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Eu diria que o nascente movimento pelo direito dos homens é uma expressão orgânica desta
nova mentalidade “mercenária”. Qual sempre foram os prazeres de um mercenário? Dinheiro e
sexo. Então, por um lado nós temos os PUAs ensinando técnicas de como conseguir sexo fora
das formas tradicionais e sem envolvimento, e por outro temos ativistas sérios ensinando que
os homens ocidentais devem evitar se casar para poder proteger seus bens. Nenhuma destas
estratégias deve ser condenada, é claro. Sendo tratados como meros mercenários pela cultura
misândrica ocidental, eles não podem ser culpados por começarem a agir feito mercenários.
Tommy Fleming e outros conservadores anglo americanos alegam que esta retirada representa
a deterioração da masculinidade ocidental. Eles não enxergam algo primordial, entretanto: a
sociedade pós feminista na qual vivemos não recompensa a lealdade masculina. Trocando em
miúdos: não se ganha nada pela conformidade sob o matriarcado feminista. Enquanto as
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01/07/2019 Homem atual: o novo mercenário
antigas gerações de homens podiam contar com esposas fiéis, famílias sólidas e
reconhecimento público por seus esforços, eles davam em troca sua lealdade social. O mundo
pós feminista atual só os oferece a privação sexual, divórcios caros e a vilificação pública em
troca de seu comportamento cavalheiresco.
Tommy Fleming e sua laia espera que os homens se sacrifiquem pelas mulheres em troca de
nada. Neste modelo conservador, o homem é como um cliente que entra numa concessionária
com milhões de dólares para gastar. E ele é obrigado a comprar com todo esse dinheiro um
Uno Mille ferrado e ainda ficar contente por este imenso privilégio! Na verdade, estes
conservadores (e boa parte deste “neo conservadorismo” feminista) desejam que eles fiquem
felizes com isto, estranhamente gratos por este trambique.
E assim este estilo de vida mercenário só cresce. Os valores mercenários a cada dia que
passa se espalham entre os homens de classe média. A poucas décadas atrás, 80% dos
americanos em seus 20 anos eram casados; hoje mal passam dos 20%. Em poucos anos, este
número chegará a zero – e isto ecoará em todo o ocidente.
Muitos tradicionalistas do movimento dos direitos dos homens tem uma obsessão cega com
“voltar aos bons tempos”, aos anos pré feministas antes de 1950. Isto é problemático de muitas
formas, principalmente na anglosfera puritana onde a misandria data de séculos. Ainda mais,
estruturas sociais complexas são irreversíveis, o que anula tais ambições reacionárias. Desde
que um fenômeno social como o feminismo “amadureceu” numa cultura, ele não pode ser
simplesmente apagado; sua influência se torna permanente.
Dados os fatos, desejar pelo retorno de uma era idílica pré feminista é tanto indesejável quanto
inútil. O melhor é tentar criar novas condições usando a atual verve mercenária.
fonte: http://kshatriya-anglobitch.blogspot.com.br/2012/01/anglo-american-men-new-
mercenaries.html
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