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Agostinho Gaita
Amade Mussage
Universidade Pedagógica
Nampula
2017
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Agostinho Gaita
Amade Mussage
Universidade Pedagógica
Nampula
2017
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Índice
1. Introdução
6. Conclusão ..................................................................................................................... 16
7. Bibliografia ................................................................................................................... 17
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1. Introdução
2. As correntes Antropológicas
O surgimento da Antropologia aconteceu devido a curiosidade do respeito de si mesmo,
independentemente do seu nível de desenvolvimento cultural. Surgiu na idade clássica, no
século V aC. Com a figura de Heródoto que é considerado o pai da antropologia, que
caracterizou minuciosamente as culturas circulantes. Os gregos foram os que mais reuniram
informações sobre povos diferente. (SUARÉZ)
Para Ubaldo Martínez Veiga (2008: 14), citado por Pereiro (p.66) “a primeira história da
antropologia é obra de Haddon em 1910, o que demonstra já uma antiga preocupação dos
antropólogos por construir a história da disciplina, uma forma de reforçar a identidade dela.
Há que se reconhecer que a antropologia cultural moderna, encarada em seu aspecto teórico, é
conservador: interessa se mais por aquilo que produza equilíbrio e integração na sociedade do
que pela confecção de escalas e etapas de progresso; embora a preocupação desses estudiosos
fosse estabelecer as linhas gerais desse progresso material acredita que voltando aos olhos do
passado teriam subsídios para determinar como a história da cultura humana se comportava.
O evolucionismo cultural foi, na verdade fruto de sua época. De certo modo se pode dizer que
o século XIX, uma época de certo medo à compreensão pelo caminho que tomaram os
avanços tecnológicos, principalmente nos países desenvolvidos.
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Naturalismo anticriacionista;
Progresso indefinido;
Seleção natural;
A linha de evolução parte do simples e chega ao complexo; do homogéneo ao
heterogéneo;
Utiliza o método comparativo.
A cultura humana é o produto de uma evolução natural, sujeita à leis que regem as faculdades
mentais do animal humano em seu estado social. De esta forma, a evolução da cultura poderia
ser objecto de estudo científico e tal foi seu objectivo. A metodologia de trabalho na
classificação e comparação de achados antropológicos. Com efeito, foi um pioneiro na
realização de trabalhos quantitativos de campo na etnologia.
Civilização
Etapa correspondente aos povos que desenvolveram o alfabeto fonético e que possuíam
registos literários. Assim, Taylor defendia que existiam diferentes tipos de famílias que
evoluíam até chegar à família patriarcal em suas formas poligâmica e monogâmica.
No início deste século havia dois difusionistas radicais: Rivers (o primeiro a declarar guerra
contra o evolucionismo). W. Perry e Elliot Smith (difusionistas britânicos, discípulos de
Rivers). Explicavam as diferenças e semelhanças culturais apelando a convenientes
combinações de migrações, adições e mesclas. Smith desenvolveu a ideia de que todo o
inventário cultural do mundo se formou no Egipto. A ideia deles era que a difusão começou
em um só ponto no leste (Egipto), daí se irradiou para todo o mundo. A imagem associada ao
difusionismo é a de uma pequena pedra que quando jogada na água provoca deslocamentos
nesta em forma de ondas circulares, onde cada onda tem suas características e amplitudes.
Essas ideias foram derrubadas pelas comprovações arqueológicas de que no mundo antigo as
ideias originais em diferentes culturas eram mais frequentes do que hoje em dia.
O difusionismo foi importante no começo do século XX por ser uma teoria alternativa da
compreensão da diversidade cultural. A diversidade cultural era entendida como resultado da
difusão de alguns traços culturais vindos de um único centro. O Egipto seria o centro original
dessa difusão.
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Franz Boas (1858-1942), nos EUA entre 1915-1930 defende uma corrente denominada
Histórica. Rejeitou o evolucionismo e defendeu essa visão histórica da cultura porque era a
única capaz de permitir compreender a situação e as características actuais de qualquer
sociedade. Na comparação das histórias culturais individuais do crescimento e que podem
surgir as leis gerais do desenvolvimento humano. Boas, se preocupa com a individualidade e a
diversidade das culturas. Pode-se dizer que foi um dos pais do funcionalismo, porque
considerava cada grupo cultural em sua totalidade. Com esse pensamento ele defendia que
“elementos distintos de diversas culturas passariam a estar inter-relacionados com o passar do
tempo”.
Em suma, seu legado permanece vivo, com relevância em vários segmentos antropológicos.
Pois a globalização se consolidou, e com ela todos os traços culturais existentes se inter-
relacionaram, produzindo um novo contexto cultural sem igual.
2.3. Funcionalismo
O funcionalismo é uma corrente fundada por Bronislaw Malinowski, a partir de 1914. Esta
corrente teve a sua maior influência entre 1930-1940. Querendo ultrapassar as tendências
dominantes na época (preocupações pela origem e pelos problemas das transformações
socioculturais), o funcionalismo tenta explicar o funcionamento de uma cultura num
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Outro ponto marcante desta teoria e a visão sistemática utilizada na análise da cultura. Outro
ponto a merecer realce nesta teoria foi o facto de ela ter-se apoiado de modo decisivo nas
pesquisas de campo. Foi Malinowski que desenvolveu este tipo de actuação dentro da
antropologia europeia, aliás foi ele quem fez a escola ao antropólogo. A corrente de
pensamento antropológico teve uma tradição quase secular. Alguns chegaram a falar de uma
explicação sociológica ao se referir ao funcionalismo na antropologia. Visando a uma melhor
compreensão desta escola nas suas duas orientações principais veremos em separação.
Ele obedece a uma linha de explicação sociológica, ao passo que o de Malinowski, sem
desprezar este aspecto, afirma-se também em uma explicação psicológica. Para ele está fora
de dúvida que os conceitos básicos da teoria são estrutura e função. Na sua explicação dos
termos estrutura e função ele apela para a analogia com o organismo vivo, mas salienta o
perigo que isso representa para aqueles que venham a esquecer.
O teórico de Levi-Strauss enfatiza a estrutura mental que subjaz as instituições. Nesta linha de
pensamento, os fatos sociais poderiam ser compreendidos como processos de comunicação
definidos por regras, algumas delas conscientes (ainda que apenas superficialmente já que
podem estar ocultando aspectos da realidade) e outras em nível profundo do inconsciente. A
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2.5. Culturalismo
3. Outras Correntes
Para além das correntes referidas acima existem outras correntes que se destacaram na
evolução da antropologia. Destas, destacamos:
No início do século XX, era esperança entre os intelectuais marxistas que na próxima guerra
que iria se realizar-se entre os países da Europa, os proletários iriam se negar a lutar pelas
suas pátrias (pois não tinham pátria, segundo Marx), e se uniriam internacionalmente para
derrubar a "burguesia" em todos os países desenvolvidos e tomariam o poder político
implantando o socialismo. Rosa Luxemburgo foi a principal intelectual marxista a perseguir a
ideia de união dos proletários do mundo prevista por Marx.
Mesmo antes dos conflitos que se procederam anos depois, Marx tinha dado algumas dicas no
Manifesto Comunista, dentre ela, Marx escreveu:
Após estas teorias estabelecidas pelo Max, sucederam varias conclusões relacionadas a estes
teores. Desta feita surge o "marxismo cultural", que passou a actuar nas universidades e
escolas em geral, na média, no meio artístico, e produziu toda uma série de "lutas" no seio da
sociedade ocidental.
Lukács forneceu as linhas gerais, a meta seria incutir nos trabalhadores a consciência
de classe;
Gramsci inventou a revolução cultural, com o objectivo de mudar o senso comum da
humanidade;
Os teóricos da Escola de Frankfurt, em especial Horkheimer, Adorno, Marcuse e
Habermas tiveram a ideia de misturar Marx e Freud e inventaram a "Teoria Crítica",
cuja intenção é criticar a cultura ocidental;
Da França, o "marxismo cultural" recebeu a providencial colaboração do
“desconstrucionismo” de Jacques Derrida;
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Nos anos de 1980, autores como James Clifford, Georges Marcus, Michael Fischer, Richard
Price e Micheal Taussig desenvolveram a teoria da antropologia pós- moderna (critica). A
observação critica desses antropólogos centrava-se nos recursos retóricos presentes no modelo
textual das etnografias contemporâneas. Eles propõem uma mundana profunda na relação do
observador com o observado. Pedra de toque do estudo antropológico. Os autores propõem a
relativização da autoridade do antropólogo, e de seu discurso; eles politizam a relação do
antropólogo com a população observada.
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Essa escola considera a cultura como um processo polissémico (plural, múltiplo), com
diversas possibilidades de interpretação. Dessa forma, a etnografia é uma representação
polifónica- em varias direcções da polissemia cultural, instrumento da crítica cultural: a
cultura não tem compreensões únicas, unilaterais, unívocas e lineares.
4.2. Interpretativismo
O autor passa a estudar a cultura como hierarquia de significados (rede de significados tecida
pelos antropólogos) e a busca por uma descrição densa, intensa, do universo cultural os
povos.
O evolucionismo tem relação com a cultura moçambicana, sob ponto de vista da evolução da
nossa sociedade visto, que antigamente a nossa sociedade primitiva vivia de uma própria
religião (crença), com a colonização portuguesa verificou-se um novo tempo fortificado pela
presença da igreja católica que influenciava na mudança da cultura do que era exótico aos
costumes da igreja católica, o das escolarização portuguesas, tendo em vista mudança cultural,
com a modernização depois o colonialismo surge a fase científica.
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6. Conclusão
O trabalho foi satisfatório, tendo em vista as metas alcançadas pelo grupo, no que tange há
assimilação ativa dos conhecimentos refentes as principais correntes teóricas da antropologia.
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7. Bibliografia
BOAS, Franz (1940) Race, Language and Culture, New York: Macmillan.
Eriksen, Thomas H. & Nielsen, Finn S. História da Antropologia. Petrópolis, RJ, Ed.
INVALA, Adelino Zacarias ett all. Plano de estudo e apontamentos da antropologia cultural,
UP-Nampula, S/ed. S/edt. 2007
Melatti & F. Fernandes. Colecção Grandes Cientistas Sociais, São Paulo, Ática, 1978.
Melatti, Júlio Cezar. ‘Introdução’, In Radcliffe-Brown: Antropologia. Orgs. J.C 2-
MELLO, Luís Gonzaga. Antropologia Cultural, pgs. 220-277. Pp.7-35 Vozes, 2007.