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Concurso para
JUIZ FEDERAL
Prova escrita
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LEME MACHADO, Paulo Affonso. Direito Ambiental brasileiro. 13. ed. São Paulo:
Malheiros, 2005. p. 116.
O Supremo Tribunal Federal reconheceu o direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado como um direito
fundamental. Neste diapasão, também, o meio ambiente foi
considerado como bem jurídico merecedor de tutela
constitucional nos autos do RE 134.297-8/SP. No MS 22.164/DF, a
Corte ampliou o reconhecimento de características especiais do
bem ambiental, à luz do art. 225 da Constituição Federal de 1988,
em que estão previstos também deveres fundamentais.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Recurso Extraordinário n
22164/SP. Relator: Ministro Celso de Mello. Acórdão publicado no
Diário da Justiça da União de 17 nov. 1995.
O meio ambiente, embora uno para fins conceituais, possui
aspectos distintos. Pode ser natural ou físico, como previsto no art.
225 caput e §1º, incisos I, III e VII, da CF/88. É composto pela
atmosfera, elementos da biosfera, águas, solo, subsolo, fauna e
flora.
Cultural, constituído pelo patrimônio histórico, artístico,
arqueológico, paisagístico, turístico, detentores de valores especiais.
Objeto
Incerteza científica
Risco de dano
14. Recurso Especial de Mauro Antônio Molossi não provido. Recursos Especiais
da União e do Ministério Público Federal providos.
(REsp 769753/SC, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA,
julgado em 08/09/2009, DJe 10/06/2011)
Princípio de acesso equitativo aos recursos naturais
Os bens que integram o meio ambiente planetário como água, ar e
solo, devem satisfazer a todos os habitantes da terra. É adequado
pensar-se o meio ambiente como “bem de uso comum do povo”.
[Paulo Affonso Leme Machado]
Princípio 1 da Rio/92: Os seres humanos constituem o centro das
preocupações relacionadas com o desenvolvimento sustentável. Tem
direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia com a natureza.
Declaração de Estocolmo/72: Princípio 5- “Os recursos não
renováveis do Globo devem ser explorados de tal modo que não
haja risco de serem exauridos e que as vantagens extraídas de sua
utilização sejam partilhadas por toda a humanidade”.
- A Declaração do Rio 92- O melhor modo de tratar as questões do
meio ambiente é assegurando a participação de todos os cidadãos
interessados, no nível pertinente. [art. 10]
- No nível nacional, cada pessoa deve ter a possibilidade de participar
no processo de tomada de decisões [administrativas, judiciais].
-Decisões administrativas- A Lei 7802/89 permite que associações de
defesa do meio ambiente e do consumidor possam impugnar o
registro de pesticidas ou pedir o cancelamento do registro já efetuado.
- Decisões judiciais – Os EUA começaram a abertura do acesso
popular para a defesa do ambiente. Entre outros países, na América
do Sul, o Brasil, com a ação civil pública, e a Colômbia tem registrado
um avanço no acesso aos tribunais.
Pressupostos:
O princípio da participação assenta-se sobre dois pressupostos
inafastáveis:
a- informação;
b – educação ambiental. “Furlan e Fracalossi”
Incumbe ao Poder Público: Art. 225, inc. VI- promover a
educação ambiental em todos os níveis e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente.
STJ/Princípio da Participação
ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. DANO AMBIENTAL. CONDENAÇÃO.
ART. 3º DA LEI 7.347/85. CUMULATIVIDADE. POSSIBILIDADE. OBRIGAÇÃO DE
FAZER OU NÃO FAZER COM INDENIZAÇÃO. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. ...
3. Tem o meio ambiente tutela jurídica respaldada por princípios específicos
que lhe asseguram especial proteção.
4. O direito ambiental atua de forma a considerar, em primeiro plano, a prevenção,
seguida da recuperação e, por fim, o ressarcimento.
5. Os instrumentos de tutela ambiental - extrajudicial e judicial - são orientados
por seus princípios basilares, quais sejam, Princípio da Solidariedade
Intergeracional, da Prevenção, da Precaução, do Poluidor-Pagador, da
Informação, da Participação Comunitária, dentre outros, tendo aplicação em
todas as ordens de trabalho (prevenção, reparação e ressarcimento).
[STJ. Rel. Ministro Arnaldo Esteves. Resp 1115555. DJE 23.02.2011].
Princípio da intervenção do Poder Público
Declaração de Estocolmo/72:
MILARÉ. Édis. Direito do Ambiente. 4ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. p. 996.
Ação Direta de
Inconstitucionalidade Ambiental
A ação direta de inconstitucionalidade, prevista no art. 103 da
Constituição de 1988, com a regulamentação da Lei 9688/99, é
mecanismo hábil para impugnar em um processo objetivo, sem
partes, normas que contrariem o art. 225 de nossa Carta Política,
no que tange a tutela do meio ambiente ecologicamente
equilibrado.
Podem propor ação direta de inconstitucionalidade
o Presidente da República; a Mesa do Senado Federal; a Mesa
da Câmara dos Deputados; a Mesa da Assembleia Legislativa; o
Governador do Estado; o Procurador-Geral da República; o
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partido
político com representação no Congresso Nacional;
Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito
nacional.
Observa-se que o Supremo Tribunal Federal no precedente que
declarou inconstitucional legislação estadual que
regulamentava a “rinha de galos”, entendeu, em ação direta de
inconstitucionalidade, nas palavras do prolator do voto
condutor, Ministro Carlos Veloso que”...conforme interpretação
do art. 225, §1º, VII, da CF, admissível é o deferimento de
cautelar em ação direta de inconstitucionalidade, que suspende
a eficácia de lei estadual, que autoriza e disciplina a realização
de competições entre galos competentes por submeter tais
animais a tratamento cruel.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Sessão Plenária. Rel. Ministro Carlos Velloso. ADIn
1856/RJ,J.03.09.1998. DJU 22.09.2000.
O STF anulou norma proveniente da Constituição catarinense
que previa a dispensa de estudo de prévio impacto ambiental
em áreas de florestamento e reflorestamento para fins
empresariais. No sentido do exposto pelo voto vencedor no
leading case, de lavra do Ministro Ilmar Galvão: ”A norma
impugnada, ao dispensar a elaboração de estudo prévio de
impacto ambiental no caso de áreas de florestamento ou
reflorestamento para fins empresariais, cria exceção
incompatível com o disposto no mencionado inc. IV do §1º do
art. 225 da CF”.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Sessão Plenária. Rel. Ministro Ilmar Galvão. ADI n 1086/SC.
DJU 10.08.2001.
ADIN AMBIENTAL POR OMISSÃO
No caso de ser reconhecida a omissão inconstitucional em matéria
ambiental, que pode ser invocada por todos os legitimados para
promover ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo
[como elencado na Lei 9868/99], as consequencias são: a- em sendo
a omissão de um dos Poderes, ele será intimado para que
providencie suprir a omissão em matéria ambiental; b- caso seja uma
autoridade administrativa a responsável pela não-ação, ela será
intimada para que, em trinta dias, supra a omissão em matéria
ambiental.
A ação direta de inconstitucionalidade por omissão, assim como
por ação, não pode ser proposta para suprir omissão legislativa
ou normativa inconstitucional anterior à Constituição Federal de
1988. As Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente,
anteriores a 1988, no mesmo sentido, não podem ser objeto de
impugnação via controle concentrado de constitucionalidade,
mas apenas por arguição de descumprimento de preceito
fundamental em matéria ambiental.
OBRIGADO!
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