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1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 2
2 ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO ................................................................ 2
2.1 ESTRUTURA PODER JUDICÁRIO............................................................................................ 2
2.2 COMPOSIÇÃO DO PODER JUDICÁRIO .................................................................................. 4
3 COMPETÊNCIAS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ................................................................. 6
3.1 CORTE CONSTITUCIONAL ....................................................................................................... 6
3.2 ALTA CORTE DE JUSTIÇA ....................................................................................................... 7
3.3 INSTÂNCIA NECESSÁRIA ........................................................................................................ 7
3.4 GUARDIÃO DA CONSTITUIÇÃO .............................................................................................. 8
4 ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA .............................................................. 8
5 QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................. 11
6 LEGISLAÇÃO CITADA ..................................................................................................................... 13
7 LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS ................................................................................. 16
STF CNJ
Juízes do Conselhos de
Juízes Federais Juízes de Direito Juízes Militares Juízes Eleitorais
Trabalho Justiça Militar
Auditoriais
Militares
Essa estrutura é dívida em duas, onde se tem a justiça especializada (TST, TSE e STM), pois tratam
das questões trabalhistas, eleitorais e militares; e a justiça comum (TRF, TJ e Tribunais Militares).
Quanto a justiça especializada, cada uma tem suas próprias 1ª, 2ª e 3ª instância. Deste modo, a justiça
trabalhista é composta pelos juízes do trabalho (primeira instância), Tribunais Regionais Do Trabalho
(segunda instância) e Tribunal Superior Do Trabalho (terceira instância); a justiça eleitoral é composta
por juízes eleitorais (primeira instância), Tribunais Regionais Eleitorais (segunda instância) e Tribunal
Superior Eleitoral (terceira instância). Por fim, a estrutura da justiça militar da União é diferenciada, pois
STF CNJ
Juizes Militares
TRFs TRTs TREs
Auditores
Conselhos de
Juízes Federais Juízes do Trabalho Juízes Eleitorais
Justiça Militar
O esquema acima representa todos os órgãos do poder judiciário que recebem verba pública da
União. Percebe-se que os únicos órgãos que não recebem verba da União Federal, são as estruturas do poder
Em termos de composição, deve se lembrar que, toda vez que houver nomeação ao tribunal, cuja
ingerência orçamentária for da União Federal, a nomeação será feita pelo presidente da república. No
caso da justiça dos Estados-membros, a nomeação é feita pelo governador.
Para a composição do poder, a forma de ingresso, em regra, é o concurso público de provas e
títulos. Outro critério de acesso é a promoção por antiguidade ou por merecimento. Aqui é a promoção
na carreira, onde o mais comum é ser promovido pela sua experiência, tanto de antiguidade quanto de
merecimento. Vale lembrar que a promoção só é feita para aqueles que já ingressaram no poder
judiciário, não sendo uma forma de ingressar e tomar posse de um cargo público pela primeira vez.
Além do concurso e da promoção, existe o critério de escolha e o critério de eleição. O judiciário
também é composto por pessoas que vêm de fora do sistema judiciário e que são indicadas e escolhidas,
ou são eleitas. Normalmente, as escolhas são feitas para integrar tribunais de segunda instancia federal,
estadual e trabalhista, ou tribunais superior, STF e CNJ. E a eleição é feita para integrar as cortes
eleitorais.
Escolha Eleição
Tribunal de
segunda instância TSE
(TRF, TJ e TRT)
CNJ
STF
A escolha de segunda instância envolve o chamado quinto constitucional, que nada mais é do que
uma porcentagem de 20% da composição dos tribunais que é destinado a integrantes do judiciário que
Tribunal - 3 Escolha
OAB - 6 nomes
nomes Presidente
Tribunais 2ª Quinto
Escolha
Instância Constitucional
Tribunal - 3 Escolha
MP - 6 nomes
nomes Presidente
O critério de escolha para os Tribunais Superioresé diferente. O STJ tem regra diferente, onde é
composto por 1/3 de integrantes da magistratura federal por promoção da carreira, 1/3 por integrantes
da magistratura estadual por promoção da carreira e 1/3 por integrantes da OAB e membros do
Ministério Público. Para o TST, vale a regra do 1/5 para OAB ou Ministério Público, sendo, todas as
outras vagas reservadas para juízes trabalhistas. O TSE é integrado por dois integrantes da OAB, fora
os demais que integram o TSE por eleição. Para o STM, é composto por 4 representantes do Exército, 3
representantes da Marinha, 3 representantes da Aeronáutica, 3 representantes da OAB, 2 juízes
auditores e 2 membros do Ministério Público. Como se está a falar de Tribunais Superiores, sempre
haverá a nomeação por parte do presidente da república, e aprovação pelo Senado Federal.
1/3 Federais + 1³
STJ Estaduais + 1/3
OAB/MP
1/5 OAB ou MP +
TST
Trabalhistas
4 Exército + 3 Marinha
+ 3 Aeronáutica + 3
STM
OAB + 2 Juízes
Auditores + 2 MP
Necessidade de se proteger a essência de uma constituição fez com que fosse necessário o controle
de constitucionalidade. A Corte constitucional é responsável pela palavra final no controle de
constitucionalidade dentro do sistema jurídico brasileiro, que é, o STF. Toda vez que for falar de controle
de constitucionalidade, é necessário falar da supremacia da Constituição, sobre o órgão independente para a
guarda da Constituição e os efetivos mecanismos de controle.
Assim, como Corte Constitucional, compete ao STF processar e julgar, originariamente a ação
direita de inconstitucionalidade (ADIN) de lei ou ato normativo federal ou estadual, e a ação direta de
constitucionalidade (ADC),não sendo viáveis para lei ou ato normativo municipais.
Também, o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for
atribuição do presidente, do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, das
Mesas de uma das Casas, do TCU, de um dos Tribunais Superiores ou do próprio STF. Desta forma,
quando o mandado de injunção for de competência da União, quem julgará é o STF.
O segundo aspecto das atividades do STF, seria este chamado de Alta Corte de Justiça, pois neste
caso o STF está analisando fatos, diferentemente de quando exerce Corte Constitucional, onde só analisa
questões de direito ligadas à Constituição Federal. Está fazendo justiça ao caso concreto, pois está
exercendo competência originária. Assim, compete ao STF processar e julgar originariamente, nas
infrações penais comuns, o presidente, o vice-presidente, os membros do Congresso Nacional, os seus
próprios Ministros e o procurador-geral da república, além de julgar, nas infrações penais comuns e nos
crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, Exército e
Aeronáutica (com exceções dispostas no artigo 52, I da CF), os membros dos Tribunais Superiores, os
membros do TCU e os chefes de missão diplomática de caráter permanente. Se está a tratar, como se
percebe, de foro por prerrogativa de função, onde a competência originária será do STF para julgar e
processar os fatos das autoridades da república.
Ainda, compete processar e julgar originariamente habeas corpus de qualquer das pessoas já
mencionadas, mandado de segurança e habeas data contra atos do presidente, das Mesas da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal, do TCU, do procurador-geral da União e do próprio STF. Aqui,
tratam-se de instrumentos de garantia constitucional, mas cuja decisão fará o controle do ato praticado
pelas autoridades, jamais aplicando pena a estas. Se houver a necessidade de aplicação de pena, estará se
falando da primeira hipótese tratada, onde há o foro por prerrogativa de função.
Por fim, deverá processar e julgar o habeas corpus quando o coator for Tribunal Superior ou,
ainda, quando o coator ou paciente for autoridade/funcionário cujos atos estejam sujeitos diretamente à
jurisdição do STF, ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma única instância.
É o terceiro papel do STF, pois este processa e julga originariamente ação em que todos os
membros da magistratura sejamdireta ou indiretamente interessados e aquela ação em que mais da
metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente
interessados. Isso significa que a decisão deve ser tomada por alguém e a alternativa é elevar a discussão ao
nível do STF.
Além disso, deve processar e julgar originariamenteos conflitos de competência entre o STJ e
qualquer outro tribunal, entre os Tribunais Superiores ou, ainda, entre estes e qualquer outro tribunal.
Os conflitos de atribuição podem envolver várias situações, entre vários tribunais. Sempre que houver esse
conflito, dentro da complexidade organizacional do poder judiciário, cabe ao STF julgar este conflito e
estabelecer qual a corte que tem competência para o caso concreto.
Compete, também, ao STF, como instância necessária, julgar originariamente as ações contra o
CNJ e contra o Conselho Nacional do Ministério Público, porque o CNJ está na cúpula do STF e está
É a quarta competência e função do STF, sendo que o órgão surgiu com está missão principal,
quando a forma federativa foi inaugurada, na Constituição de 1891. Como guardião da Constituição, compete
ao STF processar e julgar originariamente o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo
internacional e entidades federadas na nossa república, quais sejam, União, Estados, Distrito Federal ou o
Território. Quando o litígio envolver o Município, quem processará e julgará não é o STF.
Deve processar e julgar originariamente as causas e conflitos entre a União e os Estados, entre a
União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração
indireta. Assim, qualquer litigio entre as entidades federadas, mesmo que entre autarquias da União, dos
Estados e dos Municípios, quem julgará é o STF, pois é um conflito federativo.
Ainda, cabe julgar, em recurso ordinário, o crime político. O artigo 109 da CF estabelece que cabe
aos juízes federais, em primeira instância, julgar os crimes políticos. Isso significa que, não se fala em
apelação ou em recurso em sentido estrito. Só se fala em caminho direto para o STF, sendo, este, a segunda
instância, através de recurso ordinário.
Por fim, é de competência do STF, o processamento e julgamento de recurso extraordinário
acerca de causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida julgar válida lei local
contestada em face de lei federal
01 (CESPE – STM – 2018)Em relação aos direitos e garantias fundamentais e ao Poder Judiciário, julgue o
item a seguir.
O Superior Tribunal Militar é composto por quinze ministros vitalícios, que, por serem todos oficiais
oriundos das Forças Armadas, devem ser brasileiros natos.
Resposta: Falso
Comentário: O Superior Tribunal Militar é o órgão da Justiça Militar do Brasil composto de quinze Ministros
vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovados pelo Senado Federal. Das quinze
cadeiras, três são escolhidas dentre oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do
Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica - todos da ativa e do posto mais elevado da carreira -
e cinco dentre civis.Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros maiores
de trinta e cinco anos, sendo três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional, e dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do
Ministério Público Militar. O STM tem por competência julgar as apelações e os recursos das decisões dos
juízes de primeiro grau da Justiça Militar da União, conforme Art. 123 da Constituição Federal.
02 (FGV – Advogado Legislativo – 2018)Maria ficou surpresa com o teor de sentença proferida pelo Juiz
de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca em um processo em que figurava como demandante, pois, além de
manifestamente contrária à prova dos autos, era absurda. Para piorar o seu estado de ânimo, foi informada
por uma amiga que o referido magistrado praticava diversas condutas eticamente reprováveis e estava
fazendo com que os processos demorassem muito para serem julgados.
Na medida em que Maria decidiu levar os fatos ao conhecimento do Conselho Nacional de Justiça, é
correto afirmar, à luz da sistemática constitucional, que este órgão:
a)apenas pode reformar a sentença caso constate que é contrária à prova dos autos e absurda;
b)apenas pode adotar providências em relação às condutas eticamente reprováveis;
c)apenas pode reformar a sentença e adotar providências em relação à demora dos processos;
d)pode reformar a sentença e adotar providências em relação às infrações éticas e à demora dos processos;
e)não pode reformar a sentença, mas pode adotar providências em relação às infrações éticas e à demora dos
processos.
Resposta: E
Comentário:conforme o artigo 103-B, §4º da CF, compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e
financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes zelar pela observância do art.
37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativospraticados por membros
ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da
União. Ou seja, em nenhum momento a Constituição confere ao CNJ atribuição para apreciação dos atos
judiciais, uma vez que é um órgão com competência administrativa.
03 (CESPE – Auditor de Contas Públicas – 2018)Se um membro do TC de determinado estado fosse preso
em flagrante por furtar um veículo em uma concessionária de automóveis, o processamento e o julgamento
da respectiva ação penal, nessa hipótese, competiriam, originariamente, ao
a) juízo criminal estadual de primeira instância.
b) STF.
c) tribunal de justiça do estado.
d) TRF.
e) STJ.
Resposta: E
Comentário: o STF só julga membros do Tribunal de Contas da União. Os membros do Tribunal de Contas de
algum Estado ou do Distrito Federal, será julgado pelo STJ nos crimes comuns e de responsabilidade, conforme
o artigo 105 da CF. Deve se atentar para tal questão, pois é muito fácil confundir o TCU com TCE.
03 (FCC – Analista Judiciário – 2017) Rubens, brasileiro naturalizado, tem 34 anos e é advogado de
notório saber jurídico e reputação ilibada, exercendo efetivamente a advocacia há mais de dez anos.
Walter, brasileiro nato, tem 30 anos de idade e exerce o cargo de Juiz Federal há quatro anos. Ambos
pretendem integrar o Tribunal Regional Federal − TRF da região em que atuam. Considerados apenas
esses elementos, à luz da Constituição Federal, os requisitos para tanto são preenchidos por
a) Rubens, pois é brasileiro, tem mais de 30 anos e os Tribunais Regionais Federais são compostos por um
quinto dentre advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva
06 (FCC – Analista Judiciário – 2017) No que se refere à composição de Supremo Tribunal Federal,
Superior Tribunal de Justiça e Tribunal Superior do Trabalho, a regra segundo a qual um quinto dos juízes
será escolhido dentre advogados e membros do Ministério Público aplica-se
a) a todos.
b) ao Superior Tribunal de Justiça e ao Tribunal Superior do Trabalho, apenas.
c) ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça, apenas.
d) ao Superior Tribunal de Justiça, apenas.
e) ao Tribunal Superior do Trabalho, apenas.
07 (FCC – Analista Judiciário – 2017)Em uma situação hipotética, Karia é Desembargadora do Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região e possui sessenta e um anos de idade; Junina é Juíza do Tribunal
Regional Federal da 3ª Região e possui 34 anos de idade; Dori possui 67 anos de idade e é
Desembargadora do Tribunal Regional Federal da 5ª Região e Camila possui trinta e dois anos de idade e
é Juíza da 10ª Vara do Trabalho da cidade de Curitiba. Poderá(ão) concorrer à vaga para Ministro do
Tribunal Superior do Trabalho, apenas
a)Karia e Dori.
b)Karia, Junina e Camila.
c)Karia.
d) Camila e Dori.
e) Junina e Camila.
09 (CESPE – TRT7 – 2017) Assinale a opção correta acerca do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de
acordo com o texto constitucional.
a) Como um órgão autônomo vinculado ao Poder Legislativo, compete ao CNJ o controle do cumprimento dos
deveres dos juízes.
b) O CNJ é um órgão autônomo responsável por proceder à revisão do conteúdo de ato jurisdicional.
c) Entre as competências do CNJ, órgão do Poder Judiciário, inclui-se o controle da atuação administrativa e
financeira do Poder Judiciário.
d) O CNJ, que é um órgão do Poder Judiciário, responde pela uniformização das decisões judiciais dos tribunais
nacionais.
10 (CESPE – Analista Judiciário – 2017) Pedro, juiz do trabalho substituto de determinado tribunal regional
do trabalho (TRT), responde a processo criminal pela prática de delito funcional.
Nessa situação hipotética, o processamento e o julgamento do habeas corpus impetrado em favor de
Pedro com vistas ao trancamento da ação penal contra si ajuizada competem ao
a) Tribunal Superior do Trabalho.
b) próprio TRT.
c) Tribunal Regional Federal.
d) Superior Tribunal de Justiça.
GABARITO
09. C 10. D