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O Projeto constitui-se na criação da montagem teatral da peça “O Livro

Proibido de Madalena”, resultado da Oficina de Introdução à Dramaturgia, sob


orientação de Samir Yazbek realizado no Sesc Santos ocorrida em 2017,
resultado de um processo de experimentação por meio de uma rede de Leitura
Dramática realizada em 2018. Este texto também integrou a programação da
Feira de Livros promovida pela Secretaria de Cultura de Praia Grande-SP com
a apresentação da Leitura Dramática e bate papo.
Da Leitura para outra dimensão a encenação inédita, O Livro Proibido de
Madalena tem como referência estudos e pesquisas sobre o Tribunal do
Santo Ofício, que foi um movimento da Igreja Católica Romana criada para
combater a heresia, em que os supostos hereges eram julgados e torturados.
O texto conta a historia da Irmã Madalena, personagem central da trama, que
se passa em um convento na Bahia no ano de 1628, um período que ocorreu a
Inquisição no Brasil teve como perseguição, punição os hereges. Irmã
Madalena desafiou os dogmas católicos e acabou enfrentando a Santa
Inquisição, por manter seu posicionamento, visão de mundo confrontando o
autoritarismo da Igreja. Seu comportamento libertário foge aos padrões da
época, como saber ler, escrever, mesmo sendo uma mulher. Foi maculada
como uma mulher tentadora e vista por outras religiosas como a metamorfose
do diabo. O Poder da Igreja insiste em recolocar, a liberdade em um terreno
movediço, e por natureza difícil de pisar.
Teatro é encontro e nesse ritual o elenco abraçou a responsabilidade de
quem faz com amor e se entrega aos personagens, e assim o espetáculo tem o
poder de transportar o espectador para o tempo da Santa Inquisição no Brasil.
Fomos movidos por um enorme desejo de compreender o personagem
Irmã Madalena onde a sua essência parece fora da compreensão.
O trabalho das ações do elenco e a sagacidade que a direção interferiu nas
ações dos atores contribuíram para dar à luz ao espetáculo, tornando-o um
organismo vivo que se estende aos atores, o espaço, a magia da narrativa e da
direção.
A montagem procura se manter fiel ao artesanato literário e assim
entrelaçar a dramaturgia com o universo feminino do expectador.

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