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CAPÍTULO 4
GASEIFICAÇÃO DE SÓLIDOS
Autor
Agosto 2005
IPT
2
SUMÁRIO
SUMÁRIO.............................................................................................................................2
INDICE DE FIGURAS
ÍNDICE DE TABELAS
Biomassa
Gás
Cinza
Ar ou oxigênio +
vapor
Conforme a biomassa atinge uma determinada temperatura (acima de 200 oC) ela
começa a liberar voláteis combustíveis que, ao entrar em ignição com o ar descendente,
forma uma chama em volta das partículas, que passam a queimar mais intensamente,
devido às trocas de calor com a própria chama, até o esgotamento de toda a matéria
volátil, restando de 5 a 15 % de carvão vegetal.
Os gases ricos e aquecidos desta região reagem com o carvão vegetal a 800-1200
O
C, gerando mais CO e H2. Como as principais reações que ocorrem nesta região são
endotérmicas, a temperatura do gás cai abaixo de 800 oC, abaixo do qual as reações de
gaseificação praticamente ficam congeladas.
Uma cinza com algum carbono ainda não reagido (4 a 8 % da massa alimentada),
passa através da grelha para disposição.
Desenhos esquemáticos de alguns tipos de gaseificadores operando segundo o
princípio co-corrente são apresentados a seguir.
Os gaseificadores co-correntes do tipo Imbert, apresentado na Figura 5,
apresentam uma região de estrangulamento onde também ocorre a injeção de ar, através
de bocais localizados nas paredes.
Regiões não
ocupadas pelos
jatos de ar
Topo do
gaseificador Sistema primário de
lavagem
Sistema secundário de
lavagem
~40 % ar
Ciclone
Removedor de cinzas
Gás limpo e frio para flare
ou motor
Água de/para Refrigerador
reservatório
CO H2 CH4 CO2 N2
• Destroem entre 99 a 99,9 % do alcatrão; desta forma o gás gerado pode ser
transportado em tubulações e utilizados em motores com um mínimo de limpeza;
• Os materiais inorgânicos ficam retidos na matriz de carvão e cinza retirada pelo fundo
dos gaseificadores, reduzindo de forma acentuada a necessidade de ciclones de
elevada eficiência e filtros a quente;
• O gaseificador co-corrente é um sistema comprovado, com mais de um milhão de
veículos utilizando este sistema durante a Segunda Guerra Mundial;
• O gás (quando limpo) pode ser utilizado em motores de linha, sem maiores
modificações;
• Os gaseificadores de topo aberto apresentam poucos problemas em casos de
explosão;
geração de energia elétrica de 6 MW, distribuído para a rede local, bem como 9 MW de
calor, distribuído para o sistema de aquecimento da cidade de Värnamo. A potência de
alimentação da unidade é de 18 MW.
Esquema do gaseificador é apresentado na Figura 15 e foto da instalação na Figura
16. Esta unidade foi posta em marcha em 1996 e operou até 2000, tendo acumulado
8.500 horas de operação do gaseificador e cerca de 3.600 h da unidade como um todo.
Durante este período testou-se diversos tipos de madeiras e outros combustíveis, como
palha de trigo e um material derivado de resíduo urbano (RDF).
sólidos retidos são lavados das paredes pelo próprio liquido, indo parar no tanque de
separação. Observação importante é que dadas as baixas velocidades do gás ao longo da
torre , as perdas de carga são relativamente baixas, menor que 1000 Pa (100 mm.c.a.).
Além disso, estes lavadores são sempre utilizados como elementos primários de um
sistema de lavagem, recebendo gás a temperaturas relativamente altas e com altas
concentrações de alcatrão.
Este lavador é muito mais eficiente que o anteriormente descrito. Sua eficiência
global de separação de alcatrões pode atingir 95%, conforme se conseguiu apurar num
lavador em funcionamento.
0 principio de funcionamento deste lavador é o seguinte: a água fornecida à
garganta do Venturi é dividida, devido à alta velocidade do gás, em partículas
extremamente pequenas e uniformemente dispersas no gás, o qual contém anteriormente
partículas de alcatrão muito pequenas e uniformemente dispersas. Estatisticamente estas
pequenas partículas de ambos os líquidos se chocam gerando partículas maiores
(coalescimento). As partículas maiores são então separadas do fluxo do gás num
separador centrifugo existente à jusante do Venturi.
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alcatrão à saída destes equipamentos são suficientemente baixas para não causarem
maiores problemas; no entanto, para aplicações do gás como combustível em motores de
combustão interna elas são demasiadamente altas.
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