Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CAMPUS SERTÃOZINHO
SERTÃOZINHO – SP
2017
PEDRO LUIZ DA COSTA DE MORAES
SILVIO CESAR PEREIRA
SERTÃOZINHO – SP
2017
PEDRO LUIZ DA COSTA DE MORAES
SILVIO CESAR PEREIRA
BANCA EXAMINADORA
Sertãozinho – SP
2017
AGRADECIMENTOS
The accelerated test discussed in this work consists of exposing test specimens
to a saline mist inside a chamber with controlled temperature and high relative
humidity, so that the effects of corrosion when compared to natural exposures are
quickly noticed. These chambers are generally used for corrosion studies and
comparisons of material durability or coating effectiveness.
The choice of building a saline fog test chamber was motivated by the need for
equipment such as this at the educational institution, opening up a range of new
possibilities for research in the field of corrosion studies.
The construction was based on similar projects from other institutions outside
the country and the ASTM-B-117 standard that covers and regularizes such testing.
After the assembly, a test of 48 hours duration was carried out for the inspection of the
built equipment, which made use of four SAE 1010 laminated steel specimens. The
values found after the test showed satisfactory results, with a mean mass loss of
0.7255 grams, which is very close to the limits mentioned in the tests of the above
standard.
Therefore, it was verified that the built equipment works as expected and will be
able to assist the new students and the institute in the learning process.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................. 13
2.1 CORROSÃO ..................................................................................................... 13
2.2 CORROSÃO ELETROQUÍMICA ...................................................................... 14
2.3 FORMAS DE CORROSÃO ............................................................................... 17
2.3.1 Uniforme ......................................................................................................... 17
2.3.2 Por placas ....................................................................................................... 18
2.3.3 Alveolar ........................................................................................................... 19
2.3.4 Por pite ........................................................................................................... 19
2.3.5 Intergranular ................................................................................................... 20
2.3.6 Intragranular ................................................................................................... 21
2.3.7 Filiforme .......................................................................................................... 21
2.3.8 Por esfoliação ................................................................................................. 22
2.3.9 Grafítica .......................................................................................................... 22
2.3.10 Dezincificação .............................................................................................. 23
2.3.11 Empolamento pelo hidrogênio ...................................................................... 23
2.3.12 Em torno do cordão de solda ........................................................................ 24
2.4 VELOCIDADE DA CORROSÃO ....................................................................... 25
2.5 PROBLEMAS DA CORROSÃO ........................................................................ 26
2.5.1 Fatos históricos ............................................................................................... 27
2.6 ENSAIOS CORROSIVOS ................................................................................. 30
2.6.1 Ensaios de campo .......................................................................................... 31
2.6.2 Ensaios de serviço .......................................................................................... 33
2.6.3 Ensaios de laboratório .................................................................................... 33
2.6.3.1 Ensaio de névoa salina................................................................................. 34
2.6.3.2 Ensaio cíclico prohesion ............................................................................... 35
2.6.3.3 Ensaio cíclico de condensação e radiação ultravioleta (UVCON). ............... 36
2.6.4 Métodos de avaliação ..................................................................................... 36
3 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 37
3.1 MATERIAIS....................................................................................................... 37
3.1.1 Esquema geral do equipamento de ensaio..................................................... 37
3.1.2 Câmara de ensaio (zona de exposição) ......................................................... 38
3.1.3 Torre Atomizadora .......................................................................................... 39
3.1.4 Torre umidificadora ......................................................................................... 39
3.1.5 Sistema de abastecimento.............................................................................. 41
3.1.6 Coletores de amostra de névoa ...................................................................... 41
3.1.7 Suportes dos corpos de prova ........................................................................ 42
3.1.8 Bancada.......................................................................................................... 42
3.1.9 Custo Total ..................................................................................................... 43
3.1.10 Materiais utilizados no ensaio de teste ......................................................... 43
3.1.10.1 Corpos de Prova ......................................................................................... 43
3.1.10.2 Balança de precisão semi analítica ............................................................ 44
3.2 MÉTODO DE ENSAIO ...................................................................................... 45
3.2.1 Antes do ensaio .............................................................................................. 45
3.2.2 Depois do ensaio ............................................................................................ 45
4 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 46
4.1 CÂMARA .......................................................................................................... 46
4.2 TORRE ATOMIZADORA .................................................................................. 47
4.3 TORRE UMIDIFICADORA ................................................................................ 48
4.4 CONTROLE DE TEMPERATURA .................................................................... 50
4.5 SISTEMA DE ABASTECIMENTO..................................................................... 51
4.6 COLETORES DE AMOSTRA ........................................................................... 53
4.7 SUPORTES DOS CORPOS DE PROVA ......................................................... 54
4.8 BANCADA......................................................................................................... 54
5 RESULTADOS ..................................................................................................... 56
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 61
7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 62
12
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 CORROSÃO
Como neste trabalho trataremos sobre corrosão em meio aquosa, por se tratar
de um experimento de ensaio em uma câmara de névoa salina, é notada a ocorrência
apenas da corrosão eletroquímica.
A corrosão eletroquímica é mais frequente na natureza de uma forma
espontânea onde ocorre a transferência de elétrons de uma área do metal para outras
áreas, banhado em uma solução aquosa, por isso é denominada corrosão aquosa
(RAMANATHAN, 1997). Para que se entenda sobre este tipo de corrosão o estudo da
pilha eletroquímica é importante, a figura 2 demonstra tal fenômeno.
Veja nesta imagem que o anodo perde corrente elétrica, em forma de íons
positiva para o eletrólito, fazendo que sofra oxidação (corrosão). Eletrólito é a solução
normalmente aquosa ionizada, responsável por transportar a corrente elétrica para o
catodo. Esse por sua vez recebe a corrente elétrica da solução, onde ocorre redução.
E o circuito elétrico é responsável por transportar o elétron do anodo para o catodo.
Na corrente convencional o sentido é o contrário do elétron. Neste caso a uma reação
de oxirredução, na oxidação é o ganho de oxigênio e perda de elétrons, na redução é
a perda oxigênio e o ganho de elétrons (GENTIL, 2003).
A ação de oxirredução acontece devido à diferença de potencial dos eletrodos
mergulhados em um eletrólito. Existe uma tabela prática onde dá para se prevenir qual
vai ter menor ou maior tendência a sofrer corrosão, chamada de tabela prática de
nobreza em água do mar. Nesta tabela, quanto mais positivo for o potencial de
oxidação, os metais serão mais reativos e menos protegidos, ou seja, se corroem mais
15
fácil (GENTIL, 2003). Abaixo vemos os potenciais de corrosão dos metais mais usados
na engenharia mecânica.
2.3.1 Uniforme
2.3.3 Alveolar
2.3.5 Intergranular
2.3.6 Intragranular
Acomete o interior dos grãos da rede cristalina dos materiais metálicos, figura
9, fragilizando o material, podendo ocorrer fratura a menor esforço mecânico.
2.3.7 Filiforme
A corrosão tem forma de finos filamentos não profundos, que vai do centro e
propagando em direções diferentes, são constituídos de cargas positivas, por isso se
propagam em direções opostas, como ilustra a figura 10.
São vistas com mais frequência em superfícies protegidas por tintas, retirando
esta proteção, este tipo de corrosão acontece com mais frequência quando a umidade
do meio é maior que 85% (GENTIL, 2003).
2.3.9 Grafítica
A área corroída fica com uma cor escura, igual ao grafite, podendo ser removido
facilmente com o auxílio de uma espátula.
2.3.10 Dezincificação
Veja na figura 14, bolhas causadas pela pressão interna que o hidrogênio
causa.
Veja na imagem 15 acima uma peça unida e que a corrosão se forma em torno
da solda, como o próprio nome diz.
25
m=K×i×t
F
Fonte: http://efisica.if.usp.br/eletricidade/basico/eletrolise/mov_ions_eletrolise_dos_acido_base_sais/.
Acessado em 30/06/2017.
26
Acidente de aeronave:
No dia 28 de abril de 1988, o Boeing 737 da Aloha Airlines, perdeu todo o teto
da primeira classe e causou um arrombo de 6 metros na fileira de assentos,
arrancando a parte de cima e lateral da fuselagem, como pode ser visto na figura 17.
O voo partiu da cidade de Hilo, no arquipélago do Havaí, em direção a Honolulu,
uma ilha próxima. Uma parte dos noventa passageiros do voo reclamaram da
turbulência no início do voo, quando chegou a 7000 metros de altura previsto para o
voo, ouviu-se um grande estrondo, devido o estrago na fuselagem. Uma comissária
que estava de pé, foi sugada para fora no mesmo instante. Se o piloto não estivesse
feito uma aterrizagem de emergência em um aeroporto próximo, e se os passageiros
não estivessem com os cintos, o número de vítimas seria maior.
29
Impacto econômico
Com os avanços tecnológicos a corrosão assumiu um papel muito importante
em matéria econômica, uma vez que este fenômeno é a principal causa que afeta a
metais e ligas, polímeros, madeira, cerâmica e compósitos destes materiais, causando
sua destruição. Um fato que nos faz saber, é que 20% da produção de aço anualmente
é destruído pelo processo de corrosão.
A escolha de um material que será aplicado para o desenvolvimento de um
projeto é de responsabilidade dos engenheiros e projetista. Não existem regras gerais
para a escolha do material, só existem regras para uma determinada finalidade
específica. Muitas vezes a escolha do material ideal será o de menor custo que possua
as propriedades adequadas para exercer uma função específica. No entanto, muitas
vezes ignoram as possíveis causas da corrosão e como preveni-la.
30
Em seu livro Gentil (2003) destaca os custos direto e indireto com perdas
econômicas que podem acontecer se ignoradas as possíveis causas da corrosão.
Os custos diretos são os custos atribuídos aos proprietários ou operadores das
estruturas, fabricantes de produtos e fornecedores de serviços, estão relacionados
com a:
• Substituição das peças ou equipamentos;
• Manutenção dos processos de proteção;
• Questões de segurança;
• Interrupção de comunicação;
• Preservação de monumentos históricos;
• Poluição ambiental.
Os custos indiretos são os custos não pagos pelos donos ou operadores e que
são frequentemente ignorados, estão relacionados com a:
• Paralisações acidentais;
• Perda de eficiência das máquinas e equipamentos;
• Contaminação de produtos;
• Superdimensionamento nos projetos.
Quando um país possuir uma tecnologia mais avançada, o problema com a
corrosão tende a ser maior.
Segundo ABRACO, a Petrobras foi a primeira a se preocupar com a
importância do problema de corrosão, devido a exploração do petróleo e seu refino.
Em uma publicação do Diário do Comércio, fala que, o valor gasto no Brasil com
corrosão pode chegar a US$ 10 bilhões, a maior parte vinculada as indústrias
petrolíferas.
• Ensaios de solo
Os espécimes de ensaio são enterrados. Os fatores presentes nesse caso
quem influenciam na corrosão são: baixa resistividade e potencial do solo, pH,
umidade e bactérias.
O ensaio acelerado utilizando névoa salina, figura 20, é o mais antigo e ainda
sim, muito usado nos laboratórios. Seu mecanismo é um dos mais simples possuindo
apenas controladores de temperatura, a qual se mantêm constante por todo o ensaio.
Ele foi originalmente desenvolvido entre 1910 a 1920 para simular atmosferas
marítimas e posteriormente padronizada em 1939 pela norma ASTM-B-117. Com o
tempo, entretanto, passou a ser utilizado como critério de aprovação de materiais
destinados a outras atmosferas. (ASSIS, 2000).
Apesar de, o ensaio ter décadas de uso, o mesmo apresenta resultados não
satisfatórios quando ensaiados revestimentos de alta tecnologia. Também é notório a
baixa correlação com o real por não incluir nos ensaios fatores como ciclos de
umidificação e secagem ou ainda radiações presentes na luz solar (ASSIS, 2000).
• Variação do peso;
• Variação da espessura;
• Análise da solução.
37
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
3.1.1 Esquema geral do equipamento de ensaio
3.1.8 Bancada
A balança de precisão foi utilizada para pesar os corpos de prova antes e depois
do ensaio para se determinar a perda de massa devido a corrosão. O equipamento
utilizado, presente na figura 24, possui resolução de 0,001g e repetibilidade de
0,0005g com capacidade para 200g.
Após o ensaio de duração igual a 48h, os corpos de prova passam por três
diferentes limpezas.
• A primeira em água corrente assim que retiradas da câmara para se retirar
resíduos de sal na superfície.
• Após o enxágue, os corpos são submersos por 10 min numa solução
contendo 50% de ácido hidroclórico e 50% de água destilada para a retirado
da camada de oxido formada na superfície.
• Por último, mais uma vez eles são levados a água corrente para retirar
quaisquer resíduos de ácido ou oxido.
Com isso as amostras podem ser levadas a balança para pesagem e registrar
os dados.
46
4 DESENVOLVIMENTO
4.1 CÂMARA
A câmara, ilustrada na figura 25, foi construída em fibra de vidro e resina, por
ser um material leve, inerte aos produtos usados e um ótimo isolante térmico, além de
ter uma construção relativamente fácil e barata. Possui geometria retangular e tem
como medidas: 600mm de comprimento, 500mm de largura e 600mm de altura.
A tampa, construída do mesmo material, possui ângulo de abertura de 120° de
modo que o condensado da névoa escorra pelas beiradas, impedindo o gotejamento
nos corpos de prova. No encaixe entre tampa e câmara existe um pequeno rebaixo
onde é colocado água, sendo feito assim a vedação da parte interna com a externa.
O fundo da câmara foi construído com desnível para que a solução não
acumulasse. Para o escoamento do mesmo, foi instalado uma válvula para drenar a
solução acumulada, que é encaminhada a um reservatório. Esta solução
posteriormente é descartada por não ser reutilizada, pois pode haver a presença de
resíduos da corrosão provenientes dos corpos de prova.
47
Na parte inferior, figura 29, foi acoplado junto ao registo de esfera um cotovelo
macho de 6mm que recebe o tubo tecalon por onde é feita a entrada de ar. A saída
fica na parte superior, pelo outro conector macho de 8mm, acoplado a outro tubo
tecalon.
A reposição de água é feita na parte superior, pela entrada de bujão plástico de
1/2”. No caso de necessidade de esvaziar o recipiente, a água destilada poderá ser
esgotada pela válvula esfera.
Foi colocado uma torneira plástica na parte inferior do reservatório fixada com
o auxílio de uma porca plástica, que também foi cortada da luva plástica.
O reservatório foi colocado em uma base, construída com madeira com 130mm
de altura, com a finalidade de criar um desnível. O segundo recipiente, figura 33,
controla o fluxo de salmoura com o auxílio de uma boia plástica fixada por uma porca
plástica. Com isso foi ligado esse recipiente ao reservatório principal com o auxílio de
um pedaço de mangueira. No fundo do recipiente, ao lado oposto a boia de nível, foi
fixo um espigão por duas porcas plásticas para realizar a ligação até o recipiente na
torre de atomização através de uma mangueira.
53
Dois coletores, como ilustra a figura 34, foram feitos de tubos PVC com
comprimento de 400mm que ficam em pé pela base feita com a placa de polietileno,
na parte superior do tubo os funis foram colocados, assim como mangueias ligadas
nos funis que vão até ao galão de 5 litros que armazena a solução coletada. Essa
solução tem como finalidade a análise química da névoa, não podendo ser reutilizada
no ensaio.
Os suportes, figura 35, foram construídos com placas de acrílico com medidas
50x480x5mm. Foram feitos rasgos com inclinação de 30°, ao qual os corpos de prova
ficam inclinados conforme sugestão da norma.
Duas fitas de acrílico de 10x500x5mm foram fixadas nas laterais da câmara
com abraçadeiras plásticas para servir de apoio aos suportes, e que os mesmos
possam ser rearranjados de modo fácil e prático.
4.8 BANCADA
uma broca de 7mm e unidas com parafusos. Utilizamos duas chapas de madeira MDF
pintadas para apoiar os equipamentos.
Figura 36 – Bancada.
Fonte: Elaborado pelo autor.
56
5 RESULTADOS
Com o uso da balança semi analítica, foi realizada a pesagem de cada amostra.
Os valores para cada amostra são descritos conforme tabela abaixo.
60
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
7 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ASTM B117-11, N. Standard practice for operating salt spray (fog) apparatus.
Arerican Society for Testing and Marerials. [S.l.], p. 1-12. 2011.
RAMANATHAN, L. V. Corrosão e seu controle. 1ª. ed. São Paulo: Hermus, 1997.