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Notas Sobre Composição de Classe - Kolinko
Notas Sobre Composição de Classe - Kolinko
classe - Kolinko
Texto do grupo comunista libertário alemão Kolinko, abordando a
atualidade e importância do conceito de composição de classe.
Queremos iniciar com alguns breves pontos sobre a relação entre a prática
política e a noção de classe.
Os operários não lutam juntos por causa da consciência de que "são todos
explorados". As lutas dos proletários surgem de condições de trabalho
concretas, de reais situações de exploração. As lutas dos proletários
assumem diferentes formas (no passado, em diferentes regiões ou setores
etc.), porque o processo de trabalho concreto e, por esta razão, as situações
de exploração se diferenciam. O modo de produção e a posição no processo
social de produção determinam a forma e as possibilidades da luta: a dos
caminhoneiros se diferencia da dos operários de construção, as greves em
fábricas que produzem para o mercado mundial têm efeitos diferentes das
greves em call centers. Na análise da coerência entre modo de produção e
luta operária, distinguimos duas noções diferentes de composição de
classe:
a) organização imediata
b) poder imediato
c) conteúdo político
Uma noção formal de classe não vai muito longe. Isso se revela quando
vemos a composição da força de trabalho no chão da fábrica. Poderíamos
afirmar que o capataz, o chefe de equipe e o gerente são também
"trabalhadores assalariados" e portanto explorados, mas quase toda luta
deve se impor contra esses "patrõezinhos". A divisão (hierárquica) do
trabalho no processo de produção social é o fundamento para as divisões
sexistas e racistas dentro da classe operária. Assim, por um lado, o capital
divide os proletários, mas por outro, ele une proletários de todas as cores
de pele, gênero, nacionalidade etc., no processo de produção. Se as divisões
entre os operários são questionadas ou fortalecidas é geralmente decidido
na luta. Fábricas, setores específicos etc. com uma composição "colorida"
são especialmente decisivos nesse processo.
d) expansão
e) generalização política
f) tendências comunistas
A função específica dos revolucionários não pode ser explicada por uma
"consciência política" que a luta de classes não alcançaria por si mesma.
Ela só pode ser derivada de uma visão e interpretação geral das coisas que
acontecem. O poder, as possibilidades de auto-organização, de expansão e
generalização são colocados pelas condições de produção. A tarefa dos
revolucionários é mostrar a coerência entre as condições materiais e
práticas e a perspectiva das lutas. O movimento da classe ocorrerá na rede
de desenvolvimento e subdesenvolvimento. Portanto, devemos mostrar a
conexão das diferentes partes dessa rede e as razões políticas da
desigualdade. A análise do fundamento material das lutas operárias
também determina onde devemos intervir. Não é suficiente apenas seguir
os padrões "espontâneos" das lutas e documentá-los. Devemos observar os
pontos que podem ter importância estratégica para o futuro. Essas áreas
não precisam ser a "mais desenvolvida" ou os "centros de acumulação".
Com frequência, os setores que conectam diferentes níveis de
desenvolvimento (transporte entre diferentes fábricas, "trabalho de
informação" entre produção e distribuição) são significativos para a
generalização das lutas. Por isso, precisamos de mais do que uma troca
informal entre nossos grupos, necessitamos de discussão e intervenção
organizadas.
a. questões
A) Discussão
B) Crítica da discussão
Começamos apresentando uma versão curta das Notas, porque nem todos
as leram. A discussão a seguir se desenvolveu livremente, mas não se
referiu às Notas em detalhe. A discussão pode ser resumida em quatro
questões:
Questão a)
Primeira:
Segunda:
Questão b)
2. Como uma ferramenta de análise para nossa busca por condições onde a
ação coletiva pode se desenvolver e onde possamos tomar parte na
discussão e outras atividades contra a exploração. Nesta noção, nós nos
vemos como uma parte da subjetividade da classe.
Classificação:
Espontaneidade e experiência
Questão c)
Questão d)
Durante essa parte da discussão, tornou-se óbvio que usamos dois termos
abstratos: "composição de classe" e "experiência proletária". Não se trata
de opor esses termos, mas de discutir a relação entre
experiência/intervenção dentro da exploração e a análise dos
desenvolvimentos específicos em certas áreas do processo social de
produção. Através disso, devemos estar conscientes das diferentes
condições que temos de encarar (de grupos, de diferentes regiões etc.).
B) Crítica da discussão
Referências
www.nadir.org/kolinko