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Comunitaria Av02
Comunitaria Av02
“ CHEGA AÍ ! ”
São José
2019
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“ CHEGA AÍ ! ”
São José
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2019
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INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A escolha dos participantes que integraram o grupo focal foi feita conforme os
propósitos percebidos durante a pesquisa de visita à Comunidade do Morro da Nova
Trento e Morro do 25. De tal modo, que definiu-se por abarcar o recorte da infância
como sendo uma das demandas procedentes inerentes da própria comunidade.
Pensamos em um grupo homogêneo quanto a determinados parâmetros
definidos de acordo com a pesquisa a ser realizada, que no caso seria serem criança e
moradora da comunidade local visitada. Essa homogeneidade favorece a identificação e
integração entre os participantes, evitando posições radicalmente conflitantes entre os
membros do grupo. Conforme Minayo (1992), muitas vezes, interessam exatamente as
diferenças contrastantes de perspectivas e pontos de vista dos participantes, exigindo-
se, nesse sentido, uma certa heterogeneidade na composição do grupo focal.
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A escuta qualificada se insere nesse contexto, uma vez que vai além da mera
concepção do ouvir, mas envolve uma profunda reflexão das experiências que o
indivíduo possui e qual o seu papel frente aos desafios vividos. O método de escuta
qualificada inserido no grupo focal foi à forma escolhida para ampliar nossos olhares
para os fenômenos psicológicos.
O trabalho de escuta qualificada trata da relação entre pessoas, que se
aprofunda na medida em que trata do interesse de um pelo outro, não é só o ouvir, mas
o escutar, em uma perspectiva de acolhimento por parte do interlocutor.
Nas palavras de Ceccin, (2001), quando as pessoas se sentem ouvidas, elas
tendem a mudar suas atitudes em relação a si próprias e em relação aos outros, é uma
forma de estimular mudanças necessárias. As pessoas sentem-se valorizadas, menos
defensivas e mais flexíveis. Assim, escutar também agrega um valor àquele que realiza
a escuta, pelos benefícios que pode proporcionar ao outro.
A escuta qualificada torna-se uma ferramenta gerencial que auxilia na melhor
condução dos processos, visto que dará um panorama da compreensão dos fenômenos e
sentimentos dos envolvidos no processo. O escutar qualificadamente pode ser definido
como a sensibilidade de estar atento ao que é dito, ao que é expresso através de gestos e
palavras, ações e emoções, bem como nos momentos de relações/interações com o
outro. Segundo Ceccin, 2001, p.15 apud (Con)Texto em escuta sensível:
“Escutar exige a percepção, sensibilidade de compreensão para aquilo
que fica oculto no íntimo do sujeito. A audição se refere à captação
dos sons, enquanto a escuta diz respeito à captação das sensações do
outro, realizando a integração ouvir-ver-sentir”.
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Cabe ainda colocar que o ato de escutar e acolher não se encerra nele mesmo,
ele perpassa em definir junto ao que fala quais ações serão tomadas, a fim de manter o
que está bem, e dar direcionamentos adequados às situações apresentadas.
METODOLOGIA
com características, sendo elas: idade, série/ano escolar, regularmente matriculado nas
escolas da região e ser morador da região, contudo percebeu-se que essas demandas
estavam limitando ao invés de ampliar a heterogeneidade deste grupo focal.
Optou-se por apenas limitar a condição de ser moradora da região visitada
pelos universitários, juntamente com a condição de estar entre 09 á 12 anos de idade.
Outra intencionalidade foi passar nas salas de aulas comunicando sobre a realização
desta dinâmica todas as segundas-feiras no contra turno dos estudantes, para que estes
não perdessem aulas nem tão pouco causasse transtorno e prejuízo a sua aprendizagem.
Isso favoreceu ainda mais os vínculos junto à equipe administrativa e pedagógica da
escola.
Desse modo, já no primeiro encontro do grupo focal, teve como características
uma reunião instrutiva a respeito das dinâmicas de trabalho que deveria ser seguida nas
demais encontros, também apresentaremos algumas considerações importantes, como o
sigilo total sobre os assuntos ali abordados e apresentados por eles, bem como a
construção de um dialogo franco e sincero entre as partes envolvidas (pesquisadores e
estudantes).
O debate inicial estaria apenas voltado para identificar quais seriam os
mobilizadores para eles estarem presentes naquele espaço e momento! E com isso
construir traçando um percurso até o desvendar das possibilidades que o cercam para
lazer e outras ações fora daquele espaço ali apresentado, igualmente faremos
questionamentos sobre como é viver naquela comunidade? O que fazem para se
divertir? Com quem eles se divertem?
Abriremos espaço para arquitetar definições coletivas que por todos seriam
seguidas, na tentativa clara de estabelecer como identificação de senso de
pertencimento ao grupo. Poderão surgir coisas, tais como: não haveria falas
simultâneas; todas as pessoas deveriam participar livremente, inclusive interagindo
umas com as outras; não serem desagradáveis uma com as outras e respeitar a fala do
outro. Sendo ocasionalmente, relembradas pela moderadora no início dos próximos
encontros.
Dando sequência ao primeiro encontro, serão disponibilizados mais sete
encontros presenciais, distribuídos semanalmente, ao longo de dois meses. Vale
ressaltar que, paralelamente ao procedimento do grupo focal, todas as atividades
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futuras eram escolhidas pelo grupo do encontro anterior, tendo certas ações sugeridas
pelos pesquisadores.
Sempre após dois encontros será realizada uma reunião para a avaliação do
material recolhido e possíveis ajustes necessários ao bem caminhar dos encontros
futuros. A análise dos resultados da avaliação de cada encontro resultará em
reformulações que se concretizará na elaboração de possíveis artigos científicos e por
consequência amadurecimento das práticas futuras.
Os encontros iniciarão sempre entre cinco a dez minutos após a hora marcada
previamente com todos os participantes. Nesse momento de recepção serão oferecidos
sucos, água e biscoitos leves em uma mesa de apoio, sendo este critério adotado na
intenção de se respeitar o tempo de conversas informais, juntamente com a
possibilidade de não terem nem mesmo se alimentados anteriormente.
A discussão seguirá a ordem de surgimento dos tópicos, de modo flexível,
buscando enfatizar os tópicos relacionados ao conteúdo, de modo que se pudesse
identificar a compreensão das crianças a respeito das informações do universo social,
as relações interpessoais e as experiências práticas de seu cotidiano.
RECURSOS
Para realização dos grupos, devem ser reservados espaços apropriados, com
fácil acesso aos participantes. Os participantes podem ser distribuídos livremente pelo
espaço.
Quanto aos equipamentos requeridos, o uso de tecnologias para gravação é
considerado dispensável, dependendo das ações acerem desenvolvidas, de forma a
potencializar a qualidade dos laços, acreditasse que a utilização de e a presença de
microfones, câmaras, e notebooks podem ser considerados recursos adicionais, cujo
uso dependerá da utilização pretendida de som e imagem pelos pesquisadores, vale
ressaltar que a utilização de qualquer um destes recursos estará condicionada à
expressa permissão dos participantes dos grupos. Este e outros materiais, que possam
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CRONOGRAMA
FORMAS DE AVALIAÇÃO
caminho escolhido, assim como dos possíveis resultados que auxiliam na revisão dos
procedimentos com vista ao aprimoramento e correção de rotas, quando e si necessário.
Desta forma, a prática possibilita verificar a pertinência, consistência,
coerência e viabilidade do programe, bem como das dinâmicas empregadas ao longo do
projeto. Assim, a primeira grande contribuição das avaliações centradas no participante,
será um dos alicerces e princípios básicos defendidos pelo grupo.
Compreendendo a avaliação como sendo um processo de julgamento e
ferramenta poderosa de empoderamento dos participantes, que consta em nosso
planejamento estratégico incentivar e deflagrar o diálogo entorno das mais diferentes
questões que possam suscitar ao longo das atividades desenvolvidas nos momentos dos
encontros. Tendo constantemente como foco o pluralismo dos valores para ser útil ao
processo decisório partindo dos dois princípios básicos a descrição e o não julgamento
das falas e narrativas apresentadas pelas crianças.
Outro indicador Avaliativo constará na metodologia de assiduidade dos
participantes em cada encontro assim poderemos visualizar e quantificar
numericamente quantos e quem está frequentando. Desta forma, os feedbacks serão de
forma quantitativa e qualitativa tomando por base apenas esta face da complexa etapa
de avaliação.
REFERENCIAS
Gil, A. C. (1995). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas