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AFETIVIDADE COMO PARTE DO PROCESSO DA ARTE DE ENSINAR E


APRENDER
Antônio Carlos Rodrigues Rosa*

RESUMO: O presente artigo aborda a necessidade da afetividade nas escolas,


durante o processo de ensino-aprendizagem, enfatizando a relação interpessoal e a
afetividade como facilitadores da aprendizagem, usando a empatia como meio de
aproximação professor-aluno e vice-versa, para facilitar o diálogo e promover um
ambiente adequado à aprendizagem. Procurando sempre, através da afetividade
vencer os dilemas do dia a dia na escola, dentro do contexto de aprendizagem e
relacional. Abordando a analogia entre professor e aluno, com o objetivo de alcançar
uma aprendizagem significativa. Mostrar que a afabilidade no ambiente escolar,
onde o educador estabelece uma relação de troca, o estímulo afetivo da criança cria
a empatia e facilita o processo de aprendizagem, convivência e a percepção do
outro. Colocar em prática dicotomia afeto-aprendizagem para o desenvolvimento de
suas competências e habilidades cognitivas. Tendo como aporte teórico as obras
pedagógicas de autores clássicos e contemporâneos. Todo material copilado é
extraído de livros, revistas, artigos em meios eletrônicos, tendo como metodologia a
pesquisa bibliográfica quantitativa. Para ajudar a reforçar a ideia da importância da
afetividade no processo ensino-aprendizagem nas instituições escolares. A escola é
um ambiente susceptível as situações conflituosas, tanto na questão de
aprendizagem quanto de relacionamento pessoal, visto que estas situações pode vir
da dificuldade de aprendizagem ou da apatia pelo professor, como em situações
adversas entre alunos. Por conseguinte, a educação toma novos rumos, com o
propósito de sanar essas dificuldades, dentro de uma nova ótica, promover um
ambiente que dar autonomia de escolhas e adéque nas competências dos alunos.

PALAVRAS CHAVE: Ensino-aprendizagem. Afetividade. Escola. Relação-empática.

ABSTRACT: This article addresses the need for affection in schools, during the
teaching-learning process, emphasizing the interpersonal relationship and affectivity
the facilitators of learning, using empathy as a means of teacher-student approach
and vice versa, to facilitate dialogue and promote a proper learning environment.
Always looking for, through the affectivity to overcome the dilemmas of the day-to-
day in the school, within the context of learning and relational. Addressing the
analogy between teacher and student in order to attain meaningful learning. Show
that affability in the school environment, where the educator establishes a relation of
exchange, the affective stimulus of the child creates empathy and facilitates the
process of learning, coexistence and the perception of the other. Put into practice
affection-learning dichotomy for the development of their cognitive competencies and
abilities. Having as theoretical contribution the pedagogical works of classical and
contemporary authors. All compiled material is extracted from books, magazines,
articles in electronic means, having as methodology, the bibliographical research. To
help reinforce the idea of the importance of affectivity in the teaching-learning
process in school institutions. The school is an environment susceptible to conflictive
situations, both in the matter of learning and personal relationship. Since these
situations can come from the difficulty of learning or apathy by the teacher, as in
adverse situations among students. Therefore, education takes a new direction, with
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the purpose of remedying these difficulties, within a new perspective, to promote an


environment that gives autonomy of choices and adequacy in the skills of students.

KEYWORDS: Teaching-learning. Affectivity. School. Relationship-empathetic.


1. INTRODUÇÃO
O foco deste artigo é frisar sobre a importância da afetividade como parte
do processo da arte de ensinar e aprender, tendo como ponto de partida a
relação interpessoal dos protagonista da sala de aula, focando a afetividade no
processo ensino-aprendizagem, o papel da escola na aprendizagem e a relação
interpessoal empática entre mediador e aluno. Dentro de uma problemática,
abordando as polêmicas e as dificuldades que o aluno tem no relacionamento e na
aquisição da aprendizagem dentro da escola.
OBJETIVOS Commented [AC1]: DIVIDIR EM OBJETIVOS GERAL E
ESPECIFICOS.
 Vencer os dilemas do dia a dia na escola, dentro do contexto de
aprendizagem e relacional;
 Alcançar uma aprendizagem significativa;
 Mostrar que a afabilidade no ambiente escolar, onde o educador estabelece
uma relação de troca, estimula o lado afetivo da criança cria a empatia,
facilitando o processo de aprendizagem, a convivência e a percepção do
outro;
 Colocar em prática dicotomia afeto-aprendizagem para o desenvolvimento de
suas competências e habilidades cognitivas.
MÉTODOS
O estudo está norteado, exclusivamente, por uma pesquisa bibliográfica
quantitativa (na mídia, livros didáticos e artigos científicos midiáticos, dentre outros),
com apresentação de tabelas, norteando a eficácia da empatia e testes de
comparação; como o teste não paramétrico U de Mann-Withney, com grau de
significância de 5%.
JUSTIFICATIVA
Mudar a ideologia educacional com o uso da afetividade, atendo-se da
empatia em sala de aula. Mostrar que a escola ideal é um ambiente promissor e,
que não é uma utopia, porque essa instituição irá oferecer todo o direito da criança
de aprender sem ser constrangido, lugar esse, que aguça a empatia e não é
opressor, dessa forma instigando à criança ao aprendizado, com laços afetivos e
métodos hodiernos de interação pessoal.
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A escolha do tema: afetividade como parte do processo da arte de ensinar e


aprender, vem a calhar com conhecimentos pedagógicos do autor e ao encontro de
trabalhos que foram realizados, nessa vertente.

2. A AFETIVIDADE NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM


A afetividade, por si só, é um vocábulo derivado do afeto e afetivo, que indica
características que envolve expressões afetivas. No entanto, esse sentimento
circunstancial psicológico é proeminente das características do ser humano, no
entanto esse sentimento pode sofrer mudanças de estado emocionais, conforme
situações de estímulo intrínsecas do indivíduo.
Enquanto para Piaget (1990), esse estado psicológico influi substancialmente
no modo de ser das pessoas e age em conjunto, no aprendizado e no
desenvolvimento cognitivo. Entretanto afirma que a afetividade não altera a estrutura
cognitiva, é a propulsão da ação de aprender. Segundo Piaget (1990) a afetividade
não modifica a estrutura no funcionamento da inteligência, porém, é a energia que
impulsiona a ação de aprender.
A afetividade torna-se um mecanismo subjetivo interpessoal e imprescindível
para auxiliar no processo ensino-aprendizagem, quando o educador estabelece uma
relação de troca com o aluno, suscita a empatia, e esse sentimento afetivo da
relação de ambos facilitará a assimilação e, assertivamente uma aula produtiva e
eficiente.
Enquanto para Wallon (1995a) a emoção tem o poder de suscitar reações Commented [AC2]:
Commented [AC3]: MUITO UTILIZADO... USAR OUTRO TERMO.
idênticas ou recíprocas entre pessoas, exercendo sobre o outro uma forte influência
emotiva, tornando árduo não contagiar com suas manifestações e não participar do
êxtase na sua totalidade e mesmo sentido, juntando uma coisa à outra, ou de
maneira oposta.
Por isso, a afabilidade é a peça cruciforme no início da alfabetização, pois a Commented [AC4]: VERIFICAR SE ESTÁ CORRETO.

criança no processo de conhecimento do mundo e novas experiências que são


contextualizadas e a cada dia apreendidas. Até que ponto a afetividade pode ajudar
a construir a aprendizagem, sem prejudicar?
A afetividade vem se tornando a cada dia foco de muitos debates e defendida
por especialistas da saúde e educação, sobretudo os profissionais que atuam na
área cognitiva: psicólogos e psicopedagogos, dentre outros. Para eles as situações
emocionais tem ligação com situações intrínsecas que dificulta interagir com o
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ambiente. Enquanto para Wallon (1971) a cólera é uma das subdivisões da emoção Commented [AC5]: MESMA ORIENTAÇÃO ANTERIOR

e pode ser contextualizada em ações, a primeira, a cólera centrípeta tem ações


voltada para si mesmo. Já a segunda; a projetiva, a qual as manifestações são de
reações contra meio social do indivíduo, externando situações expressivas,
intimidando o ambiente.
Deve-se lembrar que, há pouco tempo, afetividade foi um assunto reaberto
pela cúpula de pesquisadores da psicologia cognitiva, de tal maneira, que criaram
um novo campo de estudos psíquicos, a psiconeuroimunologia, fundamentada na
tese de que a afetividade desempenha uma ação primordial no desenvolvimento e,
até em curas de doenças biológicas e cognitivas.
Nas escolas os alunos pode expor situações que refletem problemas
relacionais com os pais, desta forma o profissional da educação deve ter um olhar
holístico para o aluno, não deixando passar desapercebido as mudanças de humor e
buscar desvendar as razões de alterações de tal transtorno. Conhecendo de perto a
vivência familiar do educando e suas aflições, para media-lo a um profissional
competente. Para Cunha (2012) as situações emocionais do aluno, deve ser
tratados juntamente com a família por um profissional competente na área
psicológica, o qual será de sua responsabilidade a avaliação e o tratamento
terapêutico, auxiliando educadores e familiares.
Enfatizando que a criança nesse período de transição do lar para escola,
idade a qual ingressa na atividade escolar, estando ainda num processo de
reconhecimento do mundo, na sua relação com o objeto de aprendizagem,
categoricamente, esse ambiente escolar de novos relacionamentos com pessoas de
culturas distintas, trarão lhes novas perspectivas de ver o mundo e construir,
internalizar atitudes, conceitos e valores. Segundo Vygotsky (1991), o
desenvolvimento da criança tem se por base a ação dinâmica, nas reciprocidades
estabelecida entre contexto histórico e cultural pertencente. Commented [AC6]: CÓPIA

Para essa percepção cognitiva do educando aflorar é de suma importância o


sentimento empático do docente, para facilitar a construção do conhecimento. Uma
vez que, basta o professor colocar-se na posição do outro, baixar à sua guarda e se
despir de sua armadura, transpor seus temores e colocar-se na horizontal, frente a
frente, com o aluno e manter o equilíbrio entre a razão e a emoção, permitir abrolhar
as emoções, por fim, acontece o momento mágico da aprendizagem, motivado pelo
o sentimento empático. Vygotsky (1925, 1999), afirma que a empatia seria uma
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forma de transferência no contexto emocional do observador para dentro de


artefatos, formatos e acontecimentos. Até que ponto a afetividade pode ajudar ou
prejudicar a criança?
É notório que a escola exerce uma função basilar no desenvolvimento sócio
afetivo do aluno, começando pelo educador nessa relação dinâmica de
aprendizagem e na relação interpessoal com os colegas de classe, promovendo à
sua desenvoltura social e inserindo-a em uma sociedade heterogênea de cultura
diversas, sabendo relacionar com seu semelhante e atuar no meio deles como
cidadãos críticos e capazes.
A construção social da informação é estruturada nos três planos a seguir: “a
conexão entre unidades de informação [...] a aquisição e mudança de
representações [...] a consciência reflexiva como processo de aprendizagem [...]”
(VIGOTSKI, 2001). Visto que a aprendizagem é consequência da intensificação de
diversos ações intrínseca do aluno, enquanto outras vertentes teóricas afirmam que
a aprendizagem é proveniente da relação interpessoal, professor-aluno e aluno-
aluno.
Haja vista que, conceituar esta relação de professor-aluno torna-se um
desafio, sobre a arte de ensinar, mas para vygotsky (id) essa relação não deve ser
uma imposição, mas sim de colaboração, de considerações e de desenvolvimento.
O aluno é idealizado como um ser interativo diligente no processo de construir o
conhecimento. Commented [AC7]: CÓPIA

Uma vez que, o docente tem um papel expressivo nesse crescimento, como
pessoa instruída, deste modo compete ao educador considerar os conhecimentos
prévio do aluno na construção da aprendizagem e esse conhecimento se concretiza
a partir da relação entre indivíduos, não desprezando a ação intrapsíquica do outro.
Na visão de Tassoni (2000), a afetividade está encrustada em toda
aprendizagem, pois se configura nas interações sociais, através das ações
sentimentais. Enfatizando a educação escolar, contextualizando, a trama entre
discente e docente, atividade escolar, escrita, livros... não fica só no cognitivo, há
uma base que fundamenta tais relações, afetividade.
Pensando, especificamente, na aprendizagem escolar, a trama que se tece
entre alunos e professores, conteúdo escolar, livros, escrita, etc. não acontece
puramente no campo cognitivo. Existe uma base permeando essas relações. Commented [AC8]: QUAL BASE ?
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Visto que, sem afetividade, a dicotomia ensino-aprendizagem se fragmenta,


não há ensino e nem aprendizagem satisfatória, pois o afeto-escolar ajuda a criança
a construir um vínculo e, consequentemente, dirimindo a apatia, externando o
interesse nos estudos e aperfeiçoando o desempenho de suas competências e
habilidades cognitivas.
É de caráter humano, a forma cognitiva de aprendizagem que são
internalizadas, há diversos fatores externos propulsores, dentre eles explica
Rodrigues que:
A aprendizagem escolar depende, basicamente, dos motivos intrínsecos:
uma criança aprende melhor e mais depressa quando sente-se querida,
está segura de si e é tratada como um ser singular (...). Se a tarefa escolar
atender aos seus impulsos para a exploração e a descoberta, se o tédio e a
monotonia forem banidos da escola, se o professor, além de falar, souber
ouvir e se propiciar experiências diversas, a aprendizagem infantil será
melhor, mais rápida e mais persistente. Os motivos da criança para
aprender são os mesmos motivos que ela tem para viver. Eles não se
dissociam de suas características físicas, motoras, afetivas e psicológicas
do desenvolvimento (RODRIGUES, 1976, p.174).
De certa forma, alunos sem estimulo na aula, em que as atividades propostas Commented [AC9]: QUAL FORMA ?

não atende às suas expectativas e anseios, sente-se bloqueado nas suas ações
conceptivas, obstruindo a expressão de suas características pessoais e seu
desempenho intrapsíquico e, posteriormente, atrasando o seu desenvolvimento
psicológico. Fatos assim, contribui para o aborto escolar.
A Psicopedagogia procura informações para entender o fracasso escolar, não
atribuindo só o lado cognitivo, mas frisando a necessidade do afeto na
aprendizagem do aluno, o quanto o lado emocional pode interfere na construção do
conhecimento, visto como, não há forma de separar esse elo afeto e aprendizagem,
pois só é eficaz imbuída uma a outra. Por isso, afirma sobre a importância do
parecer psicopedagógico, porque há crianças que demostra dificuldade cognitiva,
contudo de procedência emocional (FEDERLE,2012).
A privação afetiva também é um dos fatores contribuintes para fracasso
escolar. Uma vez que, uma criança com a vida emocional desequilibrada em sala de
aula e não tem um vínculo afetivo com educador, certamente não haverá
aprendizagem, porque esse sentimento que lhe foi negado na escola e, até em casa,
irá conduzi-lo à uma trajetória escolar e social fracassada, creditando para si, um
estigma negativo perante a sociedade. Mas para Winnicott (1994), as crianças que
sofrem privações afetivas manifestam condutas antissociais em casa e/ou em outros
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sentidos, com esperança de reaver alguma perda, desesperançoso, contudo, marca


a criança com predicados negativos, características básica de quem sofreu privação.
A afetividade é um dos elementais mecanismo da inteligência humana que
pode favorecer o desenvolvimento intelectual da criança para aprendizagem. De
certo que, a superproteção de crianças pelos pais, limitam às suas ações,
experiências e criatividades e, por fim a aprendizagem.
Todavia, o zelo excessivo pode acarretar vários prejuízos, pois a vida é
constituída de estímulos, dentre eles o desejo de aprender, visto que a trajetória
humana é conceituada em erros e acertos, isto é, errando se chega aprendizagem,
até à experiência. É evidente que o zelo descomedido pode prejudicar a criança na
sua desenvoltura escolar e, consequentemente, compromete o seu crescimento
físico, emocional e social.
O psicanalista e Terapeuta familiar, Saltini (2008), afirmar que o educador
deve ter além das noções teóricas, precisa procurar compreender seu aluno, ser
flexível nas suas dificuldades errôneas, lembrando de sua posição entre eles, de
mediador, e, não como o detentor do conhecimento. Na ótica pedagógica, o docente
deve ter a percepção que sua metodologia de ensino no foi eficaz e precisa ser
revista, para que o aluno aprenda de forma significativa, para isso, o educador
precisa enfrenta-lo como uma criança ativa, que quer aprender aquilo que lhe faz
sentido, não se passando por apenas como expectador. Sem haver a mínima
importância do educador, sobre o que está sendo trabalhado com o mesmo.
É imperativo olhar do docente para o sucesso do aluno na aprendizagem,
aguçando sua autoestima e valorizando às suas ações, pois é através da
interpretação atribuída pelo educador, que irá revelar às suas competências e
habilidades. Assim, participando das suas sugestões e respeitar suas limitações, e
expressar acessibilidade em suas atuações construtivas, oportunizando a ele, o
diálogos e às discussões que venham encoraja-lo tentar novamente sem medo de
errar.
A afabilidade é capaz de quebrar barreiras e levantar a autoestima, apagar Commented [AC10]: VERIFICAR SE ESTÁ CORRETO.

estigmas negativos, quando não há aprendizagem, pelo aluno.

3. O PAPEL DA ESCOLA APRENDIZAGEM Commented [AC11]: NÃO SERIA NO ENSINO APRENDIZAGEM ?


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O papel da escola no processo de ensino-aprendizagem vai além da


escolarização acadêmica formal, e é nesse ambiente escolar que a criança constrói
um conhecimento além do mundo, ampliando seu repertório sociocultural e
diferenciar as inúmeras formas de relacionamento, como também adquirir a
capacidade suficiente para solucionar determinados problemas. Piaget (2006),
classificou como: relações de conflitos a de “coação” [...] e de relações de trocas
“cooperação” [...], na escola. O ambiente escolar é o lugar de intervenção e
resolução de situações conflituosas; como também a descoberta de casos que
suscita interposições terapêuticas.
A escola tem como objetivo fazer com que seus alunos consigam chegar ao
ápice da aprendizagem, oferecendo-lhe um ensino de qualidade, com o desígnio da
ascensão social e sua estabilidade pessoal. Para alcançar, o tão exigente mercado
de trabalho, são muitos anos de estudo e dedicação e, muitas das vezes, ainda tem
que superar a concorrência em concursos para conquista do primeiro emprego. Por
isso, mais uma vez, frisa-se a necessidade de conhecimentos em diversas áreas e,
nessa concepção a escola é promotora da sapiência.
Além de tudo, nem sempre uma excelente escola é aquela que se preocupar
apenas com a aquisição de conhecimentos de seus alunos, mas também avalia se
esses alunos conseguem se desenvolver em grupos, de maneira ativa e afetiva,
conseguindo, assim, apropriar-se de valores culturais e de crenças, proveniente da
sociedade em que vive e também dos conhecimentos pertinentes a escola. E, essa
instituição de ensino tem o dever, terminantemente, de o alça-lo a uma nova
concepção de mundo, tornando-o um sujeito crítico, consciente, responsável e
capaz de transformar situações de sua realidade no seu ambiente relacional.
A escola é um local de promoção do conhecimento, tem como princípios
transformar ideologias e estruturar sentidos, visto que o ato de ensinar do educador
interpõem ao docente e, ao mesmo tempo, ao discente como agente transformador,
na disciplina em sala de aula, no respeitar regras e limites, na postura e democracia,
ali presente, no respeito mútuo entre aluno- aluno e professor, e também ensinar o
aluno a superar desafios e hostilidades.
Para Piaget (1977), não adianta uma autonomia intelectual, sem antes uma Commented [AC12]: PROCURAR UMA REFERENCIA MAIS
ATUAL.
autonomia moral, visto que a moral e intelectual se apoiam no respeito recíproco.
Contudo, ainda frisa que o desenvolvimento moral é consequência do ambiente de
interação, para ele, seria de grande valia se a escola provocasse estímulos
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suficiente para alçá-los a uma maior compreensão de ajuizamento moral. Para isso,
atribuindo ao aluno o direito da isonomia e autonomia na reinvindicação do poder de
decisão, de fazer escolhas, de participar como pessoa ativa.
Além da importância do laço afetivo na escola, o ministério da educação em
parceria com a escola, deve ter um olhar longitudinal, com o propósito de juntar
forças e constituir instrumentos transformadores da ótica profissional de ensinar,
trazendo novas formas de transmitir o conhecimento que possa contribuir para uma
hodierna escola em que os alunos sentem-se felizes nesse ambiente escolar e
consequência disso, uma aprendizagem bem sucedida.
Para Freire (1996), é consequência de uma escola visionária, tal atributo, um
ambiente mais amigável, aonde pessoas trabalham, estudam e se conhecem, se
estimam. Afirma que um ambiente assim, seria fácil trabalhar, estudar, educar-se,
crescer, fazer amizades e, por conseguinte, ser feliz. Seria neste modelo
educacional, o começo de um mundo melhor. Para Freire o gestor é a peça
fundamental para manter a harmonia na escola; para isso, não primará somente a
educação, e, sim! Um ambiente acolhedor de convivência fraterna.
O Papel da escola na atualidade, com os novos rumos que a educação está Commented [AC13]: AUTAL QUANDO ?

tomando, acentua-se na tendência da formação de caráteres, motivo pelo qual estão


preocupados com as situações do senso psicológico de que as práticas pedagógicas
e a sociais, não são priorizada, enquanto os esforços estão centrados em criar um
ambiente favorável, que estimule mudanças intrínseca no sujeito, ou seja,
ajustamento subjetivo ao ambiente promissor oferecido.
Segundo Luckesi (2005, cita Rogers,1972), o ensino é uma ação de grande
valor, embora, as metodologias de ensino, a desenvoltura na aprendizagem dos
conteúdos, nos livros, nas aulas; tudo isso, na Tendência liberal renovada não-
diretiva representa muito pouco, frente a ideologia de promover um ambiente
favorável à realização e ao autodesenvolvimento pessoal, manifestando nesse
sujeito atitudes de estar em paz consigo mesmo e com os à sua volta. E, afirma
ainda que tudo isso é consequência de uma educação saudável, equivalendo a uma
terapia proficiente.
Nessa concepção, ainda diz que: as escolas que trilham por esta vertente, o
professor deve ser especialista em relações humanas, para assegurar esse clima de
convivência pessoal de forma autentica e, “Ausentar-se” atribui demostra respeito e
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aceitação do aluno, ressalta que, qualquer intervenção é uma forma de ameaça e


dificulta a aprendizagem.
Assegura Wallon (2003), que a escola, lamentavelmente, persiste em
imobilizar o aluno em uma cadeira, restringindo à sua desenvoltura, impedindo o
surgimento dos sentimentos e da reflexão que são de grande importância para
crescimento pessoal. Nesse sentido, atribui ao educador o rompimento harmonioso
da relação entre ele e o aluno, caso o aluno não enquadre no seu domínio em sala,
este educando é estigmatizado como desobediente e indisciplinado, contudo pode
ser uma forma de expressar seus sentimentos, de não aceitação, de que as
imposições constituídas pela escola e pelo docente, não lhe agradam.
O ambiente de aprendizagem escolar se manifesta como um centro
socialização e de promoção do conhecimento, como também nas soluções de
conflitos na aprendizagem, sendo este um local ocasional para o surgimento e
desenvolvimento dos sentimentos afetivos, que determinado momento pode aflorar
às suas emoções e em alguns casos são evidenciados situações que podem causar
conflitos, que só o diálogo não é suficiente para solucionar a pendenga.
Para tanto, quando ocorre tal situação conflituosa, o melhor é tomar as
providencias cabíveis para o desfeche do dilema, para não tornar um ato de
violência. Enquanto na opinião de Ortega (2002), diz que o conflito pode surgir de
toda circunstancia social em que partilham espaços, afazeres, regulamentos e poder,
de certa forma, a escola é categoricamente um desses locais.
Para Ortega (id) os conflitos não são basicamente um fato de violência, porém, Commented [AC14]: Ano ?

em determinados casos, quando não é tomada de forma correta, pode desencadear


uma piora na convivência e criar uma violência multifária, na qual teria dificuldade
para descobrir a origem e a causa do dilema.
Na resolução desses conflitos de aprendizagem e emocionais a escola pode
intervir, acionando os meios cabíveis que está na sua competência, para solucionar
ou ameniza a situação, buscando ajuda dos profissionais que trabalham em parceria
com a instituição, com a finalidade da promoção da aprendizagem significativa e o
bem estar do corpo escolar.

4. RELAÇÃO INTERPESSOAL EMPÁTICA ENTRE MEDIADOR E ALUNO


O relacionamento interpessoal é a habilidade de relacionar-se com o seu
semelhante, e se concatenar essa relação à empatia, suscita a manifestação de
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atitudes positivas, apresentando uma conduta racional e não rígida. Enquanto a


empatia se estabelece no entendimento do caráter da relação de ambas as partes,
marcada por uma grande força de vontade pragmática e pensante da concepção
intelectual dos sentimentos que foram apresentados mediante à situação. Segundo
Rogers, a empatia não é somente uma resposta automática de reação a atitude do Commented [AC15]: Ano ?

outro, mas na habilidade estudada e produzida, numa conexão cognitiva e afetuoso


estabelecido entre as pessoas.
Investigações apontam que as relações interpessoais empática entre
professor-aluno e vise versa, no contexto aprendizagem, contribui veemente no
processo de aprendizagem e na elaboração consciente do conteúdo escolar pelo
professor, que de forma tácita ou não, busca relacionar conteúdo à singularidade do
aluno. Para Rogers (1977), um cliente na psicoterapia descobre que a empatia Commented [AC16]: Procurar referencia mais recente.

facilita a aprendizagem sobre si mesmo; da mesma forma, o aluno percebe uma sala
que se encontra apta a promover a aprendizagem dos conteúdos, quando se tem
um educador que o entende na sua singularidade.
Evidencia-se na analogia empática uma melhora significativa na aquisição do
conhecimento, visto que essa afinidade de ambos é marcada intensamente, através
da afetividade na relação de troca. Uma vez que, todas as atividades elaboradas e
planejadas pelo professor são intrinsicamente, influenciadas pelo sentimento
empático afetivo. No entanto, Saltini (1997), frisa que é através da interação com Commented [AC17]: Mesma orientação sobrea data.

afeto entre professor e seus alunos, com a comunicação e a troca de conhecimento,


a criança desenvolve o cognitivo, por causa da influência reciproca das atividades,
naturalmente, beneficiando à sua aprendizagem.
Haja vista que, a forma de apresentar conteúdo pelo educador em sala de
aula, muitas das vezes, afeta o aluno na sua individualidade, refletindo de diversas
formas na aprendizagem. Nota-se que, atualmente, os docentes tão-somente se
preocupam com o conteúdo e didática de ensino, esquecendo de exercer a
afetividade na elaboração do plano de aula, na sua metodologia e relação pessoal,
conseguinte, criando marcas profundas de apatia.
Por outro lado, a criança é um ser dotado emoções e sensibilidade, dentre
eles; a afetividade, o sentimento empático, os quais estão presentes durante o
processo de aprendizagem profícuo, expressando comportamentos que identificam
tal sentimento. Saltini (id, p.20), ressalta que essa relação constituída do aluno com Commented [AC18]: Ano ?
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o educador é basal, sempre que manifesta como mecanismo de estímulo para o


conhecimento.
Os primeiros anos de escola da criança é de suma importância a relação
empática do educador com o aluno, pontuando a fase inicial de estudos; como a
mais carente a esse estimulo afetivo, representando ao aluno um rendimento
considerável como: facilidade na aprendizagem, aumento do potencial de aprender e
a autoestima, a motivação no estudo, um relacionamento interpessoal benevolente
na sala de aula, que aguça o estimulo de cooperação e do compartilhar. Rogers
(1977), ainda ressalta que a relação interpessoal positiva é um fato importante, que Commented [AC19]: Rever data

pode promover um tratamento personalizado para cada aluno, valorizando sua


identidade, qualidade indispensável para a empatia.
Em contrapartida, um fator que dificulta a aprendizagem é o medo, a coação
do educador, bloqueia e, ao mesmo tempo, impede a relação empática entre ambos.
No cenário atual em que vivemos, a ausência de empatia pode estar relacionada a
dilemas como o bullying, o preconceito, a intolerância e a delinquência. Commented [AC20]: Toda palavra em outra lingua deve
colocar o significado no rodapé, com referencia.
No entanto, para Freire (1987), afirma no seu livro “Pedagogia do Oprimido”
aborda a relação dialética de embates do opressor em oposição ao oprimido e como
é de grande importância uma práxis que venha nortear uma ação, com o propósito
de solucionar essa divergência e transpor essas contradições. Para tanto, Freire
ainda ressalta no seu 1º capitulo, com título de abertura “Justificativa da Pedagogia
do Oprimido”, versa a desumanização, frisando não apenas em quem foi roubada
sua humanidade, mas também naqueles que a roubaram, para ele, está
desvirtuando o sentido da inclinação de “ser mais”. Commented [AC21]: Cópia

Parafraseando o contexto, Freire pontua sobre abordagem do opressor que


sojiga o oprimido e atribui-lhe um sentido de “inferior” e, dependente do seu
usurpador; de forma que, institui um embate de contestação que envolve a
humanização e a insensibilidade humana, em busca do resgate da beneficência do
oprimido.
Para Saltini o afeto é força vital necessária, para que a estrutura psicológica Commented [AC22]: Ano ?

comece perceber e a se desenvolver. Uma vez que, essa relação de empatia do


docente com o aluno seria frutífera e poderia galgar o aluno a uma nova perspectiva
de vida escolar, oferecendo-lhe o respeito, a liberdade, o tempo de aprendizagem
adequado a ele, avaliar seu nível de aprendizagem de forma singular e o educador
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adequar sua metodologia a níveis de aprendizagens diferentes. Evidentemente, são


procedimentos fundamentais para o desempenho da comunicação empática.
O professor, por sua vez, deve transparecer aos seus alunos como um
modelo a ser seguido, apresentando a eles uma postura positiva de empatia no
relacionar com eles e os demais, demostrando um estado de espirito positivo nos
seus afazeres, na didática em sala, na forma de relacionar, dentre outros; assim,
mostrando o caminho a ser seguido para seus alunos, isto é, sendo referência de
como proceder diante das pessoas dentro e fora da escola, de maneira que venham
ter uma vivência empática e ser mais confiantes, altruístas e ativos.
Destaca Rogers (Id), que uma postura de relação educador-aluno é Commented [AC23]: Ano ?

fundamental, pois oferece ao aluno um ambiente acolhedor e propício, e conduz-lhe


ao crescimento maturacional de sua personalidade.
Segundo a concepção de alguns autores, já mencionados, a empatia de Commented [AC24]: Quais ?

precisão é àquela que busca reconhecer com mais perspicácia o que ocorre no
intelecto de um estudante quando suscita a aprendizagem, ou quando está na
iminência de aprender alguma coisa, mas para eles a empatia difere da inferência
empática no seguintes pontos. Embora, a segunda se estabelece na hipótese de
pensamento e sentimento; a primeira no discernimento correto de pensamentos dos
outros. Para Rogers (1983 citado por Brolezzi, 2014), a partir que educador possui a
competência de enxergar e entender as reações do aluno e tem a sensibilidade e a
consciência de que forma a instrução e a aprendizagem é apresentada a ele, por
conseguinte aumenta as possibilidades de uma aprendizagem expressiva.
Além do mais, devemos entender que a afetividade esta intrinsicamente ligada a
aprendizagem, causando reflexões e ajudando a desenvolver o lado crítico e
transformador do discente, para isso, o docente é o elo principal na aprendizagem
dos educandos, uma vez que é fundamental um laço de empatia cognitiva entre
eles. Commented [AC25]: Cópia

De forma categórica, enfatiza Feitosa (1976, citado por Oliveira, 2014) em uma
pesquisa condicionada para averiguar, até onde o comportamento empático e a
autenticidade do professor apresentada no ambiente escolar e, até que ponto, pode
interferir na performance cognitiva do educando? Para isso, foi apanhado dois
grupos, com tratamentos diferenciados, sendo um para experiência e o outro que,
não foi submetido ao sentimento empático. Commented [AC26]: Cópia ?
14

Foi observado que, no grupo de experimento, mesmo com a manifestação do


sentimento empático, não mostrou de forma expressiva a diferença no desempenho
intelectual do estudante, contudo nota-se um melhora significativa nas atitudes
comportamentais dos aluno, as tenções vão desparecendo gradativamente, quase
que erradicando.
O relacionamento empático torna-se na realidade, tanto no âmbito escolar quanto no
meio secular, um mecanismo que estimula o prazer de estar com o outro, de um
convívio social saudável e idôneo. Frente às necessidades da aprendizagem escolar
e empresarial fica notório que a empatia é o farol. Commented [AC27]: Cópia ?

Uma vez que ambicionam nas empresas funcionários aptos para negociar; para
isso, precisa da afinidade cognitiva para finalizar uma conversa com mais presteza,
pois na atualidade na concepção da gestão empresarial, tempo é dinheiro. Visto que
nas escolas não é diferente, a forma de atuação da empatia na ensinagem e na
aprendizagem, a qual promove uma socialização positiva no ambiente escolar,
capaz de transpor as diferenças de gêneros, raças e étnicas. Commented [AC28]: Cópia

Assim, pode-se inferir que a empatia tem tornado, atualmente o mecanismo


propulsor da aprendizagem, tanto na esfera educacional quanto em outros
seguimentos profissionais. Commented [AC29]: Cópia ?

RESULTADOS
É apresentado como resultado uma compilação de estudos bibliográficos,
levantados no decorrer do artigo, em que mostra que empatia produz um efeito
positivo no rendimento escolar do aluno, por isso, apresentamos algumas escalas
reunidas durante o processo de elaboração do artigo, dentre as inúmeras formas de
medir a intensidade da empatia, destacamos entre elas algumas, devido ser mais
empregada na atualidade em países desenvolvidos, mas observa que estas escalas
já são utilizadas no Brasil por profissionais relacionados à área da educação.
Foram observadas algumas escalas como: A escala de Zoll e Enz (2010); conforme
Rodrigues (2011), Questionnaire to Assess Affective and Cognitive Empathy in
Children‖ (QACEC); Bryant (1982), denominada Index of Empathy Measurement for
Children and Adolescents, a qual está provida de 22 duas questões que envolvem
somente a empatia afetiva dirigida à população infanto-juvenil;), a de Eisenberg's
Child Report Sympathy Scale, Eisenberg et al. (1998); dentre outras. Embora
abordaremos com mais acuidade as análises de Rodrigues (2011) e de Feitosa
15

(1976), demostrando a eficácia da afetividade, quando é levado em conta a empatia


do professor, no quesito aprendizagem.
Os estudos de Rodrigues (2011), estabelecida numa escala de respostas,
direcionada à crianças e adolescentes. O estudo é formado por dois grupos e foi
evidenciado na análise do o 1º grupo participante de um programa sociocognitivo,
num total de 440 respostas, 284 empáticas, que representa uma média de (65% -
14,2) e 156 respostas não empáticas, com média (7,8 – 35%).
Observa-se que o 2º grupo, o qual não participava da experiência, acertou 244
respostas empáticas com uma média de (12,2 – 55%) e 196 respostas não
empáticas com média (9,8 – 45%). Através da avaliação U de Mann-Withney em que
(p=0,019 e z= 2,347), há possibilidades de notar a diferença entre os dois grupos,
quando é comparado as médias de respostas empáticas, haja vista que o primeiro
grupo respondeu mais empaticamente do que o 2º grupo não participante.

Fonte: Rodrigues (2011)

Essa análise vai ao encontro da ideologia de Hoffman (2000), Wellman e Liu (2004),
segundo Rodrigues (2011), que afirmam que as crianças da educação infantil são
capazes de distinguir sentimentos e reconhecer personificações distintas a
diferentes pessoas.
Na tabela II, apresenta a análise feita por Feitosa (1976, citado por, Carvalho, 2011),
em que foi feita uma pesquisa no Brasil, com a finalidade de constatar até onde as
atitudes empáticas e o estado de espirito altruísta do educador na sala de aula pode
contribui para desempenho intelectual do aluno. Para isso, Feitosa utiliza dois
grupos de alunos, da área de Licenciatura da (P.U.C); inscritos na disciplina
Fundamentos da Educação, a qual foi realizada de junho a dezembro de 1976.
Conforme tabela apresentado pelo autor.
Tabela II
16

APRESENTAÇÃO GRUPO 1 GRUPO 2

PERIODO Junho/Dezembro Junho/Dezembro

Manifestações Atitudes empática do Educador distante do


apresentadas educador e autenticidade. alunos, sem afetividade.
As tensões dos alunos do O desempenho cognitivo, a
Resultados grupo 1, que agrega a curto prazo, aparentemente
empatia na aula, tendem a não houve diferença, mas
desaparecer bastante conflitos em sala.
pacificamente.
Fonte: elaboração do autor Commented [AC30]: Não se deve usar esse material, pois não
teve experimento. Está caracterizado cópia.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, podemos observar que todo o trabalho gira em torno da
aprendizagem; atendo-se da dicotomia ensino-aprendizagem, a qual se apoia na
afetividade como mecanismo propulsor da aprendizagem e, como fica a escola? No
sentido de contribuição física ambiental, moral e laboral; ou seja, como facilitadora
da aprendizagem, no quesito de um ambiente acolhedor, que proporcione prazer e
estímulos diversos para a aprendizagem. Nesse cenário, transparece como uma
escola promotora da sapiência, com métodos hodiernos e uma oferta de ensino de
ponta, apresentado uma relação de empatia entre mediador e aluno, que acaba se
tornando um dos meios de aprendizagem mais proficiente da atualidade.
Deste modo, durante o processo de elaboração deste texto, foi feito um
levantamento de dados por meio de uma pesquisa bibliográfica em diversos autores,
deixando bem claro uma preocupação de ater a afetividade em todas as práticas
escolares; como também a relação interpessoal entre educador e aluno, primando a
fase inicial escolar e enfatizando a alfabetização, período que o professor assume o
lugar dos pais. Uma vez que a afetividade torna-se um mecanismo fundamental
desencadeador da aprendizagem, não menosprezando as outras etapas da
educação, em que o afeto passa a não ser tão relevante.
Fica evidenciado que para facilitar a aprendizagem o educador deve ser
afetivo e estabelecer com o aluno um laço de empatia e levá-lo a uma estabilidade
emocional, para adquirir confiança e envolver nas atividades de aprendizagem, para
isso o afeto pode ser uma forma prudente e eficaz de se aproximar do aluno, logo o
17

educador passa a fazer parte do mundo da criança, consequentemente a


aprendizagem eclode como mágica.
Por essa razão, o educador deve conhecer seus alunos e ter consciência de
não descuidar dos aspectos afetivos, pois é por meio da afetividade que o aluno
baixa guarda e o docente passa a participar de seu mundo, ficando ciente das suas
carências, das suas dificuldades, dos seus dissabores da vida, colocando-se na
posição do aluno e, assim, buscar solucionar ou amenizar a problemática.
Assim, é fundamental que o educador reflita, sobre a real necessidade da
afetividade na educação escolar, especificamente no ensino fundamental. De forma
que esses alunos se sentem aceitos, compreendidos e respeitados. Por conseguinte
seus sentimentos foram apercebidos, diminuído a distância entre ambos e facilitando
a aprendizagem. A partir daí que o aluno sente –se apercebido e começa surgir uma
sintonia entre eles, nesse momento abre uma leque para uma afinidade empática,
em que o educador tem a sensibilidade de dialogar e ouvi-lo, dando o suporte
necessário para superação de suas dificuldades.

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