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https://www.cpt.com.br/calendario-agricola/cana-de-acucar-manejo-integrado-de-pragas
DINARDO-MIRANDA, L. L.; GIL, M. A. Estimativa do nível de dano econômico de Mahanarva
fimbriolata (Stäl) (Hemiptera: cercopidae) em cana-de-açúcar. Bragantia, Campinas, v. 66, n. 1,
p. 81-88, 2007.
Cana-de-açúcar - Foto:
LANZETTA, Paulo
Devido ao fato de a lagarta ficar a maior parte dessa fase protegida no colmo, o controle
químico não é eficiente nessa situação, e dessa forma, o controle biológico da broca com o uso
de parasitoides é o método mais utilizado. Contudo, práticas adequadas de manejo e
condições ambientais favoráveis são fundamentais para o sucesso do controle biológico e, por
isso, o produtor deve estar atento ao momento e à maneira de fazer liberações de inimigos
naturais nos canaviais.
Após o acasalamento, a fêmea faz a postura dos ovos preferencialmente na face dorsal das
folhas da cana-de-açúcar. As lagartas se alimentam inicialmente do parênquima das folhas,
convergindo a seguir para a bainha e depois da primeira ecdise penetram no colmo, abrindo
galerias que resultam em injúrias à planta e, consequentemente, danos à produtividade
(GALLO et al., 2002).
A duração do ciclo biológico desse inseto depende da temperatura e pode variar de 4 a 12 dias
na fase de ovo, de 20 a 90 dias no estágio larval, de 7 a 14 dias no pupal e de 3 a 15 dias no
estágio adulto (BOTELHO, 1985; GALLO et al., 2002; PINTO et al., 2009) (Figura 1).
Controle químico
Uso de inseticidas para controlar lagartas de primeiro e segundo ínstar. Ressalta-se que para
lagartas a partir do terceiro ínstar esse método de controle não tem se mostrado eficiente,
pois as mesmas já se encontram protegidas no interior do colmo da planta. Atualmente,
dentre os produtos químicos registrados para a broca-da-cana-de-açúcar destacam-se:
clorantraniliprole, triflumurom, lambda-cialotrina + tiametoxam e fipronil (AGROFIT..., 2003).
Controle biológico
Além dos inseticidas, outros produtos fitossanitários também são utilizados na cultura da cana-
de-açúcar, com destaque para os herbicidas que são usados no controle de plantas daninhas
(CARVALHO et al., 2010) e os reguladores de crescimento de plantas, que têm como principal
finalidade antecipar a maturação da cana, visando ao planejamento da safra (CAPUTO et al.,
2008).
Segundo Pinto (2010), as liberações devem ser realizadas pela manhã ou entardecer, tentando
evitar as horas mais quentes do dia. Oliveira et al. (2012) demonstraram que a idade ideal para
liberação dos parasitoides seria para aqueles recém-emergidos ou com 24 horas de idade, pois
nesse período as taxas de mortalidade são menores.
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/71896/1/COT2012181.pdf
http://www.esalq.usp.br/departamentos/leb/disciplinas/Casimiro/LFN/Agricultura,%20Pragas,
%20manejo%20integrado%20e%20produtos%20fitossanitarios%20-%20agosto%202016.pdf
Livro
Principais pragas:
- Broca-da-cana-de-açúcar
- Cigarrinha-das-raízes
- Gorgulho-da-cana-de-açúcar
- Cupins
- Formigas cortadeiras saúvas e quenqués
- Migdolus
- Broca-gigante
- Cigarrinha das-folhas (não causa prejuízo no estado de São Paulo)
- Nematoides (Pratylenchus zeae; Meloidogyne incógnita; M. javanica)
Nematoides
Atacam as raízes da cana-de-açúcar, prejudicando a absorção de água e nutrientes pela
planta, e injetam toxinas, que podem produzir galhas (Meloidogyne) ou causar necroses
(Pratylenchus).
O controle é feito com nematicidas registrados para a cultura, com rotação de cultura
não hospedeiras ou culturas armadilhas (crotalaria) ou com matéria orgânica. A rotação
de cultura pode ser feita com Crotalaria Juncea.
Cigarrinha-das-raízes
Com o ataque dessa praga, as folhas podem apresentar manchas amareladas, que se
tornam avermelhadas e secam posteriormente. Há redução no tamanho e na grossura
dos entrenós (gomos), que ficam curtos e fibrosos. O fluxo de água e nutrientes dentro
da planta fica comprometido, ocorrendo morte das raízes. Também podem ocorrer
brotações e enraizamento laterais.
O monitoramento é imprescindível para se decidir sobre a estratégia de controle da
praga, pois, quando realizado na primeira geração, ele permite controle mais eficiente.
O fungo verde M. anisopliae, é o principal controlador dessa praga. Embora o emprego
de inseticidas no controle da cigarrinha-das-raízes seja recomendado.
Broca-da-cana-de-açúcar
O controle químico pode ser utilizado, mais é prejudicado devido ao hábito de a lagarta
permanecer, a maior parte de seu desenvolvimento, dentro dos colmos, mais deve ser
evitado pela questão ambiental.
O controle biológico da broca-da-cana a partir de liberações inundativas do parasitoide
larval C. flavipes é o método mais utilizado no Brasil.
O parasitoide T. galloi é é outra opção viável para o controle de ovos da broca-da-cana.
A associação dos parasitoides C. flavipes e Trichogramma garante excelente controle ,
visto que estes atuam em diferentes fases de desenvolvimento da praga.