indicação do
Heliporto na laje e a
escada de acesso
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Planta de Cobertura – Exemplo [Ref. 11 – Emanuel] :
Observar o caimento
duplo das telhas de
alumínio
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
PROJETO ARQUITETÔNICO [Ref. 10 - NBR 6492/1994]
• Cortes: “Plano secante vertical que divide a edificação em duas partes, seja no sentido
longitudinal, seja no transversal. Nota: O corte, ou cortes, deve ser disposto de forma que o
desenho mostre o máximo possível de detalhes construtivos. Pode haver deslocamentos do
plano secante onde necessário, devendo ser assinalados, de maneira precisa, o seu início e
final. Nos cortes transversais, podem ser marcados os cortes longitudinais e vice-versa.”
Sistema Estrutural: “A edificação é dotada de um sistema estrutural de concreto armado em sua maioria.
Para se obter o vão central da pista usou-se pilares de concreto e aço e treliças de aço,
contraventamentos e vigamentos transversais acompanhando a largura do vão, ganhando, assim, mais
espaço no centro da edificação.”
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Cortes – Exemplos cortes A-A e B-B [Ref. 11 – Emanuel] :
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Cortes – Associados a planta baixa típica:
Verificar na planta baixa as indicações dos cortes (1) transversal e (2) longitudinal
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Cortes – Exemplos cortes típicos:
Cortes transversais: Observar a marcação das cotas nos pisos e o traçado (em corte = traço
grosso; em vista = traço mais fino)
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Cortes – Exemplos cortes típicos:
Corte longitudinal: Observar a marcação das cotas nos pisos (rua, calçada, pisos internos) e o
traçado (em corte = traço grosso; em vista = traço mais fino); reparar a indicação de ajulezo
nas paredes dos banheiros e cozinhas, os guarda-corpos; notar a piscina, a árvore (vegetação)
e a caixa d’água representadas; ao fundo, o muro delimitador do terreno.
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
PROJETO ARQUITETÔNICO [Ref. 10 - NBR 6492/1994]
• Fachadas: “Representação gráfica de planos externos da edificação. Os cortes transversais
e longitudinais podem ser marcados nas fachadas.”
Fachadas: “As fachadas com diversificação de materiais, de modo a destacar a edificação em meio ao
ambiente no qual a mesma foi implantada.
O uso do imenso arco em aço e tirantes de aço, na fachada frontal, faz com que a edificação imponha sua
imponência e porte. Buscou-se sempre a simetria como padrão, sendo quebrada, algumas vezes, com o
uso de materiais e cores fortes.
O painel de vidro é suportado por uma malha tubular de aço com ganchos com parafusos presos aos
vidros, aproveitando a transparência do vidro e gerando maior leveza na fachada. O uso de placas
metálicas tipo Alucobond, também foram utilizada, sendo criando um painel frontal aos vidros.
As bilheterias foram revestidas com argamassa e textura de cor avermelhada, assim como as torres
laterais texturadas de azul.
A preocupação maior foi garantir às fachadas a leveza da forma e simultaneamente dar monumentalidade
a edificação.”
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Perspectivas das fachadas – Exemplos [Ref. 11 – Emanuel] :
FRONTAL, AÉREA, vista da direita para a esquerda (observar parte da cobertura, o heliporto e o
estacionamento ao fundo).
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
Perspectivas das fachadas – Exemplos [Ref. 11 – Emanuel]:
Fachada lateral
Fachada Frontal
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
PROJETO ARQUITETÔNICO
Representações Básicas:
Janela Baixa: Normalmente a janela é representada como baixa, se o peitoril dela for abaixo de
1.50m, ou seja, se a Planta Baixa estiver representada com secção de 1.50m de altura.
Cobogó: O cobogó pode ser representado desta maneira. Quando o mesmo estiver com peitoril
acima de 1.50m, é aconselhável colocar em linhas tracejadas, ou seja, linha de projeção.
Automóvel e Estacionamento
Escada
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
PROJETO ARQUITETÔNICO
Representações Básicas: Importante!
Linha de Cota
Projeções
AULA 1 – PROJETOS DE OBRAS CIVIS
PROJETO ARQUITETÔNICO
Representações Básicas: Importante!
Cortes
AULA 1 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Ref. 1: NBR 12722/1992 - “Discriminação de serviços para construção de
edifícios”, ABNT (para adquirir as normas: www.abntnet.com.br);
• Ref. 2: NBR 5670/1977 - “Seleção e Contratação de Serviços e Obras de
Engenharia e Arquitetura de Natureza Privada”, ABNT;
• Ref. 3: NBR 13531/1995 - “Elaboração de projetos de Edificações –
Atividades Técnicas”, ABNT;
• Ref. 4: “Obras Públicas: Recomendações Básicas para a Contratação e
Fiscalização de Obras de Edificações Públicas”, TCU, nov/2002;
• Ref. 5: “Topografia”, Vols. 1 e 2, Alberto de Campos Borges, Ed. Edgard
Blücher, 1995/1997;
• Ref. 6: Apostilas de “Topografia” (04 volumes), Profª. Maria Cecília Bonato
Brandalize, PUC/PR;
• Ref. 7: NBR 8036/1983 - “Programação de sondagens de simples
reconhecimento dos solos para fundações de edifícios”, ABNT;
• Ref. 8: Apostilas do curso de “Mecânica dos Solos I”, Profª. Agda C. T.
Guimarães, UFPB;
AULA 1 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Ref. 9: NBR 13532/1995 - “Elaboração de projetos de Edificações –
Arquitetura”, ABNT (para adquirir as normas: www.abntnet.com.br);
• Ref. 10: NBR 6492/1994 - “Representação de Projetos de Arquitetura”,
ABNT;
• Ref. 11: “Casa de Shows e Espetáculos em João Pessoa/PB”, publicado por
Emanuel Araújo (disponível em http://arqpb.blogspot.com/2007/07/emanuel-
arajo.html, acesso em 11/04/2009);