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Bibliografia:
Ele tem um livro que é um manual. Esse livro é bem simples, não sendo suficiente pois não
tem tanta jurisprudência mas dá para se ter noção do posicionamento dele.
Ele tem um Tratado e a parte de garantias fundamentais, a parte principiológica é muito boa.
Esse artigo prevê e é expresso no sentido de que pertencem aos Municípios 255 de tudo que o
Estado arrecadar a título de ICMS. Dessa forma do percentual do produto da arrecadação do
ICMS ocorre essa repartição.
Os municípios começaram a defender que os estados não poderiam conceder benefícios fiscais
sobre a parcela que seria repartida ao município e só poderiam fazer isso em relação aos 75%.
A questão que chegou ao Supremo diz respeito ao Estado de Santa Catarina que concedeu
uma moratória como incentivo fiscal.
Por 2 anos a empresa não pagava ICMS. A ideia era de efetivamente incentivar aquelas
empresas e como é uma moratória um dia o estado receberá o recurso mas não naquele
momento. A defesa do Estado é de que como se trata de repartição de receitas só teria que
repartir aquilo que efetivamente ingressasse nos cofres estaduais.
O raciocínio dos Estados é que se ele recebeu X aí teria que repassar aos municípios.
O precedente é o RE 572762 tendo sido julgado por repercussão geral. O STF entendeu que o
estado não poderia conceder qualquer tipo de incentivo relativamente a parcela dos
municípios. O Estado irá conceder os benefícios mas eu tenho uma outra figura que é o titular
da arrecadação sendo o Estado que fica com 755 e o Município que fica com 25%. Ele
entendeu que o Município é titular de 25% e como tal pode questionar em juízo caso o
benefício não seja repassado.
O Supremo aprovou a Súmula vinculante 30, porém percebemos que ela não está no código
pois foi a única sumula vinculante suspensa. Ela dizia que era inconstitucional lei estadual que
a título de incentivo fiscal retém parcela de ICMS pertencente aos Municípios. Dessa forma ele
entendeu que essa lei estaria retendo indevidamente.
Incentivo fiscal é instituto que não abrange todas as hipóteses. Depois chegou no Supremo
uma questão envolvendo o Estado onde o Estado aceitava dação em pagamento com bem
imóvel.
A pergunta dos ministros: Nesse caso, como vou fazer para receber um bem que corresponda
a 75% da dívida. Eu terei que repartir o bem ao município? Qual será a solução?
Dação em pagamento não é benefício mas causa de extinção do crédito e essa sumula não
dizia respeito a essa hipótese.
Quando se dá uma isenção total esse recurso jamais vai entrar. Na isenção total aquele recurso
não entrará nunca.
Esse não é o único caso de repartição de receitas. O IPVA também ocorre repartição. Porém
chegou ao supremo uma questão que não é desse tipo de repartição pois essas são repartições
diretas, não há intermediários.
Porém chegou ao Supremo um caso de repartição indireta e chegou esse ano que é o artigo
159, I da CF.
E Esse inciso I diz que do produto da arrecadação do imposto de renda e do IPI 48% serão
distribuídos da seguinte forma: 22,5% da arrecadação do IPI e do IR vai para os fundos de
participação dos Municípios. A União deposita no fundo e quem transfere para o município é o
fundo. A maioria dos fundos a exig~encia é a lei complementar.
Com base no precedente do ICMS eles começaram a alegar que a União não poderia conceder
isenção de imposto de renda __________________
A maior parte dos autores diz que se pode pegar o precedente do ICMS para o IPVA.
2 - Dentro dessa parte de repartição de compet~encia tem uma questão que já caiu na PGE do
Rio que diz respeito a uma repartição de receitas que envolve imposto de renda de servidor
público.
Esse artigo diz que pertencem aos Municípios o produto da arrecadação do imposto de Renda
e proventos de qualquer natureza. Todos pensam esse inciso como funcionário público que
tem imposto retido na fonte. Essa verba ficaria com o Estado ou no caso de empregado do
Município?
O entendimento paífico é que se deve entrar exclusivamente contra o município pois ele é
beneficiário de 100% da Arrecadação. Essa é a súmula 447 do STJ.
Isso significa que o ente pode exercer sua competência no todo, pode não exercer sua
competência ou exercer em parte.
O ICMS é o único imposto em que há a obrigação de criar por causa das operações
interestaduais.
O ICMS é o único imposto que todo mundo tem que ter criado.
2 exemplos Municipais:
1 – O primeiro exemplo é sobre o IPTU que poderá ser criado sobre a propriedade predial que
pode diferenciar o que é residenciall e o que não é residencial e o territorial.
O entendimento que prevalece é que cada um deles tem alíquotas diferenciadas, pois são
fatos geradores autônomos, não se pode comparar resid~encia com o comércio.
Digamos que o Município de Niterói estipule uma lei criando imposto sobre os imóveis não
residenciais. Essa lei pode fixar isso ou seria inconstitucional. Essa questão caiu no rio e muita
gente disse que feria a isonomia. Isso é o exercício da competência em parte.
Essa lei portanto é constitucional. Fica bem claro que isso nada tem a ver com isonomia. São
fatos geradores distintos.
Um outro exemplo é o do ISS. Digamos que eu tenha a LC 116 que preveja 40 itens. O
Município não pode criar ISS sobre um serviço que não esteja na lista mas ela poderia e vários
municípios fazem isso criar o ISS sobre 20 itens da lista e essa lei é constitucional pois o
exercício também é em parte. Se pode exercer integralmente ou em parte. Essa lei é
constitucional. Tem municípuio que se criou para 2 serviços. Essa lei é constitucional.
A União, Estados e Municípios poderão instituir os seguintes tributos. Poderá é uma faculdade
e se é obrigatório se utilizará deverá.
Caiu na PGM Niterói o artigo 11 da lei de responsabilidade fiscal e é um artigo que precisa ser
lido. O artigo 11 e o 14.
4 – Dentro das competências existe uma outra questão que é a competência envolvendo
taxas.
No último da PGM caiu uma taxa absurda que é a Taxa de serviços diversos.
A Compet~encia para as taxas é uma compet~encia comum. E isso significa que a competência
tributária está relacionda à compet~encia administrativa e dessa forma quem tem
compet~encia para prestar o serviço ou exercer o poder de polícia terá compet~encia para
instituição do tributo.
A grande questão e isso cai muito em PGE na prova oral é quando a competência tributária e
administrativa são compet~encias comuns.
Se formos analisar o 23 veremos que tem varias competências para obras que os 3 entes em
princípios podem exercer.
a) Fiscalização ambiental
Em tese pelo 23 os 3 entes podem exercer a fiscalização do meio ambiente agora se tem uma
lei tentando estabelecer limitadores. Essa é uma competência administrativa comum.
Uma outra hipótese é a vigilância sanitária porém se tem na área federal, estadual e municipal.
Os 3 entes podem exercer a vigilância.
A discussão é: Vamos dizer que eu tenha órgão do município e do Estado e os dois exerçam a
fiscalização efetiva.
Podem os 2 entes cobrarem a taxa?
Alguns autores acham que é possível pois a competência tributária e administrativa são
comuns desde que eles tenham órgão de fiscalização. Essa é a corrente para as fazendas em
todos os níveis.
Porém há o entendimento de que somente um ente pode cobrar e dentro dessa corrente tem
que se avaliar o interesse público prevalente.
E o interesse que prevalecer será aquele que irá arrecadar e na dúvida entre regional e local se
aplica o interesse maior.
O STF julgou um caso que foi uma taxa de fiscalização ambiental e ele entendeu que todos os
entes podem cobrar, ou seja, acolheu a primeira corrente.
A ÚNICA questão que poderia evitar essa dupla incidência seria se a cobrança fosse
confiscatória. Dessa forma o tributo pode ser considerado confiscatório sozinho mas também
pode ter cunho confiscatótio em razão do sistema tributário, dupla incidência.
Porém o confisco é casuístico e o contribuinte terá que provar que a cobrança da tripla
incid~encia pode ser confiscatória.
Essa é uma decisão de maio de 2012. Esse é o RE 602089. Ele é de maio de 2012.
Antigamente quando não se tinha nenhuma regra era comum ter a sobreposição. Como regra
não tem mais essa questão que se tinha antigamente o que faz cada vez mais difícil ter a
bitributação.
As situações das fiscalizações são coisas diferentes e essa tese de bitributação acaba perdendo
mais força.
A base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel. Em grades municípios não há como se
calcular o valor venal de todos os imóveis, o que se tem são plantas de valores, valores
estimados.
A planta de valores é a área construída do imóvel multiplicado pelo valor do metro quadrado
para um determinado tipo de imóvel.
Além disso há fatores que são coeficientes de depreciação que é uma forma de estimar aquele
valor.
Toda vez que há uma nova planta essa publicação poderá ser feita por decreto ou precisará ser
feita por lei dado que essa planta é estimativa de base de cálculo.
Porém existem algumas leis municipais que deixam para o decreto a efetiva publicação da
tabela.
Dessa forma o município colocam a norma geral na lei e colocariam ao decreto a
regulamentação.
Essa questão chegou ao supremo, pois os contribuintes disseram que isso violava o princípio
da legalidade e o Supremo entendeu que essas leis eram inconstitucionais e que esses
decretos não eram meramente reguladores.
O único caso em que isso será possível pegar a planta anterior e aplicar o índica. Porém se vai
além do índice de correção monetária é considerado majoração e portanto será necessário lei.
Uma coisa é se ter tudo no decreto e outra é ter a norma geral e só regulamentar.
Dessa forma temos o RE 648245 e o entendimento está nesse sentido. Por mais que as normas
gerais estejam na lei isso não é possível.
O Fundamento legal é o §1º e §2º do 97 do CTN. E TEM UMA S DO STJ QUE É A 160 que fala
do IPTU e índice de valores.
Princípio da Anterioridade
O STF tem interpretado a anterioridade de uma forma literal dizendo que o ente não pode
cobrar o tributo no mesmo exercício financeiro da lei que o criou ou majorou.
A ideia das 2 anterioridades é a cobrança e o Supremo tem interpretado a lei que cria e majora
de uma forma geral.
Imagine que a lei venha a reduzir o tributo, precisa observar alguma anterioridade?
Se eu tenho uma isenção onerosa ou condicionada a lei tem que condicionar o direito
adquirido.
A primeira das questões é a seguinte. O STF entende que esse princípio também se aplica a
contribuições e taxas. Essa é a posição do STF. Imaginemos que eu tenha a isenção da taxa
para o hipossuficiente. Geralmente taxa e contribuição eu tenho aplicação no campo negativo
não sendo tão comum no campo positivo.
Hoje temos 2 artigos tratando de progressividade (ART.156, §1º e 182, §4º, II)
182 Progressividade no tempo. Finalidade extrafiscal do IPTU. Todos os anos a alíquota vai
aumentando até que o indivíduo cumpra o exigido. O Estatuto da Cidade prevê essa alíquota
máxima de 15%.
156, §1º EC 29 de 200. Temos uma discussão antes da emenda e uma discussão após
a emenda.
Como consequência ele entendeu que eram inconstitucionais todas as leis municipais em que
as alíquotas variassem em função do valor venal.
Lei 2597 de 2008 Alíquotas de Niterói e variam em função do valor venal e se é terreno ou
se é prédio.
A legislação é de 2008 e portanto posterior a emenda.
Uso do imóvel
Isso difere de progressividade e não é a ideia de seletividade do ICMS. É apenas uma questão
de nomenclatura.
O ITD não tem qualquer previsão de progressividade na CF. Eles admitiram progressividade
sem emenda.
A questão que caiu na PGM do Rio foi se em função dessa progressividade do ITD poderia se
admitir a progressividade do ITBI.
Porém os Ministros do Supremo entenderam que a questão do IPTU não foi a mesma coisa. O
ITBI tem uma única diferença do ITD que é que o ITD tem alíquota máxima fixada no senado o
ITBI não tem.
ITD Pode a progressividade fiscal
A ideia é de que os municípios não podem ter alíquota variável porque um município poderia
estabelecer alíquota confiscatória.