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ANÉSIA CAUAÇU E A PRESENÇA FEMININA NO CANGAÇO Jequié, Bahia (1916

– 1930)

Kalyane Bárbara Oliveira Novaesi

A caatinga é uma região agreste, onde as suas disposições sociais se voltam para a
hegemonia dos coronéis, e, desta forma, também para o patriarcalismo. É neste ambiente que
vamos encontrar Anésia Adelaide de Araujo ou mais conhecida como Anésia Cauaçu, uma
mulher que sem dúvidas não se preocupa com estes conceitos, que não impediu de ser
lembrada e permanecer na memória como heroína e líder do bando Cauaçu.
Devido a sua coragem e habilidade em manusear armas de fogo, coisa que naquela
época apenas os homens faziam, Anésia tornou-se uma lenda no imaginário popular, onde a
sua representação mais recorrente é a de uma mulher que rompe com os padrões de sua época.
Uma construção na qual a força das armas a faz especial e diferente. Esta habilidade a
aproximava do homem e somente uma mulher muito corajosa poderia dominá-la. Uma mulher
de combate além de excelente atiradora, assim Anésia foi construída.

- Essa Anésia... tava no meio deles, no tiroteio ela tava junto, atirando
também em Jequié. Ela atirava bem! Ela vestia de jagunço mesmo! Chapéu
de couro e tudo na vida aí. E calça também! Usava arma. Repetição. Usava
máuser, todas as armas ela usava. Usava um lenço e um chapéu de couro. Os
Cauaçus usavam um chapéu de couroii.

Segundo Araújo em A Nova História de Jequié, os Cauaçus foram por muitos anos
modestos comerciantes, com pequenas fazendas de gado espalhados pelo município de Jequié,
Ituaçu, Amargosa, Brumado e Boa Nova. Bastante unidos, viveram pacatamente até o dia em
que um de seus familiares, conhecido como Augusto, negou-se acompanhar Zezinho dos
Laçosiii, para quem trabalhava, quando este se dispunha a lutar contra os “mocós”. Para a sua
perdição, o atrevimento da recusa foi acompanhado da alegação de que os Gondins e os
Cauaçus sempre mantiveram um bom relacionamento, não havendo motivos para participar
da briga de terceiros. Poucos dias depois no terreiro de sua casa, Augusto foi assassinado por
um Jagunço de Zezinho enquanto outro “cabra” procurava dar cabo de Felix Cauaçu. Zezinho
dos Laços não permitiu aos Cauaçus que enterrassem o corpo de Augusto deixando-o exposto
para servir de exemplo. Em conselho familiar os Cauaçus escolheram José Cauaçu para ser
chefe do bando, declarando guerra a Zezinho e seus Jagunços. Convertidos em bandoleiros os
Cauaçus passaram a usar lenços pretos em torno do pescoço em sinal de luto.

Augusto ficou ali dois dias sem ser enterrado, porque Zezinho (dos Laços)
não consentia nessa última homenagem prestada pela minha família.
... E só por isso nasceu essa rixa, pois que os meninos nunca brigaram com
ninguém, tratando apenas de vingar o sangue da famíliaiv.

A luta dos dois clãs tornou-se acirrada quando José Marcelino e alguns jagunços
mataram Zezinho na fazenda Rochedo, de propriedade de Candido Meira. Em represaria,
Cassiano do Areão e Marcionílio de Souza, respectivamente irmão e cunhado de Zezinho dos
Laços, preparam-se para acabar com os Cauaçus, agora protegidos pelo chefe “mocó”
Bernardino das Caraíbas. O pai de Marcelino foi morto por Vitoriano em Pau Ferro, o mesmo
acontecendo ao próprio Marcelino quatro meses depois. A partir daí, os Cauaçus entrou
definitivamente na luta armada contra o clã dos Rabudos e, mais tarde, contra a polícia do
estadov.
A perseguição empreendida aos Cauaçus com o apoio do Coronel Marcioníllo Souza,
tinha duplo significado. Por um lado, pesava a questão de honra, pois um membro de sua
família fora assassinado e os responsáveis por tal ato deveriam ser punidos, caso contrário o
poderio do coronel seria ameaçado, pois a comunidade poderia entender a incoerência de
vingança como sinônimo de fraqueza, o que incentivaria outras ações contra o chefe político
maior. Em segundo lugar, talvez o mais importante, está a questão política. Um dos
partidários dos Rabudos fora assassinado, um elemento estratégico na luta pelo controle da
região que antes integrava o município de Maracás. A não punição dos responsáveis abriria
espaço para o fortalecimento político dos novos personagens que ingressavam no jogo
político de então.
A partir de então, Anésia Cauaçu entra na briga contra os Rabudos, que se tornaram
desafetos da família, dona de excelente pontaria, que muitas vezes mostrava-se mais valente
que os próprios homens. Uma das características do bando dos Cauaçus era a participação de
mulheres na luta contra os Rabudos e principalmente, contra expedições policiais.
Auxiliando os Jagunços, suas mulheres, armadas de repetição fazem frente
aos policiais lutando com verdadeira fúria. A policia poupa-lhes a vida, já
tendo conseguido prender mais de 40 que se acham presas para
esclarecimentos [...]vi.

Araújo afirma que as lutas ficaram mais acirradas. As tocaias e emboscadas eram
constantes. Os ataques e saques contra os fazendeiros da região de Maracás, dominada pelo
coronel Marcionílio, motivaram a população a fazerem denúncias a capital baiana, o que
levou o governo de Antônio Muniz a autorizar uma primeira expedição contra os “bandidos”
que aterrorizavam parte da região Sul e Sudoeste do estado. Inicia-se aí uma série de ataques,
saques e mortes que fazem desse período, mais especificamente o ano 1916, um dos mais
sangrentos da história regional. O que antes era um conflito entre clãs, formados por
familiares e agregados, passa a se constituir numa quase guerra civil, na qual eram utilizadas
armas avançadas, e táticas de guerrilha implementadas pelos bandos armados, de modo a
poderem enfrentar melhor os ataques e confrontos com a polícia.
Segundo o autor, diante dos vários focos de luta que explodiam na Bahia, o governo
de Muniz foi instado a tomar providências. E o então Secretário de Segurança do Estado, Dr.
Álvaro Cova, ordenou a primeira expedição a Jequié, com a finalidade de acabar com a
chamada “Conflagração Sertaneja”. A estratégia utilizada pelo Secretário de Segurança
Pública do Estado foi a mesma empreendida na guerra de Canudos. A ordem dada pelos
superiores na capital era a de acabar com os Cauaçus, fossem homens, mulheres ou crianças.
Segundo AUAD, o início dos confrontos entre os Cauaçus e a força policial do
governo do estado se dá a partir do mês de abril de 1916, com a chegada da primeira
expedição policial. Nesse mesmo período, ocorriam levantes e saques, não só na região
campestre de Jequié, como na região de Brotas de Macaúbas, onde havia notícias de que a
ação dos bandidos paralisou as atividades da lavoura, da pecuária e do comércio.
A autora afirma que essa primeira expedição contava com mais de 50 homens que ao
chegar a Jequié saiu a procura dos Cauaçus, que por sua vez utilizaram táticas de guerrilhas,
dividindo-se em vários grupos menores, que se dirigiram para os pontos mais altos da região,
locais que conheciam muito bem. Devido à dificuldade de locomoção, a polícia ficou
impossibilitada de capturá-los. A situação faz com que o tenente encarregado da operação
solicite reforços da capital. O bando dos Cauaçus contava com mais de 100 homens e
mulheres dispostos a lutarem, além de bons conhecedores da região, bem armados e
municiados, tornando invencíveis para a força expedicionária, que por sua vez não contava
com tamanha estrutura do bando.
Foi preciso o Governo do Estado organizar uma nova expedição que contava com
maior número de soldados. Começam novamente as perseguições aos Cauaçus, com combates
cada vez mais acirrados, essa expedição registrou um saldo positivo para polícia, pois
conseguiu afugentar o bando do campo de batalha com 10 homens a menos, saindo a polícia
apenas com um de seus homens ferido, apesar dos combates serem travados com verdadeira
fúria pelo Cauaçus. Foi necessário solicitar uma terceira expedição, os combates
prosseguiram, mesmo estando em menor número os Cauaçus não se deixou vencer, até porque
ocupavam sempre as melhores posições ante a polícia. Após o cerco com a polícia, com parte
de seu bando esfacelado, os Cauaçus promovem uma retirada estratégica, indo para a região
das Lavras Diamantinas, e se acoitando em fazendas de pessoas amigas ou que lhes devia
favoresvii.
Dentre as mulheres que estavam no campo de batalha contra a polícia, munidas de
repetições, lutando com verdadeira “fúria” estavam Anésia Cauaçu, sua mãe Maria Galiana,
suas irmãs e as esposas e amásias dos Cauaçus e de seus camaradasviii.
A liderança que Anésia Cauaçu mantinha no bando a diferenciava de outras mulheres
que participaram de outros grupos do banditismo social como destaca Liniane Haag Brum:
“Anésia, como se sabe, foi a primeira mulher a entrar para o cangaço. Diferente de Maria
Bonita, jamais foi esposa do chefe do bando, mas, ao lado de seu irmão José Cauaçu, uma
Lider ”ix.
Conforme Hobsbawm afirma em seu livro Bandidos o papel das mulheres no
banditismo é o de amantes dos cangaceiros, não participavam das lutas, nem possuíam armas
de fogo, as mulheres de um bando não ultrapassavam o seu papel sexual. A mulher também
exercia outo papel dentro do bando, ela servia de ligação com o mundo externo, prestando
ajuda aos parentes, maridos ou amantes.

Maria bonita, mulher de Lampião, bordava, costurava, cozinhava, cantava,


dançava e tinha filhos no mato (...). Bastava-lhe acompanhar o marido.
Ficava feliz por acompanhar o marido. Quando necessário, tomava parte da
luta, mais de modo geral, apenas assistia, recomendando ao marido que não
se arriscasse demaisx.
Anésia Cauaçu vai desenvolver o que Hobsbawm denomina como o terceiro papel da
mulher, em que a própria mulher torna-se bandida, combatente ativa, estando à frente da
liderança do bando, em que só o sexo a distingui dos outros bandidos. Anésia conquista esse
espaço devido a sua destreza como amazonas, sua habilidade com as armas e por sua valentia.
Ela não ficava de fora dos ataques aos inimigos, principalmente por ela ser a líder do bando.
Como podemos ver na entrevista de Rodofino Teixeira:

- Era isso mesmo. Ela cansou de chegar aqui, ela cansou de fechar Jequié,
ela sozinha! É!
_ Assim diz o pessoal, que ela pegava uma presilha, pregava a saia, pregava
aqui assim ó, e quando “cabava” aí agora deixava o pau quebrar [riso].
_ Era, ela sozinha vivia com a repetição, pegava a saiona arrastando no chão,
“botava” aqui com a presilha, aqui assim, e o pau comia aí direto. Ela só e
Deus.
- Atirava bem e era valente.
- Era valente, era. Mas dizem que os Cauaçus eram muito valentes, né? Era,
mais naquele tempoxi.

As mulheres em um âmbito geral, sempre ficaram à margem na historiografia,


principalmente as que viveram na ilegalidade, como é o caso das cangaceiras. Os estudos
sobre a mulher, geralmente recuperam os feitos das mulheres da elite que ganharam destaque
nas mais diferentes sociedades por suas ações militantes e reivindicadoras como as feministas,
que lutaram durante décadas para adquirir direitos como: educação, profissionalização e o
exercício pleno da cidadania. Ganharam evidência ainda, as mulheres de projeção social
reconhecidas por seus talentos na arte, na literatura, na pintura, na música e pelo grau de
instrução.
O reconhecimento de que as mulheres tinham uma história e que era de suma
importância buscar por ela, resultou dos próprios questionamentos que estas fizeram a
respeito de si próprias, contestando uma estrutura de superioridade masculina fundamentada
reconhecida e recusando a visão clássica da inferioridade do sujeito feminino. Para muitas,
começou a parecer incômodo viver num mundo em que estivessem diluídas dentro da ideia de
um sujeito universal. É a partir de suas lutas íntimas, que as mulheres iniciam um
questionamento quanto à realidade social, criando os primeiros movimentos feministas,
marcados por uma grande diversidade de reivindicações.
Os primeiros estudos históricos sobre as mulheres estiveram muito marcados pela
preocupação com a dialética da dominação versus opressão, dando pouco ou nenhum
destaque às múltiplas formas de resistência que estas elaboraram ao longo do tempo para fugir
à dominação masculina. Enquanto a produção historiográfica dos anos setenta esteve
fortemente marcada pela influência teórico-metodológica assentada nas premissas
epistemológicas da história social e com forte influência do marxismo, que vê a opressão
feminina em função do capitalismo, as produções acadêmicas buscaram, a partir dos anos
oitenta, trazer à tona um conjunto de estudos que revelam suas presenças na vida social, nas
práticas cotidianas, ressaltando as estratégias de sobrevivência e as múltiplas formas de
resistência que, silenciosamente, as mulheres impuseram à dominação masculina. Desse
modo, os “estudos das mulheres” inovaram profundamente a historiografia ao trazer não
apenas o “sexo frágil” para o cenário histórico, mas a própria cultura feminina, dando conta
de temas ligados ao seu universo cultural, social e sexual, dando visibilidade ao espaço
privado. O feminismo questionou a analogia feita às oposições contrárias que estabeleciam a
análise masculina do mundoxii.
Para Scott, a palavra gênero começou a ser usada mais seriamente como uma maneira
de se referir à organização social da relação entre os sexos, distinta, portanto, do biológico.
Gênero também é usado para sugerir que os assuntos sobre mulheres são necessariamente
informações sobre os homens, que o estudo de um implica no estudo do outro, entendendo
gênero como um primeiro modo de dar significado às relações de poder ou por meio do qual,
o poder é articulado.
O uso do gênero como categoria de análise acarretou uma grande inovação nos
estudos sobre o feminino, incorporando o estudo relacional entre homens e mulheres e
recusando a generalização que havia em torno do termo “mulher”. Se o feminismo colocou a
mulher na pauta das discussões e visibilidades, denunciando a existência de um mundo
machista e excludente, a categoria relacional de gênero permitiu pensar estas diferenças
fugindo da ideia de natureza e remetendo a análise para um prisma social e cultural. Passou-se
das justificativas biológicas para a compreensão cultural dos comportamentos masculinos e
femininos, rompendo definitivamente com a política e adotando um espaço próprio de
discussões, desprovido de propósitos ideológicos imediatos.
De acordo com Ana Paula Freitas, a estrutura familiar da elite rural sertaneja mantinha
uma hierarquia bem definida de papéis, na qual à mulher cabia o espaço privado, e ao homem
o público, diferentemente do que ocorria com o estrato popular, que para garantir a
sobrevivência tinha que contar com o trabalho de todos os membros da famíliaxiii. Diante de
tudo que foi exposto, cabe indagar como era o universo feminino na região da Caatinga?
Quais as necessidades de defender a família?
Se a mulher era vista como ser frágil e indefeso, o que levaria essa mulher, mudando
de atitude, reverter um processo que parecia ser determinado pelos antepassados, romper com
atitudes preestabelecidas, impor uma nova ordem e se fazer atuante e partícipe da história?
No fim do século XIX e início do século XX a mulher sertaneja era educada para
formar família, casar e ter filhos, cuidar da casa e dos seus. No entanto, em determinados
contextos, a mulher levou a extremos a vocação da defesa da prole, o instinto de preservação
da família. O elo do sangue tornava forte até os aparentemente “mais frágeis”, como eram
consideradas as mulheres.
A mulher sertaneja distancia-se do padrão imposto pelo modelo patriarcal, no qual a
mulher é símbolo de fragilidade e submissa ao homem. Apesar de serem voltadas aos
trabalhos domésticos, pode-se afirmar que essas mulheres defendiam sua família com unhas e
dentes. Segundo AUAD, as mulheres sertanejas em geral exercem vários papéis na sociedade
em que está inserida, alem de mãe, elas atuam também como trabalhadora rural, amante, e
guardiã da propriedade até mesmo de guerreira, uma das funções da mulher, não importando a
classe social, era quase sempre a de defensora e mediadora. A mulher da caatinga começa a
trabalhar cedo, ajudando os pais na lavoura, cuidando dos irmãos mais novos, auxiliando na
cozinha e na lida da casaxiv.
A chegada do século XXI faz com que se discuta o papel da mulher dentro da
sociedade. Histórias de mulheres que fizeram avançar o século XX, as relações entre mulher e
sociedade, tendo em vista os espaços conquistados, o exercício de poder e o respeito
adquirido dentro do mercado de trabalho e nas relações familiares.
Embora não participando diretamente da esfera pública, as mulheres atuavam de forma
indireta na esfera doméstica, interferindo nas decisões tomadas pelos homens que diretamente
atuavam na esfera pública. Elas são o poder que se oculta por detrás do trono, “tanto na
família como nas relações de negócios, gozam incontestavelmente de uma consideração
maior” xv.
Supostamente, as discussões sobre a mulher fizeram com que Anésia, ressurgisse na
comunidade jequieense, com muita intensidade, ao ponto dessa mesma comunidade elegê-la
representante do imaginário da mulher guerreira. Uma mulher que luta, que coloca a defesa da
família em primeiro lugar em sua vida e por acreditar nisso é capaz de tudo sempre, disposta a
(re) começar. Anésia se destaca das outras mulheres do seu tempo por ter sido capaz de ir
além, de enfrentar o inimigo de frente, utilizando as mesmas armas que ele: a coragem, a
obstinação, a força, o poder de comando e o poder de fogo. Armas que somente aos homens,
naquela época, eram permitidas. Atitude essa que acaba por fortalecer ainda mais o ideal de
mulher guerreira, dentro do imaginário.

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i
Este trabalho é parte da monografia de pós-graduação da autora, orientada pela Prof. Dra. Laila Brichta e pelo
Prof. Dr. Carlos Alberto Oliveira
ii
Entrevista realizada com Domingos Ferreira, em 11.08.1999, disponível no livro Anésia Cauaçu- mulher-mãe-
guerreira: um estudo sobre mulher, memória e representações no banditismo na região de Jequié-Bahia, Auad,
Márcia do Couto- Vitoria da Conquista: Edições UESB, 2013, p. 120.
iii
Zezinho dos laços era o Coronel chefe dos Rabudos que por possuir uma fazenda denominada Laços o seu
quartel General.
iv
Jornal A Tarde, 25,26 e 28 de Outubro de 1916, 1ª e 3ª páginas sucessivamente. Disponível no livro Anésia
Cauaçu-mulher-mãe-guerreira: um estudo sobre mulher, memória e representações no banditismo na região de
Jequié-Bahia, Auad, Márcia do Couto- Vitoria da Conquista: Edições UESB, 2013, p. 138.
v
ARAUJO, E. P. Nova história de Jequié. Salvador: EGBA, 1997.
vi
Jornal A Tarde, 07 de Julho de 1916, p.1 Disponível no livro Anésia Cauaçu- mulher-mãe-guerreira: um estudo
sobre mulher, memória e representações no banditismo na região de Jequié-Bahia, AUAD, M. do C. Vitoria da
Conquista: Edições UESB, 2013, p. 139.
vii
AUAD, M. do C. Anésia Cauaçu-mulher-mãe-guerreira: um estudo sobre mulher, memória e representação
no banditismo na região de Jequié-Bahia. Vitoria da Conquista: Edições UESB, 2013.
viii
ARAUJO, E. P. Nova história de Jequié. Salvador: EGBA, 1997
ix
BRUM, L. H. Além do sertão. Revista Cotoxó, Jequié, nº XL, p. 17-18, julho de 2013.
x
HOBSBAWM, E. J. Bandidos. 4ª ed. São Paulo, Paz e Terra, 2010. P. 174.
xi
Entrevista realizada com Rodofino Teixeira, em 28.08.2000 Disponível no livro Anésia Cauaçu- mulher-mãe-
guerreira: um estudo sobre mulher, memória e representações no banditismo na região de Jequié-Bahia, AUAD,
M. do C. Vitoria da Conquista: Edições UESB, 2013, p. 133.
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RAGO, M. Pensar diferentemente a história: viver femininamente o presente. In: GUAZZELLI, Cesar
Augusto Barcellos et al. (Org.). Questões da Teoria e Metodologia da História. Porto Alegre: Ed.
Universidade/UFRGS, 2000. P.53.
xiii
Freitas, A. P. S. de. A presença feminina no cangaço : práticas e representações
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AUAD, M. do C. Anésia Cauaçu-mulher-mãe-guerreira: um estudo sobre mulher, memória e representação
no banditismo na região de Jequié-Bahia. Vitoria da Conquista: Edições UESB, 2013.
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